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INTRODUÇÃO
Quando pessoas cometem atos, que são contra a lei, ou pretendem cometê-los, cabe ao
Estado, utilizar sua Força para impedir estes atos, e levar estas pessoas perante a
Justiça. Esta Força deve ser proporcional, evitando excessos e utilizando o nível e a
quantidade de Força necessária para vencer a resistência ilegal, ou defender-se da
injusta agressão, respeitando os Direitos Humanos e os limites da lei.
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social da região onde são empregados, ensejando uma Doutrina de Uso de Força
adequada à estas necessidades.
As expressões mais utilizadas são Uso Progressivo da Força e Uso Diferenciado
da Força. Mas, existem alguns questionamentos sobre estes termos. Nem sempre o uso
da Força é progressivo, isto é, parte de um nível de Força mais baixo, para um mais
alto. Pode haver situações em que se começa com o emprego de um nível mais alto,
mas as circunstâncias pedem que se diminua o nível de Força utilizado.
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modelos semelhantes, por vários órgãos policiais nos Estados Unidos, de acordo com
KINNAIRD (2003).
O modelo Canadense
O Canadá apresenta como modelo nacional um gráfico na forma circular, com cinco
níveis de intervenção policial, graduados também de acordo com sua gravidade e
expressos através de um sistema de cores semelhante ao sistema FLETC, conforme
GILLESPIE (1998).
É interessante frisar que embora seja um modelo nacional, serve de base para que
Departamentos de Polícia diferentes, como a Real Polícia Montada do Canadá, uma força
federal e para a Polícia da Província de Ontário, uma força regional, pudessem
desenvolver seus próprios modelos de uso de força.
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Embora a base seja a mesma, há adequações quanto a política de uso de força de cada
departamento, levando-se em conta tipos de equipamento empregado e formas de
treinamento e atuação diferenciadas.
Outros Modelos
Existe uma grande variedade de Modelos de Uso de Força, adotados em países da
Europa e nos Estados Unidos. A maioria segue a mesma ideia, diferindo principalmente
na apresentação gráfica ou na ênfase a determinado procedimento, variando de acordo
com a política de uso de força da corporação que o adotou.
Alguns são modelos próprios para situação de controle de distúrbios civis, outros para
ações táticas desenvolvidas por grupos especiais.
Como a maioria dos países que procuram normatizar o uso progressivo de força para
seus órgãos de proteção da lei e da ordem é composta por países democráticos que
respeitam os Direitos Humanos e seguem os preceitos internacionais de aplicação da lei,
grande parte destes modelos de uso de força, seguem a mesma linha.
mesmo militares.
Esta Doutrina de Uso de Força deve congregar valores, crenças, a parte informal da
cultura organizacional, e principalmente a parte técnica e a parte legal, respeitando as
leis do Brasil e Internacionais, além de observar critérios éticos e os Direitos Humanos.
A ONU adota duas normas, o Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela
Aplicação da Lei, adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua Resolução
34/169, de 17 de dezembro de 1979 e os Princípios Básicos sobre o Uso da Força e
Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados pelo
Oitavo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos
Delinqüentes, realizado em Havana, Cuba, de 27 de Agosto a 7 de setembro de 1999.
1. Procedimentos Operacionais;
2. Comunicação;
Estes níveis não são progressivos, mas proporcionais, e devem ser empregados de
acordo com a situação de risco ou ameaça que está sendo enfrentada. O policial pode
deparar-se com situações em que tenha que empregar recursos de mais de um nível,
simultaneamente. Ou iniciar com um nível de força letal e ter que regredir para um meio
não-letal, por exemplo.
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Procedimentos Operacionais.
O primeiro nível de Uso de Força são os Procedimentos Operacionais. A simples presença
de um policial, teoricamente, deveria reprimir ou impedir a ocorrência de práticas
criminosas. O policial representa a força coercitiva do Estado. Sua chegada ao local, já é
uma demonstração dessa força.
A atitude suspeita constitui-se em uma série de indícios, que levam o policial a realizar
um diagnóstico, fundamentado em sua capacidade de percepção, seu conhecimento
técnico e em sua experiência profissional e pessoal (o chamado “tirocínio”), de que
determinado indivíduo, ou indivíduos ou determinada situação, podem estar ligados a
uma atividade criminosa. Esta suspeita pode ser confirmada como real ou não.
