Você está na página 1de 8

O que é passividade?

É a cessação do exercício ativo da vontade no controle da mente, alma e


corpo, ou de apenas um deles. O órgão da vontade pára de fazer escolhas e
de tomar decisões sobre assuntos que lhe dizem respeito. A palavra
passividade descreve simplesmente a condição oposta à atividade.

A passividade nos leva:

1.Perda do controle próprio – no sentido de que a pessoa mesmo deixa de


controlar todas as áreas de seu ser;

2.Perda da vontade livre – no sentido de que a própria pessoa deixa de


exercer sua vontade como o princípio orientador do controle pessoal, em
harmonia com a vontade de Deus.

A passividade surge da não utilização de sua individualidade. Temos boca,


mas nos recusamos a falar. Temos mãos, mas não as usamos. Aguardamos
que Deus as use por nós. Não utilizamos nenhuma parte do nosso ser, mas
esperamos que o Senhor ou uma terceira pessoa nos mova. É aí que caímos
numainércia, que abre o caminho para o engano e a invasão maligna.

Nossa vida era assim como Jerusalém sem templo, sem muros e sem porta.
Estávamos num estado de vergonha e humilhação e sem esperança neste
mundo. Mas num lindo dia o templo foi construído em nós através do nosso
“Neemias” o Espírito Santo. O grande problema é que os muros ainda estavam
caídos, isto aponta para nossa alma (Ne 1:1-4).

Sem muros somos presas fáceis nas mãos do inimigo implacável. Uma cidade
sem muros está sujeita a invasão do inimigo, satanás não tem acesso ao
nosso espírito recriado, mas ele tem acesso ao nosso corpo e principalmente a
nossa alma caso, alguma brecha, lhe seja dada nos muros de nossa alma.

Nossa alma é o mundo de nossos pensamentos, sentimentos e vontades, é a


nossa personalidade. A transformação da nossa alma exige um trabalho duro,
tempo, cooperação entre nós e o Espírito Santo e às vezes se torna um
processo dolorido, mas o Consolador nos mostrará as áreas danificadas e
seremos restaurados em nome de Jesus.

RESTAURAÇÃO DA MENTE (Rm.12.2).

A mente, a sede da alma, o pensamento, ou intelecto. É algo de um valor


extraordinário. Deus deu ao homem uma capacidade de pensar, raciocinar,
refletir, criar. A mente não apenas é a sede da alma, mas é também um campo
de batalha.
Nela alcançamos a vitória ou a derrota. Ela é tão importante que se constituiu
o primeiro alvo de satanás no Jardim do Éden. E o modo pelo qual ele iniciou
seu ataque foi através da imagem e de pensamentos. Essa era a preocupação
do Apóstolo quando diz: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a
Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se
aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2Co11:3).

A imagem gera o pensamento, este por sua vez gera o sentimento e o


sentimento provoca a reação. Essa sempre será a estratégia do diabo. Com
imagens e pensamentos ele traz à angústia, o medo, a insegurança, a
depressão, a mágoa, a falta de perdão, a rebeldia, a incredulidade, o pecado.

Essas duas coisas, imagens e pensamentos, são os elementos básicos com


que satanás trabalha na mente do homem para destruí-lo. Essas imagens
serão sempre geradas no reino físico e os pensamentos serão sempre
misturados com o engano: um pouco de verdade e um pouco de erro, para que
o homem tenha dúvidas quanto ao caráter de Deus, quanto ao próprio homem
e quanto a satanás.

Nesses bombardeios ele pode levar o homem a dois extremos: ou ao orgulho


ou à autodepreciação. Tanto o complexo de superioridade como o complexo de
inferioridade, embora pareçam opostos entre si, têm uma só raiz: a distorção
da imagem do homem, provocada por ataques inimigos na área dos
pensamentos.

Alvo de satanás é a passividade da mente, habituada a não raciocinar e filtrar


o que ouve, assim tudo o que ele lançar ficará nela e produzirá fruto.

Vejamos seis características de uma mente passiva:

Pensamentos prisioneiros de certos padrões, por exemplo, pensamentos


de rejeição. A pessoa vê tudo, analisa tudo a partir da rejeição. Sua percepção
e conclusão das circunstâncias e atitudes das pessoas são baseadas nesses
pensamentos, embora sendo eles irreais, em sua mente, aquilo é uma
realidade, o modo de pensar é marcado por esses sentimentos negativos, que
convivem com a pessoa e tornam de fato seus pensamentos a eles cativos.
Isso acontece em relação ao medo, à preocupação ou outra área qualquer.

