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O Sol

e seus caminhos

Emanuel Aguiar
2012
A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de
onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o
olho humano é a ela sensível. Trata-­se, de outro modo, de
uma radiação electromagnética que se situa entre a radia-­
ção infravermelha e a radiação ultravioleta. As três grandezas
físicas básicas da luz são herdadas das grandezas de toda e
qualquer onda eletromagnética: intensidade (ou amplitude),
frequência e polarização (ângulo de vibração).

1RFDVRHVSHFtÀFRGDOX]DLQWHQVLGDGHVHLGHQWLÀFDFRPR
brilho e a frequência com a cor. Deve ser ressaltada também
a dualidade onda-­partícula, característica da luz como fenô-­
meno físico, em que esta tem propriedades de onda e partí-­
culas, sendo válidas ambas as teorias sobre a natureza da luz.

Um raio de luz é a trajetória da luz em determinado espaço,


e sua representação indica de onde a luz é criada (fonte)
e para onde ela se dirige. O conceito de raio de luz foi in-­
troduzido pelo Físico e matemático árabe Alhazen. (Abu Ali
al-­Hasan Nascido em 965 em Basra, atual Iraque).

Propagando-­se em meio homogéneo, a luz percorre traje-­


tórias retilíneas; somente em meios não-­homogêneos a luz
pode descrever trajetórias curvas. Alhazen
A ideia de que a luz seria um corpúsculo vem desde a Anti-­
guidade, com o atomismo de Epicuro e Lucrécio. Tal teoria
não é a mesma que a atual, aceita como alternativa à te-­
oria ondulatória.

Contudo, somente no século XVII, a teoria corpuscular para


a luz consolidou-­se como um conjunto de conhecimento
capaz de explicar os mais variados fenómenos ópticos. O
VHX SULQFLSDO H[SRHQWH QHVVH SHUtRGR IRL R ÀOyVRIR QDWXUDO
inglês Isaac Newton em1643.
Newton
Foi Albert Einstein, usando a ideia de Max Planck, que con-­
seguiu demonstrar que um feixe de luz são pequenos pa-­
cotes de energia (Os fótons), explicando o fenômeno da
emissão fotoelétrica.

$ FRQÀUPDomR GD GHVFREHUWD GH (LQVWHLQ VH GHX QR DQR


de 1911, quando Arthur Compton demonstrou que “quan-­
do um fóton colide com um elétron, ambos comportam-­se
como corpos materiais.”

Assim, hoje, a luz pode ser considerada como onda ou como Einstein
partícula, sendo ambos os modelos considerados válidos.

Fonte: Wikipedia
O Sol e seus caminhos
1mR Ki FRPR SHQVDU HP IRWRJUDÀD VHP /X] ( QRVVD
maior fonte natural de luz é o Sol.

'RQDVFHU DOYRUDGD DWpRVHXÀPGHFLFOR 2FDVR R6RO


ilumina a superfície do planeta, criando cenários espe-­
taculares e com variação de tonalidades e intensidade
tantas, que pensar um foto de um determinado cenário
ou de uma condição natural de iluminação, pode pare-­
cer em muitas vezes algo muito complexo.

Sempre que alguém as vezes me pede uma ajuda para


entender um pouco mais do processo de fotografar am-­
bientes externos e de luz, eu proponho um experimento.
Fotografar o Pôr-­do-­Sol no Arpoador no Rio de Janeiro.
Diante de um provável questionamento do meu interlo-­
cutor, e o que eu espero que aconteça, tento no silêncio
GHVVHGHVDÀRSURSRUFLRQDUYiULRVDVSHFWRVLQWHUHVVDQWHV
SDUDOHYDUHPFRQVLGHUDomRQDIRWRJUDÀD

6H QmR KRXYHU PXLWR SDSR ÀFR FDODGR H FKDWHDGR


e até acompanho o solicitante para o exercício, mas
confesso, sem muito interesse ou motivação.
Mas arguido da sugestão, inicialmente proponho um
determinado período do ano para produzir as fotos,
DOHJDQGRTXHQHVVHSHUtRGRR6ROÀFDSRVLFLRQDGRXP
determinado local e que além de único, poucas pesso-­
as compreendem ou percebem esse momento e esse
aspecto do Sol.

&UHQGRVHUHVVHRDUJXPHQWRLQLFLDOPDLVTXHVXÀFLHQ-­
WHSDUDSHUFHEHUDDOPDIRWRJUiÀFDGRVXMHLWRGHVLV-­
to completamente de ajudá-­lo caso não se interesse
e abro o leque de opções e argumentos para que
seja possível compreender que esse será com certeza
uma experiência maravilhosa e gratifcante para nós
dois, senão uma grande oportunidade para aprender-­
PRVPXLWRFRPDSURGXomRGDVIRWRJUDÀDV&RQKHFHU
o comportamento do Sol poderá, dentro desse nosso
FRQWH[WR GH IRWRJUDÀD SHUPLWLU R UHJLVWUR GH LPDJHQV
únicas e espetaculares.

$R ÀQDO XPD iJXD GH FRFR H FXUWLU HVVH SDUDtVR H D


companhia.

Ai vem uma gostosa conversa que tento histórica e


tecnicamente contar aqui e dicas de alguns aplicati-­
vos para ter sempre no seu iPhone e assim proporcionar
PRPHQWRVHVSHFLDLVSDUDVXDIRWRJUDÀD
Há um mito de que a Alvorada sempre ocorre no Leste e
o Ocaso no Oeste. E isso é ensinado nas escolas de forma
errada até hoje como perceberemos mais adiante.

