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Apostila de Osteologia

Veterinária segunda parte


Cultura
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
41 pag.

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1.3.8 ESTERNO

• O esterno é uma placa óssea que constitui a parede ventral do esqueleto do tórax.

• Ele é formado por sete segmentos ósseos denominados estérnebras, as quais estão
unidas entre si por cartilagens interesternebrais, de natureza hialina.

• A estérnebra mais cranial denomina-se manúbrio. Sua extremidade cranial é


arredondada e está recoberta por uma camada de cartilagem hialina, a cartilagem do
manúbrio, que às vezes pode faltar.

• O corpo do esterno constitui a maior poção deste osso.

• O corpo do esterno compreende cinco estérnebras bastante largas e achatadas no


sentido dorsovental.

• A primeira esternébra do corpo possui forma mais ou menos piramidal, enquanto as


estérnebras restantes alargam-se no sentido caudal, de modo que ele apresenta, no seu
conjunto, uma forma mais ou menos triangular.

• As estérnebras unem-se uma à outra por meio de uma lâmina de cartilagem hialina.
Estas sincondroses esternais tendem a se ossificar no adulto, tornando o corpo uma
peça óssea única.

• A estérnebra mais caudal constitui o processo xifóide, ao qual se prende a cartilagem


xifóidea.

• O processo xifóide é achatado e de forma mais ou menos triangular. Sua base une-se a
última esternébra do corpo, enquanto o ápice é dirigido caudalmente e presta-se à
inserção da cartilagem xifóidea. Esta última é bastante desenvolvida nos ruminantes,
apresentando-se laminar e de forma aproximadamente ovóide.

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1.3.8.2 IMAGENS DO OSSO ESTERNO DO BOVINO

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1.4 OSSOS DO MEMBRO PELVINO

1.4.1 INTRODUÇÃO

• O membro pelvino compreende quatro segmentos: cintura pelvina, coxa, perna e


pé.

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• A cintura pelvina é constituída pelo osso do quadril.

• A coxa apresenta apenas um osso, o fêmur.

• A perna tem como base óssea, a tíbia e fíbula. Esta ultima rudimentar nos
ruminantes.

• O pé compreende os ossos do tarso, do metatarso e dos dedos.

1.4.2 OSSOS DO QUADRIL

• O osso do quadril é formado por três ossos: ílio, ísquio e pube

• No animal adulto, estes ossos apresentam-se fundidos e formam a cada lado, uma
peça única colocada entre a porção sacral da coluna vertebral, proximamente, e o
fêmur, distalmente.

1.4.2.1 ÍLIO

• É maior e mais cranial dos três ossos do quadril.

• Tem forma irregularmente triangular, apresentando duas partes fundamentais: asa e


corpo.

• A asa é a porção mais larga do ílio e possui duas faces: glútea e sacropelvina.A face
glútea é côncava e está voltada dorsolateralmente. No bovino, apresenta uma discreta
rugosidade, disposta longitudinalmente, denominada linha glútea. Nos pequenos
ruminantes, esta linha não é rugosa e atravessa toda a face como um relevo retilíneo.

• A face sacropelvina é convexa, voltada ventrocranialmente e possui e possui uma


área rugosa para articulação com a asa do sacro.

• O eixo maior da asa do ílio orienta-se transversalmente, estando limitado por duas
extremidades angulares: túber sacral, situado medialmente, e túber coxal, situado
lateralmente.

• Unindo os dois túberes, encontra-se uma borda denominada crista ilíaca.

• O túber sacral continua-se caudalmente com uma ampla reentrância, a incisura


isquiática maior, a qual se estende até uma crista cortante, denominada espinha
isquiática.

• O corpo do ílio é sua porção mais ventral estreitada e termina caudalmente fundindo-
se ao pube e ao ísquio. Neste ponto de união, os três ossos do quadril formam uma
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profunda cavidade articular de contorno arredondado, o acetábulo, destinado a alojar a
cabeça do fêmur.

• A face medial do corpo do ílio apresenta uma discreta e descontínua elevação linear,
disposta verticalmente, denominada linha arqueada. Esta linha dirige-se para o pube
e é interrompida em seu terço médio por uma elevação rugosa pouco desenvolvida,
o tubérculo do músculo PSOAS MENOR.

• Ventralmente, a linha arqueada termina em uma pequena projeção, a eminência


íliopúbica, já no pube.

1.4.2.2 PUBE

• O pube é o menor dos três ossos do quadril e forma a porção cranial do assoalho da
pelve óssea.

• Ele é constituído por um ramo cranial, um ramo caudal e o corpo.

• O ramo cranial, mais desenvolvido, dirige-se craniolateralmente para se fundir com o


ílio, participando na formação do acetábulo; em sua borda cranial encontra-se uma
discreta projeção, a eminência iliopúbica

• O ramo caudal, menor, dirige-se caudalmente para se fundir com o ísquio. Está
unido, no plano mediano, com o correspondente do lado oposto por meio de
fibrocartilagem, constituindo esta união (sínfise púbica), parte da sínfise pelvina.

