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CÁLCULO INTEGRAL

0. INTRODUÇÃO
O Cálculo Diferencial trata do estudo das taxas de variação de uma quantidade com relação a outra. Neste novo
capítulo veremos o problema oposto, isto é uma vez conhecida a taxa de variação de uma quantidade com relação a
outra, podemos determinar a relação entre as quantidades em causa.
A ferramenta principal deste tema é a primitivação (antiderivação ou integração) de funções e estudaremos as
regras e alguns métodos de integração.

1.ANTIDERIVADA (ou PRIMITIVA)

Uma função F(x) é primitiva de f(x) num intervalo I, se F ( x)  f ( x) para todo x pertencente ao intervalo.

Exemplos
1. F(x) = x2 é primitiva de f(x) = 2x pois, F ( x)  x   2 x
2
 f ( x)

2. F(x) = ex é primitiva de f(x) = ex pois, F ( x)  e   e
x x
 f ( x)

3. F(x) = ln x é primitiva de f(x) = 1/x pois, F ( x)  ln x  


1
 f ( x)
x

Consideremos as funções F(x) = x2 , F(x) = x2 + 1 , F(x) = x2 – 1 , F(x) = x2 +2.


Todas são primitivas de f(x) = 2x, pois a derivada de cada uma delas é igual a função f(x). Nota-se que uma vez
conhecida a derivada de uma função, a sua primitiva apresenta-se na forma F(x) + C, onde C é uma constante
arbitrária.
Assim, toda função f(x) possui uma família de primitivas da forma F(x) + C.
Os gráficos a seguir mostram as famílias de primitivas das funções f(x) = 2x e f(x) = 1, respectivamente.

y
F(x) = x2 + 1
F(x) = x + 1
2
4 F(x) = x
3 F(x) = x

3
F(x) = x2 - 1 2 F(x) = x - 1

2
1
F(x) = x2 - 2 F(x) = x - 2

1
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5

-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 -1
0
x
-1 -2

-2 -3
Estas sao primitivas de f(x) = 2x
Primitivas de f(x) = 1
-3 -4

Ficha elaborada por MEFS


2.INTEGRAL INDEFINIDA

Ao processo de determinar as primitivas chamamos de primitivação ou integração. Para realizarmos a operação de


integração usamos o sinal da integral  que é um “s” longo, significando soma.

Assim,  f ( x) dx  F ( x)  C lê-se: “ a integral indefinida de f(x) , em relação a x é igual a F(x) mais C”.
Significa que a integral indefinida de f(x) é uma família de funções do tipo F(x) + C , onde F ( x)  f ( x) .
A função f(x) sob sinal da integral chama-se função integranda, dx indica que a operação é executada em relação a
x, F(x) é a primitiva ou integral e C é a constante de integração.

Dos exemplos anteriores, teremos:


1. Se F(x) = x2 é primitiva de f(x) = 2x   2x dx  x2  C
 e dx  e x  C
x
2. F(x) = ex é primitiva de f(x) = ex
dx
3. F(x) = ln x é primitiva de f(x) = 1/x   x
 ln x  C

A seguir temos as regras e a tabela de integração que permitem de forma acessível calcular a integral (
ou primitiva)de função.

REGRAS DE INTEGRAÇÃO
1. Se F ( x)  f ( x) , então  f ( x) dx  F ( x)  C onde C é uma constanta arbitrária
2.  fA ( x)dx  A  f ( x)dx onde A é uma constante arbitrária  A  0  .
3.   f ( x)  g ( x)dx   f ( x)dx  g ( x) dx
4. Se  f ( x)dx  F ( x)  C e u   ( x) é diferenciável, então  f (u)du  F (u)  C
1
5. Em particular,  f (ax  b)dx  F (ax  b)  C (a  0 )
a

TABELA DE INTEGRAIS IMEDIATAS

u n 1 du
1.  du  u  C 2.  u n du 
 C (n   1) 3.   ln u  C
n 1 u
du 1 u 1 u
4.  2  arctg  C   arcctg  C (a  0 )
u a 2
a a a a
du 1 ua du 1 au
5.  2  ln  C (a  0 ) 6.  2  ln  C (a  0 )
u a 2
2a u  a a u 2
2a a  u

du du u u
7.  u2  a
 ln u  u 2  a  C 8.  a2  u2
 arcsen  C   arccos  C
a a

au
 a du   C (a  0) 10.  e u du  e u  C 11.  senu du   cosu  C
u
9.
ln a
du du
12.  cosu du  sen u  C 13.  cos 2
u
 tg u  C 14.  sen u 
2
 ctg u  C

Ficha elaborada por MEFS


EXERCÍCIOS

I. Encontre as primitivas nos seguintes casos:

2dx dt 4
1.  6 dx 2.  2 dx 3.  x 3 dx 4.  5.  6. cos x dx 7.  dx 8.  5 u 3 du
x5 3
t 2 x
5dx dt 2dx
9.  3t 7 dt 10.  x 5 / 4 dx 11.  12. 
13.  3ax da 14.  t 3 dt 15.  3
3 2
t 3x x
Sugestão: Todos os exercícios no grupo I reduzem-se ao número 2 da tabela, excepto 1, 2, 6, 7 e 12.

II. Calcular as integrais que se seguem:

1.  3  2 x  dx 
2.  u 2  u  u 3 du  
3. 1  x  x 2 dx   2 
4.   4 x 3  2 1dx
 x 

5. 
x 2

 1 x2  2  dx 6.
u 3  2u 2  u
     
  
2
du 7 . x x 2
 2 2 x  1 dx 8. x  x dx
3
x2 3u
Sugestão: No grupo II, aplica-se a regra 3. Os exercícios de 5 a 8 precisam antes de um trabalho algébrico
para permitir a aplicação da regra 3.

III.
dx dx dx dx dt 4  x dx
2
1.  x 9
2
2. 
x 7
2
3.  x2  3
4. 
4  x2
5. 
16  t 2
6. 
16  x 4
dx dx dx 2  x2  2  x2
7.  8.  9.  10.  dx
5  x2 8  x2 4  x2 4  x4
dx dx du dt dt
11.  12. 2 13. 14. 15. 
x  10
2
x  7 3u 2
t 2
2 t 2
2

CONTINUA

Ficha elaborada por MEFS

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