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Gabriela de Oliveira Medeiros

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PORTUGUÊS
700.764.194-60
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CONCURSEIRO

Português

Primeiramente, parabéns pelo seu


comprometimento e obrigado pela confiança
em nosso trabalho

Tenha certeza que você· deu um passo, importantíssimo rumo à sua


aprovação!

Você já largou na frente dos outros mílhares de candidatos, mas isso não
é garantia de vitória. Gabriela de Oliveira Medeiros
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Agora que tem em suas700.764.194-60
mãos um material diferenciado, que
preparamos com muito, carinho e pensando em facilitar a sua
aprendizagem, você precisa fazer sua parte!

Pode contar com o Engemarinha para o que precisar e pode ter certeza
que não mediremos e.sforços para ajudá-lo a realizar seu sonho.

Tenha uma ótima leitura.


Forte abraço!
Português

Frase, Oração e Período ................................................................................................................. 3


Acentuação e Emprego das Letras .................................................................................................. 5
Hífen ............................................................................................................................................ 10
Sujeito e Tipos de Sujeito ............................................................................................................. 12
Predicado ..................................................................................................................................... 14
Aspectos Fonéticos....................................................................................................................... 15
Formação de Palavras .................................................................................................................. 18
Classe de Palavras: Substantivo, Artigo e Adjetivo ....................................................................... 20
Classe de Palavras: Pronomes ...................................................................................................... 23
Classe de Palavras: Preposição e Numerais .................................................................................. 25
Classe de Palavras: Verbos e Advérbios ........................................................................................ 27
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Classe de Palavras: Conjunções gabrielaodem@gmail.com
e Interjeições .............................................................................. 30
Regência Verbal e Nominal ..........................................................................................................
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Uso do Sinal Indicador de Crase ................................................................................................... 37
Colocação Pronominal.................................................................................................................. 40
Flexão Nominal e Verbal .............................................................................................................. 43
Concordância Verbal e Nominal ................................................................................................... 48
Valores Sintáticos: parte I ............................................................................................................ 55
Valores Sintáticos: parte II ........................................................................................................... 57
Valores Sintáticos: parte III .......................................................................................................... 59
Orações Coordenadas .................................................................................................................. 62
Orações Subordinadas Substantivas ............................................................................................. 64
Orações Subordinadas Adjetivas .................................................................................................. 66
Orações Subordinadas Adverbiais ................................................................................................ 67
Pontuação: Vírgula ....................................................................................................................... 69
Relações Lexicais .......................................................................................................................... 71
Funções de Linguagem ................................................................................................................. 74
Figuras de Linguagem ................................................................................................................... 76
Tipos e Gêneros Textuais / Tipos de Discurso ............................................................................... 82
Coesão e Coerência / Variação Linguística .................................................................................... 84
Português

Frase, Oração, Período


FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO

Frase: é todo enunciado capaz de transmitir sentidos completos. Pode ter verbos ou não.
Ex.: Choveu.
Ex.: Que tragédia!
Ex.: Nova alta do dólar.

Oração: é um enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. As


orações podem ou não ter sentido completo.
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Ex.: Levaram tudo. gabrielaodem@gmail.com
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Ex.: Chove muito no inverno.
E.x: O dólar aumentou novamente.

Período: é constituído por uma ou mais orações e possui sentido completo. Podem ser simples ou
compostos.
Ex.: Estamos felizes com os resultados. (simples  uma oração)
Ex.: Não sei se tenho coragem. (composto  duas orações)
Ex.: Ele disse que viria, mas ainda não chegou. (composto  três orações)

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Português

ESTRUTURA DA FRASE
Ordem direta
 Sujeito + verbo + complemento
Ex.: Amanda preferia tudo a estudar. (sujeito + verbo + objetos)
Ex.: A lua apareceu em pouco tempo. (sujeito + verbo + adjunto adverbial)

Ordem indireta
 Verbo + sujeito + complemento OU Complemento + verbo + sujeito OU Complemento +
sujeito + verbo
Ex.: Em pouco tempo, a lua apareceu. (adjunto adverbial + sujeito + verbo)
Ex.: Apareceu, em pouco tempo, a lua. (verbo + adjunto adverbial + sujeito)
Ex.: Antes de passar, dois concursos o Flávio tinha feito. (adjunto adverbial + objeto + sujeito
+ locução verbal)

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Acentuação e Emprego das Letras


ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Vamos relembrar algumas regrinhas antes de ver a acentuação

Oxítona: acento tônico na última sílaba  ca-qui, A-ma-pá, po-le-gar, ca-fé.


Paroxítona: acento na penúltima sílaba  es-té-ril, a-má-vel, sé-rie, ja-ne-la.
Proparoxítona: acento na antepenúltima sílaba  ló-gi-ca, má-xi-mo, pró-xi-mo, mú-si-ca.

Hiato: sequência de vogal com vogal em sílabas separadas: po-e-ta, sa-ú-de, ca-í-da.
Ditongo: sequência de vogal com semivogal (decrescente) ou semivogal com vogal (crescente) na
mesma sílaba: vai-da-de; can-tei, ár-duo.
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Tritongo: é a sequência de semivogal com vogal e outra semivogal na mesma sílaba: en-xa-guei;
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i- guais; a-guou 700.764.194-60

Agora, vamos às regras!

• Proparoxítonas: são todas acentuadas!


Ex.: relâmpago, lâmpada, ótimo, simpática, lúcido, sólido, príncipe, lágrima, ótimo.

• Paroxítona: Acentua-se as terminadas em i, is, us, um, uns, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão,
ãos, on e ons Ex.: táxi, lápis, vírus, álbum, álbuns, fórum, automóvel, hífen, cadáver, tórax,
fórceps, ímã, ímãs, órfão, órfãos, elétron, elétrons.

• Paroxítona: Acentua-se quando tem ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”:

Ex.: água, pônei, mágoa, jóquei, vôlei, cáries, série, espécie.

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Português

• Oxítonas: Acentua-se quando terminadas em a, e, o, em e ens.


Ex.: cajá, café, jiló, armazém, parabéns.

• Ditongo: Não se acentua ditongo aberto crescente em paroxítonas: éi, ói.


Ex.: assembleia, ideia, azaleia, cefaleia.

• Ditongo: Acentua-se oxítonas e os monossílabos tônicos terminadas em éu, ói e éis.


Ex.: herói, troféu, papéis, chapéu, fiéis, céu, anéis.

• Monossílabos: Acentua-se os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) e o(s).


Ex.: pá, pás, pé, mês, pó, nós.

• Hiato: as vogais “i” e “u” recebem acento quando formam hiato com a vogal anterior ou
estiverem sozinhas na sílaba, seguidos de “s”.
Ex.: saída, saúde, egoísmo, baús, balaúste, Luísa.
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ATENÇÃO!! Esta regra não vale se depois das vogais “i” vier “nh” ou se o “u” tônico for antecedido
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por um ditongo: 700.764.194-60
Ex: rainha, tainha, moinho.
Ex: Bocaiuva, baiuca, feiura .

• Acentua-se 3ª pessoa do plural dos verbos “ter” e “vir” e dos seus compostos.
Ex.: ele tem/eles têm, ele vem/eles vêm, ele contém/eles contêm

• Não se acentua os hiatos “oo” e “ee”.


Ex.: creem, leem, voo, enjoo.

• Não se acentua palavras homógrafas.


Ex: pera (substantivo) / per (preposição), para (verbo) / para (preposição), pelo (substantivo) / pelo
(verbo).
ATENÇAO!!
Exceção: pode/pôde e por/pôr

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Português

EMPREGO DAS LETRAS

Uso do “X”
• Após um ditongo:
Ex.: ameixa, caixa, peixe, trouxa.

• Depois de sílaba inicial “en”:


Ex.: enxurrada, enxaqueca
Exceções: encher e seus derivados  enchente, encharcar,

• Depois de “me” inicial:


Ex.: mexer,mexerica, mexilhão.
Exceção: mecha

• Palavras de origem indígena, africana, inglesas que foram aportuguesadas:


Ex.: xingar, xará, xerife, xampu, xavante, xangô.
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Uso do “G”
• Nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:
Ex.: prestígio, refúgio, pedágio, colégio, relógio, estágio.

• Nas terminações –agem, -igem, -ugem:


Ex.: malandragem, coragem, fuligem, ferrugem, miragem, vertigem, garagem.
Exceções: pajem e lambujem

Uso do “J”
• Verbos terminados em “jar”:
Ex: arranjar, despejar, enferrujar, viajar.

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Português

• Palavras de origem indígena e africana:


Ex:. pajé, canjica, jiboia, manjericão, jerico.

Uso do “S”
• Adjetivos terminados em oso/osa:
Ex.: honrosa, saboroso, maravilhosa, habilidoso, amorosa.

• Após ditongos:
Ex.: lousa, náusea, pouso.

• Em sufixos esa/isa/ense/ês indicadores de títulos/profissão/


origem:
Ex.: burguês, marquesa, marquês, duquesa, baronesa, poetisa, chinesa.

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Uso do “Z” gabrielaodem@gmail.com
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• Em sufixos ez/eza que formam substantivos abstratos:
Ex.: rigidez, nobreza, surdez, maciez, singeleza.

• No sufixo “izar” formando verbos:


Ex.: humanizar, hospitalizar, colonizar, civilizar.

Uso do “S”, “C”, “Ç”, “SC”, “SS”


• Verbos grafados com “nd”  substantivos “ns”:
Ex.: ascender  ascensão, suspender  suspensão, pretender  pretensão.

• Verbos grafados com “ced”  substantivos “cess”:


Ex.: ceder  cessão, exceder  excesso, interceder 
intercessão. Exceção: exceder  exceção

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Português

• Verbos grafados com “ter”  substantivos “tenção”:


Ex.: deter  detenção, abster  abstenção, conter  contenção.

• Verbos grafados com mitir/cutir  substantivos miss/cuss:


Ex.: demitir  demissão, repercutir  repercussão, discutir  discussão, transmitir  transmissão.

ATENÇÃO! Abaixo estão palavras importantes e muito parecidas.

Palavra 1 Significado Palavra 2 Significado Palavra 3 Significado


Acender iluminar, pôr fogo ascender subir - -
Acento sinal gráfico assento lugar para sentar - -
Caçar perseguir a caça cassar anular - -
Censo contagem senso juízo - -
Cessão ato de ceder seção repartimento, divisão sessão encontro, reunião
Concerto musical conserto reparo - -
Espectador o que presencia
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expectador o que está na expectativa - -
Espirar respirar
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expirar morrer - -
Intenção propósito intensão 700.764.194-60
intensidade - -

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Hífen
HÍFEN Usa-se hífen:

• vogal + vogal (iguais):


Ex.: anti-inflamatória, arqui-inimigo, micro-organismo, micro-ondas, extra-amazônico.

• segunda palavra iniciada com “H”:


Ex.: super-homem, pré-história, anti-higiênico, extra-humano.

• consoante + consoante Gabriela


(iguais): de Oliveira Medeiros
Ex.: inter-regional, sub-base, sub-barrocal, super-resistentes.
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• após os prefixos: ex, sota, soto, vice, vizo, pró, pré, pós, bem, aquém, além, recém, sem:
Ex.: além-Atlântico, bem-vindo, ex-diretor, pós-graduação, recém-nascido, vice-reitor, pré-
vestibular, ex-namorado.

• prefixo “mal” + vogal, “L” ou “H”:


Ex.: mal-humorado, mal-intencionado, mal-limpo.

• prefixo “circum” e “pan” + Palavra com vogal, “H”, “M” ou “N”:


Ex.:circum-escolar, circum-mundo, pan-americano, pan-harmônico, pan-mágico.

• sufixo de origem tupi-guarani: “açu”, “guaçu” e “mirim”


Ex.: Mogi-Guaçu, Mogi-Mirim, Anajá-mirim, Capim-açu.

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Português

Não se usa hífen:

• vogal + vogal (diferentes):


Ex.: autoescola, extraoficial, semiaberto, autoaprendizagem, infraestrutura.

• prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por “S” ou “R”  dobra-se a consoante “S” ou
“R”:
Ex.: ultrassom, antirrugas, antessala, autorretrato.

• Quando o prefixo termina em vogal e a palavra começa com consoante (exceto R e S): Ex.:
autopeça, seminovo, ultramoderno.

• Quando o prefixo termina em consoante a palavra começa em vogal:


Ex.: hiperativo, interestadual, superinteressante.

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• Consoante + consoante (diferentes – prestar atenção, pois há exceções mostradas acima, em
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que é utilizado): 700.764.194-60
Ex.: intermunicipal, supersônico

Exceções:

• Substantivos/adjetivos compostos: água-de-colônia, cor-de-rosa, água-de-coco, mais-que-


perfeito, pé-de-meia.
• Espécies botânicas (plantas, flores, frutos, raízes, sementes, animais):
Ex: Erva-doce, pimenta-de-cheiro, bem-te-vi, peixe-espada, cravo-da-índia.
• Não será usado o hífen em palavras que perderam a noção de composição: girassol,
mandachuva,paraquedas, pontapé.