• O corpo do pube constitui, a cada lado, o ângulo de união entre os ramos cranial e
caudal.

• Em sua face dorsal costuma formar-se uma discreta elevação abaulada, o tubérculo
púbico dorsal.

• Na face ventral encontra-se uma saliência rugosa bem desenvolvida, o tubérculo


púbico central.

1.4.2.3 ÍSQUIO

• O ísquio constitui, juntamente com o do lado oposto, a porção caudal do assoalho da


pelve óssea.

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• É um osso irregularmente achatado, apresentando as seguintes partes
principais: ramos, corpo, tábula e túber.

• O ramo é a porção mais medial do ísquio. Está unido com o do lado oposto no plano
mediano, constituindo esta união a parte caudal (sínfise isquiádica da sínfise pelvina).

• Em bovinos, forma-se, ao longo da linha de fusão entre os ramos dos ísquios, uma
projeção ventral, denominada crista sinfisial, disposta caudalmente ao tubérculo
público ventral.

• Cranialmente, o ramo do ísquio está fundido com o ramo caudal do pube.

• O corpo é a parte do ísquio que se estende cranilateralmente até o acetábulo.

• A tabula é a porção mais larga e plana do ísquio; ela se continua caudodorsalmente


com uma robusta saliência de contorno triangular, o túber isquiádico, facilmente
palpável no animal vivo.

• A reentrância do ísquio situada entre a espinha isquiádica dos dois ísquios delimitam,
por sua vez, uma outra reentrância, denominada arco isquiádico.

1.4.2.4 ACETÁBULO

• O acetábulo é a cavidade articular do quadril na qual se aloja a cabeça do fêmur.


• Além de sua superfície articular propriamente dita, a cavidade acetabular apresenta
uma depressão não-articular, a fossa do acetábulo, destinada à inserção do ligamento
da cabeça do fêmur.
• Nos ruminantes, a cavidade acetabular está voltada ventral e lateralmente. A borda do
acetábulo é irregularmente espessada, apresentando-se interrompida por uma incisura,
denominada incisura do acetábulo.
• Apenas nos bovinos, uma outra incisura, situada cranialmente à primeira, está também
presente.

1.4.2.5 FORAME OBTURADO

• É o amplo orifício situado no assoalho da pelve óssea, circunscrito pelo pube e o ísquio.
• Na fêmea, geralmente ele é mais largo e quase circular, enquanto no macho é mais
estreito e ovóide.
• A designação “obturado” deve-se ao fato de estar ocluído por músculos e outras
estruturas.

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1.4.2.6 PELVE ÓSSEA

• A pelve é a parte do tronco situada caudalmente ao abdome. Seu esqueleto é constituído


pelos ossos do quadril, pelo sacro e pelas três primeiras vértebras coccígeas.
• A pelve é alongada e cilindróide, comprimida látero-laterlamente (principalmente nos
machos).
• Os ossos, com as partes moles que os recobrem, formam uma cavidade,
denominada cavidade pelvina.
• Esta cavidade tem duas aberturas, uma cranial e outra caudal.
• A abertura cranial da pelve é mais ampla, estando delimitada por uma linha circular
imaginária que passa dorsalmente pelo promontório sacral, lateralmente pelos ílios e
ventralmente pelos pubes.
• Sua conformação é variável com o sexo, apresentando-se de ovóide a quase circular nas
fêmeas e permanecendo ovóide nos machos.
• O teto ou abóbada da cavidade pelvina é formado pelo sacro e pelas três
primeiras vértebras coccígeas.
• Já o assoalho é constituído pelo pube e pelo ísquio dos dois lados.
• O forame obturado interrompe a continuidade óssea do assoalho pelvino.
• As paredes laterais da cavidade pelvina são completadas por ligamentos e músculos.
• Quanto à abertura caudal da pelve, é menor que a cranial e tem como contorno ventral
o arco isquiádico, que é mais aberto nas fêmeas.
• O contorno laterodorsal desta abertura é formado predominantemente por estruturas
moles, destacando-se entre elas uma larga lâmina fibrosa, o ligamento sacrotuberal,
com as vértebras coccígeas como elemento esquelético.
• Devido às importantes funções dos órgãos contidos na cavidade pelvina, torna-se
necessário conhecer os diâmetros indicativos da amplitude desta cavidade. Assim
temos:
• Diâmetro conjugado: É a linha vertical que une o promontório sacral ao extremo
cranial da sínfise pelvina.
• Diâmetro vertical: É a linha vertical que se estende ao extremo cranial da sínfise
pelvina à parede dorsal da pelve.
• Diâmetros transversais: Existem cinco diâmetros transversais. Três deles são
delineados na abertura cranial da pelve, unindo entre si as margens ventrais das
articulações sacro-ilíacas, os tubérculos do músculo
psoasmenor as eminências iliopúblicas. Os outros dois são representados por linhas
que unem entre si os pontos mais altos das espinhas isquiádicas e os ângulos
dorsais dos túberes isquiádicos.

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1.4.3 FÊMUR

• O fêmur é o osso da coxa, apresentando-se relativamente mais curto nos ruminantes


que nas outras espécies domésticas.

