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Acionamentos
Hidráulicos e
Pneumáticos.
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
Arilson Lima de Faria
Unidade Operacional
CFP-JIP
Sumário
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................................6
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................7
HISTÓRICO ........................................................................................................................................8
PRINCÍPIO DE PASCAL...................................................................................................................21
IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................................22
IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................................22
DESUMIDIFICAÇÃO DO AR............................................................................................................41
SOLENÓIDES ...................................................................................................................................84
MANÔMETRO ................................................................................................................................122
VISCOSIDADE ...............................................................................................................................124
VELOCIDADE X VAZÃO................................................................................................................125
RESFRIADORES ............................................................................................................................130
CAVITAÇÃO ...................................................................................................................................138
BOMBAS DE PISTÕES..................................................................................................................145
Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Acionamentos hidráulicos e pneumáticos
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INTRODUÇÃO
A automação dos processos industriais de produção vem crescendo dia
após dia e, com ela, a necessidade do emprego de novas tecnologias cujo
objetivo, na maior parte das vezes, busca substituir a presença do homem,
principalmente nos trabalhos repetitivos ou naqueles que envolvem altos riscos de
acidente para o operador.
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Histórico
Primeira aplicação: certamente, na pré-história, para avivar as brasas de
uma fogueira.
Primeiro compressor: os pulmões humanos, 100 l/min e pressão de 0,02 a
0,08 bar em valores médios.
Encontra aplicação até nos dias de hoje.
Por volta de 3000 A.C, quando o homem começou a trabalhar com metais
esse compressor se mostrou ineficiente.Usou-se o vento como fonte de ar.
Egito, em 1.500 AC, foram introduzidos os foles acionados com os pés ou
com as mãos.
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APLICAÇÕES DO AR COMPRIMIDO.
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FUNDAMENTOS FÍSICOS
Pneumática
Ar
O ar atmosférico é uma substância insípida, incolor e inodora composta
normalmente de 78,09% de Nitrogênio (N2), 20,95% de Oxigênio (O2), 0,93% de
Argônio (Ar) e 0,03 de Dióxido de Carbono entre outras substâncias tais como os
gases nobres, partículas sólidas em suspensão e água em forma de vapor. Essa
composição do ar permanece relativamente constante desde o nível do mar até
uma altitude aproximadamente de 20 km. O ar atmosférico, ao nível do mar,
encontra-se a uma pressão de aproximadamente 1 Kgf/cm².
Troposfera --------------------------------- de 0 km a 11 km
Estratosfera ------------------------------- de 12 km a 35 km
Mesosfera --------------------------------- de 30 km a 80 km
Termosfera -------------------------------- de 80 km a 640 km
Exosfera ----------------------------------- de 640 km aa 3.000 km
Ar Comprimido
O ar comprimido consiste normalmente do mesmo ar atmosférico com
pressão acrescida de 4 a 10 vezes, com o intuito de realizar trabalhos que
requerem maior energia pneumática.
Unidade de Pressão
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Pressão
Unidades de Pressão
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Vácuo
A palavra vácuo, originária do latim “vacuus”, significa vazio. Entretanto,
podemos definir tecnicamente que um sistema encontra-se em vácuo quando o
mesmo está submetido a uma pressão inferior à pressão atmosférica. Utilizando o
mesmo raciocínio utilizado anteriormente para ilustrar como é gerada a pressão
dentro de um recipiente cilíndrico, cheio de ar, se aplicarmos uma força contrária
na tampa móvel do recipiente, em seu interior teremos como resultante uma
pressão negativa, isto é, inferior a pressão atmosférica externa
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Efeito Venturi
Propriedades físicas do ar
Compressibilidade
Podemos concluir que o ar permite reduzir o seu volume quando sujeito à ação de
uma força exterior.
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Elasticidade
Propriedade que possibilita ao ar voltar ao seu volume inicial uma vez extinto o
efeito (força) responsável pela redução do volume.
Difusibilidade
Propriedade do ar que lhe permite misturar-se homogeneamente com qualquer meio gasoso que
não esteja saturado.
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Expansibilidade
Propriedade do ar que lhe possibilita ocupar totalmente o volume de qualquer
recipiente, adquirindo o seu formato.
Peso do Ar
Como toda matéria concreta, o ar tem peso. A experiência abaixo mostra a
existência do peso do ar. Temos dois balões idênticos, hermeticamente fechados,
contendo ar com a mesma pressão e temperatura. Colocando-os numa balança
de precisão, os pratos se equilibram.
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Coloca-se outra vez o balão na balança (já sem o ar)e haverá o desequilíbrio
causado pela falta do ar.
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Princípio de Pascal
Constata-se que o ar é muito compressível sob ação de pequenas forças.
Quando contido em um recipiente fechado, o ar exerce uma pressão igual sobre
as paredes, em todos os sentidos. Por Blaise Pascal temos: "A pressão exercida
em um líquido confinado em forma estática atua em todos os sentidos e direções,
com a mesma intensidade, exercendo forças iguais em áreas iguais".
F
P
A
No S.I. F - Newton (Força)
P - Newton/m2 (Pressão)
A - m2 (Área)
No MKS* F - kgf (Força)
P - kgf/cm2 (Pressão)
A - cm2 (Área)
Temos que: 1 kgf = 9,8 N
Nota: Pascal não faz menção ao fator atrito, existente quando o líquido está em
movimento, pois baseia-se na forma estática e não nos líquidos em movimento.
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Implantação
Vantagens:
Limitações:
O ar comprimido necessita de uma boa preparação para realizar o trabalho
proposto: remoção de impurezas, eliminação de umidade para evitar
corrosão nos equipamentos, engates ou travamentos e maiores desgastes
nas partes móveis do sistema.
Os componentes pneumáticos são normalmente projetados e utilizados a
uma pressão máxima de 1723,6 kPa. Portanto, as forças envolvidas são
pequenas se comparadas a outros sistemas. Assim, não é conveniente o
uso de controles pneumáticos em operação de extrusão de metais.
Provavelmente, o seu uso é vantajoso para recolher ou transportar as
barras extrudadas.
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Produção e Distribuição
Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores
Definição
Deslocamento Positivo
Deslocamento dinâmico
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Descarga ou fechamento
Por garras
intermitente
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Este tipo de compressor leva este nome por ter somente uma câmara de
compressão, ou seja, apenas a face superior do pistão aspira o ar e comprime; a
câmara formada pela face inferior está em conexão com o Carter. O pistão está
ligado diretamente ao virabrequim por uma biela (este sistema de ligação é
denominado tronco), que proporciona um movimento alternativo de sobe e desce
ao pistão, e o empuxo é totalmente transmitido ao cilindro de compressão.
Iniciado o movimento descendente, o ar é aspirado por meio de válvulas de
admissão, preenchendo a câmara de compressão. A compressão do ar tem início
com o movimento da subida. Após obter-se uma pressão suficiente para abrir a
válvula de descarga, o ar é expulso para o sistema.