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Português

Sujeito e Tipos de Sujeito


SUJEITO
• É essencial para a formação da oração.
• É o termo sobre o qual se dá uma informação.
• O verbo deve concordar com o sujeito.
Ex.: Laura comprou a casa.
Ex.: A casa foi comprada por Laura.
Ex.: Laura e Luís compraram a casa.
Ex.: As casas foram compradas por Laura.

TIPOS DE SUJEITO Gabriela de Oliveira Medeiros


Sujeito Simples: apresenta um único núcleo.
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Ex.: Aqueles alunos têm dificuldade de700.764.194-60
concentração. (O termo “aqueles” só acompanha o núcleo do
sujeito “alunos”)
Ex.: Desemprego aumenta nas grandes cidades.
Ex.: As taxas de desemprego aumentaram nas grandes cidades. (Os termos “As, de, desemprego” só
acompanham o núcleo do sujeito “taxas”)
Ex.: O nível das escolas públicas brasileiras é insuficiente. (Os termos “O, das, escolas, públicas,
brasileiras” só acompanham o núcleo do sujeito “nível”)

Sujeito Composto: apresenta mais de um núcleo.


Ex.: Alunos e professores fizeram um acordo.
Ex.: Estão limpos os copos, os pratos e os talheres.
Ex.: Os funcionários do hospital e alguns pacientes ficaram assustados.

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Português

Sujeito Oculto: o sujeito não aparece na oração, mas é possível identificá-lo por meio da terminação
verbal.
Ex.: Estamos ansiosos.(Nós)
Ex.:Fui bem na prova(Eu)
Ex.: Os garotos sumiram durante o passeio. Só voltaram à noite. (Os garotos)

Sujeito Indeterminado: o sujeito não está presente na oração e não pode ser identificado. Tem-se o
verbo na 3ª pessoa do plural (eles) ou verbo na 3ª pessoa do singular + “se”.
Ex.:Roubaram meu celular.
Ex.: Estão te procurando.
Ex.: Precisa-se de funcionários com experiência.
E.x: Não se pode acreditar em tudo que se lê na internet.

Sujeito Inexistente: o predicado não se refere a nenhum ser. Apresenta verbo impessoal.
• Verbo haver com sentido de “existir” e “acontecer”.
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Ex.: Havia vinte pessoas na sala.
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Ex.: Deve haver pessoas interessadas no curso.
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Ex.: Houve dois acidentes na estrada.

• Verbos que indicam fenômenos da natureza.


Ex.:Choveu hoje de manhã.
Ex.: Venta muito aqui.

• Verbos “fazer” e “haver”, indicando tempo passado.


Ex.: Faz sete anos que estamos juntos.
Ex.: Isso aconteceu há três semanas.

• Verbos “ser” e “estar”, indicando tempo ou clima.


Ex.: Era outono.
Ex.:Está frio hoje.

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Português

Predicado
PREDICADO

• Termo essencial da oração.


• Parte da oração que traz informação a respeito do sujeito.
Ex.: Justiça determina fechamento da avenida.
Ex.: A avenida está interditada.
Ex.: População considera arriscada a reabertura da avenida.

ATENÇÃO!!!
Verbos de Ligação: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, tornar-se.

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Tipos de Predicado gabrielaodem@gmail.com
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• Predicado verbal: possui como núcleo um verbo de ação.
Ex.: Justiça determina fechamento da avenida. (núcleo do predicado: determina)
Ex.: Os candidatos estudavam com determinação. (núcleo do predicado: estudavam)

• Predicado nominal: possui como núcleo um predicativo.


Ex.: A avenida está interditada. (núcleo do predicado: interditada)
Ex.: Os candidatos são estudiosos. (núcleo do predicado: estudiosos)

• Predicado verbo-nominal: possui dois núcleos  um verbo de ação e um predicativo.


Ex.: População considera arriscada a reabertura da avenida. (considera: VTD / arriscada:
predicativo do objeto)
Ex.: Os candidatos aguardam ansiosos a nomeação. (aguardam: VTD / ansiosos: predicativo do
sujeito)
Ex.: Os candidatos acharam a prova fácil. (acharam: VTD / fácil: predicativo do objeto)

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Português

Aspectos fonéticos
Fonema e letra

• Letra é o sinal gráfico da escrita.


• Fonema é o som da fala.

Ex.: Pipoca – tem 6 letras e 6 fonemas.


Chuva – tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único som.
Pássaro – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem um único som.
Nascimento – 10 letras e 8 fonemas, já que não se pronuncia o “s” e o “en” tem um único som.
Exceção – 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o “x”.
Táxi – 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”.
Guitarra – 8 letras e 6 Gabriela
fonemas, já que
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“gu” tem um único som e o “rr” também tem um
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Queijo – 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único som.

Sílaba
É um fonema ou grupo de fonemas que são pronunciados por uma única emissão de voz. A base das
sílabas na Língua Portuguesa são as vogais (a - e - i - o - u). Sem vogais, não há sílaba!

Ex.: aula – au-la


Ex.: concurso – con-cur-so
Ex.: prova – pro-va

Encontros vocálicos
São encontros de vogais ou semivogais sem consoantes intermediárias.

• Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal numa mesma sílaba.

Crescente: quando há um crescimento sonoro, partindo do som mais fraco de uma


semivogal para o som mais forte de uma vogal.
E.x: igual, quadro, quase, tranquilo, goela.

Decrescente: quando há um decrescimento sonoro, partindo do som mais forte de


uma vogal para o som mais fraco de uma semivogal.
Ex.: pai, céu, caixa, mau, intuito.

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Português

Oral: quando o ar passa exclusivamente pela boca durante a pronúncia das vogais e
semivogais: ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói, io, au, ua, ao, oa, ou, uo, oe, eo, ea.
Ex.: lei, caixa, chapéu, boi, herói, pastéis.

Nasal: quando o ar passa pela boca e pelo nariz durante a pronúncia das vogais e
semivogais: ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui (apenas em muito).
Ex.: muito, mamãe, cantam, cãibra.

• Tritongo: quando há o encontro de uma semivogal, de uma vogal e de outra semivogal na


mesma sílaba.

Oral: o som passa apenas bela boca.


Ex.: Uruguai, quaisquer, averiguei, Paraguai.

Nasal: o som passa pela boca e pelo nariz.


Ex.: saguões, saguão, enxáguem, quão.

ATENÇÃO!!
Sendo caracterizado como uma sequência de três sons vocálicos, é essencial que se consiga distinguir os três
sons para identificar o tritongo. Dessa forma, palavras como queijo, queixa, toquei, não formam tritongo porque
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não há a presença de três sons vocálicos.
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necessário ainda verificar se permanecem na mesma sílaba na
Após a identificação distinta dos três sons, é700.764.194-60
divisão silábica. Assim, palavras como meia, ceia, teia, saia, papaia, não formam tritongo porque os três sons
vocálicos não se encontram na mesma sílaba.

• Hiato: encontro vocálico que consiste em duas vogais em sílabas diferentes.


Ex.: sa-í-da, po-e-si-a, ci-ú-me, pa-ís, sa-ú-de.

Encontros consonantais: são encontros de consoantes, sem vogais intermediárias, na


mesma ou em outra sílaba.

• Perfeitos: encontro de consoantes que ocorre na mesma sílaba.


Ex.:pla-no, psi-co-lo-gia, li-vro, pe-dra, a-tle-ta.

• Imperfeitos: encontro de consoantes que ocorre em sílaba diferente.


Ex.:ad-je-ti-vo, ad-vo-ga-do, af-ta, cos-tas, mag-né-ti-co.

• Mistos: ocorrem encontros consonantais perfeitos e imperfeitos.


Ex.: des-tro-çar, es-tru-tu-ra, des-tre-za.

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Português

ATENÇÃO !!
Não ocorre encontro consonantal quando ‘m’ e ‘n’ assumem o papel de uma semivogal, produzindo
um som vocálico. NÃO são consideradas consoantes neste caso.
Ex: campo, ponto, tambor, lenda, limpo.

Dígrafos: é o encontro de duas letras que representam um único fonema.

• Dígrafo consonantal: encontro de duas letras que representam um fonema consonantal: ch,
lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu.
Ex.: chave, olho, ninho, desço, queijo, pássaro, carro.

• Dígrafo vocálico: encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, que resulta num fonema
vocálico: am, an; em, en; im, in; om, on e um, un.
Ex: amplo, empecilho, ombro, fundo, tinta, encontro.

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Português

Formação de Palavras
Formação de palavras

Radical: elemento básico que contém o significado da palavra (amor)


Prefixo: partícula que vem antes do radical (desamor)
Sufixo: partícula que vem depois do radical (amoroso)
Desinência: flexão das palavras variáveis (gato / gata)
Vogal temática: vogal que aparece após o radical (amor)

COMPOSIÇÃO
União de dois ou mais radicais.

Justaposição: as palavras não sofrem alterações


Gabriela fonológicas.
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Ex.: pontapé, bate-papo, passatempo, girassol, etc.
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Aglutinação: as palavras sofrem alterações fonológicas.


Ex.: fidalgo (filho de algo), planalto (plano alto), embora (em boa hora), cabisbaixo (cabeça baixo),
hidrelétrica (hidro elétrico), etc.

Hibridismo: junção de radicais de línguas distintas.


Ex.: burocracia (francês + grego), televisão (grego + latim), etc.

DERIVAÇÃO
Forma palavras a partir de um só radical.

Prefixal: acrescenta-se um prefixo ao radical.


Ex.: infeliz (in + feliz), desligar (des + ligar), anormal (a + normal), vice-presidente (vice +
presidente), reler (re + ler), incapaz (in + capaz).

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Português

Sufixal: acrescenta-se um sufixo ao radical.


Ex.: dentista (dente + ista), passageiro (passagem + eiro), rapidamente (rápido + mente), idealizar
(ideal + izar), atualizar (atual +izar).

Prefixal e sufixal: acrescenta-se um prefixo e um sufixo ao radical, de maneira independente (a


palavra pode existem sem um ou outro).
Ex.: infelizmente (in + feliz + mente), anormalidade (a + normal + idade), desligamento (des + ligar
+mento)

Parassintética: acrescenta-se um prefixo e um sufixo ao radical, de maneira dependente (não se


pode tirar um sem tirar o outro).
Ex: esfriar (es + frio + ar), emagrecer (e + magro + cer)

Regressiva: substantivos abstratos,


Gabriela indicando ação, formados a partir de verbos.
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Ex.: compra (comprar), choro (chorar), corte (cortar), mergulho (mergulhar).
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Imprópria: mudança de classe gramatical de uma palavra, sem que sofra alteração em sua forma.
Ex.: O viver ali é difícil. (verbo  substantivo)
Ex.: Seus olhos são de um azul lindo. (adjetivo  substantivo)

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Português

Classe de Palavras – substantivo,


artigo e adjetivo
SUBSTANTIVO
• É a classe de palavra que denomina os seres em geral.
Ex.: amor, casa, professor, café, Ana, pedra, flor, viagem, Bahia, etc.

• É flexível em gênero, número e grau.


Ex.: menina, meninos, menininho.

 Concretos: geralmente designam pessoas, animais, plantas, coisas, lugares, seres


fantásticos.
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Ex.: Fotógrafo, papagaio, orquídea, casa, Sergipe, anjo, etc.
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 Abstratos: nomeiam uma ação (derivados dos verbos), qualidade, estada (derivados de
adjetivos) ou sentimento dos seres sem os quais não poderia existir.
Ex.: corrida, timidez, tristeza, saudades, etc.

 Comuns: nomeiam seres e grupos de seres da mesma espécie, que têm características em
comum, mas não são tratados como indivíduos.
Ex.: prédios, chocolate, caderno, etc.

 Próprios: nomeiam seres específicos, de determinada espécie (nomes de pessoas, cidades,


estados, etc.).
Ex: Maria, São Paulo, Moçambique, etc.

 Simples: são formados por apenas um radical.


Ex.: couve, natal, marido, etc.

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Português

 Compostos: apresentam mais de um radical.


Ex.: couve-flor, pré-natal, ex-marido, etc.

 Primitivos: não são formados a partir de outras palavras da língua.


Ex.: amor, pedra, rua, etc.

 Derivados: são formados a partir de outras palavras da língua.


Ex.: amante, pedreiro, ruela, etc.

 Coletivos: designam um conjunto ou uma coleção de elementos considerados em sua


totalidade.

