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PÓS-TRATAMENTO DE

EFLUENTE DE REATOR
UASB EM FILTRO
ANAERÓBIO E FILTRO
DE AREIA INTERMITENTE
AERÓBIO
Júlia K. A. MELO; José T. de SOUSA; Israel N. HENRIQUE ;
José L. de OLIVEIRA JUNIOR; Catarina C. de ANDRADE
INTRODUÇÃO
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, (2010), a
proporção de domicílios com acesso à rede geral de esgoto passou de 33,3%
em 2000 para 55% em 2010. A pesquisa ainda mostra que no Sudeste do
Brasil a rede de esgotamento cobre um percentual de 95%, no Nordeste de
45%, e no Norte do país permanece com o menor percentual de domicílios
atendidos por rede de esgoto, de apenas 13%.
Com o propósito de obter a recuperação de efluentes e seu possível reuso, a
presente pesquisa buscou investigar o desempenho de sistemas UASB
seguido de filtro anaeróbio e filtro de areia intermitente aeróbio, avaliando a
eficiência de remoção de material orgânico, sólidos em suspensão e a série
nitrogenada.
MATERIAL E MÉTODOS
O sistema experimental operado teve como finalidade tratar esgoto
doméstico com uma vazão diária de 540 litros
MATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOS
➔ As análises eram realizadas semanalmente, sendo elas: afluente (esgoto
bruto), efluente UASB, efluente do filtro anaeróbio e efluente do filtro
aeróbio.
➔ Todas obedeceram aos métodos preconizados pelo Standard Methods for
the Examination of Water and Wastewater (APHA, 1998),
➔ Exceto a alcalinidade total, que foi realizada através do método Kapp
(BUCHAUER et al.,1998).
➔ Os parâmetros físico-químicos analisados foram os seguintes: pH,
Demanda Química de Oxigênio (DQO), série do nitrogênio (Nitrogênio
amoniacal (N-NH4+), nitrito (N-NO2-), nitrato (N-NO3-) e Nitrogênio Total
Kjeldahl (N-NTK), sólidos suspensos totais e voláteis (SST e SSV).
RESULTADOS
➔ O esgoto bruto é classificado como ESGOTO MÉDIO, pois apresentou DQO
média de 467 mg/L, variando de 387-605 mg/L.
O efluente do UASB apresentou uma DQO de 204 mg/L estando no intervalo
entre 238 - 149 mg/L, propiciando uma remoção de 56,3% com TDH de 29h,
como pode ser visto na Figura 2a. A DQO filtrada foi de 172 mg/L , variando em
uma faixa entre 181- 166 mg/L para o esgoto bruto e UASB foi 136 mg/L (159
-116 mg/L), com uma eficiência de 21% (Figura 2b).
➔ Com substrato de águas cinzas, obteve por meio da comparação de diferentes
TDH (20, 12 e 8 h) e variações de temperaturas (14 - 23ºC), confirmando que a
eficiência de remoção diminui quando o TDH é aumentando e quando a
temperatura diminui.
Abaixo os valores das concentrações médias mensais de DQO do Esgoto
Bruto e efluentes do reator UASB, Filtro anaeróbio (FAN) e Filtro aeróbio
intermitente (FA).
RESULTADOS
➔ Um estudo realizado por Elmitwalli et al., (2007), com substrato de águas
cinzas, obteve por meio da comparação de diferentes TDH (20, 12 e 8 h) e
variações de temperaturas (14 - 23ºC), confirmando que a eficiência de
remoção diminui quando o TDH é aumentando e quando a temperatura
diminui.
➔ Segundo Banu, et. al., (2007), a redução na eficiência de remoção está
relacionada a uma elevada velocidade ascensional e, consequentemente,
menor tempo de contanto entre o efluente e a microbiota do reator.
➔ O afluente do filtro anaeróbio e aeróbio, obtiveram DQO média de 113
mg/L (132 – 85 mg/L) e 83 mg/L (97-37 mg/L), respectivamente, resultando
em uma eficiência média de 75% para o filtro anaeróbio e 82% para o
aeróbio (Figura 2a)
A eficiência de remoção ao longo da pesquisa aumentou de 79 para 91% em
SST e 87 para 92% em SSV para o filtro aeróbio e para o filtro anaeróbio de 86
para 92% em SST e 88 para 90% em SSV.
➔ A concentração média de NTK para o esgoto bruto e o efluente do reator
UASB ficaram em valores de 52mg/L. Valor este que não representou
remoção de N-NTK.
➔ Os autores reconhecem que este fato pode estar relacionado ao inóculo
de lodo adicionado no início de operação do sistema, bem como o
possível arraste de biomassa no efluente nos horários de maior pico,
como também, coletas de amostras pontuais para realização de análises.
➔ Para os filtros a concentração do N-NTK obtida foi de 50 mg/L e 10 mg/L
para o FAN e FA, respectivamente, o que representa remoção de 4% para
o FAN e 80,7% para o FA.
➔ o processo de conversão dos compostos nitrogenados para o filtro
aeróbio teve eficiência de remoção de Nitrogênio smoniacal no FA de
80,8%.
➔ Foi notado uma nitrificação desde o início da operação.
CONCLUSÃO
O tratamento com reator UASB seguido de pós-tratamento com filtra
anaeróbio e filtro aeróbio intermitente mostrou ser eficaz, de simples
operação e manutenção, bem como, produziu efluentes com boa remoção de
material orgânico, sólidos em suspensão e nitrogênio amoniacal.
Concluindo-se que os sistemas utilizados são capazes de obter a recuperação
de efluentes, seu possível reuso e satisfazer as necessidades de sistemas
descentralizados.

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