Esse mito se deve fundamentalmente aos livros escolares


que até hoje ensinam errado.

Em um período onde a tecnologia se limitava a materiais


como madeira e barro, a precisão era milimétrica e con-­
tribuiu em muito para que as civilizações evoluíssem. Muito
mais até mesmo em comparação a utilização da bússola,
inventada pelos chineses há mais de 4.000 anos depois da
descoberta do magneto e a invenção imã.

O estudo dos movimentos do Sol, bem como da lua e


os demais corpos celestes, permitiam aos seus observa-­
dores um espetacular mapa gravado no céu. Dos mais
FLHQWtÀFRVTXHGHUDPRVSULPHLURVSDVVRVQD$VWURQRPLD
até os mais místicos que prestavam culto ao Sol como di-­
vindade, a contemplação e o entendimento desses “se-­
gredos” chegaram até a tornar determinados sábios em
seres poderosos. tanto na política quanto na espiritualida-­
de. E dessa forma nasceram culturas fantásticas que enri-­
queceram a história da humanidade com seus conheci-­
mentos e suas invenções.

Os Egípicos a quem se credita o primeiro calendário so-­


lar, os Persas, os Sírios, os Chineses, dentre outros, são
exemplos de civilizações antigas que conheciam bem
o mecanismo solar e utilizavam o mapa celeste para
suas atividades, deslocamentos e ritos.
Um grande exemplo disso e que hoje tem despertado o
interesse de muitos por ser divulgado como um possível
´ÀPGRPXQGRµYHPGHXPDFLYLOL]DomRDEVXUGDPHQWH
avançada para sua época segundo nossa atual civiliza-­
ção. Os Maias. Destaco aqui famoso calendário Maia. Se-­
gundo esse calendário, um ciclo de marcação do tempo
se encerra em 21 de Dezembro de 2012. Data de um Sols-­
tícios de verão do Hemisfério Sul e denominado por essa
civilização como o último Sol. Embora não esteja descri-­
WRRWDOÀPGRPXQGRpLPSUHVVLRQDQWHFRPRGHVFUHYH
com precisão para essa data uma série de alinhamentos
planetários, de constelações e do equador da Via lactea.

Esse calendário detalhado era a referência para quase


todas as atividades dessa civilização. Das festas e ritos
até aos períodos de plantio e construção. Sem qual-­
quer falha. A fascinação pelos astros celestes e princi-­
palmente o Sol era tanta, que a arquitetura e a arte
dos maias são em sua quase totalidade registros dessa
contemplação.

Outras civilizações como os ASTECAS também utiliza-­


vam um calendário Solar que era bastante similar na
sua funcionalidade com algumas variações na forma
como marcavam o tempo.

Esse calendário tem sido muito confundido e apresen-­


tado em diversos jornais e sites da Internet como sen-­
do Maia devido a um possível “Fim do Mundo” previsto
SHORV0DLDV0DVHVVDGDWDpUHJLVWUDGDFRPRRÀPGH
um ciclo que coincide com diversos alinhamentos

Um aspecto muito curioso ocorreu a partir de 1737. A


Academia de Ciências de Paris, estava fervendo com
as idéias de Isaac Newton sobre a forma do Globo Ter-­
restre ser uma esfera achatada nos pólos. Outra cor-­
rente defendia as idéias de Cassini que propunha que
embora esférica, a Terra era achatada no centro.

Em 1736 duas expedições de pesquisas, seguiram para


o Pólo Norte e para o atual país do Equador. As inves-­
tigações comprovaram que Newton tinha razão. Em
1936, na comemoração de 200 anos da expedição, foi
construído um monumento próximo a cidade de Quito.
Fixado na linha que os cientistas franceses denomina-­
vam como Latitude Zero Grau. Esse monumento é cha-­
mado de Metade do Mundo e atrai muitos turistas que
ao sentar sobre o muro, colocam cada perna em um
dos Hemisférios.

0DV UHFHQWHV GHVFREHUWDV DFDEDUDP FRP D GHÀQLomR


do posicionamento da verdadeira Linha do Equador. E
tais descobertas não foram atribuídas a nenhum cientista
ou astrônomo de nosso tempo. Séculos antes dos eruditos
franceses realizarem a famosa expedição, os povos nati-­
vos da região, já tinham localizado a linha e dominavam
profundamente o conhecimento sobre o assunto.

Em 1997, bem pouco tempo atrás, ruínas aparentemente


LQVLJQLÀFDQWHVGHXPPXURVHPLFLUFXODUIRUDPHQFRQWUD-­
das no cume do monte Catequila. Em direção ao Norte.
Através de medições com GPS, um pesquisador -­ Cristó-­
bal Cobo, descobriu que uma das extremidades desse
PXURÀFDYDH[DWDPHQWHVREUHD/LQKDGR(TXDGRU
Esse alinhamento poderia ter sido encarado como um
coincidência. mas para surpresa do Cristóbal, uma li-­
nha que ligava as duas extremidades do muro, forma-­
vam um ângulo de 23,5 graus em relação a Linha do
Equador e a aproximava com extraordinária precisão
do ângulo de inclinação da Terra. Mais observações
permitiram compreender que uma das extremidades
do muro apontava para o Nasce do Sol no Solstício de
Dezembro e a outra para o Solstício de Junho.

