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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

EXTINTORES DE INCÊNDIO E AGENTES


EXTINTORES

EXTINTORES DE INCÊNDIO
VOLUME ÚNICO

SBO
CFS

2012
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

EXTINTORES DE INCÊNDIO

Apostila da disciplina Extintores de Incêndio e Agentes


Extintores da Especialidade SBO do Curso de Formação
de Sargento.

Elaborador: Grupo de Trabalho SBO 2012

Grupo de Trabalho SBO


Extintores de Incêndio.- Guaratinguetá: SSDM,
2012 – (VÚ) 1° Edição.

Edição não consumivél

1.Serviço de Bombeiro – Estudo e ensino.

360 CDD-363.37

GUARATINGUETÁ, SP
2012
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados

Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é


proibida a reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-
se de qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive
processos xerográficos de fotocópias e de gravação, sem a
permissão, expressa e por escrito, da Escola de Especialistas de
Aeronáutica - Guaratinguetá - SP.
SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................................01
1 HISTÓRIA DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO......................................................03
2 EXTINTORES DE INCÊNDIO...................................................................................04
2.1 Definição........................................................................................................04
2.2 Classificação dos extintores de incêndio.......................................................05
2.3 Confecção dos extintores...............................................................................06
2.4 Agentes expelentes........................................................................................19
2.5 Transporte dos aparelhos extintores..............................................................20
2.6 Extintores mais comuns no COMAER..........................................................21
2.7 Aparelhos extintores portáteis.......................................................................21
2.8 Aparelhos extintores sobre rodas (carretas)...................................................37
2.9 Cuidados após o uso dos extintores...............................................................47
2.10 Aparelhos extintores rebocáveis..................................................................48
Conclusão........................................................................................................................49
Referências......................................................................................................................50
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INTRODUÇÃO

Iniciaremos um trabalho de grande valia para as pessoas que irão manusear extintores de
incêndio, juntamente com os instrutores temos este material didático para lhe auxiliar e oferecer
plenas condições na compreensão dos assuntos que serão abordados, facilitando assim os
trabalhos de prevenção, salvamento e combate a incêndios.
Tenho certeza que ao final deste trabalho, vocês terão conscientização da importância
deste aprendizado. Digo também que um bom profissional não deve limitar-se ao conhecimento
teórico que este material oferece, somente este conhecimento não será suficiente para um
desempenho ideal, sendo necessário também o conhecimento prático, o bom condicionamento
físico, a coragem, o senso de responsabilidade, a confiança no material e principalmente na
vontade de querer executar um bom trabalho.
Companheiro, quero agradecer sua disposição para obter um novo conhecimento e me
colocar a disposição para qualquer dúvida.

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1 HISTÓRIA DO EXTINTOR

Os extintores surgiram no século XV, de forma rudimentar, sendo constituídos de uma


seringa metálica provida de um cabo de madeira, lembrando muito uma seringa de injeção de
dimensões exageradas, sem a agulha.
No século XVI, Jacob Besson, inventou um extintor que era constituído de um grande
recipiente de ferro montado sobre rodas, provido de um enorme gargalo curvo, que podia, dessa
forma, penetrar nas aberturas dos edifícios em chamas.
Ao longo da história da humanidade, ocorreram tragédias, como os incêndios nos grandes
aglomerados urbanos em Londres, em 1666, destruindo 13.000 casas, e em Chicago, em 1871,
destruindo 1.800 prédios e deixando 99.000 desabrigados. Essas e outras inúmeras tragédias
motivaram a busca constante pela modernização e evolução das legislações, das técnicas de
combate a incêndio bem como das medidas de proteção contraincêndio em todo o mundo.
Acompanhando a evolução, os fabricantes aperfeiçoaram os processos de fabricação,
desenvolvendo novos agentes extintores e introduzindo novos materiais na confecção dos
aparelhos extintores de incêndio, consignando assim, características como: segurança, facilidade
de operação, manutenção, recarga e confiabilidade.

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2 EXTINTORES DE INCÊNDIO

2.1 Definição

É um equipamento destinado a combater princípios de incêndio, por meio de aplicação de


um agente extintor, não permitindo a sua evolução.
Muitas pessoas podem imaginar que o extintor é um equipamento supérfluo e
ultrapassado. Porém estatísticas mostram que cerca de 95% dos incêndios se desenvolveram a
partir de minúsculos focos, tais como aqueles originados de curto circuitos, pontas de cigarros
jogadas inadvertidamente, etc. Se esses pequenos focos fossem combatidos no início, enquanto o
fogo estava pequeno, de fácil controle e extinção, certamente o pavoroso incêndio não ocorreria.
Os aparelhos extintores possuem as vantagens de pequeno porte, fácil manejo,
localização próxima ao fogo, baixo custo, etc. Por outro lado, sua capacidade extintora é
limitada, exigindo do operador muita eficácia para o completo êxito.
A utilização rápida e eficaz do extintor evitará que tenhamos que lançar mão de outros
recursos mais dispendiosos para o combate ao fogo, e evitará maiores prejuízos. Os extintores
possibilitam ao operador a escolha do agente extintor adequado para cada classe de fogo.
Infelizmente muitas pessoas não são treinadas para utilizarem os aparelhos extintores.
Isso é facilmente verificado, pois em muitos incêndios, os bombeiros encontram os extintores
intactos nas paredes da edificação.
Do acima exposto, se conclui que todas as pessoas devem ser preparadas para utilização
dos aparelhos extintores e que eles devem ser manutenidos com periodicidade e com critério,
para estarem sempre prontos a entrar em ação com plena eficiência e segurança.

Observação: Desde 1990, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) proibiu a


fabricação de extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse a espuma química.
Os extintores de espuma química existentes até então, poderiam ser recarregados e vistoriados
normalmente. A recomendação é que eles sejam substituídos gradativamente por aparelhos
contendo outros agentes extintores. Essa atitude ocorreu devido à falta de segurança no manuseio
e custo de manutenção elevado. Em virtude disso, este extintor não será abordado neste curso.

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2.2 Classificação dos extintores de incêndio

Os extintores de incêndio podem ser classificados quanto à portabilidade, pressurização e


pressão de trabalho.

2.2.1 Quanto à portabilidade

➢ Aparelhos Portáteis: Os extintores portáteis possuem massa total até 20 Kg.


➢ Aparelhos Não Portáteis: Os não portáteis possuem massa total maior que 20 Kg.

