Você está na página 1de 72

CAPÍTULO 1 - Áreas das figuras planas 3

CAPÍTULO 2 - Introdução à geometria espacial 16

CAPÍTULO 3 - Poliedros 35

CAPÍTULO 4 - Prisma 53
1
CAPÍTULO
ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - MATEMÁTICA 2

ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Definições
(1) Consideremos área como sendo a medida de uma superfície contida em um plano em uma determinada unidade de
medida.
(2) Para facilitar a compreensão, toda vez que nos referirmos a uma região do plano delimitada por certo polígono, de-
nominaremos simplesmente área do polígono.

Definição da área por subdivisão em partes


Se temos uma superfície não linear e limitada por uma linha curva (figura), a qual desejamos calcular a área, uma
estratégia muito comum é a subdivisão do todo em partes menores equivalentes (iguais) compensando as subpartes
não ocupadas integralmente pela superfície com as equivalentes simétricas juntando faltas e sobras. Quase sempre a
área subdividida serve como unidade de construção e medição da área desejada.

(Figura 1) Área de um intervalo delimitado pela


(Figura 2) Malha com subdivisões sobre a figura 1.
função exponencial.

Essa abordagem (técnica) pode facilitar muito o cálculo de alguns polígonos. Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1 (Calculando a área do retângulo):

O retângulo da figura possui:


• 4 quadrados de altura
• 8 quadrados de comprimento
1 ua
Sua área é 4 x 8 = 32 ua

1 ua = unidade de área

Podemos concluir que a área do retângulo equivale ao produto da medida da base (b) pela medida da
altura (h), ou seja: AR = b x h.
MATEMÁTICA 2 3
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

Exemplo 2 (Calculando a área do triângulo)


Já que sabemos agora a relação da área de um retângulo, podemos verificar que todo triângulo possui área
equivalente à metade da área de um retângulo com mesma base e altura, como verificaremos nas figuras a seguir:

• Verificamos então que os triângulos 1 e 2 (∆1, ∆2) possuem a mesma base (x) e a mesma altura (y) que o retângu-
lo que os inclui.
• Verificamos também que ambos os triângulos retângulos são iguais e simétricos (estão espelhados).
• Observamos ainda que os triângulos possuem então a mesma área, pois são simétricos, como dito anteriormen-
te.
• Temos, por observação, que ambos triângulos se encaixam perfeitamente completando-se no retângulo.
• Logo, como ambos possuem a mesma área, podemos verificar que cada um possui área equivalente à metade da
área do retângulo que possuir a mesma base e altura. Ou seja;
A
A∆= R
2

Mas essa análise se aplica para esse caso apenas? Vamos verificar mais condições dessa relação, especialmente
quando o triângulo não for retângulo como nos casos anteriores.
Em especial, observemos as condições dos dois triângulos dispostos a seguir (∆4, ∆5):
Notemos que todos possuem a mesma altura (y) e a mesma base (x) como no exemplo anterior, mas não pode-
mos afirmar que são retângulos.

Agora notemos o caso do primeiro triângulo dessa série (∆4):

• Notemos que o triângulo ∆4 pode ser inscrito em um retângulo com a mesma base (x) e altura (y).
• Podemos verificar que as áreas do retângulo que não são ocupadas pela área do triângulo A4 são dois triângulos.
• Denominamos os triângulos das áreas não ocupadas pelo ∆4 como ∆a e ∆b.
• Observe que se juntarmos, como na figura do meio, as áreas dos triângulos remanescentes do retângulo (∆a e ∆b),
teremos um outro triângulo formado pelas somas das áreas ∆a + ∆b.
• Podemos verificar que as áreas de ∆4 e ∆a + ∆b são iguais, logo ∆a + ∆b = ∆4.
• Por fim, como no retângulo (x . y ou AR) coexistem os dois triângulos iguais, podemos afirmar que:

AR = ∆4 + (∆a + ∆b)
AR = ∆4 + ∆4
AR = 2 x ∆4
A Nesse caso também podemos concluir que a área do triângulo equivale à
∆4= R
2 metade da área do retângulo que o inscreve.

4 CAPÍTULO 1 - ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

Agora notemos o caso do segundo triângulo dessa série (∆5):

• Notemos que o triângulo ∆5 tal qual seu antecessor, pode ser inscrito em um retângulo com a mesma base (x) e altura
(y).
• Note que aqui mantemos a mesma estratégia de dividir a figura em partes menores, mas alteramos o processo ante-
rior.
• Dessa vez, dividimos o retângulo que onde o triângulo ∆5 está inscrito configurando a construção de dois outros re-
tângulos, um com base menor que a altura e outro inverso.
• Notemos que, em cada retângulo novo, a área de parte do triângulo ∆5 é igual à parte da área do retângulo não ocupa-
da pelo triângulo ∆5.

Observamos que, se a área de cada parte do triângulo ∆5 é simétrica à área não ocupada, o triângulo ∆5 ocupa
metade do retângulo, novamente:
AR
∆4=
2

Essa técnica (processo ou estratégia) serve para várias formas de demonstração e verificação que optaremos
por demonstrar em outra oportunidade.

ÁREA DOS TRIÂNGULOS


A função da área para qualquer polígono depende dos elementos envolvidos em sua definição, ou seja, para
cada conjunto de elementos podemos ter uma função diferente determinando a área de um polígono.
Para tanto, trabalharemos com os principais casos:

a) Conhecida a medida de um de seus lados (base) e da altura relativa bxh


S∆=
a esse lado 2

Observe que, num triângulo, qualquer lado pode ser considerado


base. No cálculo da área, deve-se ter o cuidado de associar uma base
a sua altura correspondente.

b) Conhecidas as mediadas de dois de seus lados e o seno do ângulo


entre eles
Nesse caso, a área do triângulo é calculada a partir das medidas da
base e da altura relativa a essa base.
h
senα =
a a x b x senα
h = a x senα S∆=
2

MATEMÁTICA 2 5
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS
c) Conhecidos o perímetro e o raio da circunferência inscrita ao
triângulo
S∆= p x r, p = a + b + c
2

S∆= p x (p - a) x (p - b) x (p - c)

d) Conhecidos o produto das medidas dos três lados e o


raio da circunferência circunscrita ao triângulo

S∆= axbxc
4R

e) Triângulos equiláteros (caso especial de polígono regular)

h= l
3
2

S∆= l
2 3
2

ÁREA DOS QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS


Trapézio
Note que, traçando uma de suas diagonais, podemos decompor um trapézio em dois triângulos onde pode-
mos calcular sua área.

S = S1 + S2
S= B x h + b x h
2 2

STrap.= (B + b) x h
2

Paralelogramo
A área do paralelogramo pode ser obtida a partir da área de um retângulo associado a ele.

SParal. = SRet.
SParal. = b x h.

6 CAPÍTULO 1 - ÁREA DAS FIGURAS PLANAS


CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

c) Losango
O losango possui diagonais perpendiculares, podemos dividi-lo em 4 triângulos retângulos congruentes como
na figura:

SLos.= D x d
2

d) Quadrado
Além do cálculo da área de um quadrado através do produto da base pela altura como qualquer quadrilátero,
podemos também obtê-la em função da diagonal, ou seja:

S= d
2

ÁREA DOS POLÍGONOS REGULARES


Além das diferentes formas de cálculo da área dos polígonos mais comuns citados anteriormente, temos ainda
que generalizar o cálculo da área para os n casos, quais sejam:

Sabemos previamente que a medida do apótema (a) é igual à medida do raio da circunferência inscrita no po-
lígono. Além disso, sabemos também que todo polígono regular é inscritível em uma circunferência. Unindo o centro
dessa circunferência a cada um de seus vértices dados, o polígono regular de n lados é dividido em n “fatias” na forma
de triângulos, todas com a mesma forma e tamanho: são triângulos isósceles congruentes, cujo ângulo do vértice do
centro equivale ao ângulo central de um polígono regular como já estudado, ou seja: 360º .
n

MATEMÁTICA 2 7
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

Exemplo: área de um octógono regular.


Podemos para calcular a referida área do octógono podemos utilizar a adição de as áreas dos oito (8) tri-
ângulos isósceles congruentes da figura. Ou seja:
STriângulo= base x altura → STriângulo = l x a
2 2

Note que 4ll é o mesmo que metade do perímetro (2p) ou o semiperíme-


S8n= 8 x STriângulo → S8n= 8 x l x a → S8n= 4 la
2 tro (p) da figura, nesse caso teríamos: S8n = p × a.

Generalizando, poderemos tratar qualquer polígono regular com essa fórmula, ou seja:

S(n)= p xa ou S(n)= n x l x a
2

ÁREA DO CÍRCULO E SUAS PARTES


A área do círculo foi um dos mais importantes saltos na geometria das medições. Tentamos aqui levar o aluno a
intuir essa descoberta em relação aos elementos envolvidos.

Área do Círculo
Uma maneira de intuir a área do círculo é através das análises e observações dos polígonos regulares inscritos
e sua evolução de acordo com a quantidade de lados como disposto nas figuras abaixo:

Notemos que:
• Quanto mais lados possui o polígono inscrito, mais partes (triângulos) existirão dentro da circunferência.
• Quanto mais lados possui o polígono inscrito, menor a área do círculo que o inscreve que não é ocupada pelo polígono
inscrito.
• Induzindo a infinitos lados no polígono inscrito teríamos o perímetro do polígono com a mesma medida do perímetro
da circunferência, ou seja: C=2×π×R.
• Induzindo a infinitos lados no polígono inscrito teríamos o apótema do polígono com a mesma medida do raio da cir-
cunferência, ou seja: a=R.

Podemos então intuir que, quando o polígono regular inscrito em uma circunferência tiver infinitos lados equi-
vale a área do círculo que o inscreve, ou seja:

SCírculo ≅ SPolig.Reg.
SCírculo ≅ p x a
Como p ≅ 2 x π x R e a ≅ R, temos que:
2
SCírculo ≅ 2 x π x R x R Note que a área do círculo depende unicamente da medida do
SCírculo = π x R2
2 seu raio devido ao uso da constante π.

8 CAPÍTULO 1 - ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

Setor Circular
Definimos setor circular (ou setor de círculo, também conhecido como fatia de pizza) como a parte de um círcu-
lo limitada por dois raios e um arco.
A área do setor circular depende da medida do raio da circunferência e pode ser calculada em função do arco
pela sua relação proporcional no círculo ou em função do ângulo central que o determina, como vemos a seguir:

(I) Em função do ângulo š: (II) Em função do arco l :


Regra de Três SSetor = l
Área Ângulo SCírculo 2xπxr
Ssetor š SSetor = l
πxr 2
360º π x r2 2xπxr

SSetor= š x π x r π xl
2
ou SSetor=
360º 2

Coroa Circular
Considerando dois círculos concêntricos (onde os círculos coincidem) de raios diferentes, definimos como co-
roa circular a região interna ao círculo maior e externa à menor.
Assim sendo, para achar a função da área da coroa circular devemos apenas calcular a diferença entre a área do
círculo maior e a do círculo menor, como demonstrado a seguir:

SCoroa = SCM - Scm

SCoroa = π x R2 - π x r2

SCoroa = π x (R2 - r2)

Segmento Circular
Definimos segmento circular (ou também segmento de círculo) como a região imitada por uma corda e por
um dos arcos que essa corda determina na circunferência. Assim, cada corda determina dois segmentos circulares
correspondentes.
Geralmente o objeto de estudo tem sido o segmento circular constituído pela corda e pelo menor arco de
circunferência que ele determina.
Observemos também que essa região é, também, a diferença entre a área do setor circular relativo ao mesmo ângulo
central e a área do triangulo formado internamente. Assim, podemos definir a área do segmento circular como na
figura abaixo:
Note que a corda AB determina dois segmentos circulares: ACB e ADB.
A área do menor segmento circular (região destacada) depende da medida do raio (r) da circunferência e do
ângulo central (š) associado à corda AB que a determina.

Sseg = Ssetor - S∆OAB

MATEMÁTICA 2 9
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

RAZÃO DE SEMELHANÇA ENTRE AS ÁREAS

Acima verificamos diferentes tamanhos de fotos utilizadas em uma empresa de revelações. Notem que todas
expressam a mesma imagem, mas em formatos diferentes, ou seja, os tamanhos dimensionam áreas distintas.

O que acontece com a área de uma figura plana quando modificamos suas dimensões?
Lembre-se que a medida da área de uma figura é bidimensional, isto é, depende de suas DUAS dimensões.
Nesse caso, ao ampliarmos uma fotografia ou imagem, faz-se necessário que qualquer alteração realizada em
uma dimensão também seja feita na outra dimensão, sob pena de perder a proporcionalidade.
Dessa forma, ao duplicarmos sua largura, para manter a proporcionalidade, devemos, igualmente, fazê-lo no
comprimento de forma a gerar uma figura simular em sua proporção.

