Você está na página 1de 110

Aula 06

Parâmetros Elétricos de
Linhas de Transmissão

== Teoria ==
Propagação de ondas

A análise exata da propagação de


ondas é bastante complexa, devido
a:
• O solo não é plano nem
homogêneo e suas características
não são conhecidas com precisão.
• A configuração geométrica da
linha é relativamente complexa
para efeitos de definição do campo
eletromagnético correspondente, se
considerarmos a flecha dos
condutores, a forma das torres e os
isoladores.
• Ocorrência de efeito coroa.
• No caso dos cabos para-raios deve-
se considerar a não linearidade das
características magnéticas.
Hipóteses adotadas

É usual fazer algumas simplificações :


• O solo é plano e homogêneo.
• A linha é constituída por condutores
paralelos entre si e paralelos ao solo,
sendo seus raios muito inferiores às
distâncias envolvidas.
• Desprezar os efeitos terminais das linhas e
das torres no cálculo do campo
eletromagnético.
• Simplificar o efeito coroa.
• Os cabos P.R. têm com permeabilidade
magnética constante.
• Os cabos de fase, compostos de fios
encordoados com alma de aço, são
representados por um condutor com seção
reta com a forma de coroa circular, onde a
corrente na alma de aço é desprezada.
Análise em Regime Permanente
das Linhas de Transmissão
A integração das equações de campo
foi feita por Carson em 1926.
• Dois condutores cilíndricos p e k de
extensão infinita e paralelos entre si,
de pequeno diâmetro face a distância
entre eles e o solo, paralelos ao solo.
• O solo foi considerado plano, de
constante dielétrica nula e
condutividade uniforme e constante,
independente da frequência.
• A condutividade do ar foi suposta
uniforme e muito inferior a do solo,
podendo ser suposta nula, enquanto
que no solo a condutividade foi
suposta constante e finita.
Altura média dos condutores na
torre

Normalmente se obtém a altura média dos


condutores a partir da altura dos
condutores na torre e a flecha para o
carregamento máximo.

2
h média = h torre − flecha max
3
Campo eletromagnético em
torno da LT

E = Ez
Como
−  −
rot E = −  H
t

j    H x = − Ez
y

j    H y = − Ez
x
• No ar, o campo magnético é
resultante da somatória das
componentes do campo devido à
corrente no condutor e outra devido
à corrente no solo.

• Desenvolvendo as relações entre o


campo magnético e o campo
elétrico obtém-se relações de
tensão na superfície do condutor
e corrente no interior do
condutor, representada por
impedância longitudinal da linha.
• Esta impedância tem uma parcela
obtida supondo o solo como um
condutor perfeito, de
condutividade infinita, e outra
parcela considerando que o solo
tem condutividade finita. A parcela
devido ao solo ideal (condutor
perfeito) é composta por duas
parcelas :

– Impedância devido ao campo no


exterior dos condutores.

– Impedância devido ao campo no


interior dos condutores (uma vez que
os raios dos condutores são muito
menores do que as distâncias entre os
condutores e entre os condutores e o
solo).
Parâmetros Longitudinais
A matriz primitiva longitudinal
corresponde à matriz de impedância
série por unidade de comprimento
de uma linha de transmissão com n
condutores (sub-condutores de fase e
cabos pára-raios).
Esta matriz é formada por :
– Contribuição interna do condutor
suposto muito afastado dos demais
condutores e do solo;
– Contribuição do condutor na condição
de solo e condutor ideais
(condutividade infinita);
– Contribuição do solo (solo com
condutividade finita)
Impedância Interna
A impedância interna por unidade de
comprimento de um condutor cilíndrico
com seção reta em forma de coroa
circular.
• Raio externo R1 e raio interno R0
• À medida que a frequência aumenta, a
densidade de corrente concentra-se em
maior grau na superfície do condutor e
diminui bastante na região central do
condutor.
• Este fenômeno é denominado Efeito
Pelicular (“Skin Effect”).
• Ele é devido à alteração do fluxo
magnético e da densidade de corrente.
• Resulta na modificação da resistência e
indutância internas por unidade de
comprimento, fazendo com que estas
variem em função da frequência.
Efeito Pelicular

• Componentes longitudinais do
campo elétrico e as componentes
tangenciais do campo magnético
• Essas grandezas foram supostas
senoidais com frequência angular 
e os comprimentos de onda muito
superiores às dimensões transversais.
– l para 60 Hz = 5000 km
- l para 1 MHz = 300 m
Analisando os campos

 −

rot E = − B
t
− −  − −
rot H = J + D  J Equações de
t Maxwell
− −
D = E
− −
B=H
− −
J = E
temos

→ → → →

 E  d l = − j   B  d s
L S
S1

→ → → →

 H d l =  J d s
L S
S 2
Analisando a superfície S1

x  E (r + r ) − E (r ) = j  B(r )  x  r 
E (r + r ) − E (r )
 = j  B(r )
r
Fazendo r → 0
E 1 E
= j   cond  H (r ) =H (r ) =
r j   cond r

Analisando a superfície S 2
2    (r + r )  H (r + r ) − 2    r  H (r ) = J  2    r  r

r  H (r + r ) − r  H (r ) r  H (r + r )
− = J r
r r
como J =  cond E
quando r → 0
H (r )
r + H (r ) =  cond  E  r
r

chega − se à equação diferencial e como E = E (r )


2
d E dE
r  2 +r
2
− j  cond   cond  r 2  E = 0
dr dr
para  = r  j  cond   cond

2
2 d E dE
  +  − 2  E = 0
d 2 d

com solução
E (  ) = C 1  I 0(  ) + C 2  K 0(  )

1 dE
Como H=
j  cond dr

d
 C1  I 1(  ) − C 2  K 1(  )
1
H ( ) =
j   cond dr


H ( ) =  C 1  I 1(  ) − C 2  K 1(  )
j   cond
Condições de contorno – C1 e
C2
• O campo magnético é nulo para r = R0 :

 0 = R0  j  cond   cond

 cond C1 K 1(  0 )
H =0=  C1  I 1(  0 ) − C 2  K 1(  0 ) =
j   cond C 2 I 1(  0 )

• As correntes no condutor são nulas para


r < R0; A corrente no condutor é dada por :

R1 R1
− −
I =  J  ds =   cond .E ds =   cond E 2  r dr =  cond E 2   r dr
S S R0 R0

como  = r j  cond  cond


 dr 1
r=  =
j  cond  cond d j  cond  cond
Impedância interna

•A relação entre o campo elétrico longitudinal


na superfície exterior do condutor e a corrente
I será a impedância longitudinal do condutor
por unidade de comprimento Zc .

