Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Materiais de Construção Civil - Metais, Orgânicos e Cerâmicos
Materiais de Construção Civil - Metais, Orgânicos e Cerâmicos
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Profª. Carolina Maciel Suzin
S968m
ISBN 978-65-5663-104-2
CDD 691
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico!! Neste livro, estudaremos os principais materiais de
construção, empregados em uma obra de engenharia civil, desde seu início,
como locação e fundações, até suas etapas finais, como os acabamentos.
III
os defeitos que podem ocorrer nas madeiras e alterar suas propriedades e seu
desempenho, como é feito o beneficiamento das madeiras e seus principais
usos na construção civil. O segundo tópico trata do estudo das tintas, sua
composição, seus pigmentos e respectivas cores, sua classificação em tintas a
óleo, tintas plásticas emulsionáveis, tintas para caiação e tintas especiais, os
vernizes, as lacas e os esmaltes, como deve ser o preparo de uma superfície
antes de receber das tintas, quais os métodos de aplicação desses materiais
e os principais defeitos que podem ocorrer na aplicação.
IV
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para
diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institu-
cionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar
seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de De-
sempenho de Estudantes – ENADE.
Bons estudos!
V
VI
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VII
Sumário
UNIDADE 1 – ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS..................................................1
TÓPICO 1 – ROCHAS...............................................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................3
2 CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS.......................................................................................................5
3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES................................................................8
4 COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA.....................................................................................................9
5 UTILIZAÇÃO DE ROCHAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL............................................................10
5.1 GRANITOS........................................................................................................................................10
5.2 BASALTOS.........................................................................................................................................11
5.3 DIORITOS..........................................................................................................................................12
5.4 ARENITOS.........................................................................................................................................13
5.5 CALCÁRIOS E DOLOMITOS.........................................................................................................13
5.6 ARDÓSIAS.........................................................................................................................................14
5.7 QUARTZITOS...................................................................................................................................15
5.8 MÁRMORES......................................................................................................................................15
5.9 GNAISSES..........................................................................................................................................16
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................20
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................21
TÓPICO 3 – VIDROS...............................................................................................................................57
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................57
2 CLASSIFICAÇÃO DO VIDRO...........................................................................................................59
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DOS VIDROS...................................61
VIII
3 PRODUÇÃO DOS VIDROS...............................................................................................................61
3.1 MATÉRIA-PRIMA............................................................................................................................62
3.2 FUSÃO E REFINO............................................................................................................................63
3.3 CONFORMAÇÃO............................................................................................................................63
3.4 RECOZIMENTO...............................................................................................................................63
4 UTILIZAÇÃO DE VIDROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL..............................................................64
4.1 VIDRO COMUM...............................................................................................................................64
4.2 VIDRO DE SEGURANÇA...............................................................................................................65
4.2.1 Vidro de segurança temperado . .................................................................................................65
4.2.2 Vidro de segurança laminado......................................................................................................67
4.2.3 Vidro de segurança aramado.......................................................................................................68
4.2.4 Vidros coloridos e termorrefletores.............................................................................................68
4.2.5 Vidros impressos ou fantasias......................................................................................................70
4.2.6 Vidro Autolimpante.......................................................................................................................71
4.2.7 Tijolos de Vidro..............................................................................................................................72
4.2.8 Fibra de Vidro.................................................................................................................................73
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................76
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................78
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................79
TÓPICO 1 – MADEIRAS........................................................................................................................83
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................83
2 CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................................................86
3 FISIOLOGIA E CRESCIMENTO DAS ÁRVORES.........................................................................87
4 ESTRUTURA DAS MADEIRAS.........................................................................................................90
5 COMPOSIÇÃO QUÍMICA .................................................................................................................92
6 IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES ...................................................................................................93
7 PRODUÇÃO DA MADEIRA..............................................................................................................95
8 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES..............................................................96
8.1 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS....................................................................97
8.2 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS.........................................................100
9 DEFEITOS.............................................................................................................................................101
9.1 DEFEITOS DE CRESCIMENTO...................................................................................................101
9.2 DEFEITOS DE SECAGEM.............................................................................................................102
9.3 DEFEITOS DE PRODUÇÃO.........................................................................................................105
9.4 DEFEITOS DE ALTERAÇÃO........................................................................................................105
10 BENEFICIAMENTO DAS MADEIRAS........................................................................................105
10.1 SECAGEM......................................................................................................................................106
10.2 PRESERVAÇÃO............................................................................................................................108
10.3 TRANSFORMAÇÃO....................................................................................................................110
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................121
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................122
TÓPICO 2 – TINTAS
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................125
2 COMPOSIÇÃO DAS TINTAS..........................................................................................................127
3 CLASSIFICAÇÃO................................................................................................................................129
3.1 TINTAS A ÓLEO.............................................................................................................................130
3.2 TINTAS PLÁSTICAS EMULSIONÁVEIS...................................................................................130
3.3 TINTAS PARA CAIAÇÃO............................................................................................................131
IX
3.4 TINTAS ESPECIAIS........................................................................................................................131
4 VERNIZES, LACAS E ESMALTES...................................................................................................132
5 PREPARO DAS SUPERFÍCIES.........................................................................................................133
5.1 PAREDES COM REBOCO.............................................................................................................133
5.2 MADEIRAS......................................................................................................................................133
5.3 METAIS............................................................................................................................................134
6 MÉTODOS DE APLICAÇÃO............................................................................................................134
7 DEFEITOS DAS TINTAS...................................................................................................................134
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................137
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................141
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................142
X
8.8 PARAFUSOS....................................................................................................................................181
9 PRODUTOS EM ALUMÍNIO...........................................................................................................181
9.1 ESQUADRIAS.................................................................................................................................181
9.2 ESTRUTURA EM FACHADAS ENVIDRAÇADAS..................................................................182
9.3 COBERTURAS ...............................................................................................................................183
9.4 FÔRMAS DE CONCRETO............................................................................................................184
9.5 FIOS E CABOS ELÉTRICOS..........................................................................................................184
10 FERRAGENS......................................................................................................................................187
10.1 FERRAGENS PARA ESQUADRIAS..........................................................................................187
11 METAIS SANITÁRIOS....................................................................................................................191
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................195
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................198
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................199
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................200
XI
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• definir qual rocha é mais indicada para cada uso na construção civil;
• identificar qual vidro é mais indicado para cada uso na construção civil.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ROCHAS
TÓPICO 3 – VIDROS
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
ROCHAS
1 INTRODUÇÃO
E
IMPORTANT
3
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
4
TÓPICO 1 | ROCHAS
Com o passar dos anos, a utilização das rochas se intensificou, sendo em-
pregas em canais, túneis, pontes, palácios e igrejas. Na Idade Média, todos os
países da Europa utilizaram rochas em grandes construções, como o Palácio de
Granada e a Catedral de Notre-Dame, conforme Figura 3 (PETRUCCI, 1995).
5
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
ARDÓSIAS
ARGILAS
FILITOS
BRECHAS CALCÁRIAS
CONGLOMERADOS
TUFOS CALCÁRIOS
ESTALACMITES
CALCÁRIOS DE
ESTALACTITES
TRAVERTINOS
ALABASTROS
CALCÁRIOS e
DOLOMITAS
MÁRMORES
CALCÁRIOS
CALCÁRIAS
CONCHAS
SIENITOS NEFELÍNICOS
FELDSPÁTICAS
TRAQUITOS
FONOLITOS
MELÁFIROS
ANDESITOS
DIABASIOS
BASALTOS
DIORITOS
SIENITOS
GABROS
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS
SILICOSAS
QUARTZIFERAS
QUARTZITOS
MICAXISTOS
GRANITOS
ARENITOS
GNAISSES
RIOLITOS
DE PROFUNDIDADE
ORGÂNICAS
FORMAÇÃO
CLÁSTICAS
QUÍMICAS
EFUSIVAS
6
TÓPICO 1 | ROCHAS
7
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
• Cor: é determinada pela cor dos minerais essenciais ou dos componentes aces-
sórios das pedras. Não serve para identificação mineralógica. É importante
quando as pedras serão utilizadas aparentes ou com finalidade decorativa, sen-
do a uniformidade e a durabilidade da cor essenciais, pode influenciar no seu
valor. Os principais materiais nocivos para a qualidade da cor das pedras são:
pirita, marcassita, pirrotita e mica. Para melhorar essa característica são feitos
polimentos, que acentuam sua cor.
• Fratura: é o aspecto da superfície de fragmentação das rochas e pedras. A difi-
culdade de extração, corte, polimento e aderência influenciam a fratura. Os prin-
cipais tipos de fratura são: plana, conchoidal, lisa, áspera, escamosa e angulosa.
• Homogeneidade: capacidade da pedra de apresentar as mesmas propriedades
em qualquer amostra do material.
• Porosidade: relação do volume de vazios para o volume total das pedras. Uma
pedra que apresenta alta porosidade tem baixa resistência à compressão e alta
permeabilidade. A porosidade está ligada a durabilidade.
• Permeabilidade: é a propriedade de se deixar atravessar por fluídos. Depende
das dimensões e da disposição dos canais que atravessam as pedras.
• Dureza: nas pedras, a dureza é avaliada de acordo com a facilidade de serrar
a pedra. Pode ser branda (serrada facilmente pela serra de dentes), semidura
(dificilmente serrada pela serra de dentes), duras (só serrada pela serra lisa) ou
duríssima (dificilmente serrada pela serra lisa).