Comunicação.
Geralmente, somente a presença do policial no local não é suficiente para fazer cessar a
intenção criminosa ou o cometimento da infração da lei. É necessário que o policial entre
em contato com o suspeito, ou com o infrator, ou infratores da lei, e comunique-se,
dando uma ordem com embasamento legal.
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Outro motivo, é que verbalizar, significa apenas falar. Sendo assim, um policial pode
verbalizar muito, falar muito, mas o suspeito ou infrator não o está ouvindo, ou não está
entendendo, por diversos motivos e não está cumprindo a ordem legal. Não houve uma
comunicação.
A mensagem é a ordem legal que está sendo dada. O meio de comunicação pode ser
verbal, através de gestos, sinais, sons (como um apito, de um policial ou guarda
responsável pelo trânsito), ou até, em alguns casos, escrito, utilizando-se cartazes ou
faixas, além de modernos meios eletrônicos de mídia.
Em virtude disso, a ordem legal precisa, quando for transmitida verbalmente, ser
efetuada de forma firme, clara, concisa e na linguagem que o abordado entenda.
Alguns policiais confundem, falar de forma firme ou no tom adequado, com gritar.
Daí uma reclamação comum, referente à abordagem, diz respeito à maneira como “o
policial chegou gritando comigo, sem motivo nenhum”. O próprio tom das palavras,
quando ditas de forma ameaçadora e ríspida, podem encobrir seu significado.
Um conflito é uma oposição de ideias, e grande parte das ocorrências atendidas pela
polícia militar, são situações de conflitos. Uma briga de marido e mulher, som alto do
vizinho, cliente insatisfeito, acidente de trânsito sem vítimas, são situações em que o
policial se vê envolvido.
Ele deve atuar como mediador entre as partes, e não como parte da ocorrência. Se não
for treinado, especificamente, para esta situação, irá gritar com todos, provocar mais
polêmicas e até mesmo agredir desnecessariamente alguém, tudo porque não sabe
portar-se como mediador de conflitos.
A comunicação com o infrator da lei, sempre deve ser tentada, a menos que a situação
ofereça risco de vida para o policial ou para terceiros. Se possível, mesmo no caso de
resistência, deve ser transmitido ao infrator da lei, que ele deve se render.
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Na maioria dos modelos de Uso de Força, este nível é classificado apenas como: “defesa
pessoal”. Cabe esclarecer, que a defesa pessoal, pode ser realizada, com ou sem o
emprego de armas. Portanto, defesa pessoal é um termo, que, embora muito utilizado, é
incorreto, pois neste nível, o policial irá defender-se sem empregar qualquer tipo de
armamento, utilizando apenas a habilidade do seu corpo.
Quando o policial dá uma ordem legal, e o indivíduo não a obedece, apesar de haver
entendido a ordem, passa a cometer assim, o crime de desobediência, tornando-se um
infrator da lei, e, mesmo que de forma passiva, simplesmente ficando parado e não
obedecendo, autoriza a Polícia a utilizar força física, para obrigar o infrator a cumprir a
ordem.
Dependendo das condições, o policial pode passar para o nível de Técnicas Defensivas
Desarmadas Casos em que o indivíduo fica parado, sentado, deitado ou agarrado a um
objeto, negando-se a sair do local, sem agredir ao policial, configuram a desobediência.
Esgotados todos os meios pacíficos, o policial terá que empregar a força física e técnicas
defensivas desarmadas apropriadas, para retirar o infrator do local.
O mesmo pode acontecer quando o infrator da lei simplesmente sai correndo. A fuga, em
si, não é um ato violento, não configurando a resistência, mas o policial pode agarrar ou
segurar o indivíduo em fuga.
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Outra situação semelhante é quando um indivíduo tenta passar por uma barreira policial,
sem agredir ninguém. Pode ser usada a força física para contê-lo.
