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FEPAM Situação: Vinculado

PARECER SELMI Nº 856 / 2023 - PLO

Processo nº 11125-05.67 / 22.1

Informações:

- Trata-se da renovação da Licença de Operação da empresa IVAR DALL AGLIO. O empreendimento possuía LO n.° 01484/2018,
válida até 15/03/2023 para beneficiamento de grãos;

- O empreendedor solicitou a renovação do documento em 14 de dezembro de 2022;

- Quanto às informações e documentos apresentados no processo de renovação da licença de operação:

* Quanto à fonte de abastecimento de água: rede pública (CORSAN);

* Quanto ao processo produtivo: recebimento de grãos na moega (soja, milho, trigo e aveia), pré-limpeza, secagem, ensaque e
expedição;

* Quantos aos efluentes: não são gerados efluentes líquidos industriais. Os sanitários são, após fossa séptica e sumidouro, lançados
em solo;

* Atualizado o número de funcionários para 10 (redução de 30 para 10). Período de funcionamento: 22 dias/mês, 12 meses/ano, de
08:00 às 18:00;

* Quanto aos resísuos sólidos: apresentado PGRS elaborado pela Engenheira Agrônoma Rosane Almeida de Moura. Não foi
apresentada a ART, no entanto, o documento será solicitado após a emissão dessa licença;

- Consta no PGRS que resíduos orgânicos da limpeza dos elevadores, silos, moegas e equipamentos são destinados para
incorporação em solo agrícola na propriedade do próprio proprietário do empreendimento. Nada foi informado sobre as cinzas oriundas
da queima da lenha na fornalha. Um PGRS atualizado/revisado será solicitado. Também incluída condicionante para que o
empreendedor apresente, em um prazo de 60 (sessenta) dias, relatório técnico com levantamento de todos os resíduos que vão para
incorporação em solo, assim como caracterização das áreas em que eles são recebidos;

- Quanto às áreas: mantida a do terreno (43.403,93 m²), alterada a área útil total (20.000 m²) e mantida a área construída (4.486,23
m²);

* O empreendedor apresentou planta baixa antiga (2012), sem delimitação das áreas útil total, construída e do terreno. Nova planta
será solicitada após a emissão da licença;

* Apresentada cópia da matrícula do terreno: Certidão de Matrícula n.° 10224- Livro n.° 2 - Registro Geral do Cartório de Registro de
Imóveis de Santa Bárbara do Sul -RS, e contrato de arrendamento do terreno;

* O empreendedor solicitou a renovação da licença ambiental para a área de 20.000 m². A área útil que consta na LO 1484/2018 é de
8.000 m². Não evidenciada, via imagem de satélite (Google Earth), ampliação da área do empreendimento. Houve erro de
enquadramento;

- Quanto ao armazenamento de combustíveis e outros produtos perigosos: apresentada declaração assinada pela responsável técnica
informando que não há combustíveis ou quaisquer outros produtos perigosos no empreendimento;

- Quanto às emissões atmosféricas: há no empreendimento um forno a lenha para secagem, duas moegas de plataforma hidráulica e
uma convencional, duas máquinas de pré-limpeza e um secador;

* Conforme consta no formulário ILAI, as máquinas de pré-limpeza possuem ciclone para abatimento do material particulado e na área
em que estão instaladas as moegas, portão metálico. O relatório operacional de sistemas de controle de emissões atmosféricas não
está claro, outro será solicitado após a emissão dessa licença;

* Não apresentado laudo de monitoramento de emissões conforme solicitado no item 3 - "documentos a apresentar para renovação
desta Licença" da LO 1484/2018. Informaram que iriam apresentar o documento em período de safra (fevereiro/2023);

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- Incluídos padrões de emissão para o secador (150 mg/Nm³ de MP - Total e 500 mg/Nm³de CO). O empreendimento se encontra em
zona urbana mista e há aglomerado populacional em um raio de 500 metros contados a partir do ponto de emissão;

- O monitoramento das emissões deverá ser realizado a cada renovação de LO. Cabe destacar, no entanto, que será enviado ofício
para que o empreendedor apresente, para a próxima safra, relatório de análise de emissões do secador, uma vez que o solicitado para
essa renovação não foi apresentado;

- O controle de pragas é realizado por empresas terceirizadas e, como informado, as embalagens vazias de agrotóxicos são recolhidas
por elas também;

- Conforme questionamento realizado via e-mail com a responsável técnica (IT n.° 131/2023), não há de depósito de agrotóxicos no
empreendimento;