Este compressor é assim chamado por ter duas câmaras, ou seja, as duas
faces do êmbolo aspiram e comprimem.O virabrequim está ligado a uma cruzeta
por uma biela; a cruzeta, por sua vez, está ligada ao êmbolo por uma haste.
Desta maneira consegue transmitir movimento alternativo ao êmbolo, além do
que, a força de empuxo não é mais transmitida ao cilindro de compressão e sim
às paredes guias da cruzeta. O êmbolo efetua o movimento descendente e o ar é
admitido na câmara superior, enquanto que o ar contido na câmara inferior é
comprimido e expelido. Procedendo-se o movimento oposto, a câmara que havia
efetuado a admissão do ar realiza a sua compressão e a que havia comprimido
efetua a admissão. Os movimentos prosseguem desta maneira, durante a marcha
do trabalho.
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Cilindros (Cabeçotes)
São executados, geralmente, em ferro fundido perlítico de boa resistência
mecânica, com dureza suficiente e boas características de lubrificação devido à
presença de carbono sob a forma de grafite. Pode ser fundido com aletas para
resfriamento com ar, ou com paredes duplas para resfriamento com água (usam-
se geralmente o bloco de ferro fundido e camisas de aço). A quantidade de
cilindros com camisas determina o número de estágios que podem ser:
Êmbolo (pistão)
O seu formato varia de acordo com a articulação existente entre ele e a biela.
Nos compressores de S.E., o pé da biela se articula diretamente sobre o pistão e
este, ao subir, provoca empuxo na parede do cilindro. Em conseqüência, o
êmbolo deve apresentar uma superfície de contato suficiente. No caso de D.E., o
empuxo lateral é suportado pela cruzeta e o êmbolo é rigidamente preso à
haste. Os êmbolos são feitos de ferro fundido ou ligas de alumínio.
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Compressor de lóbulos
E constituído por um cilindro (carcaça) e dois rotores descentrados, desenhados
com precisão, afim de que sejam constantemente tangentes ao cilindro (carcaça)
e tangentes entre si.
As vazões são maiores que a dos compressores alternativos a pistão, mas as
pressões atingidas são menores (40N/cm2 = 4bar).Por isso, são comumente
empregados em sistemas de transportes, medidores de fluxo e bombas de vácuo.
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Compressores de membrana.
Devido sua estrutura física , a câmara de compressão é separada das partes
moveis do compressor,obtendo assim um ar mais puro. Sua aplicação se destina
a ambientes hospitalares,odontológicos e equipamentos de mergulho.
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Compressores de parafusos
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Tooth:
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Manutenção do Compressor
Esta é uma tarefa importante dentro do setor industrial.
É imprescindível seguir as instruções recomendadas pelo fabricante que, melhor
do que ninguém conhece os pontos vitais de manutenção.
Um plano semanal de manutenção será previsto, e nele será programada uma
verificação no nível de lubrificação, nos lugares apropriados e, particularmente,
nos mancais do compressor, motor e no Carter.
Neste mesmo prazo será prevista a limpeza do filtro de ar e a verificação
experimental da válvula de segurança, para comprovação do seu real
funcionamento. Será prevista também a verificação da tensão das
correias.
Periodicamente, será verificada a fixação do volante sobre o eixo de manivelas.
Considerações Sobre Irregularidades na Compressão:
Como na compressão o ar é aquecido, é normal um aquecimento do
compressor. Porém, às vezes o aquecimento exagerado pode ser devido a uma
das seguintes causas:
Falta de óleo no Carter
Válvulas presas
Ventilação insuficiente
Válvulas sujas
Óleo do Carter viscoso demais
Válvulas de recalque quebradas
Filtro de ar entupido
Em caso de "batidas" ou barulho anormal, observar os itens seguintes:
Carvão no pistão
Folga ou desgaste nos pinos que prendem as
buchas e os pistões
Jogo nos mancais das buchas no eixo das
manivelas
Desgaste nos mancais principais
Válvulas mal assentadas
Volante solto
Entupimento do filtro de ar
Perda de ar nas linhas
Válvulas sujas ou emperradas
Necessidade de maior capacidade de ar
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Preparação do ar Comprimido
Umidade
O ar atmosférico é uma mistura de gases, principalmente de oxigênio e
nitrogênio, e contém contaminantes de três tipos básicos: água, óleo e poeira.
As partículas de poeira, em geral abrasivas, e o óleo queimado no ambiente de
lubrificação do compressor, são responsáveis por manchas nos produtos.
A água é responsável por outra série de inconvenientes que mencionaremos
adiante.
O compressor, ao admitir ar, aspira também os seus compostos e, ao
comprimir, adiciona a esta mistura calor sob a forma de pressão e temperatura,
além de adicionar óleo lubrificante.
Os gases sempre permanecem em seu estado nas temperaturas e pressões
normais encontradas no emprego da pneumática. Componentes com água
sofrerão condensação e ocasionarão problemas.
Sabemos que a quantidade de água absorvida pelo ar está relacionada com a sua
temperatura e volume.
A maior quantidade de vapor d'água contida num volume de ar sem ocorrer
condensação dependerá da temperatura de saturação ou ponto de orvalho a que
está submetido este volume. No ar comprimido temos ar saturado. O ar estará
saturado quando a pressão parcial do vapor d'água for igual à pressão de
saturação do vapor d'água, à temperatura local. O vapor é superaquecido quando
a pressão parcial do vapor d'água for menor que a pressão de saturação.
Enquanto tivermos a presença de água em forma de vapor normalmente
superaquecido, nenhum problema ocorrerá.
Analisemos agora: um certo volume de ar está saturado com vapor d'água,
isto é, sua umidade relativa é 100%; comprimimos este volume até o dobro da
pressão absoluta, o seu volume se reduzirá à metade. Logicamente, isto
significará que sua capacidade de reter vapor d'água também foi reduzida à
metade devido ao aumento da pressão e redução do seu volume. Então o
excesso de vapor será precipitado como água. Isto ocorre se a temperatura for
mantida constante durante a compressão, ou seja, processo isotérmico de
compressão.
Entretanto, isso não acontece; verifica-se uma elevação considerável na
temperatura durante a compressão. Como foi mencionado anteriormente, a
capacidade de retenção da água pelo ar está relacionada com a temperatura,
sendo assim, não haverá precipitação no interior das câmaras de compressão. A
precipitação de água ocorrerá quando o ar sofrer um resfriamento, seja no
resfriador ou na linha de distribuição. Isto explica porque no ar comprimido existe
sempre ar saturado com vapor d'água em suspensão, que se precipita ao longo
das tubulações na proporção em que se resfria. Quando o ar é resfriado à
pressão constante, a temperatura diminui, então a parcial do vapor será igual à
pressão de saturação no ponto de orvalho. Qualquer resfriamento adicional
provocará condensação da umidade. Denomina-se Ponto de Orvalho o estado
termodinâmico correspondente ao início da condensação do vapor d'água,
quando o ar úmido é resfriado e a pressão parcial do vapor é constante.
