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Comandos Electricos

Elaborado por: Engº José Soma E Eng.º Mateus de Barros

Revisão técnica: Eng.º Anselmo C. de J.Azevedo

Departamento de Electrica e Mecatrônica-Cinfotec

1
1.0.1- Introdução ................................................................................................................... 6

1.0.2 Classificação das Máquinas Eléctricas. ......................................................................... 6

1-Motores Eléctricos ..................................................................................................................... 7

1.1- Motores Elétricos ............................................................................................................... 7

1.2- Os Tipos Mais Comuns De Motores Elétricos São: ............................................................ 7

1.2.1-Motores De Corrente Contínua ................................................................................... 7

1.2.2-Motores De Corrente Alternada .................................................................................. 7

1.2.3-Motor síncrono: ........................................................................................................... 7

1.2.4-Motor de indução: ....................................................................................................... 8

1.2.5- Actuadores Lineares .................................................................................................... 8

1.2.6- Actuadores Rotativos .................................................................................................. 8

1.2.7- Constituição das Maquinas Rotativas ........................................................................ 8

1.2.8- Sistemas de corrente alternada trifásica .................................................................... 9

1.2.9- Características Eléctricas Mecânicas dos Motores Trifásicos. ................................. 10

2-Sistema de Corrente Trifásico .................................................................................................. 30

2.1-Sistemas de corrente alternada trifásica .......................................................................... 30

2.2-Características eléctricas Mecânicas dos Motores Trifásicos .......................................... 31

2.2.1-Tensão de Funcionamento......................................................................................... 31

2.2.2-Ligação Estrela-Triângulo ........................................................................................... 31

2.2.3-Ligação Série-Paralela ................................................................................................ 31

2.2.4-Correntes no Motor Trifásico..................................................................................... 32

8-Regime de Serviço .................................................................................................................... 33

9- Motores de Indução Trifásicos ................................................................................................ 33

9.1.1-Motor Trifásico de Seis Terminais.............................................................................. 35

6-Motor trifásico de doze terminais ........................................................................................... 36

10- CHAVES MANUAIS ................................................................................................................. 37

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10.1.1-Chaves Reversoras Tripolar Manual ....................................................................... 37

10.1.2-Quanto ao emprego: ................................................................................................ 38

10.1.3-Quanto ao funcionamento: ..................................................................................... 38

10.1.4-Quanto a Ligação: .................................................................................................... 38

10.1.5-Quanto a especificação: ........................................................................................... 38

11-Sistemas De Arranque Para Motores Trifásicos – Esquemas ................................................ 39

11.1-Ligação do Motor trifásico .............................................................................................. 39

11.1.1-Representação esquemática multifilar: ................................................................... 39

12-Montagem e instalação de chave manual para arranque estrela - triângulo de motor


trifásico ........................................................................................................................................ 41

13-Normas Para a Instalação de Chave Estrela – Triângulo ........................................................ 42

14-Motor Trifásico De Duas Velocidades Com Dois Enrolamentos ............................................ 43

14.1-Motores Trifásico de Múltiplas Velocidades................................................................... 43

14.1.1-Motor de enrolamentos separados ......................................................................... 43

14.1.2-Motor Dahlander ..................................................................................................... 44

14.1.3-Motor trifásico de duas velocidades com um único enrolamento (DAHLANDER) .. 45

15- Chaves de comutação polar .................................................................................................. 45

15.1-Chaves de comutação polar manual para comando de motor trifásico de duas


velocidades.............................................................................................................................. 45

15.1.2-Chave de comutação polar manual com reversão para comando de motor trifásico
de duas velocidades ............................................................................................................ 46

16-Dispositivos de Protecção e Controle .................................................................................... 46

16.1-Apresentação .................................................................................................................. 46

16.2-FUSÍVEIS .......................................................................................................................... 47

16.3-DISJUNTOR MOTOR ........................................................................................................ 49

16.4-Relé térmico de Sobrecarga ............................................................................................ 50

16.5-Relé falta de Fase ............................................................................................................ 51

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16.6-Autotransformador de Arranque Trifásico ..................................................................... 52

16.7-Integral ............................................................................................................................ 52

16.8- Principais Elementos em Comandos Eléctricos ............................................................. 54

17-Botoneira Ou Botão De Comando ......................................................................................... 54

18- Relés ...................................................................................................................................... 55

19-Contactor ............................................................................................................................... 56

Um contactor nada mais é que uma chave liga e desliga, sendo que seu acionamento é
electromagnético ao invés de manual, ou seja, ocorre através de um electroímã. ................... 56

20-Temporizadores ..................................................................................................................... 58

20.1-Temporizador com retardo na energização (ao trabalho – ON-delay ............................ 58

20.1-Temporizador com retardo na desenergização (ao repouso – OFF-delay) .................... 59

20.2-Temporizador estrela-triângulo ...................................................................................... 59

20.3-Temporizador cíclico ....................................................................................................... 60

21-Relé de Tempo Com Retardo Na Ligação ............................................................................... 60

21.1-Relé de Tempo com Retardo no Desligamento .............................................................. 61

20.1.2-Contador De Impulsos Eléctricos ................................................................................. 61

22-SINALIZADORES ...................................................................................................................... 62

22.1-Indicador Visual............................................................................................................... 62

22.2-Indicador acústico ........................................................................................................... 63

23-Sensores ................................................................................................................................. 63

24-Transformador ....................................................................................................................... 64

24.1-Princípio de Funcionamento ........................................................................................... 64

25-Sistemas de Arranque ............................................................................................................ 67

25.1-Arranque Directo ............................................................................................................ 67

25.2-arranque Indirecto .......................................................................................................... 67

25.3-arranque compensador .................................................................................................. 68

25.4-arranque Série -Paralelo ................................................................................................. 69

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25.5-Arranque estrela-triângulo ............................................................................................. 70

26-Sistemas de Arranque para Motores Trifásicos – Esquemas ................................................. 70

26.1-Conceitos básicos em manobras de motores ................................................................. 70

26.2-Recomendações de tensão ............................................................................................. 73

26.2-Simbologia numérica e literal ......................................................................................... 73

27-ARRANQUES MANUAIS .......................................................................................................... 75

27.1-Arranque directo ............................................................................................................. 75

27.2-Laboratório: Arranque directo de Motores .................................................................... 75

27.3-Laboratório: Arranque directo de Motores com sinalização .......................................... 76

27.3- Laboratório: Arranque de Motores com inversão ......................................................... 77

27.4-Arranque estrela-triângulo ............................................................................................. 78

27.5-Arranque série - paralelo ................................................................................................ 79

27.6-Arranque compensado ................................................................................................... 80

27.7-Arranque de motores de múltiplas velocidades ............................................................. 81

28-Arranque Automático ............................................................................................................ 82

27.1-Arranque directo ............................................................................................................. 82

28.2-Arranque estrela-triângulo ............................................................................................. 83

28.3-Arranque série- paralelo ................................................................................................. 85

28.4 Arranque compensado .................................................................................................. 87

29-Características de Desempenho de Motores Eléctricos ........................................................ 90

29.1-Motor monofásico de fase auxiliar – desempenhos médios .......................................... 90

29.2- Limites dos Sistemas de Arranque ................................................................................. 91

30-Aulas práticas ......................................................................................................................... 92

5
1.0.1- Introdução
Maquinas eléctricas são maquinas destinadas a transformar a energia eléctrica em
energia mecânica e vice-versa.

Elas podem ser classificadas segundo a transformação da energia: geradora, motora ou


transformadora. As duas primeiras classificações são também chamadas de maquinas
eléctricas girantes ou rotativas, pela própria caracterisca da conversão electromecânica.

Possíveis operações de uma máquina elétrica rotativa.

OBS:Teoricamente, todo motor pode ser um gerador, visto que é apenas uma máquina
conversora de energia.

1.0.2 Classificação das Máquinas Eléctricas.

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Esta classificação e a mais conhecida e aceita, podendo as maquinas eléctricas também
serem, classificadas segundo o critério de rotação, grau de protecção, torque,
rendimento etc.

1-Motores Eléctricos

1.1- Motores Elétricos


Motor elétrico é a máquina destinada a transformar uma forma de energia em outra
(energia elétrica em energia mecânica).

O motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as


vantagens da utilização de energia eléctrica a baixo custo, facilidade de transporte,
limpeza e simplicidade de comando com sua construção simples, custo reduzido,
grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores
rendimentos.

1.2- Os Tipos Mais Comuns De Motores Elétricos São:

1.2.1-Motores De Corrente Contínua


São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente
contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua.
Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles
de grande flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que
estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação.

1.2.2-Motores De Corrente Alternada


São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em
corrente alternada. Os principais tipos são:

1.2.3-Motor síncrono:

Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes potências (devido ao
seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade
invariável.

1.2.3Motor Assíncrono.
Funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia ligeiramente com a
carga mecânica aplicada ao eixo.

O motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as


vantagens da utilização de energia eléctrica a baixo custo, facilidade de transporte,
limpeza e simplicidade de comando com sua construção simples, custo reduzido,

7
grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores
rendimentos.

1.2.4-Motor de indução:
Funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia ligeiramente com a
carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo
custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de
máquinas acionadas, encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a
velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de freqüência.

Assim podemos classificar esses actuadores em dois grandes grupos a saber:

 - Actuadores lineares

 - Actuadores rotativos

1.2.5- Actuadores Lineares


Dispositivos que operam em linha realizando trabalho com movimento de ida e volta

Exemplo: Cilindro pneumáticos e /ou hidráulicos.

1.2.6- Actuadores Rotativos


Dispositivo que desenvolvem trabalho através do movimento rotativo de um eixo.

1.2.7- Constituição das Maquinas Rotativas


A máquina rotativa tem partes fixas e partes móveis. A parte fixa (estática) chamamos
de ESTATOR e a parte móvel, girante ou rotativa chamamos de ROTOR. A figura a
seguir mostra as várias partes de um motor elétrico genérico, no caso um motor trifásico
de indução. O espaço entre o estator e o rotor é chamado de "entreferro“, em Inglês: air
gap, e tem papel fundamental no rendimento da máquina.

8
Fotografia de um motor de indução trifásico, em corte para mostrar suas partes
internas.

O rotor normalmente é montado sobre um eixo de aço que está apoiado sobre mancais
nas duas extremidades da carcaça. Este eixo normalmente recebe tratamento térmico
para evitar problemas de empenamento e fadiga. A carcaça é a estrutura que suporta
todo o conjunto e são geralmente de construção robusta em ferro fundido, aço ou
alumínio, dependendo da aplicação.

O estator possui três partes importantes: o núcleo magnético, o enrolamento, bobinas, e


o sistema de isolação. O propósito do núcleo é de "canalizar" o fluxo magnético através
das bobinas. Os enrolamentos conduzem correntes eléctricas que geram o fluxo
magnético necessário para a conversão da energia, seja de elétrica para mecânica ou
vice-versa. E o sistema de isolação que previne possíveis curto-circuitos nas partes de
contacto.

1.2.8- Sistemas de corrente alternada trifásica


O sistema trifásico é formado pela associação de três sistemas monofásicos de tensões
U1, U2e U3 tais que a defasagem entre elas seja de 120, ou seja, os atrasos de U2 em
relação a U1, de U3 em relação a U2 e de U1 em relação a U3 sejam iguais a 120
(considerando um ciclo completo = 360) O sistema é equilibrado, isto é, as três
tensões têm o mesmo valor eficaz U1 = U2 = U3 como mostra a figura.