- Quanto à armazenagem: mantida a capacidade de armazenamento que constava na LO anterior 12.000 toneladas em 04 silos
metálicos e 9.400 toneladas em 01 armazém;

- Quanto à capacidade máxima produtiva: consta no formulário ILAI valor superior ao que está licenciado (156.000 sacas/ano). Em
questionamento via correio eletrônico, a responsável técnica informou valor ainda superior, e não foi esclarecido de fato o porquê
dessa diferença. Sendo assim, mantida a capacidade máxima produtiva anual que constava na LO anterior e posteriormente, após a
emissão da licença, esclarecimentos adicionais serão solicitados;

- Quanto ao meio biótico: os relatórios de acompanhamento de Reposição Florestal Obrigatória e de execução do Projeto de
Cortinamento Vegetal exigidos na licença de operação 1484/2018, assim como demais itens relativos ao meio biótico foram avaliados
pelo biólogo Carlos Eduardo Ferro e estão disponíveis no Parecer Técnico 190/2023;

- Responsável pelas informações apresentadas no licenciamento ambiental: Engenheira Agrônoma e Engenheira Florestal Rosane
Souza Almeida de Moura, sob ART 12145994 CREA-RS;

Nº Documento Situação Data Vencimento Processo


Renovação: 1484 / 2018 - LO VENCIDO 15/03/2023 071906 0567 17 7

Somos de parecer favorável à concessão da Licença de Operação solicitada, desde que sejam atendidas as condições e restrições abaixo.
I - Identificação:

EMPREENDEDOR RESPONSÁVEL: 204009 - IVAR DALL AGLIO


CPF / CNPJ / Doc Estr: 428.323.810-49
ENDEREÇO: RUA DEIZE, 769
APARECIDA
98240-000 SANTA BARBARA DO SUL - RS

EMPREENDIMENTO: 200120 - RECBMTO/PRE-LIMPEZA/SECAGEM/LIMPEZA/ARMAZMTO/EXPEDICAO GRAOS


LOCALIZAÇÃO: RUA DEIZE, 769
APARECIDA
SANTA BARBARA DO SUL - RS
COORDENADAS GEOGRÁFICAS: Latitude: -28,35548200 Longitude: -53,24210000

A PROMOVER A OPERAÇÃO RELATIVA À ATIVIDADE DE: RECBMTO/PRE-LIMPEZA/SECAGEM/LIMPEZA/ARMAZMTO/EXPEDICAO GRÃOS

RAMO DE ATIVIDADE: 2.611,20


MEDIDA DE PORTE: 20.000,00 área útil em m²
ÁREA DO TERRENO (m²): 43.403,93

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ÁREA CONSTRUÍDA (m²): 4.486,23
Nº DE EMPREGADOS: 10

II - Condições e Restrições:

1. Quanto ao Empreendimento:
1.1- período de validade deste documento: 14/07/2023 à 14/07/2028;
1.2- a capacidade produtiva máxima anual do empreendimento é de:
Quantidade Unidade Medida Descrição do Produto
50.000,0 saca grãos beneficiados

1.3- a capacidade de armazenamento estático da empresa é de 12.000 toneladas de grãos em 04 silos métálicos e de 9.400
toneladas em 01 armazém;
1.4- esta licença contempla a operação dos seguintes equipamentos principais: 1 armazem de produtos enfardados com capacidade
de 9.400,00 t, 1 balança rodoviária, 3 correias transportadoras, 5 elevadores de canecas, 1 fornalha a lenha, 2 moegas com
plataforma hidráulica, 1 moega convencional dentro do pavilhão, 3 máquinas de pré-limpeza com ciclone acoplado, 1 secador, 4
silos de grãos selecionados com capacidade de 12.000,00 t, 1 silo elevado de expedição com capacidade de 150 t, 1 silo
pulmão para grãos verdes, 4 transportadores helicoidais, 4 transportadores helicoidais varredores;
1.5- esta licença contempla a operação das seguintes etapas do processo produtivo: recebimento dos grãos nas moegas, pré-
limpeza, secagem, ensaque, expedição;
1.6- no caso de qualquer alteração a ser realizada no empreendimento (alteração de processo, implantação de novas linhas de
produção, ampliação de área ou de produção, relocalização, etc.) deverá ser previamente providenciado o licenciamento junto à
FEPAM, exceto nos casos previstos na Portaria FEPAM nº 301/2023;
1.7- o empreendedor é responsável por manter condições operacionais adequadas, respondendo por quaisquer danos ao meio
ambiente decorrentes da má operação do empreendimento;
1.8- caso haja o encerramento das atividades, deverá ser providenciada a solicitação de Autorização para Desativação do
Empreendimento, conforme estabelece Portaria FEPAM 266/2022;
1.9- sempre que a empresa firmar algum acordo de melhoria ambiental ou ajustamento de conduta com outros órgãos (federal,
estadual ou municipal), deverá ser enviada cópia desse documento à FEPAM, como juntada ao processo administrativo em
vigor;
1.10- esta licença não exime o empreendedor do atendimento às demais obrigações legais (federais, estaduais e municipais);
1.11- deverá fazer a comunicação imediata à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura na hipótese de descoberta fortuita de
elementos de interesse paleontológico, na área do empreendimento;