Zc = Rc + j  Xc =
j  cond 1 I 0( 1)  K 1( 0 ) + K 0( 1)  I 1( 0 )
 
 cond 2    R1 I 1( 1)  K 1( 0 ) − I 1( 0 )  K 1( 1)

I0, I1, K0 e K1 são funções de Bessel.


cond é a condutividade do condutor.
cond é a permeabilidade magnética do
condutor
Zc para corrente contínua

Cabos Para-Raios
•Fazendo R0, e, portanto, 0 tender a zero, Zc
tende a impedância interna por unidade de
comprimento de um cilindro homogêneo de
raio R1 (cabo P.R.)

j   cond 1 I 0 (1 )
Zc = Rc + j  Xc =  
 cond 2    R1 I1 (1 )

Condutor de fase – CC
•Para  pequeno, de modo que |0| e |1| sejam
pequenos

1 1
Zc = Rc = 
 cond  R1 −  R0
2 2
Zc para baixas frequências

Quando a densidade de corrente no condutor


puder ser considerada uniforme

1a. parcela – resistência em CC (ou para j


muito pequeno)
2a. parcela – reatância para j muito reduzido,
densidade de corrente no condutor suposta
uniforme.
Zc para frequências muito elevadas
Para  muito elevado as funções I0 , I1 , K0 ,
K1 podem ser substituídas pelos primeiros
termos dos respectivos desenvolvimentos
assintóticos (exceto se R1 − R0  R1 ).
Zc = Rc + j  Xc =
1 cond  1 1 cond  1
+j
2 R1  cond 2 2 R1  cond 2
Portanto, para  muito elevado a resistência e
a reatância interna são iguais e proporcionais a
 . Como a reatância externa é proporcional
a , para valores muito elevados de  pode-se
desprezar a reatância interna frente a externa.
A resistência Rc é equivalente à resistência de
um condutor com a forma de coroa circular de
raio exterior R1, de espessura d muito pequena
e condutividade , sendo : d  2
 cond cond
R-X internas unitárias
Exercício
Para uma LT com 01 condutor por fase e 02
cabos pára-raios, calcule a impedância interna
dos condutores para valores de  baixos e
muito elevados.
Dados dos cabos de fase : cabo Rail
Diâmetro externo : 0,02959 m
Diâmetro interno : 0,00739 m
Resistência CC a 25 °C : 0,05988 W/km
Permeabilidade magnética relativa : 1
Flecha a meio vão : 13,43 m
Cabo Pára-Raios : EHS 3/8”
Diâmetro externo : 0,009144 m
Resistência CC a 25 °C : 4,188 W/km
Permeabilidade magnética relativa : 70
Flecha a meio vão : 6,4 m
Resistividade do solo : 1000 W.m
Avaliando Delta
A profundidade de penetração d do campo
magnético se reduz com o aumento da
frequência. A seguir são apresentados alguns
valores de d ao se variar a frequência .
2
d R f = 0,014795 m R pr = 0,004572 m
 cond cond

frequência 10.000 50.000 100.000 500.000 1.000.000


[Hz]
delta - fase 0,000989 0,000442 0,000313 0,00014 9,89E-05
[m]
delta PR 0,000315 0,000141 9,98E-05 4,46E-05 3,15E-05
[m]

frequência 10.000 50.000 100.000 500.000 1.000.000


[Hz]
delta fase 0,066842 0,029893 0,021137 0,009453 0,006684
/R1
delta PR 0,069 0,030858 0,02182 0,009758 0,0069
/R1
Cálculo aproximado

Valores em W/km – 60 Hz
Zint = 0,05988 + j 0,0168046 (fase)
Exato = 0,061298 + j 0,0166259
Zint = 4,18804 + j 1,31947 (PR)
Exato = 4,32305 + j 1,29825
Reatância Externa para
Condutor e Solo Ideais

Seja um condutor ideal de raio R1, a uma


distância h1 do solo ideal, de comprimento
total l >> h1. O fluxo magnético resultante
próprio do condutor “k” corresponde ao
fluxo produzido por “k” que enlaça sua
imagem k’ .
l I
2 R1
x
condutor
h1 dx
d
solo
h1
retorno
I

H
dl
2 R1
x
I

dx
H dA
Lei de Ampère
− − I
 Hd l = I → H = 2  x
0 I
B = 0 H → B =
2x
− − 0 I
d = B . dA → d = l dx
2x

O fluxo resultante (’), por unidade de


comprimento, entre o condutor e o solo
será a superposição do fluxo devido ao
condutor e à sua imagem.
0 I 0 I
d ' = dx + dx
2 x 2  (2 h1 − x)

Assumindo que as permeabilidades


magnéticas do ar e do solo são iguais à do
vácuo, 0.
O fluxo total por unidade de
comprimento será :
0 I dx 0 I
h1 h1 h1
dx
 ' =  d →  ' =  +
1R R1
2  x R 2  (2 h1 − x)
1

'=
0 I
2

ln x R − ln (2 h1 − x) R
h1

1
h
1

1

0 I  2 h1 − R1 
'= ln  
2  R1 

como h1 >> R1

 0 I  2 h1 
'= ln  
2  R1 


Como L=
I
Lext

Indutância externa para solo ideal por


unidade de comprimento será :
Reatância mútua entre dois
condutores ideais sobre um solo ideal
Sejam dois condutores paralelos, entre
si e o solo, de raios R1 e R2, situados
a alturas h1 e h2 do solo, e afastados
entre si na horizontal de uma
distância y.
y
I 1
d 2 2 R2

dA
h2
h1 
D
H
solo
h1
h2

2’
-I
2 R1 1’
l
2 R2
x
h2 dx
dm
solo

O campo magnético produzido pelo


condutor 1 que enlaça o condutor 2 é
dado pela expressão

0 I
B=
2 2
2  y + (h 1 − h 2 + x )

onde I é a corrente no condutor 1.