• Aderência: é a capacidade da pedra de se ligar a argamassa. A fratura e a poro-
sidade influenciam nessa propriedade.
4 COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA
Através da análise petrográfica, que tem por finalidade determinar a com-
posição mineralógica das rochas, podemos qualificar os materiais e determinar
qual seu melhor emprego e funcionalidade. A análise petrográfica indicará:
9
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
5.1 GRANITOS
Granitos são rochas ígneas, classificadas como rochas plutônicas devido
ao seu processo de formação. Esta rocha é composta basicamente por quartzo,
feldspato e minerais ferro-magnesianos. Suas tonalidades de cor podem variar de
acordo com seus constituintes mineralógicos. O quartzo normalmente é translú-
cido, incolor ou fumê; os feldspatos conferem a coloração avermelhada, rosada,
branca, creme-acinzentada e amarelada nos granitos. A cor negra, variavelmente
impregnada na matriz das rochas, é conferida por teores de mica (biotita), piro-
xênio e anfibólio, principalmente.
FIGURA 5 – GRANITO
5.2 BASALTOS
Basaltos são rochas ígneas vulcânicas. Dentre as rochas que ocorrem em
forma de derrame pode ser considerado dos mais abundantes. Esta rocha é cons-
tituída, principalmente, por feldspato. As cores do basalto podem variar entre
cinza-escura a preta, com tonalidades avermelhadas/amarronzadas, devido a
óxidos/hidróxidos de ferro gerados por alteração intempérica. A sua principal
característica é a elevada resistência e a maior dureza entre as pedras mais utili-
zadas na construção civil.
11
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
FIGURA 6 – BASALTO
5.3 DIORITOS
Dioritos são rochas ígneas. Suas características físicos-mecânicas são se-
melhantes às do granito, porém suas composições mineralógicas são diferentes.
São usualmente chamados de granitos pretos. Quando polidos, apresentam a cor
preta, e quando apicoados ou lavrados apresentam cor cinza.
FIGURA 7 – DIORITO
12
TÓPICO 1 | ROCHAS
5.4 ARENITOS
Arenitos são rochas sedimentares. Esta rocha é composta principalmente
por grãos de sílica ou quartzo, ligados por cimento silicoso, argiloso ou calcário.
Sua principal característica é a razoável resistência ao risco.
FIGURA 8 – ARENITO
13
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
5.6 ARDÓSIAS
Ardósias são rochas metamórficas. Suas principais características são a
elevada resistência mecânica e suas propriedades de material isolante térmico.
FIGURA 10 – ARDÓSIA
14
TÓPICO 1 | ROCHAS
5.7 QUARTZITOS
Quartzitos são rochas metamórficas que resultam do metamorfismo dos
arenitos. São formadas por quartzo recristalizado. Suas cores podem variar entre
o branco, vermelho e com tons de amarelo.
FIGURA 11 – QUARZITO
5.8 MÁRMORES
Mármores são rochas calcárias metamórficas. São compostas principal-
mente por minerais carbonáticos (calcita e dolomita), formados a partir do me
tamorfismo de rochas sedimentares calcíticas ou dolomíticas, com pouco ou ne-
nhum teor de quartzo, o que torna os mármores “macios” quando comparados
aos granitos, por isso sofrem maior desgaste e têm menor resistência ao risco.
15
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
FIGURA 12 – MÁRMORE
5.9 GNAISSES
Gnaisses são rochas metamórficas compostas principalmente de quartzo e
feldspato. Derivam de rochas graníticas e possuem granulometria média a gros-
sa. Sua principal característica é a elevada resistência.
16
TÓPICO 1 | ROCHAS
FIGURA 13 – GNAISSE
17
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
DICAS
Os impactos ambientais estão associados nas diversas fases de extração das rochas, como
na abertura da cava, que é feita com a retirada da vegetação, escavações, movimentações
de terra e modificação da paisagem local; no uso de explosivos para o desmonte de ro-
chas, que gera pressões, vibrações nos terrenos próximos, poeiras e ruídos; no transporte
e beneficiamento das rochas, que produz ruídos e poeira, podendo afetar o solo, ar, meios
de água e a população local.
De acordo com a NBR ISSO 14001 (1996 apud BACCI; LANDIM; ESTON, 2006),
aspectos ambientais são elementos das atividades, produtos e serviços de uma organi-
zação que podem interagir com o meio ambiente, já impactos ambientais são quaisquer
modificações do meio ambiente, adversas ou benéficas, que resultem das atividades, pro-
dutos e serviços da organização.
Na identificação dos aspectos e dos impactos ambientais gerados pela empresa, foram
considerados a produção do minério (extração, transporte e beneficiamento), as instala-
ções administrativas, a oficina de manutenção e o refeitório.
Segundo Braga et al. (1996 apud BACCI; LANDIM; ESTON, 2006) os aspectos
ambientais considerados nesse estudo foram: erosão, assoreamento, contaminação das
águas superficiais e subterrâneas, impactos sobre a flora e fauna, instabilidade de taludes
e encostas, mobilização de terra, poluição do ar, sonora e visual, ultralançamento de frag-
mentos, vibração do terreno e sobrepressão atmosférica.
Foi possível concluir que os impactos ambientais mais significativos estão rela-
cionados ao uso de explosivos, que podem se estender para áreas fora do domínio da
pedreira, e afetam o bairro mais próximo. A sobrepressão atmosférica gerada ocasiona
grande desconforto à população do bairro, mas não oferecem riscos as construções pró-
ximas. A poluição do ar, gerada nas detonações e no beneficiamento não impacta o bairro
próximo, fica restrito na pedreira e está diretamente relacionado à saúde ocupacional dos
18
TÓPICO 1 | ROCHAS
Com o levantamento dos aspectos e impactos ambientais, as empresas devem adotar me-
didas para preveni-los, a fim de melhorar seu desempenho ambiental, e prevenir também
futuros conflitos com a comunidade.
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• As rochas podem ser formadas por processos erosivos ou por processos artifi-
ciais.
• Das rochas podemos extrair diversos materiais para utilização na construção civil,
entre eles estão os blocos, matacões, agregados e pedras para construção (pedras
de alvenaria, de cantaria, guias, paralelepípedos, lajotas e placas).
• A principal classificação das rochas é a geológica, na qual as rochas classificam-se
em eruptivas ou ígneas, sedimentares e metamórficas.
20
AUTOATIVIDADE
R.:
R.:
I- Mármore.
II- Granito.
III- Diorito.
IV- Quartzito.
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
MATERIAIS CERÂMICOS
1 INTRODUÇÃO
Na introdução deste tópico, será apresentado um breve histórico da uti-
lização de materiais cerâmicos pela humanidade na construção civil. Também
serão apresentadas as argilas, principal material na fabricação das cerâmicas.
23
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
E
IMPORTANT
Os produtos cerâmicos são muito utilizados na construção civil pela sua razo-
ável resistência mecânica e durabilidade, além do custo acessível e possibilidades estéticas.
Os materiais cerâmicos são materiais obtidos pela secagem e cozimento de materiais ar-
gilosos. A matéria-prima utilizada empregada na fabricação de produtos cerâmicos são as
argilas e os desengordurantes. As argilas são as matérias ativas e os desengordurantes são
materiais inertes que diminuem a plasticidade (PETRUCCI, 1995).
De acordo com Bauer (1994), cerâmica é a pedra artificial obtida pela mol-
dagem, secagem e cozedura de argilas ou misturas que contém argila. Nos ma-
teriais cerâmicos a argila fica aglutinada por uma pequena quantidade de vidro,
que surge pela ação do calor de cocção sobre os compostos da argila. São ma-
teriais terrosos naturais, que ao serem misturados com a água, apresentam alta
plasticidade.
24
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
NOTA
A argila, material inorgânico natural, é terra, porém, nem toda terra é argila.
25
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
a) Puras
b) Impuras (PETRUCCI, 1995).
26
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
Efeitos do calor sobre as argilas: nas argilas, a ação do calor pode ocasio-
nar variação na densidade, porosidade, dureza, resistência, plasticidade, textura,
condutibilidade térmica, desidratação e formação de novos compostos.
Aquecendo-se uma argila entre 20 °C e 150 °C, ocorre perda de água apenas
de capilaridade e amassamento. De 150 °C a 600 °C, ocorre perda de água absorvida
e a argila enrijece. A partir de 600 °C, ocorrem reações químicas em três estágios. No
primeiro estágio ocorre a perda da água de constituição e endurecimento, e as matérias
orgânicas são queimadas. No segundo, ocorre a oxidação, isto é, os carbonetos são cal-
cinados e transformados em óxidos. No terceiro, que inicia em torno dos 950 °C, ocorre
a vitrificação, isto é, a sílica forma uma pequena quantidade de vidro, que se aglutina
ao demais elementos, dando dureza, resistência e compactação. É nesse estágio que se
forma a cerâmica, e sua qualidade depende da quantidade de vidro formado, sendo
em pequena quantidade nos tijolos e grande quantidade nas porcelanas.
27
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
NOTA
28
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
2.2 FABRICAÇÃO
Neste subtópico, abordaremos os processos de fabricação dos principais
materiais cerâmicos utilizados na construção civil, de acordo com Bauer (1994) e
Petrucci (1995), sendo eles: tijolos ou blocos cerâmicos, telhas cerâmicas, louças e
porcelanas.