• Nele distinguem-se o corpo e duas extremidades, proximal e distal.

• A extremidade proximal do fêmur compreende a cabeça, o colo e os trocânteres


maior e menor.

• A cabeça é uma grande proeminência articular esférica, voltada medialmente e que se


articula com o acetábulo do quadril. Uma camada de cartilagem hialina recobre toda a
sua face articular, exceto numa pequena depressão central, a fóvea da cabeça
do fêmur, onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur.

• O colo é o segmento ósseo que une a cabeça ao corpo. Seu limite com a cabeça é bem
marcado medialmente, mas lateralmente a superfície articular da cabeça prolonga-se
sobre ele.

• O trocânter maior é uma protuberância volumosa que se projeta da face lateral da


extremidade proximal do fêmur. Sua borda livre é espessa e rugosa; sua face lateral é
rugosa e convexa, enquanto a face medial é côncava e mais lisa.

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• O trocânter menor é uma pequena saliência rugosa que se situa na face caudal da
extremidade proximal.

• Os trocânteres maior e menor estão unidos por uma crista, denominada crista
intertrocantérica. Esta crista delimita, juntamente com o trocânter maior, uma
depressão profunda, a fossa trocantérica.

• O corpo do fêmur é cilíndrico, apresentando-se retilíneo nos bovinos e ligeiramente


encurvado nos pequenos ruminantes. Sua face lateral apresenta próximo à extremidade
distal, uma depressão irregular, a fossa supracondilar, que é bastante rasa,
principalmente nos pequenos ruminantes. Nessa fossa origina-se o músculo flexor
superficial dos dedos.

• A face caudal (face áspera) apresenta rugosidades bem evidenciadas, que se dispõem
longitudinalmente. O forame nutrício localiza-se geralmente nesta face

• A extremidade distal do fêmur compreende a tróclea e os côndilos.

• A tróclea é a superfície articular voltada cranialmente, caracterizando-se por sua


forma de polia, formada por duas arestas separadas por um sulco.

• Nos bovinos, a aresta medial da tróclea é mais desenvolvida que a lateral e sua
extremidade proximal alarga-se consideravelmente.

• Nos pequenos ruminantes, as arestas têm aproximadamente o mesmo tamanho.

• Os côndilos, lateral e medial, são duas saliências articulares globosas que se situam
caudalmente à tróclea.

• Uma depressão, a fossa intercondilar separa os dois côndilos.

• A face medial do côndilo medial é rugosa e nela destaca-se uma saliência, o


epicôndilo lateral, menos desenvolvido que o medial.

• De modo correspondente, na face lateral do côndilo lateral situa-se o epicôndilo


lateral, menos desenvolvido que o medial.

• Distal e um pouco e caudalmente ao epicôndilo lateral distinguem-se duas pequenas


depressões, das quais a mais distal é a fossa do músculo poplíteo.

• Entre o côndilo lateral e a tróclea, encontra-se uma outra depressão, denominada fossa
extensora.

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1.4.4 PATELA

• A patela (antigamente conhecida como rótula) é um grande osso sesamóide que se


articula com a tróclea do fêmur.

• Tem forma aproximadamente triangular, com o vértice voltado distalmente.

• Sua face caudal apresenta duas superfícies para articulação com a tróclea do fêmur.

• A cartilagem da patela, nem sempre presente nos ossos preparados, prende-se ao


ângulo medial do osso.

• Nos pequenos ruminantes a patela é mais longa e estreita.

1.4.5 TÍBIA E FÍBULA

1.4.5.1 TÍBIA

• A tíbia é o principal osso longo da perna.

• Nos bovinos, é um pouco mais curta que o fêmur, enquanto nos pequenos ruminantes
apresenta-se mais longa.

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• A extremidade proximal da tíbia é larga e tem um contorno aproximadamente
triangular. Esta apresenta duas superfícies articulares ligeiramente convexas, os
côndilos medial e lateral, para articulação com os correspondentes côndilos do
fêmur.

• Entre os dois côndilos, aproximadamente no centro da extremidade proximal,


encontra-se uma elevação, a eminência intercondilar, na qual se distinguem dois
tubérculos, os tubérculos intercondilares, dos quais o medial é o mais alto.

• Os côndilos estão ainda separados cranialmente pela área intercondilar cranial e


caudalmente pela área intercondilar caudal.

• Nessas áreas intercondilares inserem-se os ligamentos da articulação femorotibial.

• Caudalmente, a extremidade proximal apresenta uma reentrância, a incisura poplítea,


interposta entre os dois côndilos.

• Já no ângulo cranial da extremidade proximal encontra-se uma saliência bem


desenvolvida, a tuberosidade da tíbia, a qual está separada do côndilo lateral por
uma reentrância, o sulco extensor.

• Proximamente, o corpo é largo, de contorno triangular.

• Nos bovinos, torna-se mais delgado e quadrangular do terço médio para o terço distal.

• Apresenta três faces: medial, lateral e caudal, separadas por três bordas: cranial,
medial e lateral.

• A face medial é larga e rugosa até a metade do osso, podendo ser percebida através da
pele.