Substantivo Coletivo Substantivo Coletivo


Folha Folhagem Porcos Vara
Viajantes Caravana Flores Ramalhete
Parlamentares Gabriela de Oliveira Medeiros
Congresso Livros Biblioteca
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Atores Elenco Lobos Alcateia
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Peixes Cardume Alhos Réstia
Abelhas enxame Anjos Legião

ARTIGO

• É a palavra que acompanha o substantivo, determinando-o ou indeterminando-o.


Ex.: Comprei o sapato que queria.
Ex.: Comprei um sapato novo.

Flexões Definidos Indefinidos


Singular masculino O Um
Singular feminino A Uma
Plural masculino Os Uns
Plural feminino As Umas

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Português

ADJETIVO

• É a palavra que acompanha o substantivo para atribuir-lhe uma característica.


Ex.: O restaurante é pequeno, mas as comidas são maravilhosas e o ambiente é acolhedor.

• Pode vir representado por mais de uma palavra.


Ex.: Ele faz uma comida sem sabor.(locução adjetiva)
Ex.: Ele faz uma comida insossa. (adjetivo)

• Podem variar em gênero, número e grau.


Ex.: O aluno estava cansado. (masculino, singular)
Ex.: As alunas estavam cansadas. (feminino, plural)
Ex.: Eles estavam cansadíssimos. (masculino, plural, superlativo)

• A posição do adjetivo pode modificar o sentido.


Ex.:Ela é uma grande mulher. (notável)
Gabriela de Oliveira Medeiros
gabrielaodem@gmail.com
Ex.: Ela é uma mulher grande. (alta)
700.764.194-60

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Português

Classe de palavras – pronomes


PRONOMES
• São aqueles que representam, substituem ou acompanham substantivos.
Ex.: O Paulo não vai ao cinema comigo porque sua mãe veio do interior para visitá-lo, e ele vai ficar
com ela.

Pessoais: indicam as pessoas do discurso.


Pronomes pessoais do caso reto Pronomes pessoais do caso oblíquo
1ª pessoa Eu Me, mim, comigo

Singular 2ª pessoa Tu Te, ti, contigo


Gabriela de Oliveira Medeiros
3ª pessoa Ele/ela Se, si, consigo, o, a, lhe
gabrielaodem@gmail.com
1ª pessoa Nós
700.764.194-60 Nos, conosco
Plural 2ª pessoa Vós Vos, convosco

3ª pessoa Eles/elas Se, si, consigo, os, as, lhes

Tratamento: indicam a pessoa com quem se fala.


Ex.: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Alteza, Vossa Excelência, Vossa Majestade, Vossa
Senhoria, etc.

Possessivos: indicam uma relação de posse.


Ex.: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, tuas, seu, sua, suas, nosso, nossa, nossos, nossas,
vosso,vossa, vossos, vossas.

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Português

Demonstrativos: indicam/situam algo.

Variáveis
Quando usar? Masculino Feminino Invariáveis
Singular Plural Singular Plural

Próximo de quem fala;


este estes esta Estas isto
Tempo presente

Próximo da pessoa com quem


se fala; esse esses essa Essas isso
Passado ou futuro
Afastado dos interlocutores;
aquele aqueles aquela Aquelas aquilo
Situação longínqua

Indefinidos: palavras que substituem ou indicam os substantivos de forma imprecisa.


Ex.: algum, nenhum, todo, qualquer, alguém, ninguém, algo, nada, tudo, etc.

Interrogativos: indicam o elemento sobre o qual se deseja obter uma informação.


Que, quem, qual e quanto Gabriela
– empregados
depara formularMedeiros
Oliveira uma pergunta direta ou indireta.
Ex.: Que trabalho você estágabrielaodem@gmail.com
fazendo?
700.764.194-60
Ex.:Diga-me que trabalho você está fazendo.
Ex.: Quem disse isso?
Ex.: Não sei quem disse isso.

Relativos: referem-se a um elemento que já foi expresso, articulando duas orações.


Ex.: Li o livro. Você me emprestou o livro.  Li o livro que você me emprestou.
Ex.: Aquele é o professor. Eu gosto do professor.  Aquele é o professor de quem eu gosto. Ex.:
O site está fora do ar. Você falou sobre o site.  O site sobre o qual você falou está fora do ar.
Ex.: O autor foi premiado. A obra do autor é riquíssima.  O autor cuja obra é riquíssima foi
premiado.
Ex.: Esta é a escola. Estudei nesta escola.  Esta é a escola onde estudei.

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Português

Classe de palavras – preposições e


numerais
PREPOSIÇÕES

• São palavras que ligam os termos de um enunciado, estabelecendo uma relação de sentido entre
as palavras.
Ex.: Passeio de barco. (meio)
Ex.:Vou com você. (companhia)
Ex.: Estamos em casa. (lugar)
Ex.: Andar a cavalo. (meio)
Ex.: Passei por aqui. (lugar)
Ex.:Dieta para emagrecer. (finalidade)
Ex.: Tremia de frio. (causa)
Gabriela de Oliveira Medeiros
gabrielaodem@gmail.com
 Combinação: a preposição se une a outra palavra, sem perda de som.
700.764.194-60
Ex.: Vocês vão ao parque todos os dias? (a + o  preposição + artigo)
Ex.: Aonde vocês foram? (a + onde  preposição + pronome)

 Contração: a preposição se une a outra palavra, com perda de som.


Ex.: Ele é filho do professor. (de + o  preposição + artigo)
Ex.: Estive naquela cidade. (em + aquela  preposição + pronome)
Ex.: Assistimos à peça. (a + a  preposição + artigo)
Ex.: Vá pela rua. (por + a  preposição +artigo)

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Português

NUMERAIS

• São palavras que indicam quantidade ou ordem.

Ex.: O restaurante hoje recebeu o triplo de clientes em relação a ontem, que foi o primeiro dia de
funcionamento. Metade dos visitantes soube da inauguração pelas redes sociais, e apenas
três pessoas entraram porque estavam passando pela rua.

triplo: indica multiplicação


primeiro: indica ordem
metade: indica fração
três: indica quantidade

Algarismos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


1 Um Primeiro - -
2 Dois Segundo Dobro, duplo Meio, metade
3 Três Gabriela de Oliveira
Terceiro Medeiros
Triplo, tríplice Terço
4 Quatro gabrielaodem@gmail.com
Quarto Quádruplo Quarto
5 Cinco Quinto
700.764.194-60 Quíntuplo Quinto

• Coletivos: década, centena, dúzia, milhar...

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Português

Classe de palavras – verbos e


advérbios
VERBOS

• São palavras invariáveis que expressam estado, ação ou fenômeno.


Ex.: Os estudantes estão animados. (estado)
Ex.: Os estudantes fizeram a prova. (ação)
Ex.: Choveu forte no dia da prova. (fenômeno da natureza)

Formas nominais do verbo

Infinitivo Gerúndio Particípio


Gabriela de Oliveira Medeiros
Amar Amando Amado
Chorar gabrielaodem@gmail.com
Chorando Chorado
Sonhar 700.764.194-60
Sonhando Sonhado
Estudar Estudando Estudado
Trabalhar Trabalhando Trabalhado
Fazer Fazendo Feito
Entender Entendendo Entendido
Ter Tendo Tido
Viver Vivendo Vivido
Sorrir Sorrindo Sorrido
Partir Partindo Partido

Ex.: Você vai estudar amanhã? (infinitivo)


Ex.: Estou estudando português. (gerúndio)
Ex.: Eu nunca tinha estudado esse assunto. (particípio)

Modo do verbo
Indicativo: expressa certeza, fato.
Ex.: Estudei bastante para a prova.

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Português

INDICATIVO
Momento da fala;
Presente Fatos habituais; Estudo
Verdades incontestáveis.
Pretérito Perfeito Já aconteceu. Estudei
Aconteceu repetidas vezes;
Pretérito Imperfeito Estudava
Um tempo de duração indeterminado.
Pretérito-mais-que- Fato que ocorreu no passado, anterior a outro Estudara (tinha
perfeito fato também no passado. estudado)
Futuro do Presente Ainda acontecerá. Estudarei (vou estudar)
Ação que era esperada no passado, desde que
Futuro do Pretérito Estudaria
algo acontecesse

Subjuntivo: expressa desejo, possibilidade.


Ex.: Talvez eu seja aprovado no concurso.

SUBJUNTIVO
Expressa um desejo ou um acontecimento Tomara que você fique bem
Presente
provável. (que...)
Se ele estudasse mais, teria
Pretérito Expressa um fato que poderia ter acontecido com
notas melhores.
Imperfeito uma certa de
Gabriela condição.
Oliveira Medeiros (se...)
gabrielaodem@gmail.comQuando eu for aprovado, darei
Futuro Expressa um fato700.764.194-60
que pode se realizar. uma festa.
(quando...)

Imperativo: expressa conselho, pedido.


Ex.: Continue assim!

IMPERATIVO
Afirmativo Orienta alguém a fazer algo. Compre / compra
Negativo Orienta alguém a não fazer algo. Não compre / não compra

ADVÉRBIOS

• Indicam a circunstância expressa pelo verbo.


Ex.: O chefe viajou para o interior ontem às pressas.
para o interior: lugar
ontem: tempo
às pressas: modo

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Português

• Podem modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.


Ex.: Você chegou rápido. (chegou – verbo / rápido – advérbio de modo)
Ex.: Você anda muito rápido. (anda – verbo / muito – advérbio de intensidade / rápido – advérbio
de modo)
Ex.: Você é muito rápido. (muito – advérbio de intensidade / rápido – adjetivo)

ATENÇÃO!
Precisamos analisar o contexto para sabermos se é um adjetivo ou um advérbio.
O adjetivo é uma classe de palavra variável, ele vai para o plural, para o feminino...
O advérbio é uma classe de palavra invariável, ele não vai se modificar.
Ex: Ele é alto / Ela é alta  adjetivo
Ex: Ele fala alto / Ela fala alto  advérbio

Gabriela de Oliveira Medeiros


Advérbios Exemplo
gabrielaodem@gmail.com
Agora, amanhã, cedo, hoje, ontem, à
Tempo 700.764.194-60noite, etc.
Aqui, ali, abaixo, acima, cá, lá, à
Lugar
esquerda, em casa, etc.
Bem, mal, depressa, devagar,
Modo tranquilamente, às pressas, em silêncio,
etc.
Muito, pouco, bastante, demais, mais,
Intensidade
menos, meio, etc.
Dúvida Talvez, acaso, porventura, etc.
Sim, certamente, realmente, com
Afirmação
certeza, etc.
Não, de modo algum, de jeito nenhum,
Negação
etc.

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Português

Classe de palavras – conjunções e


interjeiçõesinterjeições
CONJUNÇÕES

• São palavras invariáveis que conectam termos com a mesma função sintática e orações.
Ex.: Estudei português e raciocínio lógico.
Ex: Estudei durante o dia e descansei à noite.

• Quando duas ou mais palavras têm função de conjunção, chamamos de locução conjuntiva.
Ex: De acordo com a defesa, o acusado é inocente.

• São divididas em coordenativas e subordinativas.


Gabriela de Oliveira Medeiros
 Coordenativas: conectam orações independentes.
gabrielaodem@gmail.com
Ex.: Meu computador estragou, portanto vou comprar outro.
700.764.194-60

Classificação Conjunções e Locuções Conjuntivas Relação de Sentido

mas, porém, contudo, todavia, no


adversativa contraste, oposição
entanto, entretanto

aditiva e, não, não só..., mas também soma, acréscimo


conclusiva então, portanto, logo conclusão
explicativa pois, porque, que explicação, justificativa
ou, ou...ou, seja...seja, quer...quer,
alternativa alternância ou exclusão
ora...ora

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Português

 Subordinativas: conectam orações subordinativas.


Ex.: Vou comprar um computador porque o meu estragou.
Ex.: Eu disse que vou comprar um computador.

Classificação Conjunções e Locuções Conjuntivas Relação de Sentido

causal porque, já que, como, visto que causa, motivo

consecutiva tanto que, de modo que consequência


embora, ainda que, por mais que,
concessiva concessão
mesmo que

conformativa segundo, conforme, como conformidade

assim como, como, mais que, menos


comparatia comparação
que
condicional caso, se desde que condição
Final a fim de que, para que finalidade

temporal
Gabriela de Oliveira Medeiros
logo que, quando, antes que tempo
gabrielaodem@gmail.com
à medida que,700.764.194-60
à proporção que, quanto
proporcional proporção
mais...menos

integrante que, se sem valor semântico

ATENÇÃO! Para determinar a relação de sentido estabelecida por uma conjunção, é necessário
analisar o contexto. Observe:
Ex.: Está chovendo desde que eu cheguei em casa. (tempo)
Ex.: Você pode sair desde que arrume seu quarto. (condição)
Ex.: O menino cresceu saudável como o irmão.(comparação)
Ex.: Envio os valores como combinamos. (conformidade)
Ex.: Como o despertador não tocou, cheguei atrasado. (causa)

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Português

INTERJEIÇÕES

• São expressões que exprimem emoções repentinas, surpresa, espanto, dor, etc.
Ex.: Ufa!
Ex.: Aiiii que dor!
Ex.: Semana com feriado? Oba!