FONTE: A autora
3 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS
Cada tipo de cerâmica a ser fabricada, requer um tipo de argila a ser ex-
traída. Com estudo da jazida verifica-se a composição, pureza, características e
quantidade do material que será extraído. É importante essa verificação, pois é
a partir dela que são determinados quais produtos cerâmicos são obtidos dessa
matéria-prima, qual equipamento deve ser utilizado e quais correções serão ne-
cessárias (BAUER, 1994; PETRUCCI, 1995).
29
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
• A maceração é feita para obter menores partículas e grãos finos e assim garan-
tir uma maior plasticidade e contato entre os componentes. Se ficaram impu-
rezas mesmo após a depuração, é nesta etapa que são totalmente eliminadas
(BAUER, 1994).
• A correção é a etapa em que se dá para a argila a constituição desejada. Para
cerâmicas finas deve-se lavar, deixar sedimentar e filtrar, para eliminação dos
grãos graúdos. Pode-se também adicionar areia fina para aumentar o rendi-
mento e diminuir a retração (BAUER, 1994).
• O amassamento é feito para preparar a argila para a moldagem. Também pode
ser feito simultaneamente a moldagem. É feito a partir de processos manuais
ou mecânicos e a adição de água depende do tipo de argila (BAUER, 1994).
3.2 MOLDAGEM
A próxima fase é a moldagem, que basicamente é a etapa em que se dá
a forma desejada à pasta de cerâmica. Está relacionada a quantidade de água da
pasta de argila, sendo que, quanto maior a quantidade de água maior a plastici-
dade, facilitando a moldagem, porém será maior também a contração na secagem
e deformações no cozimento (BAUER, 1994). Assim, a moldagem pode ser feita
de acordo com quatro processos, conforme Tabela 1:
30
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
• Moldagem com pasta fluída: utilizada para porcelanas, louças sanitárias, pe-
ças elétricas e peças de formatos complexos. Neste processo, o material é dis-
solvido em água e colocado em moldes de gesso (BAUER, 1994).
• Moldagem com pasta plástica mole: utilizada para vasos, tijolos brutos, filtros
de água, pratos e xícaras. O material é colocado em moldes de madeira ou no
torno de oleiro. É o processo mais antigo e feito de forma manual e artesanal,
que garante uma maior qualidade às peças, mesmo existindo atualmente pro-
cessos mais modernos (BAUER, 1994).
• Moldagem com pasta plástica consistente: utilizada para tijolos, tubos, telhas
e refratários. É feito por extrusão, processo no qual a massa é colocada numa
extrusora, onde é compactada e forçada por um pistão ou eixo helicoidal, atra-
vés de bocal com determinado formato. Como resultado obtém-se uma coluna
extrudada, com seção transversal, que tem o formato e dimensões desejados.
Em seguida, essa coluna é cortada, obtendo-se as peças (BAUER, 1994).
• Moldagem a seco: utilizada para ladrilhos, azulejos, tijolos e telhas de maior
qualidade. É feito a partir da prensagem, onde a massa é colocada num molde,
que é em seguida fechado e o formato da peça é conformado por meio de pres-
são. Na prensagem se utilizam preferencialmente massas granuladas e com
baixo de teor de umidade. As peças obtidas possuem maior qualidade, pois se-
rão menos porosas e mais resistentes. São necessárias prensas muito potentes,
por isso é o método mais caro (BAUER, 1994).
31
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
O processo se inicia por uma secagem natural, seguida pela secagem arti-
ficial, a temperatura poderá alcançar 85 °C.
32
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
Para uma maior qualidade das peças, o ideal é que aconteça o aquecimen-
to e reaquecimento. Desta forma, também pode ser evitado o alcance de altas
temperaturas de uma só vez, o que pode encarecer o processo.
• Desidratação: é a fase em que ocorre perda de toda a água presente nas peças
argilosas e acontece em temperaturas de 80 °C a 600 °C.
• Oxidação: fase em que os produtos de cálcio e magnésio se transformam em óxi-
dos, formando óxido de cálcio, óxido de magnésio e óxido de ferro, responsáveis
pela futura formação do vidro. Acontece em temperaturas de 600 °C a 950 °C.
• Vitrificação: com o calor no interior do forno ultrapassando os 950 °C inicia-se
essa fase da queima, cujas peças de cerâmicas têm os grãos aglutinados por uma
massa vítrea. Essa fase é muito importante para a dureza, resistência e compaci-
dade das peças finais.
• Sinterização: é a fase de queima mais avançada dos produtos argilosos, cuja
temperatura ultrapassa os 1150 °C. Nesta etapa ocorrem novas reações químicas
entre os componentes amorfos, resultando em novos compostos, agora cristali-
zados. É a cerâmica propriamente dita.
Podem ser utilizados diversos tipos de forno. Os fornos podem ser con-
tínuos – com produção contínua ou intermitentes –, isto é, um lote cozido de
cada vez. Os fornos intermitentes têm menor custo de instalação e facilidade de
execução, porém necessitam mais combustível e apresentam maior desgaste na
estrutura devido a variação térmica.
33
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
abóbadas em arco afastadas entre si por 15 cm, que são as fornalhas. Sob elas
ficam o cinzeiro. Acima delas o material é empilhado, com espaços para a passa-
gem do calor e do fumo. Geralmente, é coberto por abóbodas de tijolo reforçada
com cintas de ferro, também pode ser coberto por barro e palha com agulheiros.
É utilizado lenha. Quando se inicia a queima, o forno é lacrado com uma parede
de tijolos e argila, e a tiragem é controlada por orifícios que se comunicam com a
chaminé. O cozimento pode levar de 7 a 8 dias para queimar e de 4 a 6 dias para
esfriar. Podem queimar de 25 a 100 milheiros. O desperdício é em torno de 10%,
de peças que ficam nos cantos.
34
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
35
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
NOTA
36
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
De acordo com a NBR 7170 (ABNT, 1983), os tijolos maciços devem ter
comprimento de 190 mm, largura de 90 mm e a altura pode ser 57 mm ou 90 mm.
37
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
Quanto ao número de furos podem possuir quatro, seis, oito ou nove furos.
Quanto à resistência à compressão podem ser classificados em comuns e especiais.
38
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
Os métodos de moldagem podem variar. Pode ser feito por extrusão se-
guido de prensagem ou somente por prensagem. O cozimento é feito nos mes-
mos fornos que os tijolos. Para diminuir deformações, a secagem é mais lenta.
39
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
40
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
As telhas do tipo capa canal, que são as do tipo colonial, paulista e plan
são fabricadas pelo processo de prensagem. Apresentam o formato meia-cana.
Na execução do telhado, os canais, que são peças côncavas, se apoiam nas ripas,
e as capas, que são peças convexas, se apoiam nos canais.
FONTE: <https://www.ceramicauniao.net/web/fotos/thumbnails/telha_colonial_paulista_
zz0560b1acd1_800x600.jpg>. Acesso em: 26 mar. 2020.
41
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
FONTE: <https://construindodecor.com.br/wp-content/uploads/2014/08/telha-americana-
ceramica-vermelha.jpg>. Acesso em: 30 set. 2019.
42
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
43
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
44
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
45
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
46
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
5.2 AZULEJOS
Os azulejos são materiais cerâmicos empregados normalmente no revesti-
mento de paredes em áreas molhadas, dando proteção e bom acabamento. A argila
utilizada na fabricação é praticamente isenta de óxido de ferro, por isso da cor branca.
São placas de louça, com pouca espessura, vidrado em uma das superfícies,
que também leva corante. A outra face tem saliências para aumentar a aderência e
fixação das argamassas colantes, de assentamento e rejunte (BAUER, 1994).
47
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
DICAS
48
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
5.3 PASTILHAS
As pastilhas de louça são fabricadas de forma semelhante aos azulejos.
Geralmente, são de dimensão 2,5x2,5 cm, ou medidas múltiplas dessas. Podem
ser vidradas, não vidradas e de vidro. São amplamente utilizadas em fachadas
(BAUER, 1994). Um exemplo de pastilha pode ser visualizado na Figura 27.
FONTE: <https://br.habcdn.com/photos/business/big/fachada-ceramica-10x10_74412.jpg>.
Acesso em: 30 set. 2019.
49
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
DICAS
50
TÓPICO 2 | MATERIAIS CERÂMICOS
As trincas, gretamento e fissuras são patologias que aparecem pela perda da inte-
gridade da superfície da placa cerâmica. Trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica
provocadas por esforços mecânicos, com aberturas superiores a 1 mm, que podem evoluir
para o destacamento das placas. O gretamento são aberturas inferiores a 1 mm e ocorrem
na superfície esmaltada da peça, considerado um defeito estético. As fissuras são rompi-
mentos nas placas, com aberturas inferiores a 1mm e não causam a ruptura total.
As causas destas patologias são a dilatação e retração das placas cerâmicas, que
ocorrem quando há variação de temperatura e umidade; deformação estrutural excessiva;
ausência de vergas, contravergas e juntas de dessolidarização; retração da argamassa co-
lante ou emboço.
51
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
Para evitar esta patologia deve ser feito o controle da execução do rejuntamento e
do preenchimento das juntas de movimentação, e a escolha dos materiais devem atender
os requisitos do projeto. Após o período de garantia, as juntas e rejuntes devem ser inspe-
cionadas e se necessário trocadas.
Nos resultados, apenas duas empresas não apresentaram patologias nos revesti-
mentos cerâmicos das fachadas. Uma delas utiliza o método de assentamento de cerâmica
úmido sobre úmido. A outra empresa utiliza argamassa industrializada, com projeto de
produção do revestimento externo e controle do processo.
