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• O esterno é uma placa óssea que constitui a parede ventral do esqueleto do tórax.
• Ele é formado por sete segmentos ósseos denominados estérnebras, as quais estão
unidas entre si por cartilagens interesternebrais, de natureza hialina.
• As estérnebras unem-se uma à outra por meio de uma lâmina de cartilagem hialina.
Estas sincondroses esternais tendem a se ossificar no adulto, tornando o corpo uma
peça óssea única.
• O processo xifóide é achatado e de forma mais ou menos triangular. Sua base une-se a
última esternébra do corpo, enquanto o ápice é dirigido caudalmente e presta-se à
inserção da cartilagem xifóidea. Esta última é bastante desenvolvida nos ruminantes,
apresentando-se laminar e de forma aproximadamente ovóide.
1.4.1 INTRODUÇÃO
• A perna tem como base óssea, a tíbia e fíbula. Esta ultima rudimentar nos
ruminantes.
• No animal adulto, estes ossos apresentam-se fundidos e formam a cada lado, uma
peça única colocada entre a porção sacral da coluna vertebral, proximamente, e o
fêmur, distalmente.
1.4.2.1 ÍLIO
• A asa é a porção mais larga do ílio e possui duas faces: glútea e sacropelvina.A face
glútea é côncava e está voltada dorsolateralmente. No bovino, apresenta uma discreta
rugosidade, disposta longitudinalmente, denominada linha glútea. Nos pequenos
ruminantes, esta linha não é rugosa e atravessa toda a face como um relevo retilíneo.
• O eixo maior da asa do ílio orienta-se transversalmente, estando limitado por duas
extremidades angulares: túber sacral, situado medialmente, e túber coxal, situado
lateralmente.
• O corpo do ílio é sua porção mais ventral estreitada e termina caudalmente fundindo-
se ao pube e ao ísquio. Neste ponto de união, os três ossos do quadril formam uma
Prof. Daniel Herbert de Menezes Alves 55
Médico Veterinário
• A face medial do corpo do ílio apresenta uma discreta e descontínua elevação linear,
disposta verticalmente, denominada linha arqueada. Esta linha dirige-se para o pube
e é interrompida em seu terço médio por uma elevação rugosa pouco desenvolvida,
o tubérculo do músculo PSOAS MENOR.
1.4.2.2 PUBE
• O pube é o menor dos três ossos do quadril e forma a porção cranial do assoalho da
pelve óssea.
• O ramo caudal, menor, dirige-se caudalmente para se fundir com o ísquio. Está
unido, no plano mediano, com o correspondente do lado oposto por meio de
fibrocartilagem, constituindo esta união (sínfise púbica), parte da sínfise pelvina.
• O corpo do pube constitui, a cada lado, o ângulo de união entre os ramos cranial e
caudal.
• Em sua face dorsal costuma formar-se uma discreta elevação abaulada, o tubérculo
púbico dorsal.
1.4.2.3 ÍSQUIO
• O ramo é a porção mais medial do ísquio. Está unido com o do lado oposto no plano
mediano, constituindo esta união a parte caudal (sínfise isquiádica da sínfise pelvina).
• Em bovinos, forma-se, ao longo da linha de fusão entre os ramos dos ísquios, uma
projeção ventral, denominada crista sinfisial, disposta caudalmente ao tubérculo
público ventral.
• A reentrância do ísquio situada entre a espinha isquiádica dos dois ísquios delimitam,
por sua vez, uma outra reentrância, denominada arco isquiádico.
1.4.2.4 ACETÁBULO
• É o amplo orifício situado no assoalho da pelve óssea, circunscrito pelo pube e o ísquio.
• Na fêmea, geralmente ele é mais largo e quase circular, enquanto no macho é mais
estreito e ovóide.
• A designação “obturado” deve-se ao fato de estar ocluído por músculos e outras
estruturas.
1.4.3 FÊMUR
• O colo é o segmento ósseo que une a cabeça ao corpo. Seu limite com a cabeça é bem
marcado medialmente, mas lateralmente a superfície articular da cabeça prolonga-se
sobre ele.
• Os trocânteres maior e menor estão unidos por uma crista, denominada crista
intertrocantérica. Esta crista delimita, juntamente com o trocânter maior, uma
depressão profunda, a fossa trocantérica.