A presença desta água condensada nas linhas de ar, causada pela
diminuição de temperatura, terá como conseqüências:
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Resfriador Posterior
Reservatório de ar Comprimido
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Desumidificação do Ar
A presença de umidade no ar comprimido é sempre prejudicial para as
automatizações pneumáticas, pois causa sérias conseqüências.
É necessário eliminar ou reduzir ao máximo esta umidade. O ideal seria eliminá-la
do ar comprimido de modo absoluto, o que é praticamente impossível.
Ar seco industrial não é aquele totalmente isento de água; é o ar que, após
um processo de desidratação, flui com um conteúdo de umidade residual de tal
ordem que possa ser utilizado sem qualquer inconveniente. Com as devidas
preparações, consegue-se a distribuição do ar com valor de umidade baixo e
tolerável nas aplicações encontradas.
A aquisição de um secador de ar comprimido pode figurar no orçamento de
uma empresa como um alto investimento. Em alguns casos, verificou-se que um
secador chegava a custar 25% do valor total da instalação de ar. Mas cálculos
efetuados mostravam também os prejuízos causados pelo ar úmido:
substituição de componentes pneumáticos, filtros, válvulas, cilindros danificados,
impossibilidade de aplicar o ar em determinadas operações como pintura,
pulverizações e ainda mais os refugos causados na produção de produtos.
Concluiu-se que o emprego do secador tornou-se altamente lucrativo, sendo pago
em pouco tempo de trabalho, considerando-se somente as peças que não eram
mais refugadas pela produção.
Os meios utilizados para secagem do ar são múltiplos.
Vamos nos referir aos três mais importantes, tanto pelos resultados finais obtidos
quanto por sua maior difusão.
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velocidade.
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Rede de Distribuição.
Aplicar, para cada máquina ou dispositivo automatizado, um compressor próprio,
é possível somente em casos esporádicos e isolados. Onde existem vários pontos
de aplicação, o processo mais conveniente e racional é efetuar a distribuição do
ar comprimido situando as tomadas nas proximidades dos utilizadores.
A rede de distribuição de A.C. compreende todas tubulações que saem do
reservatório, passando elo secador e que, unidas, orientam o ar comprimidoaté os
pontos individuais de utilização.
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Layout
Visando melhor performance na distribuição do ar, a definição do layout é
importante. Este deve ser construído em desenho isométrico ou escala,
permitindo a obtenção do comprimento das tubulações nos diversos trechos. O
layout apresenta a rede principal de distribuição, suas ramificações, todos os
pontos de consumo, incluindo futuras aplicações; qual a pressão destes pontos, e
a posição de válvulas de fechamento, moduladoras, conexões, curvaturas,
separadores de condensado, etc. Através do layout, pode-se então definir o
menor percurso da tubulação, acarretando menores perdas de carga e
proporcionando economia.
Formato
Em relação ao tipo de linha a ser executado, anel fechado (circuito fechado) ou
circuito aberto, devem-se analisar as condições favoráveis e desfavoráveis de
cada uma. Geralmente a rede de distribuição é em circuito fechado, em torno da
área onde há necessidade do ar comprimido.
Deste anel partem as ramificações para os diferentes pontos de consumo.
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As válvulas mais aplicadas até 2" são do tipo de esfera, diafragma. Acima de 2"
são utilizadas as válvulas tipo gaveta.
Curvatura
As curvas devem ser feitas no maior raio possível, para evitar perdas excessivas
por turbulência. Evitar sempre a colocação de cotovelos 90. A curva mínima deve
possuir na curvatura interior um raio mínimo de duas vezes o diâmetro externo do
tubo.
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Inclinação
As tubulações devem possuir uma determinada inclinação no sentido do fluxo
interior, pois, enquanto a temperatura de tubulação for maior que a temperatura
de saída do ar após os secadores, este sairá praticamente seco; se a temperatura
da tubulação baixar, haverá, embora raramente, precipitação de água. A
inclinação serve para favorecer o recolhimento desta eventual condensação e das
impurezas devido à formação de óxido, levando-as para o ponto mais baixo, onde
são eliminadas para a atmosfera, através do dreno. O valor desta inclinação é de
0,5 a 2% em função do comprimento reto da tubulação onde for executada. Os
drenos, colocados nos pontos mais baixos, de preferência devem ser
automáticos. Se a rede é relativamente extensa, recomenda-se observar a
colocação de mais de um dreno, distanciados aproximadamente 20 a 30m um do
outro.
Drenagem de Umidade
Com os cuidados vistos anteriormente para eliminação do condensado, resta uma
umidade remanescente, a qual deve ser removida ou até mesmo eliminada, em
caso de condensação da mesma. Para que a drenagem eventual seja feita,
devem ser instalados drenos (purgadores), que podem ser manuais ou
automáticos, com preferência para o último tipo. Os pontos de drenagem devem
se situar em todos os locais baixos da tubulação, fim de linha, onde houver
elevação de linha, etc. Nestes pontos, para auxiliar a eficiência da drenagem,
podem ser construídos bolsões, que retêm o condensado e o encaminham para o
purgador. Estes bolsões, construídos, não devem possuir diâmetros menores que
o da tubulação. O ideal é que sejam do mesmo tamanho.
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Tomadas de Ar
Devem ser sempre feitas pela parte superior da tubulação principal, para evitar os
problemas de condensado já expostos. Recomenda-se ainda que não se realize a
utilização direta do ar no ponto terminal do tubo de tomada. No terminal, deve-se
colocar uma pequena válvula de drenagem a utilização deve ser feita um pouco
mais acima, onde o ar, antes de ir para a máquina, passa através da unidade de
condicionamento.
Vazamentos
As quantidades de ar perdidas através de pequenos furos, acoplamentos com
folgas, vedações defeituosas, etc., quando somadas, alcançam elevados valores.
A importância econômica desta contínua perda de ar torna-se mais evidente
quando comparada com o consumo de um equipamento e a potência necessária
para realizar a compressão.
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Tubulações Secundárias
A seleção dos tubos que irão compor a instalação secundária e os materiais de
que são confeccionados são fatores importantes, bem como o tipo de acessório
ou conexão a ser utilizado.
Devem-se ter materiais de alta resistência, durabilidade, etc. O processo de
tubulação secundária sofreu uma evolução bastante rápida. O tubo de cobre, até
bem pouco tempo, era um dos mais usados. Atualmente ele é utilizado em
instalações mais específicas, montagens rígidas e locais em que a temperatura e
a pressão são elevadas. Hoje são utilizados tubos sintéticos, os quais
proporcionam boa resistência mecânica, apresentando uma elevada força de
ruptura e grande flexibilidade.