• Note que na figura, dobramos sua base (b) e sua altura


(h).
• Nesse caso, ambas dimensões (altura e base) ficam
duplicadas (2b e 2h).
• Perceba então que a área de ambas se torna quadrupli-
cada e não duplicada como demonstramos.

S2 = 4 S1

Quando estudamos figuras semelhantes devemos considerar a comparação de figuras unidimensionais, tais
como lados, alturas e medianas por exemplo. Nesses casos as constantes de proporção são as mesmas e, geralmente
denominada k.
Observe os triângulos ABC e MNP que são semelhantes pelo caso (AA).

Podemos concluir então que, se a


constante de proporcionalidade k = 2, a me-
dida do lado AB é o dobro da medida do lado
MN. Note que o mesmo acontecerá com to-
das as medidas unidimensionais do triângulo
ABC quando comparado com o seu corres-
pondente e homólogo triângulo MNP.

A resposta, como vimos no exemplo da foto, é não. Quando comparamos as áreas das figuras semelhantes
(proporcionais), não vale a mesma regra de proporção linearmente obtida. Em outras palavras, se a constante de pro-
porcionalidade vale 2, não quer dizer que a área do triângulo ABC será o dobro da área do triângulo MNP (como no
exemplo da foto).

10 CAPÍTULO 1 - ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

Isso acontece em razão das áreas serem relações bidimensionais, ou seja, seu cálculo depende das medidas de
duas dimensões. Como as figuras são proporcionais, podemos afirmar que a constante k impacta em ambas dimensões,
de modo que o resultado não seja linearmente alterado.
Quando comparamos as áreas de triângulos semelhantes como os do exemplo anterior temos:

baseABC x alturaABC
baseABC x alturaABC 2 baseABC x alturaABC
SABC= 2 = x =
baseMNP x alturaMNP
2 baseMNP x alturaMNP baseMNP x alturaMNP
2

Como a relação de cada medida unidimensional é a constante k, temos:


baseABC x alturaABC = k x k = k2
baseMNP alturaMNPP

Isso equivale a dizer que:


• Se a base do triangulo ABC mede o dobro da base do triângulo MNP; e,
• Se a altura do triângulo ABC mede o dobro da altura do triângulo MNP;
• Então a área do triângulo ABC equivale ao quádruplo da área do triângulo MNP.
• Temos isso pois, o dobro equivale à constante de proporcionalidade unidimensional k = 2;
• Como a relação de proporcionalidade será k2;
• Então, a relação entre as áreas será k2 = 22=4.

• Em outras palavras: dobro × dobro = dobro2.

Lembramos que as figuras somente serão semelhantes se a relação entre suas medidas unidimensionais, forem
também constantes, ou seja:
• Se as figuras são semelhantes, os lados são proporcionais em k.
• Se os lados são proporcionais em k as áreas são proporcionais à k2.

l1 l S
= k = n → 1 = k2
l2 ln' S2

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Dada a figura a seguir e sabendo-se que os dois quadrados possuem lados iguais a 4cm, sendo O, o centro de um deles,
quanto vale a área da parte preenchida?

MATEMÁTICA 2 11
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

2. A área de uma sala com a forma da figura ao lado é de:

3. Calcule a área do triângulo cujos lados medem 21, 17 e 10 centímetros.

4. De uma chapa quadrada de papelão recortam-se 4 discos, conforme indicado na figura. Se a medida do diâmetro dos
círculos é 10 cm, qual a área (em cm2) não aproveitada da chapa?

5. Na figura seguinte, estão representados um quadrado de lado 4, uma de suas diagonais e uma semicircunferência de
raio 2. Então a área da região hachurada é:

6. Um terreno tem a forma de um trapézio retângulo ABCD, conforme mostra a figura, e as seguintes dimensões:
3
= 25m, a 3 = 24m, 2R 3 ⇒ a = 15 m.
2
Se cada metro quadrado desse terreno vale R$ 50,00, qual é o valor total do terreno?

12 CAPÍTULO 1 - ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. (ENEM- 2013) Um programa de edição de imagens possibilita transformar figuras em outras mais complexas. Deseja-
-se construir uma nova figura a partir da original. A nova figura deve apresentar simetria em relação ao ponto O.

A imagem que representa a nova figura é:

A B C

Figura original D E

2. As aranhas são notáveis geômetras, já que suas teias revelam variadas relações geométricas. No desenho, a aranha
construiu sua teia de maneira que essa é formada por hexágonos regulares igualmente espaçados. Qual é a menor dis-
tância que a aranha deve percorrer ao longo da teia para alcançar o infeliz inseto?

A 8 cm
B 10 cm
C 8 2 cm
D 10 3 cm
E 12 3 cm

3. Luis construiu uma pipa com a forma de um hexágono regular. O lado do hexágono mede 15 cm. Qual a medida da
vareta GH?

MATEMÁTICA 2 13
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

4. (UFF) Um pedaço de papel tem a forma do triângulo equilátero PQR, com 7cm de lado, sendo M o ponto médio do
lado PR:

Dobra-se o papel de modo que os pontos Q e M coincidam, conforme ilustrado acima. O perímetro do trapézio PSTR,
em cm, é igual a:
A9
B 17,5
C 24,5
D 28
E 49

5. (UFF) A figura abaixo representa o quadrado MNPQ de lado l = 4cm. Sabendo que os retângulos NXYZ e JKLQ são
congruentes, o valor da medida do segmento YK é:

3
A cm
2
B2 3 cm

2
C cm
2
D 2 cm
E 2 2 cm

6. (ENEM) Na literatura de cordel, os textos são impressos, em geral, com 8, 16, 24 ou 32 páginas de formato
10,5 cm x 15,5 cm. As razões históricas que explicam tal fato estão relacionadas à forma artesanal como são montadas
as publicações e ao melhor aproveitamento possível do papel disponível.

Considere, abaixo, a confecção de um texto de cordel com 8 páginas (4 folhas):


Utilizando o processo descrito acima, pode-se produzir um exemplar de cordel com 32 páginas de 10,5 cm x 15,5 cm,
com o menor gasto possível de material, utilizando uma única folha de
A 84 cm x 62 cm
B 84 cm x 124 cm
C 42 cm x 31 cm
D 42 cm x 62 cm
E 21 cm x 31 cm

14 CAPÍTULO 1 - ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 1 ÁREAS DAS FIGURAS PLANAS

7. (UERJ) Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao dobro de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que
formam, entre si, um ângulo reto. Observe a figura, em que BFA = CAB.

Considerando AF = 16 cm e CB = 9 cm, determine:


a) as dimensões do cartão;
b) o comprimento do vinco AC.

8. No estudo da distribuição de torres em uma rede de telefonia celular, é comum se encontrar um modelo no qual as
torres de transmissão estão localizadas nos centros de hexágonos regulares, congruentes, justapostos e inscritos em
círculos, como na figura a seguir.
Supondo que, nessa figura, o raio de cada círculo seja igual a 1km, é correto afirmar que a distância d3,8 (entre as
torres 3 e 8 ), a distância d3,5 (entre as torres 3 e 5 ) e a distância d5,8 (entre as torres 5 e 8 ) são, respectivamente, em km,
iguais à

A d3,8 = 2 3 ; d3,5 = 3; d5,8 = 3 + 2 3 .


B d3,8= 4 ; d3,5 = 3; d5,8= 5.
3 3 3 3
C d3,8= 4 ; d3,5 = ; d5,8=4 + .
2 2
D d3,8 = 2 3 ; d3,5 = 3; d5,8 = 21 .

3 3
E d3,8= 4 ; d3,5 = ; d5,8= 9 .
2 2

MATEMÁTICA 2 15
INTRODUÇÃO À GEOMETRIA

1
CAPÍTULO

2
ESPACIAL

2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - MATEMÁTICA 2

REPRESENTAÇÃO DOS CONCEITOS PRIMITIVOS


A Geometria espacial funciona como uma ampliação da Geometria plana (euclidiana) e trata dos métodos apro-
priados para o estudo de objetos espaciais assim como a relação entre esses elementos. Os objetos primitivos do ponto
de vista espacial, são: pontos, retas, segmentos de retas, planos, curvas, ângulos e superfícies. Os principais tipos de cál-
culos que podemos realizar são: comprimentos de curvas, áreas de superfícies e volumes de regiões sólidas. Tomaremos
ponto, reta e plano como conceitos primitivos, os quais serão aceitos sem definição.

• pontos: letras maiúsculas do nosso alfabeto. • retas: letras minúsculas do nosso alfabeto.
r
A

• planos: letras minúsculas do alfabeto grego .


Observação: Espaço é o conjunto de todos os pontos.

Por exemplo, da figura a seguir, podemos escrever:


α
s r
P∈r
Q
Q∈s∩r
α P s⊂αer⊂α

AXIOMAS
Axiomas, ou postulados (P), são proposições aceitas como verdadeiras sem demonstração e que servem de
base para o desenvolvimento de uma teoria.
Temos como axioma fundamental: Existem infinitos pontos, retas e planos.

POSTULADOS SOBRE PONTOS E RETAS

P1) A reta é infinita, ou seja, contém infinitos P2) Por um ponto podem ser traçadas infini-
pontos. tas retas. t
r u
s

P r

P3) Por dois pontos distintos podemos traçar


uma única reta. P4) Um ponto qualquer de uma reta divide-a
r
C em duas semirretas.
P
P

16 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

POSTULADOS SOBRE O PLANO E O ESPAÇO

P5) Por três pontos não colineares podemos


traçar um único plano.
B P8) Toda reta pertencente a um plano
divide-o em duas regiões chamadas
semiplanos.
A C
α

P8) Toda reta pertencente a um plano


P6) O plano é infinito, isto é, ilimitado. divide-o em duas regiões chamadas
semiplanos.

P7) Por uma reta pode ser traçada uma


P9) Qualquer plano divide o espaço
infinidade de planos.
em duas regiões chamadas semiespa-
ços.

POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS


No espaço, duas retas distintas podem ser concorrentes, paralelas ou reversas:

Exemplo 1: r ⊂ α e s ⊂ α
r
P
S r S
α α
Concorrentes Paralelas
r ∩ s = {P} r∩s={ }

Exemplo 2: r ⊂ α e s ⊄ α

r Não existe plano que contenha r e s simulta-


neamente, quando r e s são reversas.
α

Reversas
r∩s={ }

MATEMÁTICA 2 17
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

CASOS PARTICULARES
• retas perpendiculares: r ⊥ s (Mesmo plano) • retas ortogonais: r ⊥ s (Planos diferentes)
r

r P
t

α s s
α

Postulado de Euclides ou das retas paralelas

P10) Dados uma reta r e um ponto P ∉ r, exis-


te uma única reta s, traçada por P, tal que r//s

P∉r
∃! s /r //s
P∈s
P

Determinação de um plano
Lembrando que, pelo postulado 5, um único plano passa por três pontos não colineares, um plano também pode
ser determinado por:

• uma reta e um ponto não pertencente a essa •duas retas distintas concorrentes:
reta:
C P
Q
r
P
B R

α A α S

•duas retas paralelas distintas:

r
B

s
α A

18 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

POSIÇÕES RELATIVAS DE RETA E PLANO

a) reta contida no plano


Se uma reta r tem dois pontos distintos num plano α, então r está contida nesse plano:

B
A ∈α e B∈α
A ⇒r⊂α
r A ∈ r e B∈r

b) reta concorrente ou incidente ao plano


Dizemos que a reta r "fura" o plano α ou que r e α são concorrentes em P quando

P
r ∩ α = (P)

α Nesse caso a reta r é reversa a todas as retas do plano que não passam pelo ponto P.

c) reta paralela ao plano

Quando uma reta r e um plano α não têm ponto em comum, e a reta r é paralela a uma reta t contida no plano α;
então, r // α.
Em α existem infinitas retas paralelas, reversas ou ortogonais a r.

MATEMÁTICA 2 19
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

PERPENDICULARISMO ENTRE RETA E PLANO


Uma reta r é perpendicular a um plano α se, e somente se, r é perpendicular a todas as retas de α que passam
pelo ponto de intersecção de r e α.

