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Dieckmann
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Lei 12.737/12 – CRIME DE INVASÃO
Invasão de dispositivo informático x Violação de Domicílio
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita
de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Rony Vainzof
rony@opiceblum.com.br
Lei 12.737/12 – CRIME DE INVASÃO
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de
segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou
instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
Invadir: “1 Entrar à força[...] 2 Assumir indevidamente ou por violência; usurpar...” (Dicionário Michaelis)
Dispositivo informático: qualquer hardware (físico: “aquilo que você chuta”) que trate de forma automatizada e tenha capacidade de
armazenamento de dados ou informações (informação + automática).
Violar: “1. Infringir, quebrantar, transgredir [...] 4. Abrir uma carta destinada a outrem: Violar uma correspondência. 5 Revelar
indiscretamente”. (Dicionário Michaelis)
- com o fim de +
(i) obter
(ii) adulterar ou
(iii) destruir
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
SEGREDO
• “Segredo é o fato que deve ficar restrito ao conhecimento de uma ou de poucas pessoas”. (DELMANTO, Celso et al. Código
Penal Comentado. 6. Ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 332)
• “Segredo é algo sigiloso (lícito ou ilícito), conhecido de um número limitado de pessoas, que alguém deseje manter oculto.
É o fato que deve ficar restrito ao conhecimento de uma ou de poucas pessoas, com diz Delmanto. (...) não será sigiloso o
conteúdo inócuo, ainda que conste do envelope que o contém ser ele “confidencial””. (MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de
Direito Penal: Parte Especial - arts. 121 a 234 do CP. 17. Ed. São Paulo: Atlas, 2001).
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de
mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou
tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Dicionário Aurélio: "elemento de informação, em forma apropriada para armazenamento, processamento ou transmissão por
meios automáticos".
Abel Fernandes Gomes, Geraldo Prado e William Douglas: "referências técnicas, incompreensíveis aos olhos simples dos leigos
e somente decodificáveis por quem domine a sua ciência".
INFORMAÇÃO: “dado configurado de forma adequada ao entendimento e à utilização pelo ser humano” (Rosini e Palmisano,
2003).
Lei 12.737/12 – INVASÃO + PREJUÍZO
Dano, art. 163: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Pena - detenção, de um
a seis meses, ou multa.
• Se da invasão resultar:
1) a divulgação dos dados ou informações obtidos. Conflito com o Art. 195 da Lei
9.279/96 (LPI)?
§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra: I - Presidente da República, governadores e
prefeitos; II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de
Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou IV - dirigente máximo
da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
Lei 12.737/12 – CRIAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE CÓDIGO MALICIOSO
CRIAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE CÓDIGO MALICIOSO
• Art. 154-A, § 1º: na mesma pena incorre quem, com o intuito de permitir a prática
da conduta definida no caput:
Art. 61. Menor potencial ofensivo: comine pena máxima não superior a 2 dois anos.
Aplicação do Jecrim: Invasão de Dispositivo, Produção ou Disseminação de Código Malicioso, Obtenção de Conteúdo e
Controle Remoto.
Justiça Comum: Divulgação ou Comercialização.
Art. 72. Possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de
liberdade.
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, oportunidade de representação verbal.
Art. 76. Representação ou crime de ação penal pública incondicionada, o MP poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 2º Não se admitirá:
I - condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
ser necessária e suficiente a adoção da medida.
Lei 12.737/12 – Interrupção ou Perturbação
Falsificação de cartão
• Soberania
• Liberdade de Expressão
• Neutralidade de Rede
• Educação Digital
MARCO CIVIL (Lei n.º 12.965/14) – 23/04/14
Marco Civil
Art. 2º A disciplina do uso da Internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, bem como:
Constituição Federal
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-
se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Art. 5º Garantia da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 3º Princípios:
II – proteção da privacidade;
VI – responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VIII – a liberdade dos modelos de negócios promovidos na Internet, desde que não conflitem com os
demais princípios estabelecidos nesta Lei.