Tipos Exemplos
de alegria Ah! Oba!
de alívio Ufa!
Coragem! Vamos!
de animação
Avante!
de aplauso Bis! Viva! Bravo!
de desejo Oh! Oxalá!
de dor Ai! Ui!
de espanto ou
Ah! Chi! Ué! Puxa! Uau!
surpresa

Gabriela de Oliveira Medeiros


gabrielaodem@gmail.com
700.764.194-60

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Português

Regência verbal e nominal


Regência verbal

• Verbo transitivo direto (VTD): são complementados por objeto direto (OD).
 Pergunta-se “algo ou alguém”.
Ex.: O turista comprava chaveiros.  Quem compra, compra “algo”, logo, OD.

• Verbo transitivo indireto (VTI): são complementados por objeto indireto (OI).
 Pergunta-se “preposição+algo ou preposição+alguém”.
Ex.: O turista gostava de chaveiros.  Quem gosta, gosta “de algo”, logo, OI.

Gabriela de Oliveira Medeiros


• Verbo intransitivo: não é gabrielaodem@gmail.com
complementado nem por OD, nem por OI.
 Não é nem OD, nem OI.
700.764.194-60
Ex.: O gato fugiu. . A frase tem sentido completo, não se completa nem com OD, nem com OI.

Regência de verbos importantes:

Aspirar: sugar
Ex:. As crianças aspiravam o ar puro.
Aspirar a: almejar
Ex.: Ele aspirava a um cargo mais alto.

Assistir: acompanhar, amparar


Ex.: A enfermeira assistiu o paciente.
Assistir a: ver, observar
Ex.: Não assistimos a essa série.

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Português

Assistir em: morar, habitar


Ex.: Eles assistiam em Minas Gerais.

Referir-se a: aludir
Ex.: O palestrante referiu-se ao problema.
Referir: narrar, contar.
Ex.:Ele referiu o ocorrido.

Visar: pôr o visto, rubricar, mirar.


Ex.: Não visei os documentos.
Visar a: almejar, pretender.
Ex.: A medida visava à redução de gastos.

Implicar: acarretar, ocasionar


Gabriela
Ex.: A quebra do contrato implica multa. de Oliveira Medeiros
gabrielaodem@gmail.com
Implicar em: envolver-se “em” algo
700.764.194-60
Ex.: Os parlamentares implicaram-se em escândalos.
Implicar com: implicância “com” alguém, hostilizar.
Ex.: Ele implica com o irmão.

Custar: preço, valor


Ex.: As calças custaram trinta reais.
Custar a: ser custoso, difícil.
Ex: Custou ao aluno entender a explicação.

Lembrar/ Esquecer/Recordar: VTD


Ex: Tudo aqui lembra você.
Ex: Eu esqueci as chaves.
Lembrar-se de/ Esquecer-se de/ Recordar-se de: VTI
Ex: Ele se lembrou de algo.
Ex: Eu me lembrei de pegar o cachorro no pet.
Ex: Eu me esqueci das chaves.

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Português

Aludir a: VTI  fazer referência a


Ex: Aludi ao preconceito.

Ex: Não aludiu à economia.

Avisar, informar, prevenir, certificar: normalmente são


VTDI Ex: Avisei o gerente do problema/ Avisei-o do problema.
Ex: Avisei ao gerente o problema/ Avisei-lhe o problema.

Preferir: VTDI verbo + OD + a + OI


Ex.: Prefiro praia a piscina.

Morar em:
Ex.: Ele morava em Lisboa.
Gabriela de Oliveira Medeiros
gabrielaodem@gmail.com
Obedecer a: 700.764.194-60
Ex.: Obedeço ao comando.

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Português

Regência nominal

Chamamos de regência nominal o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo
ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma
preposição. Abaixo estão alguns verbos que têm importância para concursos e seus significados.

Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de


Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Acessível a Entendido em Necessário a
Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a
Agradável a Gabriela Escasso de
de Oliveira Medeiros Paralelo a
Alheio a, de Essencial a, para
gabrielaodem@gmail.com Passível de
Análogo a Fácil de
700.764.194-60 Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Descontente com Insensível a Sito em
Desejoso de Liberal com Suspeito de
Diferente de Natural de Vazio de
Longe de Perto de Proximamente a, de

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Português

Uso do sinal indicador de crase


Não se utiliza crase antes de:

• Pronomes oblíquos (mim, ti, nós, vós, ele, eles...)


Ex.: Dirigiu a palavra a ela.

• Pronomes indefinidos (alguém, ninguém, todos, nada...)


Ex.: Obedecia a todos.

• Pronomes demonstrativos (este, esta, esse, essa...)


Ex.: Não foi a esta festa. Gabriela de Oliveira Medeiros
gabrielaodem@gmail.com
700.764.194-60
• Pronomes de tratamento
Ex.: Preciso informar a Vossa Senhoria.

• Artigo indefinido (uma, um, uns, umas)


Ex.: Dirigiu-se a uma cidade.

• Verbos
Ex.: Ele estava disposto a colaborar.

• Antes de substantivos masculinos


Ex.: Gosto de andar a pé.
Ex.: Este passeio será feito a cavalo.

• Em expressões com palavras repetidas (dia a dia, gota a gota, face a face, lado a lado...)
Ex.: Usamos estes livros no dia a dia.
Ex.: Preciso conversar com você lado a lado.

37
Português

Utiliza-se crase antes de:

• palavras que exigem a preposição diante de substantivos femininos.


Ex.: Ela nunca está atenta à aula. (atenta “a” + “a” aula)
Ex.: Obedeço à lei.(obedece “a” + “a” lei)

• expressões adverbiais (tempo, modo, lugar), locuções prepositivas e locuções conjuntivas.


Abaixo há alguns exemplos:

à noite às avessas à maneira de à proporção que


à direita à parte à exceção de à tarde
à toa à luz à custa de às moscas
às vezes à vista à semelhança de às escondidas
à deriva à moda de à medida que à revelia

Ex.: Hoje à noite, terá festa.Gabriela de Oliveira Medeiros


Ex.: Às vezes chegamos mais cedo gabrielaodem@gmail.com
ao clube.
700.764.194-60
Ex.: Ele terminou a prova às pressas.
Ex.: Ficamos melhores à medida que o tempo passa.
Ex.: Ficou tudo em ordem, à exceção da cozinha.

• indicação exata de hora.


Ex.: Chegaremos às 22h.

• antes das palavras “casa” e “terra”, se estiverem especificadas.


Ex.: Fomos à terra de Guimarães Rosa.
Ex.: O filho vai a casa todos os dias/ O filho vai à casa dos pais todos os dias.

• nas expressões “à moda de/à maneira de”, mesmo se estiver implícita.


Ex.: Pedimos a pizza à moda da casa.
Ex.: Costumava escrever à Drummond. (à maneira de)

38
Português

É facultativo o uso da crase:

• antes de pronomes possessivos, femininos e singulares.


Ex.: Fizeram referência a/à minha falecida mãe.

• antes de nomes próprios femininos.


Ex.: Enviei cartas a/à Heloísa.

• depois da preposição até.


Ex.: Fomos até a/à porta.

Importante: diante de topônimos (nomes de lugares) que pedem artigo feminino, para saber se
o topônimo pede ou não o artigo, podemos substituir a preposição “a” por um verbo que pede
a preposição “de”. Gabriela de Oliveira Medeiros
gabrielaodem@gmail.com
Fui à Bahia  Vim da Bahia : utiliza-se700.764.194-60
crase.
Fui a Sergipe  Vim de Sergipe: não se utiliza crase.
Fui a Roma  Vim de Roma: não se utiliza crase.

Vemos então, que o verbo “vim” exige a preposição “de”. Se a oração permanecer somente com
essa preposição, o verbo “fui” também permanecerá só com a preposição “a”. Caso mude para a
preposição “da”, significa que também ocorrerá crase entre a preposição + artigo após o verbo “fui”.

39
Português

Colocação Pronominal
Próclise: quando o pronome está antes do verbo, ocorre nos seguintes casos:

• palavra de sentido negativo (não, nada, nunca, ninguém).


Ex.: Não me convidaram para a festa.

• conjunção subordinativa.
Ex.: Quando te encontrei, fiquei feliz.

• advérbio (melhor, demais, ali, muito, sempre).


Ex.: Assim se resolveram os problemas.
Gabriela de Oliveira Medeiros
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700.764.194-60
• pronome indefinido (tudo, nada, alguém, ninguém).
Ex.: Tudo se acaba na vida.

• pronome relativo (onde, cuja, qual, que).


Ex.: Não encontrei o caminho que me indicaram.

• palavras interrogativas, exclamativas e optativas (desejo).


Ex.: Quem te disse?
Quanto me custa dizer a verdade!
Deus te proteja.

40
Português

Ênclise: quando o pronome está depois do verbo, ocorre nos seguintes casos:

• verbo no início da frase.


Ex.: Sabe-se da verdade.

• após vírgula.
Ex.: Naquela situação, soube-se da verdade.

• verbo no imperativo afirmativo.


Ex.: Alunos, apresentem-se ao diretor!

• verbo no gerúndio.
Ex.: O diretor apareceu avisando-o sobre o início das avaliações.

Gabriela de Oliveira Medeiros


Caso o gerúndio venha precedido pela preposição “EM”, ocorrerá próclise!
gabrielaodem@gmail.com
Ex.: Em se tratando de cinema, ele conhece tudo.
700.764.194-60

• verbo no infinitivo impessoal.


Ex.: Leia antes de resolvê-las.

Mesóclise: quando o pronome está entre o radical e as desinências do verbo, ocorre quando:

• verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo.


Ex.: Planejar-se-ão todos os gastos referentes a este ano.
Comemorar-se-ia o aniversário se todos estivessem presentes.

41
Português

Locuções verbais
• Verbo principal no infinitivo ou gerúndio
 Se não houver palavra atrativa que exija a próclise, o pronome pode ficar depois do verbo
principal ou depois do verbo auxiliar.
Ex.: Quero ver-te amanhã / Quero-te ver amanhã.

• Verbo principal no particípio


 Se não houver palavra atrativa que exija a próclise, o pronome deverá ficar depois do verbo
auxiliar, nunca depois do verbo principal no particípio.
Ex.: Tinham-me dito que você não vinha.

Regência do pronome oblíquo

Gabriela de Oliveira Medeiros


• Objeto direto: o, a, os, as.gabrielaodem@gmail.com
Ex.: Faz tempo que não o vejo  Ver é verbo transitivo direto. Quem vê, vê algo ou alguém.
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• Objeto indireto: lhe, lhes.


Ex.: Deram-lhe presentes  Dar é verbo transitivo direto e indireto. Quem dá, dá algo (OD) a alguém
(OI).

• Palavras terminadas em r,s,z com objeto direto, caem as consoantes e coloca “L”.
Ex.: Fazer ele feliz  Fazê-lo feliz.

• Verbos com som nasal, m, til com objeto direto, coloca-se “N”
Ex.: Indicam um caminho  Indicam-no.

42
Português

Flexão Nominal e Verbal


FLEXÃO

• É a mudança na forma de uma palavra variável (flexão de gênero, número, grau, pessoa, modo,
tempo e voz). As flexões são marcadas por sufixos ou desinências.

 Flexão nominal:
Ex.: menino  menina (gênero), meninos (número), menininho (grau).

 Flexão berbal:
Ex.: estudar  eu estudo / ele estuda (pessoa)
eu estudoGabriela
/ nós estudamos (número) Medeiros
de Oliveira
eu estudo /gabrielaodem@gmail.com
que eu estude (modo)
700.764.194-60
ele estuda / ele estudou (tempo)
ele estudou o assunto / o assunto foi estudado por ele (voz)

FLEXÃO NOMINAL

Plural dos substantivos simples

• Terminados em vogal e semivogal: acrescenta-se “s”.


Ex.: casa-casas, chapéu-chapéus, troféu-troféus, degrau-degraus.

• Terminados em “ão”: pode-se trocar por “ões”, “ães” e “ãos”.


