Felícia Jovêncio Mendes Máquina

Projecto a Entregar ao Supervisor para Avaliação

Licenciatura em Antropologia
4ª Ano Laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Junho - 2023
 Felícia Jovêncio Mendes Máquina

Projecto ser entregue ao Supervisor para Avaliação

Licenciatura em Antropologia
4ª Ano Laboral

Projecto de pesquisa a ser entregue na

Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia no
curso de licenciatura em Antropologia, na
disciplina de Antropologia do Meio Ambiente
com finalidade de avaliação sob orientação do
Mestre: Carlos João Baptista Manjate

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo, Junho - 2023

Delimitação do tema de estudo

O presente projecto de pesquisa tem como interesse estudar como são estabelecidas as
relações de poder entre os responsáveis da fábrica de azeite, óleo alimentar e sabão
Maëva e os moradores do bairro da Matola A (quarteirão 09) com relação a poluição do
ar causada pela fabrica de azeite, óleo alimentar e sabão maeva.

A escolha deste bairro para a realização deste estudo resulta da ocorrência repetitiva de
reclamações dos moradores, e em especial de uma nota informativa publicada na rede
social Facebook de alguns moradores do bairro Matola A, quarteirão 09 ( próximo a
fábrica Maëva) sobre a contaminação do ar supostamente feita pela fábrica de azeite,
óleo alimentar e sabão Maëva.

Podemos acompanhar reclamações semelhantes em outros bairros com fábricas de

outras naturezas, como por exemplo a Mozal entre outros; Assim, por uma questão de
exequividade optamos por este bairro pela rede de contactos que criamos que nos
possibilitam ter acesso ao campo, a facilidade de acesso ao bairro entre outros
elementos.

CAPITULO I: ABORDAGENS GEOGRÁFICA, SOCIAL E POLÍTICA EM

TORNO DA POLUIÇÃO DE AR

Reservamos este espaço para apresentar estudos que abordaram a respeito da poluição
do ar, neste sentido, a literatura aqui apresentada está organizada em três abordagens, a
saber: abordagem física ou geográfica, a abordagem social e a abordagem Política. O
presente capítulo culmina com a apresentação do problema de pesquisa.

1.1. Revisão da literatura

Comecemos pela abordagem física ou geográfica que enfatiza a ideia de que se as

indústrias forem construídas longe das grandes cidades a população não sofreria com a
poluição do ar…

Num estudo cujo objectivo foi de fazer uma análise acerca de denúncias feitas por
moradores sobre a poluição do ar, Chamberlain (2021) considerou aspectos físicos
como o clima, topografia e sazonalidade, tendo concluído que os problemas ambientais
relacionados com à poluição do ar devem-se ao porte, tipo e localização das atividades
industriais implantadas na região.
Em conformidade com esta abordagem, Mafavisse (2015), tendo recorrido a análise
estatística e laboratorial das PTS (partículas totais em suspensão-poeira ) recolhidos em
5 bairros ao redor da área de mineração, para determinar espacialmente os níveis de
concentração de material particulado (poeira) gerado pela actividade de mineração de
carvão em Moatize, concluiu que a maior concentração da poeira que causa a poluição
do ar dá-se no período seco em relação ao chuvoso, e a intensidade da poluição do ar
por concentração de poeira em bairros próximos da área de mineração de carvão está
localizada na faixa dos ventos do sudeste.

Portanto, apesar dos estudos terem sido feitos em contextos geográficos diferentes,
convergem na medida em que mostram que condições físicas, localização e
meteorologia exercem influência no que diz respeito a áreas mais afectadas pela
poluição do ar, inclusive, as partículas tóxicas que causam a poluição do ar são
transportadas maioritariamente pelos ventos e tendem a se espalhar pelas áreas
circunvizinhas, sendo as mais afectadas.

No entanto, os estudos acima por estarem focadas no âmbito geográfico não nos permite
ver alguns aspectos pertinentes que propômos no nosso trabalho, como por exemplo as
relações de poder estabelecidas entre grupos envolvidos na poluição do ar, ou seja,
grupos marginalizados e os protagonistas da poluição.

Abordagem social:

O segundo tipo de abordagem, como havíamos referido, dá enfâse na…..