− −
d m = B . dA → d m = B dA cos 
0 I h1 − h 2 + x
d m = . l . dx .
2  y 2 + (h 1 − h 2 + x ) 2 y 2 + (h 1 − h 2 + x ) 2

Um infinitésimo de fluxo por unidade


de comprimento será

0 I (h1 − h2 + x )
d 'm =
(
2  y + (h1 − h2 + x)
2 2
) dx

O fluxo que enlaça o condutor 2 e o


solo será a superposição do fluxo
devido ao condutor 1 com a sua
imagem
 0 I (h1 − h2 + x )
d ' m = dx +
(
2  y + (h1 − h2 + x)
2 2
)
 0 I (h1 + h2 − x )
(
2  y + (h1 + h2 − x)
2 2
) dx

O fluxo mútuo total por unidade de


comprimento será :
h2

 'm =  d
R2
m

 0 I 2 (h1 − h2 + x )
h2

 'm = R 4  ( y 2 + (h1 − h2 + x) 2 ) dx
2

 0 I 2 (h1 + h2 − x )
h2

+ 
R2
4  ( y + ( h1 + h2 − x ) )
2 2
dx

0 I  1 2 (
ln y 2 + ( h − h + x ) 2 h2 

)
 'm =
R2

4   − ln y 2 + ( h + h − x ) 2 h2 
( )

 1 2 
R2 
  y + h1
2 2
 
ln  2 
2  
 0 I   y + (h1 − h2 + R2 )  
 'm =  
4
− ln  y + h1 
2 2

  y 2 + (h + h − R ) 2 
  1 2 2 
0 I   y + (h1 + h2 − R2 ) 
2 2
 'm = ln  2 
2 
4    y + (h1 − h2 + R2 ) 

Admitindo que h1 e h2 >> R2

0 I   y + (h1 + h2 ) 
2 2
 'm = ln  2 
2 
4    y + (h1 − h2 ) 
Como

D = y + (h1 + h2 )
2 2 2

e d = y + (h1 − h2 )
2 2 2

0 I D
 'm = ln
2 d
 'm 0 D
L'm = → L 'm = ln
I 2 d
A reatância mútua para solo ideal por
unidade de comprimento será :
Resumo das expressões
de reatância para
condutores e solo ideais

onde
 – frequência angular
0 – permeabilidade magnética do vácuo
(4  10–7 H/m)
=> considera-se que r-ar = r-solo =1
y
p
dpk k

hp hk
Dpk

hp
hk

k’

p’
Para p = k ➔ Dpk = 2 hp ; dpk = R1p
Exercício
Calcular a impedância para solo ideal da linha
exemplo ( 60 Hz )

Zext-solo ideal [W/km]

j 0,56871 j 0,09301 j 0,04930 j 0,06089 j 0,09020

j 0,09301 j 0,56871 j 0,09301 j 0,08305 j 0,08305

j 0,04930 j 0,09301 j 0,56871 j 0,09020 j 0,06089

j 0,06089 j 0,08305 j 0,09020 j 0,70351 j 0,10899

j 0,09020 j 0,08305 j 0,06089 j 0,10899 j 0,70351


Impedância devido ao retorno
no solo real

Hipótese básica :
• Sejam dois condutores cilíndricos p e k
de extensão infinita e paralelos entre si,
de pequeno diâmetro face a distância
entre eles e o solo, paralelos ao solo.
• O solo foi considerado plano, de
constante dielétrica nula e condutividade
uniforme e constante, invariável à
frequência.
• O ar apresenta condutividade uniforme
muito inferior a do solo.
• O campo elétrico produzido pela
circulação de correntes apresenta apenas
componente na direção do eixo dos
condutores, sendo as demais
componentes desprezáveis.
• O campo magnético apresenta
componentes somente no plano
perpendicular ao eixo do condutor.
• No ar, o campo magnético é resultante
da somatória das componentes do
campo devido à corrente no condutor e
outra devido à corrente no solo.
• A partir dos campos elétrico e
magnético chegou-se à correção de solo
real na impedância da linha.
O termo Zspk corresponde à correção da
matriz impedância para solo de
condutividade finita através da
formulação de Carson.
Zs ' pk = Rs ' pk + j  Xs ' pk =
0
 0

(
    + j −   e
2 − (h
) p ' + hk )
' 
 cos ( y pk ' ) d

Para p  k

Zs ' pp = Rs ' pp + j  Xs ' pp =


0


(
    + j −   e
0
2 − 2 (h ' )
)
 d p

Para p = k

hp ' = hp  y pk ' = y pk  

hk ' = hk    = 0     solo

solo= resistividade do solo [W.m]


y
p
dpk k

hp hk
Dpk

hp
hk

k’

p’
Cálculo aproximado – Distância
complexa (impedância devido ao solo+
Zext)
p
dpk

k
hp
hk
hp’=hp+d’
solo real

1
D’pk d=
j 0

solo fictício

hp’=hp+d’
hk
hp
Cálculo aproximado – Distância
complexa – termo ideal + solo
p
dpk

k
hp
hk
hp’=hp+d’
solo real

1
D’pk d=
j 0

solo fictício

hp’=hp+d’
hk
hp

Rosolo Freq [Hz]

[W.m] 60 100 1000 10.000 100.000

100 459,441 355,881 112,540 35,5881 11,254

1000 1452,879 1125,395 355,881 112,540 35,588

2000 2054,681 1591,549 503,292 159,155 50,329

10.000 4594,407 3558,813 1125,395 355,881 112,540


Valores da impedância de solo por
unidade de comprimento – 60 Hz
Rsolo[W/km]
0,05855 0,05855 0,05855 0,05828 0,05828

0,05855 0,05855 0,05855 0,05828 0,05828

0,05855 0,05855 0,05855 0,05828 0,05828

0,05828 0,05828 0,05828 0,05801 0,05801

0,05828 0,05828 0,05828 0,05801 0,05801

Xsolo [W/km]
j 0,34509 j 0,34175 j 0,33320 j 0,31390 j 0,31864

j 0,34175 j 0,34509 j 0,34175 j 0,31784 j 0,31784

j 0,33320 j 0,34175 j 0,34509 j 0,31864 j 0,31390


j 0,31390 j 0,31784 j 0,31864 j 0,29941 j 0,29726

j 0,31864 j 0,31784 j 0,31390 j 0,29726 j 0,29941


Valores da impedância de solo por
unidade de comprimento – 60 Hz
Distância Complexa
Rsolo[W/km]
0,058709 0,058708 0,058708 0,058495 0,058495