2.2.2 Quanto ao modo de pressurização

Quanto à pressurização os extintores podem ser:


➢ Aparelhos de Pressurização Direta (Pressurizados): São aqueles que o gás
expelente está em contato permanente com o agente extintor. É caracterizado também
pela presença de indicador de pressão (exceto os extintores de alta pressão). (Figura
01)

Figura 01

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➢ Aparelhos de Pressurização Indireta, ou de pressão injetável (a Pressurizar): São


aqueles que o gás expelente não se encontra em contato com o agente extintor, e sim
dentro de um cilindro de pressurização interno ou externo (figura 02).

Figura 02

2.2.3 Quanto à pressão de trabalho (serviço)

➢ Aparelhos de Baixa Pressão: São confeccionados em chapa de aço metálico ou

inoxidável, com emenda, que operam com pressão de trabalho até 30 Kgf/cm2.
➢ Aparelhos de Alta Pressão: São confeccionados em cilindro de aço carbono sem

emenda, que operam com pressão de trabalho maior que 30 Kgf/cm2.

2.3 Confecção dos extintores

2.3.1 Componentes

Os extintores possuem os seguintes componentes: recipiente, válvulas, mangueira de


descarga, dispositivos de segurança, tubo sifão, indicador de pressão, etc.
Uma amostra de cada componente produzido por um fabricante deverá ser testada
conforme NBR específica.

2.3.2 Recipiente

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Os recipientes dos extintores de baixa pressão devem ser fabricados, geralmente, em


chapa de aço carbono, aço inox ou alumínio e os de alta pressão em cilindro de aço carbono.
O volume do recipiente para o agente extintor deve ter espaço para a carga nominal do
agente mais 20% desta, reservado para câmara de expansão (exceto os extintores de CO2).

Externamente, o recipiente para o agente extintor deve ser pintado, preferencialmente, na


cor vermelha, de acordo com a NBR 7195. Quando o recipiente for fabricado em aço inoxidável,
ele não necessita de pintura externa.

2.3.2.1 Informações Contidas no Recipiente

2.3.2.1.1 Gravação do extintor

Devem estar gravadas de forma permanente e legível, nos extintores recarregáveis, as


seguintes informações:
➢ O número de série;
➢ O logotipo do fabricante;
➢ O número da NBR referente ao extintor; e
➢ O ano de fabricação.

Nos extintores descartáveis além das informações já citadas deve ser gravada também de
forma permanente e legível a palavra “DESCARTÁVEL”.
Por ocasião do ensaio hidrostático deve ser gravado de forma permanente e legível
➢ O ano de execução;
➢ Logotipo ou marca da empresa que realizou o teste; e
➢ O termo “VIST”.

2.3.1.1.2 Quadro de instruções


O quadro de instruções (figura 3) é um requisito obrigatório para qualquer aparelho
extintor, devendo estar sempre visível quando o aparelho estiver fixado na parede. Nele devem
constar, de maneira bem legível, no mínimo, as seguintes informações e instruções:

➢ Norma ABNT referente ao extintor;


➢ Tipo de agente extintor;
➢ Carga nominal;

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➢ Classe de incêndio para que se destina e respectivo símbolo gráfico;


➢ Logomarca da empresa (fabricante ou de manutenção);
➢ Capacidade extintora;
➢ Faixa de temperatura de operação,
➢ Pressão de carregamento;
➢ Tipo de gás expelente;
➢ Instruções para manter o extintor em condições de uso (quando se deve executar as
manutenções); e
➢ Instruções de operação.

Figura 03

2.3.3 Câmara de expansão (ou de pressurização)

É o espaço reservado dentro dos aparelhos extintores de baixa pressão, destinado a


acomodar o gás expelente e deve corresponder a 20% da carga nominal do agente extintor
(figura 04).

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Figura 04

2.3.4 Tubo sifão

É um componente utilizado para conduzir o agente extintor do recipiente em que se


encontra até a válvula de descarga ou mangueira. É construído de material não ferroso
(geralmente de PVC) para os extintores de baixa pressão, e para os de alta, de alumínio. Na
extremidade do tubo, próxima ao fundo do recipiente, ele deve ser cortado chanfrado (em
diagonal) para evitar que o fundo do recipiente obstrua a entrada do tubo (figura 05).

Figura 05

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2.3.5 Válvulas

2.3.5.1 Válvula de descarga

São válvulas de abertura rápida que tem como função principal permitir a descarga do
agente extintor e controlar a sua passagem. Ela deve ser construída de forma que permita a
descarga intermitente de agente extintor. Podem estar localizadas na parte superior do extintor
(figura 06) ou instaladas na extremidade da mangueira de descarga, unida ao esguicho (figura
07).

Figura 06

Figura 07

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2.3.5.2 Válvula de cilindro

É uma válvula de abertura lenta. Quando instalada no cilindro de pressurização (figura


08), se destinada a permitir a passagem do gás expelente para o interior do recipiente do agente
extintor para pressurizá-lo.
Quando instaladas nos extintores sobre rodas com carga de dióxido de carbono acima de
10 kg (figura 09) se destinam a permitir a passagem do agente extintor para a mangueira de
descarga.

Figura 08 - VALV. DO CILINDRO DE PRESSURIZAÇÃO

Figura 09 - VALV. DO CILINDRO DE CO2 DE 10 KG

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2.3.5.3 Válvula de descarga do recipiente

É uma válvula de abertura rápida utilizada nos extintores sobre rodas, de pressurização
direta com baixa pressão (figura 09). Ela permite a saída do agente extintor do recipiente para
percorrer a mangueira até a válvula de descarga

Figura 10

2.3.5.4 Mangueira de descarga

A mangueira de descarga (figura 11) é um componente do extintor destinado a conduzir o


agente extintor ao meio externo através do esguicho instalado em sua extremidade. Ela permite
ao operador uma melhor precisão, mobilidade e versatilidade de posições no combate ao
princípio de incêndio.
A mangueira geralmente é fabricada em elastômero ou plástico, com conexões de
materiais não ferrosos ou de aço inoxidável.
De acordo com a tabela abaixo exemplificamos os diversos tamanhos de mangueiras
utilizadas em função da sua carga nominal do extintor.