São usados tubos de polietileno e tubos de nylon, cujas características são:
Polietileno - aplicação de vácuo até pressões de 700kPa e temperatura de
trabalho de-37C a 40C.
Nylon - é mais resistente que o polietileno, sendo mais recomendado para
aplicação de vácuo ate 1700 kpa e temperatura de 0C a 70C.
A escolha das conexões que serão utilizadas num circuito é muito importante.
Devem oferecer recursos de montagem para redução de tempo, ter dimensões
compactas e não apresentar quedas de pressão, ou seja, possuir máxima área de
passagem para o fluido.
Devem também ter vedação perfeita, compatibilidade com diferentes fluidos
industriais, durabilidade e permitir rápida remoção dos tubos em casos de
manutenção, sem danificá-los. As conexões para tubulações secundárias podem
ser múltiplas, espigões, conexão com anel apressor ou olivas etc. Dependendo
do tipo de conexão utilizado, o tempo de montagem é bem elevado, devido às
diversas operações que uma única conexão apresenta: ser roscada no corpo do
equipamento, roscar a luva de fixação do tubo, ou antes, posicionar corretamente
as olivas. Deve haver um espaço razoável entre as conexões, para permitir sua
rotação. Em alguns casos, isso não é possível. Estes meios de ligação, além de
demorados, danificam o tubo, esmagando, dilatando ou cortando. Sua remoção
é difícil, sendo necessário, muitas vezes, cortar o tubo, trocar as olivas e as luvas
de fixação do tubo; isso quando a conexão não é totalmente perdida. Uma nova
concepção em conexões, para atender a todas as necessidades de instalação de
circuitos pneumáticos, controle e instrumentação as conexões instantâneas
semelhantes a um engate rápido.
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Filtragem de Ar
Descrição
Alta eficiência na remoção de umidade. Devido ao sistema de defletores, a água e
as partículas sólidas contidas no ar comprimido são totalmente separadas A
grande superfície do elemento filtrante garante baixa queda de pressão e
aumento de sua vida útil.
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Drenos são dispositivos fixados na parte inferior dos copos, que servem para
eliminar o condensado e as impurezas, retidos pela ação de filtragem. Podem ser
manuais ou automáticos.
Dreno Manual
Em presença do condensado permanece inativo, retendo-o no interior do copo.
Para eliminar o condensado retido é necessária a interferência humana, que
comanda manualmente a abertura de um obturador, criando uma passagem pela
qual a água e as impurezas são escoadas por força da pressão do ar atuante no
interior do copo. Extraídas as impurezas, o ar escapa e o obturador deve ser
recolocado em sua posição inicial.
Dreno Automático
Utilizado para eliminar o condensado retido no interior do copo do filtro,
sem necessidade de interferência humana. O volume de água condensada, à
medida que é removido pelo filtro, acumula-se na zona neutra do interior do copo,
até provocar a elevação de uma bóia.
Quando a bóia é deslocada, permite a passagem ar comprimido através de
um pequeno orifício.
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Importante
Deve-se drenar constantemente o condensado para que o mesmo não atinja a base
do elemento filtrante/coalescente.
Regulagem de Pressão
Normalmente, um sistema de produção de ar comprimido atende à
demanda de ar para vários equipamentos pneumáticos. Em todos estes
equipamentos está atuando a mesma pressão. Isso nem sempre é possível, pois,
se estivermos atuando um elemento pneumático com pressão maior do que
realmente necessita, estaremos consumindo mais energia que a necessária. Por
outro lado, um grande número de equipamentos operando simultaneamente num
determinado intervalo de tempo faz com que a pressão caia, devido ao pico de
consumo ocorrido. Estes inconvenientes são evitados usando-se a Válvula
Reguladora de Pressão, ou simplesmente o Regulador de Pressão, que tem por
função:
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Manômetros
Lubrificação
Os sistemas pneumáticos e seus componentes são constituídos de partes
possuidoras de movimentos relativos, estando, portanto, sujeitos a desgastes
mútuos e conseqüentes inutilização. Para diminuir os efeitos desgastantes e as
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Óleos Recomendados
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Têm por função orientar a direção que o fluxo de ar deve seguir, a fim de realizar
um trabalho proposto. Para um conhecimento perfeito de uma válvula direcional,
deve-se levar em conta os seguintes dados:
• Posição Inicial
• Número de Posições
• Número de Vias
• Tipo de Acionamento (Comando)
• Tipo de Retorno
• Vazão
Além destes, ainda merece ser considerado o tipo Construtivo.
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Número de Vias
É o número de conexões de trabalho que a válvula possui. São
consideradas como vias a conexão de entrada de pressão, conexões de utilização
e as de escape.
Para fácil compreensão do número de vias de uma válvula de controle
direcional podemos também considerar que:
Direção de Fluxo
Nos quadros representativos das posições, encontram-se símbolos
distintos:
As setas indicam a interligação interna das conexões, mas não
necessariamente o sentido de fluxo.
Passagem Bloqueada
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Quando a válvula assume sua posição inicial automaticamente (retorno por mola,
pressão interna) não há identificação no símbolo.
Acionamentos ou Comandos
As válvulas exigem um agente externo ou interno que desloque suas partes
internas de uma posição para outra, ou seja, que altere as direções do fluxo,
efetue os bloqueios e liberação de escapes.
Os elementos responsáveis por tais alterações são os acionamentos, que podem
ser classificados em:
- Comando Direto
- Comando Indireto
COMANDO DIRETO
COMANDO INDIRETO
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Atuadores Pneumáticos
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Circuitos pneumáticos
COMANDOS DIRETOS
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Descrição do funcionamento:
Exemplo:
Descrição do funcionamento:
Caso fosse utilizada uma válvula de 5/2 vias, teríamos 1(P) conectado com 2(B),
e 4(A) com 3(R). Na comutação 1(P) se conecta com 4(A) e 2(B) com 3(R)..
Exemplo:
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Descrição do funcionamento:
Exemplo 1:
Nos cilindros de ação simples, a velocidade deve ser regulada por meio de uma
válvula reguladora de fluxo unidirecional, estrangulando a alimentação do ar na
entrada do cilindro.
Ao ser acionado o botão (1.1), conectam-se os orifícios 1(P) com 2(A), passando
o ar por (1.01), provocando o avanço lento do cilindro (1.0).
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Exemplo:
Descrição do funcionamento:
Descrição do funcionamento:
cilindro sairá para a atmosfera pelo orifício de escape “R” da válvula (1.01).
COMANDO COM VÁLVULA DE SIMULTANEIDADE “elemento E”
Descrição do funcionamento:
Descrição do funcionamento:
Exemplo 1) Utiliza-se uma válvula de comando “E”, que permite a passagem de
ar comprimido para o atuador somente quando há pressão em x e y.
