Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Analise Cald BPF para Gas Natural - Economica
Analise Cald BPF para Gas Natural - Economica
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE GÁS
NATURAL
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE GÁS
NATURAL
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE GÁS
NATURAL
MONOGRAFIA
____________________________________________________
Prof. Dr. Ednildo Andrade Torres, Orientador
Instituição Universidade Federal da Bahia
3
DEDICATÓRIAS
Nilton dedica este trabalho à sua companheira Bárbara, pelo incentivo desde o início,
pelo apoio e compreensão durante o desenvolvimento dos trabalhos, e aos seus filhos Cazuza
e Beatriz, que tanto esperam para que ele esteja mais disponível para eles.
Flávio dedica este trabalho à sua família, mulher (Rita) e filhos (Artur e Viviane), pelo
sempre presente espírito de amor e colaboração, condições estas indispensáveis para o êxito
desta monografia.
4
AGRADECIMENTOS
5
“Não basta saber, é preciso aplicar; não basta querer, é preciso fazer”
Goethe, escritor alemão (1749-1832)
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 23
2 REVISÃO DA LITERATURA 25
2.1.1 Histórico 25
2.2.3 Queimadores 57
7
2.3.4 Controle de Combustão: Otimização do Excesso de Ar 71
78
3 METODOLOGIA 83
3.1 Metodologia Analítica para caldeiras a Óleo Combustível (OC) e a Gás Natural
(GN) 83
8
3.1.6 Quantidade dos gases secos da combustão real 89
95
4.2.1 Casos Teóricos de Caldeiras, com Produção média de 1,0 t/h 128
4.2.2 Casos Teóricos de Caldeiras, com Produção média de 2,0 t/h 129
4.2.3 Casos Teóricos de Caldeiras, com Produção média de 3,0 t/h 130
4.2.4 Casos de Caldeiras em Operação, com Produção média de 1,0 t/h 131
9
4.2.5 Casos de Caldeiras em Operação, com Produção média de 2,0 t/h 132
4.2.6 Casos de Caldeiras em Operação, com Produção média de 3,0 t/h 133
6 CONCLUSÕES 140
ANEXOS 145
ANEXO A – NR 13 146
10
RESUMO
Os resultados obtidos através de uma análise comparativa entre os arranjos das duas
instalações (GN e OC) representa uma economia anual de cerca de 20 vezes do valor
investido, caso a caldeira opere a uma capacidade média de 2/3 da sua capacidade nominal,
considerando os preços unitários dos combustíveis vigentes em março/03.
11
Mostra-se que os benefícios técnicos e ambientais são justificados, principalmente,
pelo acréscimo do rendimento térmico, associados com a melhoria da qualidade do ar, isento
de compostos de enxofre.
Palavras Chave:
12
ABSTRACT
The viability of the conversion of fire tube steam boilers feeding system, from BPF oil,
to natural gas, comes through the demonstration of a calculation methodology, starting from
operational data of entrance typical from a boilers nominal capacity of 3,3 tonnes of steam per
hour, be fed by GN or BPF oil.
The methodology used for determination of the thermal efficiency is done through the
calculation of the thermic balance using the indirect method, where the several losses of
energies (enthalpy of the effluent gases, incomplete combustion, thermal dissipation for the
boiler shell, fuel not burned), are computed and substracted from the energy available by the
burning of the respective fuels.
The results obtained through a comparative analysis among the arrangements of the
two facilities (GN and OC) represents an annual economy about twenty times of the invested
value, in case the boilers operates at capacity of 2/3 of your nominal capacity, considering the
unitary prices of the effective fuels in march,2003.
It is ended that the economical and financial benefits are extremely favorable, because
the necessary investment for the conversion is below the half of the value of a new boiler and
with an assured return after the 2nd month after the conversion.
13
It is shown that the technical and environmental benefits are justified, mainly, for the
increment of the thermal efficiency, associated with the improvement of the quality of the air,
free of sulfur composed.
Key Words:
14
LISTA DE FIGURAS
15
LISTA DE TABELAS
67
Tabela 2.6 Oferta interna de energia no Brasil 72
Tabela 2.7 Emissões de NO2 oriundos de gases combustíveis 75
Tabela 2.8 Emissões de CO2 e SO2 75
Tabela 3.1 Valores típicos de perdas térmicas em caldeiras
93
Tabela 3.2 Amostragens de campo de PV, TV, TG e dos teores dos gases da combustão
(%CO2, %SO2, %CO, %O2, etc.) 95
Tabela 3.3 Amostragens na saída da chaminé / caso Norsa e resumos do cálculo 125
Tabela 4.1 Resumo dos principais resultados e cálculo dos custos unitários com óleo BPF e
gás natural, nos casos teóricos de caldeiras 126
Tabela 4.2 Custos e economia mensal, comparando-se o uso de óleo BPF e gás natural, por
produção média de vapor, nos casos teóricos de caldeiras 127
Tabela 4.3 Resumo dos principais resultados e cálculo dos custos unitários com óleo BPF e
gás natural, nos casos de caldeiras em operação 127
Tabela 4.4 Custos e economia mensal, comparando-se o uso de óleo BPF e gás natural, por
produção média de vapor, casos de caldeiras em operação 127
16
Tabela 4.5 Consumo mensal de combustível, casos teóricos de caldeiras, produção 1,0 t/h
128
Tabela 4.6 Fluxo de caixa, casos teóricos de caldeiras, produção 1,0 t/h 128
Tabela 4.7 Consumo mensal de combustível, casos teóricos de caldeiras, produção 2,0 t/h
129
Tabela 4.8 Fluxo de caixa, casos teóricos de caldeiras, produção 2,0 t/h 129
Tabela 4.9 Consumo mensal de combustível, casos teóricos de caldeiras, produção 3,0 t/h
130
Tabela 4.10 Fluxo de caixa, casos teóricos de caldeiras, produção 3,0 t/h 130
Tabela 4.11 Consumo mensal de combustível, casos de caldeiras em operação, produção 1,0
t/h 131
Tabela 4.12 Fluxo de caixa, casos de caldeiras em operação, produção 1,0 t/h 131
Tabela 4.13 Consumo mensal de combustível, casos de caldeiras em operação, produção 2,0
t/h 132
Tabela 4.14 Fluxo de caixa, casos de caldeiras em operação, produção 2,0 t/h 132
Tabela 4.15 Consumo mensal de combustível, casos de caldeiras em operação, produção 3,0
t/h 133
Tabela 4.16 - Fluxo de caixa, casos de caldeiras em operação, produção 3,0 t/h 133
17
NOMENCLATURA
Constantes
Letras Latinas
A Coeficiente estequiométrico do ar []
B Consumo de combustível [kg/h ou m3/h]
C teor de Carbono, em peso, ou em volume [%]
CpCOMB Calor específico do combustível [kJ/kg.oC]
CpAR Calor específico médio do ar [kJ/m3.oC]
CpG Calor específico médio dos gases da combustão [kJ/m3.oC]
DV Consumo de vapor p/ atomização e ramonagem [kg/kgOC]
Drh Vazão do vapor reaquecido (produzido) [kg/h]
Dbw Vazão da água de purga (blow-off) [kg/h]
Gar Massa total do ar utilizado na combustão [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
18
Garo Massa do ar estequiométrico seco [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
GO2o Massa de oxigênio no ar de combustão [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
Ggo Massa dos gases secos estequiométrico [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
Gg Massa dos gases secos da combustão real [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
GO2 Massa de CO2 nos gases da combustão [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
GSO2 Massa de SO2 nos gases da combustão [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
GN2o Massa de N2 nos gases estequiométrico [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
GN2 Massa de N2 nos gases da combustão real [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
GO2 Massa de O2 nos gases da combustão [kg/kgOC ou kg/Nm3GN]
H teor de Hidrogênio, em peso, ou em volume [%]
H' Entalpia da água à temperatura de saturação na pressão
do tambor [kJ/kg]
HF Entalpia do vapor levado nos gases da combustão [kJ/kg]
HFW Entalpia da água de alimentação [kJ/kg]
Hrh" Entalpia do vapor após ao preaquecedor [kJ/kg]
Hrh' Entalpia do vapor antes do preaquecedor [kJ/kg]
Hsp Entalpia do vapor superaquecido [kJ/kg]
Hst Entalpia do vapor saturado [kJ/kg]
HV Entalpia do vapor p/ atomização e ramonagem [kJ/kg]
M Peso molecular [kg]
N teor de Nitrogênio, em peso, ou em volume [%]
O teor de Oxigênio, em peso, ou em volume [%]
PCI Poder Calorífico Inferior [kJ/kgOC ou kg/Nm3GN]
PCS Poder Calorífico Superior [kJ/kgOC ou kg/Nm3GN]
Pu Preço unitário de combustível [R$/kgOC ou R$/Nm3GN]
PV Pressão do vapor produzido [bar]
Qd Energia disponível [kJ/kgOC ou kJ/Nm3GN]
Qh Energia do ar / da água, aquecidos na caldeira [kJ/kg ou kJ/Nm3]
Qp Energia útil do vapor purgado [kW]
Qrh Energia útil do vapor produzido [kW]
Qu Energia útil total [kW]
Q1 Calor utilizado na caldeira [kJ/kgOC ou kJ/Nm3GN]
Q2 Energia perdida ref. entalpia gases da chaminé [kJ/kgOC ou kJ/Nm3GN]
19
q2 Relação entre Q2 e Energia disponível (Qd) [%]
Q3 Energia perdida ref. combustão incompleta [kJ/kg]
q3 Relação entre Q3 e Energia disponível (Qd) [%]
q4 Relação entre perdas com o combustível não queimado e
Energia disponível (Qd) [%]
q5 Relação entre perdas pelo costado e Energia disp. (Qd) [%]
q6 Relação entre perdas com a entalpia das escórias e Ener-
gia disponível (Qd) [%]
Qcomb Calor sensível do combustível [kJ/kg]
Qaex Energia introduzida com o ar de combustão [kJ/kg]
QP Perda de calor nas purgas de vapor [kJ/kg]
S teor de Enxofre, em peso, ou em volume [%]
Tcomb Temperatura do combustível [oC]
TPCI Temperatura de referência do PCI do combustível [oC]
TG Temperatura de saída dos gases da caldeira [oC]
TAR Temperatura do ar preaquecido externamente [oC]
TATM Temperatura atmosférica [oC]
TV Temperatura do vapor produzido [oC]
Varo Volume do ar estequiométrico seco [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
Var Volume total do ar utilizado na combustão [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
Var’ Volume total do ar úmido [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
Vgo Volume dos gases secos estequiométrico [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
Vg Volume dos gases secos da combustão real [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
VCO2 Volume de CO2 nos gases da combustão [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
VSO2 Volume de SO2 nos gases da combustão [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
VN2o Volume de N2 nos gases estequiométrico [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
VN2 Volume de N2 nos gases da combustão real [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
VO2 Volume de O2 nos gases da combustão [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
VH2O Volume de umidade presente no ar [Nm3/kgOC ou
Nm3/Nm3GN]
Vat Volume de umidade do vapor de atomização [Nm3/kgOC ou Nm3/Nm3GN]
W teor de Água, em peso, ou em volume [%]
Letras Gregas
20
λ Coeficiente de excesso de ar []
ω Umidade absoluta do ar atmosférico [kg/kg ar seco]
ηb Rendimento térmico bruto da caldeira [%]
ρg Peso específico dos gases da combustão [kg/Nm3]
Siglas
22
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Os objetivos deste estudo para implementação de uma tecnologia mais limpa, para uma
esperada redução nos custos operacionais e de manutrenção dos sistemas de caldeiras
alimentadas por óleo BPF, são os seguintes:
23
detalhada, para caldeiras alimentadas a Óleo Combustível e a Gás Natural e aplicar estas
metodologias em estudos de casos típicos;
• Estabelecimento de uma relação entre o caso estudado e outros casos típicos, por
capacidade de vapor produzido.
Este estudo não contém novas teorias ou informações, mas traz uma abordagem mais
detalhada e específica sobre o tema da conversão de caldeiras flamo-tubulares, de óleo
combustível BPF para gás natural.
