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EMENTA
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Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
DELEUZE, G. Diferença e Repetição. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2006.
NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. Lisboa: Relógio D’Água, 1998.
GALLO, Silvio. Educação, devir e acontecimento: para além da utopia formativa.
Educação e Filosofia, v. 26, n. especial, p. 41-72, Uberlândia, 2012.
SANTOS, Milton. O dinheiro e o território. GEOgraphia, ano 1, n. 1, p. 7-13, Rio de
Janeiro, 1999.
SANTOS, Milton. Espaço do Cidadão. 7 ed. São Paulo: Editora da USP, 2007.
SIMONINI, Eduardo. Currículo e Devir. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo;
RANGEL, Iguatemi
Santos; CARVALHO, Janete Magalhães; NUNES, Kezia Rodrigues (Orgs.).
Diferentes
perspectivas de currículo na atualidade. Rio de Janeiro: DPetAlii, 2015, p.
63-78.
Autoria
Colaboração
Olá, cursista!
Vamos em frente!
AULA 1 - Fundamentos para um Currículo do Devir
Olá, cursista!
Vamos!
Por meio dessa imagem de diálogo entre a garota Alice e uma lagarta sobre
uma folha, dentro do cenário imprevisível da fantasia, poderemos retomar esse
conceito essencial do pensador francês a fim de aprofundarmos nossos fundamentos
para a ideia de currículo do devir.
Alice pode ser imaginada como uma estudante, no dia a dia da sala de aula,
descobrindo a complexidade dos próprios sentidos diante do mundo concreto, ao
perceber-se caindo na “toca do coelho”, que é a saída do mundo superficial para a
profundidade das possibilidades de entendimento. Na passagem do diálogo com a
Lagarta, em um momento no qual ela mais uma vez diminui até possuir o tamanho
de uma folha, a garota expressa sua perplexidade diante das mudanças constantes
que experimenta. Ela menciona que não consegue entender a si mesma, já que, se
pode se mostrar de tantas formas, como pode se definir por uma identidade coesa?
Essa instabilidade e transformação contínuas remetem ao processo de movimento
que é a vida, em sua dinâmica espacial e temporal.
A Lagarta, por sua vez, estranha a perspectiva de Alice, e afirma que considera
parte de sua natureza passar por tantas metamorfoses. É o que podemos associar
com a ideia de devir e multiplicidade de sentidos enfatizada por Deleuze. Para a
personagem Lagarta, as mudanças e transformações são naturais e não causam
estranhamento, enquanto para Alice, que está em um processo de autodescoberta,
essas metamorfoses são confusas e embaraçosas, porque ela ainda estaria presa a um
significado unívoco de existência. Essa interação entre Alice e a Lagarta reflete a
discussão sobre a identidade em constante fluxo, entre a lógica de sentido fixo do ser
– isto é assim e, para ser, deve permanecer assim! – e a dimensão do devir, em que
uma coisa se dá de uma forma e de outra e se acrescenta em outra.
Deleuze destaca que a obra de Lewis Carroll rompe com as noções tradicionais
de identidade estável e linear, e busca a instauração da “lógica do e”, como o
pensador francês tratou, ao final da Introdução do livro Mil Platôs - vol.1, com Félix
Guattari, no sentido adicional do e em relação à identidade e ao ser (ex.: ser
professor e ser pesquisador e ser mãe/pai). Na passagem original, quando eles
comparam o rizoma, ideia que veremos em poucas linhas, ao sistema da Árvore,
metáfora da forma de conhecimento da modernidade:
Um rizoma não começa, nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre
as coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança,
unicamente aliança. A árvore impõe o verbo “ser”, mas o rizoma tem como
tecido a conjunção “e…e…e…”. Há nesta conjunção força suficiente para
sacudir e desenraizar o verbo ser. (DELEUZE; GUATARI, 2021, p.
48).
Assim, o conhecimento não funcionaria como uma escada com vários degraus
fixos, de um andar para outro já estabelecido; seria mais parecido com uma rede, em
que cada teia pode se somar com outra, e com uma nova, dar nó, desatar, partir e
religar, tecendo sempre novas possibilidades.
Vamos mergulhar na “toca do coelho” dessa visão de mundo que nos leva a
um entendimento sobre o ensino?