MARCO CIVIL (Lei n.º 12.965/14) – 23/04/14
Art.4º Objetivos:
III – administrador de sistema autônomo: pessoa física ou jurídica que administra blocos de endereço
Internet Protocol – IP específicos e o respectivo sistema autônomo de roteamento, devidamente
cadastrada no ente nacional responsável pelo registro e distribuição de endereços IP geograficamente
referentes ao País;
VI – registro de conexão: conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma
conexão à Internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de
pacotes de dados;
VII – aplicações de Internet: conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas por meio de um
terminal conectado à Internet; e
VIII – registros de acesso a aplicações de Internet: conjunto de informações referentes à data e hora de
uso de uma determinada aplicação de Internet a partir de um determinado endereço de IP.
MARCO CIVIL (PL n.º 2126/11) – 25/03/14
Artigo excluído
SOBERANIA
Art. 12. O Poder Executivo, por meio de Decreto, poderá obrigar os provedores
de conexão e de aplicações de Internet previstos no art. 11 que exerçam suas
atividades de forma organizada, profissional e com finalidades econômicas a
instalarem ou utilizarem estruturas para armazenamento, gerenciamento e
disseminação de dados em território nacional, considerando o porte dos
provedores, seu faturamento no Brasil e a amplitude da oferta do serviço ao
público brasileiro.
MARCO CIVIL (Lei n.º 12.965/14) – 23/04/14
SOBERANIA
§1º O disposto no caput se aplica aos dados coletados em território nacional e ao conteúdo
das comunicações, nos quais pelo menos um dos terminais esteja localizado no Brasil.
§2º O disposto no caput se aplica mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa
jurídica sediada no exterior, desde que pelo menos uma integrante do mesmo grupo
econômico possua estabelecimento no Brasil.
I – Se a economia globalizada não mais tem fronteiras rígidas e estimula e favorece a livre
concorrência, imprescindível que as leis de proteção ao consumidor ganhem maior expressão
em sua exegese, na busca do equilíbrio que deve reger as relações jurídicas, dimensionando-se,
inclusive, o fator risco, inerente à competitividade do comércio e dos negócios mercantis,
sobretudo quando em escala internacional, em que presentes empresas poderosas,
multinacionais, com filiais em vários países, sem falar nas vendas hoje efetuadas pelo processo
tecnológico da informática e no forte mercado consumidor que representa o nosso país.
Argumentos do Google:
• Google Brasil é uma subsidiária da Google Inc., mas não é um braço operacional dos serviços GMAIL;
• O conteúdo que trafega entre o GMAIL e os usuários não passam pelos servidores do Google Brasil;
• O Google Inc. não pode passar as informações ao Google Brasil sob pena de violar a legislação americana;
• A multa do STJ é uma imposição para que o Google Inc. descumpra a legislação americana;
• A busca de tais informações deveriam ser realizadas por meio do MLAT (Tratado de Assistência Legal Mútua -
Decreto Legislativo n° 262/2000 e promulgado pelo Decreto Presidencial n° 3.810/2001): acordo firmado entre os
países, no qual a investigação pode solicitar ao Ministério que peça as informações para o Departamento de
Justiça dos EUA, que entrega a solicitação ao procurador federal, que utiliza o processo legal norte-americano
para fazer a solicitação de dados do usuário ao Google. Se a solicitação estiver dentro da lei e das políticas do
Google, os dados serão fornecidos ao procurador federal dos EUA, e elas seguem seu destino até a secretaria
responsável no país de origem.
• Principio da territorialidade, pois as autoridades americanas precisam aquiescer a ordem judicial da justiça
brasileira.
MARCO CIVIL (Lei n.º 12.965/14) – 23/04/14
Art. 21. O provedor de aplicações de Internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros
poderá ser responsabilizado subsidiariamente pela divulgação de imagens, vídeos ou outros
materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado sem autorização de
seus participantes quando, após o recebimento de notificação, deixar de promover, de forma
diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
Parágrafo único. A notificação prevista no caput deverá conter elementos que permitam a
identificação específica do material apontado como violador de direitos da vítima.