24
CAPÍTULO 2
REVISÃO DA LITERATURA
2.1.1 Histórico
25
A partir da década de 80, a crescente oferta de gás associado na plataforma continental
do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Ceará, as descobertas de gás não associado no
Espírito Santo e Alagoas, Rio Grande do Norte, e Amazonas (rio Juruá), e a instalação dos
gasodutos ligando a bacia de Campos a São Paulo e Minas Gerais, possibilitaram ampliar o
mercado consumidor, e diversificar a sua utilização, criando uma participação efetiva do gás
natural no balanço energético nacional.
No país, a utilização do gás natural (GN), em grande escala, só ocorreu a partir do início
da década de 60, vinte anos após as primeiras descobertas no Recôncavo Bahiano. Até então,
o consumo ficara restrito aos campos, onde o gás serve, por um lado, como insumo de
produção, na medida em que sua reinjeção aumenta a taxa de extração do petróleo e, por outro
lado, como fonte de calor, abastecendo os queimadores que aquecem o óleo combustível antes
que este alimente as caldeiras. Em razão do crescente volume de gás natural associado ao
petróleo descoberto na Bahia e em conformidade com a política de substituição da importação
de derivados, em 1962, a Petrobrás instalou a primeira unidade de processamento de gás
natural (UPGN) do país, no Município de Pojuca. Em 1964 a unidade estava em pleno
funcionamento, extraindo condensados (Butano e Propano) para produção de gás liquefeito de
petróleo e gasolina natural, 132 mil m³ naquele ano. Durante toda década de 60 este foi o
único empreendimento a aproveitar o gás natural no país. Em meados daquela década, a
expansão da produção agrícola aumentou de forma significativa a demanda por fertilizantes,
enquanto a unidade de produção paulista, única que fabricava amônia, ácido nítrico e nitrato
de cálcio, enfrentava problemas em seus compressores, com os catalizadores importados e
com a falta de matérias –primas, não conseguindo assim atender às necessidades do país. Na
indústria petroquímica, o gás de síntese é insumo para produção de amônia e uréia, que por
sua vez, são a base para produção de fertilizantes nitrogenados. Esta é tipicamente uma
utilização não energética do gás natural, onde ele provou ter grande vantagem frente a seu
principal concorrente: gás derivado do nafta. A experiência norte-americana, a propósito, é
inquestionável: o setor químico fundou sua competividade justamente sobre o aproveitamento
do gás natural, diferentemente da indústria européia e japonesa que se apoiaram na
carboquímica no início e no aproveitamento do nafta, após a II Guerra Mundial. Partindo
destas constatações e da crescente disponibilidade de gás natural nos campos do Recôncavo,
em 1965, a Petrobrás decediu construir uma fábrica de uréia na Bahia e depois criou a
26
Petroquisa, sua maior subsidiária no setor por duas década e, em 1969, começou a
construção da 2ª unidade de processamento de gás natural no Município de Candeias.
Estavam postas as bases para o surgimento, na década seguinte, do Pólo Petroquímico no
Nordeste. Em 1970, fora dos campos de petróleo, a utilização do gás natural estava restrita às
instalações da Petrobrás e algumas subsidiárias recém-criadas no Estado da Bahia. O
consumo total era de 1.000.000 m³ / dia, dos quais 675.000 eram reinjetados, 195.000 eram
consumidos no próprio campo, como fonte de calor, 105.000 abasteciam a UPGN de Pojuca e
apenas 25.000 eram utilizados para outros fins. A inauguração, em 1971, da nova planta de
gasolina natural, com capacidade para tratar 2.000.000 m³ /dia, permitiu aumentar
consideralvelmente e ao mesmo tempo o fornecimento de combustíveis líquidos, de gás
liquefeito de petróleo e de gás natural (seco). Assim, a disponibilidade de gás natural para a
petroquímica, a siderurgia e como fonte de calor para outras indústria alcançou 142.000
m³/dia. O substancial crescimento da procura era resultado do começo da produção de amônia
e uréia no novo Conjunto Petroquímico da Bahia, depois Petrofértil (atual FAFEN). Era o
início da implantação do II Pólo Petroquímico brasileiro.
27
Em 2010, com a plena operação do gasoduto e de outras obras de porte, a participação
do gás natural na matriz energética, hoje em 2,6%, saltará para mais de 12%
a) Extensão Total :
32 polegadas (1815 km), 24 polegadas (624 km), 20 polegadas (281 km), 18 polegadas
(178 km) e 16 polegadas (252 km).
e) Estações de Medição –
f) Estações de Compressão :
g) City-gates :
h) Operação:
• 51 % Gaspetro
28
• 29 % BBPP Holdings (9,66% British Gas; 9,66% BHP; 9,66% El Paso Energy)
• 4 % Shell
• 4 % ENRON
a) Gás associado. Encontrado dissolvido no petróleo crú e/ou formando uma camada
protetora gasosa sobre ele (gás livre). Quanto mais fundo o poço, encontra-se mais gás do que
petróleo. No Brasil cerca de 65% das reservas de GN e 85% de sua produção é de gás
associado, e em todo mundo cerca de 40% [a.1].
Existem várias teorias que explicam a origem do petróleo e do gás natural: a degradação
termoquímica da matéria orgânica (restos de animais e vegetais, depositados no fundo dos
mares e lagos do passado), a maturação dos leitos de carvão e rochas ígneas (formadas por
resfriamento e solidificação de magmas) e metamórficas (originadas de rochas pré-existentes,
por transformações mineralógicas, químicas e estruturais, essencialmente no estado sólido,
29
em resposta a marcantes mudanças na temperatura, pressão, e a movimentos da crosta
terrestre).
Característica Valor
Poder Calorífico Superior 40.161 kJ/m3
Poder Calorífico Inferior 36.265 kJ/m3
Densidade Relativa (Ar) 0,62
Índice Wobbe (PCS) 50963
Fator Compressibilidade 17,96 g/mol
30
Tabela 2.2 – Composição típica (% vol) do GN da UPGN de Candeias-Ba
Depois que o GN sai de suas jazidas ele sofre um processamento para retirar as frações
pesadas (propano, butano etc), de maior valor econômico, e as impurezas (H2S, CO2). O H2S
deve ser retirado devido a sua elevada toxidade e formação de ácido. O CO2 para aumentar o
poder calorífico e evitar a formação de gelo seco. Em seguida é enviado por gasodutos às
empresas distribuidoras (CEG/Congás/Gasmig/Bahiagas) e destas para os locais de consumo
(indústrias, postos de GNV, residências, etc.).
Observações:
(1) O gás natural deve estar tecnicamente isento, ou seja, não deve haver traços visíveis
de partículas sólidas e de partículas líquidas.
(2) Limites especificados são valores referidos a 293,15 K (20 oC) e 101,325 kPa (1
atm) em base seca, exceto ponto de orvalho.
31
(3) Os limites para a região Norte se destinam às diversas aplicações exceto veicular, e
para este uso específico devem ser atendidos os limites equivalentes à região Nordeste.
(6) O gás odorizado não deve apresentar teor de enxofre total superior a 70 mg/m3.
b) O gás natural é facilmente miscível com o ar, obtendo-se um contato íntimo entre o
combustível e o ar, reduzindo-se o excesso de ar necessário para assegurar a combustão
completa. É fácil o controle da atmosfera da fornalha, e a obtenção de uma chama longa, de
combustão lenta, com liberação gradual e uniforme da energia.
32
c) O gás se desloca e se manipula com facilidade. Basta uma válvula para regular com
precisão as vazões de ar e gás. Pode-se obter variações rápidas e grandes da vazão, mantendo-
se constante a relação de mistura.
33
prima na indústria petroquímica e de fertilizantes. O uso doméstico é limitado á substituição
do GLP e do gás de rua, em locais onde existe rede de distribuição de gás canalizado.
O Centro de Tecnologia do Gás tem sido base tecnologia para o mercado do gás natural.
O CTGÁS é um consórcio criado pelo Senai e pela Petrobrás para atender às distribuidoras de
gás natural do país. Criado em abril de 1999 o Centro iniciou suas atividades em abril de
2002.
34
Desde o início de suas atividades, o CTGÁS tem oferecido suporte tecnológico desde a
exploração até o uso final do gás, dando mais ênfase nas atividades de utilização do gás
natural.
A base laboratorial do CTGÁS oferece desde o apoio didático até o apoio tecnológico
para desenvolvimento de logísticas solicitadas pelas empresas. Os laboratórios abrangem toda
a área de utilização do gás natural, ou seja, existem laboratórios de calibração, de combustão,
de teste de cilindros entre outros.
A sede do CTGÁS é em Natal, mas sua base tecnológica abrange todo o Brasil através
da rede de Núcleos do Gás instalados nas filiais do Senai que vão desde Porto Alegre até
Fortaleza. Atualmente são 12 Núcleos espalhados pelo o país, até o final do ano será
inaugurado mais quatro Núcleos do Gás.
Hoje o CTGÁS está trabalhando com cursos de nível médio e especialização (lato-
sensu) em parceria com algumas universidades. Os cursos em média têm a duração de até 400
horas e a relação de custo-benefício para o engenheiro formado é bem maior, mais rápida e
mais barata do que se transforma-lo em um curso superior, já que a reciclagem de üm
profissional formado é mais benéfica para o mercado.
O CTGÁS não tem o intuito de produzir novas tecnologias, já que a tecnologia do gás é
consolidada praticamente no mundo inteiro, havendo algumas iniciativas de grandes empresas
que já atuam há anos no mercado. Hoje, a pretensão do CTGÁS é adaptar essa tecnologia já
existente ao mercado do gás natural brasileiro, criando normas, customizando e demonstrando
as vantagens da utilização do gás natural nos setores industrial, comercial, residencial e
automotivo.
35
2.2.1 Caldeiras em geral
2.2.1.1 Definição
Caldeira é um trocador de calor complexo que produz vapor de água sob pressões
superiores a atmosférica a partir da energia térmica de um combustível e de um elemento
comburente, ar, estando constituído por diversos equipamentos associados e perfeitamente
integrados para permitir a obtenção do maior rendimento térmico possível. Ver figura a
seguir.
36
temperatura de ebulição, muda de estado transformando-se em vapor sob determinada
pressão, superior à atmosférica, para uso externo. A potência calorífica do combustível
converte-se assim em energia potencial no vapor, que na sua vez transforma-se em mecânica
por meio de máquinas térmicas adequadas para a obtenção de energia elétrica, hidráulica ou
pneumática.
2.2.1.2 Generalidades
37
gases, produzindo urna tiragem natural que promove a entrada de ar à fornalha acelerando
assim a combustão.
A produção normal de vapor define a quantidade de vapor capaz de ser gerado por uma
caldeira em condições de pressão de regime, temperaturas e eficiência garantidas pelo
fabricante.
38
A produção máxima contínua de vapor define a descarga máxima de produção de vapor
capaz de ser gerado por uma caldeira em regime contínuo.
Toda caldeira deve apresentar, em sua superfície externa e bem visível, placa identifi-
cadora com, no mínimo, as seguintes informações:
• Nome do fabricante;
• Modelo da caldeira;
• Ano de fabricação;
39
Conforme exigências da NR-13 do Ministério do Trabalho toda empresa que possui
caldeiras deve manter um prontuário atualizado, com documentação original do fabricante,
abrangendo, no mínimo, especificações técnicas, desenhos detalhados, tipo de revestimento,
testes realizados durante a fabricação e montagem, características funcionais, e a fixação da
respectiva PMTA, além de laudos de ocorrências diversas, que constituirá o histórico da vida
útil da caldeira.
Peso e espaço. Estes fatores devem se combinar em forma tal que as caldeiras possam
ser adaptadas ao espaço destinado a sua instalação.
40
Circulação de água e gases. A circulação da água no interior do caldeira, na mesma
forma que o fluxo de gases no lado externo, deverá ser ativa, de direção e sentido bem
definidos para toda e qualquer condição de funcionamento. Esta característica é fundamental
para facilitar a transmissão do calor, eliminando-se a possibilidade de superaquecimentos
localizados anormais em determinadas zonas da caldeira que possam comprometer a
segurança dos equipamentos, especialmente quando a vaporização se der em condições de
sobrecarga.
