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Redação
Administrativa
e
Padronização
Documental
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 2007
COORDENADORA
Nilza Carmen de Lemos Junqueira Franco
MEMBROS
Clara Naomi Omaki
Maria Mathilde Marchi
Rosália Bardaro
Cecília Moraes De Mingo
Nancy Val y Val Peres da Mota
Valcir Dias da Silva
Shizuka Ishii
Shizuka Tomita Campoleoni
Solange Cirelo
Simone Bracalle Ambrogi Cunha
AGRADECIMENTO
A Coordenação
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................... 7
3
Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
4
Capítulo VIII. NUMERAL ............................................................................................................... 52
31. Definição ................................................................................................................................. 52
31.1. Grafia de Numerais ......................................................................................................... 52
31.2. Grafia de datas ................................................................................................................. 53
31.3. Grafia de horas ................................................................................................................ 53
31.4. Grafia de números cardinais compostos ........................................................................... 53
31.5. Grafia de frações e decimais ............................................................................................. 54
31.6. Quadro de numerais e algarismos .................................................................................... 54
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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APRESENTAÇÃO
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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1ª PARTE
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
CAPÍTULO I
ATOS ADMINISTRATIVOS
A Administração Pública realiza sua função e/ ou complementares que são elaboradas para
executiva por meio de atos jurídicos que recebem dispor e instituir sobre um determinado assunto
a denominação especial de atos administrativos. abordado em um artigo da lei básica.
Tais atos, por sua natureza, conteúdo e forma,
se diferem daqueles emanados do Legislativo e Exemplos: Lei Federal nº 8.666/93, instituindo
do Judiciário (decisões judiciais). normas para licitações e contratos da
Administração Pública, em face do
Nesse sentido, ato administrativo é toda art. 37, inciso XXI, da Constituição
manifestação de vontade da Administração Federal.
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, Lei Federal nº 8.080/90, dispondo
modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor sobre o Sistema Único de Saúde, em
obrigações aos administrados ou a si própria. face do art. 196 da Constituição Fe-
deral.
Feitas estas colocações iniciais, o HCFMUSP
procurará, por meio deste Manual, oferecer Existem leis ou matérias abordadas em lei
informações básicas sobre os principais atos que são de aplicação imediata, ou seja, a partir
administrativos, a partir do mais importante da data de publicação ou de uma data deter-
deles, que é a Lei. Para os demais atos menores minada na própria lei; outras dependem de lei
que poderão ser emitidos em todos os níveis da disciplinadora ou decreto regulamentar para
administração do HCFMUSP, além das infor- entrarem em vigor.
mações fundamentais, serão dadas também
instruções sobre as normas que devem ser A lei é um ato complexo que resulta do
observadas em sua elaboração. consenso entre dois poderes, vale dizer, o Poder
Legislativo e o Poder Executivo. O Poder Exe-
cutivo é o Estado (sendo o Chefe do Executivo,
1. LEI o Governador). O Poder legislativo, em nível
estadual, é a Assembléia Legislativa.
Norma ou conjunto de normas elaboradas
e votadas pelo legislativo dispondo sobre deter- Uma lei pode resultar de uma proposta do
minada matéria, cujo cumprimento ou aplicação Executivo ao Legislativo, que discute e se for o caso,
torna-se obrigatório em relação ao assunto ou a aprova. Volta então, após aprovada, ao Executivo
situação tratados por ela. que a sanciona. Pode também a lei ser iniciada
dentro do legislativo que depois, a remete ao
Existem leis básicas e fundamentais, como exame do Executivo, que a sanciona, se for o caso.
por exemplo a Constituição Federal e o Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado de A Constituição do Estado de São Paulo define
São Paulo. Existem, também, leis disciplinadoras os casos em que a iniciativa pode ser do Legislativo.
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1ª Parte – Capítulo I – Atos Administrativos
Decreto nº 47.297/02 que dispõe so- Para expedir uma portaria é necessário que:
bre o Pregão no âmbito da adminis- • a autoridade expedidora tenha com-
tração pública estadual. petência legal para o ato (por isso é que
no preâmbulo da portaria sempre cons-
ta: “O Superintendente, no uso das atribuições
3. RESOLUÇÃO legais que lhe foram conferidas pelo art. 104
do Decreto nº 9.720, de 20.4.1977...”;
Atos administrativos normativos, expedidos • o ato seja publicado no Diário Oficial
pelas altas autoridades do Executivo (mas não do Estado-DOE, para ter efeito.
pelos Chefes do Executivo, que só podem expedir
decretos) ou pelos Presidentes de Tribunais, No âmbito do HCFMUSP, a expedição da
órgãos legislativos e colegiados administrativos, portaria é competência do Superintendente.
para disciplinar matéria de sua competência
específica. Exemplos: Portaria de 6.5.2003, que institui o
Núcleo Especializado em Direito –
Exemplos: Resolução do Comitê Estadual de Ges- NUDI.
tão Pública - CEGP-10, de 19.11.2002,
que aprova o regulamento para a mo- Portaria de 7.3.2006, que institui o Nú-
dalidade de licitação denominada Pre- cleo de Infra-Estrutura e Logística –
gão, destinada à aquisição de bens e NILO.
à prestação de serviços comuns, pela
administração direta e autárquica do
Estado de São Paulo.
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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CAPÍTULO II
COMUNICAÇÕES OFICIAIS
DO HCFMUSP
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
uma desejável padronização, que per- Os textos oficiais do HCFMUSP, por seu
mite que comunicações elaboradas nos caráter impessoal, por sua finalidade de informar
diferentes Institutos/Departamentos do com o máximo de clareza e concisão, requerem
HCFMUSP guardem entre si certa o uso do padrão culto da língua. Há consenso de
uniformidade; que o padrão culto é aquele em que:
• da impessoalidade de quem recebe a
comunicação, com duas possibilidades: • se observam as regras da gramática
ela pode ser dirigida a outro órgão formal;
(interno ou externo) ou a um cidadão, • se emprega um vocabulário comum ao
sempre concebido como público. Nos dois conjunto dos usuários do idioma.