STJ – Antes do MARCO CIVIL
STJ – RESP 1.323.754
1. A velocidade com que as informações circulam no meio virtual torna indispensável que medidas
tendentes a coibir a divulgação de conteúdos depreciativos e aviltantes sejam adotadas célere e
enfaticamente, de sorte a potencialmente reduzir a disseminação do insulto, minimizando os nefastos
efeitos inerentes a dados dessa natureza.
2. Uma vez notificado de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, o provedor deve
retirar o material do ar no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responder solidariamente
com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.
3. Nesse prazo de 24 horas, não está o provedor obrigado a analisar o teor da denúncia recebida,
devendo apenas promover a suspensão preventiva das respectivas páginas, até que tenha tempo
hábil para apreciar a veracidade das alegações, de modo a que, confirmando-as, exclua
definitivamente o perfil ou, tendo-as por infundadas, restabeleça o seu livre acesso.
4. O diferimento da análise do teor das denúncias não significa que o provedor poderá postergá-la por
tempo indeterminado, deixando sem satisfação o usuário cujo perfil venha a ser provisoriamente
suspenso. Cabe ao provedor, o mais breve possível, dar uma solução final para o conflito,
confirmando a remoção definitiva da página de conteúdo ofensivo ou, ausente indício de ilegalidade,
recolocando-a no ar, adotando, nessa última hipótese, as providências legais cabíveis contra os que
abusarem da prerrogativa de denunciar.
Direitos e Garantias Individuais - CF: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação (Art. 5º, inc. X).
Direitos e Garantias Individuais - CF: Casa (Art. 5º, inc. XI); comunicações (Art. 5º, inc. XII).
Direitos e Garantias Individuais - CF: Manifestação do pensamento e vedação ao anonimato (Art. 5º, inc. IV).
Cláusula Pétrea - CF: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: IV - os direitos e
garantias individuais (Art. 60, §4º).
Direitos da Personalidade – CC: A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Art. 21).
Direitos da Personalidade – CC: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. (Art. 11).
Penal: Violação de domicílio (Art. 150 do CP); Divulgação de segredo (Art. 153); Invasão de dispositivo informático
(Lei 12.737/12).
Privacidade e Intimidade - Doutrina
Mario Sérgio de Freitas Gamiz:
• Conceitos indeterminados. Avaliação do caso específico, pode-se tentar definir o âmbito dos referidos
conceitos.
• Os entendimentos dos institutos são construídos com base no comportamento dos indivíduos, com
outros fatores.
Danilo Doneda:
Rony Vainzof: sentimos, pensamos, refletimos, sofremos, pecamos, temos segredos, confidências,
bondades e maldades, enfim, milhões de percepções por minuto acerca do mundo e das pessoas entre as
nossas duas orelhas, protegidas por uma caixa forte, inquebrantável, que é o livre arbítrio, a opção
personalíssima que cada ser humano tem de exteriorizar ou não a própria intimidade.
Privacidade decisional
• Direito irrenunciável (Art. 11 do CC)?
• Admissão da renúncia:
• Autoexposição moderada
• Costumes de época
VI – a informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento
sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de Internet, bem
como sobre práticas de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade; e
VII – ao não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a
aplicações de Internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas
em lei;
VIII – a informações claras e completas sobre a coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus
dados pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que:
IX – ao consentimento expresso sobre a coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que
deverá ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;
X – à exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de Internet, a seu
requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de
registros previstas nesta Lei;
MARCO CIVIL (Lei n.º 12.965/14) – 23/04/14
I – dos registros de acesso a outras aplicações de Internet sem que o titular dos dados
tenha consentido previamente, respeitado o disposto no art. 7º; ou
II – de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade para a qual foi
dado consentimento pelo seu titular.
Consentimento
• Consentimento livre: usuário não pode ser de qualquer forma forçado a aceitar os termos da contratação, mesmo
que esta seja no formato de adesão. Opção de não aceitar as cláusulas ou o contrato como um todo, desde que seja
informado das consequências possíveis, como uma eventual impossibilidade de utilizar o serviço por inteiro, devido
ao modelo de negócio.