Rendimento térmico total. Deverá ser elevado para todos os regimes de funcionamento
da caldeira, a fim de se obter uma apreciável economia do combustível.
Segurança. Para cumprir este requisito as caldeiras e todos os seus acessórios deverão
ser projetados para obter o mais elevado fator de segurança para que dentro do previsível
estejam isentos de falhas comuns. Os mecanismos auxiliares deverão ser projetados seguindo
o mesmo critério, permitindo uma troca fácil no caso de falha ou acidente.
2.2.1.5 Classificação
A forma e disposição das partes de uma caldeira moderna quando usados carvão ou
combustíveis outros, são substancialmente os mesmos que nas décadas passadas, exceção
feita de modificações estruturais necessárias para adaptá-los às atuais imposições de elevadas
pressões e temperaturas. Na atualidade pressões entre 25 bar e 40 bar são quase que
totalmente adotadas na maior parte dos sistemas industriais e de geração de energia.
Encontram-se ainda nos países industrializados instalações operando a pressões de 300 bar
com temperaturas de 620 ºC com dois estágios de reaquecimento de 565 ºC e 537 ºC,
produzindo 170.000 kg de vapor por hora e outras com até três estágios de reaquecimento.
Uma classificação precisa das caldeiras apresenta bastante dificuldade devido a enorme
variação existente nos tipos fundamentais. É usual a seguinte classificação:
• caldeiras flamotubulares
• caldeiras aquotubulares
Nas caldeiras flamotubulares os gases de combustão circulam pelo interior dos tubos
vaporizadores que se encontram submersos na água da caldeira.
41
Nas caldeiras aquotubulares a água e o vapor circulam pelo interior dos tubos
mencionados, cuja superfície externa está em contato com os gases.
Pelo fato da fornalha formar parte integrante das caldeiras flamotubulares, são também
denominados de fornalha interna, para diferenciá-las das aquotubulares, nas quais a fornalha é
independente deste, motivo pelo qual também costumam de ser denominados de caldeiras de
fornalha externa. Também tem sido estabelecidas subdivisões para as caldeiras
flamotubulares conforme a direção que seguem as chamas e para as aquotubulares, conforme
seu peso, posição dos tubos vaporizadores, circulação interna da água, etc.
As caldeiras deste tipo ou simplesmente tubulares (Fig. 2.2), contém a água no interior
de um invólucro dentro do qual encontram-se também as fornalhas e câmaras de combustão, e
os tubos vaporizadores no interior dos quais circulam os gases da combustão no seu percurso
até a chaminé.
Conforme o sentido da direção dos gases no interior das caldeiras, estes equipamentos
poderão ser classificados em:
42
Nas caldeiras de chama de retorno (de simples ou dupla frente), os gases da combustão
circulam em um sentido através das fornalhas e câmaras de combustão, e no sentido oposto
pelo interior dos tubos no sentido dos condutos de fumaça e chaminé.
Nas caldeiras de chama direta, os gases percorrem um caminho direto desde a fornalha
até os condutos de fumaça para finalmente chegar até a chaminé.
A vaporização específica deste tipo de caldeira é muito superior ao que pode ser obtido
nas flamotubulares, sendo portanto seu peso para igual potência, consideravelmente menor.
43
Figura 2.3 – Representação esquemática de uma caldeira aquotubular
44
a) Gráu de combustão, vaporização específica e capacidade.
b) Peso e volume
45
As caldeiras aquotubulares usando somente coletores e tubos de pequeno diâmetro, são
construídas com placas de menor espessura, resultando, portanto mais aptas para vaporizar
sob maior pressão, pelo motivo de que, para um maior valor deste parâmetro, ao diminuir o
diâmetro do recipiente, a espessura do metal capaz de suportá-la diminui proporcionalmente.
Conforme o grau de superaquecimento do vapor que for necessário obter nas caldeiras
aquotubulares, o superaquecedor é instalado em qualquer lugar no percurso dos gases, desde a
fornalha até os canais de fumaça com o que poderão ser atingidas temperaturas maiores que
no caso de caldeiras flamotubulares.
e) Rendimento térmico
Atualmente o rendimento ou eficiência térmica total que pode ser obtido nas caldeiras
aquotubulares supera o correspondente às caldeiras flamotubulares. Nas primeiras tem-se
obtido rendimentos 80 a 90 % ou maiores em caldeiras com superaquecedores,
economizadores e aquecedores de ar, sendo nas últimas impossível superar valores de 75 % a
90 % nas melhores condições de limpeza [d.2]. A maior eficiência das caldeiras
aquotubulares deve-se à disposição mais racional da superfície de aquecimento, que favorece
a transmissão do calor desenvolvido na fornalha e especialmente à adoção de
superaquecedores de vapor, aquecedores e economizadores. Estes equipamento permitem
recuperar grande parte do calor residual dos gases quentes da combustão, que passam pela
chaminé, diminuindo a temperatura final destes.
46
f) Condução e limpeza
Uma outra vantagem que apresenta a caldeira de vapor do tipo flamotubular e que
devido à grande massa de água e ao considerável volume da câmara de vapor, acumulam uma
considerável energia potencial o que as torna aptas para satisfazer demandas elevadas de
vapor das máquinas às quais servem, sem sofrer grandes quedas de pressão.
g) Vida útil
47
Define-se como vida útil de uma caldeira à quantidade de horas de fogo que pode
suportar em condições normais de funcionamento, isto é, vaporizando à pressão máxima de
trabalho admissível para a qual tem sido projetada.
48
Os casos de reparos em caldeiras tubulares são de maior importância e requerem na
maior parte dos casos um tempo considerável para colocá-las em condições satisfatórias de
trabalho.
2.2.2.1 Generalidades
Tem-se obtido melhoras no rendimento térmico total destas caldeiras adicionando su-
peraquecedores de vapor e aquecedores de ar que permitem a recuperação de parte do calor
residual dos gases da combustão.
Ver figura 2.4, de uma caldeira flamotubular de um fabricante (Kewanee), com legenda
a seguir, de detalhamento dos principais componentes.
49
Figura 2.4 – Caldeira flamotubular de 3 passes – fabricante Kewanee
Legenda:
05 - Portas dianteiras com isolação térmica e dobradiças que permitem um acesso fácil
para inspeção e limpeza dos tubos;
11 - Jaqueta de aço bitola 22 com isolação espessa de fibra mineral para diminuir a
perda de calor por radiação e proporcionando economia de combustível;
50
13 – Olhais de içamento na parte superior da caldeira;
14 - Saída dos gases em forma circular, com flange, localizado na parte superior trazeira
da caldeira;
O espaço limitado pela superfície livre da água, parte superior do casco e as frentes, é
designado como câmara de vapor.
51
Ocupando a quase totalidade do comprimento da parte superior da câmara de vapor é
colocado um tubo denominado de tomada de vapor que possue ranhuras na sua parte superior
com o objetivo de tomar mais seco o vapor produzido na caldeira.
Em pequenas caldeiras, para distanciar o tubo de tomada de vapor do nível da água, são
colocados domos, de forma similar aos existentes nas locomotivas a vapor. O tubo de tomada
de vapor comunica-se através de orifícios praticados na frente da caldeira às válvulas de
vapor principal e auxiliar.
Com o fim de impedir que a pressão possa atingir valores superiores à máxima
correspondente à de regime, coloca-se um dispositivo automático de descarga para a
atmosfera do vapor em excesso, constituído pela válvula de segurança, em número de dois por
caldeira, como mínimo.
Para saber do nível de água no interior da caldeira empregam-se visores de nível com
tubo de vidro refletivos, planos ou transparentes de borosilicato, montados sobre colunas
hidrométricas com torneiras de prova.
Descendentes lineares das caldeiras escocesas básicas quanto ao projeto, estas caldeiras
representam a maior porcentagem das caldeiras de vapor atualmente em uso.
Uma caldeira compacta é uma unidade que incorpora num único conjunto, todos os
equipamentos necessários à sua operação, a saber: equipamento de óleo combustível, sistema
de alimentação de água, controles automáticos bem como outros elementos auxiliares,
constituindo um todo transportável e pronto para operar, depois de curto prazo de instalação,
dispensando serviços especiais quanto a fundações e montagem.
No tipo de caldeira escocesa básica, a construção com duas passagens não necessita de
chicanas ou defletores na placa de tubos posterior. Existem projetos denominados de câmara
seca e câmara úmida, tais como:
A câmara posterior das unidades com três passagens – câmara seca, possue uma chicana
defletora de material refratário para inverter a circulação dos gases.
54
Em unidades com câmara úmida a parte submersa da câmara posterior efetua a
reversão. Para se obter um aumento do percurso dos gases, resulta uma ótima solução o
projeto de quatro passagens.
Uma ampla gama de artifícios são usados para extrair o máximo de calor dos gases da
combustão durante seu relativamente curto tempo de passagem entre o queimador e a
chaminé.
Embora a limpeza e inspeção da parte de água resulta mais fácil quando os tubos estão
dispostos alinhados vertical e horizontalmente, uma disposição alternada propicia um fluxo de
água mais tortuosa ao redor desses tubos e conseqüentemente um aumento da transferência do
calor.
Alguns fabricantes tratam de melhorar a transferência do calor do gás para a água medi-
ante dispositivos especiais na entrada dos tubos a fim de promover nos gases quentes uma
ação de redemoinho.
Também neste tipo de caldeira encontramos espelhos traseiros resfriados por água, re-
versão seca e fornalhas corrugadas.
No caso de caldeiras do tipo de câmara seca, na câmara posterior deverá ser colocada
uma chicana de material refratário para separar o fluxo de gases que devem ser dirigidos para
55
a segunda passagem dos que estão sendo descarregados para o exterior pelos tubos da terceira
passagem.
Em caldeiras com câmara úmida a separação dos gases é realizada mediante um projeto
apropriado da parte.submersa da câmara posterior.
A câmara de reversão está rodeada por água. O retorno dos gases para a frente da
caldeira realiza-se principalmente pelos tubos localizados na parte inferior do espaço de água;
posteriormente os gases entram nos tubos da terceira passagem.
Todas as caldeiras do tipo de três passes possuem isolamento térmico total, eficiências
térmicas que estão na faixa de 80 % a 90 % [d.2], superfícies de aquecimento que vão de
valores de 10 m2 até 625 m2 e com produção de vapor (água a 200ºC) de 330 kg/h a 25.000
kg/h e com temperatura de água de 60ºC a 30.000 kg/h.
Os consumos máximos de óleo variam entre 25 kg/h até 1500 kg/h e de gás, de 30
Nm3/h. até valores de 1800 Nm3/h.
Na procura de uma maior eficiência da transferência do calor dos gases quentes para a
água, alguns projetistas realizaram construções com quatro passagens.
Embora em todas as unidades, seja qual for o número de passagens, deva ser realizado
um projeto cuidadoso da superfície dos tubos, nas caldeiras de quatro passagens a
rigorosidade deverá ser extremada.
56
2.2.3 Queimadores
2.2.3.1 Introdução
57
Figura 2.6 – Queimador típico de um fabricante (Kewanee)
• Ter absoluta adaptabilidade e flexibilidade para com a fornalha a ser aquecida no que
se refere a dimensões e limitações de peso.
• Ter projeto que proporcione uma operação confiável e, caso necessário, tenha uma
manutenção simples e rápida.
• Ter boa disponibilidade mecânica, robustez e vida útil para garantir serviço
satisfatório durante toda a campanha da unidade ou equipamento.
58
• Quanto ao tipo de combustível : a gás, a óleo, dual a carvão pulverizado
Alguns queimadores possuem ainda uma terceira e até quarta divisão de ar e são
conhecidos como queimadores de ar estagiado. O objetivo é diminuir a emissão de alguns
59
poluentes (mais diretamente Nox) usando como técnica o parcelamento de entrega de O2 à
chama. São construções especiais com objetivos específicos de redução de NOx..
Em queimadores de óleo (ou mistos óleo e gás) a injeção do combustível é feita por
uma caneta central que contêm um bico atomizador. O combustível líquido é então injetado
sob a forma de um spray de gotículas. Com menores diâmetros as gotas do combustível
interagem melhor com o ar maximizando a eficiência de queima e diminuindo emissões de
material particulado.