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1.2.9- Características Eléctricas Mecânicas dos Motores Trifásicos.

1.2.10- Corrente nominal (In)


A corrente nominal é lida na placa de identificação do motor, ou seja, aquela que o
motor absorve da rede quando funcionando à potência nominal, sob tensão e frequência
nominais. Quando houver mais de um valor na placa de identificação, cada um refere-se
a tensão ou a velocidade diferente.

1.2.11- Corrente de partida (Ip/In)


Os motores eléctricos solicitam da rede de alimentação, durante a partida, uma corrente
de valor elevado, da ordem de 6 a 10 vezes a corrente nominal. Este valor depende das
características construtivas do motor e não da carga accionada. A carga influencia
apenas no tempo durante o qual a corrente de accionamento circula no motor e na rede
de alimentação (tempo de aceleração do motor).

A corrente é representada na placa de identificação pela sigla Ip/In (corrente de partida /


corrente nominal).

Atenção: Não se deve confundir com a sigla IP, que significa grau de protecção.

Velocidade síncrona (ns)


É a velocidade do campo magnético girante formado internamente no motor. Através
dela pode-se saber o valor da rotação do motor. A equação que determina a r.p.m
(rotações por minuto) é:

10
Velocidade Assíncrona (n)

Velocidade Assíncrona (n)


Um pouco inferior à velocidade síncrona, a velocidade assíncrona é a rotação medida no
eixo do motor. Em síntese, é a verdadeira rotação do motor, se descontado as perdas;
daí o nome de motor assíncrono (em português assíncrono significa fora de
sincronismo, no caso entre a velocidade do campo magnético e a do eixo do motor). O
valor lido na placa dos motores, portanto valor nominal, é o valor da velocidade
assíncrona.

Escorregamento (s)

É a diferença entre a velocidade do campo magnético (velocidade síncrona) e a rotação


do motor, sendo também chamado de deslizamento.

O escorregamento de um motor normalmente varia em função da carga: quando a carga


for zero (motor em vazio) o escorregamento será praticamente nulo; quando for a
nominal, o escorregamento também será o nominal. O escorregamento pode ser dado
em rpm ou em %. Exemplo: motor de quatro pólos – 60 Hz - 1746 rpm.

O escorregamento é de 54 rpm ou 3% (ns = 1800 rpm). Na placa de identificação


geralmente é informada a rpm nominal (a plena carga) então o escorregamento do
motor, havendo necessidade de calculá-lo caso interesse.

TORQUE
Torque é a medida do esforço necessário para se girar um eixo. Frequentemente é
confundido com “força”, que é um dos componentes do torque. É o produto da distância
e da força, também conhecido por conjugado, momento, par e binário.

T = F x d Onde: T = Torque em mkgf

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F = Força em kgf.

d = distância em m

Quando se coloca uma carga a ser movimentada por um motor, a força que ele pode
fazer estará ligada directamente ao comprimento da alavanca a partir do centro do eixo.
Logo, não se pode determinar um valor fixo para a força de um motor.

Quando se especifica a força relacionando-a com o comprimento da alavanca, ou seja,


determina o torque deste motor, é possível saber qual a carga máxima que este poderá
accionar para cada alavanca construída.

Potência Eléctrica

Esta expressão é válida para circuitos formados por resistências. Em circuitos reativos,
como nos motores (reatância indutiva - XL), onde existe defasagem, esta deve ser
levada em conta, ficando a expressão assim:

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Potência Mecânica
A potência mede a rapidez com que a energia é aplicada ou consumida.

Para expressar a potência eléctrica em cv (cavalo-vapor) ou HP (Horse-Power), a


relação é:1cv = 736 W; 1 HP = 746 W.

Rendimento (η)
A energia eléctrica absorvida da rede por um motor eléctrico é transformada em energia
mecânica disponível no eixo. A potência activa fornecida pela rede não será cedida na
totalidade como sendo potência mecânica no eixo do motor. A potência cedida sofre
uma diminuição relativa as perdas que ocorrem no motor. O rendimento define a
eficiência desta transformação sendo expresso por um número ou em percentagem.

Factor de serviço
Factor de serviço é um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do
motor eléctrico, indica a carga que pode ser accionada continuamente sob tensão e
freqüência nominais e com limite de elevação de temperatura do enrolamento.

Os valores de rendimento (η), factor de potência (FP) e velocidade podem diferir dos
valores nominais, mas o conjugado, a corrente de rotor bloqueado e o conjugado
máximo (Cmáx) permanecem inalterados. A utilização do factor de serviço implica uma
vida útil inferior àquela do motor com carga nominal. O factor de serviço não deve ser
confundido com a capacidade de sobrecarga momentânea que o motor pode suportar.
para este caso, o valor é geralmente de até 60% da carga nominal durante 15 segundos..

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Dispositivo de Manobra e Protecção
Para o comando, regulação e proteção dos motores elétricos, empregam-se diferentes
dispositivos tais como: contactores, disjuntores, reguladores, relés (proteção, auxiliares),
electroímãs, sinalizadores, engates eletromagnéticos, alarmes, freios mecânicos, etc.,
interligados por condutores elétricos.

Os diagramas elétricos são desenhados, basicamente, desenergizados e mecanicamente


não acionados.

Simbologias:
Existem diferentes simbologias que são tratadas pelo universo dos comandos elétricos,
onde estas se diferenciam de acordo com a norma padronizada a que seguem:

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANSI – American National Standards Institut (EUA)

IEC – International Electrotechnical Comission (Europa)

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Sinalização e Comando
 Destina-se ao comando de circuitos auxiliares. Principalmente de chaves de
arranque.

BOTÕES DE COMANDO

è Unidades conjugadas ou acopláveis de acionamentos e 15


blocos de contatos.
BOTÕES DE COMANDO

SINALIZADORES

è Composto de lente frontal e bloco porta lâmpada.

Tipo de Botoneiras

PULSADORES EMERGÊNCIA SINALEIROS SELETORES KNOB

PULSADORES MANIPULADORES SELETORES

LUMINOSOS (Joystick) LUMINOSOS

SELETORES

COM CHAVE

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IDENTIFICAÇÃO DE BOTÕES SEGUNDO IEC 73 e VDE 0199

Cores Significado Aplicações Típicas

l Parar, l Parada de um ou mais


desligar. motores.
l Parada de unidades de uma
máquina.
l Emergência. ll Parada
Parada deemciclo
casode
deoperação.
emergência.
l Desligar em caso de sobreaquecimento
perigoso.
l Arranque de um ou mais
ou motores.
l Partir, ligar,
pulsar. l Partir unidades de uma
máquina.
l Operação por pulsos.
l Retrocesso.
Energizar circuitos de
l lcomando.Interromper condições
Intervençã
anormais.
o.
l Reset de relés térmicos.
ou l Qualquer l Comando de funções auxiliares que não tenham
função, correlação direta com o ciclo de operação da
exceto as acima. máquina.

IDENTIFICAÇÃO DE SINALEIROS SEGUNDO IEC 73 e VDE 0199

Cores Significado Aplicações Típicas

l Condições l Temperatura excede os limites de segurança


anormais, l Aviso de paralisação (ex.: sobrecarga)
perigo ou
alarme.
l Atenção, l O valor de uma grandeza aproxima-se de seu
cuidado. limite

l Condição de l Indicação de que a máquina está pronta para


serviço operar.
segura.

l Circuitos sob
tensão, l Máquina em
funcionamento movimento.
normal
l Informações l Sinalização de comando remoto.
especiais, l Sinalização de preparação da
exceto as acima máquina.

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Fusível

1 TIPO “NH”

2 TIPO “D”

Fusível "NH"

18
Fusível "D"

Relé de Sobrecarga

Definição

Dispositivo de proteção e eventual comando a distância, cuja operação é produzida pelo


movimento relativo de elementos mecânicos (termo-pares), sob a ação de determinados
valores de correntes de entrada.

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Nomenclatura de Contactos
Identificação de terminais de reles segundo A IEC 947-4

Fornecer informações a respeito:

É da função de cada terminal;

É da localização de cada terminal com relação a outros terminais;

É outras aplicações;

Terminais de Relés de sobrecarga:


É Devem ser identificados por números unitários e por um sistema alfanumérico.

1L 2T
1 1
3L 4T
RE 2 2 CAR
5L 6T
DE 3 3
GA

Onde:

1L1, 3L2 e 5L3 - Voltam-se para a rede (fonte);

2T1, 4T2 e 6T3 - Voltam-se para a carga.

20
Terminais dos Circuitos Auxiliares de relés
Devem ser marcados ou identificados nos diagramas, através de figura com dois
números, a saber:

A unidade representa a função do contacto;

A dezena representa a seqüência de numeração.

O número de seqüência deve ser o 9 e, se uma segunda seqüência existir, será


identificada com o zero.

95

96

97 98

Duplo contato
(1NA+1NF)

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Contactores
Chave de operação não manual, electromagnética, com uma única posição de repouso,
capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do
circuito.

Características de Aplicação
É Ligação rápida e segura do motor;

É Controle de alta corrente por meio de baixa corrente;

É Comando manual ou à distância;

É Possibilidade de construir chaves de partida;

É Proporciona proteção efetiva do operador;

É Garantia de desligamento do motor em caso de sobrecarga;

É Possibilidade de simplificação do sistema de operação e supervisão de instalação.

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Conceitos
É Circuito principal: Formado pelos contactos principais e os terminais. Possui a
função de conduzir a corrente de operação quando os contatos principais estiverem em
estado fechado.

É Circuito auxiliar: Aciona os dispositivos de manobra. É utilizado para fins de


comando, travamento e sinalização. Seus principais componentes são: a bobina e o
contacto auxiliar que é acionado mecanicamente pelo contactor.

Elementos Construtivos
É Contacto principal;

É Contacto auxiliar;

É Núcleo fixo;

É Núcleo móvel;

É Cabeçote móvel;

É Entreferro;

É Anel de curto-circuito (ca);

É Carcaça;

É Mola de contacto principal;

É Mola de contacto auxiliar;

É Mola de curso;

É Terminal de bobina;

É Bobina;

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É 01 - Carcaça inferior

É 02 - Núcleo fixo

É 03 - Anel de curto circuito

É 04 - Bobina

É 05 - Mola de curso

É 06 - Núcleo móvel

É 07 - Cabeçote móvel

É 08 - Contactos móveis principais

É 09 - Contactos móveis auxiliares

É 10 - Molas de contacto

É 11 - Contactos fixos principais

É 12 - Contactos fixos auxiliares

É 13 - Parafusos com arruelas

É 14 - Carcaça superior

É 15 – Capa

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Terminais das Bobinas e do Circuito Principal dos Contactores

É As bobinas são identificadas de forma alfanumérica com A1 e A2;

É O circuito principal devem ser identificados por números unitários e por um sistema
alfanumérico.

1L 2T
1 1
3L 4T
RE 2 2 CAR
DE 5L 6T GA
3 3

Onde:

1L1, 3L2 e 5L3 - Voltam-se para a rede (fonte);

2T1, 4T2 e 6T3 - Voltam-se para a carga.