Com a utilização de um teodolito (instrumento óptico


GH PHGLGD XWLOL]DGR HP WRSRJUDÀD RV SHVTXLVDGRUHV
perceberam que as pirâmides pré-­Incas. estavam ali-­
nhadas num ângulo que coincidia com o nascer do
Sol no Solstício de Junho. Da mesma forma, outro sítio
arqueológico, o Pambamarca, encontra-­se em um
ângulo que concide com o Nascer do Sol no Solstício
de Dezembro. Em seguida perceberam que muito dos
templos destruídos pela Igreja Católica e que deram
lugar a Igrejas além de outras construções, eram todas
posicionadas de forma precisa com o conhecimento
astronômico daquela civilização.

Embora a bússola seja até hoje um funcional instrumen-­


to analógico de orientação, é imprecisa devida as mu-­
danças dos pólos magnéticos do planeta que estão
sempre se deslocando e por sofrer muitas interferências
de aspectos magnéticos como o desvio do próprio me-­
WDOHPTXHpFRQVWUXtGD0DVR6ROWHPVHPDQWLGRÀHO
em sua trajetória.
Hoje, graças aos satélites e a eletricidade, a utilização
de GPS tem sido a mais precisa forma de se orientar no
planeta. Mas na ausência dele, um simples relógio de
SXOVRHR6ROVmRVXÀFLHQWHVSDUDVHDFKDUFDGDFDQWR
desse pequeno planeta chamado terra.

Quem observar o Sol nascente ou poente por seis meses,


a partir de um solstício, vai se surpreender com o enorme
arco percorrido pelo Sol no horizonte. Foram os povos an-­
tigos que descobriram a relação existente entre esse mo-­
vimento de balanço do Sol e as estações do ano como
veremos mais adiante e, a partir disso, descobriram a du-­
ração do ano criando assim os calendários.

'HVVDV REVHUYDo}HV H PHGLo}HV WDPEpP IRL LGHQWLÀ-­


FDGDVDV&RRUGHQDGDV*HRJUiÀFDVGR3ODQHWD1RWH
Leste, Sul e Oeste e suas variações, possibilitando a utili-­
zação das estrelas como referência de localização. No
hemisfério Norte a Estrela Polar (Ursa Menor) e no Hemis-­
fério Sul pelo Cruzeiro do Sul.
Com a descoberta dos chineses do magnetismo da Ter-­
ra e criação e das bússolas, os viajantes passaram a se
guiarem pelos pólos magnéticos do planeta principal-­
mente quando não era possível observar o céu para
“ler” as estrelas. Hoje temos o GPS e aplicativos que
oferecem posicionamentos precisos de localização e
destino para os deslocamentos.

Mas como estamos nos referindo a condição natural de


luz proveniente do Sol, vamos compreender um pouco
mais sobre a sua trajetória.

Na escola ainda utilizado de forma errada, a ilustração de


uma pessoa com os braços abertos, e em direção ao Sol,
demonstra os pontos cardeais através do que está a frente
(norte), a esquerda (Leste), direita(Oeste) e atrás (Sul). Isso
pHÀFLHQWHFRQVLGHUDQGRHVWDUPRVSRVLFLRQDGRVQR(TXLQy-­
FLR2HTXLQyFLRpGHÀQLGRSHODDVWURQRPLDFRPRVHQGRR
instante em que o Sol cruza o plano do Equador.
A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox
QRLWH HVLJQLÀFD´QRLWHVLJXDLVµRFDVL}HVHPTXHRGLD
e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração
do dia, considera-­se que o nascer do Sol (alvorada ou
dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar
está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou
ocaso) no instante em que o círculo solar está meta-­
GHDEDL[RGRKRUL]RQWH&RPHVWDGHÀQLomRRGLDHD
noite durante os equinócios têm igualmente horas de
duração.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setem-­


EURTXDQGRGHÀQHPPXGDQoDVGHHVWDomR(PPDU-­
ço, o equinócio marca o início da primavera no hemis-­
fério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro
ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do
outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfé-­
rio sul. (Wikipedia)

O movimento do Sol é periódico. Ele se afasta dos pon-­


tos cardeais Leste e Oeste, até um momento em que
para de se afastar e começa a se aproximar novamen-­
te. Depois de cruzá-­los, volta a se afastar, só que para o
outro lado, até que para de se afastar novamente, e aí
então começa a se aproximar outra vez.

Os dias em que o Sol para de se afastar dos pontos car-­


deais Leste e Oeste, e volta a se aproximar deles, são
chamados de dias de Solstício.
Na astronomia, solstício (do latim sol + sistere, que não
se mexe) é o momento em que o Sol, durante seu mo-­
vimento aparente na esfera celeste, atinge a maior
declinação em latitude, medida a partir da linha do
equador.

Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro


e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para
RXWUR4XDQGRRFRUUHQRYHUmRVLJQLÀFDTXHDGXUDomR
do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando
RFRUUHQRLQYHUQRVLJQLÀFDTXHDGXUDomRGDQRLWHpD
mais longa do ano.

No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta


do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do
dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das
respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no he-­
misfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão
ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em
junho.

Os momentos exatos dos solstícios, que também mar-­


cam as mudanças de estação, são obtidos por cálcu-­
los de astronomia (consulte a tabela abaixo para os va-­
lores de alguns anos). (Wikipedia)
Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais
ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número
igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está
mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do
que quando está mais longe (afélio).