Exemplo 2) Com duas válvulas direcionais ligadas em série: o acionamento
simultâneo das válvulas (1 .2) e (1 .4) deverá provocar o avanço do
atuador (1.0).
Exemplo 3) Com uma válvula direcional de 3/2 vias, simples piloto: o
acionamento simultâneo das válvulas (1.2) e (1 .4) em série com a
(1.6) deve provocar o avanço do atuador (1.0).
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Exemplo:
Descrição do funcionamento:
Ao acionar a válvula (1.2), esta pilota a válvula (1.1) na conexão 12(Z), liberando
uma maior passagem de ar de 1(P) para 2(A), provocando o avanço do cilindro
(1.0).
A válvula (1.2) não precisa ser compatível com as dimensões da válvula (1.1) e
nem com cilindro (1.0).
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Descrição do funcionamento:
Se a válvula (1.2) for acionada, a válvula de 5/2 vias (1.1) mudará de posição
mediante o sinal em 14(Z). Dessa forma, o atuador (1.0) avança, O atuador
permanente nessa posição até que um sinal proveniente da válvula (1.3) comuta
a válvula (1.1) em 12(Y), provocando o retorno do atuador (1.0) à sua posição
inicial.
Exemplo:
A haste de um atuador de ação dupla deve retornar quando chegar á posição final
do curso de avanço, se a válvula de comando não estiver acionada.
Descrição do funcionamento:
Exemplo:
Descrição do funcionamento:
Ao ser dada a partida pelo botão (1.2) é pilotada a válvula direcional de 5/2 vias (1
.1), provocando o avanço do atuador (1.0). No seu final de curso, acionará uma
válvula (1.5) que, ao receber um sinal do pressostato (após ter atingido a pressão
pré-estabelecida), provoca o retorno do atuador.
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Ao ser dada a partida, o cilindro de ação dupla deverá avançar, no final do curso,
deverá acionar uma válvula e esta, por sua vez, pilotar um temporizador, que em
seguida, após um determinado tempo, deve provocar o retorno do cilindro.
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Esboço do dispositivo:
ANOTAÇOES EM TABELA
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INDICAÇÃO VETORIAL
Cilindro 1
Cilindro 2
Cilindro 3
Cilindro 3 Avança
Cilindro 4 Retorna
Cilindro 4
Cilindro 2
Cilindro 1
REPRESENTAÇÃO ABREVIADA
Cilindro 1 + Cilindro 2 +
Cilindro 3 + Cilindro 3 - Avança +
Cilindro 4 + Cilindro 4 - Recua -
Cilindro 2 - Cilindro 1 -
PLANO DE SEQUËNCIA
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Diagrama de Movimentos
Isto é feito através de suas coordenadas: uma representa o trajeto dos elementos
de trabalho e a outra, o passo (diagrama trajeto passo).
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DIAGRAMA DE COMANDO
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Solenóides
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Circuitos Eletropneumáticos
Os circuitos eletropneumáticos são esquemas de comando e acionamento
que representam os componentes pneumáticos e elétricos empregados em
máquinas e equipamento industriais, bem como a interação entre esses
elementos para se conseguir o funcionamento desejado e os movimentos
exigidos do sistema mecânico. Enquanto o circuito pneumático representa o
acionamento das partes mecânicas, o circuito elétrico representa a seqüência de
comando dos componentes pneumáticos para que as partes móveis da máquina
ou equipamento apresentem os movimentos finais desejados.
intuitivo,
minimização de contatos ou seqüência mínima,
maximização de contatos ou cadeia estacionária.
Método Intuitivo
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Soltando-se o botão pulsador b1, seu contato que havia fechado abre
automaticamente e interrompe a passagem da corrente elétrica, desligando a
bobina do solenóide Y1. Quando o solenóide Y1 é desativado, a mola da válvula
direcional empurra o carretel para a esquerda, bloqueando o pórtico 1 e
interligando os pórticos 2 e 3. Dessa forma, o ar comprimido acumulado na
câmara traseira do cilindro escapa para a atmosfera e a mola do cilindro retorna a
haste para a sua posição inicial.
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Soltando-se o botão que foi acionado, seu contato volta a abrir, interrompendo a
passagem de corrente elétrica para a bobina e desligando o solenóide Y1.
Quando o solenóide Y1 é desligado, a pilotagem pneumática interna é desativada
e a mola da válvula direcional volta a empurrar o carretel para a esquerda. Nessa
posição, o ar comprimido flui pela válvula do pórtico 1 para o 4, fazendo com que
a haste do cilindro retorne, enquanto que o ar acumulado na câmara traseira
descarrega para a atmosfera, através da válvula, do pórtico 2 para o 3.
Um cilindro de ação dupla deve ser acionado por dois botões. Acionando-
se o primeiro botão o cilindro deve avançar e permanecer avançado mesmo que o
botão seja desacionado. O retorno deve ser comandado por meio de um pulso no
segundo botão.
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direcional de 5/2 vias acionada por dois solenóides, ou uma válvula direcional de
5/2 vias acionada por duplo servocomando (válvula de impulso), ou ainda uma
válvula direcional de 5/2 vias acionada por solenóide com reposicionamento por
mola. As quatro alternativas diferentes de construção do circuito eletropneumático
serão apresentadas a seguir:
Utilizando uma válvula direcional de 5/2 vias acionada por dois
solenóides, sem mola de reposição.
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Portanto, para fazer com que a haste do cilindro avance, não é necessário manter
o botão de comando B1 acionado, basta dar um pulso e soltar o botão, já que a
válvula direcional memoriza o último acionamento efetuado.
O mesmo comportamento ocorre no retorno do cilindro. Acionando-se o
botão B2, seu contato normalmente aberto fecha, permitindo a passagem da
corrente elétrica que energiza a bobina do solenóide Y2. Ao mesmo tempo, o
contato fechado de B2, ligado em série com o contato aberto de B1, abre,
impedindo que o solenóide Y1 seja energizado, enquanto Y2 estiver ligado. Com
o solenóide Y2 em operação, o carretel da válvula direcional é acionado para a
esquerda, fazendo com que a haste do cilindro retorne.
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Para fazer com que a haste do cilindro retorne, basta dar um pulso no botão de
comando B2. Acionando-se o botão B2, seu contato normalmente fechado, ligado
em série com o primeiro contato de C1 que mantinha a auto-retenção de C1, abre
e interrompe a passagem da corrente elétrica para a bobina do relé auxiliar C1.
Imediatamente o relé C1 é desligado e todos os seus contatos voltam à posição
normal. O primeiro contato de C1 abre e desliga a auto-retenção de C1,
permitindo que mesmo que o botão B2 seja desacionado a bobina de C1
permaneça desligada. O segundo contato de C1, por sua vez, abre e bloqueia a
passagem da corrente elétrica, desligando o solenóide Y1. Com o solenóide Y1
desligado, o piloto pneumático é desativado e a mola da válvula direcional
empurra o carretel de volta para a esquerda, fazendo com que a haste do cilindro
retorne.