25
Terminais dos Circuitos Auxiliares de contactores
Devem ser marcados ou identificados nos diagramas, através de figura com dois
números, a saber:

É A unidade representa a função do contato;

É A dezena representa a seqüência de numeração.

Número de seqüência (1º contacto) Número de função (NA)

13 14

Função (NF)
Seqüência (2º contacto)

21 22

Números de Função
É 1, 2 - contactos NF;

É 3, 4 - contactos NA.

_1 _3

_2 _4

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É Os traços antes dos números indicam a seqüência.

É 5, 6 são próprios de contactos NF retardados na abertura;

É 7, 8 são próprios de contactos NA adiantados no fechamento.

Números de Seqüência

É Terminais pertencentes a um mesmo elemento de contacto devem ser marcados


com o mesmo número de seqüência (por norma);

É Todos os contactos de mesma função devem ter número de seqüência diferentes.

13 21 31 43

14 22 32 44

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Critério de Escolha

CONTACTOR DE FORÇA
CATEGORIA

DE EMPREGO

(Ex. AC3/ AC4)

CORRENTE

(OU POTÊNCIA)

A ACIONAR

TENSÃO E FREQUÊNCIA DE QUANTIDADE DE

FREQUÊNCIA MANOBRAS CONTACTOS


DE AUXILIARES:

COMANDO (Ex. 1NA + 1NF / 2NA


+ 2NF)
(Ex. em CC / em
CA)

Categorias de corrente Alternada:

AC1=cargas resistivas (cosϕ ≥ 0,95);


AC2=motores de anel (Ip/In ≅ 2,5);
AC3=motores com rotor em curto (Ip/In ≅ 7,0);
AC4 = motores com acionamento intermitente (liga, desliga e freia constantemente);
AC14=circuitos de comando até 72 VA;
AC15 = circuitos de comando superiores à 72 VA;

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Categorias de corrente contínua:
DC1 = cargas resistivas;

DC2 = motores CC, de excitação paralela, funcionamento normal;

DC3 = motores CC, de excitação paralela, com frenagem,

DC4 = motores CC, de excitação série, funcionamento normal;

DC5 = motores CC, de excitação série, com frenagem,

DC13 = circuitos de comando DC.

Parâmetros dos motores eléctricos

Torque ou Conjugado
O torque, também chamados de momento ou binário, é a medida do esforço necessário
para girar um eixo qualquer. Por definição, torque é o produto da força aplicada, em
newtons,pela distância perpendicular entre o eixo de rotação e o ponto de aplicação
desta força. A figura ajuda a entender melhor esta definição.

Obs. desenho mostra que se aplicarmos uma força F tangencial à roda,


de raio r, teremos um torque desenvolvido sobre a roda em seu eixo axial.

O torque ζ é dado por:   F r


Onde: ζ = Torque, em N.m

F = Força tangencial, em newton

r = raio, em metros.

Exemplo: Um motor desenvolve um torque inicial de 350 Nm. Se a polia que está
engastada no seu eixo tem um diâmetro 1,5 m, calcule a força de frenagem necessária
para evitar a rotação do motor. 
  F r  F 
r
350
F  466,67
1,5
2 29
Exemplo.

Motores pneumáticos e hidráulicos.

Embora sejam de fundamental importância todos os tipos de motores citados


centralizaremos os nossos estudos nos motores eléctricos que são o objectivo principal
para desenvolvimento do conteúdo que estamos tratando.O motor eléctrico tem como
função de transformar a energia eléctrica em mecânica,por ter custo reduzido ,devido a
sua simplicidade de construção e grande versatilidade de adaptação as cargas dos mais
diversos tipos, é o mais usado de todos os tipos de motores. Exemplo ilustrativo de
motor Eléctricos.

Fig.1

2-Sistema de Corrente Trifásico

2.1-Sistemas de corrente alternada trifásica


O sistema trifásico é formado pela associação de três sistemas monofásicos de tensões
U1, U2e U3 tais que a defasagem entre elas seja de 120o, ou seja, os atrasos de U2 em
relação a U1, de U3 em relação a U2 e de U1 em relação a U3 sejam iguais a 120
(considerando um ciclo completo = 360). O sistema é equilibrado, isto é, as três
tensões têm o mesmo valor eficaz U1 = U2 = U3 como mostra a fig.3

30
Fig.2-sistema de corrente alternada

Ligando entre si os três sistemas monofásicos e eliminando os fios desnecessários,


teremos um sistema trifásico: três tensões U1, U2 e U3 equilibradas, defasadas entre si
de 120º e aplicadas entre os três fios do sistema. A ligação pode ser feita de suas
maneiras, representadas nos esquemas seguintes. Nestes esquemas, costuma-se
representar as tensões com setas inclinadas ou vetores girantes, mantendo entre si o
ângulo correspondente à defasagem (120º ).

2.2-Características eléctricas Mecânicas dos Motores Trifásicos


Um motor eléctrico é acompanhado de uma placa de identificação onde são informados
suas principais características. Outras precisam ser obtidas com o fabricante através de
catálogos ou consultas directas. Destacam-se nas características dos motores eléctricos
trifásicos:

2.2.1-Tensão de Funcionamento
A grande maioria dos motores eléctricos é fornecida com os terminais religáveis, de
modo que possam funcionar ao menos em dois tipos de tensões. No presente capítulo
descrevem-se os principais tipos de religações.

2.2.2-Ligação Estrela-Triângulo
Este tipo de ligação exige seis terminais do motor, e serve para quaisquer tensões
nominais duplas, desde que a segunda seja igual à primeira multiplicada por 3.

(Exemplos: 220/380 V - 380/660 V - 440/760 V)

Nota: Uma tensão acima de 600 V não é considerada baixa tensão; está na faixa de alta
tensão, onde as normas são outras. Nos exemplos 380/660 V e 440/760 V a tensão
maior declarada serve somente para indicar que o motor pode ser ligado em estrela-
triângulo, pois não existem linhas nesses valores.

Fig.3 – Bobinas e ligações de um motor trifásico de seis terminais

2.2.3-Ligação Série-Paralela
Este tipo de ligação exige nove terminais no motor, e é usado com tensões nominais
duplas, sendo a segunda o dobro da primeira.

Existem basicamente dois tipos de religações para estes motores: estrela / dupla-estrela
e triângulo / duplo-triângulo.

31
Fig.4 – Bobinas e ligações de um motor trifásico de nove terminais

Os motores de doze terminais não possuem ligações internas entre bobinas, o que
possibilita os quatro tipos de religação externamente no motor. As possíveis são 220,
380, 440 e 760V (*somente para arranque*).

Fig.5– Bobinas e ligações de um motor trifásico de doze terminais

2.2.4-Correntes no Motor Trifásico


O motor trifásico é um consumidor de carga eléctrica equilibrada. Isto significa que
todas as suas bobinas são iguais, ou seja, têm a mesma potência, são para mesma tensão
e, conseqüentemente, consomem a mesma corrente. Logo, as correntes medidas nas três
fases sempre terão o mesmo valor.

Internamente as correntes nas bobinas de um mesmo motor sempre serão iguais,


independentemente para qual tensão este for conectado. Já na rede (externamente, nos
terminais de alimentação) os valores serão diferentes para cada tensão.

Fig.6 – Comportamento da corrente nas ligações estrela e triângulo

32
8-Regime de Serviço
Cada tipo de máquina exige uma condição de carga diferente do motor. Um ventilador
ou uma bomba centrífuga, por exemplo, solicita carga contínua, enquanto uma prensa
puncionadora, um guindaste ou uma ponte rolante solicita carga alternada
(intermitente).

O regime de serviço define a regularidade da carga a que o motor é submetido, a


escolha do tipo do motor deve ser feita pelo fabricante da máquina a ser acionada,
comprando o motor mais adequado a seu caso. Quando os regimes padrões não se
enquadram exatamente com o perfil da máquina, deve escolher um motor para
condições no mínimo mais exigentes que a necessária. Os regimes padronizados estão
definidos a seguir:

- regime contínuo (S1)

- regime de tempo limitado (S2)

- regime intermitente periódico (S3)

- regime intermitente periódico com partidas (S4)

- regime intermitente periódico com frenagem eléctrica (S5);

- regime de funcionamento contínuo com carga intermitente (S6)

- regime de funcionamento contínuo com frenagem eléctrica (S7);

- regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na relação

carga/velocidade de rotação (S8);

- regimes especiais.

9- Motores de Indução Trifásicos


O motor de indução trifásico é composto fundamentalmente de duas partes: estator e
rotor.

Fig .8-motor de indução trifásica

33
Estator( 1 )- é a estrutura suporte do conjunto; de construção robusto em ferro fundido,
aço ou alumínio injectado, resistente à corrosão e com alertas.

Núcleo de chapas ( 2 ) - as chapas são de aço magnético, tratada termicamente para


reduzir ao mínimo as perdas no ferro.

Enrolamento trifásico (8)- três conjuntos iguais de bobinas, uma par cada fase,
formando um sistema trifásico ligado à rede trifásica de alimentação.

Rotor-Eixo (7)- transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. É tratado


termicamente para evitar problemas como empenamento e fadiga.

Núcleo de chapas ( 3 ) - as chapas possuem as mesmas característica das chapas do


estator.

Barras e anéis de curto-circuito ( 12 ) - são de alumínio injectado sob pressão numa


única peça.Outras partes do motor de indução trifásico:

- Tampa ( 4 )

-Ventilador ( 5 )

- Tampa deflectora ( 6 )

- Caixa de ligação ( 9 )

- Terminais ( 10 )

-Rolamentos ( 11 )

Os motores trifásicos funcionam somente quando são ligados a uma rede eléctrica que
possua os três fios com tensão igual a tensão a nominal do motor.Existem vários tipos
de motores trifásicos ,porem os mais comuns são os motores de indução com rotor em
curto circuito também conhecido como rotor “gaiola de esquilo”Motor de gaiola”, cujo
rotor é constituído de um conjunto de barras não isoladas e interligadas por anéis de
curto-circuito.O que caracteriza o motor de indução é que só o estator é ligado à rede de
alimentação. O rotor não é alimentado externamente e as correntes que circulam nele,
são induzidas electromagneticamente pelo estator, donde o seu nome de motor de
indução. Estes motores quando devidamente instalados,podem proporcionar por muito
tempo uma continuidade de funcionamento livre de problemas ,possuem grandes
vantagens, tais como:

- simplicidade de operação

- construção robusta

- fácil manutenção

34
- custo bastante pequeno.

Estas vantagens entre outras colaboram para a sua aplicação, pode-se dizer ainda que
existam muitas aplicações industriais que requerem destes motores diversificações
quanto a sua potencia, velocidade ou quanto a sua tensão de funcionamento. Para
realizar a instalação de qualquer tipo de motor deve-se observar atentamente a sua placa
de caracteristicas, onde estão gravados todos os diagramas de ligações e respectivas
tensões que poderão receber.

Na identificação feita através de letras, há uma correspondência com a identificação


feita por números, esta potência é seguinte:

Letras Números

U 1

V 2

W 3

X 4

Y 5

Z 6

Tabela-1

Vejamos a seguir os tipos de ligações de motores trifásicos em relação o seu número de


terminais.

9.1.1-Motor Trifásico de Seis Terminais


Os motores trifásicos de seis terminais são fabricados para o funcionamento em duas
tensões, normalmente 220/380V.