2. Quanto à Preservação e Conservação Ambiental:


2.1- este empreendimento deverá seguir o regime jurídico de conservação, proteção, regeneração e utilização estabelecido pela Lei
Federal nº. 11.428, de 22 de dezembro de 2006, bem como pelo Decreto Federal nº. 6.660, de 21 de novembro de 2008, que
dispõem sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica;
2.2- deverão ser preservados os exemplares isolados de espécies nativas, bem como as porções de matas existentes no terreno que
não interferirão na área do empreendimento, conforme rege o Art. 143 da Lei Estadual nº 15.434, de 09 de janeiro de 2020, de
acordo com o Laudo de Cobertura Vegetal sob ART 6118744 CREA/RS. Caso haja necessidade de qualquer tipo de
intervenção, deverá ser previamente autorizada conforme legislação em vigor;
2.3- fica proibido o abate de qualquer exemplar vegetal cuja espécie encontre-se listada no anexo do Decreto Estadual nº 52.109, de
1º de dezembro de 2014, na Portaria MMA nº 443/2014, de 17 de dezembro de 2014, e Decreto Estadual nº 29.019, de 16 de
julho de 1979, que por ventura ocorram dentro dos limites da área total pretendida para o licenciamento deste empreendimento,
conforme indicado no Laudo de Cobertura Vegetal sob ART 6118744 CREA/RS;
2.4- deverão ser mantidos na íntegra e com seu desenvolvimento natural os exemplares utilizados na Reposição Florestal Obrigatória
(RFO) e Projeto de Cortinamento Vegetal (PCV), sendo 45 (quarenta e cinco) e 90 (noventa) mudas plantadas, respectivamente.

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Não poderão ocorrer impactos da operação da empresa nestes indivíduos, devendo manter o bom estado fitossanitário dos
mesmos;
2.5- a intervenção em exemplares de espécies exóticas está isenta, podendo ser efetuado em casos de riscos de queda, danos ao
patrimônio, a terceiros e pessoas, desde que não estejam associadas a alguma Área de Preservação Permanente (APP).
Somente poderá ocorrer intervenção em exemplares após verificação da ocorrência de ninhos ou abrigos de animais, devendo o
mesmo ser orientado por profissional habilitado, indicando o melhor momento para sua realização. Após as atividades
relacionadas, apresentar relatório técnico com as informações e justificativas técnicas para as intervenções, acompanhada de
ART de profissional habilitado;
2.6- para o caso de exemplares vegetais exóticos que estejam causando risco junto à redes elétricas, deverá ser feita comunicação
junto à concessionária de energia elétrica para as devidas providências. Em ocorrendo autorização por parte da concessionária
para intervenção na vegetação da gleba do empreendimento, a mesma deverá ser apresentada ao final das atividades, junto
com relatório técnico e ART de profissional habilitado;
2.7- as intervenções em espécies exóticas, mencionadas nos itens acima, não poderão causar danos as espécies nativas no seu
entorno, devendo adotar todas as medidas necessárias para não interferir nos demais espécimes;
2.8- a supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais deve ser autorizada por esta Fundação, conforme o Artigo
13, § 2º da Lei Complementar Federal nº 140/2011, sendo vedada a utilização de autorizações de supressão de vegetação
emitidas por outros entes licenciadores;
2.9- é proibida a utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha de animais silvestres (Lei Federal 5197/67);
2.10- deverá ser atendida a Portaria SEMA nº 79, de 31 de outubro de 2013, e as Instruções Normativas SEMA nº 12 e 14, de 10 de
dezembro de 2014, a fim de controlar as espécies exóticas invasoras na gleba do empreendimento. Caso ocorra a necessidade
de remoção de vegetação invasora, apresentar proposta técnica com metodologia e cronograma de execução, para aprovação
pela FEPAM;