Note que:
r • se uma reta r é perpendicular a um plano α, então ela é
u perpendicular ou ortogonal a toda reta de α.

t P v t

α s
u s

r⊥α
s ⊂ α, t ⊂ α, u ⊂ α, v ⊂ α r ⊥ s, r ⊥ t, r ⊥ u e r ⊥ v

• para que uma reta r seja perpendicular a


um plano α, basta ser perpendicular a duas
retas concorrentes, contidas em α:
r

Observe, na figura abaixo, por que não basta que r seja


t perpendicular a uma única reta t de α para que seja perpendi-
cular ao plano:
s r

r⊥se r⊥t
⇒r⊥α
s ⊂ α, t ⊂ α
t
α

r ⊥ s (t ⊂ α)
r não é perpendicular a α

POSIÇÕES RELATIVAS DE DOIS PLANOS

a) planos coincidentes ou iguais b) planos concorrentes ou secantes

β
α=β
r

α∩β=r

20 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

c) planos paralelos d) Perpendicularismo entre planos


Dois planos, α e β, são paralelos quando sua
intersecção é vazia:
β

α s t

α // β ⇒ α ∩ β = { } α⊥β⇒∃r⊃βer⊥α

PARA SABER MAIS

Para visualizar concretamente dois planos perpendiculares, observe o plano do piso e o plano de
uma das paredes de uma sala de aula:

Esses planos são perpendiculares.


Observação: Existem infinitos planos perpendiculares a
um plano dado; esses planos podem ser paralelos entre si
ou secantes.

PROJEÇÃO ORTOGONAL
A projeção ortogonal de um ponto P sobre um plano α é a intersecção do plano com a reta perpendicular a ele,
conduzida pelo ponto P:
P

P'
α

A projeção ortogonal de uma figura geométrica F (qualquer conjunto de pontos) sobre um plano α é o conjunto
das projeções ortogonais de todos os pontos de F sobre α:

F'
α

MATEMÁTICA 2 21
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

ÂNGULOS ENTRE DUAS RETAS REVERSAS

Sejam r e s duas retas reversas:


Consideremos uma reta r’ paralela a r e concorrente com s.
s
s
r x^
y^
r'
r

A reta r’ forma com a reta s os ângulos ^x e y.


^ Definem-se como ângulos formados pelas retas reversas r e s os
^ ^
próprios ângulos x e y.
Quando duas retas são reversas e formam ângulos retos entre si, elas são chamadas de retas ortogonais.

Exemplo
Na caixa de sapatos abaixo, as retas AB e CD são reversas e formam ângulos retos entre si, por isso, são chama-
das de retas ortogonais.

ÂNGULOS ENTRE RETA E PLANO

Consideremos uma reta r secante a um plano α em um ponto A; e um ponto


B dessa reta, B≠A. Sendo BC a reta perpendicular a α em C, os ângulos formados
por r e AC são ângulos formados por r e α.

Observação: Se a reta é paralela ao plano ou está contida nele,


então o ângulo formado por ambos é o ângulo nulo.

Ângulos entre dois planos


Consideremos dois planos secantes α e β, cuja reta comum é t. Sendo r e s retas contidas em α e β, respectiva-
mente, tal que r ⊥ t e s ⊥ t, os ângulos r e s são os ângulos entre α e β.

Observação:

1. As retas r e s não precisam ser, necessariamente, concorrentes; po-


dem ser reversas.
2. O ângulo formado entre dois planos paralelos é o ângulo nulo.

22 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (ENEM) Representar objetos tridimensionais em uma folha de papel nem sempre é tarefa fácil. O artista holandês
Escher (1898 – 1972) explorou essa dificuldade criando várias figuras planas impossíveis de serem construídas como
objetos tridimensionais, a exemplo da litografia Belvedere, reproduzida abaixo:

Considere que um marceneiro tenha encontrado algumas figuras desenhadas por Esher e deseje
construir uma delas com ripas rígidas de madeira, que tenham o mesmo tamanho. Qual dos desenhos
ele poderia produzir em um modelo tridimensional real?

A B C D E

2. Classifique cada uma das afirmativas seguintes como verdadeira ( V ) ou falsa ( F ).


a) ( ) Duas retas distintas que têm um ponto comum são retas concorrentes.
b) ( ) Duas retas que estão num plano são paralelas entre si.
c) ( ) Duas retas que não têm ponto comum são reversas.
d) ( ) Duas retas reversas não têm ponto comum.
e) ( ) Duas retas não coplanares são reversas.
f) ( ) Duas retas que são ortogonais formam ângulo reto.
g) ( ) Se duas retas formam ângulo reto, então elas são perpendiculares ou ortogonais.
h) ( ) Se duas retas são ortogonais, toda reta paralela a uma delas forma ângulo reto com a outra.

3. Quatro pontos, A, B, C e D, não são coplanares. Quantos planos eles determinam? Quais são?

4. Uel) As retas r e s foram obtidas prolongando-se duas arestas de um cubo, como está representado na figura ao lado.
Sobre a situação dada, assinale a afirmação INCORRETA.
A r e s são retas paralelas.
B r e s são retas reversas.
C r e s são retas ortogonais.
D não existe plano contendo r e s.
E r∩s=∅

MATEMÁTICA 2 23
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

5. (Unesp) Sejam α e β planos perpendiculares, α∩β=r.


Em α considera-se uma reta s perpendicular a r, s∩r={A}, e em β considera-se t oblíqua a r, t∩r={A}. Dentre as afirma-
ções:
I. s é perpendicular a β.
II. t é perpendicular a s.
III. O plano determinado por s e t é perpendicular a β.
IV. Todo plano perpendicular a s e que não contém A é paralelo a β.
pode-se garantir que:

A somente I é falsa.
B somente II é falsa.
C somente III é falsa.
D somente IV é falsa.
E nenhuma é falsa.

6. A figura abaixo representa um prisma reto de base triangular.


Classifique cada uma das afirmações seguintes como verdadeira ( V ) ou falsa ( F ). As retas:
a) ( ) AB e DE são reversas.
b) ( ) AC e FC são concorrentes.
c) ( ) AD e CF são coplanares.
d) ( ) AB e EF são paralelas entre si.
e) ( ) DE e CF são ortogonais.

7. Quantas retas passam por um determinado ponto do espaço? Elas são todas coplanares?

8. Quantos planos passam por uma determinada reta do espaço?

9. Quantos são os planos determinados por três retas distintas, duas a duas paralelas entre si?

24 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

10. A figura ao lado é a de um sólido chamado prisma regular pentagonal. Ele tem 7 faces: 2 pentágonos regulares e 5
retângulos.
Considerando-se os vértices desse prisma, dê exemplos de:
a) três pares de retas paralelas e distintas entre si -
b) três pares de retas concorrentes -
c) três pares de retas reversas e não ortogonais -
d) três pares de retas ortogonais

11. Classifique como verdadeiro ( V ) ou falso ( F ).


a) ( ) Uma reta e um plano secantes têm um ponto comum.
b) ( ) Uma reta e um plano que têm um ponto comum são concorrentes (secantes).
c) ( ) Uma reta e um plano paralelos entre si não têm ponto comum.
d) ( ) Se duas retas distintas são paralelas entre si e um plano contém uma delas, então ele é paralelo ou contém a outra.
e) ( ) Se dois planos são secantes e uma reta de um deles é paralela ao outro, então essa reta é paralela à interseção.
f) ( ) Se duas retas são paralelas a um plano, então elas são paralelas entre si.
g) ( ) Se duas retas são reversas, qualquer plano que passa por uma intercepta a outra.

12. A figura abaixo ilustra um prisma hexagonal regular ABCDEFA1B1C1D1E1F1.

Analise a veracidade das afirmações seguintes, referentes às posições relativas de retas e planos contendo vértices
desse prisma.
A A reta contendo a aresta AB e a reta contendo a aresta D1E são paralelas entre si.
B A reta contendo a aresta AB e a reta contendo a aresta C1D1 são reversas.
C O plano contendo a face ABB1A1 e o plano contendo a face DEE1D1 são paralelos.
D O plano contendo a face ABB1A1 e o plano contendo a face CDD1C1 são paralelos entre si.
E A reta contendo a aresta AB é paralela ao plano contendo a face CDD1C1.

MATEMÁTICA 2 25
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

13. Classifique cada uma das proposições seguintes como verdadeira ( V ) ou falsa ( F ) :
a) ( ) Se uma reta e um plano são perpendiculares, então toda reta perpendicular à reta dada é paralela ao plano ou
nele está contida.
b) ( ) Uma reta e um plano, ambos perpendiculares a uma outra reta em pontos distintos, são paralelos.
c) ( ) Se dois planos são paralelos entre si, então toda reta perpendicular a um deles é perpendicular ao outro.

14. Em relação a paralelismo e perpendicularismo no espaço, decida se cada uma das afirmações abaixo é verdadeira
( V ) ou falsa ( F ).
a) ( ) Duas retas distintas que são paralelas a um mesmo plano são paralelas entre si.
b) ( ) Duas retas distintas sem pontos comuns são paralelas.
c) ( ) Se dois planos distintos são paralelos entre si, então, toda reta de de um desses planos é paralela a alguma reta
do outro plano.
d) ( ) Se uma reta e um plano são perpendiculares à reta dada está contida ou é paralela ao plano.

15. Classifique como verdadeiro ( V ) ou falso ( F ).


a) ( ) Dois planos perpendiculares são secantes.
b) ( ) Se dois planos são perpendiculares, então toda reta de um deles é perpendicular ao outro.
c) ( ) Se dois planos são perpendiculares, então toda reta de um deles, perpendicular à interseção dos planos, é per-
pendicular ao outro.
d) ( ) Dois planos distintos perpendiculares a um terceiro são perpendiculares entre si.
e) ( ) Se dois planos são paralelos, então todo plano perpendicular a um deles é perpendicular a outro.
f) ( ) Se dois planos são perpendiculares, então toda reta perpendicular a um deles é paralela ao outro ou está contida
neste outro.

16. Classifique como verdadeiro ( V ) ou falso ( F ), e aponte os erros nas afirmativas falsas.
a) ( ) A projeção ortogonal de um ponto sobre um plano é um ponto.
b) ( ) A projeção ortogonal de uma reta sobre um plano é uma reta.
c) ( ) A projeção ortogonal de um triângulo sobre um plano é sempre um triângulo.
d) ( ) Se as projeções ortogonais de duas retas, sobre um mesmo plano, são paralelas, então as retas são paralelas.

17. Seja o prisma regular hexagonal representado na figura abaixo.

I. Indique um segmento que represente a distância:


a) entre os pontos A e D -
b) do ponto E à reta RQ -
c) entre as retas EF e CB , paralelas entre si -
d) do ponto P ao plano ( A, C, E )-
e) da reta AD ao plano ( M, P, R )-
f) entre os planos ( A, C, E ) e ( M, P, R )-
g) entre os planos ( A, F, S, ) e ( C, D, Q )-
h) da reta BN ao plano ( F, S, R ) -
i) entre as retas FE e MS -
j) entre as retas CP e SR -

26 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

Considere que o comprimento do lado dos hexágonos é 2 e que o comprimento do lado maior dos retângulos é 4 para
determinar as distâncias:
a) entre os pontos C e D -
b) entre os pontos A e N-
c) d ponto D à reta EC -
d) do ponto R ao plano (A, B, E ) -
e) do ponto O, centro do hexágono, à reta FE -
f) entre as retas MN e RQ -

18. (Cesgranrio) A é um ponto não pertencente a um plano P. O número de retas que contêm A e fazem um ângulo de
45° com P é igual a:
A 0.
B 1.
C 2.
D 4.
E infinito.

19. É correto afirmar que:


A se uma reta r é ortogonal a duas retas concorrentes de um plano α, então r é perpendicular a α .
B duas retas distintas, paralelas a um mesmo plano, são paralelas entre si.
C uma reta paralela a um plano é paralela a qualquer reta que pertença a esse plano.
D se dois planos são perpendiculares, toda reta de um deles forma ângulo reto com qualquer reta do outro plano.
E dois planos paralelos a uma mesma reta são paralelos entre si.

20. Na figura abaixo estão representados um cubo e algumas retas.


Considere as seguintes afirmativas:
I. r e s são perpendiculares entre si.
II. s e t são ortogonais.
III. s e t são reversas.

A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é(são):


A apenas a III.
B apenas I e II
C apenas I e III.
D apenas II e III.
E I, II e III.

21. Em relação ao plano α, os pontos A e B estão no mesmo semi espaço e os pontos A e C em semi espaços opostos. Em
relação ao plano β , os pontos A e B estão em semi espaços opostos, bem como os pontos A e C. É correto concluir que
o segmento BC :
A é paralelo a α ∩β .
B encontra α e β.
C encontra α, mas não β.
D encontra β, mas não α.
E não encontra nem α nem β.

MATEMÁTICA 2 27
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

22. A figura abaixo representa uma pirâmide regular de base quadrada. Suas faces são 1 quadrado e 4 triângulos isósce-
les. Quantos planos contêm 3 vértices dessa pirâmide?

