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Diretrizes para Permissão de Trabalho Seguro

PNR-000031, Rev 05: 14/03/2022

Diretoria Emitente: Diretoria de Saúde, Segurança e Riscos Operacionais


Responsável Técnico: Gerência de Segurança Ocupacional
Público-alvo: Vale, suas subsidiárias e empresas contratadas
Necessidade de Treinamento: (X)SIM ( )NÃO

SUMÁRIO

1. Introdução ……………………………………………………………………………………….…… 1
2. Aplicação ………………………………………………………………………………………….….. 2
3. Objetivo ……………………………………………………………………………………………….. 2
4. Definições …………………………………………………………………………………………….. 2
5. Critério de aplicação da PTS ……………………………………………………………………….. 2
6. Requisitos de aplicação da PTS ……………………………………..…………………………….. 3
7. Papéis e responsabilidades ……………..…………………………………………………………. 4
8. Requisitos para designação de emitentes, executantes credenciados e executantes ………. 6

1. Introdução
O processo de Permissão de Trabalho Seguro (PTS) envolve as etapas de pré-planejamento, planejamento,
programação e execução de uma determinada tarefa através do conhecimento prévio dos riscos e definição dos
controles, visando proteger os executantes das tarefas que possuam risco alto ou muito alto e que são realizadas na
área de um outro dono.

A PTS também deverá ser emitida sempre que for demandada por um requisito legal ou outro requisito externo, em
qualquer circunstância.

Conexão com o VPS:


4 PERCEPÇÃO E GER. DE RISCOS
13 DESDOBRAMENTO DA ESTRATÉGIA
5 S&S MEIO AMBIENTE E COMUNIDADES
GERENCIAMENTO DA
14
ROTINA
6 PROJETOS E CONSTRUÇÕES
15 PROCESSOS E PADRONIZAÇÃO
7 OPERAÇÃO
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS E MELHORIA
16
CONTÍNUA
8 MANUTENÇÃO
AVALIAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO E
17
9 GERENCIAMENTO DE MUDANÇAS RESULTADOS

10 SISTEMAS E TECNOLOGIA

11 SUPRIMENTOS E SERVIÇOS

12 PLANO DE EMERGENCIA COMPORTAMENTO E COMPROMISSO


1
DA LIDERANÇA

2 GESTÃO DE PESSOAS

3 DESENHO ORGANIZACIONAL

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2. Aplicação
Os requisitos do PNR-000031 deverão ser implementados em todas as unidades da Vale e suas subsidiárias onde são
realizadas atividades controladas pela empresa, seja por empregados Vale ou contratados, de acordo com os Critérios
de Aplicação da PTS (item 5 deste documento).

3. Objetivo
O processo de PTS também é chamado de “Contrato pela Vida”, porque seu propósito é colocar as pessoas no centro
de todas as decisões, ao focar na eliminação de eventos de alta severidade na Vale.

4. Definições
4.1) Análise de Riscos da Tarefa (ART): conforme o PNR-000068 (Diretrizes para Análise de Risco da Tarefa).
4.2) Área segregada: São áreas que possuem perímetro delimitado e sinalizado. Esta definição é aplicável para
uso do anexo 15 - Designação Temporária de Dono de Área para Projetos de Capital ou Investimentos
Correntes.
4.3) Dono: Líder formal da Vale responsável por área física e/ou ativos. A mesma área não pode ter mais do que
1 dono. Nos casos em que haja dúvida de quem é o dono, a gerência executiva deve definir o dono da área
e/ou ativo.
4.4) Emitente: Empregado Vale ou contratado que representa o dono da área no processo de PTS. O emitente
deve ser designado e treinado para emitir a PTS.
4.5) Emitente nas Eletrovias (Ferrovias): Empregado (Vale ou Contratado) que compõe a equipe responsável
pela abertura da LDL, formalmente designado pelo líder Vale desta equipe. Durante sua permanência ao
longo da linha férrea, é o responsável por emitir PTS para as demais equipes que forem realizar outras
tarefas no trecho da ferrovia e no prazo definido pela LDL, respeitando o critério de aplicação da PTS.
4.6) Executante credenciado: Empregado Vale ou contratado treinado e designado para atuar no processo de
emissão de PTS, juntamente com o emitente, no campo.
4.7) Executante: Empregado Vale ou contratado treinado no processo de PTS.
4.8) LDL (Liberação e Devolução de Linha): Procedimento de segurança para acesso e realização de manutenção
na linha férrea, de seus ativos e/ou material rodante.
4.9) Permissão de Trabalho Seguro (PTS): É a interação realizada em campo pelo emitente e executante
credenciado antes da realização de uma tarefa (incluindo sua mobilização e desmobilização), quando os
riscos inerentes à tarefa e os riscos do cenário onde ela será executada são compartilhados e avaliados, as
ações de controle são identificadas e implementadas e, por fim, são registrados em formulário padrão e
seus anexos.
4.10) Planejamento prévio e integrado: Planejamento que agrupa todas as tarefas que serão executadas em uma
determinada área em uma única lista de tarefas que é fornecida ao dono desta área previamente.

