Eleições no Brasil 2022 Prof. Leandro Signori Eleições no Brasil 2022 Prof. Leandro Signori Nas eleições deste ano, o candidato médio é homem, com ensino superior completo e casado. A idade mais comumente encontrada é 50 anos. Quase metade (49,4%) se diz negra (35,5% se declararam pardos e 13,9% afirmaram ser pretos). Os que se classificam como brancos somam 48,9%. O prazo para o registro de candidaturas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou nos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) de cada localidade terminou na 2ª feira (15.ago.2022). Foram feitos 28.109 pedidos para concorrer no pleito de outubro: 18.749 dos inscritos são homens (67% do total), 9.353 são mulheres (33%) e 7, não divulgáveis (0%).
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Prof. Leandro Signori Os casados representam 53% do total de candidatos. Solteiros são 32%, seguidos de divorciados (13%). No quesito ocupação, o item “outros” responde por 17,49% do total de candidaturas. É seguido por empresário (12,45%), advogado (7,26%), vereador (3,88%), deputado (3,84%), aposentado (2,88%), policial militar (2,87%), comerciante (2,86%), administrador (2,81) e servidor público estadual (2,68%). Possuem ensino superior completo 15.474 dos candidatos (55% do total) e 7.133 (25%) terminaram o Ensino Médio. Os tribunais têm até o dia 12 de setembro para processar e julgar todos os pedidos de registro de candidatura. Em 2018, a Justiça Eleitoral recebeu 29.084 candidaturas – quantidade 3,5% a mais do que neste ano. Em torno de 2.600 foram impugnadas. Os motivos variam da ausência de dados ao não cumprimento da Lei da Ficha Limpa, entre outros.
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Prof. Leandro Signori Eleições no Brasil 2022 Prof. Leandro Signori De acordo com as informações registradas, a profissão mais comum entre os candidatos é empresário. Foram 3.584 inscritos, ou 12,75% do total. Na sequência vêm advogados (7,26%), vereadores (3,88%), deputados (3,84%) e aposentados (2,88%) –exceto funcionários públicos. A atividade de 4.915 candidatos (17%) está marcada como “outros”. Na 7ª posição da lista estão os policiais militares, com 807 candidaturas confirmadas, ou 2,87% do total. A categoria teve um crescimento acentuado de inscritos: são 33,83% a mais do que em 2018, quando somavam 603 candidatos. Fechando o top 10 aparecem comerciantes (803 candidatos, ou 2,86% do total), administradores (791, ou 2,81%) e servidores públicos estaduais (754, ou 2,68%).
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Prof. Leandro Signori Eleições 2022: 38% dos candidatos não declaram patrimônio, 12% são milionários e 1 é bilionário Levantamento com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que os milionários estão mais presentes entre os candidatos a presidente (58%) e vice-presidente (50%). Já os sem patrimônio são 40% entre deputados estaduais e 36% entre deputados federais. G1, 17/08/2022
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Prof. Leandro Signori A eleição deste ano terá 12% de candidatos milionários e 38% sem nenhum patrimônio, além de um candidato bilionário, apontam dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os próprios candidatos informam ao TSE sobre o patrimônio que possuem. Segundo o último relatório da Credit Suisse sobre riqueza no mundo, divulgado em 2021, o Brasil tem 207 mil pessoas com fortunas superiores a US$ 1 milhão. Os milionários estão mais presentes entre os candidatos a presidente (58%) e vice- presidente (50%). Já os sem patrimônio são 40% entre deputados estaduais e 36% entre deputados federais. Dois candidatos à vice-presidência informaram à Justiça Eleitoral não ter bens. O único candidato bilionário, o herdeiro do grupo Votorantim Marcos Ermírio de Moraes (PSDB), concorre pela 2ª suplência na chapa em que ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) disputa a vaga de senador pelo estado.
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Prof. Leandro Signori Eleições no Brasil 2022 Prof. Leandro Signori Cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná, Emerson Cervi diz que o sistema político brasileiro "concentra melhores condições ou maior chance de sucesso eleitoral entre os mais ricos". "A gente tende a ter uma replicação que é quase um ciclo vicioso. Se ele tem mais patrimônio, ele tende a ser eleito. E, se ele é eleito, ele tende a manter patrimônio", comenta. Pesquisador do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público (Cepesp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Arthur Fisch diz que a proporção de milionários sempre é maior entre candidatos do que entre a população brasileira. "Você ter mais dinheiro te dá mais segurança de fazer campanha. Acaba sendo discrepante em relação ao resto da sociedade", afirma.
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Prof. Leandro Signori Novo x PCO O Novo segue como o partido com mais candidatos milionários proporcionalmente. 27% dos candidatos do partido se declaram milionários, seguido pelo PSD (21%), PP (20%), União (20%) e PL (20%). Segundo Cervi, esse maior percentual entre partidos, de direita e centro-direita, é explicado pela origem social dos quadros dessas siglas. "São partidos que buscam candidatos numa classe, numa faixa da sociedade que tende a ser classe média para cima. Em geral, não são [candidatos] de origem popular", afirma. O PCB é a única sigla que não tem postulantes a cargo público com mais de R$ 1 milhão de patrimônio. Na outra ponta da tabela, o PCO é proporcionalmente o partido com mais candidatos que disseram ao TSE ter zero patrimônio (73% do total). O PT é o que tem menos candidatos com essa categoria (17,8%), um pouco acima do Novo (18,2%), que aparece em seguida. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, vem depois, com 24,7%.
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