• A face lateral é lisa e ligeiramente retorcida.

• A face caudal apresenta-se marcada obliquamente por linhas musculares mais ou


menos desenvolvidas.

• O forame nutrício encontra-se na face caudal, próximo à borda lateral.

• A extremidade distal é bem mais estreita que a extremidade proximal, porém mais
larga que o corpo.

• A extremidade distal apresenta superfícies para articulação com o osso tálus do


tarso e com o osso maleolar.

• A superfície para articulação com o tálus é denominada cóclea da tíbia.

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• A cóclea da tíbia apresenta dois sulcos, um lateral, largo e mais raso e outro medial,
mais profundo e estreito.

• Estes dois sulcos estão separados por uma crista, na qual se pode encontrar uma
fosseta não articular.

• A parede medial da cóclea avança distalmente, formando uma projeção pontiaguda


denominada maléolo medial.

• A parede lateral é completada por um osso separado, o osso maleolar, correspondente


ao maléolo lateral e pertence à fíbula.

1.4.5.2 FÍBULA

• A fíbula é o outro osso componente da perna, situando-se lateralmente à tíbia.

• Nos ruminantes, é rudimentar.

• Seu esboço cartilaginoso é completo, mas no processo de ossificação fica reduzida a


duas extremidades, a proximal ou cabeça e a distal ou osso maleolar, unidas entre si
por um cordão fibroso, que não aparece nas preparações.

• No bovino, a cabeça da fíbula está geralmente fundida ao côndilo lateral da fíbula,


mas pode também ocorrer articulada. Apresenta-se como um apêndice ósseo que se
projeta alguns centímetros distalmente, terminando em ponta livre.

• No ovino, está constantemente fundida á tíbia, aparecendo como uma pequena


proeminência do côndilo lateral.

• No caprino, pode faltar completamente.

• O osso maleolar é constante em todos os ruminantes domésticos.

• Visto lateralmente, apresenta um contorno aproximadamente quadrangular.

• Sua face proximal apresenta duas pequenas superfícies articulares para a tíbia,
estando essas facetas separadas por um processo pontiagudo.

• A face medial articula-se com o tálus e a face distal com o calcâneo, ambos os ossos
pertencentes ao tarso.

• A face lateral apresenta uma depressão discreta, o sulco maleolar, destinado à


passagem de tendões.

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1.4.6 TARSO

• O tarso dos ruminantes é constituído por cinco ossos, dispostos em duas fileiras,
proximal e distal.

• A fileira proximal compõe-se dos ossos tálus e calcâneo.

• A fileira distal compreende os ossos centroquarto, társico II + III e társico I.

• O Tálus é o mais medial dos ossos da fileira proximal do tarso, caracterizando-se por
apresentar duas trócleas, uma proximal e outra distal.

• A tróclea proximal articula-se com a cóclea da tíbia.

• A tróclea distal articula-se com a face com o osso centroquarto.

• O calcâneo é o osso saliente que se articula com a face lateroplantar do tálus.

• O espaço compreendido entre a face lateral do tálus e a face medial do calcâneo é


denominado seio do tarso.

• A principal saliência do calcâneo é o túber do calcâneo, que se projeta proximalmente


e dá inserção ao tendão calcanear comum.

• O calcâneo apresenta medialmente uma outra projeção óssea, o sustentáculo do tálus,


para articulação com o tálus.

• A face plantar do sustentáculo do tálus forma com a base do túber do calcâneo o sulco
do calcâneo, por onde corre o tendão do músculo flexor profundo dos dedos.

• Proximalmente, o calcâneo articula-se com o osso maleolar e distalmente com o osso


centroquarto.

• O osso centroquarto é o mais desenvolvido da fileira distal do tarso. É formado pela


fusão do osso central do tarso com o osso társico IV, estendendo-se de um lado ao
outro e articulando-se com todos os demais ossos do tarso.

• O osso társico II + III, o segundo em tamanho da fileira distal, resulta da fusão dos
ossos társico II e társico III.

• Já o osso társico I é o menor dos ossos do tarso e articula-se com o centroquarto, o


társico II + III e o metatársico III + IV.

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1.4.7 METATARSO

• No metatarso dos ruminantes, como no metacarpo, apenas um osso está


completamente desenvolvido: o metatársico III + IV, resultante da fusão do
metatársico III com o metatársico IV, ainda na fase fetal.

• Os sulcos longitudinais dorsal e plantar, e a subdivisão da cavidade medular por um


septo ósseo, nos animais jovens, comprovam esta fusão.

• Outros ossos metatársicos, como o metatársico II e metatársico V, quando ocorrem,


são rudimentares, aparecendo como cristas fundidas às bordas planomedial e
planolateral, respectivamente, do metatársico III + IV.

• Um outro osso pequeno e discóide articula-se com a face plantar da base do


metatársico III + IV: trata-se de um sesamóide típico dos artiodáctilos e denomina-se
osso sesamóide do metatarso.

• O osso metatársico III + IV assemelha-se bastante ao metacárpico III +IV sendo,


porém um pouco mais longo.