Nesse sentido, Pinheiro (2013), no seu estudo cuja finalidade foi de compreender como
a construção de um problema ambiental (a poluição do ar) e o uso das audiências
públicas como meio de apresentação das reivindicações feitas pelos moradores,
concluiu que a audiência pública de licenciamento ambiental é um espaço limitado por
não incluir a participação de todos, mas também é um canal de acção e interacção entre
os vários actores sociais, abrindo outras formas de articulação social para a resolução
dos problemas de poluição do ar.

Aliando ao estudo acima, com o objectivo de compreender a partir de que momento a

poluição do ar passou a ser questionada pelos moradores de Contagem ao ponto de
desencadeiar uma mobilização social, Silva (2018) construiu sua abordagem na
perspectiva de mulheres pobres e de baixa renda que tinham um olhar privilegiado sobre
os efeitos da poluição do ar na saúde das suas famílias, e, chegou a conclusão de que a
poluição é um problema ambiental, mas também social e deve ser discutido e enfrentado
por toda a comunidade.

Portanto, os estudos acima apresentados nos ajudam a enxergar no nosso trabalho

aspectos como por exemplo, que os espaços criados (audiências, reuniões, etc), com
objectivo de apresentar reclamações a respeito da poluição do ar são um espaço que
previlegia uns em relação aos outros muitas das vezes previlegia ricos em relação a
pessoas de baixa renda, ou seja, os indivíduos ou grupos sociais não são tratados da
mesma forma, no entando, não temos a intenção de privilegiar nenhum grupo, temos a
intenção dd tratar todos da mesma forma; Nos permite ver também que os problemas de
poluição do ar não devem ser tratados de uma forma isolada, sendo necessário o
envolvimento da comunidade e outros grupos sociais;

Neste sentido, a nossa perspectiva assemelha-se a essa, porém, iremos mais além da
visão apresentada pelos autores, pretendemos compreender como se dá os
desdobramentos, a saber, as relações de poder entre esses grupos para tal faremos uso da
abordagem ecologia política dando primazia ao conceito da etnografia multiator que ela
nos permite fazer.

Abordagem Política:

Outrora, Sumagly (2011), com o objectivo de avaliar e identificar os factores de risco

para a saúde humana e para o meio ambiente decorrente do manuseio de resíduos
tóxicos no parque industrial da Matola, aponta que a gestão dos resíduos tóxicos é
carente o que tem vindo a criar sérios danos à saúde da população, além disso, vê a
necessidade de rever-se as políticas praticadas no país referentes ao meio ambiente para
que sejam abrangentes e se cumpram integralmente as leis existentes, pois algumas
indústrias nãos as cumprem.

Na mesma linha de análise, Nhanombe (2017), tendo analisado os impactos causados

pela poluição do ar e os conflitos gerados pela instalação do porto seco de extracção do
carvão mineral em Moatize, concluiu que a população local apresenta um baixo nível de
satisfação com a implantação do porto seco no bairro devido aos problemas ambientais
causados pela empresa, que resultaram em conflitos com a mesma e enumera factores
ligados a corrupção, que de acordo com ele são produtos do não cumprimento das
normas ambientais instituidas, aliado ao facto de que a poluição do ar trouxe impactos
negativos na vida da população do bairro Chithatha.

Comentando a respeito dos estudos acima citados, os mesmo convergem na medida em

que apontam que as indústrias não tem cumprido integralmente com as normas
ambientais, o que tem causada a poluição do ar e posteriormente influencia
negativamente na saúde da população ao redor que se mostra insatisfeita com essa
situação.

Contudo, compreendemos que estes estudos foram estudos de caso, portanto, a nossa
pretensão ao propor este estudo não é de produzir uma descrição detalhada das causas
da poluição do ar, ou das consequências que ela trás na vida da população ou a
influência da localização do emprendimento industrial na poluição do ar, nem mesmo o
uso de audiências públicas para apresentar as reclamações, aqui propomos algo
diferente, propomos estudar as formas de como são desencadeadas as inter-relações de
poder entre os moradores e os responsáveis da fábrica de azeite, óleo alimentar e sabão
maeva na Matola A.

Acreditamos que através da ecologia política, que nos possibilita fazer uma etnografia
multiator irá permitir enxergar os aspectos referidos no paragrafo anterior.