casos, temos um destinatário concebido
de forma homogênea e impessoal; É importante deixar claro que o padrão
• do caráter impessoal do próprio assunto culto nada tem contra a simplicidade de expres-
tratado: se o universo temático das são, desde que não seja confundido com pobreza
comunicações oficiais do HCFMUSP se de expressão. De nenhuma forma o uso do
restringe a questões que dizem respeito padrão culto implica emprego de linguagem
às finalidades da Autarquia, é natural rebuscada.
que não cabe qualquer tom particular
ou pessoal. Pode-se concluir, então, que não existe
propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o
Nesse contexto, não há lugar na redação que há é o uso do padrão culto nos atos e comu-
oficial do HCFMUSP para impressões pessoais, nicações oficiais. É claro que haverá preferência
como as que, por exemplo, constam de uma carta pelo uso de determinadas expressões, ou será
a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, obedecida certa tradição no emprego das formas
ou mesmo de um texto literário. sintáticas, mas isso não implica, necessariamente,
que se consagre a utilização de uma forma de lin-
A redação oficial deve ser isenta da inter- guagem burocrática. O jargão burocrático, como
ferência da individualidade de quem a elabora. todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre
A concisão, a clareza, a objetividade e a forma- sua compreensão limitada.
lidade de que nos valemos para elaborar os
expedientes oficiais do HCFMUSP contribui, A linguagem técnica deve ser empregada
ainda, para que seja alcançada a necessária apenas em situações que a exijam, devendo,
impessoalidade. portanto, evitar o seu uso indiscriminado.
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1ª Parte – Capítulo II – Comunicações Oficiais do HCFMUSP
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1ª Parte – Capítulo II – Comunicações Oficiais do HCFMUSP
O ofício deve obedecer as seguintes regras: • fecho – É o final do ofício. Não tem
fórmula padrão, porém, vem alinhado
• papel - A4; com os parágrafos;
• local e data, alinhados à margem • assinatura – Consiste no nome completo
esquerda do papel, redigidos por extenso do Superintendente e seu cargo. Entre-
e sem ponto final; tanto, dependendo do assunto versado
• numeração seqüencial, após a no ofício, o responsável pelas informa-
denominação “Ofício nº”, seguida das ções poderá assinar juntamente com o
iniciais da unidade que o preparou. Superintendente a comunicação. Nesse
Deve ser alinhada à direita; caso, a autoridade de maior nível hie-
• referência ou assunto - Deve vir logo rárquico tem o seu nome e o seu cargo
abaixo da numeração, no mesmo à direita do requerimento. Tanto o no-
alinhamento, fazendo constar o número me, como o cargo devem vir em maiús-
do processo ou expediente ao qual a culas e minúsculas, em caixa alta, sendo
matéria do ofício se refere; o nome em negrito;
• vocativo – É o tratamento dado ao • destinatário – Deve vir alinhado à
destinatário. Não deve ser seguido de esquerda, no rodapé da página, dele
nenhum sinal de pontuação e vem constando o tratamento, na primeira
alinhado à esquerda. (v. capítulo referente linha; o nome, na segunda linha; o cargo
às Formas de Tratamento); ou função, na terceira linha. Logo abai-
• identificação do HCFMUSP e sua repre- xo, devem constar o endereço, a cidade,
sentação legal – “O HOSPITAL DAS o estado e o Código de Endereçamento
CLÍNICAS DA FACULDADE DE Postal – CEP;
MEDICINA DA UNIVERSIDADE • envelope – Repete-se o que consta do des-
DE SÃO PAULO – HCFMUSP, tinatário do Ofício. No remetente, deve-
entidade autárquica, criada pelo Decre- se colocar o nome do HCFMUSP e o
to Lei nº 13.192, de 19 de janeiro de endereço da Superintendência (Anexo III).
1943, com personalidade jurídica e
patrimônio próprios, vinculado à Secre- 9.1.2. REQUERIMENTO
taria de Estado da Saúde – SES e asso-
ciado à Universidade de São Paulo – Petição formal em que o HCFMUSP, por
USP, por seu Superintendente”; seu Superintendente, isoladamente ou em
• texto – Devem ser observadas as regras conjunto com o Presidente do Conselho Deli-
para elaboração das comunicações berativo, Diretor Clínico, Diretor Executivo,
oficiais descritas no item 1 deste capí- Coordenador ou Diretor de Departamento,
tulo. Se o texto contiver mais de uma requer à autoridade competente, de qualquer
idéia sobre o assunto, elas devem ser esfera de Governo, algo que julgue de direito.
tratadas em parágrafos distintos, o que
confere maior clareza à exposição. O requerimento deve obedecer as seguintes
Releva destacar que sempre que se apre- regras:
sentar conveniente à clareza e compre-
ensão da comunicação, os parágrafos do • papel - Ofício 2;
texto devem ser numerados, exceto nos • destinatário – Deve encabeçar o docu-
casos em que estes estejam organizados mento, dele constando, apenas, o pro-
em itens ou títulos e subtítulos; nome de tratamento e a identificação
do cargo da autoridade requerida, bem
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1ª Parte – Capítulo II – Comunicações Oficiais do HCFMUSP
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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1ª Parte – Capítulo II – Comunicações Oficiais do HCFMUSP
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
A ata deve iniciar apontando a data (dia, Os documentos enviados por fax mantêm
mês e ano), o horário do evento, o nome dos a forma e a estrutura que lhe são inerentes. É
presentes e dos ausentes, as ocorrências e as conveniente o envio, juntamente com o docu-
deliberações tomadas. mento, de folha de rosto, que consiste em peque-
no formulário com os dados de identificação da
As atas decorrentes de processos licitatórios, mensagem a ser enviada.
em suas diversas modalidades, devem obedecer (Anexo IX)
às determinações da legislação específica e
pertinente. 9.2.8. CORREIO ELETRÔNICO
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1ª Parte – Capítulo II – Comunicações Oficiais do HCFMUSP
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2ª PARTE
ORTOGRAFIA OFICIAL E
TÓPICOS ESSENCIAIS DE GRAMÁTICA
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CAPÍTULO I
ORTOGRAFIA
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
Intimorato: destemido, que não se deixa intimidar Reboliço: pedra para amolar
Intemerato: puro, íntegro, ilibado Rebuliço: confusão, balbúrdia
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CAPÍTULO II
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
As regras de acentuação gráfica estão de acordo com a lei nº 5765 de 18/12/1971 que aprovou
as alterações na Ortografia da Língua Portuguesa, publicada no DOU em 20/12/1971 e em vigor a
partir de 20/01/1972.