Ões Ães Ãos
singular Plural singular plural singular plural
gavião gaviões escrivão escrivães artesão artesãos
formão formões tabelião tabeliães cidadão cidadãos
folião foliões capelão capelães cristão cristãos
questão questões alemão alemães pagão pagãos
eleição eleições pão pães órfão órfãos

43
Português

• Algumas palavras terminadas em “ão” podem apresentar mais de uma forma de plural.
Mais de uma forma para o plural
singular plural plural plural
aldeão aldeões aldeães aldeãos
vilão vilões vilães vilãos
ermitão ermitães ermitãos ermitões
corrimão corrimões corrimãos -
anão anãos anões -
ancião anciões anciães anciãos

• Flexão de dois elementos:


Substantivo + adjetivo: Ex.: amor-perfeito  amores-perfeitos.
Adjetivo + substantivo: Ex.: gentil-homem  gentis-homens.
Numeral + substantivo: Ex.: quinta-feira  quintas-feiras.
Substantivo + substantivo: Ex.: couve-flor  couves-flores.

• Flexão somente do segundo elemento:


Verbo + substantivo: Ex.: guarda-roupa
Gabriela de guarda-roupas.
 Oliveira Medeiros
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Palavras repetidas ou imitativas: Ex.: reco-reco  reco-recos.
700.764.194-60

• Flexão somente do primeiro elemento:


Substantivo + preposição clara + substantivo: Ex.: água-de-colônia  águas-de-colônia

• Mudança de gênero com mudança de significado:


o caixa Funcionário a caixa objeto
o capital Dinheiro a capital sede de governo
o coma sono mórbido a coma cabeleira
o grama medida de massa a grama capim
o guarda Soldado a guarda corporação
o guia aquele que guia a guia documento
o moral estado de espírito a moral ética, conclusão
o banana o molenga a banana fruta

• Plural de “cor de + substantivo”: os adjetivos são invariáveis, mesmo quando “cor de” estiver
subentendido.
Ex.: papel cor de rosa  papéis cor de rosa, carro (cor de creme)  carros (cor de) creme.

44
Português

Plural dos substantivos compostos

• Formados por dois adjetivos: apenas o último sofre flexão:


Ex.: cidadão luso-brasileiro  cidadãos luso-brasileiros, camisa verde-clara  camisas verde-claras.

• Segundo elemento é substantivo: invariáveis:


Ex.: camisa verde-mar  camisas verde-mar, terno azul-marinho  ternos azul-marinho.

FLEXÃO VERBAL

Segue lista de verbos importantes para saber a flexão!

Propor, antepor, compor, decompor, depor, expor, impor, indispor, justapor, opor, predispor,
pressupor, repor, supor, transpor  conjugação de pôr.
Gabriela de Oliveira Medeiros
Ex.: Eles propuseram um acordo. gabrielaodem@gmail.com
Ex.: Se ele compusesse uma música de sucesso, realizaria um sonho.
700.764.194-60
Ex.: Quando os funcionários repuserem os dias parados, as faltas serão desconsideradas.

Antevir, intervir, advir, contravir, convir, provir, sobrevir  conjugação de vir


Ex.: O diretor interveio na briga dos alunos.

Ex.: Essas doenças provêm de outros problemas.

Entreter, abster, conter, deter, manter, obter, reter, suster conjugação de ter
Ex.: As crianças se entretiveram no passeio.
Ex.: Se eles mantivessem o ritmo de estudos, conseguiriam a aprovação.

Antever, entrever, prever, rever  conjugação de ver


Ex.: Eles anteviram a tragédia.
Ex.: Eles sempre preveem os riscos.

45
Português

Crer, descrer  conjugação de ler


Ex.: Aquelas pessoas não creem em nada.
Ex.: Já descri de muita coisa.

Reaver  verbo irregular. É conjugado como o verbo haver. Porém, só nas pessoas em que
haver possuir a letra “v”.
Ex.: Nós reavemos os bens.
Ex.: Quando você reouver os bens, ficará tudo certo.

Requerer  verbo irregular. É conjugado como o verbo querer, com exceção:

1.ª pessoa do singular do presente do indicativo: eu quero - eu requeiro.


1.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: eu quis - eu requeri.
1. ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu quisesse - se eu requeresse.
Ex.: Eu requeiro meus direitos.
Ex.: Talvez eu requeira mais cuidados.
Gabriela de Oliveira Medeiros
Chegar
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Polir
Caber
Cear
Passear
Querer
Viajar

Dica!! utilize o site https://www.conjugacao.com.br/ para conjugação de verbos.

• Particípio regular: com os verbos ter e haver, usar terminação –ado ou –ido.
Ex.: Os alunos tinham entregado o trabalho.
Ex.: Os alunos haviam chegado na escola.
Ex.: Ninguém havia acendido as luzes.

46
Português

• Particípio irregular: com os verbos ser e estar, usar terminações irregulares.


Ex.: Os trabalhos foram entregues.
Ex.: O trabalho foi visto.
Ex.: As luzes estavam acesas.

Gabriela de Oliveira Medeiros


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47
Português

Concordância verbal e nominal


Concordância Verbal

• Sujeito composto antes do verbo  o verbo vai para o plural.


Ex.: A mala e o casaco estão no saguão.

• Sujeito composto depois do verbo  o verbo pode ir para o plural ou concordar com o núcleo
mais próximo.
Ex.:Sumiram o gato e ocachorro.
Ex.: Sumiu o gato e o cachorro.

• Sujeito constituído pelas expressões “a maioria de, a maior parte de, uma porção de, grande
parte de” + substantivoGabriela o verbo
no plural de pode ficar
Oliveira tanto no singular como no plural.
Medeiros
Ex.: A maioria dos estudantes participou / participaram do protesto.
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• Expressões que denotam quantidade aproximada: “perto de, cerca de, menos de” + núcleo do
sujeito no plural  verbo no plural.
Ex.: Perto de quinhentos alunos compareceram.
Ex.:Cerca de duzentas pessoas ganharam o prêmio.
Ex.: Menos de duas pessoas fizeram aquilo.

• Sujeito representado por nome próprio no plural.


 Sem artigo: verbo no singular.
Ex.: Estados Unidos cresceu 1,0 % economicamente neste ano.
Ex.: Minas Gerais produz muito café.
 Precedidos de artigo plural: verbo no plural
Ex.: Os Estados Unidos cresceram 1,0 % economicamente neste ano.
Ex.: As Minas Gerais produzem muito café.

48
Português

Atenção! Encaixam -se nessa regra os nomes plurais de obras literárias.


Ex.: Memórias Póstumas de Brás Cubas narra a história de um personagem defunto. Ex.:
As Memórias Póstumas de Brás Cubas narram a história de um personagem defunto.

• Dar, bater e soar


 Concordância com o sujeito.
Ex.: O relógio soou a meia noite. Os relógios soaram a meia noite.
 Concordância com o numeral.
Ex.: Deu uma hora no relógio. Deram sete horas no relógio.

• Haver
 Sentido de “existir”: permanece singular, impessoal, mesmo em locuções verbais.
Ex.: Haverá mudanças.
Ex.: Havia vinte pessoas na sala.
Gabriela
Ex.: Deve haver muitas dereunião.
pessoas na Oliveira Medeiros
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• Fazer/ir
 Sentido fenômeno da natureza ou tempo decorrido: permanece singular, impessoal.
Ex.: Ontem fez 12 dias.
Ex.: Em Joinville faz verões quentes.
Ex.: Faz dois anos que estudo para concursos

• Sujeito composto ligado por “ou”: concordância com a ideia transmitida


 Valor de exclusão: verbo no singular.
Ex.: José ou Pedro será eleito para o cargo.
 Valor de inclusão: verbo no plural.
Ex.: Sorriso ou lágrimas fazem parte da vida.

• Sujeito composto ligado por “nem”: verbo no plural (ideia de adição de duas negações):
Ex.: Nem o conforto, nem o poder lhe trouxeram a felicidade.

49
Português

• Um e outro
 Admite o verbo no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro falava a verdade/ Um e outro falavam a verdade.

• Um ou outro
 Ideia de inclusão: verbo no plural.
Ex.: Um ou outro país pobre sairão da condição de miséria.
 Ideia de exclusão: verbo no singular.
Ex.: Um ou outro time de futebol chegará à final.

• Porcentagem
 Verbo concorda com o substantivo.
Ex.: 25% do orçamento foi aprovado.
 Verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele. Ex.:
Gabriela
Perderam-se 30% do lucro. de Oliveira Medeiros
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 Verbo no plural se o número vier determinado por artigo no plural.
700.764.194-60
Ex.: Os 30% do lucro perderam-se.

50
Português

Concordância nominal

• Vários substantivos do mesmo gênero + um adjetivo.


 O adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
Ex.: Comprei sapatos e relógio novos.
Ex.: Comprei sapatos e relógio novo.

• Vários substantivos de gêneros diferentes + um adjetivo.


 O adjetivo vai para o masculino plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
Ex.: Aqui temos ar e água puros.(concorda com ar e água)
Ex.: Aqui temos ar e água pura.(concorda apenas com água)

• Um adjetivo + vários substantivos.


 O adjetivo concorda com o primeiro substantivo.
Ex.: O médico usou novas técnicas e métodos.
Gabriela de Oliveira Medeiros
Ex.: O médico usou novos métodos e técnicas.
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• Alerta
 Palavra invariável, não há plural.
Ex.: Todos estão alerta.

• Menos/ Menas
 Menos: palavra invariável.
Ex.: Compre menos frutas.
 Menas: NÃO existe.

• É necessário/ É proibido / É bom + substantivo


 Se o substantivo não for precedido de artigo ou pronome, essas expressões ficam no
masculino singular
Ex.: Água é bom para a saúde. Aquela água é boa para a saúde.
Ex.: É proibido entrada de estranhos. É proibida a entrada de estranhos.
Ex.: É necessário paciência. É necessária sua paciência.

51
Português

• Só
 Quando for adjetivo, significando “sozinho”, é variável e concorda com a palavra a que
se refere.
Ex.: Naquele momento, elas queriam ficar sós.
 Quando significa “apenas, somente” é advérbio, logo, é invariável.
Ex.: Elas ficaram só naquela cidade.

• Bastante
 É invariável quando for advérbio (DICA: sempre substitua por “muito” e veja se pode
trocar para o plural “muitos”. Se não der, é porque é advérbio e é invariável).
Ex.: Ele treinou bastante. Eles treinaram bastante.
 Quando tem valor de adjetivo, concordam com o substantivo.
Ex.: Há bastantes tipos de comida.

• Meio/Meia
 Quando for adjetivo ou numeral,
Gabriela deve ser flexionado
de Oliveira Medeiros
Ex.: Aquela cidadã fala através de meias palavras.
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Ex.: Era meio dia e meia quando ela chegou. (concorda com horas)
 Quando for advérbio (substituir por “um pouco”), é invariável
Ex.: A aluna estava meio cansada.

• Mesmo
 É invariável quando for advérbio.
Ex.: Elas fizeram o bolo mesmo. (realmente – advérbio)
 Quando tem valor de outra classe gramatical, concordam com o substantivo.
Ex.: Elas mesmas fizeram o bolo. (próprias – pronome)

• Obrigado
 Concorda com o gênero do falante.
Ex.: A aluna disse: obrigada!
Ex.: Muito obrigado, respondeu o rapaz.
Ex.: As autoras agradeceram: obrigadas!

52
Português

• Anexo
 Concorda com substantivo a que se refere.

Ex.: A fotografia vai anexa ao email.


Ex.: Os documentos irão anexos ao relatório.
 Quando precedido da preposição “em”, fica invariável.

Ex.: A fotografia vai em anexo.

• Há cerca de/ A cerca de/ Acerca de


 Há cerca de: desde, aproximadamente
Ex.: Não vou há cerca de 5 anos.
 A cerca de: perto de
Ex.: Brasília fica a cerca de 200km.
 Acerca de: sobre
Ex.: Estávamos conversando acerca da viagem.

• Onde/Aonde
Gabriela de Oliveira Medeiros
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 Onde: deve ser empregado somente para lugares físicos.
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Ex.: O bairro onde moro.
 Aonde: ideia de movimento (DICA: substitua por “para onde”).
Ex.: A cidade aonde ele vai.

• Emergir//Imergir
 Emergir: elevar algo
Ex.: O Brasil precisa emergir da crise econômica.
 Imergir: afundar algo
Ex.: O monge imergiu em sono profundo.

• A fim/Afim
 A fim: finalidade
Ex.: Estudou, a fim de passar no concurso.
 Afim: semelhante, parecido
Ex.: Possuem comportamentos afins.

53
Português

• Este/Esse
 Este: indica que está relativamente próximo à pessoa que fala e para referir o que vai
ser mencionado no discurso
Ex.:Este mapa que tenho nas mãos era da minha vó.
Ex.: Este comentário que eu faço é por sua causa.
 Esse: indica que está relativamente próximo à pessoa com quem se fala e para referiro
que foi mencionado no discurso
Ex.:Esse mapa que tu tens na mão é de que ano?
Ex.: Esse comentário foi incorreto.

