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Odair José Marques(1), Pedro Soares Vidigal Filho(1), Antônio Augusto Nogueira Franco(2),
Ricardo Shigueru Okumura(3), Alberto Yuji Numoto(4) e Vinícius Bovo Cortinove(4)
Introdução
O mercado do milho pipoca (Zea mays L. subsp. everta) no Brasil ainda tem um
grande potencial a ser explorado, sobretudo por se tratar de uma cultura com retorno
econômico potencialmente maior do que o de milho comum, o que pode beneficiar
produtores rurais de pequeno porte.
O período da Safrinha apresenta restrições climáticas ao crescimento e
desenvolvimento da cultura do milho, sobretudo em relação à temperatura e
disponibilidade hídrica (GONÇALVES et al., 2002). Tais fatores podem afetar diretamente
a atividade fotossintética e o acúmulo de fotoassimilados nos tecidos vegetais (SHAW,
1988; TOLLENAAR, 1989a, 1989b). Portanto, a semeadura do milho em épocas pré-
estabelecidas pelos órgãos oficiais de pesquisa no Brasil é um fator preponderante para o
sucesso neste sistema de produção na Região Sul do país (GONÇALVES et al., 2002;
SHIOGA e GERAGE, 2010).
Diante das considerações, o objetivo deste trabalho foi determinar o efeito da época
de semeadura no ciclo fenológico e na produtividade do milho pipoca cultivado no período
da Safrinha de 2010 e 2011, com irrigação suplementar, na região Noroeste do Paraná.
1
Engenheiro Agrônomo, Professor Doutor, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Av.
Colombo, 5790, 87020-900, Maringá, PR. ojmarques@gmail.com e vidigalfilhop@gmail.com
2
Engenheiro Agrônomo, Doutorando, Programa de Pós-graduação em Agronomia (PGA), UEM,
Bolsista Capes. antonioaugustonf@yahoo.com.br
3
Engenheiro Agrônomo, Professor do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural
da Amazônia. Rodovia PA-124, Km 0, 68650-000, Capitão Poço, PA.
ricardo_okumura@hotmail.com
4
Engenheiro Agrônomo, Mestrando, PGA, UEM, Bolsistas CNPq e Capes.
alberto.y.numoto@hotmail.com; viniciuscortinove@hotmail.com
[1]
Material e Métodos
[2]
Os dados de PG foram submetidos à análise de variância individual, considerando o
nível de probabilidade de F em 5% e todos os fatores com efeitos fixos.
Resultados e Discussão
Ciclo fenológico
A partir da primeira época de semeadura observou-se que à medida que foi
postergada a data de semeadura do milho pipoca, houve aumento da duração da fase
vegetativa em 25 dias, para ambos os híbridos e redução da fase reprodutiva em 13 e 12
dias, respectivamente, para os híbridos IAC-112 e IAC-125, durante o ano agrícola de
2010 (Figura 1).
Por sua vez, no ano agrícola de 2011, houve aumento da duração da fase
vegetativa em 19 e 20 dias, e redução da fase reprodutiva em 4 e 6 dias, respectivamente,
para os híbridos IAC-112 e IAC-125 (Figura 1). Tais resultados demonstram que a fase
vegetativa foi prolongada até que os híbridos atingissem a exigência térmica, porém a fase
reprodutiva foi antecipada, o que promoveu redução significativa da PG (Figura 1).
[3]
O alongamento do ciclo fenológico das plantas em todos os anos agrícolas (2004 a
2008) também foi constatado por Shioga e Gerage (2010), que avaliaram o efeito da época
de semeadura sobre o comportamento de híbridos de milho comum em quatro localidades
diferentes no Estado do Paraná.
Produtividade de grãos
A análise de variância individual evidenciou o efeito principal significativo (P <
0,05) do fator época de semeadura sobre a PG de milho pipoca, em ambos os anos
agrícolas (Tabela 1). O efeito principal do fator híbrido foi significativo (P < 0,05) apenas
em 2010. Por sua vez, houve efeito significativo (P < 0,05) da interação entre os fatores,
em ambos os anos agrícolas.
[4]
Figure 2. Produtividade de grãos de milho pipoca em função da época de semeadura na
média dos híbridos (IAC-112 e IAC-125) na Safrinha de 2010 e 2011 em Maringá,
Noroeste do Paraná. Épocas de semeadura: Ano 1 - E1 = 41 (10/02/2010); E2 = 55
(24/02/2010); E3 = 69 (10/03/2010) e E4 = 84 (25/03/2010); Ano 2 - E1 = 49
(18/02/2011); E2 = 63 (04/03/2011); E3 = 77 (18/03/2011) e E4 = 91 (01/04/2011).
[5]
Conclusões
Agradecimentos
Referências
GONÇALVES, S.L.; CARAMORI, P.H.; WREGE, M.S.; SHIOGA, P.; GERAGE, A.C.
Épocas de semeadura do milho “Safrinha”, no Estado do Paraná, com menores riscos
climáticos. Acta Scientiarum Agronomy 24: 1287-1290, 2002.
SHAW, R.H. Climate requirement. p.609-638. In: Sprague, G.F.; Dudley, J.W., eds. Corn
and Corn Improvement. 3ed. ASA Agronomy Monography Serial n.18, ASA, CSSA,
SSSA, Madison, WI, USA, 1988
SHIOGA, P.S.; GERAGE, A.C. Influência da época de plantio no desempenho do milho
Safrinha no Estado do Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Milho e Sorgo 9: 236-253,
2010.
TOLLENAAR, M. Response of dry matter accumulation in maize to temperature. I. Dry
matter partitioning. Crop Science 29: 1239-1246, 1989a.
TOLLENAAR, M. Response of dry matter accumulation in maize to temperature. II. Leaf
photosynthesis. Crop Science 29: 1275-1279, 1989b.
TOLLENAAR, M.; MIHAJLOVIC, M.; AGUILERA, A. Temperature response of dry
matter accumulation, leaf photosynthesis, and chlorophyll fluorescence in an old and a new
maize hybrid during early development. Canadian Journal of Plant Science 71: 353-359,
1991.
VILHEGAS, A.C.G.; VIDIGAL FILHO, P.S.; SCAPIM, C.A.; GONÇALVES-VIDIGAL,
M.C.; BRACCINI, A.L.; SAGRILO, E. Efeito de épocas de semeadura e estabilidade de
híbridos de milho em plantios de Safrinha no Noroeste do Paraná. Bragantia 60: 45-51, .
2001.
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