Com apenas uma sílaba: átonas não há a, o, as ,os, me, te, que,
monossílabas pois, nem, nas, com, um,
uns, mas, de, da, das, do,
dos ... (artigos, pronomes,
preposições, conjunções)
Com mais de uma sílaba: oxítonas na última sílaba rapaz, cajá, bisavô,
caxambu, abajur, mamão,
dissílabas (2 sílabas) parabéns...
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
trema (¨) para que o u seja pronunciado nos dígrafos güe, güi, qüe,qüi
(freqüência, tranqüilo, ungüento, eqüino...)
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Acentuam-se:
monossílabas a, as cá, dá, já, má, pás, má, más, Brás, gás ...
tônicas e, es crê, dê, fé, pé, mês, rês, pés...
o, os dó, nó, pó, nós, cós, pôs, pós, sós...
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
ditongos:
ea, eas Áurea, área, azáleas...
eo, eos errôneo, errôneos, gêmeo, extemporâneo...
ei, eis jóquei, vôlei, imóveis, túneis, fósseis, pônei...
ia, ias ânsia, egrégia, importância...
ie, ies calvície, cáries...
io, ios lábio, colégio, lábios,lírios...
uo, uos contínuo, contíguos, árduo...
oa, oas mágoa, mágoas...
ua, uas contígua, régua, contíguas, contínuas, água...
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Situação Exemplos
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
Situação Exemplos
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não se acentuam as oxítonas terminadas rubi, caqui, aqui, Parati, barris, anis, civis...
em i, is e u, us caju, Bauru, bambu, rebu, urubus, perus...
não se acentuam as oxítonas terminadas sutil, clamor, impor, condor, ruim, folhetim,
em consoantes capaz, talvez, feroz...
não se acentuam os monossílabos tem, tens, vem, vens, si, ti, tu, pus, vis, xis...
tônicos terminados em em, ens, i, is, u,
us
não se acentua a base dos ditongos tônicos atraiu, saiu, ruiu, contribuiu, traiu...
iu e ui quando precedidos de vogal
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2ª Parte – Capítulo I – Ortografia
derivados de ter =
manter ele mantém eles mantêm
conter ele contém eles contêm
entreter ele entretém eles entretêm
deter ele detém eles detêm
derivados de vir =
intervir ele intervém eles intervêm
convir ele convém eles convêm
provir ele provém eles provêm
advir ele advém eles advêm
derivados de
crer = descrer ele descrê eles descrêem
dar = desdar ele desdê eles desdêem
ler = reler ele relê eles relêem
ver = rever ele revê eles revêem
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CAPÍTULO III
PONTUAÇÃO
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2ª Parte – Capítulo II – Pontuação
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2ª Parte – Capítulo II – Pontuação
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• para indicar o início da fala de um perso- • para destacar palavras estrangeiras não
nagem ou a mudança de interlocutor. aportuguesadas:
- Onde é a dor? perguntei. Não há previsão para aquisição de
- No peito, respondeu o paciente. “tailleurs” para a composição do uniforme.
A licença foi solicitada “ex officio” pelo
• para destacar expressões explicativas na superior do funcionário.
oração:
A vantagem a que faz jus o peticionário • para indicar ironia ou desprezo no uso
- décimos decorrentes do exercício de de certos vocábulos ou expressões:
cargo de remuneração superior à de seu O Senhor se diz “humanista” mas não
cargo efetivo - deve ser paga a partir de demonstrou interesse pelas vítimas do
novembro de 1994. desastre.
Um bom atendimento ao cliente - diga-
se mais uma vez - exige treinamento e Podem receber aspas, ainda, títulos de livros,
valorização do profissional. jornais, revistas, obras de arte, conferências, mú-
sicas, se forem escritos no mesmo tipo gráfico
• para indicar início e fim de trajetos: do restante do texto. O melhor, entretanto, é su-
A estrada Rio - Bahia; blinhá-los ou pô-los em destaque com o uso de
A linha aérea São Paulo - Buenos Aires. negrito ou itálico.
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2ª Parte – Capítulo II – Pontuação
24. COLCHETES
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CAPÍTULO IV
MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
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2ª Parte – Capítulo IV – Maiúsculas e Minúsculas
Quando são compostos de prefixo que não • Nos títulos de livros, produções artísti-
forma unidade semântica, escreve-se o radical com cas, literárias ou científicas: Dom Casmurro
inicial maiúscula: além-Andes, aquém- Atlântico etc. (de Machado de Assis), O Guarani (de Carlos
Gomes), Uma Breve História do Tempo (de
Os nomes de povos escrevem-se com inicial Stephen Hawking), O Espírito das Leis (de
minúscula: brasileiros, paulistas, russos, ingleses etc. Montesquieu ) etc.
• Nos nomes que designam cargos, digni- As partículas internas a tais palavras com-
dades ou postos, quando determinados: postas permanecem em letra minúscula.
Presidente da República, Ministro da Saúde,
Arcebispo de São Paulo, Deputados à Assem- • Nos nomes de fatos históricos e impor-
bléia, Embaixador da França, Superintendente, tantes, atos solenes e grandes empreen-
Presidente do Conselho etc. dimentos públicos: Descobrimento da
América, Refoma Ortográfica, Dia do
Quando indeterminados, os mesmos nomes Município, 9 de Julho, 23 de Maio etc.
são escritos com inicial minúscula: presidentes de
autarquias, os ministros, os embaixadores das nações As festas pagãs ou populares são grafadas
amigas, os diretores, os assistentes de direção etc. com inicial minúscula: carnaval, bumba-meu-boi,
cavalhadas etc.
• Nos nomes de instituições religiosas,
políticas ou nacionais, quando tomados Os meses do ano são escritos com minús-
por conceitos: a Igreja, o Estado, a Pátria, a culas: março, setembro, dezembro etc.
Língua Portuguesa, o Idioma, o Vernáculo etc.