0,058708 0,058709 0,058708 0,058495 0,058495

0,058708 0,058708 0,058709 0,058495 0,058495

0,058495 0,058495 0,058495 0,058283 0,058283

0,058495 0,058495 0,058495 0,058283 0,058283

Xsolo [W/km]
0,350745 0,347403 0,338857 0,31948 0,324225

0,347403 0,350745 0,347403 0,323424 0,323424

0,338857 0,347403 0,350745 0,324225 0,319480


0,319480 0,323424 0,324225 0,304929 0,302776

0,324225 0,323424 0,31948 0,302776 0,304929


Matriz de Impedância Primitiva por
unidade de comprimento – 60 Hz
Rprim = Rint + Rsolo [W/km]
0,11985 0,05855 0,05855 0,05828 0,05828

0,05855 0,11985 0,05855 0,05828 0,05828

0,05855 0,05855 0,11985 0,05828 0,05828

0,05828 0,05828 0,05828 4,38106 0,05801

0,05828 0,05828 0,05828 0,05801 4,38106

Xprim = Xint + Xext+ Xsolo [W/km]

0,93043 0,43476 0,38250 0,37479 0,40884

0,43476 0,93043 0,43476 0,40089 0,40089

0,38250 0,43476 0,93043 0,40884 0,37479

0,37479 0,40089 0,40884 2,30117 0,40625

0,40884 0,40089 0,37479 0,40625 2,30117


Resistência unitária

Resistência para condutor de fase a1

Resistência mútua entre condutores de fase a1 e b1


Indutância unitária

Indutância para condutor de fase a1

Indutância mútua entre condutores de fase a1 e b1


Parâmetros Transversais
Capacitância de um condutor sobre um
solo ideal
Seja um condutor de raio R1, a uma altura
h1 do solo, de comprimento total l >> h1.

+Q
2 R1

x
^ x condutor
h1 dx

Ei

Ec
h1
imagem -Q

Assumindo que as permissividades do ar e


do solo são iguais à do vácuo, 0.
A intensidade de campo elétrico a uma
distância x do condutor será :

→ Q ^
Ec = x (devido ao condutor)
2  0 x
→ Q ^
Ei = x (devido à imagem )
2   0 (2 h1 − x )

A diferença de potencial total entre o


condutor e o solo produzida pelo
condutor e a sua imagem será :
h1 → h1 →
V =  E c .dx +  E i .dx
R1 R1
h1 h1
Q Q
V=  .dx +  .dx
R
2  0 x R
2   0 (2 h1 − x )
1 1

V=
Q
2  0
(ln x h1
R1
− ln (2 h1 − x )
h1
R1
)
Q 2 h1 − R1
V= ln
2  0 R1
como h1 >> R1

Q 2 h1
V= ln
2  0 R1
Como

Q 2  0
C= → C=
V  2 h1 
ln  

 1 
R
Y = jC

onde Y – admitância por unidade de


comprimento
Capacitância entre dois condutores
paralelos sobre um solo ideal
Sejam dois condutores paralelos, entre si e
o solo, de raios R1 e R2, situados a
alturas h1 e h2 do solo, e afastados entre
si na horizontal de uma distância y.
y
^
+Q1 y
1 Y
^ d 2
+Q2
x x

h1 E c 2 h2

E i1 → D
Ei 2
→ solo
E c1
h1 h2

2’
2 R1 -Q2
-Q1 2 R2
1’
A intensidade de campo elétrico a uma
distância x do condutor 1 será :

→ Q1 ^
E c1 = x (devido ao condutor 1)
2  0 x
→ Q1 ^
E i1 = x (devido à imagem de1)
2   0 (2 hi − x )
→ − Q2 cos  c 2 ^
E c2 = x
2  0 y + (h1 − h2 − x)
2 2

Q2 sin  c 2 ^
− y
2  0 y + (h1 − h2 − x)
2 2

(devido ao condutor 2)
→ Q2 cos  i 2 ^
E i2 = x
2  0 y + (h1 + h2 − x)
2 2

Q2 sin  i 2 ^
+ y
2  0 y + (h1 + h2 − x)
2 2

(devido à imagem de 2)
A diferença de potencial total entre o
condutor 1 e o solo será :

h1→ → h1→ → h1→ → h1→ →


V1 =  E c1 . dx +  E i1 . dx +  E c2 . dx +  E i2 . dx
R1 R1 R1 R1
h1 h1
Q1 Q1
V1 =  2  0 x
dx +  2   0 (2 h 1 − x )
dx +
R1 R1
h1
Q2 h1 − h 2 − x
 dx +
R1 2   0 y 2 + (h 1 − h 2 − x ) 2 y 2 + (h 1 − h 2 − x ) 2
h1
Q2 h1 + h 2 − x
 dx
R1 2   0 y 2 + (h 1 + h 2 − x ) 2 y 2 + (h 1 + h 2 − x ) 2
h1 h1
Q1 Q1
V1 =  dx +  dx
R
2  0 x R
2   0 (2 h1 − x )
1 1

2 Q2 (h1 − h2 − x )
h1
−  4  (y 2
+ (h1 − h2 − x) 2
) dx
R1 0

2 Q2 (h1 + h2 − x )
h1
+  4  (y 2
+ (h1 + h2 − x) 2
) dx
R1 0

V1 =
Q1
2  0
ln x h1
R1
− ln (2 h1 − x ) R1 +
h
1

Q2 

4  0 
ln y 2
+ (h1 − h2 − x ) 2
 h1

R1

− ln y + (h1 + h2 − x)
2 2
 h1 

R1 

Q1 2 h1 − R1
V1 = ln +
2  0 R1
Q2 y 2 + (h1 + h 2 − R1) 2
ln
4  0 y 2 + (h1 − h 2 − R1) 2
como h1 e h2 >> R1