Comprimento (m) Água Espuma PQ CO2 Halon


Portátil Portátil
No mínimo a (mas não (mas não
Portátil -- Portátil
altura do extintor inferior a inferior a
50 cm) 50 cm)
Até 10
75 cm -- -- -- --
kg
Até 50 Até 50
3m Até 50 kg -- --
litros litros
50 a 75 50 a 75 12 a 30
5m 50 a 70 kg --
litros litros kg
10 m Mais de Mais de 75 Mais de Mais de --

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75 litros litros 70 kg 30 kg
Tabela 01

Figura 11

2.3.7 Esguichos dos aparelhos extintores

Dispositivo existente nos aparelhos extintores destinado a direcionar a aplicação do


agente extintor. Quando os aparelhos extintores possuírem mangueira de descarga, eles são
instalados na sua extremidade. Quando não possuírem mangueira, eles são integrados à válvula
de descarga.
➢ Esguicho do extintor de PQ (figura 12)

Figura 12

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➢ Esguicho do Extintor de Água (figura 13)

Figura 13

➢ Esguicho do Extintor de Dióxido de Carbono (figura 14)

Figura 14

➢ Esguicho do Extintor de Espuma (figura 15)

Figura 15

2.3.8 Tampa

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A tampa é um componente que serve para fechar o recipiente dos extintores de


pressurização indireta. Deve ser construída de material não ferroso ou de aço inoxidável, ter um
alojamento para a junta de vedação e, como medida de segurança, deve possuir, no mínimo, 06
(seis) fios completos de rosca.

2.3.9 Dispositivo de segurança

Os dispositivos de segurança são componentes colocados nos extintores que visam a


segurança dos operadores que irão utilizar ou manutenir este equipamento.
São vários os dispositivos, dentre eles podemos citar: trava, lacre, dispositivo anti-recuo,
indicador de pressão, tampa com orifício ou ranhura na rosca para alívio de pressão
remanescente, dispositivo de alívio de pressão e outros.
Em nosso estudo vamos abordar três dispositivos:

2.3.9.1 Válvula de Alívio de excesso de Pressão (figura 16)

Dispositivo que serve para aliviar somente o excesso de pressão do extintor. Funciona
quando a pressão interna do aparelho ultrapassa uma vez e meia a pressão de trabalho. Então ela
se abre dando passagem para o excesso de pressão, quando, depois de liberado este excesso,
volta a se fechar. É geralmente encontrada nos extintores de pressão indireta.

Figura 16

2.3.9.2 Disco de Segurança ou válvula de ruptura (figura 17)

Dispositivo de segurança existente nos extintores de alta pressão e nos cilindros de


pressurização, destinado a evitar o rompimento do cilindro. Quando a pressão interna aumenta e
atinge um nível em que a segurança do cilindro fica comprometida, o disco de segurança se

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rompe liberando o gás através dos furos existentes no bujão (parafuso de fixação do disco).
Neste caso, não há como impedir o vazamento total da carga.
Como exemplo, podemos citar o disco de segurança da válvula do extintor de dióxido de
carbono, que se rompe a partir de 163 Kgf/cm². Quando a temperatura ambiente eleva
demasiadamente a pressão de um extintor de dióxido de carbono, ocorre o rompimento do seu
disco de segurança. Isto pode acontecer com os extintores de CO 2 que ficam expostos a

temperaturas elevadas, como no pátio de aeronave de determinadas regiões.

Figura 17

2.3.9.3 Dispositivo para Alívio de Pressão Remanescente

Dispositivo de segurança que serve para aliviar a pressão remanescente dentro do


extintor. Quando o pessoal de manutenção estiver desrosqueando a tampa ou a válvula de
descarga de um extintor, antes de sua total remoção, os furos diametralmente opostos existentes
na rosca das tampas (figura 18), ou as ranhuras existentes na rosca das válvulas de descarga e em
algumas tampas (figura 19), permitirão a saída da pressão remanescente do extintor, evitando
assim possíveis acidentes.

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Figura 18

Figura 19

2.3.10 Indicador de pressão

É um instrumento destinado a medir pressões de gases e líquidos. É constituído


basicamente de uma caixa metálica, normalmente circular, tendo na parte frontal um mostrador
com números e um ponteiro. Para proteger o ponteiro e o mostrador é colocado um visor de
vidro ou plástico de alta resistência.
Seu funcionamento ocorre através da ligação da pressão interna do recipiente com o tubo
de BOURDON (que tem a forma espiral e se encontra atrás do mostrador) e deste com o ponteiro
do mostrador. Com o acréscimo de pressão no recipiente, esta chega até o tubo de BOURDON
fazendo com que o ponteiro, preso ao mesmo, se movimente no sentido horário determinando a
pressão interna do recipiente.
Cada indicador de pressão mede uma determinada faixa de pressão. Estas são limitadas,
em princípio, pelo tipo de material de que é constituído o tubo de BOURDON:

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➢ aço inoxidável suporta pressões até 5.500 Kgf/cm2;

➢ aço suporta pressões até 700 Kgf/cm2;

➢ bronze suporta pressões até 200 Kgf/cm2.

Os indicadores de pressão deverão ser aferidos periodicamente.


Na leitura da pressão dos extintores temos 03 (três) faixas de pressão

Faixa Vermelha - Pouca pressão, pressurizar

Faixa Verde - Pressão adequada ao trabalho

Faixa Amarela ou Branca - Excesso de pressão (possui pressão mais do que


suficiente).
Tabela 02

Normalmente os indicadores de pressão (figura 20) possuem mostradores contendo

escalas em Kgf/cm2 e MPa (Mega Pascal) conforme a Portaria 173/2006 do INMETRO.

Figura 20

2.3.11 Cilindro de pressurização

É um cilindro de aço, sem emenda (figura 21), destinado a suportar alta pressão cuja
finalidade é armazenar o agente expelente destinado a pressurizar o extintor de pressão indireta,
fazendo com que seu agente extintor seja expelido.

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A capacidade dos cilindros de pressurização está diretamente relacionada com a


capacidade do aparelho extintor.
O cilindro de pressurização, quando localizado externamente, deve estar instalado no
aparelho extintor por meio de um dispositivo seguro e protegido contra impactos.

Figura 21

2.4 Agentes expelentes

Também chamados de gases propelentes, são destinados a pressurizar os aparelhos


extintores fazendo com que os agentes extintores sejam expelidos. Os mais utilizados são: Gás
Carbônico (CO2) e Nitrogênio (N2).

Pressurização Indireta Pressurização


Extintor
Direta
Água Outros*
Portátil N2 ou CO2 N2 ou CO2 N2
Não Portátil N2 ou CO2 N2 N2
Tabela 03

Observação: No caso dos aparelhos extintores de CO 2, o próprio gás extintor é o agente

expelente.

2.4.1 Princípio de funcionamento

Qualquer que seja o tipo de pressurização do aparelho extintor, o gás expelente ocupará a
câmara de expansão fazendo com que o agente extintor seja pressionado contra o fundo do

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aparelho. Ao ser acionada a válvula de descarga, o agente extintor fluirá através do tubo sifão,
mangueira de descarga e esguicho em direção ao meio externo (figura 22).
No caso do gás carbônico, a sua própria pressão propicia a sua expulsão através do tubo
sifão.