• Sua extremidade proximal ou base é larga e articula-se com a fileira distal dos ossos
do tarso.

• Nos bovinos, um canal comunica o centro da base com a face plantar do osso e dá
passagem a vasos. Uma saliência, a tuberosidade do osso metatársico III +IV, está
presente na superfície dorsomedial da base.

• O corpo do metatársico III + IV é de contorno aproximadamente quadrangular e


mais largo próximo das epífises. Sua face dorsal é percorrida longitudinalmente pelo
sulco longitudinal dorsal, bastante profundo nos bovinos. Nos pequenos
ruminantes, este sulco só é evidente próximo às duas extremidades do osso.

• A face plantar é também percorrida por um sulco, o sulco longitudinal plantar.

• O canal distal do metatarso é constante e bem desenvolvido.

• Já o canal proximal do metatarso falta frequentemente.

• A extremidade dista ou cabeça do metatársico III + IV é semelhante àquele do


metacárpico III +IV.

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1.4.8 FALANGES E OSSOS SESAMÓIDES

• As falanges e ossos sesamóides do membro pelvino são semelhantes aos do membro


torácico.

• A nomenclatura é adaptada ao membro pelvino, quando necessário.

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1.5 OSSOS DO CRÂNIO E APARELHO HIÓIDE

1.5.1 INTRODUÇÃO

• O crânio é formado por ossos unidos, em sua maioria, por articulações fibrosas
denominadas suturas.

• Nos animais adultos, as suturas estão quase todas ossificadas (sinostoses);

• No feto apresenta certo grau de mobilidade por seus arcabouços ósseos não estarem
ainda completamente ossificados, o que facilita a passagem do crânio do feto pela
cavidade pelvina durante o parto;

• O crânio constitui o invólucro ósseo que protege o encéfalo;

• Forma cavidades que alojam órgãos dos diversos sistemas sensoriais da cabeça e dão
passagem a vísceras do sistema digestório e respiratório;

• Os ossos do crânio, em sua maioria ossos planos, são constituídos por duas lâminas de
osso compacto: lâminas, interna e externa, separadas por camada de osso esponjoso,
denominada díploe;

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• O periósteo que reveste os ossos do crânio recebe o nome especial de pericrânio;

• No presente texto, os ossos do crânio serão estudados em conjunto, mencionando-se


apenas os acidentes mais importantes.

1.5.2 VISTA DORSAL DO CRÂNIO

• Quando se observa a face dorsal do crânio, verifica-se que ele possui forma
aproximadamente triangular, com o vértice dirigido em sentido rostral.

• Esta conformação é mais acentuada nos pequenos ruminantes;

• É formada por dois pares de ossos: nasais e frontais;

• Os ossos nasais são alongados e formam parte da parede dorsal da cavidade nasal.
Cada um deles apresenta a extremidade rostral dividida em dois ramos pontiagudos.

• Estão unidos entre si na linha mediana por meio de uma sutura plana.

• Lateralmente, cada osso nasal está unido aos ossos maxilar e lacrimal e
caudalmente articula-se com o osso frontal.

• O frontal é o maior dos ossos do crânio e forma, com seu homólogo do lado oposto, a
parede dorsal da cavidade craniana.

• O perfil dos ossos frontais varia de acordo com a raça, dentro de uma mesma espécie.
Assim, em bovinos de raças européias, ele é mais ou menos reto, ao passo que em
algumas raças zebuínas, a exemplo da raça Gir, ele é caracteristicamente convexo.

• Do ângulo caudolateral de cada frontal projeta-se uma expansão pontiaguda,


o processo cornual, que constitui a base óssea do chifre (ou corno).

• Os processos cornuais desenvolvem-se com a idade e modificam a forma do osso


frontal.

• Algumas raças, no entanto, não possuem processos cornuais, sendo esta ausência um
caráter hereditário dominante.

• Em bovinos, entre os dois processos cornuais situa-se, no plano mediano, uma


elevação discreta, denominada protuberância intercornual.

• A cada lado, o frontal constitui as paredes dorsal e medial da órbita óssea.

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• De sua borda lateral destaca-se uma projeção laminar, o processo zigomático do
frontal, que se dirige ventralmente para se unir ao processo frontal do zigomático.

• Os dois processos unidos formam o contorno caudal da órbita óssea.

• A face dorsal de cada frontal é percorrida longitudinalmente por uma depressão linear,
o sulco supra-orbital, o qual termina caudalmente em um orifício, o forame supra-
orbital. Este último continua-se no interior do osso como canal supra-orbital, que
finalmente se abre em outro orifício situado na parede dorsal da órbita óssea.

• O canal supra-orbital dá passagem à veia de mesmo nome.

• O interior do osso frontal é oco e a cavidade formada entre as suas lâminas externa e
interna constitui o extenso e complexo seio frontal, o qual se prolonga para dentro de
cada processo cornual.

FONTE: UFMG. Disponível em http://www.icb.ufmg.br

1.5.3 VISTA CAUDAL DO CRÂNIO

• A face caudal do crânio é formada pelos ossos occipital, parietais e frontais.