Mais uma vez, fica evidente a necessidade do projeto de fachada e a capacitação da mão-
-de-obra para evitar o aparecimento de patologias.
52
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os produtos cerâmicos são muito utilizados na construção civil pela sua razo-
ável resistência mecânica e durabilidade, além do custo acessível e possibilida-
des estéticas.
53
AUTOATIVIDADE
R.:
R.:
4 A secagem é a fase em que a água que foi utilizada para dar plasticidade à
argila é removida. O processo se inicia por uma secagem natural, seguida
pela secagem artificial em que a temperatura poderá alcançar 85 °C. De
acordo com a secagem podemos afirmar que:
54
5 Os principais materiais cerâmicos utilizados na construção civil podem ser
divididos de forma genérica em materiais de argila, materiais de louça e
revestimento e materiais refratários. Explique cada um deles e exemplifique
sua utilização.
R.:
R.:
55
56
UNIDADE 1
TÓPICO 3
VIDROS
1 INTRODUÇÃO
O vidro é um material utilizado desde a mais remota antiguidade. Um
vidro natural, a obsidiana, já era utilizado há milhares de anos pelo homem pré-
-histórico como arma e ferramenta, sendo desde aquela época, um material para
muitas aplicações.
57
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
E
IMPORTANT
58
TÓPICO 3 | VIDROS
FONTE: A autora
2 CLASSIFICAÇÃO DO VIDRO
De acordo com Petrucci (1995), os vidros podem ser classificados de di-
versas formas. Neste subtópico, apresentaremos as principais classificações dos
vidros, conforme o autor. De acordo com o tipo, os vidros classificam-se em:
a) Vidro recozido: são os vidros que não recebem nenhum tipo de tratamento
térmico ou químico após sua saída do forno e resfriamento gradual.
b) Vidro de segurança temperado: são os vidros que foram submetidos a algum
tipo de tratamento térmico, através do qual foram introduzidas tensões ade-
quadas. Esse tipo de vidro, ao partir-se, desintegra-se em pequenos pedaços,
sendo menos cortante que os vidros recozidos.
c)Vidro de segurança laminado: são compostos por várias chapas de vidro, uni-
das por películas aderentes.
d) Vidro de segurança aramado: são formados por uma única chapa de vidro,
contendo no seu interior fios metálicos, que são incorporados na massa duran-
te a fabricação. Esse tipo de vidro, ao quebrar, se mantem preso nos fios.
59
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
a) Chapa plana;
b) Chapa curva;
c) Chapa perfilada;
d) Chapa ondulada (PETRUCCI, 1995).
a) Vidro liso: são os vidros transparentes, que apresentam leve distorção de ima-
gens refratadas.
b) Vidro polido: são os vidros transparentes, permsubtópico a visão sem a distor-
ção das imagens, pelo tratamento superficial.
c) Vidro impresso ou vidro fantasia: são os vidros que, durante a fabricação, são
impressos desenhos em uma ou nas duas superfícies.
d) Vidro fosco: são os vidros translúcidos, pelo tratamento mecânico ou químico,
em uma ou nas duas superfícies.
e) Vidro espelhado: são os vidros que refletem totalmente os raios luminosos,
pelo tratamento químico sobre uma das superfícies.
f) Vidro gravado: são os vidros que apresentam ornamentos, pelo tratamento
químico, em uma ou nas duas superfícies.
g) Vidro esmaltado: são os vidros com aplicação de esmalte vitrificável em uma
ou nas duas superfícies.
h) Vidro termorrefletor: são os vidros coloridos e refletores, feitos em alta tempe-
ratura, pelo tratamento químico, em uma das superfícies (PETRUCCI, 1995).
a) vidro incolor;
b) vidro colorido (PETRUCCI, 1995).
60
TÓPICO 3 | VIDROS
a) em caixilhos;
b) autoportantes;
c) mista (PETRUCCI, 1995).
61
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
FONTE: A autora
3.1 MATÉRIA-PRIMA
O vidro é um material que pode ser considerado como uma solução sólida
de silicatos, alcalino-terrosos em silicatos alcalinos simples e mais fusíveis (PE-
TRUCCI, 1995). Conforme Lara (2013), os elementos principais são:
a) Sílica – elemento com função vitrificante proveniente das areias dos rios (areias
lavadas).
b) Barrilha – nome comercialmente dado ao carbonato de sódio ou potássio, pro-
duzido a partir do sal de cozinha. Elemento fundente.
c) Calcário e Dolomita – elementos estabilizantes que aumentarão a dureza, a
resistência mecânica e a durabilidade dos vidros.
d) Aditivos – provenientes dos feldspatos, vão identificar vidros específicos.
e) Cacos de vidros – (± 20%) inseridos na massa em fusão.
FONTE: A autora
3.3 CONFORMAÇÃO
A etapa da conformação é a da moldagem dos vidros, isto é, dar forma à
peça, é moldar o produto final. Para a conformação, a temperatura usual é cerca
de 800 °C, na qual o vidro encontra-se maleável, já apresentando alguma rigidez.
O molde deve estar aquecido e pode ser de ferro fundido ou de aço, preferencial-
mente (LARA, 2013).
3.4 RECOZIMENTO
Após a conformação, os vidros encontram-se em temperatura média de
600 °C e não podem ser deixados em temperatura ambiente. O vidro recém mol-
dado apresenta grandes tensões internas, sendo muito sensível ao choque. Por
esta característica, se faz necessário que o vidro seja levado novamente ao forno,
para aliviar as tensões criadas na fabricação, porém nesta etapa são utilizados ou-
tros fornos, os fornos de recozimento, para que ocorra o resfriamento lentamente
(LARA, 2013).
63
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
E
IMPORTANT
64
TÓPICO 3 | VIDROS
65
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
66
TÓPICO 3 | VIDROS
67
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
68
TÓPICO 3 | VIDROS
FONTE: <http://i0.wp.com/vasiglass.pt/wp-content/uploads/2015/04/Vidro-Controle-Solar.
jpg?resize=1024%2C681>. Acesso em: 26 mar. 2020.
69
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
70
TÓPICO 3 | VIDROS
São visualmente idênticos aos vidros comuns e garantem uma visão níti-
da. A camada autolimpante é integrada ao próprio vidro e tem durabilidade alta.
71
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
FONTE: <http://i1.wp.com/vasiglass.pt/wp-content/uploads/2015/04/Vidro-Auto-Limpeza.
jpg?resize=1024%2C768>. Acesso em: 26 mar. 2020.
72
TÓPICO 3 | VIDROS
FONTE: <https://casaeconstrucao.org/wp-content/uploads/2016/07/tijolo-de-vidro-2.jpg>.
Acesso em: 26 mar. 2020.
As lãs de vidro são utilizadas para isolamento térmico, elétrico e acústico. São
impermeabilizantes, desde que não sejam comprimidas, e em função de sua com-
posição química, podem atacar superfícies metálicas. São, contudo, incombustíveis,
73
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
74
TÓPICO 3 | VIDROS
75
UNIDADE 1 | ROCHAS, MATERIAIS CERÂMICOS E VIDROS
LEITURA COMPLEMENTAR
76
TÓPICO 1 | ROCHAS
FONTE: CESAR, A. P.; PAULA, D. A.; KROM, V. A Importância da reciclagem do vidro. 2004.
Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2004/trabalhos/inic/pdf/IC6-17.pdf.
Acesso em: 26 mar. 2020.
77
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Na construção civil são utilizados diversos tipos de vidros, tais como: comum,
de segurança, colorido e termorrefletor, fantasia, autolimpante.
CHAMADA
78
AUTOATIVIDADE
R.:
R.:
a) ( ) I e II estão corretos.
b) ( ) I e III estão corretos.
c) ( ) Somente III está correto.
d) ( ) Todas as alternativas são corretas.
e) ( ) Todas as alternativas são incorretas.
5 Os vidros de segurança podem ser de três formas. Quais são e como impe-
dem os estilhaçamento?
R.:
79
6 Os vidros impressos ou fantasias podem ser fabricados numa variedade de
desenhos e acabamentos. Essa produção pode ser através do tratamento
com ácidos e jatos de areia ou esmalte. De acordo com as características a
seguir, preencha a alternativa com os tipos de vidro corretos.
80
UNIDADE 2
MADEIRAS E TINTAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – MADEIRAS
TÓPICO 2 – TINTAS
CHAMADA
81
82
UNIDADE 2
TÓPICO 1
MADEIRAS
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, neste primeiro tópico, falaremos sobre as madeiras,
materiais extraídos do caule de árvores, amplamente utilizados na construção
civil, em telhados, esquadrias e pisos, entre outras aplicações. As madeiras apre-
sentam excelentes qualidades físicas, mecânicas e estéticas.
Neste tópico, nosso objetivo é fazer com que você entenda quais são os ti-
pos de madeira e suas características e propriedades; consiga identificar as etapas
da produção da madeira; entenda quais são os defeitos que podem ocorrer nas
madeiras; e aprenda sobre o beneficiamento da madeira e quais são seus mate-
riais resultantes para utilização na construção civil.
FONTE: <https://i1.wp.com/www.euxus.de/bodensee/a800/69180061-unteruhldingen-
pfahlbaumuseum.jpg>. Acesso em: 7 maio 2020.