Lembrando que a quantidade de força defensiva desarmada, deverá ser a suficiente para
apenas conter ou dominar o infrator da lei ou o agressor, e colocar as algemas, se for o
caso. Existe uma legislação para o emprego de algemas, e a resistência autoriza que
elas sejam utilizadas, sendo obrigatório o registro do fato,
O policial deve utilizar seu uniforme de serviço, de preferência o seu equipamento, que
utiliza cotidianamente. Não é necessário o uso de um tatame ou dojô, como local de
treinamento, mas um simples gramado, para amortecer as quedas, será apropriado.
Existem correntes que defendem o emprego do termo Armas Não Letais, por serem
armas desenvolvidas e construídas para causar a debilitação ou incapacitação do
atingido, sem lhe causar a morte.
O Coronel da Reserva do Exército dos Estados Unidos, John B. Alexander, em sua obra
Armas Não Letais- Alternativas para os Conflitos do Século XX, diz que “A definição de
armas não-letais tem seu ponto focal mais no objetivo do que na descrição do sistema”.
ALEXANDER (2003, p. 85). Sendo assim, o objetivo é não causar a morte dos atingidos,
mas colocá-los fora de ação ou tirar-lhes a vontade ou a capacidade de lutar.
Munição Não Letal são implementos, normalmente utilizados uma só vez, que podem ser
disparados através de armas letais, ou não letais, ou lançados manualmente, e tem
como objetivo causar a debilitação ou incapacitação temporária de pessoas ou materiais,
sem causar graves danos ou a morte.
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Portanto, uma espingarda calibre 12, normalmente é uma arma letal, mas pode ser
carregada com munição não letal de borracha.
Existe um escalonamento no emprego dos meios não letais. De acordo com a situação e
levando em conta o princípio da proporcionalidade, após comunicar ao agressor que irá
utilizar meio não letal contra ele, o policial deve procurar empregar aquelas armas que
causarão menos danos ao infrator da lei e evitar o contato direto entre o agressor e o
agente.
Pode haver uma inversão na sequência de utilização destas armas não letais,
dependendo da situação, mas lembrando-se também, do princípio da necessidade. Deve
avaliar-se a necessidade e a oportunidade, de utilizar determinado tipo de arma não
letal. Podem ser usadas, em conjunto, mais de um tipo de arma ou munição.
No caso de uma situação em que vários policiais estão envolvidos, como uma
manifestação ou um tumulto, é necessário haver comando. O policial, com maior
autoridade no local, deve assumir o comando.
O uso de armas não letais, nessa situação é somente mediante ordens. A quantidade de
tiros ou granadas e em quem se devem atirar ou lançar, são determinados pelo
comandante. Os policiais que fazem o uso das armas não letais devem ser apenas
aqueles que foram treinados para isso, e devidamente identificados.
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Cabe a cada órgão de Segurança Pública providenciar uma ampla gama de opções de
meios não letais, para serem empregados em cada tipo de situação, mantendo o
suprimento constante e que estejam dentro do prazo de validade.
O quinto nível de Uso de Força é o Tiro Defensivo, ou Uso de Força Letal. Na Polícia
Militar do Estado de São Paulo é empregado, desde 1998, o Tiro Defensivo na
Preservação da Vida, de autoria do Coronel da Reserva Nilson Giraldi, no caso de opção
de Uso de Força Letal.
Atualmente, na PMESP, um policial militar só pode utilizar a arma de fogo para a qual foi
especificamente habilitado, existindo ainda o teste de Aptidão de Tiro (TAT), anual, que
verifica, periodicamente, as habilidades do policial no emprego de sua arma de fogo.
Quando o agressor, infrator da lei, coloca em risco, atual ou iminente, a vida de pessoas
inocentes, utilizando a arma de fogo, ou outros meios, o policial pode utilizar força letal
contra ele, desde que o agressor apresente perigo para vida de inocentes, e tenha a
capacidade e a intenção de fazer mal aos outros e seja necessário e oportuno para o
policial utilizar a arma de fogo contra o agressor.
Deve ser o último recurso, e somente deve ser empregado para salvar vidas de pessoas
inocentes. Apenas se não houver a possibilidade de controlar o agressor, empregando
outro dos níveis de uso de força, o policial deve utilizar sua arma de fogo.