Para termos uma idéia sobre o efeito da atomização, um litro de combustível gera um
universo de cerca de 600 milhões de gotículas com diâmetro médio de 75 micras, com 10m2
de superfície de contato.
• Mecânico
• Duplo-fluido: a vapor ou a ar
60
operação eficiente de queimadores. Muitos dos problemas apresentados por esses
equipamentos têm estreita relação com o mau funcionamento ou controle de queima em
queimadores. Dessa forma é bastante útil termos uma metodologia de regulagem de
queimadores de forma a obter-se a melhor performance desses equipamentos. Vejamos
algumas diretrizes importantes:
Os atomizadores de óleo dos queimadores são peças de precisão e assim devem ser
manuseadas. A manutenção correta de queimadores proporciona melhores índices de
disponibilidade mecânica, menor consumo de combustível e menor emissão de poluentes. Os
profissionais operadores do equipamento devem ser treinados para a regulagem correta de
queimadores. Os profissionais de manutenção devem saber decidir até onde eles podem
implementar ou modificar um queimador e o momento de chamar a assistência técnica do
fabricante. A substituição pura e simples de partes por peças não originais deve ser avaliada
criteriosamente. Ao fazê-lo assumimos a responsabilidade por seu desempenho.
61
Verificar se as condições físicas de queima estão adequadas como pressão, viscosidade
e temperatura (temperatura de queima no caso de óleos combustíveis).
Avaliar visualmente a chama (de forma geral, pode variar dependendo do tipo de
combustível e da instalação). No caso da queima de gases ela deverá ter cor levemente
azulada na raiz e amarelo-claro nas pontas. No caso da queima de óleo a chama deve
apresentar-se amarelo-claro intensa, estável e sem fagulhas visíveis ou definidas. As chamas
que se apresentam com brilho exagerado indicam maior excesso de ar. As chamas que se
apresentam mais longas, “moles” e com cor alaranjada escura indicam falta ou má
distribuição de ar.
Avaliar visualmente a cor dos rirmos pela chaminé. A coloração escura indica falta de
ar ou instabilidade de chama. Normalmente os rirmos na chaminé devem apresentar-se
incolores.
62
É através da medição do conteúdo de oxigênio nos produtos de combustão que se pode
determinar o nível de excesso de ar. Existem várias formas de medição desse gás:
Através de analisadores portáteis com sensores por células eletrolíticas. Têm um custo
mais baixo que os analisadores em linha e permitem uma medição rápida e precisa dos teores
de O2, CO2 ou ainda outros gases (dependendo do modelo). Seu uso tem aumentado
ultimamente principalmente em indústrias de médio e grande porte.
Através de aparelhos de Orsat. São aparelhos que indicam o teor de oxigênio, gás
carbônico e monóxido de carbono através da variação de densidades de soluções
absorvedoras. Têm custo bem menor que os analisadores, mas requerem o manuseio de
vidrarias próximo aos equipamentos. Requerem também pessoal treinado para as medições e
substituição das soluções quando saturadas. Seu uso é decrescente na indústria.
Vejamos alguns dos principais problemas enfrentados, conforme tabela 2.4, a seguir:
64
Problemas Sistema de Sistema do Ar Atomização Mistura
Combustível Ar/Combustível
Chama com Óleo frio (alta Ar muito frio Vapor úmido
fagulhas visíveis viscosidade) óleo ou pressão
muito pesado errônea
Fumaça escura Vazão de Baixa Bico com
na chaminé combustível disponibilidade orifícios
demasiada de ar, baixo ∆P danificados
Formação de Lança de óleo Baixo ∆P do Ar Ângulo de Damper de ar
coque em blocos, muito recuada spray muito com má
refratários e alto; bico distribuição; bico
tubos próximos a danificado com geometria
chama errada
Superaqueciment Lança de óleo Damper de ar Vazamento no Má distribuição
o do queimador mal posicionada fechado bico; do ar
escoamento
pelo bico
Perda da lança de Chama de gás Chama muito
óleo ou de gás, sobre bico próxima
danos a bicos e
difusor
Emissão Óleo frio; alta Vapor úmido, Combustível com
exagerada de viscosidade bico danificado muito asfalteno
material
particulado
Chama pulsante Bombeamento Pressão do Difusor
ou instável deficiente vapor pulsante danificado
ou muito
condensado
Dificuldades de Água no óleo, Muita vazão de
acendimento óleo muito frio ar
Perda de potência Água no óleo ou Excesso de ar Mistura
de liberação descaracterizaçã elevado deficiente com
o do combustível ´perdas de
combustível
Tabela 2.4 Causas dos principais problemas em queimadores
Número de Wobbe (W): é uma relação entre poder calorífico superior (PCS) e a
PCS
densidade gás em relação ao ar, dada pela equação: W =
d1/ 2
Existem diversos métodos para medição de velocidade de chama, porém nenhum destes
reproduz com exatidão uma situação operacional. A velocidade de chama varia com a
temperatura da mistura, a relação ar/combustível e com o padrão de fluxo, se laminar ou
turbulento. As medidas de velocidade de chama em laboratório são feitas quase sempre nos
regimes laminares, mas a maioria dos equipamentos industriais operam com combustão
turbulenta.
V chama = V gás
V hidrogênio
Uma mistura de gases tem seu índice de Weaver, ou "Fator de Velocidade de Chama"
em relação ao hidrogênio, calculado da seguinte forma:
Z - Percentagem em volume dos gases inertes (CO2 e N2) contidos no gás final;
a) Sistema de Partida
b) Sistema de Combustão
O controle de pressão de vapor deve ser feito através de pressostato de pressão máxima.
Devem ser previstas válvulas de segurança (PSV) na parte superior das mesmas.
68
• Baixa pressão do combustível
A chama principal e o piloto são supervisionados por célula fotoelétrica, que bloqueará
o combustível na eventual falha de chama, retirando a caldeira de operação e acionando o
alarme sonoro.
d) Sistema de Emergência
O sistema de emergência prevê injeção a vapor (no caso de falha da bomba d’água) e
eletrodos de nível de água para caldeira com pressão de vapor inferior ou igual a 10,5 bar
(pressão manométrica). Para caldeiras com pressão de vapor superior a 10,5 bar o sistema
prevê o fornecimento de mais uma bomba de água (reserva).
Para maiores detalhes sobre sistemas de controle, a Norma Petrobras N-2309 – Caldeira
Flamotubular a Vapor, está apresentada na íntegra no Anexo B.
Em artigo desenvolvido para a “Rio Oil & Gás Expo Coference”, realizada em 16-19 de
outubro de 2000, na cidade do Rio de Janeiro, Judas Tadeu da C. F. Nery, Wellington P. da
Silva, Zanoni T. S. dos Santos e Gilson G. de Medeiros apresentaram uma metodologia de
conversão de fornos cerâmicos, iniciando-se com um estudo experimental prévio, a partir do
sensoriamento de temperatura, pressão e vazão de ar em vários pontos no interior de um forno
previamente existente, durante queimas consecutivas usando lenha e, depois com o emprego
de queimadores a gás natural.
70
2.3.5 Utilização de Combustíveis Alternativos em Caldeiras [a.5]
• chuva ácida, causada pela formação de SO2, SO3, CO2; N2O e NO-NO2
• aquecimento global, causado pelo efeito estufa oriundo do CO2, N2O e CH4 (metano
não queimado);
• neblina que irrita os olhos, causada pela foto oxidação dos vapores dos
hidrocarbonetos não queimados em presença de NO2 da luz solar;
• toxidez, causada pelo CO, SO2, SO3, NO2 e vapores de hidrocarbonetos não
queimados;
• rápida queda da temperatura da chama, antes que a queima seja completa, fenômeno
esse que é chamado “congelamento da chama”;
• alta turbulência;
Os principais tipo de óleos combustíveis utilizados nas indústrias são os óleos residuais
do refino de petróleo, os quais são classificados de acordo com o teor de enxofre (alto e
baixo) e com a viscosidade. Existe também o consumo de combustíveis leves como o diesel e
o querosene em menor escala.
A queima de um óleo combustível exige sua atomização, que consiste em dividir seu
fluxo em minúsculas partículas, favorecendo a passagem para o estado gasoso e subseqüente
72
craqueamento de suas moléculas para a reação de combustão. Para dar uma idéia, uma boa
atomização significa dividir 1 cm3 de óleo combustível em 10 milhões de partículas. Esta
não é uma tarefa fácil de ser mantida ao longo do tempo nas condições ótimas. Qualquer
desvio irá causar uma má combustão, com baixa eficiência e contaminando mais ainda o meio
ambiente. A atomização de óleos residuais exige seu preaquecimento para tornar a
viscosidade adequada a cada tipo de queimador.
• caso não se observe uma manutenção freqüente como limpeza de bicos e demais
acessórios, e também a adequada regulagem da proporção ar-óleo, haverá certamente um
excesso de emissões de fuligem e monóxido de carbono nos produtos da combustão, além
disso, a reduzida eficiência térmica nessas condições exigirá um maior consumo de óleo
combustível.
A queima dos gases é muito mais fácil do que a dos óleos combustíveis, pois já se
encontram no estado gasoso e não necessitam a tarefa da atomização. A mistura de um gás
combustível com qualquer comburente (ar atmosférico, ar enriquecido com oxigênio ou
oxigênio puro) se processa rápida e eficientemente, onde o resultado da queima adequada é a
limpeza dos produtos da combustão.
Uma grande vantagem do GLP e do gás natural em relação aos óleos combustíveis,
decorrente da limpeza dos produtos da combustão, é a possibilidade de queimar esses gases
em contato direto com o produto a aquecer, nos casos onde isto não seja possível de ser feito
73
com óleo. Por exemplo, quando os produtos são gêneros alimentícios, é necessário confinar os
gases da queima de óleo dentro de tubos radiantes ou muflas para evitar a contaminação do
aumento ou de sua embalagem. Assim, a conversão de óleos combustível por GLP e GN,
permite a eliminação das superfícies de troca térmica, aumentando significativamente a
eficiência energética do processo e reduzindo o consumo específico de combustível na faixa
de 20 a 30%. Conseqüentemente haverá também redução das emissões de CO2, contribuindo
para a redução do efeito estufa. Essa otimização da eficiência energética freqüentemente
possibilita o aumento da produtividade do equipamento térmico.
Outra vantagem para o meio ambiente é a menor geração de CO2 por caloria de gás
queimado, devido a relação carbono / hidrogênio ser maior nos óleos do que nos gases
combustíveis, além de serem praticamente isentos de enxofre.
Outro tato que, às vezes, gera polêmica quando se discute a substituição do óleo por gás
combustível é o problema da radiação da chama. Não há dúvida que a chama oriunda da
queima de óleo seja mais radiante que a chama dos gases combustíveis. Porém, na maioria
dos processos não são constatados problemas com a transferência de calor global. A menor
liberação de energia na fase radiativa pode ser compensada na fase convectiva do processo,
exigindo as vezes alguns ajustes no equipamento.
b) Preaquecimento do ar de combustão:
75
ponto de vista da emissão de CO2, esta medida contribui para sua redução por diminuir a
quantidade de combustível queimado.
Porém, por outro lado, aumenta o potencial para formação de NOx devido à elevação da
temperatura da chama. Também neste caso, a utilização de gás natural e GLP contribui
significativamente para a redução do NOx, devido ao baixíssimo nível de excesso de ar de
combustão exigido.
• a câmara de combustão seja mantida com uma pressão ligeiramente positiva para
evitar a infiltração do ar ambiente, que introduziria nitrogênio no processo;
• não exista nitrogênio no combustível, onde o GLP leva uma pequena vantagem em
relação ao GN;
76
• não haja nenhuma outra fonte que arraste nitrogênio para o equipamento termico.
Porém, infelizmente, nem todos os problemas podem ser resolvidos em definitivo, pois
não há como eliminar a emissão de CO2. Outro fato é que o eventual vazamento de metano
(principal componente do gás natural) para a atmosfera e sem queimar, contribui para o efeito
estufa com uma intensidade 20 vezes superior à do CO2.