Imaginação descontrolada: Aqui falamos de uma imaginação falsa sobre as


pessoas e coisas, fora da realidade. Uma mente dominada por fantasias
constantes. Uma mente dada a divagações, a construção de “castelos no ar",
cheia de fantasias. Todos já tiveram a experiência de divagar uma vez ou
outra, mas a mente descontrolada é assolada com frequência pelas fantasias,
sem controle e os sonhos irreais.
Insônia: muita insônia é motivada por pensamentos descontrolados ou mesmo
pelos sonhos e fantasias, ou ainda pelo hábito de pensamentos de medo,
rejeição e preocupação. No momento em que a pessoa vai dormir, esses
pensamentos povoam a mente, produzem tensão e afastam o sono natural.

Falta de concentração: O problema aqui se manifesta na incapacidade de


concentrar a mente ou atenção por muito tempo em alguma coisa. Os
pensamentos estão sempre “voando”. Existe uma atenção passiva, que é
facilmente despertada, mas uma pessoa normal tem controle sobre sua mente
e é capaz de dirigir sua atenção ao que ela deseja. Quando isso não acontece,
estamos diante de um sintoma de passividade.

Perda da habilidade de comunicação: Aqui tratamos de um grau elevado de


passividade. A habilidade de comunicar os pensamentos e ideias vai sendo
afetada. Os pensamentos são confusos e torna-se difícil expressá-los e fazer-
se entender.

Incapacidade de raciocinar: Todos os seres humanos são dotados de


raciocínio. Quando existe um bloqueio mental, a tal ponto que a pessoa não
desenvolve um raciocínio claro, estamos diante de um sinal de perigo. A
incapacidade de raciocinar aponta para uma prisão na mente. De fato todos os
sintomas abordados evidenciam uma obra maligna, que visa suprimir o uso
da faculdade de pensar, raciocinar, refletir, julgar, comparar, decidir, com o fim
de dominá-la.

A RESTAURAÇÃO DA VONTADE.

Após a conquista da mente consequentemente deve haver a conquista da


vontade. Uma depende da outra, uma vontade livre exige uma mente livre.
Deus deu ao homem uma vontade livre, sem coagir, forçar ou controlar.

o uso dela, escolhas são feitas, a vontade do homem é uma das grandes
dádivas outorgadas por Deus. Ela expressa a essência do Seu ser e revela o
grau de experiência. É o fator determinante de todas as escolhas da vida e
nada é realizado pelo homem sem o exercício de tão importante faculdade.

É, portanto, imprescindível a sua conquista, a fim de que todas as suas


decisões cooperem para o bem e não para o mal que determinam sua vida
diária e seu destino eterno. A vontade é o que fica entre o bem e o mal, aquela
parte do homem que quando ligada à vontade de Deus, traz uma união que
gera uma harmonia entre a criatura e o Criador, libera o poder de Deus e
completa a salvação.

A vontade, fica entre o bem e o mal. Temos dois caminhos e é ela quem vai
determinar a qual deles iremos seguir. Se a vontade de alguém se torna
prisioneira, é por causa da sua própria atitude de não lançar mão dela.
Ainda assim é possível ao homem mudar de rumo, escolhendo o caminho da
liberdade que lhe é oferecido em Cristo. De fato a vontade revela o caráter do
próprio homem. É impossível separá-la dele, pois expressa o que ele é e tem
dentro de si mesmo. Não há, qualquer área em sua vida, que não seja por ela
afetada.

Vale a pena, portanto, investir em sua restauração, para que ela se harmonize
com o propósito divino para o qual foi dada. Jesus declarou: “Pai, se queres
passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a
Tua" (Lc.22:42).

Jesus tinha vontade? Tinha. Qual era? Fazer a vontade do Pai. Aqui Ele não
revela ausência de vontade própria, mas a disposição de abrir mão dela a
favor da vontade do Pai, reconhecendo-a como a melhor para a Sua vida. Aqui
está o verdadeiro exercício do livre arbítrio. Conquistar a vontade é alcançar a
plena liberdade para rejeitar o mal e seguir o bem, a verdade, o caminho
proposto pelo Pai.

O homem é uma criação moral de Deus, responsável, livre, dotado do poder


de escolha e pode, perfeitamente, rebelar-se contra o domínio do pecado em
sua vida e tomar a decisão irrevogável de, à semelhança de Jesus, poder
dizer: “A minha comida é fazer a vontade do meu Pai que me enviou e realizar
a Sua obra” (10. 4:34).