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• Nos animais adultos, as suturas entre estes ossos apresentam-se pouco nítidas e os
limites entre eles, imprecisos.

• Esta face tende a ser plana nos bovinos, mas é alongada e convexa nos pequenos
ruminantes.

• Apresenta mais ou menos em seu centro, uma saliência rugosa,


a protuberância occipital externa, onde se insere o ligamento da nuca.

• Ventralmente, a face caudal apresenta uma larga abertura, o forame magno, que dá
passagem à medula espinhal.

• A cada lado do forme magno encontra-se uma superfície articular convexa, de perfil
elíptico, o côndilo do occipital.

• Os dois côndilos articulam-se com a primeira vértebra cervical ou Atlas.

• Lateralmente a cada côndilo do occipital encontra-se uma saliência pontiaguda


dirigida ventralmente, denominada processo jugular (paracondilar).

FONTE: UFMG. Disponível em http://www.icb.ufmg.br

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FONTE: UFMG. Disponível em http://www.icb.ufmg.br

1.5.4 VISTA LATERAL DO CRÂNIO

• Na face lateral do crânio encontram-se os ossos da face, da órbita e da parede lataral


da cavidade humana.

1.5.4.1 OSSOS DA FACE

• A face dos ruminantes está formada pelos seguintes ossos: maxila (osso maxilar),
incisivo, zigomático, lacrimal, mandíbula e nasal, este último já descrito.

a) Maxila: É o osso mais desenvolvido da face, apresentando um contorno


aproximadamente quadrangular.

Está unido dorsalmente aos ossos nasal, lacrimal e zigomático;

Rostralmente,une-se ao osso incisivo.

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Apresenta em sua porção média uma elevação linear, a crista facial, a qual
termina rostralmente em uma saliência rugosa, o túber facial.

Rostralmente ao túber facial encontra-se um amplo orifício, o forame


infraorbital, através do qual emergem do crânio a artéria, a veia e o nervo
infra-orbitais.

Na borda ventral (borda alveolar) da maxila encontram-se os alvéolos para


os dentes premolares e molares superiores.

O interior da maxila apresenta uma escavação irregular, o seio maxilar.

b) Incisivo: Situa-se rostralmente á maxila, formando a base óssea do extremo


rostral do palato.

Não apresenta, como nas demais espécies, alvéolos para os dentes incisivos
superiores, já que estes faltam nos ruminantes.

c) Zigomático: Situa-se caudorsalmente à maxila, formando parte da parede


ventral da órbita óssea.

De sua porção caudal destacam-se dois processos: processo frontal do


zigomático, que se dirige dorsalmente para se unir ao processo zigomático do
frontal e formar o contorno caudal da órbita óssea; processo temporal do
zigomático, que se dirige caudalmente e se une ao processo zigomático.

d) Lacrimal: É um pequeno osso intercalado entre os ossos nasal e frontal,


dorsalmente e os ossos maxila e zigomático, ventralmente.

Forma parte da parede rostral da órbita óssea e apresenta um orifício, o forame


lacrimal, que constitui o início do canal lacrimal.

Este canal percorre o interior dos ossos lacrimal e maxilar e abre-se na


cavidade nasal.

e) Mandíbula: As mandíbulas, uma a cada lado, estão unidas rostralmente, na


região do mento ou queixo, por uma sincondrose (união por meio de
cartilagem hialina), disposta no plano mediano.

Em cada mandíbula distinguem-se o corpo, o ângulo e o ramo.

O corpo da mandíbula é sua porção rostral, disposta longitudinalmente.

Apresenta uma face externa, voltada para os lábios e bochechas, e uma face
interna, voltada para a língua.

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A face externa é lisa e apresenta próximo a sua extremidade rostral, um ou
dois orifícios, os forames mentuais, por onde emergem os vasos e nervos
mentuais. A face interna também é lisa.

Na borda dorsal (borda alveolar) do corpo da mandíbula situam-se os


alvéolos para os dentes da arcada inferior.

Rostralmente, encontram-se os alvéolos para os dentes incisivos inferiores,


quatro de cada lado.

Caudalmente situam-se os alvéolos para os dentes premolares e molares


inferiores. O trecho sem alvéolos dessa boda, entre os incisivos e os
premolares, denomina-se borda interalveolar.

Caudalmente, o corpo termina no ângulo da mandíbula, que apresenta um


contorno arredondado.

O ramo é a porção vertical da mandíbula, projetando-se dorsalmente a partir


do ângulo. Sua extremidade dorsal, livre, apresenta-se dividida por uma
reentrância, a incisura mandibular, em dois processos: um cranial e
pontiagudo, processo coronóide, e outro caudal e abaulado, processo
condilar.

No processo cronóide insere-se o músculo temporal.

O processo condilar apresenta uma superfície articular convexa, a cabeça da


mandíbula, que se articula com o osso temporal.

Ventralmente à cabeça encontra-se uma porção mais estreitada, o colo da


mandíbula.

A superfície lateral do ramo é plana, apresentando rugosidades causadas pela


inserção do músculo masséter.