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CAPÍTULO V
DIVISÃO DE PALAVRAS
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CAPÍTULO VI
HÍFEN
O emprego correto do hífen é um dos pro- • inter-, hiper-, mini- e super-, quando se-
blemas encontrados na redação de palavras guidos de palavras iniciadas por h ou r:
compostas. Enquanto não são implantadas as inter-racial, inter-humano, hiper-rugoso, mini-
novas formas propostas na reforma ortográfica, hélice, mini-rádio, super-homem, super-
continuam em vigor as regras, um tanto confusas, requintado, super-hidratação etc.
aprovadas pela Lei nº 5675, de 18 de dezembro
de 1971. • entre-, quando seguindo de h: entre-hostil
etc.
29. EMPREGO DO HÍFEN • ab-, ad-, ob- sob- e sub-, quando segui-
dos de palavra começada por r: ab-rogar,
Emprega-se o hífen nos vocábulos formados ad-renal, ob-repitício, sub-reino etc.
pelos prefixos:
• pan- e mal-, quando seguidos de palavra
• auto-, contra-, extra-, infra-, neo-, inciada por vogal ou h: pan-asiático, pan-
proto-, pseudo-, semi- e ultra-, quando helenismo, mal-educado, mal-humorado etc.
seguidos de palavras começadas por
vogal, h, r ou s: auto-educação, auto-exame, Exceção: panamericano, já consagrado.
auto-análise, contra-almirante, contra-
indicação, extra-oficial, extra-abdominal, extra- • bem-, em todos os casos, salvo as formas
sagital, infra-hepático, intra-ocular, neo- já consagradas, como benfeitor, ben-
republicano, proto-revolucionário, proto-sistólico, quisto, benfazejo etc.
pseudo-epilético, pseudo-revelação, semi-
internato, semi- selvagem, ultra-sensível, ultra- • sem-, sota-, soto-, vice-, vizo, ex- (este
sonografia, etc. último com o sentido de cessamento ou
estado anterior): sem-cerimônia, sota-piloto,
Exceção: extraordinário, já consagrado pelo soto-ministro, vice-reitor, vizo-rei, ex-diretor etc.
uso.
• pós-, pré- e pró-, que têm acento pró-
• ante-, anti-, arqui- e sobre-, quando prio, por causa da evidência dos seus
seguidos de palavras iniciadas por h, r significados e da sua pronúncia, ao con-
ou s: ante-histórico, ante-sala, anti-higiênico, trário de seus homógrafos não acentua-
anti-raquítico, anti-sifilítico, arqui-rabino, dos, que se aglutinam com o segundo
sobre-saia, sobre-humano, etc. elemento: pós-meridiano, pós-doutorado, pós-
operatório, pré-escolar, pré-lombar, pré-nupcial,
• supra-, quando seguido de palavra co- pró-britânico; mas: pospor, preanunciar,
meçada por vogal, r ou s: supra-axilar, procônsul etc.
supra-renal, supra-sensível etc.
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CAPÍTULO VII
APÓSTROFO
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CAPÍTULO VIII
NUMERAL
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2ª Parte – Capítulo VIII – Numeral
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2ª Parte – Capítulo VIII – Numeral
(1)
Estas letras são grafadas com um traço em cima.
(2)
Estas letras são grafadas com dois traços em cima.
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CAPÍTULO IX
CRASE
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2ª Parte – Capítulo IX – Crase
• antes da palavra terra, quando significa • antes da palavra distância, quando usa-
terra firme, em oposição a mar: os mari- da em sentido indeterminado: reconheci
nheiros desceram a terra. Porém, ocorre o homem a distância. Temos crase, entre-
crase se a palavra é particularizada: che- tanto, quando a distância é determina-
guei à terra de meus avós. da: o homem estava à distância de vinte metros.
• antes da palavra casa, na acepção de mo- • nas locuções até as e após as, tempo-
radia: vou a casa. A crase ocorre, porém, rais: a sessão foi suspensa até as 17 ho-
quando a palavra é particularizada: vou ras; a sessão solene iniciou-se após as
à casa de João. 20 horas; o congresso será realizado de
18 a 20 de maio.
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CAPÍTULO X
PRONOMES
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2ª Parte – Capítulo X – Pronomes
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CAPÍTULO XI
VERBO
Nesta parte serão abordados somente casos • precaver e reaver não são derivados de ver.
de formas verbais que geram dúvidas e erros (Veja em Verbos defectivos.)
freqüentes.
Exceção:
O verbo prover não se conjuga como ver nos
35. CONJUGAÇÃO DE ALGUNS seguintes tempos:
VERBOS E SEUS DERIVADOS
• pret. perf. ind.: provi, proveste, proveu,
VIR provemos, provestes, proveram.
• na 1ª pessoa do plural do presente do in- • pret. m.q.p. ind.: provera, proveras, pro-
dicativo conjuga-se vimos (e não viemos): vera, provêramos, provêreis, proveram.
Vimos avisá-lo de seu compromisso hoje.
• pret. imp. subj.: provesse, provesses, pro-
• na 1ª pessoa do plural do pretérito per- vesse, provêssemos, provêsseis, provessem.
feito do indicativo, conjuga-se viemos: Vie-
mos do Rio para São Paulo de ônibus. • fut. subj. : prover, proveres, prover, pro-
vermos, proverdes, proverem.
• o futuro do subjuntivo é vier (e não vir):
Quando eu vier à Capital, far-lhe-ei uma visita. • particípio: provido.
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2ª Parte – Capítulo VI – Verbo
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• emprega-se somente nas terceiras pes- • pres. subj.: averigúe, averigúes, averigúe,
soas do presente do indicativo e no pre- averigüemos, averigüeis, averigúem.
térito imperfeito do indicativo: sói, soem;
soía, soías, soía, soíamos, soíeis, soíam. E da mesma forma: apaziguar, obliquar.
VIGER IMPUGNAR
• não tem 1ª pessoa do singular do • pres. ind.: impugno (ú), impugnas (ú),
presente do indicativo, nem presente do impugna (ú), impugnamos, impugnais,
subjuntivo: O contrato vige a partir de 1º de impugnam (ú).
janeiro; As disposições vigeram até a revogação
do decreto. • pres. subj.: impugne (ú), impugnes (ú),
impugne (ú), impugnemos, impugneis,
TRANSIR impugnem (ú).
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2ª Parte – Capítulo VI – Verbo
afixar a: Os cartazes foram afixados aos murais da atender a: O Prefeito atendeu ao pedido do vereador;
entidade. o Superintendente atendeu o Ministro em sua reivindicação.
almejar, por: Almejava o cargo; Almejo por estar em avisar: o Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da
seu lugar. necessidade de recadastramento.