3. Quanto ao Abastecimento de Água:


3.1- toda água a ser utilizada para desenvolvimento das atividades do empreendimento deverá ser fornecida pela Companhia
Riograndense de Saneamento - CORSAN;

4. Quanto aos Efluentes Líquidos:


4.1- não poderão ser gerados efluentes líquidos decorrentes da atividade industrial;
4.2- a disposição final de efluente sanitário deverá atender às condições de projeto e operação determinadas pelas normas técnicas
ABNT NBR 7229:1993 e NBR 13969:1997 e Portaria Fepam n.° 68/2019;
4.3- deverão ser realizadas manutenções periódicas no sistema de tratamento de efluentes sanitários, a fim de garantir sua boa
operação e consequente eficiência;

5. Quanto às Emissões Atmosféricas:


5.1- os níveis de ruído gerados pela atividade industrial deverão estar de acordo com a NBR 10.151, da ABNT, conforme determina a
Resolução CONAMA N.º 01, de 08 de março de 1990;
5.2- caso sejam utilizados derivados de madeira, em especial MDP/MDF, como combustível alternativo nos sistemas de combustão
do empreendimento, deverá ser atendida a Resolução CONSEMA nº 370/2017;
5.3- as atividades não poderão emitir substâncias odoríferas na atmosfera que sejam perceptíveis fora dos limites da área da
propriedade da fonte emissora, e que causem desconforto respiratório ou olfativo na população;
5.4- deverão ser tomadas providências a fim de minimizar as emissões fugitivas oriundas das atividades do empreendimento, tais
como: enclausuramento de instalações, armazenamento fechado de material, umidificação do solo, pavimentação e limpeza de
áreas e vias de transporte;
5.5- o processamento/manuseamento de grãos (recebimento, pré-limpeza e beneficiamento) deve ser realizado mediante sistema de
controle que eliminem as emissões visíveis de material particulado para o ambiente;
5.6- é proibida a disposição de pós, cinzas, casca de arroz e resíduos de quaisquer outros grãos que possam gerar poeiras que
causem incômodo, danos e/ou prejuízos à comunidade;

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5.7- os equipamentos de processo, assim como os de controle de emissões atmosféricas, deverão ser mantidos operando
adequadamente, para garantir sua eficiência, de modo a evitar danos ao meio ambiente e incômodo à população;
5.8- os padrões de emissão para o secador são:

5.8.1- 150 mg/Nm³ de Material Particulado Total, em base seca;


5.8.2- 500 mg/Nm³ de CO, em base seca, a 17% de excesso de oxigênio;
5.9- a emissão de fumaça ou fuligem não poderá ultrapassar, para a densidade colorimétrica, o máximo de 20% (vinte por cento),
equivalente ao Padrão 01 da Escala de Ringelmann Reduzida, exceto na partida do equipamento, conforme determina a
Resolução CONAMA N.º 08, de 06 de dezembro de 1990;
5.10- não poderá haver emissão de material particulado visível para a atmosfera, com exceção daquele gerado em combustão, que
deverá atender à condição e restrição anterior;
5.11- deverá ser observado e atendido ao estabelecido na Diretriz Técnica Fepam n° 01/2018 para o monitoramento referente às
emissões de poluentes atmosféricos para os equipamentos utilizados no empreendimento;