• Porque/ Por que/ Porquê/ Por quê


 Porque: Explica ou mostra a causa de algo já citado, é utilizado para responder
perguntas
Ex.: Não vou ao cinema porque preciso estudar.
 Por que: significa “por qual razão”, é utilizado para fazer perguntas
Gabriela
Ex.: Por que você não de Oliveira Medeiros
vai ao cinema?
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 Porquê: significa “o motivo”, “a razão”.
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Ex.: Gostaria de saber o porquê de você não ir ao cinema.
 Por quê: mesmo sentido de “Por que”, porém, é utilizado antes de um ponto (final,
interrogativo, exclamação)
Ex.: Você não vai ao cinema? Por quê?

54
Português

Valores sintáticos – Parte I


COMPLEMENTOS VERBAIS

Objeto direto
Termo que completa o sentido do verbo transitivo direto.
• Liga-se ao verbo sem auxílio de preposição
Ex.: Eu ainda não organizei os armários. / Eu ainda não os organizei.
Ex.: Coloque a farinha em uma tigela grande. / Coloque-a em uma tigela grande.

Objeto indireto
Gabriela
Termo que completa o sentido do verbode Oliveira
transitivo Medeiros
indireto.
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• Liga-se ao verbo por meio de preposição
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Ex.: Ninguém gostou do filme.
Ex.: Precisava de ajuda o tempo todo.

ATENÇÃO!
Preposições: a, ante, após, até, com, contra, desde, de, em, entre, para, perante, por, sem, sobre, sob
e trás.

Objeto direto e indireto


• O verbo pode ser, ao mesmo tempo, transitivo direto e transitivo indireto. Nesse caso, haverá
dois complementos: um objeto direto e um indireto.
Ex.: Entregue os documentos ao secretário. (os documentos: OD / ao secretário: OI)
Ex.: Entregue-os ao secretário. (os: OD / ao secretário: OI)
Ex.: Entregue-lhe os documentos. (lhe: OI / os documentos: OD)

55
Português

Objeto direto preposicionado


• O objeto direto pode vir regido de preposição “a” com verbos que exprimem sentimentos ou
quando vem antecipado.
• O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso por pronome pessoal
oblíquo tônico.
Ex.: Quem a dois ama, a ambos engana.
Ex.: Jamais receberam a mim.

PREDICATIVOS

Predicativo do sujeito
• Termo responsável por atribuir uma característica ao sujeito por meio de um verbo de ligação.
Ex.: Eles permaneceram calados o tempotodo.

Ex.: O professor era autoritário.

Gabriela de Oliveira Medeiros


ATENÇÃO!!! gabrielaodem@gmail.com
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Verbos de Ligação: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, tornar-se.

Predicativo do objeto
• Termo responsável por atribuir uma característica ao objeto.
Ex.: Os funcionários encontraram as gavetas bagunçadas. (OD: as gavetas)
Ex.: O neto achou o avô pálido. (OD: o avô)

56
Português

Valores sintáticos – Parte II


APOSTO

• Termo acessório, que explica melhor, esclarece um outro termo.

 Explicativo:
Ex.: A linguística, ciência da linguagem humana, é disciplina obrigatória do curso de Letras.

 Enumerativo:
Ex.: Só vou levar o necessário: roupa, sapato e livro.

 Recapitulativo / Resumidor:
Ex.: Músicas, filmes, livros, tudo colabora para nossa formação.
Gabriela de Oliveira Medeiros
 Distributivo:
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Ex.: Ana e Laura são concursadas, esta é defensora pública e aquela é engenheira da Marinha.
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 Comparativo:
Ex.: Meu mestre, luz do meu caminho, guia meus passos.

 Especificativo:
Ex.: O poeta Carlos Drummond nasceu em Itabira.

ATENÇÃO!
Não confunda aposto especificativo com adjunto adnominal!
• Aposto especificativo: serve para especificar o termo que está relacionado. Ele pode
substituir esse termo.
A cidade de Itabira fica em Minas Gerais  Itabira fica em Minas Gerais.

• Adjunto adnominal: tem valor adjetivo


O poeta de Itabira é reconhecido em muitos países  Itabirano

57
Português

VOCATIVO

• Serve para invocar, chamar ou nomear o interlocutor.


• Não pertence nem ao sujeito nem ao predicado.

Ex.: Carlos, vamos ao cinema depois da aula?


Ex.: O assunto, meus caros, é de extrema importância.
Ex.: Telefonaram para você, mãe.

Gabriela de Oliveira Medeiros


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58
Português

Valores sintáticos – Parte III


ADJUNTO ADNOMINAL
• É o termo da oração que determina, especifica ou explica um substantivo.
• É um termo considerado acessório, mas sua retirada pode prejudicar o sentido.

Ex.: As nossas primeiras grandes conquistas foram inesquecíveis.


Sujeito: As nossas primeiras grandes conquistas.
Adjuntos adnominais: as, nossas, primeiras, grandes.
Núcleo do sujeito: conquistas.

• Esse termo pode ser representado por:


Gabriela de Oliveira Medeiros
 Artigo: Ex.: A moto parou.
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 Pronome: Ex.: Encontrei meu celular.
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 Numeral: Ex.: Dois rapazes vieram.
 Adjetivo: Ex.: Tive grandes amigos.
 Locução adjetiva: Ex.: Tenho uma mesa de madeira.

COMPLEMENTO NOMINAL

• É o termo integrante da oração utilizado para completar o sentido de um nome (substantivo


abstrato, adjetivo ou advérbio).
• Vem sempre precedido de preposição.

Ex.: Cecília tem orgulho (substantivo abstrato) da filha (complemento nominal).


Ex.: Ricardo estava consciente (adjetivo) de tudo (complemento nominal).
Ex.: A professora agiu favoravelmente (advérbio) aos alunos (complemento nominal).

59
Português

• Pode ser representado por um substantivo, pronome, numeral ou uma oração.


 Substantivo: Ex.: O respeito à vida é essencial.
 Pronome: Ex.: Não tenha pena de mim.
 Numeral: Ex.: Aquilo era importante para os dois.
 Oração: Ex.: Seu filho tem necessidade de que você o ajude.

ATENÇÃO!!

1) Não confunda objeto indireto com complemento nominal!


Objeto indireto  completa o sentido de um verbo.
Ex.: Ele necessita (verbo transitivo indireto) de afeto (objeto indireto).

Complemento nominal: completa o sentido de um nome.


Ex.: Ele tinha necessidade (substantivo) de afeto (complemento nominal).

2) Não confunda adjuntoGabriela


adnominalde
comOliveira Medeiros
complemento nominal!
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Adjunto adnominal  é agente. 700.764.194-60
Ex.: Entendi a explicação (substantivo) do professor (adjunto adnominal).
Ex.: O amor de mãe é especial.

Complemento nominal  é paciente.


Ex.: Entendi a explicação (substantivo) da matéria (é paciente).
Ex.: O amor à mãe também é especial.

ADJUNTO ADVERBIAL

• É um termo acessório da oração, cuja função é indicar uma circunstância a respeito


de um verbo, adjetivo ou outro advérbio.

Ex.: O garoto chorava desesperadamente de fome, na rua, à noite.


Como: desesperadamente (modo)
Por quê: de fome (causa)
Onde: na rua (lugar)
Quando: à noite (tempo)

60
Português

Classificação dos Adjuntos


Exemplos
Adverbiais
Causa A menina tremia de medo.

Companhia Eu não quero ir com você.

Dúvida Talvez eles não tenham dinheiro.

Fim Vestiu-se para a aula.

Instrumento Escreva com caneta preta.

Intensidade Você trabalha muito.

Lugar Cheguei em casa.

Meio Ela veio de moto.

Modo Entrou silenciosamente.

Negação Ele não concordou.

Afirmação Eu vou com certeza.

Tempo Todos
Gabriela de Oliveira os dias acordo cedo.
Medeiros
Concessão
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Mesmo com dor, ela estudou.
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Português

Relações de Sentido na
construção do período

Orações coordenadas: formadas por orações independentes sintaticamente.


 Assindéticas: sem conjunção.
Ex.: Vim, vi, venci.
Ex.: Conheci muitos lugares, conquistei bens, ainda me sinto incompleto.

 Sindéticas: com conjunção.


Gabriela de Oliveira Medeiros
Ex.: Maria saiu e voltou tarde.
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Ex.: Conheci muitos lugares e conquistei bens, mas ainda me sinto incompleto.
700.764.194-60

• Aditiva: expressa ideia de adição, soma.


Ex.: Ela caminha e trabalha todos os dias
Ex.: Ela não caminha nem trabalha.

• Adversativa: expressa ideia de oposição, contraste.


Ex.: Estudou muito, mas não foi bem.
Ex.: Ela recebeu promoção, porém não teve aumento de salário.

• Alternativa: expressa ideia de alternância ou exclue o conteúdo da outra oração.


Ex.: Viajarei de carro ou pegarei um trem.
Ex.: Ora cantava, ora declamava.

• Conclusiva: expressa conclusão ou consequência lógica baseada na primeira oração.


Ex.: Ficou doente, por isso não irá ao trabalho.
Ex.: Ele estudou, logo teve êxito.

62
Português

• Explicativa: esclarece a declaração anterior.


Ex.: Volte logo, pois irá chover.
Ex.: Ele deve ter estudado muito, porque foi bem na prova.

Aditiva e, nem, mas também


Adversativa mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto
Alternativa ou, ora...ora, seja...seja, já...já
Conclusiva logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, então, por isso
Explicativa que, porque, pois (antes do verbo), isto é, ou seja

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63
Português

Orações subordinadas substantivas


ORAÇÕES SUBORDINADAS

Substantivas
• São classificadas de acordo com a função sintática que exercem em relação à oração principal.
• Podem ser iniciadas por:

1. conjunções integrantes: que, se


Ex.: O candidato disse que chegaria cedo.

Ex.: O candidato não disse se chegaria cedo.


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2. pronomes interrogativos: que, quem, qual, quanto
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Ex.: O candidato não disse quem o entrevistou.
Ex.: O candidato não disse qual o seu nome.

3. advérbios interrogativos: quando, como, onde, por que


Ex.: O candidato não disse onde estava.
Ex.: O candidato não disse por que se atrasou.

 Subjetiva: exerce função de sujeito do verbo da oração principal  conjunções


integrantes ‘que’ e ‘se’. Não tem sujeito na oração principal!
Ex.: É provável que essa doença tenha cura.
Ex.: É necessário que você venha amanhã.

 Objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal.


Ex.: Prometa que ficará bem.
Ex.: Todos sabemos que ganharemos.

64
Português

 Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal. Tem
preposição.
Ex.: Ele não me convenceu de que ficaria em casa.
Ex.: O treinador gosta de que nos esforcemos.

 Completiva nominal: exerce a função de complemento nominal, completando o sentido de um


nome pertencente à oração principal. Iniciada por preposição.
Ex.: Tenho certeza de que tudo ficará bem.
Ex.: Temos necessidade de que nos ajudem.

 Predicativa: exerce a função de predicativo do sujeito do verbo da oração principal. Aparece


sempre depois de verbo de ligação.
Ex.: O importante é que você estude com afinco.
Ex.: O bom é que ela sempre foi bemcomportada.
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 Apositiva: exerce a função de aposto de qualquer termo da oração principal, vem sempre depois
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de dois pontos. 700.764.194-60
Ex.: Só espero uma coisa: que ele dê notícias.
Ex.: Pedi um favor a meus amigos: que me esperem.

DICA! Para ter certeza se é uma oração subordinada substantiva, tente trocar essa oração pelo pronome
“isso” ou “disso”. Se ao trocar, continuar fazendo sentido, ela é substantiva subjetiva.
Ex.: É provável que essa doença tenha cura. / É provável isso.
Ex.: Prometa que ficará bem. / Prometa isso.
Ex.: Ele não me convenceu de que ficaria em casa. / Ele não me convenceu disso.

65
Português

Orações Subordinadas Adjetivas


ORAÇÕES SUBORDINADAS

Adjetivas

• Caracterizam um termo da oração principal. DICA: substitua o “que” por “o qual” ou “os
quais”e, se a oração mantiver seu sentido, ela é adjetiva.
• Vêm introduzidas por pronome relativo: que, quem, o qual, cujo, onde.
• Os pronomes relativos articulam as orações principais e subordinada adjetiva, muitas vezes,
evitando a repetição de um termo.
Ex.: O livro que li é perturbador.
Ex.: Não conheço o professor de quem você está falando.
Ex.: Essa é a realidade com a qual convivo.
Ex.: O cachorro, cujo dono morreu há dois meses, permanece sem lar.
Ex.: Ela não reconhece a casa onde nasceu.
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 Restritiva: restringem o significado do termo ao qual se referem, referem-se a uma
700.764.194-60
parte, sem o uso da vírgula.
Ex.: Os funcionários que fizeram greve deverão repor os dias.  significa que somente os
funcionários que fizeram greve deverão repor os dias (alguns não fizeram greve).
Ex.: Os artistas que declararam seu voto foram criticados.  significa que somente os artistas
que declararam seu voto foram criticados.