2VWUySLFRVGH&kQFHUH&DSULFyUQLRVmRGHÀQLGRVHP
função dos solstícios. No solstício de verão do hemisfé-­
rio sul, os raios solares incidem perpendicularmente à
superfície da Terra no Trópico de Capricórnio. No solstí-­
cio de verão do hemisfério norte, ocorre o mesmo fenô-­
meno no Trópico de Câncer. (Wikipedia)

O período que compreende os espaços entre esse mo-­


vimentos determinam as estações do ano:
Verão
O verão do hemisfério norte é chamado de “verão bore-­
al”, e o do hemisfério sul é chamado de “verão austral”. O
“verão boreal” tem início com o solstício de verão do He-­
misfério Norte, que acontece cerca de 21/06, e termina
com o equinócio de Outono nesse mesmo hemisfério, por
volta de 23/09. O “verão austral” tem início com o solstí-­
cio de verão do Hemisfério Sul, que acontece cerca de
HÀQGDFRPRHTXLQyFLRGHRXWRQRSRUYROWDGH
20/03 nesse mesmo hemisfério. (Wikipedia)

Outono
O Outono do hemisfério norte é chamado de “Outono bo-­
real”, e o do hemisfério sul é chamado de “Outono austral”.
O “Outono boreal” tem início, no hemisfério norte, a 22 ou 23
de Setembro e termina a 21 ou 22 de Dezembro. O “Outono
austral” tem início, no hemisfério sul, a 20 de Março e termina
a 20 ou 21 de Junho. (Wikipedia)
Inverno
O inverno do hemisfério norte é chamado de “inverno bore-­
al” e o do hemisfério sul é chamado de “inverno austral”. O
“inverno boreal” tem início com o solstício de inverno no he-­
misfério norte, que ocorre por volta de 21/12, e termina com
o equinócio de primavera, que acontece perto de 20/03
nesse mesmo hemisfério. O “inverno austral” tem início com o
solstício de inverno no hemisfério sul, que ocorre por volta de
21/06, e termina com o equinócio de primavera, que acon-­
tece perto de 23/09 nesse mesmo hemisfério. (Wikipedia)

Primavera.
A Primavera do hemisfério norte é chamada de “Pri-­
mavera boreal”, e a do hemisfério sul é chamada de
“Primavera austral”. A “Primavera boreal” tem início, no
Hemisfério Norte, a 21 de Março e termina a 21 de Ju-­
nho. A “Primavera austral” tem início, no Hemisfério Sul,
a 22 de Setembro e termina a 21 de Dezembro.
Os Movimentos da terra

A órbita da Terra é elíptica. Mas é tão pouco que se ba-­


sear nos modelos e ilustrações dos Livros escolares, ou
mesmo em tanta publicação que se preocupa mais em
copiar do que apresentar fatos baseados em estudos,
acaba criando uma cultura “popular” errada sobre a na-­
tureza das coisas.

Embora também os livros escolares estejam completamen-­


te errados, a órbita da Terra é mais circular que elíptica. Se
fosse verdade que a órbita fosse tão elíptica e que o Sol se
posiciona não no centro, mas em um alvo mais próximo do
Solstício de Dezembro (Perifélio) e bem mais afastado no Solstí-­
cio de Março (Afélio). Se isso fosse verdade, então nesses me-­
ses veríamos a imagem do Sol muito maior ou menor no céu.

As distâncias entre o Sol e a Terra no Afélio é de 152,1


milhões de quilômetros enquanto que no Perfélio é de
147,1 milhões de quilômetros. Comprovando que as dis-­
WkQFLDVQmRVmRWmRJUDQGHVDVVLPTXHMXVWLÀTXHXPD
elipse deformada nos livros escolares.

Ao mesmo tempo em que percorrer essa órbita, a Terra


JLUDHPWRUQRGHXP(L[R(VVHHL[RpJHRJUiÀFRHQmR
tem como referência os pólos magnéticos que estão se
movendo sempre. Esse eixo de rotação, gira em uma in-­
clinação de cerca de 23 ° 26’ 21’’. Se girasse a Zero graus,
os dias do ano teriam o mesmo temo de noite e dia du-­
rante todo ano -­ Um eterno Equinócio.

Para complicar um pouco mais, a inclinação desse eixo


varia em um ciclo de 25.800 anos. Isso se deve a um
movimento lento de precessão do Eixo que ocorre de-­
YLGR D LQÁXrQFLD GD JUDYLGDGH HQWUH D 7HUUD R 6RO D
Luz e até mesmo planetas mais próximos. Há ainda um
outro movimento, denominado Nutação que faz a pre-­
cessão girar em torno de um valor médio, evitando que
em alguns momentos se torne mais ou menos intenso e
alterando o ângulo de rotação.

&XULRVDPHQWH R ÀP GR ~OWLPR FLFOR GR FDOHQGiULR 0DLD


coincide com o Solstício de 21 Dezembro de 2012. Além de
outros movimentos celestes. Eventos, Alinhamentos, etc.

Esses movimentos alteram muito lentamente, as coorde-­


nadas equatoriais do mapa celeste ao longo de seu ciclo
de 25.800 anos. Hiparco, antigo astrônomo grego ( 200
a.C.), já havia notado os efeitos da precessão dos Equinó-­
cios, ao comparar as suas medidas de posição de estre-­
las com outras feitas em tempos anteriores.