6. Quanto aos Resíduos Sólidos:


6.1- deverão ser segregados, identificados, classificados e acondicionados os resíduos sólidos gerados para a armazenagem
provisória na área do empreendimento, observando as NBR 12.235 e NBR 11.174, da ABNT, em conformidade com o tipo de
resíduo, até posterior destinação final dos mesmos para local devidamente licenciado;
6.2- deverá ser mantido à disposição da fiscalização da FEPAM o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS atualizado,
acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do profissional responsável pela sua atualização e
execução, em conformidade com o estabelecido pela Lei Federal n.º 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, regulamentada pelo Decreto Federal n.º 10.936/2022;
6.3- as cinzas, casca, palha, demais impurezas geradas no processo de limpeza/pré-limpeza de grãos ou cereais e o material
particulado retirado do sistema de controle via úmida ou seca poderão ser depositados temporariamente na área do
empreendimento, para posterior remoção e disposição final, não podendo ocorrer o arraste destes resíduos pela ação dos ventos
ou de operações no local para a área externa do mesmo;
6.4- outras proposições de destinação de resíduos de casca e cinza de arroz deverão atender às determinações da Diretriz Técnica
n.º 002/2011 (disponível em www.fepam.rs.gov.br/Licenciamento Ambiental/Normas Técnicas);
6.5- fica proibida a aplicação do resíduo em áreas contidas no domínio de Áreas de Preservação Permanente -APP ou de reserva
legal, definidas no Código Florestal - Lei Federal n° 12.651, de 25 de maio de 2012, bem como os limites da zona de
amortecimentos definidos para as unidades de conservação;
6.6- deverá ser verificado o licenciamento ambiental das empresas ou centrais para as quais seus resíduos estão sendo
encaminhados, e atentado para o seu cumprimento, pois, conforme o Artigo 9º do Decreto Estadual n.º 38.356 de 01 de abril de
1998, a responsabilidade pela destinação adequada dos mesmos é da fonte geradora, independente da contratação de serviços
de terceiros;
6.7- fica proibida a queima, a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para esta finalidade, de
resíduos sólidos de qualquer natureza, conforme estabelece o Artigo 47, alínea III, da Lei Federal nº 12.305/2010;
6.8- deverá ser observado o cumprimento da Portaria FEPAM n.º 087/2018, D.O.E. de 30/10/2018, referente ao Manifesto de
Transportes de Resíduos - MTR;
6.9- o transporte dos resíduos perigosos (Classe I, de acordo com a NBR 10.004 da ABNT) gerados no empreendimento somente
poderá ser realizado por veículos licenciados pela FEPAM para Fontes Móveis com potencial de poluição ambiental, devendo
ser acompanhado do respectivo "Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR", conforme Portaria FEPAM n.º 087/2018, D.O.E.
de 30/10/2018;
6.10- no caso de envio de resíduos para disposição ou tratamento em outros estados, deverá ser solicitada Autorização para Remessa
de Resíduos para fora do Estado do Rio Grande do Sul, a qual deverá ser solicitada através do Sistema Online de
Licenciamento - SOL, conforme estabelecido na Portaria FEPAM nº 89/2016;
6.11- não poderão ser enviados resíduos sólidos industriais para aterros de resíduos sólidos urbanos, conforme Resolução CONSEMA
n.º 073/2004, de 20 de agosto de 2004;
6.12- deverão ser apresentadas à FEPAM, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, informações detalhadas sobre a disposição em

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áreas agrícolas dos resíduos sólidos gerados, com a caracterização da(s) área(s) de aplicação dos resíduos, contendo mapa
com levantamento planialtimétrico, indicando declividade, recursos hídricos existentes no(s) local(is), limites da(s) área(s) de
aplicação e habitações próximas e, ainda, informações sobre os tipos de culturas, taxa, freqüência e forma de aplicação;
6.13- todo o óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser coletado e destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino,
conforme determina a Resolução CONAMA n.º 362, de 23 de junho de 2005, Arts. 1º, 3º e 12;
6.14- fica proibida a destinação de embalagens plásticas de óleos lubrificantes pós-consumo em aterros urbanos, aterros industriais ou
incineração no Estado do Rio Grande do Sul, devendo as mesmas serem destinadas à reciclagem, a ser realizada pelos
fabricantes e distribuidores (atacadistas), conforme a Portaria SEMA/FEPAM n° 001/2003, publicada no DOE de 13 de maio de
2003;
6.15- caso seja adquirido óleo lubrificante em embalagens plásticas apenas no comércio varejista, deverá ser feita a devolução
voluntária no ponto de compra. O comércio varejista de óleos lubrificantes (lojas, supermercados. etc.) não realiza a coleta das
embalagens, mas é ponto de coleta dos seus fornecedores imediatos;
6.16- deverá ser cumprido o Art. 15 da RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362, de 23 de junho de 2005, que estabelece que: "Os óleos
lubrificantes usados ou contaminados não rerrefináveis, tais como as emulsões oleosas e os óleos biodegradáveis, devem ser
recolhidos e eventualmente coletados, em separado, segundo sua natureza, sendo vedada a sua mistura com óleos usados ou
contaminados rerrefináveis. Parágrafo único. O resultado da mistura de óleos usados ou contaminados não rerrefináveis ou
biodegradáveis com óleos usados ou contaminados rerrefináveis é considerado integralmente óleo usado ou contaminado não
rerrefinável, não biodegradável e resíduo perigoso (Classe I), devendo sofrer destinação compatível com sua condição";
6.17- caso o empreendimento gere resíduos sólidos passíveis de logística reversa conforme a Lei Federal nº 12.305/2010 e suas
regulamentações, deverá destinar corretamente estes resíduos em conformidade com as normas aplicáveis vigentes;
6.18- caso o empreendimento gere resíduos sólidos passíveis de logística reversa e que contenham metais pesados, tais como
equipamentos eletroeletrônicos inservíveis, pilhas e baterias, baterias chumbo ácido e lâmpadas inservíveis contendo mercúrio,
deverá ser atendido o disposto na Diretriz Técnica FEPAM nº 09/2022 ou legislação que vier a substituí-la;