• A face caudal (face áspera) apresenta rugosidades bem evidenciadas, que se dispõem
longitudinalmente. O forame nutrício localiza-se geralmente nesta face
• Nos bovinos, a aresta medial da tróclea é mais desenvolvida que a lateral e sua
extremidade proximal alarga-se consideravelmente.
• Os côndilos, lateral e medial, são duas saliências articulares globosas que se situam
caudalmente à tróclea.
• Entre o côndilo lateral e a tróclea, encontra-se uma outra depressão, denominada fossa
extensora.
1.4.4 PATELA
• Sua face caudal apresenta duas superfícies para articulação com a tróclea do fêmur.
1.4.5.1 TÍBIA
• Nos bovinos, é um pouco mais curta que o fêmur, enquanto nos pequenos ruminantes
apresenta-se mais longa.
• Nos bovinos, torna-se mais delgado e quadrangular do terço médio para o terço distal.
• Apresenta três faces: medial, lateral e caudal, separadas por três bordas: cranial,
medial e lateral.
• A face medial é larga e rugosa até a metade do osso, podendo ser percebida através da
pele.
• A extremidade distal é bem mais estreita que a extremidade proximal, porém mais
larga que o corpo.
• Estes dois sulcos estão separados por uma crista, na qual se pode encontrar uma
fosseta não articular.
1.4.5.2 FÍBULA
• Sua face proximal apresenta duas pequenas superfícies articulares para a tíbia,
estando essas facetas separadas por um processo pontiagudo.
• A face medial articula-se com o tálus e a face distal com o calcâneo, ambos os ossos
pertencentes ao tarso.
• O tarso dos ruminantes é constituído por cinco ossos, dispostos em duas fileiras,
proximal e distal.
• O Tálus é o mais medial dos ossos da fileira proximal do tarso, caracterizando-se por
apresentar duas trócleas, uma proximal e outra distal.
• A face plantar do sustentáculo do tálus forma com a base do túber do calcâneo o sulco
do calcâneo, por onde corre o tendão do músculo flexor profundo dos dedos.
• O osso társico II + III, o segundo em tamanho da fileira distal, resulta da fusão dos
ossos társico II e társico III.
• Sua extremidade proximal ou base é larga e articula-se com a fileira distal dos ossos
do tarso.
• Nos bovinos, um canal comunica o centro da base com a face plantar do osso e dá
passagem a vasos. Uma saliência, a tuberosidade do osso metatársico III +IV, está
presente na superfície dorsomedial da base.
1.5.1 INTRODUÇÃO
• O crânio é formado por ossos unidos, em sua maioria, por articulações fibrosas
denominadas suturas.
• No feto apresenta certo grau de mobilidade por seus arcabouços ósseos não estarem
ainda completamente ossificados, o que facilita a passagem do crânio do feto pela
cavidade pelvina durante o parto;
• Forma cavidades que alojam órgãos dos diversos sistemas sensoriais da cabeça e dão
passagem a vísceras do sistema digestório e respiratório;
• Os ossos do crânio, em sua maioria ossos planos, são constituídos por duas lâminas de
osso compacto: lâminas, interna e externa, separadas por camada de osso esponjoso,
denominada díploe;
• Quando se observa a face dorsal do crânio, verifica-se que ele possui forma
aproximadamente triangular, com o vértice dirigido em sentido rostral.
• Os ossos nasais são alongados e formam parte da parede dorsal da cavidade nasal.
Cada um deles apresenta a extremidade rostral dividida em dois ramos pontiagudos.
• Estão unidos entre si na linha mediana por meio de uma sutura plana.
• Lateralmente, cada osso nasal está unido aos ossos maxilar e lacrimal e
caudalmente articula-se com o osso frontal.
• O frontal é o maior dos ossos do crânio e forma, com seu homólogo do lado oposto, a
parede dorsal da cavidade craniana.
• O perfil dos ossos frontais varia de acordo com a raça, dentro de uma mesma espécie.
Assim, em bovinos de raças européias, ele é mais ou menos reto, ao passo que em
algumas raças zebuínas, a exemplo da raça Gir, ele é caracteristicamente convexo.
• Algumas raças, no entanto, não possuem processos cornuais, sendo esta ausência um
caráter hereditário dominante.
