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ATAQUES AS URNAS ELETRÔNICAS

A eleição deste ano ocorrerá em meio a ataques do presidente Jair Bolsonaro à confiabilidade
das urnas eletrônicas e ao esforço de representantes da Justiça para garantir publicamente a
lisura das eleições no país, apesar dos tribunais nem sempre justificarem abertamente esse
contexto como motivação para as novas medidas. Na quarta-feira , nove organizações
brasileiras da sociedade civil pediram em uma reunião com a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos que sejam tomadas medidas para garantir a proteção de juízes eleitorais e
mesários durante as eleições.

Segundo o presidente do TSE, a Justiça Eleitoral e seu representantes são “atacados com uso
de má fé” e criticou o “envolvimento da política internacional”.

“Mais uma vez a Justiça Eleitoral e seus representantes máximos, são atacados com acusações
de fraude, ou seja, uso de má fé. Ainda mais grave, é o envolvimento da política internacional
e também das Forças Armadas, cujo relevante papel constitucional a ninguém cabe negar
como instituições nacionais, regulares e permanentes do Estado, e não de um governo. É hora
de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição
de 1988”, disse o ministro.

Ele ainda afirmou, sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, que uma personalidade
importante vem tendo um “inaceitável negacionismo eleitoral” e considerou como “muito
grave” as acusações de fraude no processo eleitoral de 2018.

“Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro
de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude a uma instituição, mais uma
vez, sem apresentar provas. As entidades representativas como a OAB e a própria sociedade
civil precisam fazer sua parte na garantia de que a democracia seja preservada”, relatou.

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