O combustível que parece ser a solução ecológica para o futuro é o hidrogênio, cujo
produto da combustão é o vapor d’água. Porém, no momento, sua utilização esbarra em di-
versos problemas como custo de produção, armazenagem e distribuição.
Em todo o mundo, a energia e as matérias primas tornar-se-ão cada vez mais escassas,
tendo em vista o crescimento da demanda per capta juntamente com a expansão demográfica.
As únicas alternativas para a construção de um modelo sustentável a longo prazo incluem a
limitação da natalidade, a reciclagem radical, a mudança de hábitos para um modelo não
consumista, a conservação dos recursos naturais e a utilização eficiente de matérias primas e
de energia não poluentes.
77
a) Sistema e instrumentos de controle necessários para atendimento aos requisitos de
segurança operacional
• Prontuário da Caldeira
• Registro de Segurança
• Projeto de Instalação
• Relatórios de Inspeção
d) Manual de Operação
j) Relatório de Inspeção.
Com mais de 1 milhão e 100 mil clientes - todos agentes produtivos geradores de
qualidade de vida, emprego, renda e impostos -, o BNB é responsável por 79,3 % dos
financiamentos totais da Região, de acordo com o Sistema de Informações do Banco Central
(Sisbacen). Possui várias linhas de crédito destinadas ao financiamento do setor de energia,
como os programas de apoio à Geração de Energia Renovável para Pequenas Comunidades
79
do Nordeste, às Micro e Pequenas Empresas (PMPE), ao Desenvolvimento Rural do Nordeste
(RURAL), e ao Setor Industrial do Nordeste (INDUSTRIAL), além do Programa Nordeste
Competitivo (PNC). O Banco do Nordeste também se destaca pela realização de estudos e
pesquisas, a promoção de investimentos, o fomento às exportações, a capacitação dos agentes
produtivos, o apoio ao desenvolvimento tecnológico, o estímulo ao cooperativismo e ao
associativismo e o fortalecimento das cadeias produtivas, em apoio às vocações e
potencialidades econômicas locais.
80
Finalidade: Geração de energia alternativa (solar, eólica e de biomassa); eletrificação;
racionalização e consumo de energia; outros investimentos fixos relacionados com o sistema
de energia do empreendimento.
É uma agência singular na sua concepção. Não existe, em todo o mundo, um modelo de
atuação tão abrangente. A FINEP apóia todas as etapas do processo inovador, desde a
pesquisa básica à comercialização pioneira de produtos e serviços, a incubação de empresas
de base tecnológica à estruturação e consolidação daquelas já estabelecidas.
81
A sustentação financeira do CTPETRO dá-se com recursos oriundos dos royalties do
petróleo transferidos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -
FNDCT.
82
CAPÍTULO 3
METODOLOGIA
3.1 Metodologia analítica para caldeiras a Óleo Combustível (OC) e a Gás Natural (GN)
83
O Volume do ar estequiométrico seco permite calcular o Volume do Ar Real,
conhecendo-se o excesso de ar, e influencia no cálculo do Volume dos produtos da
combustão estequiométrica e da combustão real.
O Volume do ar estequiométrico seco também pode ser calculado em função dos teores
elementares do Óleo Combustível, das seguintes maneiras:
o
G ar
V ar =
o
(3.07)
ρ ar
Para o óleo combustível, Garo é calculado por:
o
Gar = 138,2.(C/12 + H/4 + S/32 – O/32) (3.08)
Sendo que C, S, H e O são os teores percentuais de Carbono, Enxofre, Hidrogênio e
Oxigênio presentes no óleo combustível, em peso [kg/kg comb].
84
Var = λ .Varo (3.14)
85
O Coeficiente de excesso (λ) de ar é um modo de se expressar a relação ar/combustível
e é a razão entre a quantidade total de ar utilizado na combustão (Gar ou Var) e a
quantidade de ar estequiométrico (Garo ou Varo):
Var
λ= , ou (3.22)
Var o
Gar
λ= (3.23)
Gar o
O excesso de ar também pode ser calculado pela seguinte fórmula, com base na análise
dos gases da combustão, medidos na saída da chaminé (CO2, O2 e CO):
21
λ= (3.24)
⎡ 79.(%O2 − 0,5.%CO ) ⎤
⎢21 − ⎥
⎣ %N 2 ⎦
86
- para óleo combustível [Nm3/kgOC] Vg o =
(x + w + 3,76. A).V (3.29)
12.x + y + 32.w
- para gás natural [Nm3/Nm3GN] Vgo = x + 3,76.A
(3.30)
A energia disponível para combustão dos vários tipos de combustível pode ser
determinada pelas seguintes fórmulas:
Para óleo combustível atomizado com vapor:
Qd = PCI + QCOMB + QAEX + QV (3.50)
Para gás natural:
Qd = PCI (3.51)
O PCI é o Poder Calorífico Inferior do combustível com referência a O°C. O calor
sensível do combustível (QCOMB) é levado em consideração quando o combustível é
preaquecido por uma fonte externa de calor (gases quentes, óleo combustível aquecido por
vapor, etc). A energia introduzida na caldeira (Qaex) considera o ar de combustão
88
preaquecido fora da caldeira, com um preaquecedor de ar a vapor, por exemplo, e Qv é a
energia introduzida na fornalha com vapor usado na atomização do óleo combustível e na
sopragem de fuligem.
QAEX = Var'.CpAR.(TAR – TATM) (3.52)
QVAPOR = DV.(HV – HF) (3.53)
A perda de energia pelos gases efluentes é o item mais importante do balanço térmico,
atingido 4-7% nas caldeiras de grande capacidade, e 10-20% nas caldeiras de pequena
capacidade (ver Tabela 3.1). Esta perda de energia ocorre devido o fato dos produtos da
combustão deixarem a caldeira a alta temperatura (115-150°C nas caldeiras de grande
capacidade ou mais nas de pequena capacidade. O cálculo é baseado nas leis de Heres e
Kirchhoff para as reações químicas.
Q2 = Vg.CpG.(TG - TPCI) - Var.CpAR.(TATM - TPCI) (3.56)
q2 = Q2/Qd (3.57)
89
Em caldeiras criteriosamente projetadas e operadas, na queima de combustíveis
líquidos e gasosos, q3 < 0,5%. Na combustão perfeita (completa) Q3 é nula.
A perda de energia com o combustível não queimado (kJ/kg comb) é determinada pela
presença de matéria combustível não queimada nas escórias ou cinzas retiradas da fornalha
e as cinzas volantes arrastadas pelos gases.
⎛ C esc + cin C vol ⎞
Q4 = 3,21. A.⎜⎜α esc + cin . + α vol . ⎟⎟ (3.60)
⎝ 100 − C esc + cin 100 − C vol ⎠
onde αesc+cin e αvol são, respectivamente, as frações de cinza do combustível presentes
nas escórias+cinzas e cinzas volantes [%]; Cesc+cin e Cvol são os teores de matéria
combustível presentes nas escórias+cinzas e nas cinzas volantes [%], determinadas em
laboratório; A o teor de cinzas do combustível (%).
Na combustão de gás natural, ou óleo combustível, é normalmente baixa (q4 < 0,1%), e
é analisada juntamente com q3 (soma q3 + q4).
90
3.1.8.7 Valores usuais das perdas térmicas
(3.64)
Dsp e Dst são, respectivamente, as vazões do vapor superaquecido e saturado supridos
separadamente aos consumidores; Drh a vazão do vapor saturado para consumo interno;
Dbw a vazão de água de purga (blow-off). Hsp e Hst são, respectivamente, as entalpias do
vapor superaquecido e do vapor saturado. E Qh é a entalpia da água ou ar, aquecidos na
caldeira e supridos a consumo externo.
No presente estudo as parcelas Dsp e Dst não serão consideradas, haja visto não se
aplicarem às caldeiras flamo-tubulares, as quais não produzem vapor super-aquecido e o
vapor produzido é apenas para consumo interno. Assim, a equação (3.64) fica reduzida a:
Qu = [Drh.(Hrh"-Hrh')] + Dbw.(H'-Hfw) = Qrh + Qp
(3.65)
91
Q1 = Qu/B (3.66)
Q1 Qu Qrh + Qp
ηb = = = (3.67)
Qd B.Qd B.Qd
Sendo Qp/(B.Qp) normalmente estimado em 0,3 % p/ caldeiras de pequeno porte,
aonde são feitas purgas periódicas a cada 6/8 horas.
Nos casos em que não se obtém uma medição confiável da vazão de combustível, o seu
cálculo pode ser feito com base no rendimento calculado pelo método indireto, pela seguinte
equação:
Qrh
B= (3.68)
0,01.Qd .(η b − 0,3)
Da mesma forma, quando não se obtém uma medição confiável da produção de vapor,
o seu cálculo pode ser feito pela seguinte equação:
(3.69)
Qrh
Drh =
H V − H FW
3.1.10 Roteiro para Levantamento de Informações Operacionais no Campo
Para as medições de PV, TV, TG e dos teores dos gases da combustão (%CO2, %SO2,
%CO, %O2, etc.), recomendamos efetuar um mínimo de 06 amostragens / dia, sendo 03 pela
manhã e 03 pela tarde. Deve ser escolhido um dia de produção de vapor típica.
Os valores levantados deverão ser preenchidos em uma tabela , a exemplo da Tabela
3.2. mostrada a seguir.
Pv Tv TG TEOR GASES EM VOLUME (%)
Hora [kg/cm2] [oC] [oC] CO2 CO O2 SO2
92
Tabela 3.2 – Amostragens de campo p/ PV, TV, TG e teores dos gases
da combustão (%CO2, %SO2, %CO, %O2, etc.)
93
3.2. Estudo de casos teóricos de Caldeiras a Óleo Combustível e a Gás Natural
Este caso trata de uma situação hipotética de operação de uma caldeira a óleo combustível
aonde estamos pré-definindo importantes parâmetros operacionais tais como, o excesso de ar (λ)
e a temperatura de saída dos gases (TG), dentro de valores considerados ideais.
o
Poder Calorífico Inferior (a 20 C e 1,0 atm), em base seca
PCI = 39876 kJ/kg
Coeficiente de Excesso de Ar
λ= 1,15
No artigo conforme referência [a.4], são indicados os valores usuais do Coeficiente de ex-
cesso de ar para o óleo combustível, situando-se entre 1,05 e 1,10 , sendo que neste caso adota-
mos o valor máximo.