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Antes de fazer uso da força legal o Policial deve avaliar se há realmente NECESSIDADE
de utilizá-la, se a ação tem LEGALIDADE e observar a PROPORCIONALIDADE no seu
emprego.
Aproximação.
-Posicionamento.
-Cobertura (nunca
INTENÇÃO
atuar sozinho).
NÍVEL CRIMINOSA PROCEDIMENTOS
1 OU ATITUDE OPERACIONAIS
-Uso de proteções
SUSPEITA
(coberta e
abrigo).,
-Seleção e posição
de arma.
Atitude Suspeita
ou prática de
crime.
Cooperação.
-Obedece a
Verbalização.
ordem,
NÍVEL INFRAÇÃO cooperando.
VERBALIZAÇÃO -Empregar
2 DA LEI
algemas, se
Desobediência.
houver resistência
(art. 330 do CP).
-Desobedece a
ordem legal sem
oferecer nenhum
tipo de resistência
ativa
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-Tenta agredir o
Policial utilizando
qualquer tipo de
arma, exceto
arma de fogo.
-Mesmo
desarmado,
enquadra-se em
uma das
seguintes
situações:
-Demonstra
força fora do
normal ou perícia
em artes
marciais. USO -Utilizar a força
DEFENSIVO física, se
FORTE -Os infratores DE ARMAS necessária, após o
NÍVEL
estão em E uso de arma não-
4
RESISTÊNCIA superioridade MUNIÇÕES letal para a
numérica e NÃO- colocação de
agressivos. LETAIS algemas.
-O infrator
encontra-se
mentalmente
perturbado
(drogado, bêbado
ou sob forte
emoção) e
violento.
-O infrator é
identificado como
portador de
doença
infectocontagiosa
grave e está
agressivo.
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-Coloca em risco,
atual ou iminente,
a vida de pessoas
inocentes,
inclusive a do
próprio Policial.
TIRO
PERIGO DEFENSIVO
-Utiliza arma de
NÍVEL
fogo contra
5 CONTRA A (USO DA
pessoas
VIDA ARMA DE
inocentes.
FOGO)
-Apresenta
perigo,
capacidade,
intenção e
oportunidade.
Conclusão
A missão principal dos Órgãos de Segurança Pública é preservar vidas. Da(s) vítima(s),
de outras pessoas inocentes (terceiros), do operador de Segurança Pública e até mesmo
do infrator da lei, quando possível. Proteger as pessoas, respeitando todos os tipos de
diversidade humana, como idade, sexo, cor, orientação sexual, classe social ou
econômica, nível cultural ou ideologia política.
Fazer cumprir as leis e combater o crime também são atribuições dos órgãos de
Segurança Pública. Uma das missões das Polícias Militares, segundo o artigo 144 da
Constituição Federal é a Preservação da Ordem Pública.
Toda Doutrina de Uso de Força deve ser baseada principalmente no respeito à vida
humana, em primeiro lugar. Bens materiais nunca devem ser mais importantes que
vidas. Qualquer ação policial que poderia colocar em risco a vida de pessoas inocentes,
deve ser evitada.
Um infrator da lei que foge, pode ser preso outro dia. Um pai de família atropelado e
morto, ou uma criança atingida por “bala perdida” não tem retorno. E para os familiares
dessa vítima, não importa muito saber se o tiro partiu da arma do ladrão ou da arma do
policial.
Os níveis não são progressivos, tendo em vista que há situações onde podemos
empregar três níveis ao mesmo tempo (comunicação, técnicas defensivas desarmadas,
uso de meio não-letal, por exemplo).
Todo órgão de Segurança Pública necessita de uma Política de Uso de Força, clara e
objetiva, afim de nortear todo o treinamento e o seu emprego operacional. Uma
Doutrina de Uso de Força definida, facilita a instrução e a padronização de
procedimentos operacionais.
Lembramos que por melhor que seja, qualquer modelo de uso de força não irá englobar
todas as situações possíveis, ou ser à prova de falhas. Entretanto, deve ser encarado
como regra e as exceções devem ser devidamente estudadas, justificando-se ou
corrigindo-se posturas, quando necessário.
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