Podem ser ligados em triângulo para 220V ou em estrela para 380V, observe os
esquemas abaixo:

Fig.9 – Ligações estrela e triângulo de um motor 6 pontas

35
6-Motor trifásico de doze terminais
Os motores trifásicos de doze terminais são fabricados para o funcionamento em quatro
tensão, normalmente 220/380/440/760V.

Podem ser ligados em duplo triângulo (triângulo paralelo) para 220v, duplo
estrela(estrela paralela) para 380V,triângulo série para 440V,ou em estrela série para
760V,esta última ligação serve apenas para arranque de motores, uma vez que não é
normalizada a ligação  para esta tensão nominal.

Figuras fig.14,fig.15,fig 16,fig.17

Para instalar os motores trifásicos, necessita-se de matérias específicos para a sua


protecção e comando.

36
10- CHAVES MANUAIS
Para comandar um motor eléctrico, é necessário um dispositivo de manobra que o ligue
e/ou desligue quando se desejar.

Existem vários tipos de componentes para esse fim, cada um com sua empregabilidade,
vantagens e desvantagens. As chaves manuais são exemplos de dispositivos de
manobras para motores eléctricos, sendo talvez a maneira mais simples e econômica de
se fazer.

Fisicamente variam conforme sua aplicação e fabricante. O funcionamento eléctrico das


chaves manuais, ou seja, como são fechados seus contactos internos, dependerá da
aplicação da chave. Elas poderão ser específicas para determinada máquina ou
aplicáveis em situações gerais.

10.1.1-Chaves Reversoras Tripolar Manual


As chaves reversoras tripolar são bastante empregada para o comando de motor de
pequena e media potência, os contactos das chaves reversoras tripolares manuais
podem se apresentar a seco, para baixos valores de corrente ou imersos em óleo para
correntes elevadas.O óleo utilizado nestas chaves é do tipo mineral e tem por finalidade
aumentar a vida útil dos contactos da chave.

Para melhor fixar o aprendizado sobre chaves reversoras tripolares manuais iremos
classificá-las quanto a:

- emprego

- funcionamento

- ligação

- especificação

37
10.1.2-Quanto ao emprego:
As chaves reversoras tripolares manuais são dispositivos de comando utilizados para se
fazer a partida e inversão no sentido de rotação de motores trifásicos.

Normalmente estas chaves são utilizadas no comando de motores com potência de ate
5cv para circuitos da alimentação em 220/127V e ate 7,5 cv para circuitos de
alimentação em 380/220V.

10.1.3-Quanto ao funcionamento:
As chaves reversoras tripolares manuais possuem seis jogos de contactos que fecham e
abrem através do accionamento do manipulo, quando o manipulo é accionado, os
contactos devem ser fechado ou abertos simultaneamente ,estas chaves devem
apresentar uma boa pressão de contacto para impedir a danificação ou soldagem dos
mesmos .os contactos estão inseridos no corpo da chave,que geralmente é fabricado em
baquelita ou resina fenólica .

Estes contactos ser podem ser do tipo de pressão ou do tipo de deslizante

10.1.4-Quanto a Ligação:
As chaves reversoras tripolares manuais possuem seis bornes de conexão de condutores,
onde três deles serão os bornes para a entrada dos condutores de fases e outros três de
conexão dos condutores provenientes do motor.

Normalmente os bornes destinados á ligação dos condutores fases são identificados pela
cor vermelha.

10.1.5-Quanto a especificação:
As chaves reversoras tripolares manuais são especificados de acordo com a intensidade
de corrente a ser interrompida e a tensão nominal da rede.

Estas chaves são fabricadas para tensão ate 500V e intensidade de corrente ate 60A.

38
11-Sistemas De Arranque Para Motores Trifásicos – Esquemas
Basicamente existem duas maneiras para dar arranque em um motor eléctrico trifásico:
ligação directa a plena tensão ou ligação indirecta com tensão reduzida. Para isso, há
necessidade de um circuito eléctrico para fazer o accionamento. O circuito é de
accionamento manual ou automático. A seguir, apresenta-se uma série de diagramas
básicos que mostram como funciona cada tipo de circuito. Para a utilização em alguma
máquina, muito provavelmente será necessário fazer algumas alterações nos circuitos de
comando quando se tratar de instalações automáticas.

11.1-Ligação do Motor trifásico

11.1.1-Representação esquemática multifilar:


Como você deve estar lembrando a representação esquemática multifilar é aquela que
nos fornece todos os detalhes de ligação e funcionamento, no entanto antes de
construirmos este tipo de representação esquemática é preciso que se conheça a
simbologia de todos os elementos que serão utilizados .

Apresentamos a seguir um quadro em instalações de motores trifásicos comandados por


chaves reversora tripolar manual.

Fig .18

Veja a seguir o esquema multifilar de um motor trifásico comando por chave reversora
tripolar manual.

39
Fig. 19

Desta forma o esquema unifilar de motor trifasico comando por chave revesora manual
fica representado.

Fig. 20

40
12-Montagem e instalação de chave manual para arranque estrela -
triângulo de motor trifásico
Nos parques industriais, pelo porte do maquinário é necessário o emprego de motores
eléctricos de grande porte e media potência, estes motores absorvem no arranque grande
valores de corrente (de quatro a dez vezes a corrente nominal do motor), ocasionado
grande transtorno na instalação da própria indústria e na rede da fornecedora.

Para evitar estes problemas são prescritas normas para o uso de artifício de Arranque,
sistemas de arranque com tensão reduzida são artifícios largamente empregados para se
realizar o arranque de motores trifásicos de rotor em curto-circuito com potência acima
da 5cv,coma finalidade de reduzir a corrente de arranque.

Os tipos de artifícios para arranque de motores trifásicos com rotor em curto-circuito,


mais comumente empregado são:

 Chave estrela - triângulo

 Chave série - paralelo

 Chave compensadora

Mesmo que estes sejam os mais empregados estudaremos apenas o funcionamento e


características do sistema de arranque com chave estrela - triangulo.

Este é o sistema de partida com tensão reduzida no qual o motor parte com seus
enrolamentos conectados em estrela ate atingir uma velocidade próxima da velocidade
nominal, sendo então seus enrolamentos em conectados em triângulo.

A conexão dos enrolamentos em estrela bem como a passagem em triângulo é feita


através das chaves estrela - triângulo.

O emprego da chave estrela - triângulo reduz em cerca de 1/3 a corrente de arranque


em relação a corrente de arranque de motores ligados direitamente a rede, porem no
emprego deste sistema de partida deve-se ter muito cuidado com o tipo de carga que se
irá movimentar ,porque o seu conjugado de arranque também será reduzido em 1/3 do
conjugado a plena tensão .Conclui-se portanto que este sistema é muito empregado e
com êxito para motores até uma determinada potência, nos casos em que estes não
partam a plena carga ou ,ainda em caso de motores que apresentem um elevado
conjugado de arranque com corrente baixar, como o de dupla gaiola.

41
13-Normas Para a Instalação de Chave Estrela – Triângulo
Existem prescrições estabelecidas pelas concessionárias de energia eléctrica de cada
estado brasileiro relativa a arranque de motores trifásicos conectado a rede de
distribuição secundária.

As normas prescritas pelas concessionárias dos estados Brasileiros em geral estipulam


uma faixa de potencia para o emprego da chave estrela - triangulo de 5cv ate 15cv para
consumidores superidos na tensão 220/127V.

Existem características importantes sobre a chave estrela - triângulo que você precisa
saber para melhor desempenhar a tarefa a que esta se propondo, a chave estrela -
triângulo só pode ser empregada no arranque de motores trifásicos de indução que
possuam no mínimo seis terminais disponíveis. A tensão do motor quando ligado em
triângulo deve coincidir com a tensão da rede de alimentação.

A chave estrela - triângulo é especificada em função da intensidade da corrente que


deve comandar a tensão nominal da rede, este tipo de chave é fabricado para correntes
de 15 a 60A, e para tensão ate 500V, podendo apresentar funcionamento a seco ou
imenso em óleo mineral.A chave estrela - triângulo apresenta bornes na extremidade de
cada elemento de contactos, permitindo assim a conexão tanto dos seis condutores
provenientes do motor quanto das três fases da alimentação, estes condutores devem ser
dispostos de tal maneira que quando o manipulo da chave for colocado na posição
estrela, tenha-se os enrolamentos conectados em estrela e energizados ,quando colocada
na posição triângulo devemos ter os enrolamentos conectados em triângulo e
enegizados. A chave estrela-triângulo possui nove contactos moveis sendo que seis são
os contactos superiores da chave e três os contactos inferiores, que permanecem abertos
enquanto o manipulo estiver posicionado em “0”.Quando posicionarmos o manipulo da
chave na posição “Y” fecham-se três contactos do lado inferior, conectado entre si
,através de uma ponte os fios 4,5 e 6 dos enrolamentos,também fecham-se os três
contactos superiores a direita da chave, fechando com que sejam energizados pelas três
fase (R.S.T), os fios 1,2,e 3 dos enrolamentos do motor.

Quando o motor atingir aproximadamente 90% de sua velocidade nominal posiciona-se


o manipulo para a posição triângulo, nesta posição abrem-se os três contactos inferiores
e fecham-se simultaneamente os três contactos superiores à esquerda fazendo com que o
enrolamento do motor seja conectado em triângulo e energizado.

A representação esquemática de um comando manual estrela-triângulo tem como


objectivo mostrar a forma de representar o funcionamento da chave estrela–triângulo
bem como as características do circuito do qual ela faz parte.

42
14-Motor Trifásico De Duas Velocidades Com Dois Enrolamentos
Cada enrolamento tem três terminais podendo concluir que internamente esta ligada, em
estrela ou em triângulo.

Num mesmo motor podemos ter os dois enrolamentos ligados inteiramente em estrela
ou um ligado em estrela e o outro em triângulo ou mesmo os dois em triângulo, em
geral os enrolamentos se apresentam com ligação interna em estrela.

No entanto quanto a ligação interna for triângulo temos que ter um cuidado especial
para abrir o seu circuito no momento em que o outro enrolamento for alimentado ,este
procedimento é realizado para evitar a circulação de correntes induzidas.

14.1-Motores Trifásico de Múltiplas Velocidades


Este tipo de motor proporciona velocidades diferentes em um mesmo eixo. Na grande
maioria, são para apenas um valor de tensão, pois as religações disponíveis geralmente
permitem apenas a troca das velocidades. A potência e a corrente para cada rotação são
diferentes. Existem basicamente dois tipos: motor de enrolamentos separados e motor
tipo Dahlander.

14.1.1-Motor de enrolamentos separados


Baseado em que a rotação de um motor elétrico (rotor gaiola) depende do número de
pólos magnéticos formados internamente em seu estator, este tipo de motor possui na
mesma carcaça dois enrolamentos independentes e bobinados com números de pólos
diferentes. Ao alimentar um ou outro, se terá duas rotações, uma chamada baixa e outra,
alta.

43
As rotações dependerão dos dados construtivos do motor, não havendo relação
obrigatória entre baixa e alta velocidade.

Exemplos: 6/4 pólos (1200 /1800 rpm); 12/4 pólos (600/1800 rpm), etc.