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CAPÍTULO XII
FLEXÃO NOMINAL
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2ª Parte – Capítulo XII – Flexão Nominal
ou aldeã, deus — deusa ou déia, diabo — diaba, diabra • a mesma palavra é repetida nos dois ele-
ou diaboa, elefante — elefanta ou aliá, javal — javalina mentos: tico-ticos, ruge-ruges etc.
ou gironda, ladrão — ladra, ladrona ou ladroa,
motor — motora ou motriz, pardal — pardoca ou • os dois elementos são adjetivos: social-
pardaloca, varão — varoa, virago ou matrona, vilão — democratas, nacional-socialistas, azul-claros,
vilã ou viloa. verde-escuros etc.
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
Outros, ainda, não têm forma definida para • superlativo, que ressalta a qualidade pe-
o plural, sendo possível utilizar mais de uma das rante outros seres ou indica que a quali-
formas: sultãos, sultões, sultães; aldeões, aldeães, aldeãos; dade ultrapassa a noção do adjetivo, caso
corrimãos, corrimões. Recomenda-se, entretanto, em que é chamado superlativo absoluto.
optar pela forma mais sonora ou corrente: sultões,
aldeãos, corrimãos. Este último é o que nos interessa.
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2ª Parte – Capítulo XII – Flexão Nominal
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
CAPÍTULO XIII
CONCORDÂNCIA
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2ª Parte – Capítulo XIII – Concordância
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
CAPÍTULO XIV
EMPREGO DO PORQUE
48. POR QUE / POR QUÊ / POR QUÊ (separados, com circunflexo)
PORQUE / PORQUÊ
• pronome interrogativo (quê) antecedido
As diferenças entre as palavras porque e de preposição (por), incidindo em final de
porquê, e as expressões por que e por quê merecem frase interrogativa (interrogativa direta):
ser tratadas separadamente, pois seu emprego Ele não vai por quê ?
gera sempre dúvida, e o assunto envolve classes
de palavras diversas, assim como mudança de • pronome relativo (quê) antecedido de pre-
significado, de acordo com a função sintática. posição (por), incidindo em final de frase:
Ele não vai, mas não disse por quê.
Assim, temos:
PORQUE (sem circunflexo)
POR QUE (separados, sem circunflexo)
• conjunção subordinativa adverbial cau-
• pronome interrogativo (que) antecedido sal (equivale a pois, visto que, já que, uma
de preposição (por); ocorre em interro- vez que):
gativas diretas, nunca no final da frase: Não veio porque adoeceu.
Por que você não vai?
• conjunção coordenativa explicativa
• pronome interrogativo (que) antecedido (equivale a portanto, pois, porquanto):
de preposição (por); ocorre em interro- Choveu durante a noite, porque a rua está
gativas indiretas: molhada.
Quero saber por que você não vai; Ele não disse
por que não fez o serviço. PORQUÊ (com circunflexo)
70
CAPÍTULO XV
CONVENÇÕES
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XV – Convenções
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XV – Convenções
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XV – Convenções
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XV – Convenções
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
CAPÍTULO XVI
ERROS FREQUENTES
53. EXEMPLOS
O ERRADO O CERTO
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2ª Parte – Capítulo XVI – Erros Frequentes
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XVI – Erros Frequentes
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XVI – Erros Frequentes
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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2ª Parte – Capítulo XVI – Erros Frequentes
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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3ª PARTE
TÉCNICAS DE REDAÇÃO
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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CAPÍTULO I
91
Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
1) AMBIGÜIDADE • PLEONASMO
Frases com dois ou mais sentidos possíveis: Excesso de significantes ao enunciar uma
Criticam os deputados os comícios improvisados. A idéia: Sai lá para fora, entra para dentro, volta para
frase sugere tanto que os deputados criticam trás; há casos em que o uso do adjetivo ou
os comícios quanto que os comícios criticam advérbio é uma prática condenável: principal
os deputados. Escreva-se: Os deputados criti- protagonista (protagonista significa principal
cam os comícios improvisados. (que deixa claro que personagem); acima epigrafado (epígrafe significa
o sujeito é os deputados.) escrito em cima).
92
3ª Parte – Capítulo I – Normas Gerais de Redação
- EXPRESSÕES VAGAS
Expressões que deixam a redação sem sen- 55.2.4. OBJETIVIDADE
tido. Frases como seu depoimento tem estreita
relação com nosso parecer não esclarecem se o Objetividade consiste em transmitir a men-
depoimento confirma, contraria, reforça, re- sagem sem equívocos. Há de se manter evidente
bate, corrobora ou refuta o parecer. o propósito da comunicação. Deve-se usar ape-
nas as palavras imprescindíveis à compreensão,
sem omitir pontos essenciais ou incluir dados
irrelevantes.
93
Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
CAPÍTULO II
94
3ª Parte – Capítulo II – Ordem Direta e Ordem Inversa
• A PARTIR DE • COLOCAR
Deve ser empregada somente no sentido de Significa “pôr, pôr-se em”: O rapaz colocou o
tempo e espaço: A partir de Registro a estrada processo sobre a mesa; Ele se colocou entre os litigantes.
fica muito pior; A partir da próxima semana entra Não deve ser utilizado com o sentido de dizer,
em vigor a nova lei. expressar-se. Assim, é errado dizer: Ele fez uma
colocação a respeito. Deve-se usar de outras ex-
• AMBOS pressões, de acordo com o contexto: Ele mani-
Significa “os dois”, logo, ambos os dois é errado. festou-se a respeito; Ele fez uma crítica; Ele fez uma
sugestão etc.
• ANEXO
Adjetivo que concorda em gênero e número • MESMO
com o substantivo ao qual se refere: Anexos ao Trata-se de pronome adjetivo ou neutro.
requerimento estavam os documentos; Encaminho a Assim, não deve nunca substituir substantivos,
Vossa Senhoria as xerocópias anexas, para providênci- pronomes pessoais retos, nem pronomes re-
as. Não é admitida a função de advérbio, lativos: Convocada, a funcionária não compareceu
sendo errada a expressão em anexo (da mesma (e não Convocada, a mesma não compareceu); Recebi
forma, apenso). seu pedido, o qual fiz chegar às mãos do diretor (e
não Recebi seu pedido e fiz o mesmo chegar às mãos
• AO NÍVEL DE do diretor).