Na superfície medial do ramo encontra-se um orifício, o forame da


mandíbula, onde se inicia o canal da mandíbula, por onde passam os vasos e
nervos alveolares inferiores.

Das proximidades do forame da mandíbula parte um sulco, o sulco milo-


hióideo, que se dirige obliquamente em sentido rostroventral. Este sulco aloja
o nervo milo-hióideo.

1.5.4.2 ÓRBITA ÓSSEA

• Cada órbita óssea é uma cavidade de contorno circular que contém o bulbo do olho,
além de músculos, vasos, nervos e parte do aparelho lacrimal, incluindo a glândula
lacrimal.

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• A parede medial da órbita é lisa e nela são encontrados três orifícios: forame
orbitorredondo, o maior e mais ventral deles, servindo à passagem dos nervos.

• A parede dorsal da órbita apresenta uma ligeira concavidade, a fossa da glândula


lacrimal, causada pela impressão desta glândula.

• No limite entre as paredes medial e dorsal encontra-se um quarto orifício, que


corresponde à abertura do canal supra-orbital na órbita.

• A parede ventral ou assoalho da órbita é incompleto.

• Rostralmente é formada por uma expansão globosa e oca, de parede fina,


denominada bula lacrimal, formada à custa dos ossos maxilar e lacrimal

• Caudalmente está constituída apenas por uma membrana conjuntiva, a periórbita, que
desaparece nas preparações.

• A parede lateral também é incompleta, sendo constituída apenas numa pequena


extensão pelos processos frontal do zigomático e zigomático do frontal; o restante é
formado pela periórbita.

1.5.4.3 PAREDE LATERAL DA CAVIDADE CRANIANA

• A parede lateral da cavidade craniana é formada pelos ossos temporal, parietal e


frontal.

• O osso temporal dos ruminantes compreende três partes: escamosa, timpânica e


petrosa.

• A parte escamosa é a porção mais dorsal do temporal. Ela forma a parede


ventromedial de uma extensa depressão da face lateral do crânio, a fossa temporal, no
qual se aloja o músculo temporal.

• Da borda lateral da parte escamosa destaca-se uma lâmina óssea achatada


dorsoventralmente, o processo zigomático do temporal, o qual se dirige rostralmente
e se une ao processo temporal do zigomático.

• Na face ventral da raiz do processo zigomático encontra-se uma área articular


ligeiramente convexa, ovóide e lisa, o tubérculo articular, o qual se articula com o
processo condilar da mandíbula.

• Caudalmente ao tubérculo articular encontra-se uma discreta depressão transversal,


a fossa mandibular e, caudalmente a esta última, um orifício, o forame
retroarticular. Através desse forame emerge uma das veias emissárias do encéfalo.

• A parte timpânica do temporal situa-se ventralmente à parte escamosa, interposta entre


esta última e a parte basilar do osso occiptal.
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• Nela estão incluídos o meato acústico externo e a bula timpânica.

• O meato acústico externo é um canal cilíndrico, situado caudalmente ao forame


retro-articular. Sua abertura extrema, de contorno circular, denomina-se poro acústico
externo; internamente, o meato acústico externo limita-se com a cavidade do tímpano,
a qual forma a base óssea do ouvido médio.

• A bula timpânica é uma saliência mais ou menos globosa, oca, situada rostralmente
ao processo jugular do occipital.

• Da borda rostral da bula timpânica projeta-se uma pequena expansão pontiaguda, o


processo muscular, dirigido rostroventralmente.

• A parte petrosa, na qual estão contidos parte do ouvido médio e o ouvido interno, é
a menor e a mais medial das três porções do temporal, estando quase que inteiramente
oculta pela parte timpânica.

• Da parte petrosa do osso temporal aparece externamente uma pequena projeção


cilindróide, o processo estilóide, alojado no fundo de uma cavidade situada
lateralmente à bula timpânica.

• No processo estilóide prende-se o osso estilo-hióide, que será visto ulteriormente.

• Logo caudal e lateralmente ao processo estilóide, situa-se um orifício, o forame estilo


mastóide, o qual constitui a abertura externa do canal facial; por este forame, o nervo
facial emerge da cavidade craniana.

• Na superfície interna do crânio pode ser observada a face medial da parte petrosa do
temporal.

• Ela aparece como massa óssea de contorno mais ou menos ovalado e coloração mais
clara, apresentando aproximadamente em seu centro um orifício, o meato acústico
interno, que dá passagem ao nervo vestibulococlear.

• A metade dorsal da parede da fossa temporal é constituída em parte pelo osso frontal
e em parte pelo osso parietal.

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1.5.4.4 Vista ventral do crânio

• A face ventral do crânio compreende duas porções bem distintas, uma rostral e
outra caudal.

• A porção rostral da face ventral do crânio apresenta-se como uma superfície


relativamente simples, onde se destacam o palato ósseo e os dentes.

• O palato ósseo, que constitui a base do palato duro, apresenta-se ligeiramente


côncavo e com um contorno aproximadamente retangular. Sua extremidade rostral é
formada pelos corpos dos ossos incisivos, que, como já foi mencionado, não
apresentam alvéolos dentários.