Atenção: Ao alimentar uma das rotações, deve-se ter o cuidado de que a outra esteja
completamente desligada, isolada e com o circuito aberto, pelos seguinte motivos:

 Não há possibilidade de o motor girar em duas rotações simultaneamente;

 Nos terminais não conectados à rede haverá tensão induzida gerada pela bobina

 Que está conectada (neste sistema tem-se construído basicamente um


transformador trifásico);

 Caso circule corrente no enrolamento que não está sendo alimentado surgirá um

 Campo magnético que interferirá com o campo do enrolamento alimentado;

 Não é interessante que circule corrente no bobinado que não está sendo
utilizado, tanto por questões técnicas como econômicas (consumo de energia).

Essas são as razões pela quais os enrolamentos destes motores são fechados
internamente em estrela (Y).

14.1.2-Motor Dahlander
É um motor com enrolamento especial que pode receber dois fechamentos diferentes, de
forma a alterar a quantidade de pólos, proporcionando, assim, duas velocidades
distintas, mas sempre com relação 1:2. Exemplos: 4/2pólos (1800/3600rpm); 8/4
(900/1800rpm).

44
14.1.3-Motor trifásico de duas velocidades com um único enrolamento
(DAHLANDER)
Este tipo de motor ao contrário do anterior a presenta apenas um enrolamento montado
no estator, mas que mediante conveniente ligação interna obtêm duas polaridades
distintas e conseqüentemente duas velocidades.

No motor de duas velocidades com único enrolamento os valores de velocidades são


aproximadamente um o dobro do outro, assim se na baixa velocidade tivermos
1770rpm, na alta velocidade, teremos aproximadamente 3540rpm.

A tensão e a freqüência de alimentação deste tipo de motor deve ser a mesma tanto para
baixa como para alta velocidade, normalmente este tipo de motor em sua caixa de
ligação seis terminais e que são codificados por letras ou por números.

15- Chaves de comutação polar


As chave de comutação polar em seu aspecto físico são muito semelhantes aos tipos de
chaves estudadas ate agora, possuindo inclusive componentes que são comuns a todas
as chaves manuais para comando de motores trifásicos, para atender as exigências de
comando de motores trifásicos de múltiplas velocidades as chaves de comutação polar
manuais possuem conexões internas e uma programação de contactos moveis e fixos
compatíveis com a seqüências operacional a ser realizada ,proporcionando a seleção da
velocidade desejada,assim como o sentido de rotação.

Os motores trifásicos de múltiplas velocidades devem possuir um dispositivo de


comando adequado as necessidades de operação em suas distintas velocidades, os
dispositivos de comando utilizados para realizar as alterações de velocidades são chaves
de comutação polar.

15.1-Chaves de comutação polar manual para comando de motor trifásico de duas


velocidades
As chaves de comutação polar manuais para motores trifásicos podem ser de dois tipos,
conforme o número de enrolamentos do motor, podemos então ter uma chave de
comutação polar para motor trifásico de duas velocidades com dois enrolamentos
separados e chave para motor trifásico de duas velocidades com enrolamentos tipo
Dahlander.

45
Quando a chave de comutação polar for para o motor trifásico de duas velocidades com
dois enrolamentos separados, na verdade teremos duas chaves comuns liga-desliga,
agrupadas num mesmo dispositivo de accionamento (eixo de cames), que actuam
independentemente uma da outra, conforme o accionamento, ocorrendo então a
velocidade baixa ou alta.

Quando o motor de duas velocidades tiver apenas um enrolamento (Dahlande),a


programação dos contactos é diferente, pois na posição 1(primeira velocidade)deve
alimentar três terminais do enrolamento e quando na posição 2(segunda velocidade)
deve alimentar os outros três terminais ,desconectado a alimentação dos anteriores e
colocando-os em ponte.

Como o enrolamento é único neste motor trifásico a sua ligação interna é feita em
triângulo.

Devido as suas características de funcionamento quando rm baixa velocidade o bolinado


fica alimentado pelos terminais 1,2 e 3,ficando 4,5 e 6 abertos,mantendo a ligação
interna primitiva().

Observe que os terminais intermediários estão desconectados da rede e separados, para


a alta rotação são conectados em estrela os terminais 1,2 e 3, sendo que a alimentação
do motor é realizada através dos terminais 4,5 e 6 .

Nesta situação o enrolamento passa a ser conectado internamente em duplo-estrela.

15.1.2-Chave de comutação polar manual com reversão para comando de motor


trifásico de duas velocidades
Nos motores de duas velocidades em algumas situações de ordem operacional se faz
necessário ainda a inversão da rotação, para possibilitar esta manobra são utilizadas
chaves de comando que alem da fazerem a comutação polar também fazem a inversão
dos sentidos de rotação nas duas velocidades, esse tipo de chave apresenta em sua
estrutura jogos de contactos em dobro, em relação as chaves de comutação polar
simples sem inversão para comando de motor de duas velocidades.

Poderíamos dizer que temos duas chaves de comutação polar em um único corpo, a
propagação dos contactos é feita de modo que se accionarmos o manipulo para um lado
termos as duas velocidades mais com sentido de rotação inverso ao anterior

16-Dispositivos de Protecção e Controle

16.1-Apresentação
Os circuitos de accionamentos eléctricos industriais são compostos de vários
dispositivos com funções definidas para protecção, controle, sinalização, conexão
,temporalização e comutação ,etc. Os dispositivos são dimensionados de acordo com as

46
características eléctricas das cargas que irão accionar e também sofrem influência das
condições ambientais actuantes.

Seu bom desempenho depende ainda de uma série de factores como: prudência de
fabricação, tempo de uso e principalmente de sua correcta instalação.

O técnico deve estar seguro de ser eficiente ao fazer montagens de circuitos, reparos ou
substituição de dispositivos que compõem os circuitos para garantir a eficácia no
funcionamento dos mesmos. Sendo assim é necessário conhecer as principais
características destes dispositivos.

16.2-FUSÍVEIS
Fusível é um elemento de protecção que deve actuar em caso de curto-circuito.

Os fusíveis utilizados na protecção de circuitos com motores são do tipo retardado (tipo
g), isto porque a fusão do elo não ocorre instantaneamente após ser ultrapassada a
corrente nominal do fusível, podendo nem queimar, dependendo da duração e do valor
atingido. Isto é para que o elo não rompa com o pico de arranque dos motores.

Quando o valor de corrente ultrapassa em cerca de 10 vezes ou mais a capacidade


nominal do fusível, a actuação é praticamente instantânea.

Atenção: Nunca se deve substituir um fusível sob carga (corrente), pois o arco
eléctrico provocado pode machucar e causar sérios danos.

Os fusíveis utilizados na protecção de circuitos com motores são do tipo retardado (tipo

g), isto porque a fusão do elo não ocorre instantaneamente após ser ultrapassada a
corrente nominal do fusível, podendo nem queimar, dependendo da duração e do valor
atingido. Isto é para que o elo não rompa com o pico de arranque dos motores.

Quando o valor de corrente ultrapassa em cerca de 10 vezes ou mais a capacidade

nominal do fusível, a atuação é praticamente instantânea.

Atenção: Nunca se deve substituir um fusível sob carga (corrente), pois o arco

elétrico provocado pode machucar e causar sérios danos.

47
Na base, a conexão do fio fase deve ser no parafuso central, evitando que a parteroscada
fique energizada quando sem fusível.

Fonte: SIEMENS. Compilado para manobra e protecção.

Fusível NH

O fusível NH é usado nos mesmos casos do Diazed, porém é fabricado de 6 a 1.250A, o


conjunto é formado por fusível e base. A colocação e/ou retirada do fusível é feita com
o punho saca-fusível. Existe nele um sinalizador de estado (bom/queimado), porém não
em cores diferentes, como no Diazed.

Fonte: SIEMENS. Compilado para manobra e protecção.

Dimensionando um fusível

48
Para determinar o fusível de um circuito que terá um motor elétrico, deve-se conhecer a
corrente nominal (In) do motor, a corrente de arranque (Ip/In) e o tempo que o motor
leva para acelerar totalmente. Com base nisso consulta-se o gráfico tempo X corrente,
na figura a seguir, fornecida pelo fabricante de fusíveis.

16.3-DISJUNTOR MOTOR
O disjuntor motor é utilizado para conduzir ou interromper um circuito sob condições
normais, assim como interromper correntes sob condições a normais do circuito (curto-
circuito; sobrecarga e queda de tensão). Nesses disjuntores a corrente é ajustada no
valor exacto do motor. O accionamento destes componentes é manual, através de botões
ou alavanca.

Alguns dispositivos auxiliares podem ser acoplados a esses disjuntores para atender a
finalidades específicas. Exemplos:

- bloco de contactos auxiliares usado para sinalização (eléctrica ou sonora),

intertravamento etc.

- bobina de impulso, usada para desligamento a distância etc.

- bobina de subtensão, usada para desligamento a distância, protecção de quedas de


tensão etc.

49
16.4-Relé térmico de Sobrecarga
É um componente utilizado para proteger os motores eléctricos de sobrecargas.

Existem basicamente dois tipos: Bimetálico e Electrônico.

Os bimetálicos possuem três elementos pelos quais passa a corrente do motor. Quando é
excedido o limite de corrente, ocorre o curvamento dos elementos bimetálicos por efeito
Joule e isso faz com que seja accionado um contacto auxiliar que comuta de posição,
motivo pela Figura – Disjuntor motor

Os relés térmicos devem ser usados com contactores ou componentes de accionamento


semelhante.

Os relés térmicos electrônicos são instalados da mesma maneira que os bimetálicos,


porém através de TCs fazem a leitura da corrente, tendo estes valores monitorados por
um circuito electrônico. Se os limites forem ultrapassados o circuito comuta o contacto
auxiliar.

Cada relé térmico de sobrecarga é fabricado para uma faixa de corrente, sendo
necessária sua regulagem conforme a carga accionada. Os relés térmicos têm
características de ação retardada, suportando sem problemas os picos de corrente de
arranque dos motores eléctricos. Após actuarem, é necessário fazer o rearme do relé.

A maioria desses componentes possui sinalizador de armado/desarmado.

50
Figura 41 – Instalação do relé térmico de sobrecarga

Figura 42 – Relés térmicos de sobrecarga

16.5-Relé alta de Fase


Este relé é um componente electro-electrônico que monitora um circuito eléctrico
verificando a presença, ou não, das três fases. Desliga-o caso isso ocorra, evitando que a
máquina funcione com falta. Alguns modelos verificam também a presença do neutro,
sendo então chamados de relé falta de fase e neutro.

A ligação desses componentes exige um circuito apropriado com dispositivos de


controle à distância integrado (contactor, por exemplo), pois a actuação ocorre com a
modificação da posição de um contacto auxiliar, que então deve actuar em um circuito
de comando. Normalmente o contacto que deve ser conectado em série ao circuito é o
contacto NA (normalmente aberto), pois fecha assim que recebe os condutores
energizados da rede eléctrica.

51
16.6-Autotransformador de Arranque Trifásico
Usado no arranque indirecta do tipo compensado, este autotransformador é responsável
pela diminuição da tensão aplicada no motor no instante inicial. O valor da tensão de
saída desses autotransformadores é expresso em percentagem, normalmente nos valores
65 e 80%.

Os autotransformadores têm a seguinte identificação em seus terminais:

R, S, T → bornes de alimentação do autotransformador

65 ou 80% → bornes de saída 0 (zero) ou Y (estrela) → bornes que devem ser curto-
circuitados no momento de arranque, ou seja, deve-se ligar as bobinas em estrela.