 Explicativa: explicam o significado do termo ao qual se referem, referem-se ao todo,


utiliza-se vírgula.
Ex.: Os funcionários, que fizeram greve, deverão repor os dias.  significa que todos os
funcionários deverão repor os dias (todos fizeram greve).
Ex.: Os jogadores de futebol, que são iniciantes, não recebem salário.  significa que todos
os jogadores de futebol que são iniciantes, não recebem salários.

66
Português

Orações Subordinadas Adverbiais


ORAÇÕES SUBORDINADAS

Adverbiais
• Exercem a função de advérbio da oração principal.

 Causal: apresenta a causa do acontecimento da oração principal.

Ex.: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

Ex.: Como o rio transbordou, a cidade foi alagada.

 Consecutiva: apresentaGabriela de Oliveira


a consequência Medeiros
do acontecimento da oração principal.
gabrielaodem@gmail.com
Ex.: O rio transbordou tanto que a cidade foi alagada.
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 Condicional: apresenta uma condição para a realização ou não do acontecimento da


oração principal.
Ex.: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.
Ex.: Caso você não me encontre em casa, deixe um recado.

 Concessiva: apresenta uma concessão ao acontecimento da oração principal, ou seja,


apresenta uma ideia de contraste e contradição.
Ex.: Fomos ao parque embora tivesse chovido muito.
Ex.: Mesmo que chova muito, vamos ao parque.

 Comparativa: apresenta uma comparação com o acontecimento da oração principal.


Ex.: Nós estudamos como os obstinados estudam.

 Conformativa: apresenta uma ideia de conformidade, de concordância e regra em relação


ao acontecimento da oração principal.

67
Português

Ex.: Tudo ocorreu conforme era esperado.


Ex.: Como estava combinado, chegamos mais cedo.

 Proporcional: apresenta uma ideia de proporcionalidade com o acontecimento da oração


principal.
Ex.: Fico mais esperto à medida que estudo.
Ex.: Quanto mais estudo, menos inseguro fico.

 Final: apresenta o fim ou finalidade do acontecimento da oração principal.


Ex.: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

 Temporal: apresenta uma circunstância de tempo ao acontecimento da oração principal.


Ex.: Eu me sinto seguro assim que fecho a porta.
Ex.: Desde que li esse livro, sou outra pessoa.

Gabriela de Oliveira Medeiros


Causal gabrielaodem@gmail.com
porque, que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, pois que, como,
como que, visto como700.764.194-60
Consecutiva que, tanto que, tão que, tal que, de forma que, de modo que, de tal forma
que
Condicional se, salvo se, desde que, exceto se, caso, desde, a menos que, a não ser que
Concessiva embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que, se bem que
Comparativa como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que,
quanto, tal, qual, tal qual, que nem
Conformativa conforme, segundo, como, consoante, de acordo
Proporcional à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais...mais, quanto
maior...maior
Final a fim de que, para que, que
Temporal quando, enquanto, agora que, logo que, desde que, tanto que, apenas, antes
que, até que, sempre que, cada vez que, depois que

68
Português

Pontuação: vírgula
VÍRGULA

• Marca uma pausa de pequena duração.

Não se usa vírgula:


• entre os termos essenciais (sujeito e predicado) e integrantes (complementos verbais,
nominais epredicativos) da oração ligam-se sem pausa, portanto, sem vírgula.
Ex.: O candidato chegou atrasado. (sujeito + VI + predicativo do sujeito)
Ex.: Nós ganhamos o campeonato. (sujeito + VTD + OD)
Ex.: A venda do imóvel foi lucrativa. (sujeito + VL + predicativo do sujeito)
Ex.: O professor da minha antiga escola dava
Gabriela de notas baixasMedeiros
Oliveira aos alunos. (sujeito + VTDI + OD + OI)
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Usa-se vírgula:
• enumeração de elementos / elementos que exercem a mesma função sintática.
Ex.: Fui no mercado para comprar leite, margarina e ovos.
Ex.: Maria, Carolina, Luísa e Laura foram aprovadas.

• para isolar o vocativo.


Ex.: Mariana, traga seus documentos até aqui.

• para isolar o aposto explicativo.


Ex.: Salvador, a primeira capital do Brasil, é linda.

• para marcar a supressão de palavras em uma oração.


Ex.: Eu fiz faculdade de administração; ele, de economia.

• para separar elementos repetidos.


Ex.: Ela estava linda, linda.

69
Português

• para isolar adjuntos adverbiais deslocados.


Ex.: No começo do mês de maio, pedi o cancelamento da internet.

• para isolar, na datação de um escrito, o nome do lugar.


Ex.: Rio de Janeiro, 23 de março de 2019.

• para separar orações coordenadas assindéticas.


Ex.: Fomos ao mercado, compramos tudo o que estava faltando.

• para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não comecem com a conjunção “e”.
Ex.: Fomos ao mercado, mas não conseguimos comprar tudo.

• para isolar orações intercaladas.


Ex.: A minha avó, quando vem nos visitar, faz bolinho de chuva.
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• orações subordinadas adjetivas explicativas.
Ex.: Os candidatos, que se prepararam tanto para a prova, estavam ansiosos.

• para separar orações subordinadas adverbiais, principalmente quando vêm antes da


oração principal.
Ex.: Se você estiver em casa, faço uma visita.

70
Português

Relações Lexicais
Denotação

• Sentido literal, próprio, real.


Ex.: A tempestade desta tarde causou a queda de mais de vinte árvores.

Conotação
• Sentido figurado, depende do contexto.
Ex.: Você sempre faz tempestade em copo d’água.

Ambiguidade
• Duplicidade de interpretação de umde
Gabriela discurso.
Oliveira Medeiros
Ex.: A professora pediu que o aluno guardasse o seu celular. Não se sabe se a professora pediu que o
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aluno guardasse o celular dela ou o dele.
Ex.: O rapaz pediu um prato ao garçom.  Não se sabe se o rapaz pediu um prato de louça ou um prato
de comida.
Ex.: Conheci o prefeito e o local de que gosto.  Não se sabe se gosto somente do local ou do prefeito e do
local.
Ex.: O jogador falou com a secretaria que mora perto daqui.  Não se sabe se o jogador ou a secretária
que mora perto daqui.

Polissemia
• Mais de um sentido que uma palavra pode ter em diferentes contextos.
Ex.: Vendo este imóvel (vender) / Estou vendo este imóvel (ver).
Ex.: vela (de barco), vela (de cera) e vela (do verbo velar).
Ex.: Ele anda muito/ Maria anda feliz/ Amanda só anda de avião/ O relógio não anda mais.

71
Português

Sinonímia
• Palavras de sentidos iguais ou semelhantes.
Ex.: Preciso de paz e tranquilidade para
viver. Ex.: cômico/ engraçado, bonito/ lindo.

Antonímia
• Palavras de sentidos contrários.
Ex.: Quero paz. Não gosto de guerra.
Ex.: bom / mau, barato / caro.

Homonímia
• Palavras com a mesma pronúncia, ou pronúncias parecidas, mas significados diferentes.

 Homógrafos: mesma grafia, sons diferentes.


Ex.: gosto (substantivo) / gosto (1ª
Gabriela depessoa do singular).
Oliveira Medeiros
Ex.: Eu não apoio essagabrielaodem@gmail.com
atitude. / Seu apoio é importante.
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 Homófonos: mesmo som, grafias diferentes.
Ex.: conserto (de consertar) / concerto (de música).
Ex.: O relógio não tem conserto. / O concerto será no teatro municipal.

 Perfeitos: mesma grafia, mesmo som.


Ex.: vela (verbo) / vela (substantivo).
Ex.: Vocês verão a força que têm. / O verão está chuvoso.

Paronímia
• Palavras com pronúncias e grafias parecidas, mas significados diferentes.
Ex.: emigrar / imigrar, comprimento / cumprimento, absorver / absolver, cavaleiro / cavalheiro,
dispensa / despensa, eminente / iminente, mandado / mandato.
Ex.: A descrição do anúncio não condiz com o imóvel. / Ele age sempre com muita discrição.

72
Português

Hiperônimos
• Palavras com sentido mais abrangente.
Ex.: fruta.
Ex.: cidade.
Ex.:animal.

Hipônimos
• Palavras com sentido mais específico.
Ex.: maçã, banana, uva, mamão.
Ex.: São Paulo, Salvador, Limeira, Belo Horizonte.
Ex.: elefante, cobra, girafa, cachorro.

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73
Português

Funções de linguagem
 As funções de linguagem são diferentes recursos de comunicação e estão relacionadas à intenção
do emissor em determinado contexto de comunicação.

Função referencial (denotativa): possui a finalidade de informar, notificar, anunciar, indicar,


referenciar. Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa
(singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal. Como exemplos de linguagem referencial
podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos.
Ex.: Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história.
Ex.: De acordo com os dados facultados pela Polícia Militar, sobe para 12 o número de vítimas em estado
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grave.
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Função emotiva (expressiva): caracterizada pela subjetividade com o objetivo de emocionar.
É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem.
Ex.: Meus amores, tenho tantas saudades de vocês.
Ex.: Nós te amamos!

Função poética: importa-se mais com a mensagem em si e a forma como ela será transmitida. As
palavras são usadas no sentido figurado.
Ex.: ...a lua era um desparrame de prata.
Ex.: Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa.

Função fática: interação entre emissor e receptor. Essa é a linguagem que mais usamos no dia a
dia. É usada em telefonemas, cumprimentos, saudações.
Ex.: Alo? Está me ouvindo?
Ex.: Consultório do Dr. João, bom dia!

74
Português

Função conativa (apelativa): procura convencer o leitor, dar conselhos ou ordens. A


função conativa está em livros didáticos, manuais, livros de autoajuda e textos publicitários. O
grande foco é no receptor da mensagem.
Ex.: Vote em mim!
Ex.: Entre. Não vai se arrepender!
Ex.: É só até amanhã. Não perca o desconto!

Função Metalinguística: usa a mesma linguagem para explicar a mesma mensagem. Explica
um código usando o próprio código.
Ex.: Uma poesia que fale sobre poesia.
Gabriela
Ex.: Um texto que descreva sobre detextual.
a linguagem Oliveira Medeiros
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Ex.: um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema.
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75
Português

Figuras de Linguagem
FIGURAS DE PALAVRAS

Metáfora: representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo


termo comparativo fica subentendido na frase.
Ex.: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é “como” uma nuvem que voa).
Ex.: As mãos que dizem adeus são pássaros que vão morrendo lentamente.
Ex.: Meu coração é um balde despejado.
Ex.: Esta informação será a chave do problema.

Comparação: ocorre a comparação entre elementos que apresentam uma característica em


Gabriela de Oliveira Medeiros
comum. São utilizados conectivos comparativos (como, feito, tal qual, que nem, igual a,…).
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Ex.: Seus olhos são “como” jabuticabas. 700.764.194-60
Ex.: O olhar dela é “como” a lua, brilha maravilhosamente.
Ex.: O ser humano é “tal qual” o universo.

Metonímia: ocorre quando há a substituição de uma palavra por outra, por elas terem uma
proximidade de sentidos. Pode ocorrer de diversas formas, como na substituição de um autor por sua
obra, de parte de algo pelo todo, da marca do produto, de um efeito por sua causa ou de uma causa
pelo seu efeito, entre outras.
Ex.: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler “as obras” de Shakespeare).
Ex.: E o médico veio de Chevrolet. (Veio de “carro” Chevrolet).
Ex.: Sócrates tomou as mortes. (O efeito é a morte, a causa é o veneno, por exemplo).

Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio.
Ex.: Você não retirou a pele do tomate?
Ex.: O pé da mesa estava quebrado.
Ex.: A perna dos óculos estragou.

76
Português

Sinestesia: ocorre a combinação de diferentes sensações numa só sensação, ou seja, ocorre a mistura
de sensações provenientes de diferentes sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição).
Ex.: É uma sombra verde, macia e vã.
Ex.: Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
Ex.: Como era áspero o aroma daquela fruta exótica.

Perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade.
Ex.: O Rei do Futebol. (refere-se a Pelé).
Ex.: O rugido do rei das selvas. (refere-se ao leão)
Ex.: Vim da Cidade Maravilhosa. (refere-se ao Rio de Janeiro)

FIGURAS DE PENSAMENTO

Hipérbole: ocorre a intensificação de um sentimento ou ação, que se traduz num grande exagero da
realidade. Gabriela de Oliveira Medeiros
Ex.: Estou morrendo de fome. gabrielaodem@gmail.com
Ex.: Já te disse um milhão de vezes para irmos embora.
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Ex.: Quase morri de estudar.