7. Quanto ao Uso de Agrotóxicos:


7.1- a aplicação de produtos para expurgo e/ou controle de vetores somente poderá ser realizada por pessoal treinado, devendo ser
obedecidas as normas de segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
adequados; deverá, ainda, haver material para ser utilizado em situações de emergência, disponível em local de fácil acesso e
claramente identificado;
7.2- as embalagens vazias de agrotóxicos, utilizados no empreendimento para expurgo/preservação de grãos, deverão ser devolvidas
aos fornecedores dos produtos ou enviadas para Depósito de Embalagens Vazias de Agrotóxicos licenciado pela FEPAM, sendo
vedada a reutilização desses recipientes para qualquer outro fim;

8. Quanto aos Riscos Ambientais e Plano de Emergência:


8.1- em caso de acidente ou incidente com risco de danos a pessoas e/ou ao meio ambiente, a Fundação Estadual de Proteção
Ambiental - FEPAM deverá ser imediatamente informada através do telefone (51) 99982-7840 (24h);
8.2- deverá ser mantido atualizado o Alvará do Corpo de Bombeiros Municipal, em conformidade com as Normas em vigor, relativo
ao sistema de combate a incêndio;

9. Quanto ao Monitoramento:
9.1- deverá ser enviada eletronicamente à FEPAM, através do Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR ON LINE, a
Declaração de Movimentação de Resíduos - DMR, com periodicidade trimestral, em conformidade com a Portaria FEPAM nº
87/2018, e alterações; para tanto, o cadastro no sistema MTR, deve estar atualizado com o número do empreendimento (MENU
> Configurações > Meus Dados);

10. Quanto à Publicidade da Licença:


10.1- deverá ser fixada junto ao empreendimento, em local de fácil visibilidade, placa para divulgação do licenciamento ambiental,
conforme modelo disponível no site da FEPAM, www.fepam.rs.gov.br. A placa deverá ser mantida durante todo o período de
vigência desta licença;

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III - Documentos a apresentar para renovação desta Licença:

1- acessar o SOL - Sistema On Line de Licenciamento Ambiental, em www.sol.rs.gov.br, e seguir as orientações preenchendo as
informações e apresentando as documentações solicitadas. O Manual de Operação do SOL encontra-se disponível na sua tela
de acesso;
2- relatório de monitoramento das emissões atmosféricas em todas as fontes ativas de emissão do empreendimento, incluindo no
mínimo todos os poluentes de impacto atmosférico condicionados nessa licença. A amostragem e o relatório deverão atender
aos itens 4.8 e 4.9 da Diretriz Técnica 01/2018;
3- Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS atualizado, acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART do profissional responsável, em conformidade com o estabelecido pela Lei Federal n.º 12.305/2010, que institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada pelo Decreto Federal n.º 10.936/2022;

Porto Alegre, 14 de julho de 2023.


Parecer liberado eletronicamente por:

NATALIA CRISTINA DE MELO SILVA


Engenheira Química
ANALISTA - Id Funcional 42810390.1

Este Parecer foi submetido à ciência das chefias abaixo e considerado apto para assinatura do documento final.
Seq Setor Sigla Data Ciência Nome
1 26020 SELMI 14/07/2023 VANESSA ISABEL DOS SANTOS RODRIGUES
2 2602 DICOPI 14/07/2023 REGINA FROENER
3 260 DECONT 14/07/2023 FABIANI PONCIANO VITT TOMAZ

Assinatura Digital da Licença: DIRETORIA TÉCNICA

PARECER SELMI Nº 856 / 2023 - PLO Gerado em 14/07/2023 17:05:49 Id Parecer 1370480 Folha 7/ 7
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