No dimensionamento do autotransformador devem ser levados em conta: a tensão


nominal da rede, a potência nominal do motor, o número máximo de arranques por hora
(normalmente 10 para motores de baixa potência), o tempo aproximado de cada
arranque e os taps de saída necessários.

Os autotransformadores são providos de um micro-termostato, que deve ser conectado


ao circuito auxiliar para que impossibilite o uso do equipamento quando a temperatura
atingir valor elevado (em torno de 110°C).

Figura 49 – Autotransformador de arranque trifásico

16.7-Integral
Integral é um aparelho que une vários componentes de accionamento e protecção de
motores eléctricos em um único conjunto. O integral possui contactos de força
accionados electromagneticamente, protecção de curto circuito e protecção de
sobrecarga. Portanto, deve ser adquirido de acordo com o motor a ser accionado, ou
seja, com regulagens de protecção dentro da faixa exigida para o motor que será usado.

52
Figura 50 – Esquema de ligação do contactor-disjuntor integral sem inversão

Figura 51 – Contactor-disjuntor integral com e sem inversão

53
16.8- Principais Elementos em Comandos Eléctricos
Neste capítulo o objectivo é o de conhecer as ferramentas necessárias à montagem de
um painel eléctrico.

Assim como para trocar uma simples roda de carro, quando o pneu fura,necessita-se
conhecer as ferramentas próprias, em comandos eléctricos, para entender o
funcionamento de um circuito e posteriormente para desenhar o mesmo, necessita-se
conhecer os elementos apropriados. A diferença está no facto de que em grandes painéis
existem altas correntes eléctricas que podem levar o operador ou montador a riscos de
vida. Um comentário importante neste ponto é que por via de regra os circuitos de
manobra são divididos em “comando” e “potência”, possibilitando em primeiro lugar a
segurança do operador e em segundo a automação do circuito. Embora não pareça clara
esta divisão no presente momento, ela tornar-se-á comum à medida que o aluno
familiariza-se com a disciplina.

17-Botoneira Ou Botão De Comando


Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que vem a mente é o de uma
chave para ligá-lo. Só que no caso de comandos eléctricos a “chave” que liga os
motores é diferente de uma chave usual, destas que se tem em casa para ligar a luz por
exemplo. A diferença principal está no fato de que ao movimentar a “chave residencial”
ela vai para uma posição e permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo.
Na “chave industrial” ou botoeira há o retorno para a posição de repouso através de uma
mola, como pode ser observado na figura 2.1a. O entendimento deste conceito é
fundamental para compreender o porquê da existência de um selo no circuito de
comando.

A botoneira faz parte da classe de componentes denominada “elementos de sinais”.


Estes são dispositivos pilotos e nunca são aplicados no acionamento direto de
motores.O contato NA (Normalmente Aberto) pode ser utilizado como botão LIGA e o
NF (Normalmente Fechado) como botão DESLIGA. Esta é uma forma elementar de
intertravamento.

Note que o retorno é feito de forma automática através de mola. Existem botoeiras com
apenas um contato. Estas últimas podem ser do tipo NA ou NF.

54
Ao substituir o botão manual por um rolete, tem-se a chave fim de curso, muito
utilizada em circuitos pneumáticos e hidráulicos. Este é muito utilizado na
movimentação de cargas, acionado no esbarro de um caixote, engradado, ou qualquer
outra carga.

Outros tipos de elementos de sinais são os Termostatos, Pressostatos, as Chaves de Nível e as


chaves de fim de curso (que podem ser roletes).Todos estes elementos exercem uma acção de
controle discreta, ou seja, liga / desliga.Como por exemplo, se a pressão de um sistema atingir
um valor máximo, a ação do Pressostato será o de mover os contatos desligando o sistema. Caso
a pressão atinja novamente um valor mínimo actua-se re-ligando o mesmo.

18- Relés
Os relés são os elementos fundamentais de manobra de cargas eléctricas, pois permitem
a combinação de lógicas no comando, bem como a separação dos circuitos de potência e
comando.

Os mais simples constituem-se de uma carcaça com cinco terminais. Os terminais (1) e
(correspondem a bobina de excitação. O terminal (3) é o de entrada, e os terminais (4) e
correspondem aos contactos normalmente fechado (NF) e normalmente aberto (NA),
respectivamente.Uma característica importante dos relés, como pode ser observado na
figura 2.2a é que a tensão nos terminais (1) e (2) pode ser 5Vcc, 12Vcc ou 24Vcc,
enquanto simultaneamente os terminais (3), (4) e (5) podem trabalhar com 110Vca ou
220Vca, ou seja não há contacto físico entre os terminais de acionamento e os de
trabalho. Este conceito permitiu o surgimento de dois circuitos em um painel eléctrico:

 Circuito de comando:

Neste encontra-se a interface com o operador da máquina ou dispositvo e portanto


trabalha com baixas correntes (até 10 A) e/ou baixas tensões.

 Circuito de Potência:

É o circuito onde se encontram as cargas a serem acionadas, tais como motores


resistências de aquecimento, entre outras. Neste podem circular correntes elétricas da
ordem de 10 A ou mais, e atingir tensões de até 760V.

55
Em um painel de comando, as botoneiras, sinaleiras e controladores diversos ficam no
circuito de comando. Do conceito de relés pode-se derivar o conceito de contactores,
visto no próximo item.

19-Contactor

Um contactor nada mais é que uma chave liga e desliga, sendo que seu acionamento é
electromagnético ao invés de manual, ou seja, ocorre através de um electroímã.

Figura 7 – Contactor: esquema de funcionamento

Figura 8 – Modelos de contactores.

Figura 39 – Identificação padrão para contactos e bobina

Identificações utilizadas nos contactos auxiliares:

NC = normally closed (normalmente fechado)

NO = normally open (normalmente aberto)

1-2 = contato normalmente fechado

Embora o alto custo dos contactores, muitas são as vantagens de usá-los no lugar de

chaves manuais. Com eles é possível:

-comando à distância de grandes cargas através de pequenas correntes;

-velocidade de abertura e fechamento dos contactos elevada;

-automatização de circuitos;

56
Figura 9 – Accionamento com contactor

A tensão em que será energizada a bobina do contactor vem impressa junto à ela.

Existem, para accionamento em CA 60 Hz, desde 24 até 600 V; para accionamento em CC


desde 12 até 440 V. Estes limites podem variar conforme o fabricante e/ou modelo.

Um contactor poderá ter 2, 3 ou 4 contactos principais (embora o mais comum sejam

3), onde serão chamados de contactores bipolares, tripolares ou tetrapolares. Já a quantidade de


contatos auxiliares, bem como a condição NA – NF, varia muito.

Alguns modelos de contactores trazem inclusive a possibilidade de acrescentar-se através de


blocos aditivos frontais e/ou laterais, outros contactos auxiliares.

Os contactores podem ter somente um dos tipos de contactos (auxiliares ou principais) ou


ambos. Assim, classificam-se como contactores (ou ainda: de força, ou principal, ou bi, tri,
tetrapolar) aqueles que possuem os contactos principais (mesmo que tenham também contactos
auxiliares) e, contactores auxiliares aqueles

que aí sim, só possuem contatos auxiliares. Este último exercerá funções apenas no circuito de
comando da instalação, como por exemplo, aumentar o número de contatos auxiliares
disponíveis de um contactor tripolar (ligando-os em paralelo). Com função semelhante à dos
contactores auxiliares existem os relés de comando que mudam basicamente só na aparência
física.

Dependendo do tipo de carga que um contactor aciona, o desgaste de seus contatos será mais
rápido ou mais lento. Para que a vida útil de um contactor seja a maior

possível, os limites de corrente são determinados em função do tipo de carga que os contactos
acionarão, assim um único contactor poderá acionar diferentes potências dependendo do que for
a carga. Isto é chamado de categoria de emprego, e são divididas em 2 grupos:

57
20-Temporizadores
Os temporizadores possuem funcionamento semelhante a um contactor
auxiliar,diferenciando-se na comutação dos contatos que não ocorrem simultaneamente
a energização ou desenergização de sua bobina. O atraso (tempo) pode ser regulado de
acordo com a necessidade da instalação.

Os temporizadores mais usados são eletrônicos ou pneumáticos. Alguns modelos são


motorizados. Nem todos temporizadores necessitam de alimentação individual.

Alguns são usados como blocos aditivos e outros simplesmente ligados em série (como
se fosse um interruptor simples) com o componente a temporizar. Quanto ao
funcionamento os tipos mais comuns são:

20.1-Temporizador com retardo na energização (ao trabalho – ON-delay)

Energizando-se a bobina, os contactos levam um tempo predeterminado para mudar de


posição. Ao desligar, instantaneamente os contactos assumem a posição normal.

Figura10 – Temporizador ON-delay com contactos


separados

Figura11-Temporizador ON-delay com contactos


comutadores

58
20.1-Temporizador com retardo na desenergização (ao repouso – OFF-delay)
Energizando-se a bobina, os contactos instantaneamente mudam de posição.

Quando desenergizada, seus contatos demoram um tempo pré-ajustado para retornar à


posição normal.

Figura 12 – Temporizador OFF-delay

20.2-Temporizador estrela-triângulo
Construído especialmente para os sistemas de partida estrela-triângulo automáticos,
proporciona que haja maior segurança na comutação do motor da ligação de partida
para a de funcionamento, já que oferece defasagem nas trocas de ligações, garantindo,
assim, que o contactor triângulo só entre quando o contactor estrela estiver fora e o arco
elétrico, extinto.

Quando energizada sua bobina, o contato estrela instantaneamente é acionado (ligando o


contactor estrela). Decorrido o tempo de ajuste, o contato retorna à posição inicial e,
após alguns milissegundos (50 ms geralmente), aciona o contato triângulo (ligando
então o contactor triângulo). Permanece assim até que seja desenergizado.

Figura.13–Temporizador estrela-triângulo

59
20.3-Temporizador cíclico
Quando energizado, mantém-se abrindo e fechando seus contatos nos tempos ajustados
ininterruptamente até que seja desligado. Possui funcionamento semelhante a um pisca-
pisca.

Figura 14 – Temporizadores

21-Relé de Tempo Com Retardo Na Ligação


Este relé comuta seus contactos após um determinado tempo, regulável em escala
própria. O início da temporização ocorre quando energizamos os terminais de
alimentação do relé de tempo. A figura 15 mostra um exemplo que explicita o seu
funcionamento.

Figura 15:Relé com retardo na ligação

60
21.1-Relé de Tempo com Retardo no Desligamento
Este relé mantém os contactos comutados por um determinado tempo, regulável em
escala própria, após a desenergização dos terminais de alimentação o seu
funcionamento.

Figura 16 :Relé com retardo no desligamento

20.1.2-Contador De Impulsos Eléctricos


Este dispositivo realiza a contagem progressiva, mediante a ação de impulsos
eléctricos,na bobina contadora. Estes impulsos são provenientes de relés, contadores,
chaves, sensores eléctricos etc. A programação é realizada pelo usuário através de
chaves do tipo impulso localizadas no painel deste dispositivo. O accionamento dos
contactos do contactor ocorre quando o número de impulsos eléctricos na bobina
contadora for igual ao valor programado pelo usuário. A figura 17 ilustra o seu
funcionamento.