1.2. Construção do Problema

Objectivo Geral

Objectivos Específicos

Justificativa

A escolha do tema em estudo, deve-se a uma questão de saúde pública e gestão

ambiental segura ( não proponho soluções). Interessou-me o assunto em particular na
disciplina de Antropologia do Meio Ambiente no qual tratamos assuntos relacionados a
cultura e o ambiente e na disciplina de Antropologia do Desenvolvimento onde tratamos
a respeito da Influência de megaprojectos no processo de ocultação das práticas
culturais das sociedades ao redor, também foi interessante este tema com a expectativa
de trazer uma contribuição na tomada de consciência das comunidades no que diz
respeito às questões ambientais e a preservação do mesmo, pois, todos estamos sujeitos
ao efeito bumerangue segundo as palavras de BECK (1995), mais do que um trabalho
académico almejo que sirva como inspiração, motivação para se pensar e repensar as
questões ambientais em particular o caracter transfronteiriço que caracteriza a poluição
do ar e as políticas criadas para o controle num ambiente biofísico compartilhado.

No que tange a relevância académica, constitui um estudo de grande importância para a

comunidade científica por ser um assunto actual que tem causado grande preocupação
sob o ponto de vista académico, apesar do grande interesse de se compreender a questão
da poluição do ar pelas autoridades competentes e pela sociedade no geral, ainda está
longe de produzir efeitos plausíveis, portanto, é a partir dai que é possível observar a
pertinência da discussão.

Fundamentação teórica e Conceptual

Nesta parte do trabalho iremos apresentar a formulação teórica que irá nos guiar durante
esse estudo e alguns conceitos chaves, para tal optamos pela teoria da Ecologia política
de Paul Elliott Little.

De acordo com Little: Ecologia Política emergiu como um novo campo de pesquisa que
combina os enfoques da ecologia humana ( nas inter-relações que as sociedades
humanas mantém com seus respectivos ambientes biofísicos) com conceitos da
economia política ( que analisa as relações estruturais de poder entre as sociedades).
( Litlle 1999:86).

A Ecologia Política surge em reação a determinadas características da Ecologia humana

ou Antropologia Ecológica ( entre os anos 1960-1970) que negligenciavam as
dimensões políticas das interações entre seres humanos e o meio ambiente,
preocupavam-se com os processos de adaptação (VAYDA e WALTERS, 1999).

Ao passar dos anos, a abordagem desdobrou-se em duas orientações principais: a

Ecologia Política normativa ( que defende a preservação do meio ambiente e a justiça
social), e a Ecologia Política analítica ( que realiza um esforço teórico-metodológico
para analisar os conflitos e as mudanças socioambientais, Miranda: 2013). O nosso foco
portanto, é a última.

Está teoria parte do pressuposto de que os conflitos/problemas ambientais gerados

através de determinado grupo social, não devem ser tratados de maneira isolada, ou seja,
valorizar um grupo e menosprezar outro, em contrapartida valoriza as múltiplas
interações socias e naturais que os fundamentam; importa referir que a ecologia política
tem um carácter multiator, o que quer dizer que lida simultaneamente com vários grupos
incorporando vários níveis de articulação social na sua delimitação geográfica e por fim
no seu ambiente biofísico.

Buscando a aplicabilidade da teoria no nosso estudo, o será na medida em que

proporcionará ferramentas para captar como são estabelecidas as relações de poder entre
os responsáveis da fábrica de azeite, óleo alimentar e sabão maeva e os moradores do
bairro da Matola A quarteirão 09, do mesmo modo, provê meios que nos permitirá
visibilizar os grupos chamados marginalizados e as disputas geradas entre eles sem
fazer ascepção de pessoas ou grupos, e por fim as estratégias e táticas usadas por cada
um dos grupos nas tentativas de resolução dos problemas.

Definição de conceitos

Relações de poder: é aquela que se forma na medida em que alguém deseja algo que
depende muito mais da vontade do outro, estabelecendo assim uma relação de
interdependência entre grupos sociais ou indivíduos distintos.

Litlle(1999) define Etnografia multiator como aquela que tem por objectivo principal
a análise dos conflitos socioambientais e as múltiplas interações socias que os
fundamentam lidando simultaneamente com 2 ou mais grupos sociais que compartilham
o mesmo ambiente biofísico.

Metodologia

Nesta secção do trabalho apresentamos tudo quanto diz respeito a metodologia que será
usada no trabalho.