83
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
E
IMPORTANT
84
TÓPICO 1 | MADEIRAS
Módulo de
Densidade Energia para Pro- Resistência
Material Elasticidade
(KN/m³) dução (MJ/m³) (MPa)
(MPa)
Concreto 24 1.920 (óleo) 20 20.000
Aço 78 234.000 (carvão) 250 210.000
Madeira
6 600 (solar) 50 10.000
Conífera
Madeira
9 630 (solar) 90 15.000
Dicotiledônea
FONTE: Adaptado de Calil Júnior e Dias (1997, p. 72)
85
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
NOTA
E
IMPORTANT
2 CLASSIFICAÇÃO
De acordo com Petrucci (1995), podemos classificar as árvores e as madei-
ras. As árvores, das quais são extraídas as madeiras para utilização na construção
civil, pertencem ao ramo das fanerógamos ou espermatófitos, que são vegetais
completos, com raízes, caule, folhas e flores. Sua reprodução se dá através das
sementes e, desta forma, são classificados, de acordo com sua germinação e cres-
cimento, em:
87
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
• Casca: é a proteção externa das árvores. É formada por uma camada externa mor-
ta, que pode variar sua espessura de acordo com a idade e a espécie, e uma camada
interna, com tecido vivo e macio, que conduz a seiva elaborada produzida pelas
folhas para as partes em crescimento, isto é, o lenho do tronco.
• Alburno, ou branco: é uma camada formada por células vivas que conduzem a seiva
da raiz para as folhas. Sua espessura pode varias de 3 a 5 cm, dependendo da espécie.
• Câmbio ou liber: é uma camada fina e quase invisível de tecidos vivos, situada
entre a casca e o lenho, por onde desce a seiva elaborada.
• Cerne ou durâmen: são as células do alburno que se tornaram inativas com o tem-
po, sua função é sustentar o tronco. Apresentam uma coloração mais escura.
• Medula: é o miolo central, formado por um tecido macio, frouxo e esponjoso, no
qual se verifica o primeiro crescimento da madeira. Não apresenta resistência e
durabilidade, sua presença em peças serradas é considerada um defeito.
• Anéis de crescimento: registram a idade das árvores e servem como referência
para o estudo da anisotropia do material. Cada anel de crescimento que é adicio-
nado em um ano é formado por duas camadas, uma mais clara, chamada de lenho
inicial, com células largas de paredes finas, que foi formado na primavera e ve-
rão, e outra mais escura, chamada de lenho tardio, com células estreitas e paredes
grossas, formado no verão e outono. Devido a estiagens, pragas ou abalos sofridos
pela árvore, podem se formar falsos anéis de crescimento, que comprometem o
desempenho do material.
• Raios medulares: são desenvolvimentos transversais radiais compostos por cé-
lulas lenhosas, com função de transporte e armazenamento da seiva. Presente em
árvores como o carvalho, o cedro e o louro, tem como principal vantagem uma
amarração transversal das fibras, que impede que trabalhem demais devido a va-
riações de umidade (BAUER, 1994; PFEIL; PFEIL, 2003).
88
TÓPICO 1 | MADEIRAS
89
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
vimento. A largura dos anéis, tanto escuros quanto claros, também demonstram
a duração dos períodos de inverno e verão (Brasil, 2019). Para fazer este estudo
não é necessário que a árvore seja cortada, podendo ser feito através de um teste-
munho interno, extraído da madeira deixando a árvore intacta.
DICAS
90
TÓPICO 1 | MADEIRAS
rentes da mesma tora. Esta diferença na disposição dos elementos celulares permite
a identificação microscópica das espécies (BAUER, 1994; PETRUCCI, 1995).
91
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
5 COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Segundo Pfeil e Pfeil (2003), a madeira é constituída por substâncias or-
gânicas, independente da sua espécie vegetal, nas seguintes porcentagens apro-
ximadas:
Carbono 50%
Oxigênio 44%
Hidrogênio 6%
92
TÓPICO 1 | MADEIRAS
93
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
94
TÓPICO 1 | MADEIRAS
7 PRODUÇÃO DA MADEIRA
A produção da madeira é composta por cinco etapas:
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_yanFywfi8LI/R8cRILgav4I/AAAAAAAAACg/ScbXenYSmmc/
s1600/sistemas+de+corte.bmp>. Acesso em: 7 maio 2020.
95
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
96
TÓPICO 1 | MADEIRAS
FONTE: <https://www.scielo.br/img/revistas/rmat/v21n4//1517-7076-rmat-21-04-01069-gf1.jpg>.
Acesso em: 7 maio 2020.
97
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
• madeira verde: com teor de umidade acima do ponto de saturação do ar, nor-
malmente acima de 30%;
• madeira semisseca: abaixo do ponto de saturação do ar, porém acima de 23%;
• madeira comercialmente seca: entre 18% e 23%;
• madeira seca ao ar: entre 13% e 18%;
• madeira dessecada: entre 0% e 13%;
• madeira completamente seca: 0% (BAUER, 1994; PETRUCCI, 1995).
Ph − Po
=h ×100 ( % )
Po
98
TÓPICO 1 | MADEIRAS
Vv − Vo
=Ct ×100 ( % )
Vo
Vh − Vo
=Ch ×100 ( % )
Vo
Ch
V=
h
Em que: Ch= contração volumétrica de seca ao ar para seca em estufa e
h=teor de umidade seco ao ar.
99
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
Ph
Dh =
Vh
( g / cm )
3
• Resistência à compressão axial em peças curtas: essa resistência pode ser feita em
função da umidade e da massa específica. Também tem influência na resistência à
compressão e à presença de defeitos nas peças de madeira. A madeira comporta-
-se como um material elástico em tensões que não ultrapassem ¾ da tensão-limite
de resistência.
• Resistência à compressão axial em peças longas: é a flambagem. A partir de ensaios,
determina-se uma curva experimental de flambagem, na qual ficam bem distintos os
três estágios característicos do comportamento do material em relação a compressão
no sentido das fibras. O primeiro estágio diz respeito as colunas longas, em que o
material se comporta com estabilidade elástica. No segundo estágio, os materiais se
comportam de forma elastoplástica. O terceiro estágio é o limite de esbeltez máximo,
com a tensão critica igual a tensão-limite de resistência em peças curtas.
• Resistência à tração axial: as madeiras raramente se rompem quando solicitadas
a esforços de tração axiais. Nessa solicitação, ocorre a aproximação dos feixes de
fibras, reforçando sua coesão e aderência.
• Resistência à compressão normal e obliqua às fibras: quando submetida a es-
forços de compressão normal e oblíqua as fibras a madeira esmaga-se e torna-se
inapta a receber outros esforços. Depende da extensão e da distribuição das cargas.
• Resistência à tração normal às fibras: a este esforço, opõe-se somente a aderência
mutua das fibras da madeira, que é fraca e não exige muito esforço. Esta solicitação
deve ser evitada em construções.
• Fendilhamento: é um esforço de tração transversal, aplicado na extremidade de
uma peça entalhada a fim de deslocar suas fibras. Para evitar o fendilhamento são
efetuadas colagem, placagem, contraplacagem, cintagem, respingamento, encavi-
lhamento e blindagem.
• Resistência ao cisalhamento: o cisalhamento pode ocorrer paralelo as fibras, obli-
quo ou normal. O cisalhamento paralelo as fibras é o que mais ocorre e sua resis-
tência é mínima. Ocorre em peças longas, como vigas. O cisalhamento oblíquo das
fibras ocorre na compressão, pela heterogeneidade do material. Ocorre em peças
curtas. O cisalhamento normal das fibras dificilmente ocorre.
• Dureza: é a resistência do material à penetração localizada, à riscagem e ao desgaste.
9 DEFEITOS
Os defeitos nas madeiras são as anomalias em sua integridade e constitui-
ção que alteram suas propriedades e seu desempenho (BAUER, 1994; PETRUC-
CI, 1995). É importante analisar e caracterizar esses defeitos para que se possa
classificar as madeiras de acordo com sua qualidade. Os defeitos podem ser clas-
sificados em quatro grupos, expostos a seguir.
101
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
102
TÓPICO 1 | MADEIRAS
FIGURA 11 – RACHADURAS
FONTE: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/07/31/21/48/trunk-1560037_960_720.jpg>.
Acesso em: 7 maio 2020.
103
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
FIGURA 13 – FENDILHAMENTO
FIGURA 14 – ABAULAMENTO
FIGURA 15 – CURVATURA
104
TÓPICO 1 | MADEIRAS
105
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
10.1 SECAGEM
Para ser empregada na construção civil, a madeira deve ter seu teor de umi-
dade controlado e adequado para seu ambiente e emprego. A secagem do material
elimina os empenos e fendas, provocados pelas mudanças de umidade. De acordo
com Bauer (1994), a secagem da madeira traz uma série de vantagens, entre elas:
106
TÓPICO 1 | MADEIRAS
DICAS
FIGURA 17 – PSICRÔMETRO
107
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
10.2 PRESERVAÇÃO
A durabilidade da madeira está relacionada à resistência que ela apresen-
ta quanto ao ataque de agentes de alteração e destruição, como os fungos e in-
setos. Essa durabilidade depende de fatores decorrentes do material e de fatores
externos, como a umidade, temperatura e arejamento. Segundo Petrucci (1995),
as principais causas de deterioração da madeira são:
108
TÓPICO 1 | MADEIRAS
109
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
10.3 TRANSFORMAÇÃO
A transformação da madeira é toda tecnologia de alteração da estrutura
fibrosa orientada da madeira, a fim de corrigir suas características negativas (PE-
TRUCCI, 1995).