96
Temperatura do Ar de Combustão
TAR = 30 oC
Temperatura Atmosférica
TATM = 25 oC
o
Entalpia do Vapor à Temp. de Saturação T V = 120 C
hL = 503,69 kJ/kg
hV = 2706,30 kJ/kg
97
Umidade absoluta do ar atmosférico
ω= 0,015 kg/kg ar seco
3.2.1.2 Cálculo dos teores [%] dos gases da combustão, em base seca
Cálculo de CO2:
CO2 = 100.x / (x + w + z/2 + 3,76.λ.A + (λ-1).A) CO2 = 13,793 %
Cálculo de O2:
O2 = 100.A.(λ-1) / (x + w + z/2 + 3,76.λ.A + (λ-1).A) O2 = 2,883 %
Combustão estequimétrica:
C7,1H10,8S0,09N0,04 + 9,894.(O 2 + 3,76.N 2) --> 7,1.CO 2 + 10,8/2.H 2O + 0,09.SO2 +
+ (0,04/2+37,20).N 2
Combustão real:
C7,1H10,8S0,09N0,04 + 11,37.(O 2 + 3,76.N 2) --> 7,1.CO 2 + 10,8/2.H 2O + 0,09.SO2 +
+ (0,04/2+42,76).N 2 + 1,48.O 2
98
Conferindo o cálculo de CO2:
CO2 = 7,1 / (7,1+0,09+42,78+1,48)
CO2 = 7,1 / 51,45 = 0,1379 CO2 = 13,793 %
Cálculo de SO2:
SO2 = 0,09 / 51,45 = 0,0018 SO2 = 0,182 %
137,28.A
Var =
o
Varo = 3
10,557 Nm /kgOC
(12.x + y + 32.w +14.z).ρar
Var = λ.Varo
3
Var = 12,141 Nm /kgOC
99
c) Volume total do ar úmido (Var')
Vg =
o (x + w + 3,76. A + z / 2).V 10,007 Nm /Nm GN
12.x + y + 32.w + 14.z
Vg =
[ x + w + 3,76.λ.A + z / 2 + (λ −1).A].V Vg = 11,599 Nm3/kgOC
12.x + y + 32.w + 14.z
100
Verificação do cálculo pela fórmula simplificada
Vg = VCO2 + VSO2 + VN2 + VO2
Vg = 22,42.(C/12 + S/32 + N/28) + 0,79.Var + 0,21.( λ-1).Varo
3
Vg = 11,541 Nm /kgOC
Gg = 15,734 kg/kgOC
101
QV = DV.(HV – HF)
sendo HV = n*hV + (1-n)*hL HV = 2486,04 kJ/kg
QV = 8,748 kJ/kg
Qd = 40081,43 kJ/kg
Neste exemplo estamos considerando combustão completa, com ausência total de CO,
H2 e CH4 nos gases da combustão.
q3 e q 4 = 0,00 %
A perda pelo costado foi estimada em 1%, conforme valor típico máximo. Ver
tabela 3.1.
q5 = 1,00 %
Qu = [Drh.(Hrh"-Hrh')] + Dbw.(H'-HFW)
sendo que Hrh'' = HV , Hrh = HFW e Qp = Dbw.(H'-HFW)
então,
Qu = [Drh.(HV -HFW)] + Qp
Qu = Qrh + Qp
Qrh = Drh.(HV -HFW)
102
Considerando 03 alternativas de produção de vapor:
Q rh B1 = 64,28 kg/h
B=
0,01.Qd .(η b − 0,3) B2 = 128,56 kg/h
B3 = 192,83 kg/h
103
4.3 Instalações Típicas de Caldeiras a Óleo Combustível e a Gás Natural
134
4.3.2 Caldeira a Gás Natural
135
Figura 4.1 – Fluxograma esquemático de uma caldeira alimentada a óleo combustível
136
Figura 4.2 – Fluxograma esquemático de uma caldeira alimentada a gás natural
137
CAPÍTULO 5
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O cálculo pelo “método indireto”, ou seja, pela soma das perdas de energia, oferece a
possibilidade, neste caso, de confrontar os dados obtidos por este método e comparar com os
resultados obtidos pelo “método direto”, visto que as perdas térmicas estimadas pela literatura
situam-se entre 12 e 25 % [a.3].
Neste estudo, não foi possível a coleta de dados operacionais em mais de uma caldeira,
como inicialmente estava planejado. E, devido à limitações inerentes das instalações
utilizadas no estudo, aonde não foi possível medir a vazão de vapor, além da ausência de
138
informações importantes como, a curva de “rendimento x produção de vapor”, privilegiou-se
nesta metodologia, aplicada aos casos teóricos e aos casos de caldeiras em funcionamento, o
cálculo do rendimento pelo “método indireto”.
• No estudo dos casos teóricos (OC e GN) os valores encontrados estão acima dos
valores típicos de catálogo, informado pelos diversos fabricantes. Entende-se que
este desvio esteja relacionado com as perdas de energia não computadas e/ou
temperatura de saída dos gases da combustão, subestimadas, o que poderia provocar
uma queda no rendimento de 1 % a cada 20 oC acima da temperatura recomendada.
139
CAPÍTULO 6
CONCLUSÕES
• Atendimento aos requisitos técnicos, ou seja, que não haja qualquer impedimento nas
modificações e/ou acréscimos de peças e acessórios necessários, para que a caldeira
apresente condições operacionais otimizadas e que estas mudanças propiciem uma
melhoria do rendimento térmico.
6.2 Conclusões
O teor de emissões de CO não deve exceder a 400 ppm, conforme o artigo do Professor
Doutor Paulo César Pinheiro, conforme referência [a.4]. No caso estudado de caldeira
em operação, no item 3.3.2, ref. caldeira da Norsa / Coca-Cola, o máximo teor medido
de CO não superou a 44 ppm.
141
em R$ 40.000,00, valor este menor do que 50 % do custo de uma caldeira nova de
mesma capacidade de produção de vapor.
142
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[a.1] PINHEIRO, Paulo Cesar da Costa. O Gás Natural e sua Utilização em Equipamentos
Térmicos. In. II SEMINÁRIO DE GERENCIAMENTO ENERGÉTICO DA INDÚSTRIA
QUÍMICA E PETROQUÍMICA, 12-13/06/1996, Guarulhos, SP, Anais... São Paulo:
ABIQUIM, Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos Derivados, Palestra 9,
11p..
[a.2] NERY, Judas Tadeu da C. F., SILVA, Wellington P. da, SANTOS, Zanoni P. S. dos e
MEDEIROS, Gilson G. de. Conversão de Fornos Cerâmicos para Gás Natural – A
Experiência do CTGÁS no Rio Grande do Norte, 16-19/10/2000, Rio Oil & Gás Expo and
Conference, Rio de Janeiro, RJ, 8p..
[a.3] PINHEIRO, Paulo Cesar da Costa e CERQUEIRA, Sérgio Augusto Araújo da Gama.
Método de Cálculo do Balanço Térmico de Caldeiras, 26-28/09/1995, XVII Seminário de
Balanços Energéticos Globais e Utilidades, Volta redonda, RJ, 21 p..
[a.4] PINHEIRO, Paulo Cesar da Costa e VALLE, Ramon Molina. Controle de Combustão:
Otimização do Excesso de Ar. In. II CONGRESSO DE EQUIPAMENTOS E AUTOMAÇÃO
DA INDÚSTRIA QUÍMICA E PETROQUÍMICA, 09-11/08/1995, Rio de Janeiro, RJ,
Anais... Automação Industrial São Paulo: ABIQUIM, Associação Brasileira da Indústria
Química e de Produtos Derivados, 1995, p.157-162.
143
[a.5] PINHEIRO, Paulo Cesar da Costa. Utilização de Combustíveis Alternativos em
Caldeiras. In. IV Encontro Nacional de Ciências Térmicas (ENCIT-92), 01-04/12/1992, Rio
de janeiro, RJ, Anais... Rio de janeiro: ABCM, Associação Brasileira de Ciências Mecânicas,
1992, p.69-71.
b) Relatórios Técnicos
[c.1] Balanço Energético Nacional – BEN, do Ministério das Minas e Energia (MME)
d) Livros
[d.2] TORREIRA, Raul Peragallo. Geradores de Vapor, Editora Libris Ltda., São Paulo, SP.
e) Apostilas
144
ANEXOS
ANEXO A NORMA NR 13 – CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
145
ANEXO A
146
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
13.1 Caldeiras a vapor - disposições gerais.
13.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à
atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares
utilizados em unidades de processo.
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem competência legal para o
exercício da profissão de engenheiro na atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento
operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade
com a regulamentação profissional vigente no País.
13.1.3 Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Pressão Máxima de Trabalho Admissível - PMTA é o
maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões
do equipamento e seus parâmetros operacionais.
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA; (113.071-4)
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente. (113.075-7)
13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação
indelével com, no mínimo, as seguintes informações: (113.001-3 / I2)
a) fabricante;
c) ano de fabricação;
147
13.1.5.1 Além da placa de identificação, devem constar, em local visível, a categoria da caldeira, conforme
definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu número ou código de identificação.
13.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estive instalada, a seguinte documentação,
devidamente atualizada:
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira;
- características funcionais;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
13.1.6.1 Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário da Caldeira" deve ser reconstituído pelo proprietário,
com responsabilidade técnica do fabricante ou de "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, sendo
imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e dos
procedimentos para determinação da PMTA. (113.006-4 / I3)
13.1.6.2 Quando a caldeira for vendida ou transferida de estabelecimento, os documentos mencionados nas
alíneas "a", "d", e "e" do subitem 13.1.6 devem acompanhá-la.
13.1.6.3 O proprietário da caldeira deverá apresentar, quando exigido pela autoridade competente do órgão
regional do Ministério do Trabalho, a documentação mencionada no subitem 13.1.6. (113.007-2 / I4)
13.1.7 O "Registro de Segurança" deve ser constituído de livro próprio, com páginas numeradas, ou outro
sistema equivalente onde serão registradas:
148
13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o "Registro de Segurança" deve conter
tal informação e receber encerramento formal. (113.008-0 / I4)
13.1.8 A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à disposição para consulta dos
operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador
na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Cipa, devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa
documentação. (113.009-9 / I3)
13.1.9 Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias, conforme segue:
b) caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 KPa
(5.99 Kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 (cem) litros;
c) caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias
anteriores.
13.2.1 A autoria do "Projeto de Instalação" de caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta NR, é de
responsabilidade de "Profissional Habilitado", conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos
de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentados, convenções e disposições legais
aplicáveis.
13.2.2 As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em "Casa de Caldeiras" ou em local
específico para tal fim, denominado "Área de Caldeiras".
13.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a "Área de Caldeiras" deve satisfazer aos seguintes
requisitos:
a) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros) de: (113.010-2 / I4)
- de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 (dois mil)
litros de capacidade;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que,
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
(113.011-0 / I4)
149
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais vigentes;
13.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a "Casa de Caldeiras" deve satisfazer aos
seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma
parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo, 3,00m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de
terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de capacidade; (113.013-7 / I4)
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a combustível
gasoso.
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que,
para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
(113.014-5 / I3)
a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas "b" , "d" e "f" do subitem
13.2.3 desta NR;
b) para as caldeiras da categoria A instaladas em ambientes confinados, as alíneas "a", "b", "c",
"d", "e", "g" e "h" do subitem 13.2.4 desta NR;
13.2.6 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4, deverá ser
elaborado "Projeto Alternativo de Instalação", com medidas complementares de segurança que permitam a
atenuação dos riscos.
13.2.6.1 O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser apresentado pelo proprietário da caldeira para obtenção
de acordo com a representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento.
150
13.2.6.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.2.6.1, a intermediação do órgão regional
do MTb poderá ser solicitada por qualquer uma das partes, e, persistindo o impasse, a decisão caberá a esse
órgão.
13.2.7 As caldeiras classificadas na categoria A deverão possuir painel de instrumentos instalados em sala de
controle, construída segundo o que estabelecem as Normas Regulamentados aplicáveis. (113.015-3 / I4)
13.3.1 Toda caldeira deve possuir "Manual de Operação" atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil
acesso aos operadores, contendo no mínimo: (113.016-1 / I3)
13.3.2 Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições
operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem sistemas
de controle e segurança da caldeira. (113.017-0 / I2)
13.3.3 A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados, quando necessários
para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os parâmetros de operação da caldeira. (113.018-8
/I4)
13.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador de caldeira,
sendo que o não - atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave e iminente.
13.3.5 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer pelo menos uma das
seguintes condições:0,
c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nessa atividade, até 08 de
maio de 1984.
13.3.6 O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no "Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras" é o atestado de conclusão do 1° grau.
151
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
13.3.9 Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria caldeira que irá
operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de: (113.019-6 / I4)
13.3.10 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado, deve informar previamente à
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento: (113.020-0 / I3)
13.3.11 A reciclagem de operadores deve ser permanente, por meio de constantes informações das condições
físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de segurança, participação em
cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.021-8 / I2)
13.3.12 Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer caldeira em condições diferentes
das previstas no projeto original, sem que:
13.4.1 Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar o respectivo código do projeto de
construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.022-6 / I4)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
152
13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser respeitada a concepção original
da caldeira, com procedimento de controle do maior rigor prescrito nos códigos pertinentes.
13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias A e B, a critério do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2,
podem ser utilizadas tecnologia de cálculo ou procedimentos mais
avançados, em substituição aos previstos pêlos códigos de projeto.
13.4.2 "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas seguintes situações: (113.023-
4 / I3)
13.4.4 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem sob pressão devem
ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem
13.1.2. (113.025-0 / I4)
13.4.5 Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos à manutenção preventiva ou
preditiva. (113.026-9 / I4)
13.5.1 As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, sendo
considerado condição de risco grave e iminente o não - atendimento aos prazos estabelecidos nesta NR.