Método de abordagem
Para o alcance dos objectivos delimitados no presente trabalho de pesquisa
previlegiamos a abordagem qualitativa, em que através dela podemos manipula-lo e
adequa-lo ao nosso campo de estudo e nos ajudará a entender, as motivações e as
convicções subjectivas das pessoas, isso por que acreditamos que o conhecimento que
os indivíduos formam em torno dos fenómenos sociais está carregado de significados e
possuem características específicas que determinam a percepção das coisas e o
condicionamento entre grupos sociais distintos. Desta maneira, a abordagem qualitativa
nos ajudará a perceber como são estabelecidas as relações de poder no ambiente
biofísico compartilhado entre os residentes da Matola A e os responsáveis da fábrica de
azeite, óleo alimentar e sabão maeva no que diz respeito a suposta poluição causada por
eles.

Método de procedimento

Quanto ao método de procedimento, recorremos ao método monografico onde faremos

uma etnografia multiator, com foco especial na análise das relações de poder em si e as
múltiplas interações socias entre ambos os grupos ( as inter-relações específicas).

O mesmo realiza-se-á especificamente nas zonas das paragens BIC e Mangueiras

(quarteirão 09) a primeira paragem BIC recebeu esse nome por que antigamente tinha
uma fábrica de canetas com o mesmo nome que actualmente cessou as suas actividades
devido a falência, todavia, recebe os produtos da vizinha África do sul, funcionando
assim como uma distribuidora de canetas BIC, por conseguinte, a paragem mangueiras
recebeu esse nome porque naquele local existiam várias mangueiras que foram
derrubadas para a construção de residências e uma vala de drenagem

Uma vez que o bairro da Matola A é extenso, a pesquisa irá focar-se nas zonas da
paragem BIC e Mangueiras no quarteirão onde está localizada a fábrica de óleo
alimentar e sabão maeva que também se constitui como as zonas mais afectadas pela
poluição do ar. Um dos métodos que ajudou para obter informações prévias na
realização do projecto foi a análise audiovisual onde tivemos a oportunidade de ver
algumas reportagens televisivas, no jornal notícias, nas redes sociais e no YouTube que
davam conta de reivindicações de moradores sobre a poluição do ar em diversos pontos
do país, e em particular da Matola, e a pesquisa exploratória.

Técnica de recolha de dados

Como mecanismo de recolha de dados faremos uso 4 técnicas de recolha de dados a
saber da observação que permitirá ver como o facto acontece, deste modo podemos
fazer a coleta de dados necessários para o enriquecimento da nossa pesquisa, elegemos
o tipo observação não participante onde estaremos no campo observando sem
participar da situação observada, isto para melhor compreender os outros e deixar de
lado o que o pesquisador pensa ou deseja reduzindo assim o excesso de presença no
campo.

Uma segunda técnica elegida foi a análise bibliográfica que se traduz na leitura de
documentos, livros, artigos e estudos feitos por outros autores relacionados a questão da
poluição do ar e os discursos emitidos pelos residentes e responsáveis da fábrica e como
sãoestabelecidasasrelações de poder entre esses dois grupos e as estratégias para
resolução das "disputas", uma outra técnica elegida foi a análise audiovisual onde
tivemos a oportunidade de assistir recortes de telejornais dos diversos canais televisivos
e alguns vídeos disponíveis no YouTube sobre as reivindicações feitas por residentes
sobre a poluição do ar na Matola e por fim a entrevista semi-estruturada que consistirá
na formulação de perguntas abertas dirigidas aos nossos entrevistados, com o intuito de
obter informações sobre os sobre a poluição do ar causada pela empresa de azeite, óleo
alimentar e sabão maeva na Matola A relacionado com as relações de poder entre ambos
grupos.

As entrevistas serão feitas em Português e em XiShangana, isso por que durante a

pesquisa exploratória constatamos que alguns moradores não tem dominio da língua
portuguesa o que foi difícil a eles responder as nossas perguntas, por razões de não
compreensão e entendimento do dialecto XiShangama ( da nossa parte) teremos
intérprete dois que irão nos ajudar no processo de tradução das entrevistados que serão
feitas no campo, elegemos dois intérpretes para evitar a omissão de informação isso por
que muitas das vezes o entrevistado diz muita coisa e o intérprete em contrapartida
traduz em poucas palavras, de salientar que as entrevistas serão gravadas.