• Consentimento informado: forma clara e completa sobre como se dará a coleta, o armazenamento e a proteção
de seus dados
• Consentimento expresso: inviabilizando o entendimento de que eventual consentimento tácito seria suficiente
para suprir tal determinação legal, nas seguintes condições:
• O fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a aplicações de
internet;
• A coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que, ainda, deverá ocorrer de forma destacada das
demais cláusulas contratuais.
• Resumo: consentimento livre, expresso e informado do usuário de suas aplicações de Internet para a coleta,
armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados, informando claramente ao usuário como se darão tais
atividades, incluindo:
Comunicação ou interconexão:
• Somente para países com o mesmo nível de proteção, que será avaliado pelo
órgão competente;
• Quando não houver o mesmo nível:
• Órgão competente pode autorizar a transferência ou em acordo internacional entre
países;
• Consentimento distinto do titular com informação específica do caráter
internacional, alerta e riscos do país de destino.
• Sanções: podem variar desde multa até proibição, por um período de até
10 anos, de tratamento de dados pessoais;
• § 1o A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da República
previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos o Comitê Gestor da Internet e a Agência
Nacional de Telecomunicações, e somente poderá decorrer de:
• § 2o Na hipótese de discriminação ou degradação do tráfego prevista no § 1o, o responsável mencionado no caput deve:
• I - abster-se de causar dano aos usuários, na forma do art. 927 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil;
• II - agir com proporcionalidade, transparência e isonomia;
• III - informar previamente de modo transparente, claro e suficientemente descritivo aos seus usuários sobre as práticas de gerenciamento
e mitigação de tráfego adotadas, inclusive as relacionadas à segurança da rede; e
• IV - oferecer serviços em condições comerciais não discriminatórias e abster-se de praticar condutas anticoncorrenciais.
• Resolução da Anatel 614/13 (SCM): “Art. 53. A Prestadora deve manter os dados cadastrais e os Registros de Conexão de seus
Assinantes pelo prazo mínimo de um ano.”;
– Art. 3º, IV: IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados
públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais
– Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, independentemente de autorização judicial, apenas aos
dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela
Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito.
– Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição das autoridades
mencionadas no art. 15, registros de identificação dos números dos terminais de origem e de destino das ligações telefônicas
internacionais, interurbanas e locais.
Art 15. O provedor de aplicações de Internet constituído na forma de pessoa jurídica, que exerça essa
atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos, deverá manter os respectivos
registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo
prazo de seis meses, nos termos do regulamento.
§ 1º Ordem judicial poderá obrigar, por tempo certo, os provedores de aplicações de Internet que não
estão sujeitos ao disposto no caput a guardarem registros de acesso a aplicações de Internet, desde que
se tratem de registros relativos a fatos específicos em período determinado.
§ 3º Em qualquer hipótese, a disponibilização ao requerente, dos registros de que trata este artigo,
deverá ser precedida de autorização judicial, conforme disposto na Seção IV deste Capítulo.
Art. 18 Ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei, a opção por não guardar os registros de acesso a
aplicações de Internet não implica responsabilidade sobre danos decorrentes do uso desses serviços por
terceiros.
MARCO CIVIL (Lei n.º 12.965/14) – 23/04/14
EDUCAÇÃO DIGITAL
Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da Internet como
ferramenta social devem:
Art. 28. O Estado deve, periodicamente, formular e fomentar estudos, bem como fixar metas,
estratégias, planos e cronogramas referentes ao uso e desenvolvimento da Internet no País.
Art. 29. O usuário terá a opção de livre escolha na utilização de programa de computador em seu
terminal para exercício do controle parental de conteúdo, entendido por ele como impróprio a seus
filhos menores, desde que respeitados os princípios desta Lei e da Lei n.º 8.069 de 13 de julho de
1990.
Parágrafo único. Cabe ao Poder Público, em conjunto com os provedores de conexão e de aplicações
de Internet e a sociedade civil, promover a educação e fornecer informações sobre o uso dos
programas de computador previstos no caput, bem como para a definição de boas práticas para a
inclusão digital de crianças e adolescentes.