23. A partir da observação do cubo ao lado, apresente um exemplo de:


a) Dois pares de planos paralelos, determinados pelas faces desse cubo.
b) Dois planos que sejam perpendiculares ao plano que contém os pontos A, E e H.

24. A figura a seguir, representa um prisma reto de base triangular. Apresente duas retas que sejam:

a) Concorrentes
b) Ortogonais
c) Reversas

25. Observe a figura e classifique as afirmativas em verdadeiras ou falsas.

a) ( ) A reta r é paralela ao plano α.


b) ( ) A reta b e o plano α são secantes.
c) ( ) A reta r é paralela a reta t
d) ( ) As retas r é b são reversas.
e) ( ) A intersecção da reta t e o plano α é o ponto P.

28 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

26. Um grupo de arqueólogos encontrou uma garrafa que nela continha a seguinte frase:

Após enviarem para análise de um grupo de estudantes do Alfa Cem, que brilhantemente retornaram com a solução,
eles puderam concluir que esta afirmativa é verdadeira ou falsa? Justifique a sua resposta.

27. Uma formiga resolveu andar de um vértice a outro do prisma reto de bases triangulares ABC e DEG, seguindo um
trajeto especial. Ela partiu do vértice G, percorreu toda a aresta perpendicular à base ABC, para em seguida caminhar
toda a diagonal da face ADGC e, finalmente, completou seu passeio percorrendo a aresta reversa a CG. Em que vértice
a formiga parou? Demonstre graficamente (na própria figura) o trajeto percorrido pela formiga.

28. O conceito de Homem na Igreja de hoje


O conceito de ser humano na Igreja sofreu uma evolução. O homem era considerado um ser dotado de corpo e
alma. Havia na nossa espiritualidade um dualismo corpo e alma; o material e o espiritual.
O conceito de homem evoluiu com as descobertas científicas e tecnológicas, o apogeu da Era da Comunicação
e a crise de vazio existencial do homem moderno que não encontra fora de si ao Grande Presença que habita no seu
interior. Faz-se necessário um conceito de ser humano que responda a esses anseios de profundidade e inclua a reali-
dade social, e a dimensão de sentido da vida. O biológico é evidente por si mesmo. O psicológico ganhou espaço fora da
Filosofia. Então, a Antropologia e Ontologia de Victor Emil Frankl atualmente são mais adequadas a nossa realidade:
social, biológica, psicológica e espiritual ou ontológica.

Antropologia e Ontologia Dimensional de Vitor Frankl.


O ser humano é uma unidade apesar da pluralidade. Victor Frankl chama de “Antropologia e Ontologia Dimen-
sional” e explica pelo conceito geométrico a unidade ontológica do ser humano.
Vejamos:

1. Se tomarmos um objeto, por exemplo, um cilindro (representando um ser humano) e o projetarmos em várias
dimensões inferiores aquela que lhe é própria, as figuras obtidas pela sombra do objeto, se opõem umas às outras.
2. Se tomarmos agora vários objetos diferentes, um cilindro, um cone e uma esfera, e os projetarmos numa mesma e
única dimensão inferior aquela que lhes é própria, as figuras obtidas pela sombra dos objetos, serão iguais.

MATEMÁTICA 2 29
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

ANTROPOLOGIA E ONTOLOGIA DIMENSIONAL


Fonte: http://www.cmsantissimatrindade.org.br/canais.asp?cod=21&cat=4

Utilizando a vista superior para os três objetos, qual a figura plana que justificaria a segunda afirmação de Victor Frankl?
Demonstre graficamente.

29. Sejam π' e π" as faces de um ângulo diédrico de 45° e P um ponto interior a esse diedro. Sejam P' e P" as projeções
ortogonais de P sobre os planos. Então, a medida, em graus, do ângulo P'PP" é?

30. Quantos planos passam por dois pontos distintos? Justifique sua resposta!

30 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

31. Qual é a interseção de duas circunferências de raios congruentes, centros comuns e situadas em planos distintos?
(Lembre-se que círculo é a área interna à uma circunferência) Justifique sua resposta.

32. Todo plano equidistante (com mesma distância) dos extremos de um segmento passa pelo ponto médio do segmen-
to? Esboce o desenho da situação e justifique a sua resposta.

33. É possível uma reta r estar contida em dois planos? Faça um esboço de um exemplo em caso afirmativo.

34. Considere o cubo da figura abaixo.

Qual a distância entre as retas reversas CF e HG?

35. O galpão da figura a seguir está no prumo e a cumeeira está "bem no meio" da parede.

Das retas assinaladas, podemos afirmar que:


A t e u são reversas.
B s e u são reversas.
C t e u são concorrentes.
D s e r são concorrentes.
E t e u são perpendiculares.

MATEMÁTICA 2 31
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

36. (Unesp 1994) Considere o cubo da figura adiante. Das alternativas a seguir, aquela correspondente a pares de vér-
tices que determinam três retas, duas a duas reversas, é:
A (A,D); (C,G); (E,H).
B (A,E); (H,G); (B,F).
C (A,H); (C,F); (F,H).
D (A,E); (B,C); (D,H).
E (A,D); (C,G); (E,F).

37. É comum encontrarmos mesas com 4 pernas que, mesmo apoiadas sobre um piso plano, balançam e nos obrigam a
colocar um calço sob uma das pernas, se as quisermos firmes. Explique, usando argumentos de geometria, porque isso
não acontece com uma mesa de três pernas.

38. Podemos afirmar que a imagem abaixo que está relacionada com um sistema do tipo SPD (Sistema Possível Deter-
minado) é a

A B C

D E

32 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

39. No cubo da figura, o ângulo entre AD e AF vale:


A 15°
B 30°
C 45°
D 60°
E 90°

40. A figura abaixo mostra uma porta entreaberta e o canto de uma sala:
As retas r e s; s e t; x e r têm, respectivamente, as posições relativas:
A paralelas, paralelas e perpendiculares.
B paralelas, perpendiculares e reversas.
C paralelas, perpendiculares e perpendiculares.
D reversas, paralelas e perpendiculares.
E perpendiculares, reversas e paralelas.

Responda as questões 41, 42 e 43


(Dispondo de uma folha de cartolina medindo 50 cm de comprimento por 30 cm de largura, pode-se construir uma caixa
aberta cortando-se um quadrado de 8 cm de lado em cada canto da folha.

41. Qual o perímetro da figura, após os cortes?


A 160 cm
B 122 cm
C 120 cm
D 110 cm
E 100 cm

42. Suponha que o cm2 do papelão custe R$ 0,20. Quanto uma pessoa gastará para confeccionar essa caixa?
A R$ 1244,00
B R$ 804,90
C R$ 444,00
D R$ 248,80
E R$ 244,00

MATEMÁTICA 2 33
CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

43. Qual o volume dessa caixa?


A 3200 cm³
B 3323 cm3
C 3290 cm3
D 3806 cm3
E 3808 cm3

44. (ENEM)Suponha que, na escultura do artista Emanoel Araújo, mostrada na figura a seguir, todos os prismas numera-
dos em algarismos romanos são retos, com bases triangulares, e que as faces laterais do poliedro II são perpendiculares
à sua própria face superior, que, por sua vez, é um triângulo congruente ao triângulo base dos prismas. Além disso, con-
sidere que os prismas I e III são perpendiculares ao prisma IV e ao poliedro II.

Imagine um plano paralelo à face do prisma I, mas que passe pelo ponto P pertencente à aresta do poliedro II, indicado
na figura. A interseção desse plano imaginário com a escultura contém:
A dois triângulos congruentes com lados correspondentes paralelos.
B dois retângulos congruentes e com lados correspondentes paralelos.
C dois trapézios congruentes com lados correspondentes perpendiculares.
D dois paralelogramos congruentes com lados correspondentes paralelos.
E dois quadriláteros congruentes com lados correspondentes perpendiculares.

34 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ESPACIAL

2ª SÉRIE
1
CAPÍTULO

3
POLIEDROS

2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - MATEMÁTICA 2

APRESENTANDO O TEMA

Dois semiplanos não coplanares de origem numa mesma reta, determinam uma figura geométrica chamada
ângulo diédrico, ou apenas diedro.
Os semiplanos são chamados faces e a reta comum é a aresta do diedro.

diedro: âβ ou αâβ
faces: α e β
aresta: a

Três semirretas não coplanares, de origem num mesmo ponto, determinam três ângulos (regiões angulares pla-
nas) que formam uma figura geométrica chamada ângulo triédrico, ou apenas triedro.
Os três ângulos são as faces do triedro, as três semirretas são as arestas e o ponto comum é o vértice.
Cada duas faces do triedro determinam um diedro; o triedro é a interseção dos três diedros determinados pelas
suas faces.

triedro: vabc
^ ^ ^
faces: aVb, bVc, aVc
aresta: Va, Vb, Vc
vértice: V

Generalizando, consideremos n (n ≥ 3) semirretas de origem num mesmo ponto, entre as quais não há três co-
planares. Elas determinam n ângulos (regiões angulares) tais que o plano de cada um deles deixa as demais semirretas
num mesmo semiespaço. A figura geométrica formada por estes ângulos é denominada um ângulo poliédrico.
Quando n= 3, temos um ângulo triédrico, quando n = 4 é um ângulo tetraédrico, quando n = 5 é um ângulo pen-
taédrico e assim por diante. Eis alguns prefixos importantes referentes à cardinalidade:

1. mono (uni) 6. hexa 11. undeca 16. hexadeca


2. bi (di) 7. hepta 12. dodeca 17. heptadeca
3. tri 8. octo 13. trideca 18. octodeca
4. tetra(quadril) 9. ênea 14. tetradeca 19. eneadeca
5. penta 10. deca 15. pentadeca 20. icosa

MATEMÁTICA 2 35
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

Exemplos:

No prisma triangular indicado na figura 2 abaixo, podemos identificar diedros e triedros. As faces
laterais determinam três diedros, um dos quais é αâβ. Uma face lateral e uma base também deter-
^
minam um diedro: por exemplo, o diedro αbγ. Cada vértice é vértice de um triedro por exemplo
Vabc.

Na pirâmide quadrangular indicada na figura 1, podemos identificar diedro (por exemplo, o


determinado pelas faces laterais de aresta comum b), triedros (por exemplo, o de arestas b, c e
f) e o ângulo tetraédrico Vabcd.

POLIEDRO
As figuras seguintes dão ideia de poliedro. São regiões do espaço delimitadas por polígonos.

cubo pirâmide poliedro côncavo


poliedro convexo poliedro convexo

Para caracterizar um poliedro convexo consideramos n polígonos convexos, n ≥ 4, que satisfazem às três condi-
ções seguintes:
1ª) não há dois destes polígonos num mesmo plano;
2ª) cada lado de um dos polígonos é comum a dois e apenas dois dos polígonos;
3ª) o plano de cada polígono deixa todos os outros polígonos num mesmo semi espaço.

A região do espaço delimitada por tais poliedros é denominada poliedro convexo. Este poliedro é a interseção
de n semi espaços, cada um dos quais tem origem no plano de um dos polígonos e contém todos os demais polígonos.
Cada polígono é denominado uma face do poliedro; os lados dos polígonos são as arestas do poliedro e os vér-
tices dos polígonos são também os vértices do poliedro.
A superfície do poliedro é a reunião das suas faces, o interior do poliedro é constituído dos pontos internos do
poliedro que não pertencem à superfície.

Outros exemplos de poliedros

prisma tronco de pirâmide cubo seccionado por um plano


contendo três diagonais de
faces
36 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

Também são elementos dos poliedros:


• Os diedros determinados por duas faces adjacentes (com aresta comum);
• Os ângulos poliédricos determinados pelas arestas que partem, de um mesmo vértice.