Significa “à altura de”: Santos fica ao nível do mar.
• DADO, VISTO, PROIBIDO
• EM NÍVEL DE Trata-se de verbos no particípio com valor
Significa “instância, âmbito”: A decisão foi toma- passivo, e concordam em gênero e número
da em nível ministerial. com o substantivo a que se referem: Dadas as
circunstâncias em que ocorreu o fato (e não Dado as
• A NÍVEL DE - constitui erro. circunstâncias); Vistas as provas apresentadas,
arquive-se o presente processo (e não Visto as provas
• AO INVÉS DE apresentadas); É proibida a entrada de pessoas
Significa “ao contrário”: Ao invés de curá-lo, o estranhas (e não É proibido a entrada).
remédio matou-o. Não confundir com em vez de.
• EM FACE DE
• ATRAVÉS DE Equivale a “diante de, em frente de”: Em face
Significa “de lado a lado, por entre”: Através dos problemas apontados, revogou-se a decisão. Não
daquela passagem chegava-se a um grande salão. Não é correto usar face a, frente a.
deve ser usado com o sentido de meio ou ins-
trumento. Neste caso, empreguem-se por inter- • EM VEZ DE
médio de, por, mediante, por meio de, servindo-se de, Significa “no lugar de”: Em vez do terno cinza,
valendo-se de: A comissão foi constituída por meio de vestiu o preto. Não confundir com ao invés de.
Portaria.
• EM VIRTUDE DE
• CADA Significa “em razão de, em decorrência de”:
Pronome adjetivo que, como tal, deve ser em- Em virtude de aprovação no concurso, ele foi nomeado.
pregado: A mãe deu a cada criança uma maçã (e A expressão tem sentido positivo, não devendo
não A mãe deu às crianças uma maçã para cada). ser usada quando se tratar de fato desagradável
ou prejudicial: Em razão do falecimento do ocupante,
o cargo ficou vago (e não Em virtude do falecimento).
95
Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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3ª Parte – Capítulo II – Ordem Direta e Ordem Inversa
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Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
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3ª Parte – Capítulo II – Ordem Direta e Ordem Inversa
nhoque - massa da culinária nacional, im- data venia - com a devida permissão
portada para o Brasil. de auditu - por ouvir dizer
taça - em italiano, com zz, xícara; em português, de cujus - de que (quem) se trata
com ç, tipo de copo próprio para apreciação deficit - prejuízo, falta
de vinho, licor, champanhe etc. de plano - sem formalidades, sem dificuldades
tchau - interjeição traduzida do italiano ciao; dura lex sed lex - a lei é dura mas é lei
na origem significa “olá” e, na passagem para errando discitur - errando se aprende
o português, passou a significar “adeus”. errata - falha, falta, erro
terrina - vasilha et reliqua - e o restante
vendetta - vingança ex abrupto - de repente, subitamente
ex aequo - com igualdade
OBSERVAÇÃO: ex lege - da lei, conforme a lei
ex nunc - de agora em diante
• Todos as denominações técnicas de ex officio - de ofício, oficialmente
movimentos e tempos musicais são italianas: ex potestate legis - pelo poder da lei
allegro, suelto, andante etc. ex professo - com conhecimento
ex tunc - desde então
• A presente listagem é meramente indicativa. ex vano - inutilmente
Trabalho mais completo poderá ser ex vi - por força
consultado no Novo Manual de Português, ex vi legis - por força de lei
de Celso Luft. (v. Bibliografia) exempli gratia - por exemplo
exceptio firmat regulam - a exceção faz a regra
58.4. ALGUMAS PALAVRAS E expressis verbis - categoricamente
EXPRESSÕES LATINAS E SEUS fac simile - cópia, reprodução fiel
SIGNIFICADOS fac totum - faz-tudo
factum et transactum - feito e acabado
a posteriori - depois, posteriormente hic et ubique - aqui e em toda parte
a priori - antes, antecipadamente, em primeiro hic et nunc - aqui e agora
lugar, preliminarmente homo sui juris - homem no pleno gozo de seus
ab initio, ab ovo - desde o início direitos
ad calendas graecas - nunca honoris causa - a título de honra
ad cautelam - por precaução, por cautela ibidem - no mesmo lugar
ad hoc - para isso, para esse efeito idem - a mesma coisa
ad interim - provisoriamente in albis - em branco, sem nada
ad judicia - para fins judiciais in extenso - por extenso
ad nutum - conforme a vontade in fine - no fim
ad referendum - para ser referido e decidido in globo - na totalidade
apud acta - nos autos, no processo in hanc diem - até hoje, até o presente
apud - em, mencionado, encontrado em in hoc tempore - neste momento
bis in idem - repetir o mesmo in illo tempore - naquela ocasião
bona fide - de boa fé in tempore opportuno - no momento oportuno
caput - em cima, a cabeça (usa-se para o prin- in transitu - de passagem
cipal, onde está encerrada a idéia central, ipsis litteris - literalmente
sendo o restante conseqüente ou acessório) ipsis verbis - pelas mesmas palavras, exatamente
conditio sine qua non - condição indispensável ipso facto - por isso mesmo, por esse fato
data occasione - apresentando-se a ocasião jure et de facto - por direito e de fato
99
Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
100
Bibliografia
101
Manual de Redação Administrativa e Padronização Documental - HCFMUSP
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Elementos
prático de leitura e redação. 3. ed. São Paulo: de direito administrativo. São Paulo: Revista
Scipione, 1992. 223p. dos Tribunais, 1992.
LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Gramática MENDES, Gilmar Ferreira. Manual de redação
normativa da língua portuguesa. 25. ed. São da Presidência da República. Brasília, DF:
Paulo: José Olimpio, 1985. Imprensa Nacional, 1996.
LUFT, Celso Pedro. Novo manual de português. NASCENTES, Antenor. O idioma nacional. 3.
4. ed. São Paulo: Globo, 1997. ed. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1960.
MARMO, Arnaldo Augusto. Dicionário de NEY, João Luiz. Guia de redação. São Paulo:
sinônimos e antônimos da língua portuguesa. Nova Fronteira, 1995.
Rio de Janeiro: Livraria Tupã Editora, 1959.