Nas regiões próximas ao Equador, no Hemisfério Norte,


durante o Solstício de Inverno, o Ocaso mais precoce,
(que ocorre mais cedo) não acontece no dia 21 de De-­
]HPEURHVLPQRÀQDOGRPrV$VVLPWDPEpPRFRUUHQR
Hemisfério Sul, que ao invés de ocorrer no dia 21 de Ju-­
nho, é percebido no início de Julho.

Com duração variando em uma ou duas semanas, tan-­


to a Alvorada quanto o Ocaso ocorrem mais cedo ou
mais tarde, variando pouco no momento em que se ini-­
FLDPHHPVXDGXUDomR6HQGRHVVDXPDLGHQWLÀFDomR
para a troca das estações.

Convêm saber que nas regiões próximas ao Equador, as


mudanças de estações não são percebidas facilmente
por questões climáticas como mudanças de tempera-­
turas ou períodos de chuvas ou seca.
Alvorada
Também chamada de Nascer do Sol, Alva ou Alba, a
Alvorada é o momento que o Sol aparece no horizonte.
Tendo o Leste como referência e é observado todos os
dias nas regiões entre o Círculo Polar Ártico e o Círculo Po-­
ODU$QWiUWLFR 3Uy[LPRVDRVSyORVJHRJUiÀFRVGRSODQHWD 

Como vimos antes, sua posição sobre o horizonte de-­


pende da época do ano e conforme a posição de ob-­
servação em relação a linha do equador.

A alvorada tem início quando o Sol aponta sobre o ho-­


rizonte e termina quando seu disco luminoso o ultrapas-­
sa completamente dando início ao amanhecer. Em
algumas situações, em decorrência da região e do pe-­
ríodo em que é observado, a alvorada consiste não
apenas da observação do globo solar, mas também
de sua aura.

Muitas vezes, ao estarmos em regiões montanhosas,


chamamos o amanhecer de Alvorada ou Nascer do
Sol. Mas isso não esta correto. O sol nasce sempre no
horizonte. Nessas regiões, devido as altitudes, presen-­
ciamos os efeitos luminosos que se apresentam de for-­
ma similar mas, a atmosfera já se encontra iluminado
pelo astro. A isso chamamos de Crepúsculo Matutino.
Ocaso
Também chamado de Pôr do Sol, o Ocaso é o momen-­
to que o Sol se oculta no horizonte, tendo o Oeste como
referência, Da mesma forma que a Alvorada, pode ser
observado todos os dias nas regiões entre o Círculo Po-­
lar Ártico e o Círculo Polar Antártico.
Embora se considere como Ocaso o momento em
que o globo ou aura do Sol toca o Horizonte até que
desapareça, é muito comum atribuir outros momen-­
tos do entardecer ou do Crepúsculo Vespertino, o
denominação de Pôr do Sol. Isso ocorre por alguns
fatores curiosos.

Um aspecto importante é que a luminosidade do Oca-­


so é mais intensa, duradoura e brilhante que da Alvo-­
UDGD $R ÀQDO GR GLD D DWPRVIHUD WHQGH D UHWHU XPD
quantidade maior de partículas em suspensão que ao
amanhecer. Essas partículas, reagem com a luz propor-­
cionando variações e efeitos muito interessantes. Um
exemplo é a percepção de um sol bem maior.

Esses efeitos podem se prolongar por algum tempo após


o Sol ter desaparecido por completo do horizonte. Em
regiões onde o Sol nasce no horizonte de um oceano
e se põe no Continente, a distorção da luz solar provo-­
cada pela atmosfera, podem proporcionar condições
luminosas especiais e raras, dependendo da região e
do período de observação.
A duração do Ocaso assim como a Alvorada pode va-­
riar de acordo com o período do ano e com a latitude
da região onde esta sendo observado ou fotografado
como vimos antes e que vamos reforçar mais adiante
para o domínio do conhecimento.
Crepúsculo
Muitas vezes indevidamente chamados de Pôr ou Nas-­
cer do Sol, os Crepúsculos são os instantes em que Sol,
DR VH DSUR[LPDU ÀP GD WDUGH  RX DSyV WHU HPHUJLGR
(Amanhecer), no horizonte, proporciona efeitos lumino-­
sos no céu, interferindo com as nuvens e com as par-­
tículas suspensas no ar. Dependendo da região onde
está sendo observado como no oceano ou nas monta-­
nhas, podem ocorrer em momentos diferentes e com
duração entre alguns segundos e minutos.

Esse também é um momento importante para os nave-­


JDGRUHV1HVVHPRPHQWRDOJXQVIDWRUHVDX[LOLDPQDYHULÀ-­
cação da posição e do tempo, comparando a abertura
esperada em graus e a observada no Horizonte celeste.

Há dois tipos de Crepúsculos. O Matutino que ocorre no


amanhecer e o Vespertino que ocorre no anoitecer. E
algumas curiosidades importantes para um bom regis-­
WURIRWRJUiÀFR2&UHS~VFXOR9HVSHUWLQRTXHRFRUUHDR
anoitecer possui características mais intensas de brilho
e contrastes. Tendo sua coloração (Matiz) e tempera-­
tura mais quente (Kelvin) proporcionando tonalidades
mais avermelhadas e alaranjadas.
O Crepúsculo matutino que apresenta a Matiz a tem-­
peratura mais fria proporcionando tonalidades mais
azuladas. Isso dá em função de ao noitecer, depois de
um período longo de aquecimento do sol sobre a su-­
perfície, A redução da umidade do ar e as turbulência
dos ventos levantam partículas que se distribuem do
solo até a atmosfera. De acordo com suas proprieda-­
GHVDFDEDPPRGLÀFDQGRDGLVWULEXLomRGRVIHL[HVGH
luz e provocando alterações nas colorações.
Da mesma forma, em regiões montanhosas, onde as
elevações ocultam o Sol antes mesmo dele estiver ao
horizonte, a curvatura do globo, poderão oferecer va-­
riações desses efeitos e proporcionar cenário espeta-­
FXODUHVSDUDRUHJLVWURIRWRJUiÀFR