Figura 17 :Contador de impulsos eléctricos

61
22-SINALIZADORES
Os sinalizadores são usados quando há necessidade de indicar um estado da máquina ou
da instalação.

Existem os sinalizadores sonoros e os luminosos. Como sinalizador sonoro usa-se


geralmente sirene ou campainha (buzzer). Na sinalização luminosa são variados os tipos
de sinaleiros existentes; são usados nas portas de quadros de comando, na frente de
máquinas, na parte superior das máquinas etc. A cor do sinalizador pode indicar alguma
função específica.

Figura 35 – Sinalizadores

22.1-Indicador Visual
Os indicadores visuais fornecem sinais luminosos indicativos de estado, emergência,
falha etc. São os mais utilizados devido à simplicidade, eficiência (na indicação) e baixo
custo.

São fornecidos por lâmpadas ou LEDs, As cores indicadas na tabela da


figura 18 são recomendas.

Figura 18 :Símbolo
eléctrico e cores utilizadas em um indicador luminoso.

62
22.2-Indicador acústico
Os indicador acústico fornece sinais audíveis indicativos de estado, falha,
emergência etc. São as sirenes e buzinas eléctricas. Utilizados em locais de
difícil visualização (para indicadores luminosos) e quando deseja-se atingir
um grande número de pessoas em diferentes locais.

Figura 19 :Símbolo de indicador acústico.

22.3-Tabela - Simbologia em comandos eléctricos

23-Sensores
Sensores são componentes que realizam uma comutação eléctrica sem haver contacto
físico. Podem atuar pela aproximação de algum material, ou, ainda, pela variação de
alguma grandeza física, como temperatura e pressão.

São diversos os tipos de sensores, cada um com sua característica de accionamento.

Os sensores indutivos atuam pela aproximação de materiais metálicos; já os sensores


capacitivos atuam com a aproximação de qualquer tipo de material.

Existem também os sensores magnéticos, que fazem a comutação eléctrica mediante

a presença de um campo magnético externo, proveniente de um imã permanente ou

de um electroímã. Os sensores ópticos atuam quando ocorre a interrupção dos raios

63
de luz provenientes de um emissor para um receptor, devidamente alinhados.

Alguns sensores têm seu nome relacionado com a grandeza física que determina seu
accionamento, como, por exemplo, pressostato, termostato, fluxostato, vacuostatos,
tacostatos, etc.

A ligação de um sensor a um circuito divide-se basicamente em dois tipos: sensores


para ligação directa – devendo-se observar sua tensão e corrente máxima – e sensores
para ligação indirecta, devendo-se ligar com relés apropriados, onde estarão os
contactos para comutação.

Para os sensores de proximidade, a distância para accionamento varia conforme modelo


e fabricante. Em sensores que necessitam de alimentação deve-se observar se são para
AC ou DC.

Figura 18 – Sensores

24-Transformador

24.1-Princípio de Funcionamento
O transformador é um dispositivo que permite elevar ou abaixar os valores de tensão ou
corrente em um circuito de CA.

A grande maioria dos equipamentos eletrônicos emprega transformadores, seja como


elevador ou abaixador de tensões.

64
Quando uma bobina é conectada a uma fonte de CA surge um campo magnético
variável ao seu redor.

Aproximando-se outra bobina à primeira o campo magnético variável gerado na


primeira bobina “corta” as espiras da segunda bobina.

Como conseqüência da variação de campo magnético sobre suas espiras surge na


segunda bobina uma tensão induzida.

A bobina na qual se aplica a tensão CA é denominada de primário do transformador e a


bobina onde surge a tensão induzida é denominada de secundário do transformador.

É importante observar que as bobinas primárias e secundárias são electricamente


isoladas entre si. A transferência de energia de uma para a outra se dá exclusivamente
através das linhas de força magnéticas. A tensão induzida no secundário de um
transformador é proporcional ao número de linhas magnéticas que corta a bobina

65
secundária. Por esta razão, o primário e o secundário de um transformador são
montados sobre um núcleo de material ferromagnético.

O núcleo diminui a dispersão do

campo magnético, fazendo com que o secundário seja cortado pelo maior número de
linhas magnéticas possível, obtendo uma melhor transferência de energia entre primário
e secundário. As figuras abaixo ilustram o efeito provocado pela colocação do núcleo no
transformador. Com a inclusão do núcleo o aproveitamento do fluxo magnético gerado
no primário é maior. Entretanto, surge um inconveniente: o ferro maciço sofre grande
aquecimento com a passagem do fluxo magnético. Para diminuir este aquecimento
utiliza-se ferro silícios laminado para a construção do núcleo.

Com a laminação do ferro se reduzem as “correntes parasitas” responsáveis pelo


aquecimento do núcleo. A laminação não elimina o aquecimento, mas reduz
sensivelmente em relação ao ferro maciço. A figura abaixo mostra os símbolos
empregados para representar o transformador, segundo a norma ABNT.

Os traços
colocados no símbolo entre as bobinas do primário e secundário, indicam o núcleo de
ferro laminado. O núcleo de ferro é empregado em transformadores que funcionam em
baixas freqüências (50 Hz, 60 Hz, 120 Hz).

66
Transformadores que funcionam em freqüências mais altas (KHz) geralmente são
montados em núcleo de FERRITE. A figura abaixo mostra o símbolo de um
transformador com núcleo de ferrite.

25-Sistemas de Arranque
Ao ligar um motor eléctrico em uma rede, deve-se obrigatoriamente seguir algumas
recomendações da concessionária local e de normas técnicas, a fim de conseguir que
todo o conjunto funcione com o máximo rendimento. As maneiras de ligar um motor
são basicamente divididas em dois grupos: partida directa e arranque indirecta. Já as
formas de comandar os motores são variadas, e não existe um esquema
definido,somente padrões (normas) de instalação.

25.1-Arranque Directo
O arranquep directo consiste em energizar o motor com a tensão de funcionamento
desde o instante inicial. É o sistema mais simples, fácil e barato de instalar, sendo
também aquele que oferece o maior conjugado de partida do motor. Porém, neste
sistema, a corrente de arranque do motor é grande, fato que impossibilita sua aplicação
com motores de potência muito elevada.Existem limites de potência para cada tensão de
rede, conforme determinação da concessionária local, sendo na maioria dos casos de 5
cv nas redes de 220/127 V e de 7,5 cv nas redes de 380/220 V.

25.2-arranque Indirecto
A alta corrente de arranque solicitada por motores trifásicos pode causar queda de
tensão e sobrecarga na rede, aquecimento excessivo dos condutores e uma série de
outros fatores prejudiciais à instalação eléctrica. Isso piora à medida que aumenta a
potência dos motores. Nesses casos, deve-se ter a preocupação de reduzir a corrente de
partida do motor, aplicando-lhe uma tensão inferior à nominal no instante da partida.
Assim, a potência do motor fica reduzida e, conseqüentemente, sua corrente. Depois que
o motor atinge rotação nominal eleva-se sua tensão ao valor correto. Desta forma, não
haverá grande pico de corrente de arranque.

São sistemas mais caros e trabalhosos, além do inconveniente de o motor não poder
partir com plena carga, devido à redução do conjugado. As reduções de corrente,
potência e conjugado são proporcionais ao quadrado da redução da tensão, isto é:
reduzindo a tensão duas vezes reduz-se a corrente, a potência e o conjugado quatro

67
vezes. Esses sistemas só terão efeito se forem comutados corretamente, ou seja, somente
quando o motor atingir rotação nominal troca-se para a tensão plena. Caso contrário, o
segundo pico de corrente que ocorre no momento em que o motor passa a receber a
tensão nominal será muito alto, tornando o sistema sem função. Essa comutação pode
ser feita através de chave manual diretamente pelo operador – que deverá estar
orientado – ou automaticamente por um temporizador.

Fonte: WEG. Manual de motores eléctricos.

Figura 16 – Gráfico pico de corrente

25.3-arranque compensador
Aplicável em todos os motores trifásicos, desde que funcionem com a tensão da rede
eléctrica local, não interessando o tipo de ligação nem o número de terminais. A
redução da tensão é feita com um autotransformador de arranque trifásico, alimentado-
se o motor com um percentual da tensão da rede, até sua aceleração total. Após isso, o
transformador é retirado do circuito e o motor recebe tensão total.

Os valores mais usuais disponíveis na saída dos autógrafos são 50, 65 e 80%, no
arranque compensado, os valores da corrente na rede e no motor são diferentes, por
terem tensões diferentes. A maior corrente será no motor, por ter a menor tensão, já que
a potência de entrada é a mesma de saída (considerando um transformador ideal).

Figura 17 – Esquematização de uma arranque compensado

68
O arranque compensado – embora tenha as desvantagens do custo elevado, de ocupar
grande espaço físico e ter o número de arranque por hora limitado devido ao autotrafo –
é bem mais eficiente que os outros sistemas tradicionais e é indicado para máquinas que
necessitem partir com carga.

Figura 18 – Autotrafo trifásico

25.4-arranque Série -Paralelo


Sistema possível para motores de 9 e/ou 12 terminais. Divide-se em dois tipos: série -
paralelo triângulo, aplicável às redes de 220 V, e série- paralelo estrela, para redes de
380 V.

O arranque do motor é feita com as bobinas conectadas em série, fazendo com que a
tensão se divida entre elas. Depois que o motor atinge rotação nominal, faz-se a troca
das ligações para paralelo, recebendo, assim, cada bobina a tensão total. A corrente de
arranque fica reduzida em quatro vezes, e o mesmo acontece com o conjugado e a
potência. Assim, é extremamente recomendado fazer a partida a vazio e somente em
máquinas com baixo conjugado resistente de arranque.

69
25.5-Arranque estrela-triângulo
Esse sistema é usado nos motores para duas tensões com relação Y-∆ e no mínimo seis
terminais, devendo obrigatoriamente a menor delas coincidir com a tensão da rede. O
que se faz é uma ligação “errada” (de forma proposital e controlada), onde se conecta o
motor para a maior tensão (Y) no momento do arranque, aplicando-lhe a menor tensão
(rede - ∆). Depois de embalar por completo, trocam-se as ligações para que fiquem
correctas.

Figura– Esquematização de um arranque estrela-triângulo para uma rede 220 V

Um arranque estrela-triângulo oferece redução de três vezes do pico de corrente. Em


igual proporção ocorre a redução do conjugado do motor, facto que indica um arranque
sem carga.O sistema não é recomendado em máquinas que exigem grande torque
inicial.

26-Sistemas de Arranque para Motores Trifásicos – Esquemas


Basicamente existem duas maneiras para dar arranque em um motor eléctrico trifásico:
ligação directa a plena tensão ou ligação indirecta com tensão reduzida. Para isso, há
necessidade de um circuito eléctrico para fazer o accionamento. O circuito é de
accionamento manual ou automático.A seguir, apresenta-se uma série de diagramas
básicos que mostram como funciona cada tipo de circuito.Para a utilização em alguma
máquina, muito provavelmente será necessário fazer algumas alterações nos circuitos de
comando quando se tratar de instalações automáticas.

26.1-Conceitos básicos em manobras de motores


Para ler e compreender a representação gráfica de um circuito eléctrico, é
imprescindível conhecer os componentes básicos dos comandos e também sua
finalidade. Alguns destes elementos são descritos a seguir.