REGRAS de acentuação gráfica. Disponível em :
MARTINS FILHO, Eduardo Lopes. Manual < h t t p. w w w 2 . u o l . c o m . b r / M i ch a e l i s /
de redação e estilo de O Estado de São Paulo. acentos.htm>. Acesso em: 22 jun. 2006.
São Paulo: O Estado de São Paulo, 1977.
400p. SAVIOLI, Francisco Platão. Gramática em 44
lições. São Paulo: Ática, 1988.
MASUCCI, Oberdan. Prática forense. São
Paulo: Brasilivros, 1981. SCARTON, G., SMITH, M.M. Manual de
redação: acentuação gráfica. Disponível em:
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administra- <http.www.pucrs.br/manualred/
tivo brasileiro. 31. ed. São Paulo Malheiros, acentuacao.php> Acesso em 13 abr.2006.
2005.
102
ANEXOS
103
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização I
Documental - HCFMUSP
I. OBJETIVO
Orientar as diversas áreas do Sistema FMUSP/HC quanto à elaboração e validação dos POPs. Estes deverão ser seguidos para
sistematizar a realização de processos, a fim de uniformizar a comunicação e padronizar os procedimentos inerentes a cada área.
II. ABRANGÊNCIA
A qualidade, padronização e o gerenciamento de rotinas devem sempre ser observados na condução de procedimentos dentro
da Instituição. Dessa forma, o desenvolvimento de POPs específicos para cada etapa da realização de tarefas é indispensável.
Os POPs devem ajudar a unificar, de maneira simples e conveniente, a comunicação e as operações em todos os setores da
Instituição. Essa é a idéia básica de estabelecer padrões, definindo a melhor maneira de se realizar uma determinada tarefa e
adotá-la como a tecnologia do setor ou departamento.
A padronização é um processo de alta seletividade, devendo ser aplicada aos processos repetitivos e relevantes. Estes atributos
determinam os critérios para que se defina a elegibilidade da padronização, como mostra o esquema em anexo.
IV. RESPONSABILIDADES
A elaboração do POP é de responsabilidade de todos os envolvidos na execução de uma determinada rotina operacional e
demais colaboradores. Sua verificação e aprovação ficam a cargo dos superiores hierárquicos, conferindo assim os processos
para validação da atual versão do documento.
Os envolvidos devem garantir que as informações dos POPs sejam precisas, atuais e confiáveis, acompanhando todo o processo
de elaboração dos POPs.
V. ABREVIAÇÕES
VI. DEFINIÇÕES
A) Sistema FMUSP/HC – Conjunto de unidades de ensino, pesquisa e assistência, incluindo os institutos, hospitais auxiliares,
LIMs.
B) Fluxograma – representação gráfica que apresenta a seqüência de um trabalho de forma analítica, caracterizando as operações,
os responsáveis e/ou as unidades organizacionais envolvidas no processo. O fluxograma permite identificar: lacunas do processo,
superposições de trabalho, desperdício de esforço e possibilidades de simplificações e melhorias.
C) Padrão de Trabalho – Regras de funcionamento das práticas de gestão, que podem estar sob a forma de diretrizes
organizacionais, procedimentos, rotinas de trabalho, normas administrativas, fluxogramas, quantificação dos níveis que se
pretende atingir ou qualquer meio que permita orientar a execução das práticas. O padrão de trabalho pode ser estabelecido
104
ANEXO I
tomando como critérios as necessidades das partes interessadas, estratégias, requisitos legais, nível de desempenho de
concorrentes, informações comparativas pertinentes, normas nacionais e internacionais, entre outros.
D) POP – Procedimento que busca fazer com que um processo, independente da área, possa ser seguido sempre de uma mesma
forma, permitindo a verificação de cada uma de suas etapas. Ele deve ser escrito de forma detalhada para a obtenção de
uniformidade de uma rotina operacional, seja ela na produção ou na prestação de serviços.
E) Processo – Representa uma série regular de ações a fim de atingir determinado objetivo.
F) Relevante – Um processo relevante é o que tem impacto significativo nos objetivos e metas de uma organização.
G) Repetitivo – Não representa necessariamente uma ação freqüente mas que tenha uma periodicidade.
H) 5W1H - O 5W1H é uma ferramenta que consiste em se fazer perguntas de modo a explorar exaustivamente o tema em
questão. O significado da sigla proveniente do inglês é What (O QUE) Who (QUEM), Where (ONDE), Why (POR QUE),
When (QUANDO) e How (COMO).
Não se aplica ao POP 0, visto que este é o procedimento que direciona a elaboração dos demais procedimentos.
VIII. PROCEDIMENTOS
Os Procedimentos devem ser escritos de forma objetiva tal como deve ser executado na prática e deverá responder a todos os
itens propostos neste modelo. Para elaboração do POP a ferramenta de qualidade 5W1H poderá ser seguida, uma vez que o
procedimento deverá responder às perguntas Quem (Who) Quando (When), O que (What), Porque (Why), Quando (When),
Como (How).
Existem algumas regras que deverão ser seguidas a fim de facilitar a compreensão e padronizar a elaboração de um procedimento:
A) O POP deverá conter todos os itens e numerações aqui descritas.
B) Todos os itens deverão ser preenchidos. Caso algum não puder ser preenchido deverá manter o item e escrever “ Não se
aplica”.
C) O verbo deverá estar no infinitivo ou no futuro, desde que seja seguido um mesmo tempo verbal.
D) A fonte utilizada deverá ser Arial, tamanho 10.
Os itens básicos para estruturação dos POPs deverão obedecer ao que está disposto e definido a seguir:
• OBJETIVO: Descrever a finalidade do POP (este item deverá responder à pergunta “O que”).
• ABRANGÊNCIA: Definir a área responsável pela execução do POP (este item deverá responder à pergunta “Onde”).
• EXIGÊNCIA(s) E JUSTIFICATIVA(s): Descrever a razão pela qual o POP está sendo elaborado (este item deverá
responder à pergunta “Por quê” ou “Para quê”). Quando aplicável, referenciar legislação, normas, documentos e
manuais que justifiquem determinada tarefa dentro do POP.
105
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização I
Documental - HCFMUSP
• RESPONSABILIDADES: Citar, por meio de cargo/função, quem é (são) o(s) responsável(eis) pela execução das
diversas atividades que compõem o POP (este item deverá responder à pergunta “Quem”).