O circuito elétrico utilizado nesta solução C é chamado de comando de auto-
retenção com comportamento de desligar dominante porque, se os dois botões de
comando B1 e B2 forem acionados ao mesmo tempo, o relé C1 permanece
desligado pelo contato do botão de comando B2. Podemos dizer que, neste caso,
o botão B2 tem prioridade sobre B1 pois, se ambos forem acionados
simultaneamente, prevalece como dominante a condição de desligar do contato
fechado do botão de comando B2.
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Para fazer com que a haste do cilindro retorne, basta dar um pulso no botão de
comando B2. Acionando-se o botão B2, seu contato normalmente fechado, ligado
em série com o primeiro contato de C1 que mantinha a auto-retenção de C1, abre
e interrompe a passagem da corrente elétrica, desligando imediatamente a bobina
do relé auxiliar C1. Com o relé C1 desligado, todos os seus contatos voltam à
posição normal. O primeiro contato de C1 abre e desliga a auto-retenção de C1,
permitindo que mesmo que o botão B2 seja desacionado a bobina de C1
permaneça desligada. O segundo contato de C1, por sua vez, abre e bloqueia a
passagem da corrente elétrica, desligando o solenóide Y1. Com o solenóide Y1
desligado, o piloto interno é desativado e a mola da válvula direcional empurra o
carretel de volta para a esquerda, fazendo com que a haste do cilindro retorne.
O circuito elétrico utilizado nesta solução D é chamado de comando de
auto-retenção com comportamento de ligar dominante porque, se os dois botões
de comando B1 e B2 forem acionados ao mesmo tempo, o relé C1 é energizado
pelo contato do botão de comando B1. Podemos dizer que, neste caso, o botão
B1 tem prioridade sobre B2 pois, se ambos forem acionados simultaneamente,
prevalece como dominante a condição de ligar do contato aberto do botão de
comando B1.
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Acionando-se o botão de partida B1, seu contato normalmente aberto fecha e liga
o solenóide Y1 da válvula direcional. Com o solenóide Y1 ligado, o carretel da
válvula é empurrado para a direita pela pilotagem interna, fazendo com que a
haste do cilindro avance. O ar comprimido, dirigido da válvula direcional para a
câmara traseira do cilindro, passa livre pela retenção incorporada na reguladora
de fluxo esquerda e entra livremente no cilindro. O ar acumulado na câmara
dianteira, que descarrega para a atmosfera através da válvula direcional, não
passa pela retenção da válvula reguladora de fluxo direita e, com isso, tem que
forçosamente passar controlado. Desse modo, abrindo a reguladora de fluxo o ar
escapa em maior quantidade e a haste do cilindro avança mais rapidamente. Por
outro lado, fechando a reguladora de fluxo o ar descarrega para a atmosfera
lentamente e a haste avança mais devagar. Dessa forma, é possível regular a
velocidade de avanço da haste do cilindro, simplesmente ajustando a
abertura da válvula reguladora de fluxo direita.
Um novo ciclo pode ser iniciado por meio do acionamento do botão de partida B1
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Se a partida for efetuada pelo botão com trava S2, seu contato
normalmente aberto fecha e permanece fechado e travado, permitindo a
passagem da corrente elétrica. A corrente passa também pelo contato
normalmente fechado do relé contador CN1, ligado em série com o botão S2, e
chega até a chave fim de curso S3. Dessa forma, toda a vez que a haste do
cilindro encerra um ciclo, atingindo o final do curso de retorno e acionando a
chave S3, uma nova partida é efetuada automaticamente e um novo ciclo é
iniciado. Assim, o cilindro permanece operando em ciclo contínuo, com
movimentos sucessivos de ida e volta da haste, até que o botão S2 seja
destravado, interrompendo a passagem da corrente elétrica, ou que o relé
contador CN1 registre um número de ciclos igual ao da sua programação.
Se, por exemplo, o relé contador CN1 teve a contagem programada para
receber 10 impulsos elétricos e a haste do cilindro tocou pela décima vez o final
do curso de avanço, onde a chave S4 além de acionar o retorno da haste emite
um impulso elétrico na bobina do relé contador, seu contato normalmente
fechado, ligado em série com o botão S2, abre e interrompe a passagem da
corrente elétrica, o que impede uma nova partida automática e encerra os ciclos
de movimento da haste do cilindro.
Uma nova partida pode ser efetuada para ciclo único, através do
acionamento do botão S1. O ciclo contínuo, entretanto, somente pode ser
reiniciado com o destravamento do botão S2 para zerar a contagem do relé CN1
e fechar novamente seu contato normalmente fechado que abriu encerrando os
ciclos pré-programados. Destravando o botão S2, seu contato fechado energiza a
bobina do contador CN1 cuja função é retornar a zero o mostrador do relé
contador, voltando seus contatos à posição inicial.
Solução B:
Utilizando uma válvula direcional de 5/2 vias com acionamento por
servocomando e reposição por mola.
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Como foi detalhado nos circuitos anteriores, a opção por este tipo de
válvula exige a utilização de relés auxiliares coma função de auto-retenção,
considerando-se que a válvula não memoriza a posição quando o solenóide é
desligado.
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auxiliar C2. Quando o relé C2 é ativado, seu contato fechado 11/12 abre e desliga
a bobina do relé C1, ao mesmo tempo em que seu contato aberto 21/24 fecha e
emite um sinal elétrico para o relé contador CN1 que registra a contagem de um
ciclo. Como o relé C1 foi desligado, seu contato 11/14 que havia fechado abre e
desativa a auto-retenção de C1, enquanto que seu contato 21/24 que havia
fechado também abre e desliga o solenóide Y1 da válvula direcional. Com o
solenóide Y1 desligado, a pilotagem interna é desativada e a mola da válvula
direcional empurra o carretel de volta para a esquerda, fazendo com que a haste
do cilindro retorne com velocidade controlada pela válvula reguladora de fluxo.
Assim que a haste do cilindro começa a retornar, a chave fim de curso S4 é
desacionada e abre seu contato, desligando a bobina do relé auxiliar C2. Com o
relé C2 desativado, seu contato 11/12 que havia aberto fecha para permitir uma
nova partida, enquanto que seu contato 21/24 que havia fechado abre e corta o
sinal elétrico enviado ao relé contador CN1.
Mais uma vez, o circuito pneumático pode ser montado em duas versões,
empregando dois tipos diferentes de válvulas direcionais: uma acionada por duplo
servocomando e outra com acionamento por servocomando e reposição por mola.