Nos poliedros da figura anteriores temos respectivamente:


(V=10, A= 15, F=7), (V= 8, A= 12, F = 6) e (V=7, A = 12, F =7)

No primeiro deles (prisma pentagonal) as faces são dois pentágonos e cinco quadriláteros. A quantidade de
arestas, 15 é também a quantidade de diedros. A quantidade de vértices, 10, é também a quantidade de ângulos polié-
dricos, que, neste caso, são todos triedros.
No segundo (tronco de pirâmide) as seis faces são quadriláteros. Há 12 arestas e 12 diedros. O número de vér-
tices, assim como o de ângulos poliédricos (todos triedros), é, 8.
No terceiro poliedro as faces são quatro triangulares e três quadrangulares. Os ângulos poliédricos são quatro
triédricos e três tetraédricos.
Em cada um deles vamos calcular o número V - A +F:
1º) V - A + F=10 - 15 + 7 =2
2°) V - A + F= 8 - 12 + 6 =2
3°) V - A + F= 7 - 12+ 7=2

RELAÇÃO DE EULER
Em todo poliedro convexo temos:

V+F=A+2

sendo:
V → número de vértices
F → número de faces
A → número de arestas

OUTRAS RELAÇÕES NUM POLIEDRO CONVEXO


Exemplos

1) Num poliedro convexo há 6 faces quadrangulares e 8 faces triangulares. Calcular o número de arestas e o de
vértices do poliedro.
Em 6 faces quadrangulares há 6 x 4 arestas; em 8 faces triangulares há 8 x 3 arestas. Lembrando que cada aresta
está ao mesmo tempo em duas faces, a expressão
6 x 4 + 8 x 3 dá o dobro do número de arestas. Assim:
2 A = 6 x 4 + 8 x 3 → 2 A= 48 → A = 24

Sendo o número de faces F = 6 + 8=14, o número de arestas A = 24, determinamos o número de vértices V em-
pregando a relação de Euler:
V + F = A +2
V+ 14=24+2
V=12

MATEMÁTICA 2 37
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

2) Quantas faces tem uma superfície poliédrica aberta de 8 vértices e 10 arestas? Numa superfície poliédrica
aberta temos:
Va + Fa=Aa+1
Fa=10 + 1
Fa= 11 - 8
Fa= 3

3) Um poliedro é chamado poliedro euleriano quando satisfaz à relação de Euler. Todo poliedro convexo é euleria-
no, mas existem também poliedros eulerianos que não são convexos.

poliedro convexo poliedro não convexo poliedro não convexo


é poliedro euleriano mas é euleriano e também não euleriano

NOMENCLATURA
Primas e pirâmides são exemplos de poliedros. Mas há poliedros que não são prismas, nem pirâmides. Os no-
mes dos poliedros são dados de acordo com o número de suas faces.

Nº de faces Nome do poliedro Nº de faces Nome do poliedro


4 Tetraedro 11 Undecaedro
5 Pentaedro 12 Dodecaedro
6 Hexaedro 13 Tridecaedro
7 Heptaedro 15 Pentadecaedro
8 Octaedro 17 Heptadecaedro
9 Eneaedro 20 Icosaedro
10 Decaedro 1000 Quiliedro
Exemplos:

Pirâmide triangular Prisma triangular Paralelepípedo Heptaedro Pirâmide hexagonal


Tetraedro Pentaedro Hexaedro Heptaedro

Prisma hexagonal Octaedro Eneadro


Octaedro
38 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

SOMA DOS ÂNGULOS DAS FACES DE UM POLIEDRO CONVEXO

Consideremos um poliedro convexo com duas faces pentagonais e cinco faces quadrangulares. Para calcular a
soma dos ângulos de suas faces, basta lembrar que a soma Si dos ângulos internos de um polígono convexo de n lados é
dada por:

Si= (n-2)180º

Assim, temos que:

• a soma dos ângulos de uma face pentagonal é:


• a soma dos ângulos de uma face quadrangular é:
Si = (5 - 2)180° = 540°

Si = (4 - 2)180° = 360° Como o poliedro possui cinco faces


quadrangulares e duas pentagonais,
a soma S dos ângulos das faces é:
S= 360° . 5 + 540° . 2 = 2.880

Efetuando os cálculos anteriores, genericamente, para um poliedro convexo cujo número de vértices é V, che-
gamos ao resultado apresentado no teorema a seguir.

Teorema: A soma S dos ângulos das faces de um poliedro convexo que possui V vértices é: S= (V - 2)360°

POLIEDROS DE PLATÃO
Um poliedro euleriano é chamado poliedro de Platão quando todas as faces são polígonos com o mesmo núme-
ro de lados e todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número de arestas.
Consequentemente, há apenas cinco espécies de poliedros que são poliedros de Platão:

Tetraedros (F = 4) de faces triangulares (n = 3)


Hexaedros (F = 6) de faces quadrangulares (n = 4)
Octaedros (F = 8) de faces triangulares (n = 3)
Dodecaedros (F = 12) de faces pentagonais (n = 5)
Icosaedros (F = 20) de faces triangulares (n = 3)

MATEMÁTICA 2 39
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

Poliedros Regulares
Denominamos poliedros regulares aos poliedros de Platão cujas faces são polígonos regulares congruentes.
Num poliedro regular, os ângulos poliédricos são congruentes (coincidem por superposição).
Há cinco tipos de poliedros regulares, que são:
• Tetraedro regular, em que as faces são triângulos equiláteros;
• Hexaedro regular, em que as faces são quadrados;
• Octaedro regular, em que as faces são triângulos equiláteros;
• Dodecaedro regular, em que as faces são pentágonos regulares;
• Icosaedro regular, em que as faces são triângulos equiláteros;

tetraedro hexaedro octaedro dodecaedro icosaedro


regular regular regular regular regular

PLANIFICAÇÃO DE ALGUNS POLIEDROS

PARA SABER MAIS

Prismas e pirâmides são poliedros. Entretanto, um prisma regular não é necessariamente um polie-
dro regular, assim como uma pirâmide regular não é necessariamente um poliedro regular.
A única pirâmide regular que é o poliedro regular é o tetraedro regular.
O único prisma regular que é poliedro regular é o hexaedro regular (cubo).
Todas as pirâmides triangulares são tetraedros, mas há pirâmides triangulares regulares que não são
tetraedros regulares!
Todos os primas quadrangulares são hexaedros, mas há prismas quadrangulares regulares que não
são hexaedros regulares.

40 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Um dodecaedro convexo possui todas as faces pentagonais. Quantos vértices possui esse poliedro?

Resolução
O poliedro possui doze faces e cada face possui cinco arestas. O produto do número de faces pelo número de
arestas de cada face, 12 . 5, é o dobro do número de arestas do poliedro. Isso porque cada aresta é lado de duas e apenas
duas faces; portanto no cálculo 12 . 5 cada aresta é contada duas vezes. Assim, o número A de arestas do poliedro é
12.5
A= = 30.
2
Temos então que A = 30, F = 12 e o dodecaedro é convexo. Como a relação de Euler nos garante que V - A + F = 2 para
todo poliedro convexo, temos:
V - 30 + 12 = 2 ⇒ V= 20
Portanto, o dodecaedro possui vinte vértices.

2) Qual é a soma dos ângulos das faces do poliedro convexo abaixo?

Resolução: A soma dos ângulos das faces de um poliedro convexo é dada por S = (V - 2)360°.
Como o poliedro em questão é constituído por 7 vértices, temos S = (7 - 2)360°, ou seja,
S = 1800º.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (CESESP – PE) Considere os seguintes poliedros regulares:


A1 - Tetraedro
A2 - Dodecaedro
A3 - Icosaedro

Assinale dentre as alternativas, a falsa.


A O poliedro A1 tem as faces triangulares.
B O poliedro A2 tem 12 faces.
C O poliedro A3 tem as faces triangulares.
D O poliedro A2 tem as faces em forma de dodecágono.
E O poliedro A3 tem 20 faces.

MATEMÁTICA 2 41
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

2. (ITA – SP) Se um poliedro convexo possui 20 faces e 12 vértices , então o número de arestas desse poliedro é:
A 12
B 18
C 28
D 30
E 32

3. (CESGRANRIO)Um poliedro convexo é formado por 80 faces triangulares e 12 pentagonais. O número de vértices
do poliedro é:
A 80
B 60
C 50
D 48
E 36

4. (Cesgranrio) Um poliedro convexo tem catorze vértices. Em seis desses vértices concorrem quatro arestas, em qua-
tro desses vértices concorrem três arestas e, nos demais vértices, concorrem cinco arestas. O número de faces desse
poliedro é igual a:
A 16
B 18
C 24
D 30
E 44

5. (UFRS) Um poliedro convexo de onze faces tem seis faces triangulares e cinco faces quadrangulares. Os números de
arestas e de vértices do poliedro são, respectivamente:
A 34 e 10
B 19 e 10
C 34 e 20
D 12 e 10
E 19 e 12

6. Existe poliedro convexo que possua o número de vértices igual ao número de arestas? Por quê?

7. Num poliedro convexo há 14 faces e 24 vértices. Quantas são as arestas?

8. Num poliedro euleriano de 10 vértices há 15 arestas. Quantas são as faces?

42 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

9. Numa superfície poliédrica aberta de 6 faces e 11 arestas, quantos são os vértices?

10. Um poliedro convexo tem apenas faces pentagonais e um total de 30 arestas. Calcule:
a) O número de faces e de vértices;
b) A soma dos ângulos das faces do poliedro.

11. Num poliedro convexo só há faces triangulares e hexagonais, num total de 18 faces e 30 arestas. Calcule:
a) A quantidade de vértices;
b) A quantidade de faces triangulares;
c) A soma dos ângulos das faces do poliedro.

12. Determine o número de vértices de um dodecaedro regular sabendo que suas faces são pentagonais.

13. (ENEM) Para confeccionar, em madeira, um cesto de lixo que comporá o ambiente decorativo de uma sala de aula,
um marceneiro utilizará, para as faces laterais, retângulos e trapézios isósceles e, para o fundo, um quadrilátero, com os
lados de mesma medida e ângulos retos.
Qual das figuras representa o formato de um cesto que possui as características estabelecidas?

A B C D E

MATEMÁTICA 2 43
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

14. (ENEM) Maria quer inovar em sua loja de embalagens e decidiu vender caixas com diferentes formatos. Nas imagens
apresentadas estão as planificações dessas caixas.
Quais serão os sólidos geométricos que Maria obterá a partir dessas planificações?

A Cilindro, prisma de base pentagonal e pirâmide.


B Cone, prisma de base pentagonal e pirâmide.
C Cone, tronco de pirâmide e prisma.
D Cilindro, tronco de pirâmide e prisma.
E Cilindro, prisma e tronco de cone.

15. (UFJF) A figura a seguir representa a planificação de um poliedro convexo.


O número de vértices deste poliedro é:
A 12.
B 14.
C 16.
D 20.
E 22.

16. Um poliedro convexo possui duas faces triangulares, duas quadrangulares e quatro pentagonais. Quanto vale a
soma dos ângulos internos de todas as faces?

17. Um poliedro convexo tem 3 faces pentagonais e algumas faces triangulares. Qual o número de faces desse poliedro,
sabendo-se que o número de arestas é o quádruplo do número de faces triangulares?

18. Quantos cubos A precisa-se para formar o paralelepípedo B?

44 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

19. A partir de 64 cubos brancos, todos iguais, forma-se um novo cubo. A seguir, esse novo cubo tem cinco de suas seis
faces pintadas de vermelho. O número de cubos menores que tiveram pelo menos duas de suas faces pintadas de ver-
melho é:
A 24
B 26
C 28
D 30
E 32

20. Uma editora pretende despachar um lote de livros, agrupados em 100 pacotes de 20 cm x 20 cm x 30 cm. A transpor-
tadora acondicionará esses pacotes em caixas com formato de bloco retangular de 40 cm x 40 cm x 60 cm. A quantidade
mínima necessária de caixas para esse envio é:
A9
B 11
C 13
D 15
E 17

21. Ninguém merece começar o ano de 2013 com aquele tradicional calendário de parede. Por isso João decidiu inovar.
Criou um calendário 3D de papel, usando um poliedro de Platão com faces pentagonais. Nesse poliedro, cada face re-
presentava um mês do ano de 2013. João pegou uma folha de papel sulfite, desenhou a planificação do sólido, recortou
e montou o calendário. Qual o poliedro que João decidiu montar:
A Tetraedro
B Hexaedro
C Octaedro
D Dodecaedro
E Icosaedro

22. As medidas internas de uma caixa-d’água em forma de paralelepípedo retângulo são: 1,2 m, 1 m e 0,7 m. Sua capa-
cidade e de:
A 8400 litros
B 840 litros
C 84 litros
D 8,4 litros
E 0,84 litros

23. A figura abaixo ilustra alguns degraus de uma escada de concreto. Cada degrau é um prisma triangular reto de di-
mensões 15 cm, 30 cm e 60 cm. Se a escada tem 20 degraus, qual o volume (em decímetros cúbicos) do concreto usado
para construir a escada?
A 210 dm3
A 230 dm3
A 250 dm3
A 270 dm3
A 290 dm3

MATEMÁTICA 2 45
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

24. Indique quantas faces possuem, respectivamente, nessa ordem, os sólidos numerados como I, II, III e IV a seguir:

A 8, 6, 5, 6.
B 8, 6, 6, 5.
C 8, 5, 6, 6.
D 5, 8, 6, 6.
E 6, 18, 6, 5.