COSTURANDO AS IDEIAS
Desterritorialização e reterritorialização
Desterritorialização
Reterritorialização
Devir e linguagem
“Um conceito tem sempre a verdade que lhe advém em função das condições
de sua criação” (DELEUZE; GUATTARI, 2010, p. 40). Deleuze e Guattari exploram a
relação entre conceitos e sua criação, argumentando que um conceito não possui
uma verdade fixa e imutável, mas, sim, uma verdade que emerge da vontade de
conhecimento de um determinado contexto histórico, cultural e social. Ou seja, cada
saber é situado, cada entendimento é conectado ao horizonte de expectativas do qual
participa em seu plano de imanência, isto é, em sua realidade interativa, e o sujeito
de conhecimento cria entendimentos novos para dar conta da emergência de
acontecimentos igualmente novos.
Conhecer também é criar, e criar é, além de tudo, uma busca por conhecer mais,
conhecer melhor.
A partir dessa compreensão, é preciso incentivar mais os/as estudantes a
criarem, a fim de se promover uma mobilização de conhecimentos. Pintar, desenhar,
compor paródias relacionadas a tópicos das aulas e a objetos próprios de um
componente, como também escrever ensaios, principalmente nas áreas de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas, ou propor experimentos mentais de soluções de
engenharia para o dia a dia. O importante é haver espaço para que estudantes criem
propostas novas para problemas ligados à sua realidade e que os/as façam, assim,
concatenar noções de ciências, filosofia e artes para criar possibilidades novas.
REVENDO O BORDADO
Atividade - Fórum
Se você tivesse que orientar Alice, personagem de Alice no País das Maravilhas, que está
perdida sem encontrar o caminho de casa, o que você diria a ela, partindo dos
conhecimentos sobre Deleuze desenvolvidos nesta aula? Criatividade é um pré-requisito!
Referências bibliográficas
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Trad. Maria Luiza Borges. Rio de
Janeiro: Zahar, 2013.
CORMIER, D. Rhizomatic Education: Community as Curriculum. Innovate: Journal
of Online Education, v. 4, n. 5, abr. 2008.
DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo:
Perspectivas. Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.
DELEUZE; Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs - v. 1. Trad. Ana Lúcia de Oliveira,
Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 2011.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia? 3. ed. Trad. Bento Prado
Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 2010.
GALLO, Sílvio. Deleuze e a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
SANTOS, Igor Alexandre de Carvalho. O que pode um currículo rizomático? Revista
Periferia, v. 11, n. 4, p. 105-133, set./dez. 2019
SIMONINI, Eduardo. Currículo e Devir. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo; RANGEL,
Iguatemi Santos; CARVALHO, Janete Magalhães; NUNES, Kezia Rodrigues (Orgs.).
Diferentes perspectivas de currículo na atualidade. Rio de Janeiro: DPetAlii, 2015,
p. 63-78.
ZOURABICHVILI, François. Deleuze: uma filosofia do acontecimento. São Paulo:
Editora 34, 2016.
AULA 2 - Educação intercultural: abordagens e práticas.
Não é preciso compreender cada uma das palavras em itálico para aprofundar
o sentido do texto. No trecho, Tokowisa é um personagem que enfrenta desafios
relacionados à preservação do território milenar em que vive, um universo próprio e
singular que está para além do visível, e à ameaça representada pelos homens
brancos em sua comunidade. O rio, representado pelo rio faha, é personificado e
serve como guia para Tokowisa, indicando a direção a seguir por meio do som das
águas, como uma abertura de caminhos que indiquem possibilidades de resistência.
Escola da Reconquista
Pedagogia do Terreiro
A escola Caxuté se destaca como um espaço de educação não formal que vai
além de uma abordagem convencional de ensino. Ela se fundamenta na concepção de
Formação Omnilateral, que reconhece a complexidade e a interconexão das
diversas dimensões da vida dos sujeitos (FRIGOTTO, 2012). Nessa perspectiva, a
pedagogia do terreiro, adotada pela escola, busca abranger e integrar as múltiplas
esferas da existência humana.
A partir do discutido durante a aula, acesse o site da Teia dos Povos, com
cânticos gravados pela voz da mestra Maria Muniz, também conhecida como Maya
Muniz, e escute as faixas a partir dos títulos que mais lhe chamem a atenção ou na
ordem estabelecida.
https://teiadospovos.org/a-escola-da-reconquista/
Depois, redija uma produção textual, de pelo menos uma lauda, observando as
seguintes norteadoras:
https://videosaude.icict.fiocruz.br/filmes/historias-da-ciencia-territorialidade-mil
ton-santos/
Território usado: Área delimitada e apropriada por grupos sociais, onde ocorrem
práticas cotidianas, atividades econômicas, expressões culturais e relações de
poder, conferindo-lhe uma dimensão simbólica e funcional.