• Entre os corpos dos incisivos situa-se uma pequena fenda mediana, denominada
fissura interincisiva.

• Dos corpos dos incisivos destacam-se duas delgadas lâminas ósseas, os processos
palatinos dos incisivos, que se dirigem caudalmente e delimitam, juntamente com a
maxila de cada lado, duas fendas alongadas, as fissuras palatinas, dispostas
longitudinalmente.

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• O restante do palato ósseo é formado rostralmente pelos processos palatinos das
maxilas e caudalmente pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos.

• Os forames palatinos maiores são dois orifícios situados na parte caudal do palato
ósseo.

• Nos bovinos, eles situam-se nas lâminas horizontais dos palatinos, enquanto nos
pequenos ruminantes localizam-se na sutura entre as lâminas horizontais dos
palatinos e os processos palatinos das maxilas.

• Rostralmente, os forames palatinos maiores continuam-se com duas depressões


longitudinais discretas, os sulcos palatinos maiores, onde correm os vasos e nervos
de mesmo nome.

• A porção caudal da face ventral do crânio, ao contrário da rostral, é bastante


irregular, apresentando inúmeras depressões, saliências e forames.

• Alguns desses acidentes já foram descritos nas faces lateral e caudal do crânio.

• Logo caudalmente ao palato ósseo encontram-se duas lâminas ósseas verticais, mais
ou menos paralelas. Elas são constituídas pelas lâminas perpendiculares dos ossos
palatinos e pelos ossos peterigóides. Estes últimos apresentam-se como duas estreitas
faixas ósseas, cada uma unida em diagonal à face medial da lâmina perpendicular do
palatino.

• As extremidades livres dos pterigóides, encurvadas caudalmente à semelhança de


ganchos, denominam-se hámulos pterigóideos.

• O espaço entre as duas lâminas ósseas verticais constitui a abertura caudal (coanas) da
cavidade nasal.

• Entre cada lâmina óssea vertical e o extremo caudal da maxila do mesmo lado forma-
se uma depressão, a fossa peterigopalatina, na qual se encontram três orifícios:
forame esfenopalatino, o mais amplo e mais dorsal dos três;

• Forame maxilar, estreito e meio oculto pela bula lacrimal;

• Forame palatino caudal; o mais ventral, situado próximo à lâmina horizontal do


palatino.

• O assoalho da cavidade craniana é formado, no sentido caudorostral, pelos seguintes


ossos: parte basilar do occipital, basi- esfenóide e pré- esfenóide.

• Nos limites entre a parte basilar do occipital e do osso basi-esfenóide encontram-se


duas saliências, os tubérculos musculares, bem desenvolvidos nos bovinos.

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• Lateralmente a cada tubérculo muscular e rostralmente à bula timpânica encontra-se,
já no osso basi-esfenóide, o forame oval, por onde emerge do crânio o nervo
mandibular (ramo do nervo trigêmeo).

• Entre a bula timpânica e a parte basilar do occipital permanece uma fenda, a fissura
petro- occipital.

• No fundo dessa fissura encontra-se uma ampla abertura, o forame jugular, pelo qual
emergem do crânio os nervos glossofaríngeo, vago e acessório.

• Logo caudalmente à fissura petro-occipital e lateralmente ao côndilo do occipital


situa-se uma depressão, a fossa condilar dorsal, na qual se encontram um ou dois
orifícios, os canais do nervo hipoglosso.

• Rostralmente, o assoalho da cavidade craniana é formado pelos ossos basi-esfenóide.


Estes dois ossos são unidos por cartilagem hialina, que se ossifica nos animais mais
velhos.

• O osso pré-esfenóide visto ventralmente, apresenta-se, em sua maior parte,


encoberto pelo osso vômer, o qual se estende rostralmente de modo a constituir parte
do septo nasal, no interior da cavidade nasal.

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1.5.4.5 Aparelho hióide

• O aparelho hióide é uma cadeia de segmentos ósseos que se situa na transição entre a
cabeça e o pescoço.

• Dorsalmente, prende-se no processo estilóide do osso temporal;

• Ventralmente está preso à língua e à laringe.

• Compreende um segmento ímpar, denominado basi-hióide, e os seguintes segmentos


pares: tireo- hióides, cérato- hióides, epi- hióides e estilo-hióides.

• O basi-hióide é uma barra óssea disposta transversalmente na base da língua.

• De sua porção mediana projeta-se rostralmente uma pequena expansão, o processo


lingual.
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• A cada lado do basi-hióide prendem-se dois segmentos: um dirigido caudalmente, o
tireo-hióide, que se articula com a cartilagem tireóidea da laringe; outro dirigido
dorsalmente, o cérato- hióide. Este último une-se a um pequeno segmento angular, o
epi-hióide, o qual está por sua vez unido a um longo segmento dirigido
dorsocaudalmente, o estilo-hióide, que se prende no processo estilóide do temporal.

• Um grande número de músculos insere-se nos vários segmentos do aparelho hióide,


de modo que seu estudo é melhor feito em peças dissecadas, juntamente com a
laringe e a língua.

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