Q1 2 h1 Q2 y 2 + (h 1 + h 2 ) 2
V1 = ln + ln
2  0 R1 4   0 y 2 + (h 1 − h 2 ) 2

Q1 2 h1 Q2 D
V1 = ln + ln
2  0 R1 2   0 d
Resolvendo-se de maneira análoga, a
diferença de potencial entre o condutor
2 e o solo será

Q1 D Q2 2h2
V2 = ln + ln
2  0 d 2  0 R2
Reescrevendo-se as expressões de
diferenças de potencial dos condutores 1
e 2 em relação ao solo na forma
matricial:
2 h1 D12
ln ln
V1 1 R1 d12 Q1
= 
V2 2   0 D12 2 h 2 Q2
ln ln
d12 R2
como
Q 1
C= → V = Q
V C
−1
2 h1 D12
ln ln
R1 d12
C = 2  0
D12 2 h2
ln ln
d12 R2
Resumo das expressões de
admitância transversais
A admitância Y de uma linha de
transmissão é somente função das
posições relativas dos condutores entre
si e em relação ao solo. A sua parte real
é nula uma vez que a condutância do ar
para linhas aéreas é desprezável.
𝑌 = 𝑗𝜔2𝜋𝜀0 𝐴 −1

Onde
𝐴 - matriz cujos elementos são iguais a:
𝐷𝑝𝑘
𝑙𝑛
𝑑𝑝𝑘
𝜔 – frequência angular
−12 𝐹
𝜀0 = 8,85 ∙10 [ ] :: permissividade do
𝑚
vácuo
=>> supondo 𝜀𝑟−𝑎𝑟 = 𝜀𝑟−𝑠𝑜𝑙𝑜 = 1
Para p = k ➔ Dpk = 2 hp ; dpk = Rp
Matriz de Admitância – 60 Hz
Yprim [S/km]

j 2,91683 - j 0,39114 - j 0,13463 - j 0,14350 - j 0,29394

- j 0,39114 j 2,97471 - j 0,39114 - j 0,23133 - j 0,23133

- j 0,13463 - j 0,39114 j 2,91683 -j 0,29394 - j 0,14350

- j 0,14350 - j 0,23133 - j 0,29394 j 2,36999 - j 0,29603

- j 0,29394 - j 0,23133 - j 0,14350 - j 0,29603 j 2,36999


Representação Matricial

Para uma LT CA com n condutores por fase e


k para-raios as relações entre as tensões e
correntes podem ser relacionadas
matricialmente por :

Vl = Zl  Il
I t = Yt Vt

onde
Vl − Vetor de diferenças
de potenciais longitudinais
I l − vetor de corrente nos condutores
Vt − Vetor de tensões entre os
condutores e o solo
I t − vetor de correntes transversais
Z l − Matriz de parâmetros longitudinais
Yt − Matriz de parâmetros transversais
Redução de Matrizes
As matrizes de parâmetros (longitudinais e
transversais) são estruturadas visando à
obtenção de matrizes reduzidas cujas
dimensões correspondam ao número de
fases da linha (ou fase e para-raios).
A implementação da redução de matrizes é
realizada considerando-se as seguintes
hipóteses:
• Os cabos para-raios são considerados
aterrados em todas as estruturas,
fazendo com que a tensão fase-terra
nesses cabos seja nula (por exemplo).
Os cabos para-raios poderiam estar
isolados (neste caso a corrente
longitudinal seria nula).
• A corrente total por feixe de cada fase é
correspondente à soma das correntes dos
sub-condutores no feixe.
• A tensão em cada sub-condutor é igual à
tensão de fase equivalente.
Matrizes em componentes de fase
Nas matrizes reduzidas, os sub-condutores
do feixe de cada fase são representados
por um condutor equivalente
representando a fase.
Após a eliminação dos feixes, eliminam-se
os cabos para-raios, tendo suas
contribuições nas matrizes de
parâmetros implicitamente
representadas nos elementos
equivalentes de cada fase.
Matriz Primitiva Longitudinal
Suponhamos que a nossa linha é formada por
n sub-condutores em cada fase e prk cabos
para-raios. A matriz primitiva Zl
longitudinal é descrita por :
Vl = Zl  I l
 Va1 
 V 
 b1   Z Z a1b1 Z a1c1 Z a1 pr1 . Z a1 prk . Z a1an Z a1bn Z a1cn   I a1 
 Vc1   a1a1  
     I b1 
  V  
pr 1
  I c1 
.    
     I pr1 
 V  
prk
 . 
V  =  .  
 a2   .   prk 
I
Vb 2    . 
    
 V  
c 2
  I an 
.    
     I bn 

 an   Z
V
V   cna1 Z cnb1 Z cnc1 Z cnpr1 . Z cnprk . Z cnan Z cnbn Z cncn   I cn 
 bn 
Vcn 

Com os elementos Zlmn da matriz sendo


descritos por :
Zl mn = ( Rimn + Rsmn ) + j( Limn + Lsmn + Lemn )
Matriz Primitiva Transversal
Suponhamos que a nossa linha é formada por
n sub-condutores em cada fase e prk cabos
para-raios. A matriz primitiva Yt transversal
é descrita por :
I t = Yt  Vt
 I ' a1 
 I' 
 b1  Y Y Y Y . Ya1 prk . Ya1an Ya1bn Ya1cn   V ' a1 
 I 'c1   a1a1 a1b1 a1c1 a1 pr1  
     V 'b1 
 pr1  
I '
  V 'c1 
.    
     pr1 
V '
 I '  
prk
 . 
I '  =  .  
 a2   .   prk 
V '
 I 'b 2    . 
    