25. O número de faces de um poliedro convexo de 22 arestas é igual ao número de vértices. Então o número de faces
do poliedro é:
A6
B8
C 10
D 11
E 12

26. Role-playing game, também conhecido como RPG (em português: "jogo de interpretação de personagens"), é um
tipo de jogo em que os jogadores assumem os papéis de personagens e criam narrativas. O progresso de um jogo se dá
de acordo com um sistema de regras pré-determinado, dentro das quais os jogadores podem improvisar livremente e
a conclusão de uma escolha do jogador depende de seu sucesso no lançamento de dados específicos. Como livros ou
filmes, RPGs agradam por alimentarem a imaginação sem, no entanto, limitar o comportamento do jogador a um enredo
específico. O RPG tem seu uso amplamente incentivado pelo Ministério da Educação (MEC) como método de ensino,
sendo usado para aguçar a cooperação mútua e o raciocínio lógico dos estudantes.
(fonte: wikipedia)

Um jogador de RPG, por falta de grana, optou por fazer um D-20, dado com 20 faces iguais em formato de triângulo
equilátero, em sua casa, seguindo o modelo ilustrado na imagem abaixo:

Com base nas informações anteriores, escreva a


quantidade de faces, arestas e vértices do icosaedro
que modela este dado.

46 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

27. (FUVEST) Um poliedro convexo tem 8 faces . O número de arestas de uma certa face (denotada por K) é igual a 1/6
do número de arestas do poliedro , enquanto a soma dos ângulos das faces restantes é 30 π.A face K é um:
A triângulo
B quadrilátero
C pentágono
D hexágono
E heptágono

28. Quantas arestas tem um poliedro convexo de faces triangulares em que o número de vértices é 3/5 do número de
faces?

29. (UPPE) Unindo-se o centro de cada face de um cubo, por segmentos de reta, aos centros das faces adjacentes, ob-
tém-se as arestas de um poliedro regular. Quantas faces tem esse poliedro? Esboce-o.

30. Num poliedro convexo de 21 arestas todos os ângulos poliédricos são triedros. Calcule a quantidade de vértices e a
de faces do poliedro.

31. (Fuvest-SP) Quantas faces tem um poliedro convexo com seis vértices e nove arestas? Desenhe um poliedro que
satisfaça essas condições.

32. (Mackenzie-SP) Sabe-se que um poliedro convexo tem oito faces e que o número de vértices é maior do que seis e
menor do que catorze. Então o número A de arestas é:
A 14 ≤ A ≤ 20
B 14 < A < 20
C 13 < A < 19
D 13 ≤ A ≤ 19
E 17 ≤ A ≤ 20

MATEMÁTICA 2 47
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

33. (UERJ) A figura ao lado representa o brinquedo Piramix. Ele tem a forma de um tetraedro regular,
com cada face dividida em 9 triângulos equiláteros congruentes. Se, a partir de cada vértice, for reti-
rada uma pirâmide regular cuja aresta é 1/3 da aresta do brinquedo, restará um novo sólido. A razão
entre as superfícies totais desse sólido e do Piramix equivale a:
A 4/9
B 5/9
C 7/9
D 8/9

34. (UPE) Um poliedro convexo possui 8 (oito) faces, todas triangulares. Nestas condições, assumindo que tal poliedro
exista, o número esperado de vértices para este será
A 10
B9
C8
D 7
E6

35. (UFC) Um poliedro convexo só tem faces triangulares e quadrangulares. Se ele tem 20 arestas e 10 vértices, então,
o número de faces triangulares é:
A 12
B 11
C 10
D9
E8

36. (CESGRANRIO) Um poliedro convexo é formado por 4 faces triangulares, 2 faces quadrangulares e 1 face hexago-
nal. O número de vértices desse poliedro é de:
A6
B 7
C8
D9
E 10

37. (UNIRIO) Um geólogo encontrou, numa de suas explorações, um cristal de rocha no formato de um poliedro, que
satisfaz a relação de Euler, de 60 faces triangulares. O número de vértices deste cristal é igual a:
A 35
B 34
C 33
D 32
E 31

38. (UFC) O número de faces de um poliedro convexo com 20 vértices e com todas as faces triangulares é igual a:
A 28
B 30
C 32
D 34
E 36

48 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

39. (UERJ) O poliedro ao lado, com exatamente trinta faces quadrangulares numeradas de 1 a 30, é usado como um
dado, em um jogo. Admita que esse dado seja perfeitamente equilibrado e que, ao ser lançado, cada face tenha a mesma
probabilidade de ser sorteada.
Calcule:
a) A probabilidade de obter um número primo ou múltiplo de 5, ao lançar esse dado uma única vez;
b) O número de vértices do poliedro.

40. Um poliedro convexo de 29 vértices possui somente faces triangulares e faces hexagonais. Quantas faces tem o
poliedro se o número de faces triangulares é a metade do número de faces hexagonais?

41. Um poliedro convexo tem 7 faces. De um dos seus vértices partem 6 arestas e de cada um dos vértices restantes
partem 3 arestas. Quantas arestas tem esse poliedro?

42. Em um poliedro convexo, o número de arestas tem 6 unidades a mais que o número de vértices. Calcule o número
de faces desse poliedro.

43. Conta uma lenda que a cidade de DELOS, na Grécia Antiga, estava sendo assolada por uma peste que ameaçava ma-
tar toda a população. Para erradicar a doença, os sacerdotes consultaram o Oráculo e este ordenou que o altar do Deus
Apolo tivesse seu volume duplicado. Sabendo-se que o altar tinha forma cúbica com aresta medindo 1m, então o valor
em que a mesma deveria ser aumentada era:

A3 2
B1
C3 2 –1
D 2 -1
E 1-3 2

MATEMÁTICA 2 49
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

44. Uma indústria deseja fabricar um galão no formato de um paralelepípedo retângulo, de forma que duas de suas
arestas difiram em 2 centímetros e a outra meça 30 centímetros. Para que a capacidade desse galão não seja inferior a
3,6 litros, a menor de suas arestas deve medir no mínimo:
A 11 cm.
B 10,4 cm.
C 10 cm.
D 9,6 cm.
E 12 cm.

45. Um poliedro convexo é formado por 80 faces triangulares e 12 pentagonais. Qual a quantidade de vértices desse
poliedro?

46. Numa publicação cientifica de 1985, foi divulgada a descoberta de uma molécula tridimensional de carbono, na
qual os átomos ocupam os vértices de um poliedro convexo cujas faces são 12 pentágonos e 20 hexágonos regulares,
como numa bola de futebol. Em homenagem ao arquiteto norte-americano Buckminster Fuller, a molécula foi denomi-
nada fulereno. O número de átomos de carbono nessa molécula é?
A 30
B 45
C 60
D 80
E 100

47. No país do México, há mais de mil anos, o povo Asteca resolveu o problema da armazenagem da pós-colheita de
grãos com um tipo de silo em forma de uma bola colocados sobre uma base circular de alvenaria. A forma desse silo é
obtida juntando 20 placas hexagonais e mais 12 placas pentagonais.
Com base no texto, é correto afirmar que esse silo tem:
A 90 arestas e 60 vértices.
B 86 arestas e 56 vértices
C 90 arestas e 56 vértices.
D 86 arestas e 60 vértices.
E 110 arestas e 60 vértices.

48. De cada vértice de um prisma hexagonal regular foi retirado um tetraedro, como exemplificado para um dos vértices
do prisma desenhado a seguir:

O plano que definiu cada corte feito para retirar os tetraedros passa pelos
pontos médios das três arestas que concorrem num mesmo vértice do pris-
ma. Determine o número de faces do poliedro obtido depois de terem sido
retirados todos os tetraedros.

50 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

49. Um poliedro convexo tem 3 faces triangulares, 4 quadrangulares e 5 pentagonais. O número de vértices desse po-
liedro é:
A 25
B 12
C 15
D9
E 13

50. Um poliedro convexo possui 10 faces, sendo algumas quadrangulares e outras triangulares. Ache o número de faces
de cada tipo, sabendo que a soma dos ângulos das suas faces é 2520°.

51. Num poliedro convexo de 14 faces, que são triângulos e octógonos, todos os ângulos poliédricos são triedros. Calcu-
le a quantidade de faces de cada tipo.

52. Num poliedro convexo as 20 faces são triângulos equiláteros e todos os ângulos poliédricos possuem a mesma quan-
tidade de arestas. Calcule a soma dos ângulos das faces dos ângulos poliédricos.

53. (CESGRANRIO) Considere o poliedro regular, de faces triangulares, que não possui diagonais. A soma dos ângulos
das faces desse poliedro vale, em graus:
A 180
B 360
C 540
D 720
E 900

54. (UFPE) Um poliedro convexo possui dez faces com três lados, dez faces com quatro lados e uma face com dez lados.
Determine o número de vértices desse poliedro.

MATEMÁTICA 2 51
CAPÍTULO 3 POLIEDROS

55. (Uerj) Um icosaedro regular tem 20 faces e 12 vértices, a partir dos quais retiram-se 12 pirâmides congruentes. As
medidas das arestas dessas pirâmides são iguais a 1/3 da aresta do icosaedro. O que resta é um tipo de poliedro usado
na fabricação de bolas. Observe as figuras. Para confeccionar uma bola de futebol, um artesão usa esse novo poliedro,
no qual cada gomo é uma face. Ao costurar dois gomos para unir duas faces do poliedro, ele gasta 7 cm de linha. Depois
de pronta a bola, o artesão gastou, no mínimo, um comprimento de linha igual a:
A 7,0 m
B 6,3 m
C 4,9 m
D 2,1 m

56. (PUC - Pr)Um poliedro convexo é formado por faces quadrangulares e 4 faces triangulares. A soma dos ângulos de
todas as faces é igual a 12 retos. Qual o número de arestas desse poliedro?
A8
B6
C4
D2
E1

57. (UERJ) Considere o icosaedro a seguir (Fig. 1), construído em plástico inflável, cujos vértices e pontos médios de
todas as arestas estão marcados.
A partir dos pontos médios, quatro triângulos equiláteros congruentes foram formados em cada face do icosa-
edro.
Admita que o icosaedro é inflado até que todos os pontos marcados fiquem sobre a superfície de uma esfera, e
os lados dos triângulos tornem-se arcos de circunferências, como ilustrado na figura 2.
Observe agora que, substituindo-se esses arcos por segmentos de reta, obtém-se uma nova estrutura poliédri-
ca de faces triangulares, denominada geodésica. (Fig. 3)

O número de arestas dessa estrutura é igual a:


A 90
B 120
C 150
D 180

58. Um poliedro convexo tem 14 vértices. Em 6 desses vértices concorrem 4 arestas, em 4 desses concorrem 3 arestas
e, nos demais vértices, concorrem 5 arestas. Determine o número de faces desse poliedro.

60. A soma dos ângulos das faces de um poliedro convexo vale 720º. Sabe-se que o número de faces vale 2/3 do número
de arestas.
Obter:
a) o número de vértices;
b) o número de faces.

52 CAPÍTULO 3 - POLIEDROS

2ª SÉRIE
1
CAPÍTULO

4
PRISMA

2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - MATEMÁTICA 2

CONCEITO NOMENCLATURA E ELEMENTOS


Denominamos prisma a todo poliedro convexo em que:
1°) há duas faces (chamadas bases) que são polígonos congruentes contidos em planos paralelos distintos; e
2°) as demais faces (chamadas faces laterais) são paralelogramos em que 2 lados opostos coincidem com os lados da
base.

Exemplo:

ARESTAS
As arestas do prisma são de 2 tipos:
• Arestas das bases: lados dos polígonos que são as bases do prisma. No exemplo são: AB , BC , AC , A'B' , A'C', B'C' .

• Arestas laterais: lados das faces laterais que têm uma extremidade em cada base. No exemplo são: A'A , B'B , C'C .

Altura
É a distância entre os planos de bases. Caso as arestas laterais sejam perpendiculares aos planos das bases,
suas medidas coincidem com a altura do prisma.
Nesse caso as faces laterais são retângulos contidos em planos perpendiculares aos planos das bases.

Classificação
Em relação ao número de lados dos polígonos das bases, os prismas podem ser:
• Triangulares → as bases são triângulos;
• Quadrangulares → as bases são quadriláteros;
• Pentagonais → as bases são pentágonos;
• Hexagonais → as bases são hexágonos.

MATEMÁTICA 2 53
CAPÍTULO 4 PRISMA

Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser:


• Oblíquos → as arestas laterais são oblíquas aos planos das bases;
• Retos → as arestas laterais são perpendiculares aos planos das bases. Em todo prisma reto as faces laterais são re-
tângulos e a altura coincide com a aresta lateral.

prisma reto prisma reto prisma oblíquo


(quadrangular) (pentagonal) (triangular)

PARA NÃO ESQUECER

Um caso particular de prisma reto é o prisma regular, que tem como bases polígonos
regulares: triângulos equiláteros, quadrados, hexágonos regulares etc.