(113.078-1)
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em funcionamento,
no local de operação, devendo compreender exames interno e externo, teste hidrostático e de acumulação.
13.5.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser executada nos
seguintes prazos máximos:
c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) meses sejam
testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança;
13.5.4 Estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme estabelecido
no Anexo II, podem estender os períodos entre inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos
máximos:
153
a) 18 (dezoito) meses para caldeiras das categorias B e C;
13.5.5 As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das unidades de processo,
como combustível principal para aproveitamento de calor ou para fins de controle ambiental podem ser
consideradas especiais quando todas as condições seguintes forem satisfeitas:
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases e do vapor durante a
operação;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira;
13.5.6 Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subseqüente, as caldeiras devem ser
submetidas a rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua vida remanescente e novos prazos
máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso. (113.027-7 / I4)
13.5.6.1 Nos estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no Anexo II,
o limite de 25 (vinte e cinco) anos pode ser alterado em função do acompanhamento das condições da caldeira,
efetuado pelo referido órgão.
13.5.7 As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas periodicamente conforme
segue: (113.028-5 / I4)
a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em operação,
para caldeiras das categorias B e C;
13.5.8 Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7, as válvulas de segurança instaladas em caldeiras
deverão ser submetidas a testes de acumulação, nas seguintes oportunidades: (113.029-3 / I4)
154
a) na inspeção inicial da caldeira;
13.5.9 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de comprometer
sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar suas
condições de segurança;
c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de 6
(seis) meses;
13.5.10 A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, ou
por "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no Anexo II.
13.5.11 Inspecionada a caldeira, deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a fazer parte da sua
documentação. (113.030-7 / I4)
13.5.12 Uma cópia do "Relatório de Inspeção" deve ser encaminhada pelo "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do término da inspeção, à representação sindical
da categoria profissional predominante no estabelecimento.
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estão sendo atendidas;
i) conclusões;
13.5.14 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de identificação, a
mesma deve ser atualizada. (113.031-5 / I1)
13.6.1. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa.
13.6.1.1. O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de pressão, está definido no Anexo III.
13.6.1.2. Os vasos de pressão abrangidos por esta NR estão classificados em categorias de acordo com o Anexo
IV.
13.6.2 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou
inferior à PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o inclui; (113.079-0)
b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta não estiver
instalada diretamente no vaso; (113.080-3)
13.6.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em local de fácil acesso e bem visível, placa de
identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: (113.032-3 / I2)
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
13.6.3.1 Além da placa de identificação, deverão constar, em local visível, a categoria do vaso, conforme Anexo
IV, e seu número ou código de identificação.
13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte documentação
devidamente atualizada:
- características funcionais;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso;
13.6.4.1 Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário do Vaso de Pressão" deve ser reconstituído pelo
proprietário com responsabilidade técnica do fabricante ou de "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2,
sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e
dos procedimentos para determinação da PMTA. (113.037-4 / I2)
13.6.4.2 O proprietário de vaso de pressão deverá apresentar, quando exigida pela autoridade competente do
órgão regional do Ministério do Trabalho, a documentação
mencionada no subitem 13.6.4. (113.038-2 / I4)
13.6.5 O "Registro de Segurança" deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema
informatizado ou não com confiabilidade equivalente onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos vasos;
(113.039-0 / I3)
13.6.6 A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar sempre à disposição para consulta dos operadores
do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação
inclusive à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando
formalmente solicitado. (113.041-2 / I4)
13.7.1. Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de visita e
indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis. (113.042-0 / I2)
157
13.7.2 Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a instalação deve satisfazer os
seguintes requisitos:
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção, sendo
que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de
pessoas; (113.043-9 / I3)
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas; (113.083-
8)
13.7.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deve satisfazer as alíneas "a",
"b", "d" e "e" do subitem 13.7.2.
13.7.4 Constitui risco grave e iminente o não-atendimento às seguintes alíneas do subitem 13.7.2:
13.7.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.7.2, deve ser elaborado "Projeto
Alternativo de Instalação" com medidas complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.
13.7.5.1 O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser apresentado pelo proprietário do vaso de pressão para
obtenção de acordo com a representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento.
13.7.5.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.7.5.1, a intermediação do órgão regional
do MTb poderá ser solicitada por qualquer uma das partes e, persistindo o impasse, a decisão caberá a esse
órgão.
13.7.6 A autoria do "Projeto de Instalação" de vasos de pressão enquadrados nas categorias I, II e III, conforme
Anexo IV, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de "Profissional Habilitado",
conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente
previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.
13.7.7. O "Projeto de Instalação" deve conter pelo menos a planta baixa do estabelecimento, com o
posicionamento e a categoria de cada vaso e das instalações de segurança. (113.045-5 / I1)
13.8.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de operação próprio ou
instruções de operação contidas no manual de operação de unidade onde estiver instalado, em língua
portuguesa e de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: (113.046-3 / I3)
158
a) procedimentos de partidas e paradas;
13.8.2 Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos calibrados e em boas condições
operacionais. (113.047-1 / I3)
13.8.2.1 Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem seus sistemas de
controle e segurança. (113.085-4)
13.8.3 A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias "I" ou "II" deve ser efetuada por
profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processos", sendo que o não-
atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave e iminente. (113.048-0 / I4)
13.8.4 Para efeito desta NR será considerado profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processo" aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
13.8.5 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no "Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processo" é o atestado de conclusão do 1º grau.
13.8.8. Todo profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidade de Processo" deve cumprir
estágio prático, supervisionado, na operação de vasos de pressão com as seguintes durações mínimas:
(113.049-8 / I4)
159
13.8.9 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar previamente à
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento: (113.050-1 / I3)
13.8.10 A reciclagem de operadores deve ser permanente por meio de constantes informações das condições
físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de segurança, participação em
cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.051-0 / I2)
13.8.11. Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer vaso de pressão em condições
diferentes das previstas no projeto original, sem que:
13.9.1 Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar o respectivo código de projeto de
construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.052-8 / I4)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
13.9.1.1 Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deverá ser respeitada a concepção
original do vaso, empregando-se procedimentos de controle do maior rigor, prescritos pelos códigos pertinentes.
13.9.1.2. A critério do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologia de
cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos pêlos códigos de projeto.
13.9.2 "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas seguintes situações: (113.053-
6 / I3)
c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar envolvidos com o
equipamento.
13.9.4 Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem sob pressão devem ser seguidas de
teste hidrostático, com características definidas pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, levando
em conta o disposto no item 13.10. (113.055-2 / I4)
13.9.4.1 Pequenas intervenções superficiais podem ter o teste hidrostático dispensado, a critério do "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2.
13.9.5 Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão devem ser submetidos à manutenção
preventiva ou preditiva. (113.056-0 / I4)
13.10.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária.
(113.057-9 / I4)
13.10.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos novos, antes de sua entrada em funcionamento,
no local definitivo de instalação, devendo compreender exame externo, interno e teste hidrostático, considerando
as limitações mencionadas no subitem 13.10.3.5. (113.058-7/ I4)
13.10.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exame externo, interno e teste hidrostático, deve
obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir: (113.059-5 / I4)
161
V 7 anos a critério a critério
13.10.3.1 Vasos de pressão que não permitam o exame interno ou externo por impossibilidade física devem ser
alternativamente submetidos a teste hidrostático, considerando-se as limitações previstas no subitem 13.10.3.5.
(113.060-9 / I4)
13.10.3.2 Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade de exame interno ou de
teste hidrostático ampliada, de forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de catalisador,
desde que esta ampliação não ultrapasse 20 (vinte) por cento do prazo estabelecido no subitem 13.10.3 desta
NR. (113.061-7 / I4)
13.10.3.3 Vasos com revestimento interno higroscópico devem ser testados hidrostaticamente antes da aplicação
do mesmo, sendo os testes subseqüentes substituídos por técnicas alternativas. (113.062-5 / I4)
13.10.3.4 Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no "Registro de Segurança" pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, o teste hidrostático pode ser substituído por outra técnica de ensaio não-
destrutivo ou inspeção que permita obter segurança equivalente. (113.063-3 / I4)
13.10.3.6. Vasos com temperatura de operação inferior a 0ºC (zero graus centígrados) e que operem em
condições nas quais a experiência mostre que não ocorre deterioração, ficam dispensados do teste hidrostático
periódico, sendo obrigatório exame interno a cada 20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois) anos.
(113.064-1 / I4)
13.10.3.7 Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático pode ser executado, desde que
supervisionado pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, e cercado de cuidados especiais por
tratar-se de atividade de alto risco. (113.065-0 / I4)
13.10.4 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas, inspecionadas e re0calibradas
por ocasião do exame interno periódico. (113.066-8 / I4)
13.10.5 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades: (113.067-6 / I4)
a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua
segurança;
162
b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua
condição de segurança;
c) antes de o vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 12
(doze) meses;
13.10.6 A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2 ou por
"Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme citado no Anexo II. (113.068-4 / I4)
13.10.7 Após a inspeção do vaso deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a fazer parte da sua
documentação. (113.069-2 / I4)
h) conclusões; (113.095-1)
13.10.9. Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de identificação, a
mesma deve ser atualizada. (113.070-6 / I1)
ANEXO I-A
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Caldeiras"
1.1. Pressão
163
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão
absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
ANEXO I-B
1.1. Pressão
2. Equipamentos de processo Carga horária estabelecida de acordo com a complexidade da unidade, mantendo
um mínimo de 4 (quatro) horas por item, onde aplicável.
ANEXO II
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos nos subitens 13.5.4 e 13.10.3
desta NR, os "Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos" da empresa, organizados na forma de setor,
seção, departamento, divisão, ou equivalente, devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO diretamente ou mediante "Organismos de Certificação" por ele
credenciados, que verificarão o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas "a" a "g".
Esta certificação pode ser cancelada sempre que for constatado o não atendimento a qualquer destes requisitos:
a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeira ou vaso de pressão,
com dedicação exclusiva a atividades de inspeção, avaliação de integridade e vida residual, com
formação, qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de preservação da
segurança;
d) existência de pelo menos 1 (um) "Profissional Habilitado", conforme definido no subitem 13.1.2;
166
ANEXO III
a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8 (oito), onde "P" é a máxima pressão de
operação em KPa e "V" o seu volume geométrico interno em m3, incluindo:
- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam dentro do escopo de outras
NR, nem do item 13.1 desta NR;
b) vasos que contenham fluido da classe "A", especificados no Anexo IV, independente das
dimensões e do produto "PV".
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm (cento e cinqüenta milímetros) para fluidos das
classes "B", "C" e "D", conforme especificado no Anexo IV.
ANEXO IV
1. Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo o tipo de fluido e o
potencial de risco.
1.1. Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir:
Classe "A":
167
- fluidos inflamáveis;
- combustível com temperatura superior ou igual a 200º C
(duzentos graus centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a
20 (vinte) ppm;
- hidrogênio;
- acetileno.
Classe "B":
- fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200º C
(duzentos graus centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) ppm;
Classe "C":
- vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar
comprimido;
Classe "D":
- água ou outros fluidos não enquadrados nas classes "A",
"B" ou "C", com temperatura superior a 50ºC (cinqüenta graus centígrados).
1.1.1. Quando se tratar de mistura, deverá ser considerado para fins de classificação o fluido que apresentar
maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e concentração.
1.2. Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do produto "PV", onde "P"
é a pressão máxima de operação em MPa e "V" o seu volume geométrico interno em m3, conforme segue:
Grupo 1 - PV ≥ 100
Grupo 2 - PV < 100 e PV ≥ 30
Grupo 3 - PV < 30 e PV ≥ 2.5
Grupo 4 - PV < 2.5 e PV ≥ 1
Grupo 5 - PV < 1
Declara,
1.2.1. Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão enquadrar-se nas seguintes categorias:
1.3. A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo com os grupos de potencial de
risco e a classe de fluido contido.