A ocorrência dos crepúsculos conforme foi dito antes,


obedece alguns critérios conforme sua observação
para navegação. Esses critérios seguem dois padrões.
E ambos são utilizados com frequência em diferentes
partes do mundo e em diferentes situações. Aqui va-­
mos ilustrar apenas um deles.
Crepúsculo Civil

Voltado a observações terrestres, onde o deslocamen-­


to ou medição se faz em regiões longe do oceano ou
determinadas altitudes.

Matutino Do apontar de seu disco (centro) na li-­


nha do horizonte de 0º até 6º acima.
Vespertino De 6º sobre o Horizonte até 0º.

Crepúsculo Náutico

Utilizado em navegações marítimas e terrestres, tendo


o horizonte dos oceanos como ponto de observação.

Matutino Desde 6º sobre o Horizonte até 12º


acima do Horizonte.
Vespertino Deste 0º sobre o horizonte até seu 12º
abaixo do Horizonte.

Crepúsculo Astronômico

Utilizado em observações precisas em Observatórios e


com cálculos matemáticos.

Matutino Desde 0º sobre oHorizonte até 18º do


acima do Horizonte.
Vespertino Deste 0º sobre o horizonte até seu 18º
abaixo do Horizonte.
Lusco-­Fusco
$QWHVGDIRWRJUDÀDPXLWRVDUWLVWDVLQVSLUDUDPVXDVREUDV
em momentos de crepúsculos. Nessa época não havia
iluminação elétrica como hoje e a ausência da interfe-­
rência de iluminação da superfície sobre o céu, propor-­
cionava instantes chamados mágicos.

3HOD PDQKm FRPR YLVWR DQWHULRUPHQWH RX DR ÀP GR


dia, as reações da luz solar com a a atmosfera da Ter-­
ra proporcionava cenários espetaculares e até úni-­
cos ou raros.

Dependendo da região onde se encontrava, conside-­


UDQGRDJHRJUDÀDDVFRQGLo}HVFOLPiWLFDVHDVFDUDF-­
terísticas da referência a ser “registrada”, em maravi-­
lhosas obras primas.

O Rapto da Europa -­ Rembrandt 1632


Passeio ao entardecer -­ Van Gogh 1889-­1890

Lusco-­Fusco -­ Do Latin Luscu (claro ) Fuscu (escuro) signi-­


ÀFDQGR/X]TXHIRJHHVVHSHUtRGRWDPEpPFKDPDGR
de meia claridade inspirou o homem em diversas áreas
do sentimento. Associado a quietude, morte, angústia,
VROLGmRHLQÁXHQFLDQGRPLWRVHFUHQoDVTXHYrHPQHV-­
se momento a oportunidade para observar espíritos e
realizar rituais.

Outros aspectos curiosos também são associados a esse


período como a experimentação de fenômenos imper-­
ceptíveis a maioria das pessoas como formigas que in-­
vertem sua marcha, ou Ets que prolongam a transição
do dia-­noite-­dia, que dura menos de dois décimos de
segundo, alterando a relação espaço-­tempo para que
possam se mover sem serem percebidos.

O cinema francês através do cineasta Éric Rohmer pro-­


duziu cenas em períodos especiais de iluminação ao
amanhecer em Quatro aventuras de Reinette e Mira-­
belle (1987) além de diversas produções que envolvem
DVSHUFHSo}HVGHVFULWDVFRPRÀOPHGHYDPSLURVOHQ-­
das e guerras.
Apesar de estar associado em muitos momentos ao Cre-­
púsculo ou Ocaso, Lusco-­Fusco compreende qualquer
condição onde a luz do sol provoca reações na atmosfe-­
ra entre o período do amanhecer e anoitecer. Podendo
ocorrer durante o Crepúsculo, na Alvorada e no Ocaso ou
mesmo antes ou depois que o sol estiver visível ao horizonte.

Esses momentos são tão especiais e importantes para a


IRWRJUDÀDTXHPXLWRVUHJLVWURVVmRUHDOL]DGRVFRPEDVH
no estudo da região, do clima, da posição do sol e estru-­
turados para corresponder a experiência de promover o
sentimento da sena ou na percepção desejada pelo ide-­
alizador do registro. A esses momentos são denominados
os termos Blue Hour, Gloden Hour e Green Hour.
Blue Hour
Ao tratarmos da Alvorada, foi visto que pela manhã,
por estar mais limpo, livre das partículas que sobem da
superfície da Terra para a Atmosfera, a luminosidade
GR VRO SURPRYH WRQV PDLV D]XODGRV TXH DR ÀQDO GRD
dia, no Ocaso, quanto a luz reage com as partículas e
proporcionam tons mais alaranjados.

$+RUD$]XORX0RPHQWR$]XOpHVSHFtÀFDPHQWHRSH-­
ríodo que antecede a Alvorada.

A Natureza curva da Terra ao horizonte associada a refra-­


ção da luz proporcionam uma percepção de que o Sol
se encontra um pouco acima do que realmente está.