A vontade tem toda a possibilidade de se tornar prisioneira, como acontece


com a mente ou qualquer outra área da nossa vida. O homem que não
conhece a Deus, já vive sob o domínio do pecado e no reino das trevas, ainda
que não esteja consciente do fato. Agora porém, estamos falando do cristão,
daquele que já teve uma experiência com Cristo.

Apesar disso, satanás tentará estabelecer o maior número de bases que ele
puder, em áreas da alma e do corpo. Analisaremos, portanto, como a vontade
pode ser aprisionada:

Cinco características da vontade que precisa de restauração:

Inércia ou indolência na vontade: Essa inércia é caracterizada pela


incapacidade de dominar uma situação. A vida é movida por muita confusão,
grandes obstáculos. O momento exige uma tomada de posição, mas a pessoa
protela para um amanhã que nunca chega. Tem dificuldade em decidir.

Inconstância: Tarefas inacabadas. A inconstância é a ausência de


continuidade. Começa-se um projeto e o interrompe no meio, se é que não fica
de lado logo no início.
Incapacidade de concentração da mente: Não exerce domínio sobre os
pensamentos. Isso revela uma vontade passiva, porque não há uma decisão
firme de se concentrar. A vontade tem poder de ordenar à mente: “concentra-
te!”. O ser inteiro é sujeito à vontade do homem e ele pode impor a qualquer
área do seu corpo, mente, sentimentos e mesmo o espírito, o que fazer.

Inércia física, ações mecânicas: A passividade da vontade pode-se revelar até


no corpo. A pessoa é dominada por uma indisposição física, agindo
mecanicamente, em resposta a estímulos externos e não a decisão da sua
vontade. Essa atitude favorece grandemente a permanência da depressão.
Deprime a pessoa e esta se entrega à indolência, o que escancara as portas
para toda sorte de opressão maligna.

Incapacidade de tomar decisões ou iniciativa: As pessoas querem que se


tome as decisões por elas, até nas pequenas coisas, como o que comprar, o
que comer, o que vestir, aonde ir, etc. Quando deixamos que outros tomem as
decisões que nos dizem respeito, estamos fugindo da responsabilidade das
consequências de tais decisões.

Deus, porém, estabeleceu o princípio pelo qual o homem é livre para escolher
e é responsável pelas consequências de suas próprias escolhas, tanto boas
quanto más.

CONCLUSÃO.

O ensino equivocado acerca da vontade absoluta de Deus tem tirado do


homem a própria vontade, seu querer tem feito com que quase ninguém mais
ache que a sua vontade tenha o poder de fazer o que Deus manda que seja
feito por nós, para o nosso bem, com ou sem emoção.

Assim, muitos ficam à espera da vontade de Deus quando esta já foi revelada.
Todavia, a vontade de Deus não tem que ser emocionante para ser obedecida.

Fonte: Pr. A. Meneses – Ministério Carvalhos de Justiça.


RENÚNCIA DAS OBRAS MORTAS (passividade mental).

Senhor Deus e Pai, em nome de Jesus eu venho a Tua presença para


renunciar e quebrar de sobre a minha vida toda operação de passividade
mental, me apropriando da autoridade que há na Tua palavra, pela qual eu
declaro:
“Eu apresentarei a mim mesmo como sacrifício vivo, santo e agradável à
Deus, em uma adoração racional, comprometendo-me a não me
acomodar ao presente sistema mundano, mas me deixarei ser
transformado pela renovação da minha mente, experimentando assim a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus para minha vida, trazendo
cativo cada pensamento meu à Cristo, anulando toda obra de
entrevamento da minha mente, na autoridade do nome de Jesus.”
(Rm.12:1-2; II Co.10:5; Ef.4:18).

Senhor, em nome de Jesus eu pelo perdão e renuncio ao pecado de não


aceitar ser contrariado ou questionado; renuncio ao pecado de resistir à
mudanças que eu mesmo reconheço serem necessárias;

Renuncio ao pecado do fanatismo, de ter os pensamentos presos em tradições


e ensinos recebido ainda na infância, de manifestar uma imediata rejeição por
tudo que é diferente aos meus conceitos pessoais;

Renuncio ao pecado de manifestar agressividade quando discordam de mim,


ou quando contrariado em minhas opiniões e de me deixar ser levado por
grande satisfação quando concordam comigo; peço perdão pelo pecado de
colocar opiniões e gostos pessoais acima do amor ao Senhor e aos irmãos na
fé;