Figura 22

2.5 Transporte dos aparelhos extintores

Com exceção de alguns extintores portáteis com carga de água com pressão injetável, que
não podem ser transportados na posição horizontal, devido ao fato de não possuírem dispositivo
que impeçam a saída de água, os aparelhos extintores podem ser transportados da maneira que
mais o operador mais se adapte e se sinta seguro (figura 23).

Figura 23

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2.6 Extintores mais comuns no COMAER

As indústrias fabricam extintores com diferentes capacidades (carga), porém o Comando


da Aeronáutica tem utilizado os extintores conforme a tabela abaixo.

Agente Extintor Carga

10 litros
Água
75 litros

09 ou 10 litros
Espuma Mecânica
50 litros

04 e 06 Kg.
Gás Carbônico – CO2
10 e 25 Kg.

04, 06 e 12 Kg.
PQ BC
Pó Químico 50 Kg.

PQ ABC 04 Kg.

02 Kg.
Agentes Especiais ou similar.
05 Kg.
Tabela 04

2.7 Aparelhos extintores portáteis

2.7.1 Extintor de água

2.7.1.1 Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço carbono ou inoxidável.


Existe uma variedade muito grande de extintores portáteis com capacidade de 10 (dez) litros,
podendo ser de pressurização indireta ou direta (figura 24). Na extremidade da mangueira de

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descarga existe um pequeno esguicho. Alguns de pressurização indireta possuem válvula de


segurança para alívio de excesso de pressão.

Figura 24

2.7.1.2 Funcionamento

➢ Extintor de Água de Pressurização Indireta com válvula de descarga (Água-Gás)


(figura 25)

Abrindo-se a válvula do cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente


ocupando a câmara de expansão, pressurizando o aparelho, fazendo com que a água flua pelo
tubo sifão até a válvula de descarga. Pressionando-se a válvula de descarga, a água fluirá pela
mangueira de descacarga, até o esguicho, por onde é lançada.

➢ Extintor de Água de Pressurização Indireta sem válvula de descarga (Água-Gás)


(figura 25)

Abrindo-se a válvula do cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente


ocupando a câmara de expansão, pressurizando o aparelho, fazendo com que a água flua pelo
tubo sifão e pela mangueira de descarga até o esguicho, por onde é lançada.

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Figura 25

1- Alça de Transporte
2- Tubo sifão
3- Cilindro de Pressurização
4- Tampa Volante
5- Válvula de Descarga

➢ Extintor de Água de Pressurização Direta (Água Pressurizada) (figura 26)

Ao pressionar a válvula de descarga, a água fluirá pelo tubo sifão e pela mangueira de
descarga até o esguicho, por onde é lançada.

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Figura 26

2.7.13 Aplicação

A água deve ser aplicada na base do fogo, começando o combate a uma distância inicial
de 4 (quatro) metros, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se o dedo
na extremidade da mangueira de descarga (esguicho), obteremos um pequeno leque.

2.7.1.4 Operação

➢ Extintor de Água de Pressurização Direta

Pegar o extintor, retirar a trava de segurança rompendo o lacre, empunhar a mangueira e


acionar a válvula de descarga para fazer o teste de funcionamento antes de se deslocar para o
local do fogo;
Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;
Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a partir de uma distância segura (a
partir de 4 m do fogo), aplicando o jato na base do fogo, se aproximando à medida que for
apagando o fogo. (figura 27).

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Figura 27

➢ Extintor de Água de Pressurização Indireta com Válvula de Descarga

Pegar o extintor, incliná-lo para frente por medida de segurança, abrir a válvula do
cilindro de pressurização rompendo o lacre, empunhar a mangueira e acionar a válvula de
descarga para fazer o teste de funcionamento antes de se deslocar para o local do fogo;
Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;
Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a partir de uma distância segura (a
partir de 4 m do fogo), aplicando o jato na base do fogo, se aproximando à medida que for
apagando o fogo.

➢ Extintor de Água de Pressurização Indireta sem Válvula de Descarga

Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;


Inclinar o extintor para frente por medida de segurança, empunhar a mangueira de
descarga, romper o lacre do cilindro de pressurização e verificar se ele irá funcionar;
Iniciar o combate a partir de uma distância segura (a partir de 4 m do fogo), aplicando o
jato na base do fogo, se aproximando à medida que for apagando o fogo.

2.7.1.5 Cuidados no Uso do Extintor

➢ Extintor de Água de Pressurização Indireta

No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira de descarga, apontando-a


para a base do fogo, e inclinar o extintor 45º para frente (figura 28), apoiando-o no chão, pois
existe o risco da mangueira chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair violentamente e
acertar o rosto de quem opera o equipamento.

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Figura 28

2.7.2 Extintor de dióxido de carbono (bióxido de carbono ou gás carbônico)

2.7.2.1 Apresentação

São extintores de alta pressão confeccionados em cilindro de aço carbono sem emenda
(figura 29). Os extintores portáteis de dióxido de carbono são fabricados em capacidades que
variam de 1 (um) a 6 (seis) quilos. Eles não possuem indicadores de pressão devido ao fato dos
indicadores de alta pressão tornarem o aparelho extintor economicamente inviável.

Figura 29

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Os esguichos difusores (figura 30) se destinam a direcionar o jato de CO 2 de modo que

ele se expanda e atinja o material em chamas com a sua melhor concentração abafadora. Existem
algumas variedades de modelos, porém os maiores têm apresentado uma melhor eficiência

Figura 30

2.7.2.2 Funcionamento

Ao pressionar a válvula de descarga, a fase liquefeita do dióxido de carbono flui através


do tubo sifão. Ao passar pelo dispositivo anti-recuo (quebra-jato) a força violenta de reação
provocada pela saída do gás sob pressão é reduzida. Isso permite ao operador manter o controle
direcional da aplicação do agente extintor. Em seguida, o CO2 percorre a mangueira de descarga

e entra no esguicho difusor, por onde é liberado de maneira suave, uniforme e compacta. (figura
31).
Cada quilo de CO2 ao se gaseificar se transforma em 500 litros de gás.

Figura 31

Observação: alguns fabricantes instalam o dispositivo anti-recuo na extremidade da mangueira


de descarga, antes do esguicho difusor.