• A face dorsal de cada frontal é percorrida longitudinalmente por uma depressão linear,
o sulco supra-orbital, o qual termina caudalmente em um orifício, o forame supra-
orbital. Este último continua-se no interior do osso como canal supra-orbital, que
finalmente se abre em outro orifício situado na parede dorsal da órbita óssea.
• O interior do osso frontal é oco e a cavidade formada entre as suas lâminas externa e
interna constitui o extenso e complexo seio frontal, o qual se prolonga para dentro de
cada processo cornual.
• Esta face tende a ser plana nos bovinos, mas é alongada e convexa nos pequenos
ruminantes.
• Ventralmente, a face caudal apresenta uma larga abertura, o forame magno, que dá
passagem à medula espinhal.
• A cada lado do forme magno encontra-se uma superfície articular convexa, de perfil
elíptico, o côndilo do occipital.
• A face dos ruminantes está formada pelos seguintes ossos: maxila (osso maxilar),
incisivo, zigomático, lacrimal, mandíbula e nasal, este último já descrito.
Não apresenta, como nas demais espécies, alvéolos para os dentes incisivos
superiores, já que estes faltam nos ruminantes.
Apresenta uma face externa, voltada para os lábios e bochechas, e uma face
interna, voltada para a língua.
• Cada órbita óssea é uma cavidade de contorno circular que contém o bulbo do olho,
além de músculos, vasos, nervos e parte do aparelho lacrimal, incluindo a glândula
lacrimal.
• Caudalmente está constituída apenas por uma membrana conjuntiva, a periórbita, que
desaparece nas preparações.
• A bula timpânica é uma saliência mais ou menos globosa, oca, situada rostralmente
ao processo jugular do occipital.
• A parte petrosa, na qual estão contidos parte do ouvido médio e o ouvido interno, é
a menor e a mais medial das três porções do temporal, estando quase que inteiramente
oculta pela parte timpânica.
• Na superfície interna do crânio pode ser observada a face medial da parte petrosa do
temporal.
• Ela aparece como massa óssea de contorno mais ou menos ovalado e coloração mais
clara, apresentando aproximadamente em seu centro um orifício, o meato acústico
interno, que dá passagem ao nervo vestibulococlear.
• A metade dorsal da parede da fossa temporal é constituída em parte pelo osso frontal
e em parte pelo osso parietal.
• A face ventral do crânio compreende duas porções bem distintas, uma rostral e
outra caudal.
• Entre os corpos dos incisivos situa-se uma pequena fenda mediana, denominada
fissura interincisiva.
• Dos corpos dos incisivos destacam-se duas delgadas lâminas ósseas, os processos
palatinos dos incisivos, que se dirigem caudalmente e delimitam, juntamente com a
maxila de cada lado, duas fendas alongadas, as fissuras palatinas, dispostas
longitudinalmente.
• Os forames palatinos maiores são dois orifícios situados na parte caudal do palato
ósseo.
• Nos bovinos, eles situam-se nas lâminas horizontais dos palatinos, enquanto nos
pequenos ruminantes localizam-se na sutura entre as lâminas horizontais dos
palatinos e os processos palatinos das maxilas.
• Alguns desses acidentes já foram descritos nas faces lateral e caudal do crânio.
• Logo caudalmente ao palato ósseo encontram-se duas lâminas ósseas verticais, mais
ou menos paralelas. Elas são constituídas pelas lâminas perpendiculares dos ossos
palatinos e pelos ossos peterigóides. Estes últimos apresentam-se como duas estreitas
faixas ósseas, cada uma unida em diagonal à face medial da lâmina perpendicular do
palatino.
• O espaço entre as duas lâminas ósseas verticais constitui a abertura caudal (coanas) da
cavidade nasal.
• Entre cada lâmina óssea vertical e o extremo caudal da maxila do mesmo lado forma-
se uma depressão, a fossa peterigopalatina, na qual se encontram três orifícios:
forame esfenopalatino, o mais amplo e mais dorsal dos três;
• Entre a bula timpânica e a parte basilar do occipital permanece uma fenda, a fissura
petro- occipital.
• No fundo dessa fissura encontra-se uma ampla abertura, o forame jugular, pelo qual
emergem do crânio os nervos glossofaríngeo, vago e acessório.
• O aparelho hióide é uma cadeia de segmentos ósseos que se situa na transição entre a
cabeça e o pescoço.