70
71
72
26.2-Recomendações de tensão
Certas normas, como por exemplo a VDE, recomendam que os circuitos de comando
sejam alimentados com tensão máxima de 220 V, admitindo-se excepcionalmente 500
V no caso de accionamento de motor. Neste último recomenda-se a existência de apenas
1 contactor.

26.2-Simbologia numérica e literal


Assim como cada elemento em um comando tem o seu símbolo gráfico específico,
também a numeração dos contactos e denominação literal dos mesmos tem um padrão
que deve ser seguido. Neste capítulo serão apresentados alguns detalhes, para maiores
informações deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.

A numeração dos contactos que representam terminais de força é feita da seguinte


maneira:

• 1, 3 e 5 -Circuito de entrada (linha)

• 2, 4 e 6 - Circuito de saída (terminal)

Já a numeração dos contactos auxiliares segue o seguinte padrão:

• 1 e 2 -Contacto normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída

• 3 e 4 - Contacto normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída

Nos relés e contactores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina.

Os contactos auxiliares de um contactor seguem um tipo especial de numeração pois o

número é composto por dois dígitos, sendo:

• Primeiro dígito: indica o número do contacto

73
• Segundo dígito: indica se o contacto é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4)

Exemplo 1: Numeração de um contactor de potência com dois contactos auxiliares 1 NF


e 1NA.

Figura 8.1 – Numeração de contos de um contactor de potência

Exemplo 2: Numeração de um contactor de auxiliar com 4 contactos NA e 2 contactos


NF

Figura 8.3 – Numeração de contactores auxiliaresCom relação a simbologia literal,


alguns exemplos são apresentados na tabela 8.1 a seguir.

Tabela 8.1 – Símbolos literais segundo NBR 5280

74
27-ARRANQUES MANUAIS

27.1-Arranque directo

27.2-Laboratório: Arranque directo de Motores


Objetivo: A primeira combinação entre os elementos de comando estudados é o
arranque directo de um motor, mostrada na figura 3.1 abaixo. O objectivo é o de montar
este arranque no laboratório, observando as dificuldades e a lógica de funcionamento,
bem como apresentar o conceito de selo.

Componente
s: 1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 1 relé térmico (F2), 1 Contactor
(K1), 1 botoeira NF (S0), 01 botoneira NA (S1), 1 Motor trifásico (M1).

75
27.3-Laboratório: Arranque directo de Motores com sinalização
Objectivo: Neste laboratório o objectivo é o de consolidar os conceitos introduzindo os
elementos de sinalização no comando.

Componentes: 1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 1 relé térmico (F2), 1
Contactor (K1), 1 botoneira NF (S0), 1 botoneira NA (S1), 1 Motor trifásico (M1), 1
lâmpada verde (H1), 1 lâmpada amarela (H2), 1 lâmpada vermelha (H3).

76
27.3- Laboratório: Arranque de Motores com inversão
Objectivo: Accionar, de forma automática, um motor com inversão do sentido de
rotação, mostrando algumas similaridades com o arranque directo. Introduzir o conceito
de“intertravamento”.

Componentes: 1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 1 relé térmico (F2), 2
contactores (K1 eK2), 1 botoneira NF (S0), 2 botoneiras NA (S1 e S2), 1 Motor
trifásico (M1).

77
27.4-Arranque estrela-triângulo

78
27.5-Arranque série - paralelo

Observações:– na partida estrela, quando usado motor 12 pontas, fecham-se em curto os


terminais 10, 11e 12;– no arranque triângulo, se usado motor 9 pontas triângulo, basta
desprezar os terminais 10,11 e 12 (ver 3.1.2 Ligação série - paralelo).

79
27.6-Arranque compensado

Figura 66 – Diagrama eléctrico da lógica de funcionamento

Observações:

 a alimentação deve ser feita nos terminais R, S e T, e o motor conectado aos

terminais T1, T2 e T3;

 devem ser observados a potência do motor e o número máximo de partidas por

hora indicado para a chave, a fim de não superaquecer o transformador, o que pode
provocar sua queima;

 o tap de saída pode ser trocado para a posição desejada;

 a chave deve permanecer na posição de arranque até que o motor atinja sua
velocidade nominal, após isso, deve ser trocada para a posição marcha
(rapidamente);– algumas chaves têm seus componentes (contactos e/ou
transformador) imersos em óleo isolante para refrigeração e/ou eliminação do
arco eléctrico;

 o relé térmico de sobrecarga deve ser ajustado para a In do motor. Atenção para
os casos onde se emprega o relé térmico ligado a TCs, pois a relação de

transformação deve ser considerada.

80
27.7-Arranque de motores de múltiplas velocidades

81
28-Arranque Automático

27.1-Arranque directo
Circuito de força: arranque directo sem inversão

Circuitos de comando: 01 – um botão liga e outro desliga;

02 – dois botões ligam e dois desligam;

03 – comandos com sinalização ligada, desligada e relé térmico de sobrecarga


desarmado.

Circuito de força: arranque directo com inversão

Circuitos de comando: 01 – inversão simples

02 – inversões instantâneas

82
28.2-Arranque estrela-triângulo
Circuito de força: arranque estrela-triângulo sem inversão

Circuitos de comando: 01 – circuito com temporizador ON-delay e sinalização


arranque/funcionamento;

02 – circuitos com temporizador Y∆ e sinalização arranque/funcionamento;

83
Observação:

No dimensionamento dos fusíveis, o valor encontrado não deve ser inferior à corrente
nominal do motor (ver 6.20.3 Dimensionando um fusível).

Circuito de força: arranque estrela-triângulo com inversão Circuitos de comando:01 –


circuito com inversão simples e sinalização arranque/funcionamento.

27.2.1 Arranque estrela - triângulo com inversão de marcha

84
Observação: * No dimensionamento dos fusíveis, o valor encontrado não deve ser
inferior à corrente nominal do motor (ver 6.20.3 Dimensionando um fusível).

28.3-Arranque série- paralelo


Circuito de força: arranque série -paralelo estrela sem inversão

Circuito de comando: 01 – circuito com temporizador ON-delay

85
Observações:

O esquema de força refere-se a motores 12 pontas (4 tensões – 220, 380, 440 e 760 V).
Para motores 9 terminais estrela (ver 3.1.2 Ligação série- paralelo ), basta desprezar os
números determinais 10, 11 e 12 no esquema. ** No dimensionamento dos fusíveis, o
valor encontrado não deve ser inferior à corrente nominal do motor (ver 6.20.3
Dimensionando um fusível).

Circuito de força: arranque série - paralelo estrela com inversão

Circuito de comando: 01 – circuito com reversão simples.

86
28.4 Arranque compensado
Circuito de força: arranque compensado sem inversão

Circuito de comando: 01 – circuito com temporizador ON-delay e sinalização de


arranque/funcionamento:

Observações:

* No dimensionamento dos fusíveis, o valor encontrado não deve ser inferior a corrente
nominal do motor (ver 6.20.3 Dimensionando um fusível).

** Os valores dos componentes são para um autotransformador com taps de 65 e 80%


(para outros valores, ver 4.2.1 Arranque compensadoro).

Circuito de força: arranque compensado com inversão

Circuito de comando: 01 – circuito para inversão simples

87
28.5 Arranques consecutivo automáticos de motores trifásicos
Asseguir são apresentados e feita a analise dos circuitos de forca e de comando para
partida consecutiva de motores

Circuito de potência

88
Circuito de comando

1 2 3 4 5 6

3 NF NF NA NF NA

4 5
4 - 6 7
6

89
29-Características de Desempenho de Motores Eléctricos

29.1-Motor monofásico de fase auxiliar – desempenhos médios

90
29.2- Limites dos Sistemas de Arranque

91
30-Aulas práticas
Aula prática # 1 Arranque directo de um motor trifásico com sinalização

Solucionando Problemas

92
Aula prática # 2 Arranque directo de um motor trifásico com inversão de
marcha e sinalização.

Solucionando Problemas

Aulas praticas # 3 Semaforos de um cruzamento simples

93
Solucionando Problema

Aulas praticas # 4 Arranque consecutivo de motores trifasico

Aulas praticas # 4 Arranque consecutivo de motores Trifasicos

94
Aula prática # 5 Arranque estrela-triângulo com sinalização
Solucionando Problemas

95
Aula prática # 6 Arranque estrela triangulo com inversão de marcha e
sinalização.

Solucionando Problemas

96
Aula prática # 7 Montagem e instalação de Chave magnética com inversão para
comando de motor trifásico Danhlander.

Solucionando Problemas

97
Problemas.
Desafio1: Um motor eléctrico de dois sentidos de rotação “e comandado por dois
interruptores a e b.Quando a e b não são accionados, o motor esta em repouso.Quando a
“e accionado, o motor roda no sentido horario.Quando b “e accionado, o motor gira no
sentido anti-horario.Quando a e b são accionados simultaneamente, o motor p”arranca.
Faça o esquema de Potência e Comando do respectivo Problema.

Desafio2:Uma cadeia rapida de montagem C,alimentando três postos de trabalho a,b,c


funcionam do seguinte modo: 1.* Quando os três operarios trabalham, a cadeia esta
imovel.

Desafio3: Uma cadeia rapida de montagem C,alimentando tres postos de trabalho a,b,c
funciona do seguinte modo:

1- Quando os tres operarios trabalham,a cadeia esta imovel.

2- Qualquer operario que tenha terminado o seu trabalho deve accionar um botão
de pressão referente ao posto de trabalho respectivo(botão a,b,e c)e colocado a
uma certa distância do local de trabalho por razões de seguarança.

3- Logo que dois dos tres operários accionam o botão respectivo ,um a visador
luminoso L acende.

4- O avisador manterá acesso quando um dos terceiros operario acciona o botão


respectivo

5- Acadeia desloca-se então rapidamente e o avisador luminoso extingue-se


manualmente o motor que alimenta a cadeia se põe em marcha.

6- Acadeia para logo que um dos operadores deixa de accionar o seu botão de
pressão por razões de segurança.Nota :cada movimento da cadeia alimenta os
três postos de trabalho com três peças.

Determine:

a) A tabela de karnaugh relativa ao avisador luminoso L.

b) A equação booliana do avisador L

c) O esquema eléctrico do avisador L

d) A equação booliana do relé M que acciona o motor .

e) O esquema electrico total de comando da cadeia

98
31-Referencias Bibliográficas
ARNOLD, Robert; STEHR, Wilhelm. Máquinas elétricas. São Paulo: E.P.U., 1976.

CEEE-RS. Regulamento de instalações consumidoras; Fornecimento de tensão

secundária, rede de distribuição aérea. Porto Alegre: 1992.

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HELLERMANN. Catálogo de produtos. São Paulo: 1999/2000.

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MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC,

1989.

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PIAL LEGRAND. Material elétrico para instalações. São Paulo: 1998/1999.

PIRELLI. Catálogo de condutores. s.d.

SENAI-DN. Manutenção de interruptor centrífugo e capacitor para motor monofásico

de fase auxiliar. Rio de Janeiro: 1980.

______. Tabelas e diagramas elétricos. Rio de Janeiro: 1982.

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STECK. Plugs e tomadas blindadas Brasikon. São Paulo: s.d.

TELEMECANIQUE. Catálogo de produtos, s.n.t.

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