 I '  
c 2
  V ' an 
.    
   V
  bn '
 I ' an  Y . Ycnan Ycnbn Ycncn   V 'cn 
 I '   cna1 Ycnb1 Ycnc1 Ycnpr1 . Ycnprk
 bn 
 I 'cn 

Com os elementos Ytmn da matriz sendo


descritos por :

Yt mn = j C mn
Redução das Matrizes Longitudinal e
Transversal
Hipóteses:
• Tensão nos subcondutores iguais ao longo
da linha

Van = .. = Va 3 = Va 2 = Va1 = Va
Vbn = .. = Vb3 = Vb 2 = Vb1 = Vb
Vcn = .. = Vc 3 = Vc 2 = Vc1 = Vc

• Corrente num condutor equivalente por fase


igual a soma das correntes no sub-
condutores

I an + .. + I a3 + I a 2 + I a1 = I a
I bn + .. + I b3 + I b 2 + I b1 = I b
I cn + .. + I c3 + I c 2 + I c1 = I c
Redução das Matrizes Longitudinal e
Transversal
Hipóteses:

• Cabos para-raios aterrados

V pr1 = .. = V prk = 0

• Cabos para-raios isolados

I pr1 = .. = I prk = 0
Reduzindo os feixes – matriz de
admitância
Vamos trabalhar com as matrizes de parâmetros na forma de
admitância.
Temos:

A matriz de admitância reduzida é formada pela soma das sub-


matrizes das admitâncias.
Reduzindo os feixes – matriz de
impedância
Vamos trabalhar com as matrizes de parâmetros na forma de impedância.
Temos:
Redução da Matriz Impedância
Passo 1
Ao efetuarmos operações com as linhas da
matriz Zl teremos mudança somente
elemento associado a esta linha, então
• A linha correspondente a Va2 é substituída
pela diferença entre ela e a linha
correspondente a Va1
• A linha correspondente a Vb2 é substituída
pela diferença entre ela e a linha
correspondente a Vb1
• ….
• Repetir para as linhas correspondentes aos
demais sub-condutores
Matriz Impedância Reduzida
Passo 01
Com isto o sistema matricial passa a ser

 Va   I a1 
 V  I 
 b   b1 
 Vc   I c1 
   
 V pr1   I pr1 
V pr 2   I pr 2 
   
0   Ia2 
0  = Z I 
  l − alterada1
 b2 
.   . 
.   . 
   
.   . 
0   
   I an 
0   I bn 
   
0   I cn 
Redução da Matriz Impedância
Passo 2
Lembrando agora que as operações com as
colunas de Zlalt1 acarretam mudanças
apenas no elemento Il associado a esta
coluna, o segundo passo da redução consiste
em :
• A coluna correspondente a Ia2 é substituída
pela diferença entre ela e a coluna
correspondente a Ia1
• A coluna correspondente a Ib2 é substituída
pela diferença entre ela e a coluna
correspondente a Ib1
• ..
• Repetir para as colunas correspondentes aos
demais sub-condutores
Matriz Impedância Reduzida – P2
Com isto o sistema matricial passa a ser

 Va   I a1 + I a 2 + .. + I an = I a 
 V   I + I + .. + I = I 
 b   b1 b 2 bn b

 Vc   I c1 + I c 2 + .. + I cn = I c 
   
 V pr1   I pr1 
V pr 2   I pr 2 
   
0   Ia2 
 = Z
l − alterada2 
0  Ib2 
   
.   . 
.   . 
   
.   . 
0   
   I an 
0   I bn 
   
0   I cn 
Matriz Impedância Reduzida
Passo 3
O terceiro passo é aplicar ao sistema anterior a
redução pelo método de Kron para
incorporar as alterações referentes aos sub-
condutores.
Z mp  Z pn
Z mn = Z mn −
Z pp
Onde p é o índice da linha que se está
eliminando, ou seja, p varia de

n f .nc + n pr a n f + n pr
O sistema passará a ser

 Va   Ia 
 V  I 
 b   b 
 Vc  = Z l − alterada3  I c 
   
 V pr1   I pr1 
V pr 2   I pr 2 
   
Redução Matriz na forma de
Admitância
Pelo exposto, a matriz reduzida é formada pela
soma dos termos associados aos sub-
condutores:

Yaa = Ya1a1 + Ya1a 2 + ... + Ya1aN + Ya 2 a1 + Ya 2 a 2 + ... + Ya 2 aN + ... + YaNa1 + YaNa2 + ... + YaNaN
Yab = Ya1b1 + Ya1b 2 + ... + Ya1bN + Ya 2b1 + Ya 2b 2 + ... + Ya 2bN + ... + YaNb1 + YaNb2 + ... + YaNbN

Esta forma de redução pode ser aplicada à


matriz de parâmetros longitudinais na forma
de admitância e também diretamente à
matriz de parâmetros transversais.
Eliminando os cabos para-raios –
matriz de admitância
Vamos trabalhar com as matrizes de parâmetros na forma de admitância.
Temos:

 I 'a1   Ya1a1 Ya1b1 Ya1c1 Ya1 pr1   V 'a1 


 I'  Y Y Y Y  V ' 
 b1  =  b1a1 b1b1 b1c1 b1 pr1   b1 

 I 'c1   Yc1a1 Yc1b1 Yc1c1 Yc1 pr1   V 'c1 


    
 pr1   pr1a1
I ' Y Y pr1b1 Y pr1c1 Y pr1 pr1 
  pr1 
V '
cabo PR aterrado  V ' pr1 = 0
[ I 'abc1 ] = [Yabc ].[V 'abc1 ]
cabo PR isolado  I ' pr1 = 0
[ I 'abc1 ] = [Yabc ].[V 'abc1 ] + [Yabc− pr ].[V ' pr1 ]
[ I ' pr1 ] = [Y pr − abc ].[V 'abc1 ] + [Ypr − pr ].[V ' pr1 ]
[0] = [Y pr − abc ].[V 'abc1 ] + [Y pr− pr ].[V ' pr1 ]
[V ' pr1 ] = −[Y pr − pr ]−1 .[Y pr− abc ].[V 'abc1 ]
logo
[ I 'abc1 ] = ([Yabc ] − [Yabc− pr ].[Ypr − pr ]−1 .[Y pr− abc ] ).[V 'abc1 ]

No primeiro caso basta considerar somente a parte da matriz referente aos


condutores de fase, e para cabo isolado é preciso efetuar a redução de
KRON.
Eliminando os cabos para-raios –
matriz de impedância
Vamos trabalhar com as matrizes de parâmetros na forma de impedância
Temos:

 V 'a1   Z a1a1 Z a1b1 Z a1c1 Z a1 pr1   I 'a1 


 V '   Z Z b1b1 Z b1c1 Z b1 pr1   I 'b1 
 b1 
=  b1a1

 V 'c1   Z c1a1 Z c1b1 Z c1c1 Z c1 pr1   I 'c1 


    
V ' pr1   Z pr1a1 Z pr1b1 Z pr1c1 Z pr1 pr1   I ' pr1 
cabo PR aterrado  V ' pr1 = 0
[V 'abc1 ] = [ Z abc ].[ I 'abc1 ] + [ Z abc− pr ].[ I ' pr1 ]
[V ' pr1 ] = [ Z pr − abc ].[ I 'abc1 ] + [ Z pr − pr ].[ I ' pr1 ]
[0] = [ Z pr − abc ].[ I 'abc1 ] + [ Z pr − pr ].[ I ' pr1 ]
[ I ' pr1 ] = −[ Z pr − pr ]−1 .[ Z pr− abc ].[ I 'abc1 ]
logo
[V 'abc1 ] = ([ Z abc ] − [ Z abc− pr ].[ Z pr − pr ]−1 .[ Z pr − abc ] ).[ I 'abc1 ]
cabo PR isolado  I ' pr1 = 0
[V 'abc1 ] = [ Z abc ].[ I 'abc1 ]

No primeiro caso é preciso efetuar a redução de KRON e para cabo isolado basta
trabalhar somente com a parte da matriz referente aos cabos de fase.
Eliminando cabos PR isolados
Com a matriz Nf + Npr pode-se eliminar os
cabos para-raios. Deve-se incluir as
condições de contorno adequadas.
• Cabos para-raios isolados (Ipr=0)

 Va  I a 
 V  I 
 b 
 b
 Vc  = Z l − alterada3 . I c 
   
 V pr1  0
V pr 2  
 

  0

• Posso desprezar as linhas associadas aos


PRs, obtendo a matriz final abc
Va  I a 
 V  = Z .I 
 b l − abc  b 

 Vc   I c 
Eliminando cabos PR aterrados
Caso os cabos para-raios estejam aterrados
posso trabalhar com a matriz na forma de
admitância e aplicar as condições de
contorno adequadas.
• Inverter a matriz impedância

Yl −alterada3  = Zl −alterada3  −1

• Cabos para-raios aterrados (Vpr=0)

 Ia  Va 
 I  V 
 b   b
 I c  = Yl −alterada3 .Vc 
   
 I pr1  0
 I pr 2   0 
 
Eliminando cabos PR aterrados
• Posso desprezar as linhas associadas aos
PRs, obtendo a matriz final abc

I a  Va 
 I  = Y  
 b l − abc .Vb 
 I c  Vc 

• Ao inverter a matriz Yabc obtém-se a matriz


Zabc reduzida aos elementos de fase

Zl −abc  = Yl −abc  −1


Matrizes reduzidas

− − − 
 z aa z ab z ac 
− − − − 
Zabc =  z ba z bb z bc 
− − − 
 z ca z cb z cc 
 

Zabc - Parâmetros longitudinais por unidade


de comprimento

− − − 
 y aa y ab y ac 
− − − − 
Y abc =  y ba y bb y bc 
− − −

 
 y ca y cb y cc 
 

Yabc - Parâmetros transversais por unidade de


comprimento
Matriz de Impedância Longitudinal
Reduzida por unidade de
comprimento - 60 Hz

Rfase[W/km]

0,160116 0,099766 0,098588


0,099766 0,162153 0,099766

0,098588 0,099766 0,160116

Xfase[W/km]

0,885317 0,38881 0,337484

0,388810 0,88358 0,388810

0,337484 0,38881 0,885317


Matriz de Admitância Transversal
Reduzida por unidade de
comprimento - 60 Hz

Yfase[S/km]

j 2,916833 - j 0,39114 - j 0,13463

- j 0,39114 j 2,974711 - j 0,39114

- j 0,13463 - j 0,39114 j 2,916833


Transposição de linhas
60 Hz
Transposição de linhas de
Transmissão
• Uma linha de transmissão não deveria
agregar desequilíbrio no sistema, mas isso
acontece devido às características elétricas
das linhas.
• O ciclo de transposição utilizado na prática é
de 300 km (<< l/4 para 60 Hz).
• Para a frequência de 60 Hz o comprimento
de onda (l) é 5000 km – sequência positiva.

Comprimentos de onda em função da


frequência – sequência positiva.
TRANSPOSIÇÃO
Ao final de cada trecho de
transposição é feita uma mudança
entre as fases da linha, onde a fase
“A” assume a posição da fase “C”, a
fase “B” vai para a posição da fase
“A” e a fase “C” fica no lugar da
fase “B”.
Torre de transposição - Exemplos

Transposition by using elongated traverses


Source: https://en.wikipedia.org/wiki/Transposition_tower
Transposição – Circuito duplo

Transposition tower. On the right side, the phases are rotated upward, on the left side downward. Source:
https://en.wikipedia.org/wiki/Transposition_tower
Transposição poste

Source: https://en.wikipedia.org/wiki/Transposition_tower
Efeito da Transposição nos
Parâmetros da linha

− − −  − − − 
 z aa z ab z ac   z cc z cb z ca 
− − − −  − − − − 
Zabc =  z ba z bb z bc  Zcba =  z bc z bb z ba 
− − −  − − − 
 z ca z cb z cc   z ac z ab z aa 
   

− − − 
 z bb z ba z bc 
− − − − 
Zbac =  z ab z aa z ac 
− − − 
 z cb z ca z cc 
 

− − −  ZP ZM ZM 

ZLIT =
Zabc + Zcab + Zbac [ Z LIT ] =  Z M ZP Z M 
3  Z M ZM Z P 
Matriz de Impedância Longitudinal
por unidade de comprimento
- Linha Transposta - 60 Hz

Rfase[W/km]

0,160795 0,099373 0,099373


0,099373 0,160795 0,099373

0,099373 0,099373 0,160795

Xfase[W/km]

0,884737 0,371701 0,371701

0,371701 0,884737 0,371701

0,371701 0,371701 0,884737


Impedância longitudinal unitária em
modos de propagação em função da
frequência
Admitância da linha transposta
Suponha que na linha temos somente 01
condutor por fase e nenhum cabo PR.
Se a linha for transposta teremos :
Logo :

como
Q 1
C= → V = Q
V C
Matriz de Admitância Transversal
Reduzida por unidade de
comprimento - Linha Transposta
60 Hz