Prisma regular
(Hexagonal)

PRISMAS ESPECIAIS

Paralelepípedo
É um prisma quadrangular de grande importância, que tem paralelogramos como bases. Assim, as
seis faces de um paralelepípedo são paralelogramos. Quando as bases de um prisma reto são retângulos,
ele é chamado paralelepípedo retângulo (ortoedro ou paralelepípedo reto-ângulo ou, ainda bloco retangu-
lar).
As seis faces de um paralelepípedo retângulo são retângulos.
Um tipo especial de paralelepípedo retângulo, é o cubo, cujas seis faces são quadrados.

paralelogramo retângulo

retângulo retângulo quadrado

quadrado quadrado

Paralelepípedo Paralelepípedo Paralelepípedo Cubo


oblíquo reto não-retângulo

54 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

Paralelepípedo Retângulo
Seja um paralelepípedo retângulo cujo retângulo da base tem lados a e b e cuja altura é c; dizemos
que esse paralelepípedo tem dimensões a, b e c. Ele possui quatro arestas de medida a, quatro de medida
b e quatro de medida c.
A qualquer vértice concorrem três arestas, cada uma com medida diferente em relação às outras.

Base Seção diagonal

CÁLCULO DA ÁREA TOTAL (SAT)


A área total é área da superfície total: seis retângulos, dos quais têm dimensões a e b, dois têm dimensões a e c
e dois têm dimensões b e c. Assim: At=2ab + 2ac + 2bc

At= 2(ab+ac+bc)

CÁLCULO DA DIAGONAL D
Indicando por d1, a medida da diagonal da base ABCD, temos:

No ∆BAD: d12 = a2 + b2
No ∆BDD’: D2 = d12 + c2

D2 = a2 + b2 + c2

D= a2 + b2 + c2

CÁLCULO DO VOLUME (V)


Como se trata do primeiro volume a ser calculado, vamos apresentar inicialmente o cubo unitário, que tem
aresta unitária (aresta de medida 1) e volume unitário (seu volume é 1).
Seja agora, por exemplo, um paralelepípedo retângulo de dimensões 5 cm, 2 cm e 3 cm representado abai-
xo:

MATEMÁTICA 2 55
CAPÍTULO 4 PRISMA

Decompondo cada dimensão em unidades de comprimento (cm), teremos cinco unidades (5 cm), duas unidades
(2 cm) e três unidades (3 cm), respectivamente. Isso sugere que o paralelepípedo pode ser dividido em 5.2.3 cubos uni-
tários (cm) e o volume desse paralelepípedo é 5cm . 2cm . 3cm= 30 cm3
De modo geral, o volume V de um paralelepípedo retângulo de dimensões a, b, e c é dado pela fórmula:

V=a.b.c

e notando que a . b é a área (Ab) e c é altura (h) do paralelepípedo, podemos escrever:

V= Ab . h

Exemplo:
Determinar a área total A e o volume V de um ortoedro cuja diagonal mede 10 2 cm, sabendo que
as suas dimensões são diretamente proporcionais a 3, 4 e 5.
Sendo a, b e c as dimensões do paralelepípedo, temos:

a b c
k= = = ⇒ a = 3k, b = 4k, c = 5k
3 4 d

Assim, a = 6, b = 8 e c = 10.
A área A é dada por:
A = 2 . (6 . 8 + 6 . 10 + 8 . 10) ⇒ A=376 cm2.

Para o volume V, temos;


V= 6 . 8 . 10 ⇒ V=480 cm3.

Resposta: A área total é 376 cm2 e o volume 480 cm3.

CUBO
O cubo é um paralelepípedo retângulo cujas seis faces são quadrados.
Um cubo possui as doze arestas congruentes entre si.
Vejamos como obter a área total St, a diagonal d e o volume V de um cubo de aresta a.

Cubo Face Diagonal

56 CAPÍTULO 4 - PRISMA
CAPÍTULO 4 PRISMA

CÁLCULO DE ST CÁLCULO DE D
Superfície total de um cubo é a reunião de Primeiro calculemos a medida d1 de uma
seis quadrados congruentes. Se o cubo tem aresta a, diagonal de face.
cada face tem área a2. No ∆BAD: d12 = a2 + a2 = 2a ⇒ a 2
Logo:
St = 6a2 No ∆BDD': D2 = a2 + d12, e como d12 = 2a2, temos:

D2 = a2 + 2a2 = 3a2 ⇒ D = a 3

CÁLCULO DE V
O volume do cubo é:

V = a . a . a ⇒ V = a3

ÁREA DO PRISMA
Área da base: Ab
A área da base de um prisma é a área do polígono que forma a base do prisma.

Área lateral: Al
A superfície lateral de um prisma é a reunião de suas faces laterais. A área dessa, superfície é chama-
da área lateral do prisma.

Sl = soma das áreas das faces laterais

Área Total: At
A superfície total de um prisma é a reunião da superfície lateral com as bases. A área dessa superfície
é chamada área total do prisma e é indicado por At.

At = Al + 2Ab

Exemplo: Considerando um prisma regular hexagonal, temos:


• Área da base: Ab → É a área de um hexágono regular.
• Área lateral: Al → Para visualizar a superfície lateral, vamos planificá-la.

Superfície Lateral Al = 6 . (área de uma face lateral) = 6 . (área de um retângulo)

• Área total: At→ Planificando a superfície total, vem:

base

Superfície Lateral At = 6 . (área de um retângulo) +2 .(área de um hexágono regular)

base

MATEMÁTICA 2 57
CAPÍTULO 4 PRISMA

VOLUME DO PRISMA
O volume de um prisma, assim como o de um paralelepípedo retângulo, é igual ao produto da área da
base pela medida da altura:
V= (área da base) . (medida da altura)
V = Ab . h

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Calcule o volume V de um paralelepípedo retângulo de área total 198 cm2 e dimensões diretamente proporcionais a
1, 2 e 3.

Solução: Sejam a, b e c as medidas, em centímetros, das dimensões do paralelepípedo abaixo:

De acordo com o enunciado, temos:


a=k
a = b = c =k⇒
b = 2k
1 2 3
c = 3k

Temos ainda que At = 2(ab + ac + bc) e At=198 cm2.


Assim podemos escrever:
2(k . 2k + k . 3k + 2k . 3k)=198
∴2(2k2 + 3k2 + 6k2) = 198 ∴22k2 =198
∴k2 = 9 ⇒ k= ±3

O valor de k deve ser positivo, pois, caso contrário, teríamos as dimensões do paralelepípedo representadas por
números negativos, o que é absurdo. Logo, k=3. Portanto, as dimensões do paralelepípedo são 3cm, 6cm e 9cm. O seu
volume V é:
V=3cm . 6cm . 9cm = 162 cm3

2. Considere um prisma reto de 20cm de altura cuja base é um triângulo retângulo de catetos de 8 cm e 15 cm. Calcu-
lar a área lateral, a área total e o volume desse prisma.

Solução: Inicialmente, por Pitágoras, tiramos a medida da hipotenusa → a=17cm


• Área lateral (soma das áreas de três retângulos):
Al = 8 . 20 + 15 . 20 + 17 . 20 = S, = 800 cm2.

• Área total (soma da área lateral com o dobro da área da base):


S = 800 + 2. 15 . 8 ⇒S = 920 cm2.
t t
2
• Volume:

V = 15 . 8 . 20 ⇒ 1200 cm3.
2
Resposta: 800 cm2; 920cm2 e 1200 cm3.

58 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

PARA NÃO ESQUECER

Prisma
Área lateral: Al Soma das áreas das faces laterais
Área total: At Al + 2 Ab
Volume: V Ab . H

PARA SABER MAIS

Para o cálculo da vazão de um rio em um trecho de margens paralelas,


calcula-se a velocidade da correnteza e admite-se o trecho como um paralelepí-
pedo. Vamos supor que a velocidade da correnteza seja 3 m/s e que o paralelepí-
pedo tenha dimensões 3 m por 40 m por 10 m, conforme a figura abaixo:

Imagine uma torneira "gigante", com a mesma


vazão do rio, despejando água num paralelepí-
pedo com essas dimensões, até então vazio. O
paralelepípedo ficaria completamente cheio de
água em 1 segundo. Como o volume do parale-
lepípedo é 1.200 m3 e cada m3 equivale a 1.000 l
, tem-se que a vazão do rio e 1.200.000 l /s.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. (U.F.São Carlos - SP) Se a soma das medidas de todas as arestas de um cubo é 60 cm, então o volume desse cubo, em
centímetros cúbicos, é:
A 125
B 100
C 75
D 60
E 25

2. (PUC-MG) A figura abaixo é um cubo cuja aresta mede 6 centímetros. A área do triângulo ACF, em centímetros qua-
drados, é igual a:

A6 2
B 12 2
C 15 3
D 18 3
E 36

MATEMÁTICA 2 59
CAPÍTULO 4 PRISMA

3. (PEI - SP) O sólido ABCDEFGH é um cubo cujas arestas medem 4 cm. Qual a área do retângulo ABGH?
A 32cm2
B 16 2 cm2
C 9 3 cm2
2
D 13 2 cm2
3
E 16 2 cm2
3

4. (CESGRANRIO) De um bloco cúbico de isopor de aresta 3a recorta-se o sólido, em forma de H, mostrado na figura .
O volume do sólido é:

A 27 a³
B 21 a³
C 18 a³
D 14 a³
E 9 a³

5. (ENEM 1998) Uma pessoa arrumou as bolinhas em camadas superpostas iguais, tendo assim empregado:
A 100 bolinhas.
B 300 bolinhas.
C 1000 bolinhas.
D 2000 bolinhas.
E 10000 bolinhas.

6. Calcule a área total e o volume de um cubo, sabendo que a diagonal de uma face mede 8 2 cm.

7. A aresta de um cubo mede 4 cm. De quantos centímetros deve ser aumentada a medida da diagonal desse cubo, de
modo a obter-se um novo cubo cuja aresta meça 6 cm?

60 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

8. Um reservatório, com a forma de um cubo cuja aresta mede 5 m, está totalmente cheio de água. Num dado instante,
começa a ocorrer um vazamento e observa-se que, a cada hora, perde-se 4% do volume total do reservatório. Nessas
condições, responda:
a) Em quanto tempo o reservatório estará vazio?
b) Se o vazamento persistir por 15 horas, quantos litros de água restarão no reservatório?

9. As dimensões de um paralelepípedo retângulo são 6 cm, 8 cm e 10 cm. Determine a medida da diagonal, a área da
superfície total e o volume desse paralelepípedo.

10. Sabe-se que a diagonal de um paralelepípedo retângulo mede 3 10 cm e duas de suas dimensões medem 4 cm e
7 cm. Qual é o volume desse paralelepípedo?

11. Pretende-se instalar um cofre de forma cúbica sob uma rampa de acesso ao primeiro piso de certa casa, conforme
mostra a figura a seguir. Se AB = 2 m e BC = 6 m, qual o volume do cofre a ser instalado?

MATEMÁTICA 2 61
CAPÍTULO 4 PRISMA

12. Um prisma hexagonal regular é tal que a área lateral é o triplo da área da base. Determine o volume desse prisma
sabendo que sua altura mede 9 cm.

13. Em uma casa há uma escada de madeira maciça, com 12 degraus de mesmas dimensões, cada qual com a forma de
um prisma triangular, conforme mostra a figura abaixo. Determine o volume de madeira usada na construção dessa
escada.

14. Um prisma quadrangular regular é tal que a sua área lateral é o dobro da área da base. Determine o volume desse
prisma sabendo que a área total de sua superfície é 144 m2.

15. Um artista projetou uma escultura para ornamentar uma praça. A escultura será composta por vários cubos cons-
truídos com material transparente, os quais possuem 13,5 m2 de superfície total cada um. O escultor deseja colocar
uma barra de ferro na diagonal de cada cubo. É correto afirmar que a barra de ferro deverá ter o comprimento igual a :

A 2,25m
B 1,5 3 m
C 2,25 2 m
D 2,25 3 m
E 6,75 m

16. Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestas medindo 10 cm e 6 cm, são levados juntos à fusão e em se-
guida o alumínio líquido é moldado como um paralelepípedo reto de arestas 8 cm, 8 cm e x cm. O valor de x é:
A 16
B 17
C 18
D 19
E 20

62 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

17. (UNESP) A água de um reservatório na forma de um paralelepípedo retângulo de comprimento 30 m e largura 20


m atingia a altura de 10 m. Com a falta de chuvas e o calor, 1800 metros cúbicos da água do reservatório evaporaram. A
água restante no reservatório atingiu a altura de:
A 2m
B 3m
C 7m
D 8m

18. UF - RN) Um triangulo isósceles cujos lados medem 10cm, 10cm e 12cm é a base do prisma, de volume igual a
538 cm3, conforme figura ao lado. Pode-se afirmar que a altura h do prisma é igual a:
A 13cm
B 8cm
C 12 cm
D 11 cm

19. (PUC - SP) Na figura abaixo tem-se o prisma reto ABCDEF, no qual DE=6cm, EF=8cm e DE ⊥ EF .
Se o volume desse prisma e 120cm3, a sua área total, em centímetros quadrados, é:
A 144
B 156
C 160
D 168
E 172

20. A altura de um prisma hexagonal regular mede 4 cm. A área total do prisma vale o triplo da área lateral. Determine
o volume do prisma.