A luz tem uma propriedade dualizada. Pode ser transmi-­


tida por partículas (Fótons) ou radiação eletromagnética
(ondas). Na forma de energia, a luz é composta de três
radiações ou raios distintos (azul, Vermelho e verde)

A refração da Luz encontra maior resistência da luz pe-­


las moléculas das partículas suspensas quando os fótons
estão menos agitados ou com sua radiação menos in-­
tensa (frequência do Azul) e menos resistência quando
estão mais agitados ou com sua radiação mais intensa
(frequência do Vermelho).
Como ao amanhecer há menos partículas na atmos-­
fera a radiação do Azul encontra menos resistência e
a refração da luz oferece momentos espetaculares de
iluminação com tonalidade azul reagindo com o am-­
biente a sua volta.

Consequentemente, dependendo da localização, sua


JHRJUDÀDFOLPDHWFVXDGXUDomRSRGHYDULDUGHDO-­
guns poucos segundos até alguns minutos passando
em seguida para a Alvorada.
Blue Moon -­ A lua azul

Tema para diversas músicas, poemas e até mesmo pe-­


ças de teatro, a Luz Azul é um fenômeno que ocorre
em média a cada 2 anos e sete meses, quando ocorre
a Lua Cheia duas vezes em um mesmo mês.

Por ter um ciclo menor (cerca de 29,5 dias) que um mês


de nosso calendário. Além dos meses variarem de 28 a
31 dias, ao longo de 1 ano (365 dias) ocorrem cerca de
12,35 ciclos de lua cheia por ano.

No decorrer de dois anos a diferença proporciona 2 ci-­


clos de Lua Cheia. Fevereiro é o único mies em que
não ocorre por ter uma duração inferior -­ 28 dias. Mes-­
mo em anos bisextos (29 dias). Nesse mês quando não
ocorre a Lua Cheia, haverá dois ciclos nos meses de
Janeiro e março.

Em decorrência do ciclo, a ocorrência de Lua Cheia


duas vezes em um mês ocorre Uma vez a cada dois
anos e sete meses; Sete vezes a cada dezenove anos;
e Trinta e seis vezes a cada século.

Mas essa característica não é o que torna a luz azul. luz


VRODUUHÁHWLGDGDVXSHUItFLHGRRVDWpOLWHUHDJHFRPSDU-­
tículas acinzentadas presentes na atmosfera. Não há
um período para ser observar o fenômeno com base
em algum calendário. A sua observação é em decor-­
rência de eventuais queimadas ou a dispersão na at-­
mosfera da fuligem de uma erupção vulcânica.
Há registros de espetaculares Luas azuis quando em
1883 houve uma forte explosão do vulcão Krakatoa na
Indonésia, em 1980 com o Monte Santa helena -­ EUA e
em 1991 no Monte Pinatubo -­Filipinas.

Mas uma grande queimada como é comum nos meses


de estiagem podem proporcionar momento igualmen-­
te espetaculares.

Em regiões onde é comum a suspensão de partículas


cinzas como no Hawaii as possibilidades de observa-­
ção e registro da Lua Azul são muito maiores que em
locais menos propensos as emissões como em alto mar.

Golden Hour
Em oposto à Blue Hour, a Golden Hour ocorre após o
Ocaso e é também conhecida como a hora mágica.

Embora muitos fotógrafos e cineastas determinem a


Goldem Hour como sendo o período de 30 minutos an-­
tes e 30 minutos depois da Alvorada e do Ocaso, sua
real ocorrência é associada apenas após o por sol.

Da mesma forma que na Blue Hour, dependendo da


JHRJUDÀD FRQGLo}HV FOLPiWLFDV H HYHQWXDLV FDUDF-­
terísticas da região onde esta sendo observada, po-­
derá ocorrer por cerca de 20 a minutos.
0DVGHXPPRGRJHUDOSRGHPRVGHÀQLUFRPR*ROGHQ
Hour qualquer período que compreenda a luminosida-­
GHGRDPELHQWHDRÀQDOGRGLDVHPDLQFLGrQFLDGLUHWD
da luz do sol.

Como visto quando tratamos do Ocaso, a existência de


muitas partículas suspensas na atmosfera acabam pro-­
porcionando tonalidades mais alaranjadas ou averme-­
OKDGDVSRGHQGRPDLVSDUDRVHXÀQDODSUHVHQWDUWRQV
violetas ou azulados. A radiação do azul é a última a
ser percebida e há ocorrências de sua predominância
em determinadas regiões ou condições do ambiente.
É importante considerar que por estar com menos in-­
tensidade de luz, esses momentos permitem o registro
de imagens nítidas, com mais intensidade de cores e
com menos riscos de superexpostas por não haver luz
incidindo diretamente sobre a lente.

A inclinação dos “raios de luz” sobre a superfície curvada


da Terra, contribui para condições especiais de luminosida-­
de do ambiente e sendo por tanto o momento mais amado
dos fotógrafos e artistas para a produção de registros que
envolvem uma melhor manipulação de brilhos e sombras.

Devido a essas características muitos fotógrafos ajustam


a exposição da luz para registros de silhuetas e contras-­
tes entre o elemento principal da foto e o fundo.