5. Critério de aplicação da PTS


Os critérios de aplicação da PTS são apresentados no anexo 13.
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6. Requisitos de aplicação da PTS


6.1) Todas as tarefas que envolvam a entrada de um ou mais executantes na área de outro dono devem fazer
parte de um planejamento prévio e integrado que considera as interferências entre tarefas adjacentes;
6.2) Os planejadores de tarefas de manutenção (incluindo conservação), projetos ou serviços devem consultar
a análise de risco específica na etapa de planejamento para antever os riscos e considerar os recursos
necessários para controlá-los;
6.3) O escopo da PTS deve ser específico e relacionado à execução da tarefa;
6.4) A PTS deve possuir um número de referência, tal como ordem de manutenção, ordem de serviço ou outro
código usado no planejamento específico da tarefa, assegurando a sua rastreabilidade. Não pode ser
utilizado um número genérico, que englobe diversas tarefas ao mesmo tempo, tais como número de
contrato ou de projeto ou outros;
6.5) A PTS e seus anexos devem ser emitidos em 2 vias e estas devem conter as mesmas informações, exceto
em casos que a legislação exija a emissão de mais cópias;
6.6) As áreas de Projetos de Capital ou Investimentos Correntes podem exercer o papel de dono quando
devidamente designadas pelo dono original da área através do Anexo 15 - Designação de Dono de Área
para Projetos de Capital ou Investimentos Correntes;
6.7) Ao se tornar dono da área, Projetos de Capital ou Investimentos Correntes passam a assumir a
responsabilidade de emissão de PTS de acordo com os critérios de aplicação bem como todas demais
responsabilidades de dono da área. Assim sendo, caso o dono original tenha que executar alguma tarefa
que se enquadre no fluxo do anexo 13, este deverá solicitar abertura de PTS ao novo dono;
6.8) As análises de risco, procedimentos, treinamentos e PTS devem ser elaboradas em idioma ou formato no
qual os trabalhadores entendam os riscos envolvidos na execução das tarefas;
6.9) Novos riscos identificados no momento da emissão da PTS, incluindo riscos circunstanciais (conforme PNR-
000068), devem ser registrados em campo adequado no formulário, bem como suas medidas de controle.
Estes novos riscos identificados poderão retroalimentar a ART e o próximo planejamento desta mesma
tarefa;
6.10) A PTS não deverá ser emitida e a tarefa não poderá se iniciar antes que os riscos identificados durante a
interação prévia no campo sejam devidamente eliminados ou controlados;
6.11) As tarefas corretivas emergenciais (que não passaram pelas etapas de planejamento/programação) devem
ser avaliadas e entendidas por todos os envolvidos na tarefa e as medidas de controle implementadas;
6.12) As tarefas para as quais haverá emissão de PTS e que possuam uma das atividades a seguir deverão ter o
anexo específico preenchido:
• Anexo 1 - Trabalho em altura
• Anexo 4 - Bloqueio, identificação e zero energia
• Anexo 5 - Içamento de carga
• Anexo 6 - Trabalho em espaço confinado
• Anexo 8A - Percepção de riscos geotécnicos em taludes
• Anexo 8B - Escavação
• Anexo 10 - Trabalho em eletricidade
• Anexo 12 - Trabalho a quente
6.13) No anexo a ser preenchido, se a resposta marcada em alguma pergunta for “NÃO” e isso representar risco
para os executantes, a tarefa não poderá ser realizada antes que este risco seja eliminado ou controlado;
6.14) As áreas devem eliminar redundâncias no uso de outros formulários com os mesmos temas dos anexos
do PNR-000031, priorizando sempre a utilização dos anexos acima (requisito 6.12). Caso exista
necessidade de alteração nos formulários do PNR-000031 para atendimento a legislação local aplicável,
os requisitos dos RACs devem ser mantidos e um processo de gerenciamento de mudança deve ser
documentado e mantido disponível para acesso;
6.15) A PTS deverá ser emitida para tarefas que terão a sua execução imediata (não deve ser emitida, por
exemplo, às 8 horas para uma tarefa que terá início às 13 horas);