21. (ENEM) Em um terreno, deseja-se instalar uma piscina com formato de um bloco retangular de altura 1 m e base de
dimensões 20m x 10m. Nas faces laterais e no fundo desta piscina será aplicado um líquido para a impermeabilização.
Esse líquido deve ser aplicado na razão de 1L para cada 1m² de área a ser impermeabilizada. O fornecedor A vende cada
lata de impermeabilizante de 10L por R$100,00, e o B vende cada lata de 15L por R$145,00. Determine a quantidade
de latas de impermeabilizante que deve ser comprada e o fornecedor a ser escolhido, de modo a se obter o menor custo.
A Fabricante A, 26 latas.
B Fabricante A, 46 latas.
C Fabricante B, 17 latas.
D Fabricante B, 18 latas.
E Fabricante B, 31 latas.

MATEMÁTICA 2 63
CAPÍTULO 4 PRISMA

22. (ENEM) Em uma aula de matemática, a professora propôs que os alunos construíssem um cubo a partir da planifica-
ção em uma folha de papel, representada na figura a seguir.

Após a construção do cubo, apoiou-se sobre a mesa a face com a letra M. As faces paralelas
deste cubo são representadas pelos pares de letras:
A E-N, E-M e B-R.
B B-N, E-E e M-R.
C E-M, B-N e E-R.
D B-E, E-R e M-N.
E E-N, B-M e E-R.

23. (UERJ) As figuras a seguir mostram dois pacotes de café em pó que têm a forma de paralelepípedos retângulos se-
melhantes.
Se o volume do pacote maior é o dobro do volume do menor, a razão entre a medi-
da da área total do maior pacote e a do menor é igual a:
3
A 3
3
B 4
C 6

D 8

24. (ENEM) Um porta-lápis de madeira foi construído no formato cúbico, seguindo o modelo ilustrado a seguir. O cubo
de dentro é vazio. A aresta do cubo maior mede 12 cm e a do cubo menor, que é interno, mede 8 cm.

O volume de madeira utilizado na confecção desse objeto foi de


A 12 cm³.
B 64 cm³.
C 96 cm³.
D 1 216 cm³.
E 1 728 cm³.

25. A embalagem de motor elétrico é uma caixa de madeira com formato de um cubo cujo volume mede 64 litros. A
embalagem é reforçada por duas fitas de aço como mostra a figura abaixo. Qual o comprimento da fita necessária para
reforçar cada caixa?

64 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

26. Calcule a maior distância entre dois pontos de um cubo de aresta 3 cm.

27. Um bloco de madeira, na forma de um paralelepípedo retângulo, tem as seguintes dimensões: 36 cm, 60 cm e 84 cm .
Sabendo que esse bloco deve ser cortado em cubos idênticos, sem que haja sobra de material, determine:
a)a medida da aresta dos maiores cubos que se podem obter;
b)a menor quantidade possível de cubos resultantes do processo de corte descrito no enunciado.

28. Uma peça, feita de ferro maciço, tem a forma de um prisma reto com 4√3cm de altura. Sabendo que a base dessa
peça é um triângulo equilátero de 5 cm de lado e que a densidade do ferro é 7,8 g/cm³, determine a massa, em gramas,
dessa peça.

29. Na fabricação da peça abaixo, feita de um único material que custa R$ 5,00 o cm3, deve-se gastar a quantia de reais.

MATEMÁTICA 2 65
CAPÍTULO 4 PRISMA

30. Uma barra (paralelepípedo retângulo) de doce de leite com 6 cm x 8 cm x 10 cm foi completamente envolvida com
papel laminado. Se a barra envolvida for cortada em cubos de 1 cm de aresta, quantos cubos ficarão sem qualquer co-
bertura de papel laminado?

31. Num cubo, a soma as das medidas de todas arestas é 48 cm. Calcule a medida da diagonal desse cubo.

32. Um marceneiro deseja construir um caixote cúbico de arestas 50 cm. Calcule quantos metros quadrados de madeira
serão necessários.

33. Um arquiteto fez um projeto para construir colunas de concreto que vão sustentar um viaduto. Cálculos mostram
que 10 colunas, com a forma de um prisma triangular regular de aresta de 1 metro por 10 metros de altura, são suficien-
tes para sustentar o viaduto. Se 1 metro cúbico de concreto custa R$ 200,00, qual será o custo total das colunas?
A R$ 1.000,00.
B R$ 5.000, 00.
C Aproximadamente R$ 4.320, 00.
D Aproximadamente R$ 8.650, 00.
E Aproximadamente R$ 17.300, 00.

34. O volume de uma caixa cúbica é 216 litros. A medida de sua diagonal, em centímetros, é

A 0,8 3
B6
C 60
D 60 3
E 900 3

66 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

35. Na folha retangular abaixo, de área 192 cm2, assinalou-se uma parte, e com ela será montado um cubo.

Sobre esse cubo que será formado afirma-se:


I) suas arestas medem 4√2 cm.
II )seu volume é 64 cm3.
III) sua área total é 96 cm2.

É verdadeiro o que se afirma apenas em:


A I.
B II.
C III.
D II e III.
E I e II.

36. Uma indústria precisa fabricar 10 000 caixas com as medidas da figura abaixo. Desprezando as abas, aproximada-
mente, quantos m2 de papelão serão necessários para a confecção das caixas?
A 0,328 m2
B 1 120 m2
C 112 m2
D 3 280 m2
E 1 640 m2

37. A siderúrgica “Metal Nobre” produz diversos objetos maciços utilizando o ferro. Um tipo especial de peça feita nessa
companhia tem o formato de um paralelepípedo retangular, de acordo com as dimensões indicadas na figura que segue.
O produto das três dimensões indicadas na peça resultaria na medida da grandeza
A massa
B volume
C superfície
D capacidade
E comprimento

38. Um fabricante de embalagem de papelão quer construir uma caixa em forma de prisma hexagonal regular. A altura
da caixa é de 16 cm e o lado do polígono da base mede 20 cm. Sabendo que se utiliza 25% a mais de material do que o
estritamente calculado, devido às sobras de papelão e para que seja possível fazer colagens necessárias à confecção da
caixa. Qual a área de papelão necessária para se construir essa embalagem?. (Use:√3 ≅ 1,7)
A 3870 cm2
B 4950 cm2
C 5680 cm2
D 6890 cm2
E 8450 cm2

MATEMÁTICA 2 67
CAPÍTULO 4 PRISMA

39. (UFRRJ)O sólido representado na figura foi construído com blocos de pedra idênticos, esculpidos em forma de
cubos perfeitos e é parte das ameias de um castelo medieval que está sendo pesquisado por um grupo de historiadores.
Qual é a área total do sólido, sabendo que o volume de cada cubo é 8 dm3?
A 36 cm2
B 64 cm2
C 128cm2
D 216 cm2
E 265 cm2

40. Um queijo tem o formato de paralelepípedo, com dimensões 20 cm x 8 cm x 5 cm. Sem descascar o queijo, uma pes-
soa o divide em cubos com 1 cm de aresta, de modo que alguns cubos ficam totalmente sem casca, outros permanecem
com casca em apenas uma face, alguns com casca em duas faces e os restantes com casca em três faces. Nesse caso, qual
a quantidade de cubos que possuem casca em apenas uma face?

41. Ao empilhar tijolos medindo 20 cm × 10 cm × 5 cm, sem deixar espaços vazios entre eles e sem quebrá-los, formou-
-se um cubo de 1m de lado. Quantos tijolos a pilha tem?

42. De uma viga de madeira de seção quadrada de lado 10 cm extrai-se uma cunha de altura h = 15 cm, conforme a figu-
ra. Calcule o volume e a área total da cunha.

68 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

43. O octógono
Nas lutas do UFC, o octógono possui um colchão octogonal dentro de uma jaula, faces laterais aramadas e ares-
tas acolchoadas. Os Octógonos de 750 metros quadrados, 32 metros de diâmetro e 6 metros de altura, foram criados
para segurança dos lutadores. Suas paredes e superfícies almofadadas protegem combatentes para que eles não caiam
fora do ringue e os ângulos evitam que os lutadores fiquem presos em um canto sem saída. A questão acima se refere a
uma figura espacial chamada
A Tetraedro
B Cilindro
C Paralelepípedo
D Octaedro
E Prisma octogonal

44. Uma fábrica produz barras de chocolate no formato de paralelepípedos e de cubos, com o mesmo volume. As arestas
da barra de chocolate no formato de paralelepípedo medem 3 cm de largura, 18 cm de comprimento e 4 cm de espes-
sura. Analisando as características das figuras geométricas descritas, a medida das arestas dos chocolates que têm o
formato de cubo é igual a
A 5 cm.
B 6 cm.
C 12 cm.
D 24 cm.
E 25 cm.

45. A embalagem de um chocolate (figura 1) e o sólido PQRSTU (figura 2) são prismas triangulares.

Qual o total de segmentos de reta de extremos P, Q, R, S, T ou U representado na figura 2?


A5
B6
C 7
D8
E9

MATEMÁTICA 2 69
CAPÍTULO 4 PRISMA

46. Se a diagonal de uma face de um cubo mede 5 2 , então o volume desse cubo é:
A 600 .
B 625.
C 225.
D 125.
E 100 .

47. Maria, a mais querida do Alfa, comprou 200 cm2 de papel adesivo para cobrir a superfície total da caixa abaixo, que
servirá para guardar alguns trabalhos da turma 2000.
Responda, sem perguntar para Maria:
a) Ela conseguiu cobrir toda a caixa?
b) Em caso afirmativo, quanto de papel sobrou? Considere √5 = 2,23.

48. Na figura abaixo, ABC é um triângulo isósceles de base AC medindo 4 cm e altura medindo 6 cm. O prisma é reto, e
a aresta lateral mede 8 cm.

Calcule a área lateral do prisma.

70 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE
CAPÍTULO 4 PRISMA

49. Duas das dimensões de um paralelepípedo retângulo são 3 m e 4 m. Determine a terceira dimensão sabendo que a
diagonal deste paralelepípedo é 5√2 m.

50. Calcule a área total de um paralelepípedo retângulo sabendo que sua diagonal mede 5 m e a soma de suas dimensões
é igual a 20 m.
Dica: (a + b + c)2 = a2 + b2 +c2 + 2(ab + ac + bc)

51. Considere o sólido abaixo construído a partir de um paralelepípedo retângulo de dimensões 3 cm, 2 cm e 1cm.
Determine a área total do sólido.

MATEMÁTICA 2 71
CAPÍTULO 4 PRISMA

52. Após sofrer com as enchentes de 2013 no Rio de Janeiro, um belo professor de Matemática, cansado de ter prejuí-
zos com sua casa caríssima, decidiu criar uma moradia alternativa e com custos bem menores do que os usuais. Para tal,
ele utilizou folhas naturais e uma cobertura impermeável, deixando o seu “cantinho sustentável” com as formas descri-
tas pelo modelo matemático abaixo.
Com base na ilustração dada, obtenha o volume do sólido geométrico que modela a casa deste querido profes-
sor.

53. Para receber seus amigos em sua nova moradia, o professor supracitado resolveu fazer uma “festinha” numa piscina
humilde que conseguiu construir com as economias que sobraram da construção da casa, como ilustra a foto postada
por ele em seu Instagram e que reproduzimos abaixo.
Sabendo que as dimensões desta piscina são: 50 m de comprimento, 25 m de largura e 3 m de profundidade e
que ela reutiliza águas pluviais sem desperdício algum após filtragem, quantos litros este econômico professor necessi-
ta que chova para receber seus amigos com a piscina completamente cheia? (Lembre-se: 1 dm3 = 1L)

54. (UFRGS) Na figura, está representada a planificação de um prisma hexagonal regular de altura igual à aresta da base.
Se a altura do prisma é 2 cm, seu volume é:
A 4 3 cm3
B 6 3 cm3
C 8 3 cm3
D 10 3 cm3
E 12 3 cm3

72 CAPÍTULO 4 - PRISMA

2ª SÉRIE

Você também pode gostar