3) Pauta de discussão: Elabore uma pauta com os tópicos a serem discutidos durante
a assembleia. Inclua temas relevantes e permita que os alunos também sugiram
assuntos para serem abordados, deixando o tópico O que ocorrer em aberto, para o
final.
https://www.youtube.com/watch?v=NC4S8iRULEM
REVENDO O BORDADO
Nesse entendimento, o lócus vai além das paredes da sala de aula, abrangendo
a cidade, o bairro, a comunidade e outros espaços de convivência. É nesses contextos
que os indivíduos têm a oportunidade de se conectar com a realidade, problematizar
questões, compartilhar saberes e criar conceitos. O território de aprendizagem,
portanto, se configura como um espaço de trocas, diálogos e reflexões, onde os
sujeitos são coletivos e colaborativos. Por pertencerem, aprendem o seu lugar não
enquanto limite e papel social definitivo e, sim, enquanto raízes de uma árvore que
cresce de forma rizomática.
😊
inclusiva e o uso de metodologias ativas. Logo em seguida, escolha a postagem de um
ou dois colegas e comente suas produções.
Bom estudo!
Referências Bibliográficas
É com grande prazer que recebemos todos e todas nesta aula sobre educação
intercultural, suas abordagens e práticas. Neste encontro, iremos explorar o uso de
tecnologias e recursos pedagógicos para fomentar a inclusão em nossos contextos
educacionais.
Sigamos em frente! 😊
INICIANDO O NOSSO TEAR
Multiculturalidade
Transculturalidade
Interculturalidade
O Abecedário da Interculturalidade
https://www.youtube.com/watch?v=0OWPYJUaT10
5 Euro-USA-centrismo 6. Empoderamento
Agora que seu abecedário já está pronto, que tal criar um mapa mental do seu
Abecedário da Interculturalidade para compartilhar conosco?
Vamos lá!
Passo 2: Crie uma conta. Se você ainda não tem uma conta, clique em "Criar conta" e
preencha as informações necessárias para criar uma conta gratuita.
Passo 3: Crie um mapa. Após fazer login, clique em "Novo mapa" para iniciar um
novo mapa conceitual.
Passo 5: Adicione subníveis: Para adicionar subníveis ao seu mapa, clique no tópico
central e clique no ícone "+" à direita ou pressione a tecla Tab. Digite o texto para
cada subnível.
Passo 8: Compartilhe e colabore: Quando estiver satisfeito com seu mapa, clique em
"Compartilhar" para obter um link para compartilhar com outras pessoas. Você
também pode convidar colaboradores para editar o mapa em tempo real.
Agora que você criou o seu mapa, seja na forma de um mapa mental ou de um
mapa conceitual, compartilhe conosco e com seus colegas no fórum 'MEU MAPA
MENTAL'. Não esqueça de prestigiar o mapa mental dos colegas. Todos e todas nós
gostamos de um elogio ou reconhecimento.
Bons estudos!
COSTURANDO AS IDEIAS
INTERCULTURALIDADE E A EDUCAÇÃO
Depois de todas essas discussões, e a partir das leituras dos autores e autoras
referenciados na aula, como também vídeos no Youtube, blogs e sites diversos para
preparar esta aula, a qual não teríamos condições de referenciar aqui, separamos
alguns pontos sobre a sua importância (Quadro 1) para a educação intercultural na
sala de aula.
REVENDO O BORDADO
Entendo que realizar essa tarefa pode ser desafiador e que aplicar as práticas
pedagógicas mencionadas no Quadro 1 não é nada fácil. No entanto, estamos aqui
para apoiá-lo/la nesse processo. Vamos trabalhar juntos para encontrar maneiras de
incorporar esses pontos em suas atividades educacionais.
😀
adaptado para qualquer aula com o objetivo de promover a educação sob uma
perspectiva intercultural.
Logo abaixo está um exemplo de plano de ação adaptável para qualquer aula,
com o objetivo de promover a educação sob uma perspectiva intercultural, levando
em consideração as comunidades mencionadas:
Para finalizarmos esse módulo, que tal utilizarmos o Quadro 2 das estratégias
didáticas e criarmos um Padlet, sobre o que você aprendeu?
Espero que este passo a passo seja útil na criação do seu mural interativo no Padlet!
🎉
Não esqueça de clicar logo abaixo no fórum para compartilhar seu link e
realizar comentários na atividade de pelo menos dois colegas.
Bons estudos! 😀
Referências bibliográficas