O circuito elétrico, por sua vez, apresenta, como novidade, um sensor de
proximidade capacitivo sem contato físico, no lugar da chave fim de curso com
acionamento por rolete mecânico, utilizada nos circuitos anteriores. Outra
novidade é a utilização de um relé temporizador, empregado para atrasar o
comando e controlar o tempo de parada do cilindro, exigido no problema.
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Mais uma vez, o circuito pneumático pode ser montado em duas versões,
empregando dois tipos diferentes de válvulas direcionais: uma acionada por duplo
servocomando e outra com acionamento por servocomando e reposição por mola.
Utilizando uma válvula direcional de 5/2 vias com acionamento por duplo
servocomando que memoriza o último acionamento.
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Se o operador acionar somente o botão de partida S1, seu contato aberto 13/14
fecha e energiza o relé auxiliar C1. O contato 11/14 de C1 fecha e ativa o relé
temporizador C3. Se o operador não acionar o segundo botão de partida, S2,
dentro de um período de tempo de 2 segundos, pré-ajustado no temporizador C3,
o contato 11/12 de C3 abre e impede que o solenóide Y1 da válvula direcional
seja ligado, não permitindo a partida do cilindro. O mesmo ocorre se o operador
acionar somente o botão de partida S2 e levar mais de 2 segundos para acionar o
botão S1. O botão S2 energiza o relé C2 cujo contato 11/14 fecha e liga o
temporizador C3 que impede que o solenóide Y1 seja energizado, bloqueando a
partida do cilindro.
Quando o operador acionar os dois botões de partida S1 e S2, com um
intervalo de tempo de acionamento inferior a 2 segundos, os relés C1 e C2 são
ligados simultaneamente e seus contatos 21/24 fecham ativando o relé C4. Assim
que C4 é energizado, seu contato 11/12 abre e impede a energização do
temporizador C3. Ao mesmo tempo, o contato 21/24 de C4 fecha e permite a
passagem da corrente elétrica. A corrente passa também pelos contatos 11/12 de
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Assim que a haste do cilindro começa a avançar, a chave fim de curso S4,
montada no final do curso de retorno, é desacionada e seu contato 11/12 fecha,
aguardando um sinal do pressostato S3.
INTRODUÇÃO A HIDRÁULICA
Com a constante evolução tecnológica, tem-se no mercado a intensa necessidade
de se desenvolverem técnicas de trabalho que possibilitem ao homem o
aprimoramento nos processos produtivos e a busca da qualidade.
Para se buscar a otimização de sistemas nos processos industriais, faz-se o
uso da junção dos meios de transmissão de energia, sendo estes:
Mecânica
Elétrica
Eletrônica
Pneumática
Hidráulica
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Conceitos básicos
Para compreendermos a hidráulica e suas aplicações, se faz necessário o
conhecimento básico de conceitos físicos.
Força
Força é qualquer influência capaz de produzir uma\alteração no movimento de um
corpo. Temos como unidade de medida de força o NEWTON (N).
Resistência
A força que pode parar ou retardar o movimento de um corpo é uma resistência.
Exemplos de resistência são: o atrito e a inércia.
Energia
Uma força que pode causar o movimento de um corpo é energia.
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Trabalho
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Potência
Definição de Pressão
Pressão é a força exercida por unidade de superfície Em hidráulica, a pressão é
expressa em kgf/cm2, Atm ou bar.A pressão também poderá ser expressa em Psi
(Pound square inch) que significa libra força por polegada quadrada, abrevia-se
lbf/pol2.
Lei de Pascal
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1
F = Força A = Área P = Pressão
Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área de 1 cm2, obtemos como
resultado uma pressão interna de 10 kgf/cm2 agindo em toda a parede do
recipiente com a mesma intensidade.Este princípio, descoberto e enunciado por
Pascal, levou à construção da primeira prensa hidráulica no princípio da
Revolução Industrial. Quem desenvolveu a descoberta de Pascal foi o mecânico
Joseph Bramah.
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Sabemos que:
Portanto:
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Podemos considerar:
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Conservação de Energia
Realmente não podemos criar uma nova energia e nem tão pouco destruí-la e sim
transformá-la em novas formas de energia.
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Líquidos
Energia Molecular
As moléculas nos líquidos estão continuamente em movimento. Elas deslizam
umas sob as outras, mesmo quando o líquido está em repouso. Este movimento
das moléculas chama-se energia molecular.
Os Líquidos assumem qualquer forma
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Manômetro
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Funcionamento :
Funcionamento
Conforme a pressão aumenta, o núcleo é empurrado contra a mola de retração.
Este movimento provoca o movimento do ponteiro que está ligado ao núcleo e
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Viscosidade
A viscosidade é a medida de resistência ao fluxo das moléculas de um líquido
quando elas deslizam umas sobre as outras. É uma medida inversa à de fluidez.
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Velocidade X Vazão
Nos sistemas dinâmicos, o fluido que passa pela tubulação se desloca a certa
velocidade. Esta é a velocidade do fluido, que de modo geral é medida em
centímetros por segundo (cm/seg.). O volume do fluido passando pela tubulação
em um determinado período de tempo é a vazão (Q = V.A), em litros por segundo
(l/s). A relação entre velocidade e vazão pode ser vista na ilustração.
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.
Diferencial de Pressão
Um diferencial de pressão é simplesmente a diferença de pressão entre dois
pontos do sistema que pode ser caracterizado: 1. Por indicar que a energia de
trabalho, na forma de movimento de líquido pressurizado, está presente no
sistema. 2. Por medir a quantidade de energia de trabalho que se transforma em
calor entre os dois pontos. Na ilustração o diferencial de pressão entre os dois
pontos, marcados pelos manômetros, é de 2 kgf/cm2.
FLUIDO HIDRÁULICO
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Aditivos Antiespumantes
Os aditivos antiespumantes não permitem que bolhas de ar sejam recolhidas
pelo óleo, o que resulta numa falha do sistema de lubrificação. Estes inibidores
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Reservatórios Hidráulicos
Funcionamento
Quando o fluido retorna ao reservatório, a placa defletora impede que este fluido
vá diretamente à linha de sucção. Isto cria uma zona de repouso onde as
impurezas maiores sedimentam, o ar sobe à superfície do fluido e dá condições
para que o calor, no fluido, seja dissipado para as paredes do reservatório. Todas
as linhas de retorno devem estar localizadas abaixo do nível do fluido e no lado
do defletor oposto à linha de sucção.
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Resfriadores
Todos os sistemas hidráulicos aquecem. Se o reservatório não for suficiente para
manter o fluido à temperatura normal, há um superaquecimento. Para evitar isso
são utilizados resfriadores ou trocadores de calor, os modelos mais comuns são
água-óleo e ar-óleo.
Resfriadores a Ar
Resfriadores à Água
O resfriador a água consiste basicamente de um feixe de tubos encaixados num
invólucro metálico Neste resfriador, o fluido do sistema hidráulico é geralmente
bombeado através do invólucro e sobre os tubos que são refrigerados com água
fria.
