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Conjunção

Definição
Também chamadas de palavras relacionais (junto com as preposições), as
conjunções são palavras invariáveis que unem termos semelhantes de uma
mesma oração ou unem duas ou mais orações. Elas são importantes no pro-
cesso de elaboração textual, uma vez que a sua função na língua é promover
a correlação das orações, gerando o processo de progressão textual assim
como garantindo a sua coesão e, assegurando, em consequência, a sua coe-
rência no momento em que produzimos textos. Em resumo, o encadeamento
das ideias de um texto é facilitado pelo uso adequado das conjunções.

Portanto, entender as conjunções, os sentidos gerados por elas e saber


usá-la adequadamente, auxilia no processo de escrita e construção de sen-
tidos, o que torna o texto mais claro e compreensível.

Assim como em outras classes de palavras já vistas anteriormente, também


podemos utilizar um conjunto de duas ou mais palavras com valor de con-
junção, são as Locuções Conjuntivas. Geralmente, as locuções conjuntivas
terminam pela conjunção que:

ainda que, se bem que, contanto que, à medida que.

As conjunções são, em um primeiro momento, classificadas em coordena-


tivas e subordinativas, levando-se em conta o tipo de relação de sentido
que estabelecem.

Antes de estudarmos, com mais detalhes a classificação das conjunções, é


importante entendermos que tal classificação deve ser promovida a partir
do efetivo emprego que delas se faz nas sentenças da língua. Assim, o me-
lhor caminho para seu estudo e compreensão não é o da simples memori-
zação, mas sim a observação atenta sobre o seu uso e atuação adequados.
Conjunções Coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam orações ou termos
que apresentam a mesma função na frase. De acordo com a relação que
expressam, as conjunções coordenativas são classificadas em:

Aditivas
Chamadas também de copulativas ou aproximativas, as conjunções adi-
tivas ligam duas orações ou termos, aproximando-as numa relação de
soma, de adição: e, nem, também, bem assim, bem como, não só... mas
(também), não só... bem como, que (=e);

Adversativas
São as conjunções que unem pensamentos ou ideias contrárias, opostas.
A principal conjunção adversativa na língua portuguesa é o mas. Apresen-
tam também força adversativa os seguintes conectores: porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, senão, que (=mas), ainda assim;

Alternativas ou Disjuntivas
São conjunções que ligam ideias e pensamentos que se alternam ou que
se excluem: ou, ou... ou, seja... seja, quer...quer, nem... nem, ora... ora;

Explicativas
São conjunções que explanam na segunda oração o sentido da primeira
oração ou uma explicação para a primeira: que, porque, pois (anteposto ao
verbo), porquanto.

Conclusivas ou Ilativas
São as conjunções que introduzem orações, em um período coordenado,
que expressam uma conclusão, uma ilação em relação à primeira oração:

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logo, portanto, por isso, pois (posposto ao verbo), então, assim, por conse-
quência, consequentemente, conseguintemente;

Conjunções Subordinativas
As conjunções subordinativas, também chamadas de circunstanciais, li-
gam orações que exercem função sintática em relação a outra oração de-
nominada de principal ou subordinante.

São dez as conjunções subordinativas:

Causais
São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a causa, o mo-
tivo, a razão de ser da ideia principal: que, porque, porquanto, como (no
início da oração = já que), se (= já que), desde que, pois que, visto que, visto
como, uma vez que, como quer que, de modo que;

Concessivas
São conjunções que subordinam ideias em que se exprime uma ação con-
trária, oposta à ideia principal: que, embora, conquanto, ainda que, posto
que, bem que, se bem que, quando mesmo, por mais que, por menos que,
por pouco que, mesmo que, em que pese, apesar de que;

Consecutivas
São conjunções que subordinam ideias em que se exprime o efeito, a
consequência, o resultado do pensamento expresso na ideia principal.
A conjunção consecutiva é que, que se prende a uma expressão de nature-
za intensiva (tão, tal, tanto, tamanho, sem, de modo, de sorte, de forma, de
maneira), precendendo-a (tão que, tal que etc.);

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Condicionais
São conjunções que subordinam ideias que exprimem a condição, a hipó-
tese, a probabilidade para a ideia principal do período: se, caso, contanto
que, sem que, a não ser que, salvo se, exceto se, a menos que;

Comparativas
São conjunções que estabelecem uma relação de comparação, de analo-
gia com a ideia principal do período: como, assim como, tal e qual, tal qual,
mais que ou do que, menos que ou do que, tanto quanto, feito (=como);

Finais
São conjunções que estabelecem uma relação de fim (finalidade) com a
ideia principal do período: que (= para que), porque (= para que), para
que, a fim de que;

Temporais
São conjunções que estabelecem o momento, o tempo da realização do
fato contido na oração subordinante (principal): enquanto, desde que, logo
que, assim que, mal (= logo que), antes que, quando;

Integrantes
São conjunções que introduzem as orações substantivas, isto é, as orações
que exercem para a oração principal uma das seguintes funções: sujeito,
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto e predicativo:
que, se.

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Conformativas
São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a conformi-
dade de um pensamento com o da ideia principal: como, conforme, con-
soante, segundo;

Proporcionais
São as conjunções que exprimem proporcionalidade em relação ao fato
contido na oração subordinante: à medida que, à proporção que, ao pas-
so que, quanto mais... mais, quanto mais... menos, quanto menos... mais,
quanto menos... menos.

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