• ABREVIAÇÕES: Citar as siglas existentes no POP e descrever seu significado (ex.: POP – Procedimento Operacional
Padronizado).
• DEFINIÇÕES: Definir os termos técnicos e especializados de uso restrito inerentes aos procedimentos de cada área,
palavras em outros idiomas, palavras de uso cotidiano com significado diferente do gramatical.
• POPs RELACIONADOS: Quando aplicável, citar os POPs que se relacionam aos procedimentos descritos.
• PROCEDIMENTOS: Descrever passo a passo o procedimento, de modo a deixar clara a seqüência de atividades a ser
seguida. Deverá ser descrito em parágrafos curtos e objetivos, de fácil entendimento, tal como o processo deverá ser
executado na prática (este item deverá responder à pergunta “Como”).
• FLUXOGRAMA: Mostrar o fluxograma das atividades envolvidas no processo facilitando seu entendimento. Os
símbolos a serem usados na confecção dos fluxogramas estão representados no quadro abaixo:
TERMINAL DOCUMENTO
EXECUTANTE DECISÃO
OPERAÇÃO MATERIAL
• REFERÊNCIAS: Quando aplicável, citar o nome de todo material de referência consultado, data de sua publicação e
autor.
• ANEXO: Quando aplicável, colocar neste item ferramentas, planilhas, tabelas, check lists, etc, que estejam relacionados
ao POP.
• Os POPs deverão ser revisados pela área responsável de acordo com suas necessidades, toda vez que o processo sofrer
alteração.
• Uma nova revisão do POP deverá ser elaborada, aprovada e autorizada sempre que houver quaisquer alterações no processo.
Essas alterações deverão ser adequadamente documentadas em formulário próprio (ver formulário em anexo) e encaminhadas
ao Núcleo de Planejamento e Gestão - NPG juntamente com uma solicitação de nova revisão.
ELABORADO POR: VERIFICADO POR: APROVADO POR:
Nome: Nome: Nome:
Setor: Setor: Setor:
106
ANEXO I
• Na hipótese de cessação de qualquer POP, uma declaração deverá ser elaborada pelos responsáveis pela aprovação e
autorização do mesmo, descrevendo as razões para a natureza que levaram a tal cessação. Esta declaração deverá ser
encaminhada ao NPG para que se mantenha o controle da atualização dos POPs na Instituição.
• As versões antigas dos POPs estarão disponibilizadas em pastas separadas podendo ser consultadas caso seja necessário
rastrear algum procedimento.
• O POP entrará em vigor somente após sua aprovação, autorização e disponibilização na Intranet.
• O POP estará disponível na Intranet e terá acesso restrito às pessoas autorizadas através de uma senha, que será liberada
pelo NPG, quando necessário.
• Após ter escrito o POP no formato padrão, revisado e aprovado devidamente, o responsável deverá entrar em contato com
o NPG no telefone 3069-6200 para que seja realizado o trâmite para sua validação através da disponibilização do mesmo
na Intranet, com código e numeração específica.
IX. FLUXOGRAMA
X. REFERÊNCIAS
GOMES, Hélio. Qualidade Total na Escola – Padronização. Belo Horizonte: Editora LÊ, 1994.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial: São Paulo: Atlas,
1996. 391p.
Critérios para avaliação do desempenho e diagnóstico organizacional do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - PNGS 2005.
ANEXOS
fluxograma.doc
formulário para controle das versões do POP.doc
107
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização II - HCFMUSP
Documental
O Manual de Identidade
Visual Hospital das
Clínicas foi desenvolvido
pelo Estúdio de Criação
Janeiro 2002
108
ANEXO II
Assinatura Institucional
É o principal elemento
da Identidade Visual.
A combinação dos
letterings deve ser feita
com rigor e precisão
para não descaracterizar
a nova proposta.
Aplicação:
Papelaria de uso
institucional, Papelaria
dos Institutos, Cartões
pessoais, Impressos
com circulação ampla.
Logotipo
É o elemento secundário
da Identidade Visual.
Devem ser respeitados:
o seu desenho, recuos e
entornos para que sua
leitura seja clara.
Identificação pessoal:
crachá, uniformes,
identificação veículos,
identificação predial,
papelaria de uso interno
da Instituição, impressos
com circulação restrita.
Cores
Aplicações:
Impressos Institucionais
ou promocionais, folders
ou livros, onde o sistema
de impressão seja em
quadricomia off set.
109
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização II - HCFMUSP
Documental
Alfabetos
Foram escolhidas as
famílias tipográficas Impact
e Frutiger Ultra Black para
a assinatura institucional.
Para os endereços a
Endereços: Alfabeto Frutiger Roman família Frutiger Roman
Alinhamentos:
Formato A4
Formato Ofício
110
ANEXO II
Impressos
Alinhamentos:
Cartão de Visita
Selo Adesivo
Formato Ofício
111
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização II - HCFMUSP
Documental
Impressos
Formato A4
112
ANEXO II
Impressos
Formato Ofício
Alinhamento
113
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização III - HCFMUSP
Documental
1- .................
2- ................
(NOME)
SUPERINTENDENTE
DR. ..............
DD. ..............
114
ANEXO IV
I- DOS FATOS
1-..........
2-..........
3-..........
II- DO PEDIDO
Neste Termos,
P. Deferimento.
São Paulo, ....................... 200....
(NOME) (NOME)
CARGO/ FUNÇÃO SUPERINTENDENTE
115
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização V - HCFMUSP
Documental
..........
DD. ...........
Av. (ou Rua) ..............nº,
(bairro- Cidade- Estado e CEP)
Cordialmente,
Nome
Cargo
116
ANEXO VI
SP, (data)
(texto)
Nome do emitente
Cargo
117
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização VII - HCFMUSP
Documental
ILUSTRÍSSIMO SENHOR
..............
DD.
1–
2–
Nome do emitente
Cargo
118
ANEXO VIII
DESPACHO
Nome do emitente
Cargo
119
ANEXO
Manual de Redação Administrativa e Padronização IX - HCFMUSP
Documental
FAX
Data:
De: Para:
Fax: Fax:
Assunto:
Comentários:
Confirmar Recebimento
120