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6.16) A PTS deverá ser emitida no dia / turno em que o(s) passo(s) da tarefa que possui risco alto ou muito alto
for executado e com todos os recursos disponíveis no local da tarefa;
6.17) A validade máxima da PTS e de seus anexos é de 24 horas, devendo ser revalidada a cada turno de
trabalho, sendo que a revalidação deve ser registrada no formulário padrão;
6.18) Tanto o emitente quanto o executante credenciado devem ter uma cópia da PTS emitida e seus anexos;
6.19) Na hipótese do emitente, do executante credenciado ou de ambos virem a se ausentar da unidade, a PTS
deverá ser revalidada por outras pessoas (emitente e executante credenciado) para a continuidade da
tarefa;
6.20) Os executantes deverão ter seus nomes inseridos na PTS e quaisquer alterações no contingente da frente
de serviço deverão ser registradas;
6.21) Quando solicitado por qualquer dos envolvidos na PTS, um membro da equipe de Segurança ou um
especialista técnico dará suporte na avaliação de riscos e interação prévia no campo preenchendo os
campos do formulário de PTS (nome, assinatura e data);
6.22) Após o término da tarefa, a PTS deverá ser encerrada e assinada pelo emitente e executante credenciado;
6.23) As vias de PTS e seus anexos deverão ter um tempo de arquivamento definido de acordo com critérios
locais ou legislação aplicável;
6.24) A qualquer momento durante a execução da tarefa, se houver mudança de escopo, identificação de novos
riscos ou emergências que paralisem a tarefa, a mesma deverá ser suspensa e o emitente deverá ser
imediatamente informado para reavaliar o cenário e emitir nova PTS, se necessário;
6.25) O direito de recusa deve ser exercido sempre que o empregado constatar uma situação de risco grave e
iminente para a sua segurança ou de seus colegas e não houver consenso nas medidas de controle para
que a tarefa seja executada de forma segura;
6.26) A implantação do Processo de PTS em qualquer unidade da Vale requer o atendimento sequencial dos 7
passos de implantação da PNR-000031 ou sua revisão, conforme anexo 14;
6.27) Apenas a 2ª linha de defesa ou 2as camadas de Segurança Ocupacional das áreas de negócio podem definir
o uso da PTS em casos específicos além dos definidos no anexo 13 - Critério de aplicação da PTS.

7. Papéis e responsabilidades
7.1) Gerente Executivo/Gerente Geral:
a) Atuar como patrocinador do processo de PTS em sua área;
b) Disponibilizar todos os recursos necessários para garantir a plena implementação do processo de PTS;
c) Avaliar o processo de PTS no campo na frequência definida pelo diário de bordo conforme PNR-
000032 - Gerenciamento da Rotina.
7.2) Gerente Executivo de SSRO:
a) Atuar como coach do processo de PTS junto aos demais Gerentes Executivos/Gerentes Gerais;
b) Avaliar o processo de PTS no campo na frequência definida pelo diário de bordo conforme PNR-
000032 - Gerenciamento da Rotina.
7.3) Gerentes:
a) Identificar e endereçar a necessidade de recursos para a aplicação do processo de PTS;
b) Verificar e capturar as falhas e desvios do processo e endereçar soluções;
c) Garantir que todos os requisitos do processo de PTS sejam plenamente atendidos em sua área;
d) Avaliar o processo de PTS no campo na frequência definida pelo diário de bordo conforme PNR-
000032 - Gerenciamento da Rotina.
7.4) Dono da área:
a) Designar os emitentes de sua área;
b) No caso de designação de emitentes de empresas contratadas, deve-se garantir que os designados:
1) não pertençam a uma empresa envolvida na execução da tarefa;