E
IMPORTANT Madeira reconstituída
110
TÓPICO 1 | MADEIRAS
FONTE: <https://www.atacadaodamadeira.com.br/wp-content/uploads/2016/08/mdf-cru-
570x380.jpg>. Acesso em: 7 maio 2020.
111
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
FONTE: <https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2018/09/MDP-ou-MDF-placa-
de-madeira-mdp.jpg>. Acesso em: 7 maio 2020.
112
TÓPICO 1 | MADEIRAS
FONTE: <https://www.hometeka.com.br/wp-content/uploads/2016/04/vantagens1-
750x500.jpg>. Acesso em: 7 maio 2020.
113
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
114
TÓPICO 1 | MADEIRAS
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/f9/42/f6/f942f60cd07b819227402dcb3f6e9a61.jpg>.
Acesso em: 7 maio 2020.
115
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
116
TÓPICO 1 | MADEIRAS
brotação. Sendo que, após o período de 3 a 5 anos, já se encontra apto para ser
utilizado na construção civil.
117
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
118
TÓPICO 1 | MADEIRAS
Tratamentos do Bambu
O bambu, por ser rico em amido, torna-se muito atrativo para insetos
xilófagos como as “brocas” e alguns tipos de fungos. Para que não seja ata-
cado por estes tipos de insetos, faz-se necessário a utilização de métodos que
diminuam ou eliminem o amido presente nos colmos. A camada protetora
externa e os vasos, que cobrem uma pequena superfície de aproximadamen-
te 10% da seção transversal do colmo, tornam difíceis os tratamentos.
119
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
120
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
121
AUTOATIVIDADE
R.:
R.:
R.:
122
6 Um dos processos de beneficiamento da madeira é a transformação. Assi-
nale a alternativa correta:
123
124
UNIDADE 2 TÓPICO 2
TINTAS
1 INTRODUÇÃO
Prezado estudante, neste segundo tópico, falaremos sobre as tintas, ma-
teriais destinados a cobrir, colorir e proteger superfícies na construção civil. As
tintas são aplicadas no estado líquido e por meio de reações químicas endurecem,
o que as torna uma película sólida, flexível, resistente e aderente a uma superfície.
Neste tópico, nosso objetivo é fazer com que você entenda o conceito de tintas,
vernizes e lacas; consiga identificar as tintas de acordo com suas composições e pro-
priedades; e saiba quais são os processos de preparo de uma superfície para pinturas.
são estudadas as cores e as emoções provocadas por cada uma delas. Por exem-
plo, o vermelho, o laranja e o amarelo são chamados de cores quentes, que são as
cores excitantes e vibrantes. O verde e o azul-claro são chamados de cores frias,
que são cores tranquilizantes e monótonas. O azul escuro e cinza são cores que
inspiram quietude e suavidade (PETRUCCI, 1995). Um exemplo de aplicação de
tintas coloridas pode ser visualizado na Figura 29.
As cores também têm peso e dimensão. As cores escuras dão maior sen-
sação de peso aos objetos, enquanto as cores claras dão maior dimensão. Essas
características são importantes, pois podem dar maior sensação de aconchego ou
amplitude nos projetos arquitetônicos (PETRUCCI, 1995).
126
TÓPICO 2 | TINTAS
127
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
DICAS
b) Pigmento: são partículas solidas, insolúveis nos veículos, conforme Figura 30.
Podem ser inertes ou ativas. Tem as funções de caracterização das cores (pig-
mentos ativos), incorporação de resistência mecânica à abrasão e aos raios ultra-
violetas, e consistência, poder de lixamento e nível de brilho (pigmentos inertes).
128
TÓPICO 2 | TINTAS
Cor Pigmento
Branco Óxido de titânio, óxido de zinco, lipotone
Azul Azul-da-prússia, azul ftalocianina
Amarelo e Laranja Cromatos de chumbo, amarelo de cádmio, óxido de ferro amarelo
Preto Negro de fumo, óxido de ferro preto
Vermelho Vermelho de cloroparanitroanilina, vermelho de toluidina, litol rubine
Verde Óxido de cromo verde, misturas de amarelo e azul
Marrrom Óxido de ferro marrom
FONTE: Adaptado de Petrucci (1995, p. 379)
c) Solvente: são líquidos orgânicos, que tornam as tintas menos viscosas, o que
facilita sua aplicação. Influenciam na formação do filme por meio de reações
químicas com o ar ou com os catalisadores, convertendo do estado líquido ao
estado sólido os veículos que fixam os pigmentos na superfície pintada. Os
solventes mais comuns são: aguarrás, querosene, thinner e água, sendo cada
um utilizado em um tipo especifico de tinta. Geralmente, para dificultar a se-
dimentação dos pigmentos, as tintas são fornecidas com menor quantidade de
solvente. Este deve ser adicionado à tinta na hora da aplicação.
3 CLASSIFICAÇÃO
Atualmente, as tintas diferem tanto entre si, que não é possível classificar,
pois são muitas as combinações entre os veículos, pigmentos, solventes, muitas
origens e muitas finalidades. De forma didática, de acordo com Bauer (1994), po-
demos classificar as tintas em:
• tintas a óleo;
• tintas plásticas emulsionáveis;
• tintas para caiação;
• tintas especiais.
129
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
Os veículos são óleos secativos, que quando expostos ao ar, em finas cama-
das, formam uma película útil, sendo essa sólida, flexível, resistente, aderente à su-
perfície e aglutinante ao pigmento. São principais constituintes químicos são ésteres
derivados de ácidos graxos insaturados e glicerina.
130
TÓPICO 2 | TINTAS
Essas tintas têm veículos a base de siliconas, pós metálicos para proteger
a película por condução e reflexão do calor, tais como pós de alumínio, zinco e
estanho, e pigmentos especiais, como o grafite, mica, óxido de cromo, antimônio,
cobalto, sulfato de bário, que suportam temperaturas elevadas.
131
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
a) vernizes à base de óleo: a base da formação da película são resina e óleo secativo;
b) vernizes à base de solventes: são convertidos em película útil pela evaporação
do solvente.
132
TÓPICO 2 | TINTAS
5.2 MADEIRAS
As madeiras recebem as mesmas demãos das paredes com reboco. Algu-
mas madeiras contêm substâncias que podem interferir na secagem das tintas.
133
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
5.3 METAIS
Os metais devem ser limpos e secos. Podem ser feitos tratamentos fosfati-
zantes ou passivantes antes da aplicação das tintas. É necessária a aplicação das
seguintes demãos:
6 MÉTODOS DE APLICAÇÃO
Diversos são os métodos de aplicação de tintas, vernizes, lacas e esmaltes.
Os principais, de acordo com Bauer (1994) são:
134
TÓPICO 2 | TINTAS
135
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
• Formação de bolhas: as bolhas dificilmente são provocadas pelas tintas, e sim por
defeitos na aplicação. Acontece quando um gás ou liquido em evaporação pro-
duz uma pressão sob o filme de tinta. Podem ser produzidas por madeira úmida,
ferrugem, retenção de líquidos de ponto de ebulição elevados, retenção do ar ou
gotículas de água.
136
TÓPICO 2 | TINTAS
LEITURA COMPLEMENTAR
137
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
138
TÓPICO 2 | TINTAS
139
UNIDADE 2 | MADEIRAS E TINTAS
FONTE: FARDIN, H. E.; NOGUERA, J. O. C. Uma perspectiva dos resíduos de tintas e vernizes no
município de Sobradinho/RS. Revista Monografias Ambientais, v. 15, n. 1, p. 61-73, 2016.
140
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• As tintas podem ser classificadas em: tintas a óleo; tintas plásticas emulsioná-
veis, tintas para caiação e tintas especiais.
CHAMADA
141
AUTOATIVIDADE
R.:
R.:
4 Diversos são os defeitos que podem ocorrer nas tintas. De acordo com os
defeitos, assinale a alternativa correta:
R.:
143
144
UNIDADE 3
MATERIAIS POLIMÉRICOS E
MATERIAIS METÁLICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo dessa unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 1
MATERIAIS POLIMÉRICOS
1 INTRODUÇÃO
Prezado estudante, neste primeiro tópico, falaremos sobre os materiais
poliméricos, materiais amplamente utilizados na construção civil devido, princi-
palmente, ao seu baixo custo, leveza e boa resistência.
Neste tópico, nosso objetivo é fazer com que você entenda o conceito de
polímeros; consiga reconhecer as matérias-primas utilizadas na fabricação dos
polímeros; entenda quais são os tipos de polimerização; e aprenda a identificar os
polímeros indicados para utilização na construção civil.
FIGURA 1 – POLÍMEROS
147
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o campo dos materiais foi virtu-
almente revolucionado pelo advento dos polímeros sintéticos, pois estes materiais
podem ser produzidos de maneira barata, e as suas propriedades podem ser admi-
nistradas de forma que fiquem superiores às de seus análogos naturais (CALLIS-
TER JUNIOR, 2012).
148
TÓPICO 1 | MATERIAIS POLIMÉRICOS
149
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
3 CLASSIFICAÇÃO
Os polímeros são variações e/ou desenvolvimentos sobre moléculas já
conhecidas, podendo ser divididos nas quatro diferentes classificações a seguir
(CANEVAROLO JUNIOR, 2006):
150
TÓPICO 1 | MATERIAIS POLIMÉRICOS
• plásticos;
• borrachas (elastômeros);
• fibras;
• revestimentos;
• adesivos;
• espumas;
• películas.
4 POLIMERIZAÇÃO
A polimerização é a reação ou o conjunto de reações nos quais molécu-
las simples reagem entre si formando uma macromolécula de alta massa molar.