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Resfriadores no Circuito
Os resfriadores geralmente operam à baixa pressão (10,5 kgf/cm2). Isto requer
que eles sejam posicionados em linha de retorno ou dreno do sistema. Se isto
não for possível, o resfriador pode ser instalado em sistema de circulação. Para
garantir que um aumento momentâneo de pressão na linha não os danifique, os
resfriadores são geralmente ligados ao sistema em paralelo com uma válvula de
retenção de 4,5 kgf/cm2 de pressão de ruptura.
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Mangueiras e Conexões
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Reforço ou Carcaça
Considerado como elemento de força de uma mangueira, o reforço é quem
determina a capacidade de suportar pressões. Sua disposição sobre o tubo
interno pode ser na forma trançado ou espiralado.
Cobertura ou Capa
Disposta sobre o reforço da mangueira, a cobertura tem por finalidade proteger o
reforço contra eventuais agentes externos que provoquem a abrasão ou
danificação do reforço.
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Recomendações na Aplicação
Ao projetar ou reformar um circuito de condução de fluidos, sempre que possível
tenha em consideração as seguintes recomendações:
Evite ao máximo utilizar conexões e mangueiras: sempre que possível utilize
tubos, pois a perda de carga em tubos é menor;
Procure evitar ampliações ou reduções bruscas no circuito, a fim de evitar o
aumento da turbulência e de temperatura;
Bombas Hidráulicas
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EX:
Se, por exemplo, uma bomba a 70kgf/cm2 de pressão deve deslocar,
teoricamente, 40 litros de fluido por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto,
sua eficiência volumétrica, nessa pressão, é de 90%, como se observa aplicando
os valores na fórmula:
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Cavitação
Cavitação é a evaporação de óleo a baixa pressão na linha de sucção.
Efeitos :
1. Interfere na lubrificação.
2. Destrói a superfície dos metais.
No lado de sucção da bomba, as bolhas se formam por todo o líquido. Isso resulta
num grau reduzido de lubrificação e num conseqüente aumento de desgaste.
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Aeração
Aeração é a entrada de ar no sistema através da sucção da bomba. O ar retido é
aquele que está presente no líquido, sem estar dissolvido no mesmo. O ar está
em forma de bolhas.
Se ocorrer de a bomba arrastar fluido com ar retido, as bolhas de ar terão, mais
ou menos, o mesmo efeito da cavitação sobre a bomba. Contudo, como isso não
está associado com a pressão de vapor, vamos nos referir a esta ação como
sendo uma pseudocavitação.
Muitas vezes, o ar retido está presente no sistema devido a um vazamento na
linha de sucção. Uma vez que a pressão do lado da sucção da bomba é menor
que a pressão atmosférica. Qualquer abertura nesta região resulta na sucção do
ar externo para o fluido e conseqüentemente para a bomba. Qualquer bolha de ar
retida que não puder escapar enquanto o fluido está no tanque irá certamente
para a bomba.
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Bombas de Engrenagem
A bomba de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça com orifícios de
entrada e de saída, e de um mecanismo de bombeamento composto de duas
engrenagens. Uma das engrenagens, a engrenagem motora, é ligada a um eixo
que é conectado a um elemento acionador principal. A outra engrenagem é a
engrenagem movida.
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Bomba de palhetas
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fluido que entra do fluido que sai. A placa de entrada se encaixa sobre o anel, o
rotor e as palhetas. A abertura de entrada da placa de orifício está localizada
onde o volume crescente é formado. O orifício de saída da placa de orifício está
localizado onde o volume decrescente é gerado.
Todo o fluído entra e sai do mecanismo de bombeamento através da placa de
orifício (as aberturas de entrada e de saída na placa de orifício são conectadas
respectivamente às aberturas de entrada e de saída na carcaça das bombas).
Informações sobre Instalação
Recomenda-se o uso de óleo hidráulico de primeira linha com viscosidade entre
30 e 50 cST (150 – 250 SSU) a 38C. A viscosidade normal de operação é
entre 17 e 180 cST (80 - 1000 SSU). A viscosidade máxima na partida é 1000
cST (4000 SSU). Fluidos minerais com aditivos antidesgaste e inibidores
de oxidação e ferrugem são os preferidos. Fluidos sintéticos, água-glicol e
emulsões de água-óleo podem ser utilizados com restrições.
Filtragem
O sistema hidráulico deve estar protegido contra contaminação a fim de aumentar
a vida útil da bomba e dos seus componentes. O fluido deve ser filtrado durante o
enchimento e continuamente durante a operação, para manter o nível de
contaminação em ISO 18/15 ou melhor. Recomenda-se o uso de filtro de sucção
de 149 microns absoluto (100 "mesh") com "bypass" e filtro de retorno de 10
microns absoluto. A substituição dos elementos deve ocorrer após as primeiras
487 horas de operação em uma instalação nova, e posteriormente a cada 500
horas de operação, ou de acordo com as instruções do fabricante do filtro.
Montagem e Alinhamento
As bombas podem ser montadas em qualquer posição. A posição preferencial é
com o eixo na horizontal. Os flanges SAE B ou C com 2 furos são padrões para
ambos os tipos de eixo, chavetado ou estriado. Em acoplamentos diretos os eixos
da bomba e do motor devem estar alinhados dentro de 0,1 mm LTI. Evite
aplicações que induzam esforços radiais e laterais no eixo.
Partida
Antes de dar partida à bomba, os seguintes itens devem ser verificados:
O sentido de rotação do motor deve estar de acordo com o sentido de
rotação indicado no código existente na plaqueta de identificação da
bomba.
.Eixos estriados devem ser lubrificados com graxa anticorrosiva ou
lubrificante similar.
Nunca deve ser dada partida à bomba seca ou fazê-la funcionar sem óleo.
Observe as recomendações quanto à filtragem do fluido.
Durante a partida, a válvula de alívio do sistema deve ter a pressão
reduzida, preferencialmente na regulagem mínima.
Na partida, inicie a bomba pelo procedimento de ligar-desligar-ligar, até
que se inicie a sucção e fluxo normal.
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Operação :
Montagem e Alinhamento
Eleve lentamente a pressão da válvula de alívio até atingir o valor de ajuste para
operação normal.
Bombas de pistões
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Referências Bibliográficas
Apostila Festo Didatic-Pneumática.
Apostila Tecnologia Parker Training –TECNOLOGIA PNEUMATICA
INDUSTRIAL
SEMINÀRIO - “EFICIÊNCIA ENERGÉTICA” FUPAI.
APOSTILA –SENAI SP –PNEUMATICA INDUSTRIAL.
Tecnologia hidráulica industrial-Apostila M2001-1 BR OUTUBRO DE 2003-
PARKER.
Automação hidráulica industrial-Eng Arivelto Bustamente-Editora Erica
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