168
CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO
1 2 3 4 5
Classe de Fluído
P.V ≥ P.V < P.V < P.V < P.V < 1
100 100 30 2,5
P.V ≥ P.V ≥ P.V ≥
30 2,5 1
Categorias
“A”
- Líquidos inflamáveis,
combustível com temperatura
igual ou superior a 200 °C
- Tóxico com limite de I II III III
I
tolerância ≤ 20 ppm
- Hidrogênio
- Acetileno
“B”
- Combustível com temperatura menor
que 200 °C
- Tóxico com limite de tolerância I II IV
> 20 ppm
III IV
“C”
- Vapor de água
- Gases asfixiantes simples I II V
- Ar comprimido III IV
“D”
- Água ou outros fluidos não
enquadrados nas classes "A" "B" ou II III V
"C" com temperatura superior a 50 °C IV V
Notas:
a) Considerar volume em m³ e pressão em MPa;
169
ANEXO B
170
N-2309 REV. A MAI / 98
CALDEIRA FLAMOTUBULAR
A VAPOR
Especificação
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Apresentação
PÁGINA EM BRANCO
2
N-2309 REV. A MAI / 98
PREFÁCIO
1 OBJETIVO
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para fornecimento de caldeira flamotubular a
vapor, automática, compacta e estacionária, bem como seus equipamentos auxiliares para
instalações terrestres da PETROBRAS, tais como, refinarias, terminais, estações de produção,
centrais térmicas e termoelétricas.
1.2 Esta Norma se aplica a fornecimentos iniciados a partir da data da sua edição.
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contém prescrições válidas para a
presente Norma.
3
N-2309 REV. A MAI / 98
3 DEFINIÇÕES
Devem ser usados os termos definidos pela norma ABNT NBR 11096.
4 DESCRIÇÃO GERAL
4.1 Cada caldeira deve formar uma unidade compacta, apoiada sobre uma única estrutura
metálica adequada, do tipo “skid-mounted”, onde deve ser dispostos também todos os
equipamentos auxiliares incluídos no escopo de fornecimento. Essa unidade deve ser fornecida
integralmente montada na fábrica.
4.2 As caldeiras devem ser automáticas, cilíndricas, horizontais e devem estar prontas para o
funcionamento bastando apenas fazer-se as ligações de energia elétrica, combustíveis, água,
dreno, vapor, chaminé e interligações do painel elétrico e ventilador.
4.3 De modo geral as caldeiras devem ser constituídas dos seguintes sistemas:
5 PROJETO
5.1 Geral
5.1.1 Os equipamentos devem ser projetados e fabricados de acordo com a última edição das
normas e códigos citados.
4
N-2309 REV. A MAI / 98
5.1.6 As caldeiras devem ser equipadas com visores de chama e portas para inspeção e
limpeza.
5.1.7 As caldeiras devem ter o mínimo necessário de refratário a fim de minimizar a freqüência
de manutenção. Usar preferencialmente câmara de retorno de gás resfriado à água da caldeira
(Wet-Back).
5.1.9 O fabricante deve informar o consumo de energia para cada caldeira em operação na
produção máxima de vapor.
5.2.2 O sistema de alimentação de água deve ser através de bomba centrífuga (sistema
principal) e de injetor a vapor (sistema de emergência) e possuir controlador de nível máximo e
mínimo de água de caldeira. Deve ser fornecida uma bomba para cada caldeira. As bombas
devem ser adequadas às condições de operação especificadas na Folha de Dados.
5
N-2309 REV. A MAI / 98
5.2.3 Cada caldeira deve ser dotada de uma válvula de descarga de fundo do tipo “descarga
rápida” e sistema para amostra (análise d’água) composto de válvula e recipiente com
serpentina para resfriamento.
5.2.4 O sistema de injeção de produtos químicos deve ser adequado ao tipo de água a ser
fornecida para a caldeira. Caso necessário deve ser utilizados dosadores, instalados na
alimentação de água para caldeira.
5.3.1 Cada caldeira deve possuir sistema automático de partida com piloto e eletrodos de
ignição permanentemente instalados com transformador, cabo de alta tensão e botoeira.
5.3.2 Cada caldeira deve ser dotada de dispositivo para partida em fogo mínimo, permitindo
somente uma demanda mínima de combustível durante esta fase, proporcionando maior vida
útil do equipamento.
5.4.3 Caso haja disponibilidade de gás, este combustível deve ser utilizado pelo combustor
piloto. Neste caso a fotocélula deve ser do tipo ultravioleta.
5.4.4 Cada caldeira deve ser dotada de um sistema automático de controle de combustão,
capaz de manter constante a pressão do vapor na saída de caldeira, em qualquer condição de
carga, pelo ajuste das vazões dos combustíveis e ar de combustão à demanda de vapor. Este
sistema de controle deve possibilitar as seqüências automáticas de partida e parada,
possibilitando estas operações em manual.
6
N-2309 REV. A MAI / 98
5.5.1 Além do sistema de controle de combustão, cada caldeira deve possuir sistema de
controle de nível, controle de pressão do vapor e sistema de segurança e intertravamento.
5.5.2 O controle de nível deve manter a caldeira com nível d’água constante,
automaticamente, durante a operação da mesma. Deve ser do tipo com eletrodos, com sistema
auxiliar de emergência para o caso de falha do sistema normal. O sistema deve atuar na bomba
d’água de alimentação ou injetor e ser intertravado ao sistema de segurança. Deve possuir
indicador (visor) de nível. Usar somente indicador de nível (visor) refletido.
5.5.3 O controle de pressão de vapor deve ser feito através de pressostato de pressão máxima.
Devem ainda ser previstas válvulas de segurança na parte superior da caldeira de acordo com o
ASME.
5.5.4 Cada caldeira deve ser dotada de um sistema de segurança e intertravamento, de modo a
garantir a integridade do equipamento, dos operadores e a segurança da operação, durante as
fases de partida, operação normal, parada de emergência e parada normal, incluindo as
proteções para as condições anormais de operação.
5.5.5 Este sistema deve interromper o fluxo de combustíveis (“trip da caldeira”) quando da
ocorrência dos seguintes eventos anormais:
5.5.6 Caso a caldeira seja equipada com sistema de atomização de combustível a ar vapor, e
em operação normal o vapor faltar, o sistemas de ar deve ser acionado imediatamente (no
máximo em 5 segundos) sem “trip” da caldeira.
7
N-2309 REV. A MAI / 98
5.5.7 Quando a caldeira estiver operando, tanto a chama principal como a do piloto, serão
supervisionadas por célula fotoelétrica (tipo infravermelho para óleo ou tipo ultravioleta para
gás ou gás e/ou óleo), a qual bloqueará o combustível na eventual falha de chama retirando a
caldeira de operação e dará alarme sonoro.
5.5.8 Os seguintes alarmes devem ser previstos e instalados no painel de cada caldeira:
5.5.9 Em principio, todos os alarmes devem possuir contato auxiliar para indicação remota na
casa de controle da unidade.
5.5.10 Todos os eventos que ocasionam alarme, devem ocorrer em simultaneidade com o
bloqueio do combustível (no máximo em 5 segundos) e, então só deve ser dada nova partida
na caldeira após ser sanado o evento (rearme manual).
a) pré-purga;
b) ignição;
c) abertura da válvula do combustível;
d) desligamento da ignição;
e) liberação de modulação;
f) pós-purga.
O sistema de emergência deve ser composto do injetor a vapor (no caso de falha do bomba
d’água) e eletrodos de nível de água para caldeiras com pressão de vapor inferior ou igual a
10,5 kg/cm2 man. Para caldeiras com pressão de vapor superior a 10,5 kg/cm2 man deve ser
fornecido mais uma bomba d’água de reserva.
8
N-2309 REV. A MAI / 98
O sistema de tiragem forçada deve ser composto de ventilador centrífugo para suprimento de
ar de combustão, com dispositivos para controle automático de vazão, atuado pelo sistema de
controle e segurança da caldeira. Os reguladores de ar devem ser do tipo borboleta. Deve
também ser composto da caixa de distribuição de ar, em chapas de aço soldadas e com
espessura mínima de 3 mm.
5.8.1 O sistema de escape dos gases deve ser composto de dutos e chapas de aço soldadas e
reforçadas e chaminés individuais por caldeira, com chapéu e altura mínima de 6 m em relação
ao chão. As chaminés devem ter captador de fuligem (fuligeiro).
5.9.2 Motores
Todos os motores devem ser do tipo indução rotor gaiola de esquilo, com proteção (carcaça)
adequada.
5.10 Instrumentação
Cada gerador de vapor deve ser provido de, pelo menos, os seguintes instrumentos
indicadores:
9
N-2309 REV. A MAI / 98
5.11.1 O equipamento e auxiliares devem ser identificados com uma placa de aço inoxidável.
5.11.2 A caldeira deve ter gravado em sua placa os seguintes dados mínimos:
5.11.3 A categoria da caldeira, conforme a Norma Regulamentadora NR-13, deve ser pintada
junto à placa de identificação, com letras do tamanho I, da norma PETROBRAS N-1278.
6 MATERIAL
6.1 As caldeiras devem ter construção reforçada em chapas de aço soldadas e fornalha tipo
pressurizada. Os materiais utilizados devem vir acompanhados de certificados de qualidade.
6.2 O acabamento externo da caldeira deve ser feito com chapas de aço-carbono espessura
mínima de 1,2 mm, cobrindo o isolamento térmico.
10
N-2309 REV. A MAI / 98
6.3 A especificação para isolamento deve ser conforme norma PETROBRAS N-1618.
6.5 As chapas solicitadas a pressão devem ser do tipo ASTM A 285 Gr. C, devidamente
identificada, com certificado.
6.6 Os tubos devem ser de aço ASTM A 178 Gr. A, ASTM A 192 ou DIN 2448.
6.7 Os dutos, chaminé e carcaça devem ser fabricados de chapas de aço-carbono de qualidade
estrutural, espessura mínima 5 mm (ASTM A 283 Gr. C), com uma sobreespessura de
corrosão mínima de 1,5 mm. A temperatura máxima de projeto de metal para a chaminé deve
ser de 340ºC.
6.8 A estrutura metálica deve ser fabricada com perfis de aço-carbono de qualidade estrutural
(ASTM A 36).
7.1 Fabricação
7.1.1 Soldagem
7.1.1.1 As soldas devem ser executadas de acordo com a norma PETROBRAS N-133.
7.1.1.2 As soldas das partes submetidas a pressão devem ser de penetração total e deve ser
integralmente radiografadas e submetidas a tratamento térmico para alívio de tensões.
7.1.2 Pintura
11
N-2309 REV. A MAI / 98
7.1.2.2 Em caso de dúvida quantos aos esquemas de pintura e cores a empregar nos
equipamentos e tubulações, a PETROBRAS deve ser consultada antes de qualquer iniciativa.
7.3 Montagem
O fabricante deve fornecer esquemas para montagem e interligação final no local e fornecer
serviços e supervisão de montagem.
12
N-2309 REV. A MAI / 98
8 TESTE E INSPEÇÃO
8.1 Geral
8.1.1 Após o término de montagem devem ser efetuados pela PETROBRAS todos os testes
requeridos para o equipamento, sob supervisão do fabricante. O fabricante deve indicar
previamente os testes a serem realizados, para aprovação pela PETROBRAS.
8.1.2 Incluem-se nestes testes a operação dos controles de combustão e nível, operação do
sistema de segurança, intertravamento e operação dos equipamentos auxiliares.
8.1.3 Em caso de falha dos testes o fabricante deve efetuar as correções e reparos necessários,
fornecendo previamente os procedimentos detalhados para os reparos.
8.2.3 O fabricante deve indicar nas propostas os procedimentos e tolerâncias (margem) para
os quais serão válidos os itens de garantia de desempenho.
8.2.4 Desde que a realização dos testes mecânicos e de desempenho comprovem estarem
atendidas todas as exigências contidas nesta especificação e normas aplicáveis, as caldeiras são
consideradas aceitas pela PETROBRAS.
13
N-2309 REV. A MAI / 98
d) pureza do vapor;
e) excesso de ar.
A Inspeção Inicial faz partes dos testes finais e deve ser realizada por pessoa credenciada e de
acordo com as prescrições da Norma ABNT 04: 011.07.04 e da Norma Regulamentadora
NR-13.
____________
14