Durante esse processo, algumas variáveis são mais ou menos importantes, de-
pendendo de sua influência na qualidade do polímero formado. As variáveis pri-
márias são: temperatura de reação, pressão, tempo, presença e tipo de iniciador e
agitação. As variáveis secundárias são: presença, tipo de inibidor, de retardador,
catalisador, controlador de massa molar, da quantidade de reagentes e demais
agentes específicos (CANEVAROLO JUNIOR, 2006). Existem alguns tipos de po-
limerização, entre eles:
151
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
152
TÓPICO 1 | MATERIAIS POLIMÉRICOS
153
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
155
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
6.4 TELHAS
As telhas poliméricas são as telhas de PVC rígido, telhas de policarbonato,
conforme Figura 5, e polipropileno.
FONTE: <http://www.vick.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Obra-em-Telhas-em-
Policarbonato-2-768x512.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
156
TÓPICO 1 | MATERIAIS POLIMÉRICOS
lico), boa resistência à deformação, mesmo com altas temperaturas (até 140 °C),
bom isolamento elétrico, não propaga chama, e boa resistência química (HIPOLI-
TO; HIPOLITO; LOPES, 2013).
FONTE: <https://www.cronoshare.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/12/quanto-preco-o-
piso-vin%C3%ADlico.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
157
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
Os painéis mais utilizados como forro de teto são os de gesso, fibras ve-
getais, resinas sintéticas (principalmente PVC e acrílico), de madeira e de metal.
Entre as propriedades dos polímeros utilizados na confecção de painéis para for-
ro de teto podemos destacar a instalação mais limpa e eficiente, a facilidade de
limpeza, a baixa densidade, o ótimo isolamento acústico e elétrico, e um bom
desempenho térmico devido às cavidades internas que formam vazios de ar (HI-
POLITO; HIPOLITO; LOPES, 2013).
Os resíduos dos polímeros, em geral, levam muito tempo para sofrerem de-
gradação espontânea e, quando queimados, produzem gases tóxicos. Os polímeros
correspondem a 8% em massa do resíduo sólido urbano e 20% em volume deste
mesmo universo. Os tipos de polímeros mais encontrados entre os resíduos estão o
poli (cloreto de vinila) (PVC), o poli (tereftalato de estireno) (PET), o polietileno de
alta e baixa densidade (PEAD), o poli (propileno) (PP), e o poli (estireno) (PS).
158
TÓPICO 1 | MATERIAIS POLIMÉRICOS
159
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: HIPOLITO, I. S.; HIPOLITO, R. S.; LOPES, G. A. Polímeros na Construção Civil. In:
Simpósio de excelência em gestão de tecnologia. 2013. Disponível em: https://www.aedb.
br/seget/arquivos/artigos13/5518429.pdf. Acesso em: 8 maio 2020.
160
RESUMO DO TÓPICO 1
161
AUTOATIVIDADE
R:
I- Policloreto de Vinila.
II- Policarbonato.
III- Poliestireno.
IV- Polipropileno.
a) ( ) PVC – OS – PP – PC.
b) ( ) PV – PC – OS – PP.
c) ( ) PV – PC – PE – PP.
d) ( ) PVC – PC – OS – PP.
e) ( ) PVC – PC – PE – PS.
162
UNIDADE 3
TÓPICO 2
MATERIAIS METÁLICOS
1 INTRODUÇÃO
Prezado estudante, neste segundo tópico, falaremos sobre os materiais
metálicos. Os metais podem ser encontrados na natureza puros ou como mine-
rais, quando combinados com outros elementos químicos. Os metais e as ligas
metálicas são utilizados na construção civil devido, principalmente, a sua aplica-
bilidade, resistência e beleza.
Neste tópico, nosso objetivo é fazer com que você entenda o conceito de
metal; consiga reconhecer os principais minérios existentes na natureza; entenda
os conceitos de mineração, metalurgia e siderurgia; e aprenda a identificar os
materiais metálicos indicados para utilização na construção civil.
163
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
E
IMPORTANT
NOTA
Se o mineral for formado por um teor de elemento metálico em que sua ex-
ploração econômica seja viável, ele recebe o nome de minério.
2 MINERAÇÃO
A mineração é a extração do minério, conforme Figura 7. A colheita pode ser
feita a céu aberto ou subterrânea, de acordo com a jazida. Após é feita a concentração,
que é a purificação do minério, por processos mecânicos ou químicos (BAUER, 1994).
164
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
3 PRINCIPAIS MINÉRIOS
Sabe-se que os metais não são encontrados na natureza na forma na qual
os utilizamos, sendo obtidos pela mineração. Os minérios são agregados de mi-
nerais ricos em um determinado mineral ou elemento químico, que são econô-
mica e tecnologicamente viáveis para extração. Neste subtópico, analisaremos os
principais minérios encontrados na crosta terrestre, de acordo com Bauer (1994).
3.1 FERRO
O ferro é um dos elementos mais abundantes e o metal de maior aplica-
ção. É extraído de carbonatos – siderita; óxidos – magnetita; hematita, limonita,
e sulfetos – pirita; conforme Figura 8. É produzido no Brasil, Austrália, Rússia,
França e Suécia.
FIGURA 8 – SIDERITA
165
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
3.2 ALUMÍNIO
O alumínio é um dos elementos mais abundantes, porém nem sempre sua
extração é economicamente viável. O minério explorado para a extração do alu-
mínio por eletrólise é a bauxita, conforme Figura 9. É produzido principalmente
nos Estados Unidos, Canadá, União Soviética, França, Inglaterra e Noruega.
FIGURA 9 – BAUXITA
3.3 CHUMBO
O chumbo é extraído por fundição redutora do sulfeto de chumbo galena,
conforme Figura 10. Os principais produtores mundiais são Estados Unidos, Aus-
trália, México, Canadá, Birmânia e Alemanha.
FIGURA 10 – GALENA
3.4 COBRE
O cobre é extraído por calcinação e fusão de diversos minérios, tais como:
calcocita, cuprita, calcopirita, malaquita e azurita, conforme Figura 11. É produ-
166
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
zido principalmente pelos Estados Unidos, Canadá e Chile. O Brasil também pro-
duz o cobre, porém também é necessária importação.
FIGURA 11 – MALAQUITA
3.5 ESTANHO
O estanho é extraído dos minérios cassiterita ou de piritas, conforme Figu-
ra 12. Seus maiores produtores são Malaca, Índias Holanda, Bolívia e Argentina.
FIGURA 12 – CASSITERITA
3.6 ZINCO
O zinco é obtido pelo aquecimento dos seus minérios, para separação de
impurezas, e depois, aquecimento em fornos especiais onde o metal sublima e é
recolhido. É extraído de minérios como blenda e calamina, conforme Figura 13.
Seus maiores produtores são o México, Austrália, Suécia e Bélgica.
167
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
FIGURA 13 – BLENDA
4 METALURGIA
A metalurgia é a extração do metal puro do minério. Pode ser feito por
alguns processos, tais como (BAUER, 1994):
• Redução: feito com carbono ou óxido de carbono em fornos com altas tempera-
turas. Resulta no metal puro ou quase puro, no estado de fusão.
• Precipitação química: utiliza reações simples, das quais resultem o metal puro.
• Eletrolítico: o processo eletrolítico é utilizado para extração ou purificação dos
metais obtidos pelos processos anteriores. Só é possível em minérios que pos-
sam ser dissolvidos em água.
E
IMPORTANT
Metalurgia é a arte e a ciência dos metais e ligas metálicas. Estuda suas pro-
priedades e as mudanças sofridas pelos tratamentos ou pelas substâncias com que se mis-
turam, sejam elas impurezas ou corpos introduzidos propositalmente.
168
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
5 SIDERURGIA
O ferro é o material mais utilizado na construção civil. A metalurgia do
ferro chama-se siderurgia, portanto, produtos siderúrgicos são os materiais pro-
duzidos a partir do ferro e suas ligas (BAUER, 1994).
169
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
DICAS
De acordo com Petrucci (1995), os aços podem ser definidos como todo
produto siderúrgico obtido por via líquida com teor de carbono inferior a 2%.
Os aços são classificados de acordo com seu teor de carbono, da seguinte forma:
• Carvão – podendo ser carvão vegetal ou carvão mineral (hulha), ele atua no in-
terior do alto-forno de três maneiras: como combustível na produção de calor
para a fusão do minério, como agente redutor do óxido e como fornecedor de
carbono para a liga. O carvão vegetal é utilizado diretamente no alto-forno, sem
tratamento adicional. O carvão mineral, antes de ser utilizado, passa pelo proces-
so de destilação onde algumas substâncias que o compõe serão separadas. Por
este processo, numa parte da usina siderúrgica, denominada coqueria, o carvão
mineral é aquecido em fornos a cerca de 1100 °C, onde os produtos voláteis são
separados para serem reaproveitados posteriormente. O resíduo sólido da desti-
lação da hulha é o coque metalúrgico que será então, aproveitado no alto-forno.
• Calcário – o carbonato de cálcio reage, devido a sua natureza básica, com as im-
purezas contidas no minério de ferro e no carvão, geralmente de natureza ácida,
separando-as e tornando o metal mais puro. Esse processo contribui com a for-
mação da escória, subproduto do alto-forno e diminui o ponto de fusão da liga.
• Ferroliga – liga metálica de ferro com outros elementos (Mg, Si, Mn, Ni). Prepa-
rada em outra indústria siderúrgica, constitui-se como matéria-prima pronta para
ser adicionada em uma fase mais adiantada da fabricação do aço, identificando um
tipo específico de aço em produção.