Peço perdão e renuncio o pecado de não exercer nem exercitar a dom de


discernimento de espíritos, facilitando a infiltração de enganos demoníacos em
minha mente; peço perdão e renuncio o pecado de não filtrar à luz da Bíblia
toda informação que chega até mim, negligenciando as habilidades mentais
que o Senhor me concedeu;

Peço perdão e renuncio o pecado de receber a palavra de Deus com um


coração mau, interpretando, ou aceitando interpretações, de acordo com meus
interesses de momento, tirando conclusões erradas e tendenciosas,
estimulando em mim mesmo uma fé mentirosa;

Peço perdão e renuncio o pecado da passividade: o manter-se parado quando


a situação exige ação;

Peço perdão pelo pecado do ativismo: o envolver-se em atividades diversas


sem buscar a direção do Senhor, querendo apenas ser visto ou agradar a
outros.
Peço perdão e renuncio o pecado de agir automaticamente, sem autocontrole,
movido por paixões perversas.

Peço perdão e renuncio o pecado de fugir do confronto com a Palavra,


deixando que espíritos de dúvida me induzam a ser resistente e rebelde à
influência do Espírito Santo;

Peço perdão e renuncio o pecado de evitar o tratamento de Deus em minha


vida, por acha-lo demorado ou doloroso;

Peço perdão e renuncio o pecado de não buscar a renovação de minha mente


pela Palavra; de não examinar as fontes dos pensamentos e informações que
chegam até mim e de não levar cada pensamento e imaginação, cativos a
Jesus Cristo;

Peço perdão e renuncio o pecado de fugir das decisões, de temer tomar


decisões, colocando esta responsabilidade pessoal sobre outras pessoas;
quero também liberar meu perdão para meus pais, que me protegeram mas
sem sabedoria, o que me privou do aprendizado de como tomar decisões de
maneira equilibrada;

Peço perdão pelo pecado da falsa humildade, por não aceitar com um coração
de criança o presente da salvação como ele é: gracioso e totalmente à parte
de qualquer mérito meu. Peço perdão por ainda querer salvar-me a mim
mesmo e por constantemente duvidar do perdão que Cristo me dá totalmente
em graça.

Peço perdão pelo pecado de não ter crucificado a carne com suas paixões, de
ter sido negligente com meu discípulado, de ter me deixado levar pela
sensualidade, pelo comodismo,

Peço perdão e renuncio o pecado de não buscar lugar de arrependimento


diante de Deus; reconheço como verdade a frase: “as coisas só mudam
quando eu mudo!”.

Peço perdão e renuncio o pecado da falta de perseverança, por não der


desenvolvido o meu discipulado de uma maneira mais intensa, e por ter
deixado a minha mente ser roubada em seus pensamentos e raciocínios.

Peço perdão por ter manifestado as terríveis obras da carne em muitos


momentos de minha vida, sendo odioso, iracundo, orgulhoso, impaciente,
malicioso, agressivo, preconceituoso, julgador, cobiçoso, mesquinho, idólatra,
homicida no coração, vaidoso, interesseiro, impuro, lascivo, ciumento,
invejoso, falso, hipócrita e cheio de justiça própria.
Peço perdão por todas as vezes em que me deixei vencer por Satanás,
emprestando a ele meus pensamentos, meu olhos, minhas palavras, minhas
mãos, servindo como semeador de contendas, de inimizades, de fofocas, de
murmuração e até mesmo de violência física.

Mas neste momento, diante de Deus Todo-Poderoso, diante da Igreja do


Senhor, diante dos santos anjos, diante de Satanás e seus demônios, eu
renuncio a toda estas obras mortas, pedindo perdão por todas as práticas
abomináveis com as quais me envolvi no tempo da ignorância., Cancelo
assim, toda e qualquer legalidade das Trevas sobre minha vida e minha
descendência. Na autoridade do nome de Jesus eu repreendo, amarro e
expulso da minha vida, todo e qualquer espírito maligno, seja hereditário ou
oportunista, e mando que saiam agora e vão para o lugar que o Senhor Jesus
ordenar.

Saio agora, de corpo, alma e espírito, de todo nível de aprisionamento em que


eu me encontrava e aquilo que me prendia fica preso. Toda algema e grilhão
espiritual caem por terra agora e são destruídos. Retiro e jogo fora a
vestimenta de escravo, para que seja queimada. Recebo do Senhor as novas
vestes, vestes de filho amado. Recebo o anel de herdeiro e as sandálias de
príncipe. Subo agora para os lugares altos do Senhor, tomando posse da
minha herança eterna em Cristo Jesus.

Fonte: Rhema – Ministério de Libertação, Cura e Batalha Espiritual.

Você também pode gostar