Green Hour
(PERUDQmRVHMDXPPRPHQWRHVSHFtÀFRFRPRR%OXH
ou a Golden Hour, o Raio Verde é um curtíssimo instante
(cerca de 1 segundo) que ocorre antes do sol desa-­
parecer no Ocaso em locais com um céu muito claro,
cristalino, sem nuvens ou muitas partículas suspensas na
atmosfera. Normalmente sobre os oceanos.

Nesse instante, devido a refração da luz, velocidade e


a curvatura da terra, a tonalidade da radiação vermelha
ao desaparecer, permite que as do de Verde seja perce-­
bida um pouco mais intensa que o azul, proporcionan-­
do uma tonalidade Azul-­esverdeada que é refratada
na atmosfera e oferece momentos de rara beleza.
7UDWDGRFRPRÀFomRRXPLWRSRUPXLWRVR5DLRYHUGHp
muito popular entre marinheiros e povos que vivem em
LOKDVRXSUy[LPRVDSUDLDVHPUHJL}HVRQGHRÀUPDPHQ-­
to é freqüentemente claro e limpo.

No Século XIX Julio Verne associou o fenômeno em uma


história romântica que retratou uma lenda de que se
duas pessoas vissem juntas o Raio Verde, se tornariam
DOPDVJrPHDVHÀFDULDPOLJDGDVSDUDVHPSUH

(PR)UDQFrV(ULF5RKPHUXPGRVPDLVSUROtÀFRV
(e menos conhecidos) da Nouvelle vague francesa di-­
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Leão de Ouro de 1987

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muito popular entre marinheiros e povos que vivem em
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to é freqüentemente claro e limpo.

No Século XIX Julio Verne associou o fenômeno em


uma história romântica que retratou uma lenda de que
se duas pessoas vissem juntas o Raio Verde, se torna-­
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(e menos conhecidos) da Nouvelle vague francesa di-­
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Leão de Ouro de 1987 no Festival de Veneza

Le Rayon Vert -­ 1986


Auroras
A Aurora Polar é um fenômeno ótico, observado nos
FpXV GDV UHJL}HV SUy[LPDV DRV 3yORV *HRJUiÀFRV HP
um período noturno (algo entre as 23h e 02h). Compos-­
to de brilhos de diferentes formas e trajetórias, ocorre
em decorrência da colisão de partículas dos ventos
solares com partículas de poeira espacial encontradas
em grandes altitudes da atmosfera e canalizadas pelos
campos magnéticos do planeta.

Em Latitudes do Hemisfério Norte é denominada Aurora


Boreal (Nome batizado por Galileu Galilei.) e ocorre entre
os meses de Setembro a Outubro (Equinócio de Outono)
e entre Março e Abril (Equinócio de Primavera).
Em Latitudes do Hemisfério Sul, é denominada Aurora
Austral (Nome batizado por James Cook) e ocorre en-­
tre os meses de Março a Abril. (Equinócio de Outono)
e entre Setembro e Outubro (Equinócio de Primavera).

Tudo tem início com as explosões solares. Quantidades


gigantescas de partículas carregadas de elétrons se
deslocam a partir do Sol formando o que denomina-­
mos Ventos Solares. Algumas dessas explosões acabam
coincidindo com a rota de nosso planeta.

Após viajar cerca de 150 milhões de quilômetros do Sol


até a Terra, Os ventos Solares são desviados e acelera-­
dos pelos campos magnéticos do planeta.

A reação dos elétrons contidos nas partículas dos Ven-­


tos Solares ao se chocarem com as partículas de poeira
existentes na Alta Atmosfera, transferência sua energia.
Por ser um processo instável, os átomos das partículas
de poeiras espaciais, devolvem a carga sob a forma
de fótons (luz).
As partículas de poeira espacial mais comum são o oxi-­
gênio e o Hidrogênio. As tonalidades entre o Vermelho
e o Magenta são ocasionados pelas geração dos fó-­
tons a partir dos átomos de hidrogênio e ocorrem entre
200 e 500 Km de altidtude

Já as tonalidades entre o verde e o laranja são ocasio-­


nados pelos fótons gerados pelos átomos de Oxigênio
e ocorrem entre 90 e 250 Km de altitude..

As luzes observadas nas auroras, são igualmente gigan-­


tescas e podem se estender por até 2.000 Km. Normal-­
mente se apresentam sob a forma de arcos ou similar a
cortinas enrugadas.

26PHOKRUHVSRQWRVGHREVHUYDomRLGHQWLÀFDGRVFRPR
pontos de Auge são ao Norte do Canadá (aurora Bo-­
real) e Ilha da tasmânia, ao Sul da Nova Zelândia (Au-­
rora Austral). Mas há observações em diversas regiões
como Finlândia, Russia e Noruega (Aurora Boreal) e Ar-­
gentina, Sul do Chile e Sul da Austrália (Aurora Austral).

%HPFRPLVVRFRQFOXtPRVDSDUWHFLHQWtÀFDGHVVHDUWLJR
Creio que com essas informações será possível não só
compreender mais sobre a nossa principal fonte de ilu-­
minação, mas também ter elementos que possibilitem
planejar uma próxima viajem, o melhor momento para
registrar um belo Nascer ou Pôr do Sol, bem como iden-­
WLÀFDURXWUDVVLWXDo}HVRQGHDVFRQGLo}HVQDWXUDLVGHOX]
SRGHUmRSURSRUFLRQDUPRPHQWRVHUHJLVWURVIRWRJUiÀFRV
únicos, especiais e inesquecíveis.
2012
Emanuel Aguiar

Para uso educacional somente.

O Sol
e seus caminhos

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