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2.7.2.3 Aplicação

O Dióxido de Carbono deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de
aproximadamente 1,5 (um e meio) a 2 (dois) m do fogo, para dar condições de formar a nuvem
abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado, ajudando na
formação dessa nuvem, fazendo movimentos de “varredura” com o esguicho difusor, dentro dos
limites do material em chamas. Sua melhor eficiência ocorre em ambientes fechados.

2.7.2.4 Operação

1º- Pegar o extintor, retirar a trava de segurança rompendo o lacre, empunhar o esguicho
difusor pelo punho e acionar a válvula de descarga fazendo o teste de funcionamento antes de se
deslocar para o local do fogo;

Observação: NUNCA segurar no difusor.

2º- Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;


3º- Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a partir de uma distância segura
(de 1,5 a 2 m do fogo), aplicando o CO 2 de modo que a nuvem envolva a base do fogo,

movimentando o esguicho difusor (varredura), dentro dos limites do material em chamas, se


aproximando à medida que for apagando o fogo (figura 32).

Figura 32

2.7.2.5 Cuidados no Uso do Extintor

Ele oferece o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos, se o


operador segurar no esguicho difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.

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EEAR 29

A possibilidade de ocorrer choque elétrico é decorrente do fato da rápida expansão do


CO2 do estado líquido para o estado gasoso, que produz energia estática.

O Dióxido de Carbono, se aplicado diretamente sobre a pele e os olhos, poderá causar


lesões. Em ambientes fechados e em concentrações relativamente baixas (20 %), pode causar
morte por asfixia.

2.7.3 Extintor de pó químico (PQ)

2.7.3.1 Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço carbono laminado ou


alumínio ou aço inoxidável. Os extintores portáteis com carga de pó químico são fabricados em
diversas capacidades que vão de 01 (um) até 12 (doze) quilos, podendo ser de pressurização
indireta ou direta (figura 33). Os de 1 (um) e 2 (dois) quilos não possuem mangueira de descarga.
Os de pressurização indireta possuem válvula de segurança para alívio de excesso de pressão e
tubo de pressurização.
O tubo de pressurização dos extintores de pó químico de pressurização indireta tem como
objetivo descompactar todo o pó que esteja no fundo do recipiente, a fim de garantir a
funcionalidade do aparelho.

Figura 33

2.7.3.2 Funcionamento

➢ Extintor de PQ de Pressurização Indireta

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EEAR 30

Abrindo-se a válvula do cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente e


será conduzido pelo tubo de pressurização até a parte de baixo. Então, quando ele subir em
direção à câmara de expansão, irá revolver o pó químico, descompactando-o. Uma vez na
câmara de expansão, o gás expelente impulsionará o PQ através do tubo sifão e pela mangueira
até a válvula de descarga. Pressionando-se a válvula de descarga, ocorrerá a saída do porque
(figura 34).

➢ Extintor de PQ de Pressurização Direta

Pressionando-se a válvula de descarga, o PQ fluirá pelo tubo sifão e pela mangueira de


descarga até sair pelo esguicho (figura 34).

Figura 34

2.7.3.3 Aplicação

O PQ deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 3


(três) metros do fogo, para se ter condições de formar a nuvem abafadora, avançando à medida
que o fogo for sendo apagado. O operador deve ajudar na formação dessa nuvem, fazendo
movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.

2.7.3.4 Operação

➢ Extintor de Pressurização Direta

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EEAR 31

1º- Pegar o extintor, retirar a trava de segurança rompendo o lacre, empunhar a mangueira
de descarga e acionar a válvula de descarga fazendo o teste de funcionamento antes de se
deslocar para o local do fogo;
2º- Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;
3º- Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a partir de uma distância segura (a
partir de 3 m do fogo), aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo,
movimentando a mangueira de descarga ou o extintor (varredura), dentro dos limites do material
em chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.

➢ Extintor de Pressurização Indireta

1º- Pegar o extintor, incliná-lo para frente por medida de segurança, abrir a válvula do
cilindro de pressurização rompendo o lacre, empunhar a válvula de descarga e fazer o teste de
funcionamento antes de se deslocar para o local do fogo;
2º- Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;
3º- Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a partir de uma distância segura (a
partir de 3 m do fogo), aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo,
movimentando a mangueira de descarga ou o extintor (varredura), dentro dos limites do material
em chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo (figura 35).

Figura 35

2.7.3.5 Cuidados no Uso do Extintor

➢ Extintor de Pressurização Indireta

No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira de descarga, apontando-a


para a base do fogo, e inclinar o extintor 45º para frente (figura 36), apoiando-o no chão, pois

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EEAR 32

existe o risco da mangueira de descarga chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair
violentamente e acertar o rosto de quem opera o equipamento.

Figura 36

2.7.4 Extintor de espuma mecânica

2.7.4.1 Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço inoxidável, aço carbono
ou chapa de alumínio. São fabricados com capacidade de 09 (nove) e 10 (dez) litros, podendo ser
de pressurização indireta ou direta (figura 37)

Figura 37

2.7.4.2 Funcionamento

➢ Extintor de Pressurização Direta

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EEAR 33

Pressionando-se a válvula de descarga, a mistura (água e LGE) fluirá pelo tubo sifão e a
mangueira de descarga até o esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é
formada e lançada (figura 38).

➢ Extintor de Pressurização Indireta

Abrindo-se a válvula do cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente e


ocupará a câmara de expansão, pressurizando o aparelho, fazendo com que a mistura (água e
LGE) flua pelo tubo sifão até a válvula de descarga. Pressionando-se a válvula de descarga, a
mistura fluirá pela mangueira de descarga até o esguicho formador de espuma, quando o ar é
aspirado e a espuma é formada e lançada (figura 38)

Figura 38

2.7.4.3 Aplicação

A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (4 m) de maneira a cobrir a
superfície do material em chamas. Devemos usar, nos casos de líquidos inflamáveis, um
anteparo, ou seja, direcionar o jato de espuma num anteparo de modo que ela escorra por ele e
cubra de maneira suave a superfície do líquido em chamas (figura 39).

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EEAR 34

Figura 39

Caso não se disponha de um anteparo, a espuma pode ser lançada para o alto para cair
como chuva em cima do líquido (figura 40), ou ser aplicada no chão, antes de chegar ao líquido
derramado em chamas. Isso faz com que a espuma se acumule e em seguida role para o incêndio
(figura 41). Porém este método demanda de uma disponibilidade maior de espuma.