DICAS
• resistência à corrosão;
• pequenas densidades;
• propriedades elétricas e magnéticas;
• características especiais de resistência e ductilidade;
• fusibilidade (PETRUCCI, 1995).
172
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
O latão é uma liga de cobre e zinco. Tem cor amarelada, muito dúctil e
maleável à quente. Apresenta alta resistência à oxidação (BAUER, 1994).
Magnésio 1,74
Alumínio 2,70
Zinco 7,13
Ferro 7,87
Níquel 8,90
Cobre 8,96
Chumbo 11,34
Mercúrio 13,60
• Pontos de Fusão: os pontos de fusão de alguns metais são:
Chumbo 327 °C
Zinco 419 °C
Magnésio 650 °C
Alumínio 660 °C
Cobre 1083 °C
Níquel 1455 °C
Ferro 1539 °C
173
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
Cobre 1,00
Alumínio 0,52
Magnésio 0,40
Zinco 0,30
Ferro 0,18
Chumbo 0,09
Cobre 1,00
Alumínio 0,61
Magnésio 0,37
Zinco 0,28
Níquel 0,23
Ferro 0,18
Chumbo 0,08
174
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://cdn.escolaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2018/06/laje-macica.jpg>.
Acesso em: 8 maio 2020.
175
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
As barras de aço CA-25 e CA-50 são aços laminados a quente sem trata-
mentos após a laminação. As barras de aço CA-60 são obtidas pela trefilação ou
laminação a frio do aço CA-50.
DICAS
176
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
177
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
178
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
179
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://casaserralheiro.com.br/wp-content/uploads/2019/07/telha-galvalume-casa-do-
serralheiro.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
180
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
8.7 PREGOS
Os pregos podem ser de diversos tipos. Os mais comuns são: de carpintei-
ro, de marceneiro, de duas cabeças, de cabeça de chumbo, para telhas metálicas,
em espiral e em farpas, conforme Figura 22.
FIGURA 22 – PREGOS
8.8 PARAFUSOS
Também existe uma grande variedade de parafusos, conforme Figura 23.
Podem ser de aço ou galvanizados. Podem ser com porca ou de fenda, com cabe-
ça chata ou cabeça redonda.
FIGURA 23 – PARAFUSOS
9 PRODUTOS EM ALUMÍNIO
O alumínio é muito utilizado devido à possibilidade de elementos mais
esbeltos, sua versatilidade, durabilidade, a diminuição no consumo de materiais
e por ser um material ecologicamente correto. A seguir serão analisados alguns
dos principais produtos em alumínio utilizados na construção civil.
9.1 ESQUADRIAS
O alumínio é amplamente utilizado na fabricação de esquadrias, conforme
Figura 24. Este material é escolhido pois é resistente, tem um acabamento versátil e
181
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
182
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
9.3 COBERTURAS
As telhas de alumínio podem ser aplicadas em coberturas ou revestimen-
tos laterais, conforme Figura 26. Trazem leveza, durabilidade e sustentabilidade
para construções industriais, galpões e até residências.
183
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
184
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
DICAS
185
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
Conforme Bauer (1994), os fios e cabos podem ser de vários tipos, a seguir,
seguem os principais:
• Fios e cabos nus: não tem cobrimento. Utilizados em linhas aéreas de transmissão
de energia, circuitos aéreos de comunicação telefônica e telegráfica.
• Fios de contato: não tem cobrimento, podem ser redondos, ranhurados ou em
formato de 8. Utilizados como linha aérea para bondes e trens elétricos.
• Fios flexíveis: são fios compostos por um cordel flexível de cobre, envolvido por uma
espiral de seda ou algodão e isolado com uma camada de borracha vulcanizada.
• Fios e cabos RCT: são fios de cobre estanhado isolados por uma camada de bor-
racha vulcanizada e cobertos por uma ou duas tranças de algodão com massa iso-
lante à prova de tempo. São os fios Vulcon.
• Fios RCC: são os fios com capa de chumbo, com isolamento reforçado de borracha
vulcanizada. Para identificar o duplo ou triplo, a borracha tem cores diferentes.
• Cabor RF: são condutores de cobre torcidos entre si e cobertos com papel impreg-
nado. São envolvidos por uma capa de chumbo e uma de juta. Após são cobertos
por uma fita de ferro em espiral para dar resistência mecânica e por fim uma ca-
mada de juta alcatroada.
• Cabos RCTF: são condutores de cobre estanhado isolados com duas camadas de
borracha vulcanizada, fita isolante e trança de algodão impregnado.
• Cabos WP (water-proof): são condutores cobertos com duas tranças de algodão
impregnadas em massa preta à prova de umidade.
• Fios e cabos plásticos: são empregados em substituição aos fios anteriores, com o
isolamento feito com plásticos. Existe uma grande variedade deste tipo de fio.
• Fios com alma de aço: são fios ou cabos de aço, revestidos com cobre. Apresenta
grande resistência mecânica.
• Cabos concêntricos: condutor de cobre estanhado (alma) coberto por algum isola-
mento adequado, uma coroa de fios de cobre torcidos e um novo isolamento. Os
dois condutores, alma e coroa, formam um só cabo, causando curto-circuito se a
ligação não for feita nas extremidades.
• CA: cabos de alumínio.
• CAA: cabos de alumínio com alma de aço.
186
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
10 FERRAGENS
As ferragens mais utilizadas na construção civil são as ferragens para es-
quadrias e os metais sanitários, que são materiais de acabamento utilizados nas
etapas finais de uma obra. Na escolha dessas ferragens são considerados a segu-
rança, a intensidade de uso, a resistência à corrosão. Podem ser utilizados diversos
metais e ligas metálicas na sua fabricação, entre eles: o ferro, o latão e o aço. Neste
subtópico, abordaremos as principais ferragens utilizadas na construção civil.
Os fechos são utilizados para fechar painéis. Podem ser de girar, como os
ganchos, carrancas para prender tampos de janelas, fixadores de porta, borbole-
tas para janelas do tipo guilhotina; ou de correr, como as tranquetas de fio chato
ou redondo, os cremonas internos ou de embutir e o fecho paulista. Todos os fe-
chos podem ser movidos sem a utilização de um dispositivo especial. Exemplos
de fecho podem ser visualizados nas Figuras 30 e 31.
FONTE: <https://metalferco.vteximg.com.br/arquivos/ids/155903-285-285/FECHO-DATTI-300-
CR.jpg?v=636125697464430000>. Acesso em: 8 maio 2020.
187
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
188
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
As dobradiças são utilizadas para que uma peça se torne móvel ao redor
de um eixo. Podem ser de diversas formas, tais como: comum, pivô, holandesa,
invisível. Exemplos de dobradiças podem ser visualizados nas Figuras 34 e 35.
FONTE: <https://metalumferragens.com.br/wp-content/uploads/2017/11/3144-copy.jpg>.
Acesso em: 8 maio 2020.
189
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://www.atacadaodamadeira.com.br/wp-content/uploads/2016/08/
Puxadores-Kromus.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
190
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://www.breithaupt.com.br/media/catalog/product/cache/1/thumbnail/98x/9df78
eab33525d08d6e5fb8d27136e95/p/u/punhojanela.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
11 METAIS SANITÁRIOS
Os metais sanitários mais utilizados na construção civil são as válvulas,
torneiras e acessórios. Geralmente, são produzidos de latão, ou bronze e latão,
porém acima de uma polegada e meia são produzidos de aço com partes em la-
tão. As válvulas são colocadas no caminho da rede de água e esgoto para retirada
do fluído, podendo ser de três tipos:
191
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_10302/
valvulagaveta01_10-47-38.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
192
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://cdn.leroymerlin.com.br/products/torneira_para_tanque_e_jardim_parede_
cromado_9161c37_equation_89374621_c138_600x600.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
193
UNIDADE 3 | MATERIAIS POLIMÉRICOS E MATERIAIS METÁLICOS
FONTE: <https://d1h3hdbtrd2rkg.cloudfront.net/Custom/Content/Products/98/54/985401_
torneira-de-bica-alta-movel_m6_636999889536687555.jpg>. Acesso em: 8 maio 2020.
194
TÓPICO 2 | MATERIAIS METÁLICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
195
As anomalias em estruturas metálicas também são, na grande maioria,
resultantes de falhas de projetos, erros na fabricação e montagem das estruturas
causadas por negligência ou inexistência de controle de qualidade ou então da
falta de manutenção.
196
que esse sistema possui características próprias tanto na concepção quanto no
desenvolvimento. Esses erros podem ser evitados por meio do planejamento e
fiscalização.
197
RESUMO DO TÓPICO 2
CHAMADA
198
AUTOATIVIDADE
R.:
R:
a) ( ) Resistência à corrosão.
b) ( ) Altas densidades.
c) ( ) Propriedades elétricas e magnéticas.
d) ( ) Características especiais de resistência e ductilidade.
e) ( ) Fusibilidade (PETRUCCI, 1995).
R.:
199
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.821. Esquadrias
para edificações Parte 2: Esquadrias externas – Requisitos e classificação. São Pau-
lo, 2017.
200
HAGEMANN, S. E. Materiais de construção básicos. Instituto Federal Sul-Rio-
-Grandense, Universidade Aberta do Brasil, 2011. Disponível em: https://bit.
ly/2BJiAsA. Acesso em: 31 mar. 2020.
PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de madeira. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
201