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Cíntia Oréfice1
Lélio Marcus Munhoz Kolhy 2
Resumo
Este artigo trata da utilização dos resultados do Método RAPPAN,
na escolha das UCs para apresentação de proposta de uso dos recursos oriundos da
compensação ambiental, necessária no processo de aprovação das licenças. Sem ter a
pretensão de avaliar sua eficácia, usa como exemplo um “hipotético” empreendimento
localizado no interior da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista.
Abstract
This article discusses the use of RAPPAN Methodology, in the
choice of UCs for presentation of proposal of use of the resources originating from the
environmental compensation, necessary in the approval process of the licenses. Without
having pretense of evaluating its effectiveness, it uses as example a “hypothetical” enterprise
located inside of Baixada Santista Hydrographic Basin.
1
Procuradora do Estado de São Paulo, mestranda em Direitos Difusos e Coletivos pela UNIMES/Santos e
membro do Conselho Consultivo do IBAP.
2
Arquiteto, especialista em Administração e Planejamento Urbano (EAESP–FGV/SP) e pós-graduado em
Avaliação e Perícias em Engenharia (UNISANTA/SANTOS) e Gestão Ambiental Portuária (CODESP /
UNIMONTE / UNISANTOS / UNISANTA). Associado-colaborador do IBAP.
fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de
impacto ambiental causado pelo empreendimento.
o
§ 2 Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de
conservação a serem beneficiadas, considerando as propostas
apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive
ser contemplada a criação de novas unidades de conservação.
o
§ 3 Quando o empreendimento afetar unidade de conservação
específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento a que se
refere o caput deste artigo só poderá ser concedido mediante autorização
do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada,
mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser
uma das beneficiárias da compensação definida neste artigo. (BRASIL,
2000)
2. O Método RAPPAN
O Método de Avaliação Rápida e Priorização do Manejo de
Unidades de Conservação (RAPPAN), que têm sua origem num quadro de referência da
Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA), começou a ser aplicado no decorrer do ano
de 2004, numa parceria entre o Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil), o Instituto
Florestal e a Fundação Florestal, sendo os dois últimos, órgãos da Secretaria do Meio
Ambiente responsáveis pelo gerenciamento das UCs do Estado de São Paulo.
Seu objetivo é poder:
4. Considerações Finais
Criado “com a finalidade de fornecer ferramentas para
desenvolver políticas adequadas à proteção de florestas e a formação de uma rede viável de
unidades de conservação” (IUCN apud WWF-Brasil, 2004 : 7), os resultados do Método
RAPPAN são um valioso instrumento de auxílio na escolha da UC para apresentação de
proposta de uso dos recursos oriundos de compensação ambiental, em licenciamentos no
Estado de São Paulo.
Referências
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