Figura 40

Figura 41

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EEAR 35

2.7.4.4 Operação

➢ Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)

1º- Pegar o extintor, retirar a trava de segurança rompendo o lacre, empunhar o esguicho
corretamente e acionar a válvula de descarga fazendo o teste de funcionamento antes de se
deslocar para o local do fogo;
2º- Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento a uma
distância segura;
3º- Empunhar o esguicho apontando-o para o local da aplicação do agente extintor;

Observação: Ao operar o extintor, tomar cuidado para não obstruir com a mão os orifícios de
aeração do esguicho, impedindo a entrada de ar e a formação da espuma.

4º- Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a uma distância de 3 a 4 m do


fogo, aplicando o jato de espuma num anteparo, de modo que a espuma escorra suavemente e
recubra a superfície do líquido em chamas. À medida que for apagando, efetue deslocamentos de
modo a aplicar o jato de espuma em outras partes do anteparo para que a espuma possa cobrir a
superfície do líquido mais rapidamente.

Observação: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em chamas,


podem ser usadas como anteparo.

Observação: Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de modo que
a espuma caia como se fosse chuva.

➢ Extintor de Pressurização Indireta

1- Pegar o extintor, incliná-lo para frente por medida de segurança, abrir a válvula do
cilindro de pressurização rompendo o lacre, empunhar a mangueira e acionar a válvula de
descarga para fazer o teste de funcionamento antes de se deslocar para o local do fogo;
2º- Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;
3º- Empunhar esguicho apontando-o para o local da aplicação do agente extintor;
Observação: Ao operar o extintor, tomar cuidado para não obstruir com a mão os
orifícios de aeração do esguicho, impedindo a entrada de ar e a formação da espuma.

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EEAR 36

4º- Iniciar o combate acionando a válvula de descarga a partir de uma distância segura
(de 3 a 4 m do fogo), aplicando o jato de espuma num anteparo, de modo que a espuma escorra
suavemente e recubra a superfície do líquido em chamas. À medida que for apagando, efetue
deslocamentos de modo a aplicar o jato de espuma em outras partes do anteparo para que a
espuma possa cobrir a superfície do líquido mais rapidamente.
Observação: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em
chamas, podem ser usadas como anteparo.
Observação: Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de
modo que a espuma caia como se fosse chuva.

2.7.4.5 Cuidados no Uso do Extintor

➢ Extintor de Espuma de Pressurização Indireta


No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira de descarga, apontando-a
para a base do fogo, e inclinar o extintor 45º para frente (figura 42), apoiando-o no chão, pois
existe o risco da mangueira chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair violentamente e
acertar o rosto de quem opera o equipamento.

Figura 42

2.7.5 Extintor de gases halogenados (figura 43)

2.7.5.1 Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço carbono ou inoxidável.


O extintor com carga de halon é fabricado em diversas capacidades, variando desde 1 (um) até 9

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EEAR 37

(nove) quilos, todos já pressurizados com nitrogênio, e os modelos com capacidade acima de 4
(quatro) quilos, apresentam mangueira de descarga para melhor direcionar o jato.

Figura 43

2.7.5.2 Funcionamento

Pressionando-se a válvula de descarga, ocorrerá a saída da mistura de gases pressurizada


pelo tubo sifão e pela mangueira de descarga até o esguicho, por onde o agente é lançado.

2.7.5.3 Aplicação

Deve ser aplicado a favor do vento a uma distância inicial de aproximadamente 1 (um) a
2 (dois) metros do fogo, para dar condições de formar a nuvem que envolve o material em
chamas, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve ajudar na formação
dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.

2.7.5.4 Operação

1º- Pegar o extintor, retirar a trava de segurança rompendo o lacre, empunhar o esguicho
e acionar a válvula de descarga fazendo o teste de funcionamento antes de se deslocar para o
local do fogo;
2º- Levar o extintor até as proximidades do fogo e se posicionar a favor do vento;
3º- Iniciar o combate acionando a válvula de disparo a partir de uma distância de
segurança (de 1,5 a 2 m do fogo), aplicando o Halon de modo que a nuvem envolva a base do
fogo, movimentando o esguicho ou o extintor (varredura), dentro dos limites do material em
chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.

2.7.5.5 Cuidados no Uso do Extintor

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EEAR 38

O extintor em si não oferece riscos, porém muitos gases halogenados são tóxicos e, além
disso, em ambientes fechados pode causar a asfixia.

2.8 Aparelhos extintores sobre rodas (carretas)

Também chamados de carretas, são aparelhos com maior capacidade de armazenamento


de agente extintor, montados sobre um dispositivo de transporte sobre rodas, formando uma
carreta, exigindo para seu emprego dois operadores (figura 44).
Operador nº 01 é o chefe da linha. É ele que empunha a mangueira de descarga e ataca o
fogo.
Operador nº 02 é o auxiliar. É ele que aciona o extintor, movimentando-o de acordo com
o chefe da linha

Figura 44

2.8.1 Extintor sobre rodas com carga d’água

2.8.1.1 Apresentação

São fabricados com capacidade de 75 a 150 litros, com 5 a 10 m de mangueira de


descarga, podendo ser de pressurização direta e de pressurização indireta (figura 45)

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EEAR 39

Figura 45

2.8.1.2 Funcionamento

➢ Extintor sobre rodas de Pressurização Indireta


Abrindo-se a válvula do cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente
ocupando a câmara de expansão, pressurizando o aparelho, fazendo com que a água flua pelo
tubo sifão e pela mangueira até a válvula de descarga. Pressionando-se a válvula de descarga, a
água fluirá pelo esguicho.

➢ Extintor de Pressurização Direta (Pressurizada)


Ocorre com o acionamento da válvula de descarga do recipiente, que permitirá que a água
flua pelo tubo sifão e pela mangueira até a válvula de descarga. Ao ser acionada a válvula de
descarga, o agente extintor será expelido pelo esguicho.

2.8.1.3 Aplicação

Devemos aplicar a água na base do fogo, começando o combate a uma distância inicial
mínima de 5 (cinco) metros, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se o
dedo no esguicho, obteremos um “pequeno leque”.

2.8.1.4 Operação

➢ Extintor sobre rodas de Pressurização Indireta


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira de descarga;
2º- O Auxiliar abre válvula do cilindro de pressurização, rompendo o lacre;

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EEAR 40

3º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e efetua o teste de funcionamento;


4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga iniciando o combate ao fogo a partir
de uma distância de 4 a 5 m, se aproximando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

➢ Extintor sobre rodas de Pressurização Direta (Pressurizada)


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira de descarga;
2º- O Auxiliar abre válvula de descarga do recipiente, rompendo o lacre;
3º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e efetua o teste de funcionamento;
4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e inicia o combate ao fogo a partir de
uma distância de 4 a 5 m, se aproximando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).
2.8.1.5 Cuidados no uso extintor

Além do seu grande peso e tamanho, e conseqüente dificuldade de manuseio, os


operadores devem observar:

➢ Extintor de Pressurização Indireta


Existe a possibilidade da soltura de tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal
rosqueada.