Yfase[S/km]

j 2,926712 - j 0,3022 - j 0,3022

- j 0,3022 j 2,926712 - j 0,3022

- j 0,3022 - j 0,3022 j 2,926712


Matriz de impedância longitudinal
por unidade de comprimento em
componentes de sequência

A matriz Zfase de uma linha balanceada tem a


forma :
− − − 
 Zp Zm Zm 
− − − − 
Zabc =  Zm Zp Zm 
− − − 
Z Z Z 
 m m p
 
então

− − 
Z p + 2 Z m 0 0 
−  − − 
Z012 =  0 Zp − Zm 0 
 − − 
 0 0 Z p − Z m
 
Onde :
− − −
Zzero = Z p + 2 Z m
− − −
Zpositiva = Z p − Z m
− − −
Znegativa = Z p − Z m

− − −
Y zero = Y p + 2 Y m
− − −
Y positiva = Y p − Y m
− − −
Y negativa = Y p − Y m
Impedância Longitudinal e
Admitância Transversal por unidade
de comprimento
- Componentes de Sequência - 60 Hz


Zzero = 0,359541+ j 1,628139
− [W/km]
Zpositiva = 0,061422 + j 0,513036

Znegativa = 0,061422 + j 0,513036


Y zero = j 2,322303

Y positiva = j 3,228917 [S/km]

Y negativa = j 3,228917
Exercício – Análise da
transposição
Obtenha as tensões ft no extremo de uma linha
de 300 km não transposta ligada a uma
barra infinita de tensão 345 kVef com
corrente de 500 A atrasada de 90°.
Suponha que a linha possa ser tratada
como uma linha curta.
• • −
Vabc rec = Vabc ger − Zabc . x . Iabc

122,07,4

Vabc rec = 125,3 − 115,7
120,7121,2

2,556,3
• 012
Va = 122,64,3
5,2120
Considere agora que a linha é transposta,
sendo o ciclo de transposição definido por
50-100-100-50 km. Suponha que a linha
possa ser tratada como uma linha curta.

122,64,3

Vabc rec = 122,6 − 115,7
122,6124,3

0
• 012
Va = 122,64,3
0
Considere agora que a linha é idealmente
transposta. Suponha que a linha possa ser
tratada como uma linha curta. Calcule as
tensões ft na recepção.

122,64,3

Vabc rec = 122,6 − 115,7
122,6124,3

0
• 012
Va = 122,64,3
0
Calcule a queda de tensão de seqüência
positiva e depois calcule as tensões ft na
recepção (isto é igual a considerar a linha
como idealmente transposta). Suponha
que a linha possa ser tratada como uma
linha curta.

•1 •1 •1
V a rec = V a ger − Z1 . x . I a

•1
V a = 122,64,3

122,64,3

Vabc rec = 122,6 − 115,7
122,6124,3
Parcelas da Impedância em fase

 Rp Rm R m   Xp Xm Xm 
−    
Zabc = R m Rp R m  + j X m Xp Xm 
R Rm R p  X m Xm X p 
 m

Onde :
• Rp = interna + correção de solo
real
• Xp = interna + externa (solo
ideal) + correção de solo real
• Rm = correção de solo real
• Xm = externa (solo ideal) +
correção de solo real
Impedância em modo
− − −
Zzero = Z p + 2 Z m
− − −
Zpositiva = Z p − Z m
− − −
Znegativa = Z p − Z m

• Impedância positiva/negativa -
predomínio das contribuições internas
e diferença entre solo ideal /solo real
– subtração entre os termos próprios e
mútuos que são próximos.
• Zero - a correção de solo real e a
contribuição solo ideal acentuam-se -
soma da parcelas própria e mútua.
Impedância de sequência
positiva para a linha exemplo

Zint = 0,05988 + j 0,0163417

Zext (1,1) : j 0,56871
(1,2): j 0,09301
(1,3): j 0,04930

Zsolo (1,1) : 0,05855 + j 0,34509
X

(1,2) : 0,05855 + j 0,34175


Considerando a impedância de sequência
positiva :
• Diferença entre termo próprio e mútuo é
muito pequena
• Resistência é dada pela resistência interna
• Para a reatância a parcela dominante é a
diferença da reatância externa (própria –
mútua)
Impedância de sequência zero
para a linha exemplo

Zint = 0,05988 + j 0,0163417

Zext (1,1) : j 0,56871
(1,2): j 0,09301
(1,3): j 0,04930

Zsolo (1,1) : 0,05855 + j 0,34509
X

(1,2) : 0,05855 + j 0,34175

• Resistência é dada pela resistência interna e


efeito do solo acentuado
• Para a reatância a parcela da reatância
externa com grande peso do efeito do solo
(P+2M), que são da mesma ordem de
grandeza.
Erro de se desprezar a correção do solo - 60 Hz

Zzero = 0,359541 + j 1,628139

Zpositiva = 0,061422 + j 0,513036 correta

Znegativa = 0,061422 + j 0,513036

Zzero = 0,0681253 + j 0,738885

Zpositiva = 0,061388 + j 0,506861
− Sem solo
Znegativa = 0,061388 + j 0,506861

Erro zero − 56 %
Erro positiva − 1,2 %
Erro negativa − 1,2 %
Erro de se desprezar a correção do solo e reatância
interna - 60 Hz

Zzero = 0,359541+ j 1,628139

Zpositiva = 0,061422 + j 0,513036 correta

Znegativa = 0,061422 + j 0,513036 X


Zzero = 0,0694645 + j 0,724058
Sem solo /sem Xint

Zpositiva = 0,0614039 + j 0,49026
− Erro zero − 57 %
Znegativa = 0,0614039 + j 0,49026 Erro positiva − 4,4 %
Erro negativa − 4,4 %
Observações
A análise anterior foi realizada
considerando os termos da matriz
primitiva, o que é uma aproximação,
pois não foi levado em conta a redução
da matriz para uma fase equivalente e a
incorporação do efeito dos cabos para-
raios. Podemos contudo dizer que estes
efeitos são de segunda ordem.

Você também pode gostar