Eufemismo: utilização de palavras e expressões mais brandas e agradáveis, em substituição


de
outras mais chocantes e agressivas, sem que haja alteração do conteúdo.
Ex.: Entregou a alma a Deus. (a frase informa a morte de alguém).
Ex.: Minha mulher deu à luz ontem. (a frase informa o parto).
Ex.: Aquele aluno é desprovido de inteligência. (a frase informa que o aluno é burro).

Ironia: transmite-se, de forma intencional, o oposto do que se pretende realmente transmitir,


visando
satirizar uma determinada situação.
Ex.: A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar crianças.
Ex.: É tão inteligente que não acerta nada.
Ex.: “É um santo!” (para alguém com mau comportamento).

77
Português

Personificação ou prosopopeia: ocorre a atribuição de características, sentimentos e ações


humanas a seres inanimados e/ou irracionais.
Ex.: A água não pára de chorar.
Ex.: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Ex.: O sol está tímido.

Antítese: é o uso de termos que têm sentidos opostos.


Ex.: Ela é rica, e ele é pobre.

Ex.: Morte e vida Severina.


Ex.: A máxima foi de 28 graus, e a mínima, 13.

Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento.


Ex.: Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor.
Ex.: “Sonhei que o fogo gelou, sonhei que a neve fervia.”
Ex.: Minha irmã vive no mundoGabriela
da lua, passade Oliveira
os dias Medeiros
sonhando acordada.
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IMPORTANTE!
O paradoxo se difere da antítese porque no paradoxo os termos contraditórios se referem à
mesma ideia e na antítese os termos contraditórios se referem a ideias distintas.

Gradação ou clímax: ocorre a intensificação ou suavização progressiva da mensagem através do


encadeamento crescente ou decrescente de ideias.
Ex.: Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.
Ex.: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.

Apóstrofe: invocação, interpelação ou chamamento de algo personificado ou de alguém, quer


seja real ou imaginário, quer esteja presente ou ausente.
Ex.: Você viu a confusão no recreio, professora?
Ex.: Pai, afasta de mim esse cálice, Pai.
Ex.: Ó céus, é preciso chover mais?

78
Português

FIGURAS DE SINTAXE

Elipse: ocorre a omissão de termos da oração. Essa omissão não prejudica, contudo, a
compreensão
da mensagem. Pode haver elipse de sujeito, elipse de verbos, elipse de preposições, ...
Ex.: No trânsito, carros e mais carros. (ocorre omissão do verbo “há”).
Ex.: Neste Carnaval, vou sambar até amanhecer! (ocorre omissão do pronome pessoal “eu”).
Ex.: Gostasse você de mim, eu seria a pessoa mais feliz do mundo! (ocorre omissão da conjunção “se”).

Zeugma: é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Ex.: Fiz a introdução, ele a conclusão. (ele “fez” a conclusão).
Ex.: Ela come pizza; eu, carne. (eu “como” carne).
Ex.: Eu estudei a obra de Machado de Assis; Mariana, de Jorge Amado. (Mariana “estudou a obra”
de Jorge Amado).

Hipérbato: é a alteração da ordem direta da oração.


Ex.: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos).
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Ex.: Brincavam antigamente na rua as crianças. (As crianças brincavam antigamente na rua).
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Ex.: Que como estas flores seja a vida bonita e perfumada. (Que a vida seja bonita e perfumada como
estas flores). 700.764.194-60

Anacoluto: alteração da construção normal da frase, uma frase cuja estrutura sintática é
interrompida, sendo continuada de uma forma alternativa, deixando solto o termo inicial da oração.
Ex.: O homem, não sei o que pretendia.
Ex.: Mariana, a leitura mantinha-a acordada durante a noite.
Ex.: Eu, ele está sempre querendo conversar comigo.

Assíndeto: ocorre a ausência marcada de elementos de ligação entre palavras e orações, como
conectores e conjunções, sendo o contrário do polissíndeto.
Ex.: Quem me dera viver livremente, rir, passear, dançar, cantar, me divertir, sair pelo mundo.
Ex.: Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser autônomo, ser independente.

79
Português

Polissíndeto: é o uso repetido de conectivos.


Ex.: Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas.
Ex.: Quem me dera viver livremente e rir, e passear, e dançar, e cantar, e me divertir, e sair pelo
mundo.
Ex.: Não entendo minha filha: ou chora, ou grita, ou reclama, ou se entristece, ou se chateia, parece que
nunca está bem.

Pleonasmo ou redundância: é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificaro


significado.

Ex.: Subir para cima, entrar para dentro, sair para fora, descer para baixo, adiar para depois, ver com
os olhos, elo de ligação, conclusão final, consenso geral, protagonista principal...
Ex.: Me sorri um sorriso pontual.
Ex.: Morrerás morte vil na mão de um forte.

Anáfora: é a repetição de uma Gabriela de Oliveira


ou mais palavras de formaMedeiros
regular.
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Ex.: Eu quero amor! Eu quero alegria! Eu quero calor! Eu quero fantasia!
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Ex.: Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo.

Silepse: caracterizada por estabelecer concordância não com as palavras que compõem a frase,
mas com a ideia que se pretende transmitir ou com termos subentendidos. Não obedece às
regras de concordância gramatical. Há três tipos de silepse: silepse de gênero, silepse de número e
silepse de pessoa.

Ex.: A Rio-Santos está engarrafada. (a concordância é feita com a palavra rodovia, feminina, que está
subentendida). Ex.: A maioria das crianças gostam de chocolate. (a concordância é feita com a palavra
no plural crianças e não com o núcleo do sujeito: maioria, no singular). Ex.: Os três íamos conversando
sobre assuntos cotidianos. (a concordância é feita com nós e não com eles: iam).

80
Português

FIGURAS DE SOM

Aliteração: repetição de um determinado som nos versos ou frases.


Ex.: O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Ex.: Chove chuva, chove sem parar.
Ex.: Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos...

Assonância: é a repetição de sons vocálicos.


Ex.: A pálida lágrima da Flávia.
Ex.: O cálamo e o plátano, na floresta moderna.

Paronomásia: é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.


Ex.: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela.
Ex.: Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.
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Ex.: Tráfego e tráfico, fluvial e pluvial, precedente e procedente, acidente e incidente, cumprimento e
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comprimento, eminente e iminente, descrição e discrição...
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Onomatopeia: são palavras que reproduzem sons, indicando de forma escrita os ruídos produzidos
pelo ser humano, pelos animais, por objetos e na natureza.
Ex.: O ovo caiu da mesa e fez ploft no chão.
Ex.: Não aguento o tic-tac desse relógio.

81
Português

Tipos e gêneros textuais / Tipos


de discursos
TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
É a classificação de um texto de acordo com sua forma, estrutura e conteúdo.

Tipos Textuais Principais Características Gêneros Textuais


Conta uma história (real ou não); Contos, crônicas, fábulas, romances,
Narração
Tempo, espaço, personagens, foco narrativo. biografias, etc.
Descreve coisas, pessoas, lugares, situações, Laudo, relatório, ata, guia de viagem,
Descrição
etc. textos literários, etc.
Apresenta argumentos para defender um ponto Ensaio, carta argumentativa, editorial,
Argumentação
de vista. dissertação, etc.
Apresenta informações sobre um objeto ou fato
Reportagem, resumo, fichamento,
Exposição específico;
artigo científico, seminário, etc.
Linguagem clara e concisa.
Orienta, ensina e ajuda o leitor;
Manual de instruções, receitas
Injunção Geralmente apresenta verbos no modo
culinárias, bulas, editais, leis, etc.
imperativo.
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Narração 700.764.194-60
Ex.: Fábula - “Um avarento, tendo transformado toda a sua fortuna em outro, fez um lingote e o enterrou
num lugar onde também enterrou seu espírito e seu coração. Todos os dias ele ia ali ver o seu tesouro.
Ora, um trabalhador, tendo-o observado e tomado conhecimento do que acontecia, desenterrou o lingote e
o levou.”

Descrição
Ex.: Trecho de romance – “Entremos, já que as portas se abrem de par em par, cerrando-se logo
depois de nossa passagem. A sala não é grande, mas espaçosa/ cobre as paredes um papel aveludado de
sombrio escarlate, sobre o qual destacam entre os espelhos duas ordens de quadros.”

Argumentação
Ex.: Carta aberta – “O uso das bicicletas é uma ótima alternativa não só para diminuir o trânsito das
grandes cidades e o impacto de gases poluentes sobre o meio ambiente, como também por representar um
meio de locomoção bem mais saudável para quem o utiliza.”

82
Português

Exposição
Ex.: Texto enciclopédico – “Criptografia é a utilização de códigos e cifras para embaralhar as mensagens
de modo que elas possam ser lidas apenas pelos destinatários desejados (que são informados sobre o
método de decodificação com antecedência). A criptografia para fins militares e de espionagem tem uma
longa história. Atualmente, ela também é utilizada para proteger segredos comerciais e permitir a
transmissão segura de dados pela internet.”

Injunção
Ex.: Receita culinária – “Em um liquidificador, coloque a cenoura, os ovos, o óleo e misture. Depois,
acrescente o açúcar e bata por 5 minutos.”

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TIPOS DE DISCURSO gabrielaodem@gmail.com
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Discurso direto: apresenta a transcrição exata da fala das personagens.
Ex.: A professora perguntou ao aluno: - A prova está difícil?

Discurso indireto: o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala das personagens.
Ex.: A professora perguntou ao aluno se a prova estava difícil.

Discurso indireto livre: as falas, pensamentos e sentimentos das personagens são inseridos
integralmente no discurso do narrador, sem que haja verbos de elocução ou sinais de pontuação.
Ex.: “No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinhá
Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença
era proveniente de juros. Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-
se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do
branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco,
entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca
arranjar carta de alforria!”

83
Português

Coesão e Coerência / Variação


Linguística
COESÃO
Está relacionada aos elementos que conectam palavras, frases, parágrafos e ideias. Há muitos
mecanismos capazes de promover a coesão.

• Coesão referencial: retoma ou introduz elementos.


• Substituição
Ex.: Os alunos estavam sem aula. Eles foram levados para o pátio, onde lhes deram o lanche.
• Elipse
Ex.: Leve sua bola. A minha furou.
• Substituição
Ex.: A confusão foi relatada pelo aluno. O estudante afirmou que foi atingido por uma bola.
Ex.: A criança viu o cachorro na feira
Gabriela dedeOliveira
adoção e queria levar o animal para casa.
Medeiros
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• Coesão sequencial: faz o texto progredir.
• Operadores argumentativos
Ex.: Os portões foram fechados antes do horário previsto. Em decorrência disso, muitos
candidatos foram prejudicados.
Ex.: Ainda que gostem muito do trabalho, sentem-se exaustos no fim do dia.

COERÊNCIA
É estabelecida pela relação lógica entre as ideias do texto.

1. Princípio da não-contradição: as ideias não se contradizem.


Ex.: Cabe às famílias a função de educar as crianças. Por isso, as escolas também devem
cumprir esse papel. (errado)
Ex.: Cabe às famílias a função de educar as crianças. No entanto, as escolas também devem
cumprir esse papel. (correto)

84
Português

2. Princípio da não-tautologia: não repetir os termos desnecessariamente.


Ex.: A questão ambiental é uma questão importante. (errado)
Ex.: A questão ambiental é importante. (correto)

3. Princípio da relevância: organização sequencial das ideias.


Ex.: Melhoria a qualidade da educação – valorização dos professores – investimento em
educação. (errado)
Ex.: Investimento da educação – valorização dos professores – melhoria da qualidade da
educação. (correto)

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
A língua é um instrumento vivo de comunicação, devido a isso, ela se modifica ao longo do
tempo; varia de acordo com região, idade, grau de escolaridade e até mesmo em contextos
diferentes.

• Variação histórica: palavras e expressões deixam de ser usadas, e surgem novas.


Ex.: Vossa mercê – vosmecê – você de Oliveira Medeiros
Gabriela
Ex.: Pharmacia – farmácia
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• Variação regional: alteração700.764.194-60
de vocábulos e expressões de acordo com o lugar.
Ex.: Mandioca – aipim – macaxeira
Ex.: Pão de sal – pão francês –cacetinho

• Variação social: classe social, sexo, grau de escolaridade, grupos.


Ex.: Revelia, dolo, fungibilidade, estelionato (jargões jurídicos)
Ex.: Alisar, batida, banco de areia, cavada (surfistas)

• Variação estilística: situações mais e menos formais de comunicação.


Ex.: Comprei um livro na semana passada, mas não o li ainda.
Ex.: Comprei um livro na semana passada, mas não li ele ainda.

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Gabriela de Oliveira Medeiros
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