➢ Extintor de Pressurização Direta (Pressurizada)


Nenhum

2.8.2 Extintor sobre rodas com carga de pó químico

2.8.2.1 Apresentação

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EEAR 41

Encontrados com as mais diferentes capacidades, a partir de 20 (vinte) quilos, providos


de 3 (três) a 10 (dez) metros de mangueira de descarga com válvula de descarga, podendo ser de
pressurização indireta e de pressurização direta (figura 46).

Figura 46

2.8.2.2 Funcionamento

➢ Extintor de PQ de Pressurização Indireta


Abrindo-se a válvula do cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente e
será conduzido pelo tubo de pressurização até a parte de baixo. Então, quando ele subir em
direção à câmara de expansão, irá revolver o pó químico, descompactando-o. Uma vez na
câmara de expansão, o gás expelente impulsionará o PQ através do tubo sifão e pela mangueira
até a válvula de descarga. Pressionando-se a válvula de descarga, ocorrerá a saída do PQ pelo
esguicho.

➢ Extintor de PQ de Pressurização Direta (Pressurizado)


Pressionando-se a válvula de válvula de descarga do recipiente, o PQ fluirá pelo tubo
sifão e pela mangueira até a válvula de descarga. Pressionando-se a válvula de descarga, ocorrerá
a saída do PQ pelo esguicho.

2.8.2.3 Aplicação

Deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial mínima de aproximadamente
5 (cinco) m do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve avançar
à medida que o fogo for sendo apagado ajudando na formação dessa nuvem, fazendo
movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.

DIVISÃO DE ENSINO SSDMD


EEAR 42

2.8.2.4 Operação

➢ Extintor de Pressurização Indireta


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira de descarga;
2º- O Auxiliar abre válvula do cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e efetua o teste de funcionamento;
4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga iniciando o combate ao fogo a partir
de uma distância de 4 a 5 m, se aproximando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

➢ Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira de descarga;
2º- O Auxiliar abre válvula de válvula de descarga do recipiente, rompendo o lacre;
3º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e efetua o teste de funcionamento;
4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga iniciando o combate ao fogo a partir
de uma distância de 4 a 5 m, se aproximando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

2.8.2.5 Cuidados no Uso do Extintor

Além do seu grande peso e tamanho, e conseqüente dificuldade de manuseio, os


operadores devem observar:
➢ Extintor de Pressurização Indireta
Existe a possibilidade da soltura de tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal
rosqueada.
➢ Extintor de Pressurização Direta (Pressurizada)
Nenhum

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EEAR 43

2.8.3 Extintor sobre rodas com carga de dióxido de carbono (CO2)

2.8.3.1 Apresentação
Encontrados com capacidades variáveis entre 10 e 50 quilos (figura 47), providos de
mangueira de descarga com 2 (dois) a 5 (cinco) metros de comprimento e esguicho difusor. Os
de 10 Kg possuem apenas uma válvula de descarga de alta pressão na parte superior do cilindro.
Os de maiores capacidades, possuem uma válvula de cilindro de alta pressão na parte superior do
cilindro de CO2, e uma válvula de descarga junto ao esguicho difusor.

Alguns extintores são providos de um prolongador para que o agente extintor possa ser
aplicado em locais altos, como em motores montados nas asas de aeronaves de asa alta, como o
C-130 (Hércules), por exemplo

Figura 47

2.8.3.2 Funcionamento

➢ Extintor com carga de 10 kg


Ao pressionar a válvula de descarga, a fase liquefeita do dióxido de carbono flui pelo
tubo sifão. Ao passar pelo dispositivo anti-recuo (quebra-jato), a força violenta de reação
provocada pela saída do gás sob pressão é reduzida. Isso permite ao operador manter o controle

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EEAR 44

direcional da aplicação do agente extintor. Em seguida, o CO2 percorre a mangueira de descarga

e entra no esguicho difusor, por onde é liberado de maneira suave, uniforme e compacta.

➢ Extintores com carga acima de 10 kg


Ao abrir a válvula do cilindro de CO2, a fase liquefeita do dióxido de carbono flui pelo

tubo sifão e pela mangueira até a válvula de descarga. Ao ser acionada a válvula de descarga, o
CO2 passa pelo dispositivo anti-recuo (quebra-jato) onde ocorre a redução da força de reação

provocada pela saída, de maneira violenta, do gás sob pressão. Isso permite ao operador manter o
controle direcional da aplicação do agente extintor. Em seguida, o CO 2 entra no esguicho

difusor, por onde é liberado de maneira suave, uniforme e compacta.

2.8.3.3 Aplicação

O CO2 deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 2

(dois) a 3 (três) m do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve
avançar à medida que o fogo for sendo apagado, ajudando na formação dessa nuvem, fazendo
movimentos de “varredura” com o difusor, dentro dos limites do material em chamas.

2.8.3.4 Operação

➢ Extintor com carga de 10 kg


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira;
2º- O auxiliar retira a trava de segurança rompendo o lacre e pressiona a válvula de
descarga efetuando o teste de funcionamento;
3º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
4º- O Auxiliar aciona a válvula de descarga;
5º- O Chefe da Linha inicia o combate a partir de 2 a 3 m de distância, aplicando o CO 2

de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o esguicho difusor (varredura),
dentro dos limites do material em chamas, avançando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme solicitação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

DIVISÃO DE ENSINO SSDMD


EEAR 45

➢ Extintor com carga acima de 10 kg


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira;
2º- O auxiliar abre a válvula do cilindro rompendo o lacre
3º- O Chefe da Linha pressiona ou abre a válvula de descarga efetuando o teste de
funcionamento;
4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º-O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e inicia o combate a partir de 2 a 3 m
de distância, aplicando o CO2 de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o

esguicho difusor (varredura), dentro dos limites do material em chamas, avançando à medida que
for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme solicitação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

2.8.3.5 Cuidados no Uso do Extintor

Além do seu grande peso e tamanho, e consequente dificuldade de manuseio, este


extintor oferece o risco de provocar queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos, se o
operador segurar no esguicho difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.
O CO2, em ambientes fechados e em grande concentração, pode causar asfixia.