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2) possuam experiência e competência comprovadas e relacionada aos riscos da área / processo;


c) No caso de designação de emitentes Vale que não são subordinados ao dono, deve-se garantir que os
designados:
1) não pertençam a uma supervisão / coordenação envolvida na execução da tarefa;
2) possuam experiência e competência comprovadas e relacionada aos riscos da área / processo;
d) Definir alocação dos emitentes conforme planejamento prévio e integrado das tarefas.
7.5) Coordenador/Supervisor:
a) Identificar e tratar gaps e solicitar suporte para a aplicação deste processo, sempre que necessário;
b) Indicar os profissionais que atuarão como executantes credenciados (quando aplicável) na sua área,
garantindo a capacitação destes;
c) Avaliar o processo de PTS no campo na frequência definida pelo diário de bordo conforme PNR-
000032 - Gerenciamento da Rotina.
7.6) Preposto de empresa contratada ou gestor / fiscal de contrato:
a) Designar os executantes credenciados sob sua responsabilidade, garantindo a capacitação destes.
7.7) Planejadores:
a) Consultar e utilizar as informações das análises de risco no planejamento das tarefas;
b) Fornecer aos coordenadores, supervisores, emitentes e executantes das áreas os escopos específicos
de tarefas planejadas;
c) Cumprir as etapas relacionadas à PTS de acordo com o PNR-000004 Planejamento e Controle de
Manutenção ou outros documentos locais de planejamento.
7.8) Emitente:
a) Conhecer os riscos da área (processo), ser devidamente treinado no processo de PTS e estar designado
a emitir, revalidar e encerrar a PTS;
b) Ter informação sobre as tarefas (planejadas ou não) para as quais será emitente e das que possam ter
interferência com estas;
c) Ter conhecimento das condições normais e anormais de trabalho, só podendo emitir a PTS após o
controle dos riscos detectados durante sua elaboração.
7.9) Executante credenciado:
a) Avaliar os riscos e aplicar medidas de controle em suas tarefas;
b) Informar ao emitente os riscos da tarefa a ser realizada e os controles implantados;
c) Discutir com o emitente as informações de riscos inerentes da área onde será efetuada a tarefa;
d) Disponibilizar a cópia da PTS aos demais executantes;
e) Informar e discutir com a equipe executante os riscos e controles aplicados. Avaliar e endereçar
qualquer nova situação de risco identificada pelos executantes;
f) Comunicar imediatamente ao emitente sempre que a tarefa tenha sido interrompida por qualquer
motivo;
g) Solicitar a atualização da ART sempre que necessário, conforme PNR-000068.
7.10) Executantes:
a) Somente executar a tarefa caso a PTS esteja disponível no local de execução;
b) Somente iniciar a tarefa após o compartilhamento de todos os riscos envolvidos e controles existentes
pelo executante credenciado;
c) Sempre informar ao executante credenciado quando algum novo risco for identificado;
d) Exercer o direito de recusa, quando necessário.

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7.11) Equipe de segurança local:


a) Capacitar os facilitadores que vão treinar os emitentes e executantes credenciados neste documento;
b) Treinar os representantes de segurança das empresas contratadas neste documento para que atuem
como multiplicadores em suas empresas;
c) Realizar avaliações de campo do processo de PTS em suas áreas de atuação de acordo com diário de
bordo definido;
d) Dar suporte na implantação e na manutenção do processo de PTS.
7.12) Corporativo SSMA&RO
a) Atuar como facilitadores da implantação e manutenção do processo de PTS;
b) Realizar avaliações de campo do processo de PTS;
c) Revisar este documento quando necessário.

8. Requisitos para designação de emitentes, executantes credenciados e executantes


8.1) Emitente:
a) Capacitação nos treinamentos globais dos RAC aplicáveis;
b) Capacitação nos treinamentos definidos pela legislação local, quando exposto aos riscos para a
emissão da PTS;
c) Certificado de participação do treinamento - Módulo 1 da PTS.
8.2) Executante credenciado:
a) Capacitação nos treinamentos de executantes dos RAC aplicáveis conforme Diretrizes de Capacitação
do Modelo RAC;
b) Capacitação nos treinamentos definidos pela legislação local;
c) Certificado de participação do treinamento - Módulo 1 da PTS.
8.3) Executantes:
a) Capacitação nos treinamentos de executantes dos RAC aplicáveis conforme Diretrizes de Capacitação
do Modelo RAC;
b) Capacitação nos treinamentos definidos pela legislação local;
c) Certificado de participação do treinamento - Módulo 2 da PTS.

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