Portanto, pretendo entrar no campo ( fazer o trabalho etnográfico) no mês de julho e

pretendo levar 2 meses no processo de recolha de dados e transcrição do mesmo, nesses
2 meses pretendo entrar no campo 3 vezes por semana num período de 4h por dia,
porque constatei que a fabrica tem um horário específico para despejar a água não
tratada que causa poluição, pude presenciar isso enúmeras vezes, assim, no que diz
respeito a modalidade de localização dos entrevistados não será tão grande problema
por que conheço alguns dos moradores da zona pois em 2021 realizei um trabalho
naquele mesmo local sobre a poluição mas não nas mesmas modalidades e nem na
mesma magnitude que esse.

Ainda no processo de obter acesso ao bairro, por questões legais pretendemos contactar
as estruturas locais (nesse caso o Secretário do bairro) com quem tivemos a
oportunidade de conversar no trabalho anterior para que possamos trabalhar em
harmonia com a população e em transparência ética e moral.

Bibliografia .

Moçambique, Conselho de Ministros Suplemento do Boletim da República. Decreto Lei

nº 13/2006 de 15 de Junho de 2006 1ª série n.º 24 Disponivel em:
www.legisambiente.gov.mz.

CHAMBERLAINI, Isabella Mendes De Matos: Análise acerca de denúncias de

poluição do ar nas proximidades da companhia siderúrgica nacional , Niterór, 2021.

HANNIGAN, John A Environmental Sociology: A social construcionist perspective.

London, Routledge, 1995.

LIZE, Fernanda et al: Influências ambientais na qualidade de vida em Moçambique,

Moçambique, 2005.

PINHEIRO, Larissa Franco de Mello Aquino. A construção de um problema social: a

poluição do ar e as audiências públicas, 2013. ( p. 261-287).

SUMAGLY, Dália: Estimativa decorrentes de resíduos tóxicos no parque industrial da

Matola, Coimbra, Agosto de 2011.

SILVA, Renata Cristina. Poluição do ar e Conflitos Socioambientais: O caso da fábrica

Itaú – Contagem – Minas Gerais (1975-88), Belo Horizonte, 2018.

MAFAVISSE, Isaías Mutombo. Variações espaciais e Slsazonais de Material

particulado no ar em áreas residências adjacentes ás minas de carvão em Moatize-
Moçambique, 2015.
NHANOMBE, António Xavier. Análise da poluição do ar causada pela empresa Minas
de Moatize no bairro Chithatha Município de Moatize (2014-2017), Tete, 2018.

Apêndices

Guião de entrevista
Dados Pessoais
Nome

Sexo
Idade

Estado Civil
Nível de escolaridade
Profissão

1. Como é que surgiu esse bairro até chegar ao ponto de ser um dos mais tem fábricas?
Pelos vistos esse é o centro da zona industrial.

2. Quantos quarteirões tem o bairro? A divisão dos quarteirões foi feita de acordo com
separação religiosa ou outra?

3. Com o estabelecimento dessa fábrica aqui, o nível de empregabilidade aumentou?

4. Qual é a dinâmica de trabalho que vocês como responsáveis da fábrica acusada de

poluir o ar têm com os residentes em relação as reclamações feitas por eles devido a
poluição do ar?

5. Á quanto tempo a fábrica está instalada aqui? Foi construída ou comprado o edifício
acabado de construir?

6. Vocês como estrutura legal do bairro alguma vez aproximaram os directores da

fábrica para pedir esclarecimento sobre essa situação? Qual foi a conclusão?
7. Quais são os mecanismos que puderam criar para amenizar essa situação, tendo em
conta que os residentes compram os vossos produtos para sua alimentação e vocês são
também pessoas que estão sujeitas aos riscos causados pela poluição do ar?

8. a respeito do saneamento, questões de limpeza? Como tem feito a divisão nas

questões de limpeza, por que vi lixo doméstico dentro do dreno.

9. A partir de que momento deu conta de que "estamos" sujeitos a poluição do ar e que
deveriam reivindicar isso através de manifestações?

10. Falando em poluição do ar, qual é a tua opinião sobre isso? Falei com o Sr.. e ele
contou que para ele não tem importância se cheira mal ou não.

11. Recebi a informação de que após a manifestação em 2017, as estruturas do bairro

tiveram uma conversasão com o director dos recursos humanos da fábrica. O que vocês
disseram para conseguir essa reunião sendo que foi a primeira vez que tiveram?

12. Quais são as exigências que dirrigem que os residentes dirrigemo a vocês como
responsáveis da fábrica?

13. E qual foi a tática usada por vocês dois para ultrapassar esse problema? Digo isso
por que desde 2017 até então não houve outra manifestação de grande visibilidade.