2.8.4 Extintor sobre rodas com carga de espuma mecânica

2.8.4.1 Apresentação

Normalmente é fabricado na capacidade de 50 litros, podendo ser de pressurização direta


e de pressurização indireta (figura 48), provido de mangueira de descarga de 5 m de
comprimento e esguicho formador de espuma.

DIVISÃO DE ENSINO SSDMD


EEAR 46

Figura 48

2.8.4.2 Funcionamento

➢ Extintor de Pressurização Direta


Pressionando-se a válvula de descarga do recipiente, a mistura (água e LGE) fluirá pelo
tubo sifão e pela mangueira de descarga. Quando a válvula de descarga é acionada, a mistura flui
pelo esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é formada e lançada.

➢ Extintor de Pressurização Indireta


Abrindo-se o cilindro de pressurização, o gás expelente entrará no recipiente e ocupará a
câmara de expansão, pressurizando o aparelho, fazendo com que a mistura (água e LGE) flua
pelo tubo sifão e pela mangueira de descarga até a válvula de descarga. Pressionando-se a
válvula de descarga, a mistura (água e LGE) fluirá pelo esguicho formador de espuma, quando o
ar é aspirado e a espuma é formada e lançada.

2.8.4.3 Aplicação

A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (a partir de 5 a 6 m) de


maneira a cobrir a superfície do material em chamas. Para aplicação em líquidos inflamáveis o
jato de espuma deve ser direcionado contra um anteparo de modo que a espuma escorra por ele e
cubra de maneira suave a superfície do líquido em chamas.
Caso não se disponha de um anteparo, deve-se lançar a espuma para o alto para cair como
chuva em cima do líquido.

DIVISÃO DE ENSINO SSDMD


EEAR 47

À medida que o fogo for sendo apagado, os operadores devem se aproximar para efetuar
uma melhor distribuição da camada de espuma.

2.8.4.4 Operação

➢ Extintor de Pressurização Direta


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira de descarga;
2º- O Auxiliar abre válvula de descarga do recipiente, rompendo o lacre;
3º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e efetua o teste de funcionamento;
4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e inicia o combate ao fogo a partir de
uma distância de 4 m, se aproximando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

➢ Extintor de Pressurização Indireta


1º- O Chefe da Linha estica a mangueira de descarga;
2º- O Auxiliar abre válvula do cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e efetua o teste de funcionamento;
4º- Ambos deslocam o extintor até as proximidades do fogo e se posicionam a favor do
vento;
5º- O Chefe da Linha aciona a válvula de descarga e inicia o combate ao fogo a partir de
uma distância de 4 a 5 m, avançando à medida que for apagando o fogo;
6º- O Auxiliar movimenta o extintor conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

Observação: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em chamas,


podem ser usadas como anteparo.

Observação: Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de modo que
a espuma caia como se fosse chuva.

2.8.4.5 Cuidados no uso do extintor

DIVISÃO DE ENSINO SSDMD


EEAR 48

Além do seu grande peso e tamanho, e conseqüente dificuldade de manuseio, os


operadores devem observar:
➢ Extintor de Pressurização Indireta
No momento da pressurização, existe o risco da mangueira de descarga chicotear e o da
tampa (caso mal rosqueada) sair violentamente.
➢ Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)
Nenhum

2.9 Cuidados após o uso dos extintores

2.9.1 Extintores portáteis

No local da ocorrência, após o uso, os extintores portáteis devem ser colocados deitados
no chão, numa posição em que não atrapalhem a operação. Os extintores deitados no chão
indicam que eles estão descarregados. Assim que terminar a ocorrência, eles devem ser
recolhidos e levados para manutenção.

2.9.2 Extintores não portáteis

Os extintores cuja carga foram utilizadas completamente, devem ser colocados deitados
no chão, conforme os extintores portáteis.
Já os que não foram utilizados por completo, deverão ter suas respectivas válvulas dos
cilindros de pressurização e válvulas de descarga do recipiente fechadas. Em seguida as válvulas
de descarga devem ser acionadas para que ocorra a despressurização da mangueira. Depois
devem ser recolhidos e levados para a manutenção.

2.10 Aparelhos extintores rebocáveis

2.10.1 Aparelhos extintores rebocáveis de PQ

São classificados como rebocáveis, os aparelhos montados em cima dos CCI ou veículos
rebocados (figura 49). Atualmente são fabricados em capacidades que variam de 50 a 200 Kg de
PQ, com 30 (trinta) metros de mangueira de descarga. O Sistema Contraincêndio da Aeronáutica
já possuiu viaturas com 1500 Kg de PQ.
Da mesma forma que os aparelhos extintores sobre rodas, é recomendado que a operação
desses equipamentos, seja realizada por dois operadores: um Chefe de Linha e um Auxiliar.

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EEAR 49

As características técnicas e de operação serão abordadas na apostila de superestrutura do


CCI no qual os aparelhos extintores estão montados.

Figura 49

CONCLUSÃO

Bravo combatente de aeródromo!


Com a finalização deste estudo você agora é capaz de diferenciar os diversos extintores
de incêndio empregados na FAB, bem como utilizá-los com êxito na missão que é imputada aos
valorosos bombeiros de aeródromos: o combate às chamas avassaladoras.
Logo, caro aluno, o concitamos a refletir sobre a importância desse assunto na jornada
profissional que se inicia, a fim de que você detenha o conhecimento técnico e a sabedoria que
garantirá o salvamento de seus irmãos.
Portanto jamais interrompa sua caminhada rumo ao conhecimento, pois aquele que crê
saber tudo está seguindo com passos largos para a ignorância.

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EEAR 50

REFERÊNCIA

DIRENG - Apostila de Extintores de Incêndio do Estágio de Adaptação de Bombeiros para


Aeródromos – Agosto 1992

Base Aérea de São Paulo – Companhia Contraincêndio - Manual de Fundamentos dos


Bombeiros da BASP

Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo - Manual de Fundamentos- 2006

Instituto Nacional de Metrologia – INMETRO - Portaria 173/2006 – Regulamento Técnico de


Qualidade do INMETRO - RTQ

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EEAR 51

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - Norma Brasileira 11.762 – Extintores de


Incêndio Portáteis com Carga de Halogenado - 2001

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - Norma Brasileira 11.715 - Extintores de


Incêndio Portáteis com Carga de Água – 2003

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - Norma Brasileira 10721 - Extintores de


Incêndio Portáteis com Carga de Pó Químico -2005

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - Norma Brasileira 11.716 - Extintores de


Incêndio Portáteis com Carga de Dióxido de Carbono – 2002

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - Norma Brasileira 11.7511 - Extintores de


Incêndio Portáteis com Carga de Espuma Mecânica - 2003

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