Você está na página 1de 5

CENTRO UNIVERSITÁRIO NILTON LINS

BACHAREL EM DIREITO

ATIVIDADE PARCIAL III

MANAUS – AM
2023
ANDRÉ LUIZ COSTA DA SILVA – MAT. 23001088

ATIVIDADE PARCIAL III

Trabalho apresentado para a obtenção de nota


parcial na disciplina de Linguagem Jurídica e
Língua Portuguesa, solicitado pela professora
Ma. Raquel Marques.

MANAUS-AM
2023
Texto: Casamento sem fotos

Maria Helena Assis e José de Almeida mantiveram um relacionamento estável durante


quase 12 anos, e sempre sonharam em se casar. Por serem pessoas simples e de poucos recursos,
a noiva (doméstica) e o noivo (tecelão) adiaram o casamento até que pudessem realizá-lo da
forma como pretendiam.

A cerimônia foi marcada para o dia 21 de janeiro de 2008 na Igreja de São Francisco de
Assis, em Juiz de Fora, MG. Em maio de 2007, na empresa Cinderela Modas e Imagens, de
propriedade de Joana Araújo, onde Maria Helena alugou um vestido de noiva, o casal contratou
o serviço de filmagem e fotografia com o estúdio que funciona no mesmo local. O valor da
filmagem (R$180,00) e do álbum (R$150,00) começaram a ser pagos em agosto de 2007, em
cinco prestações, juntamente com as prestações relativas ao aluguel do vestido.

No dia do casamento, ao chegarem à igreja, os noivos imediatamente procuraram pelos


contratados para que pudessem iniciar a sessão de fotos e filmagem, mas eles não haviam
chegado. Após 20 minutos de espera, a noiva foi incentivada pelos familiares a entrar na igreja
e não esperar mais pelos profissionais, que de fato não apareceram.

A noiva alegou ter entrado na igreja atônita, sentindo-se ofendida, frustrada,


envergonhada e triste, pois o momento sonhado há mais de 10 anos “havia-se tornado um
pesadelo”. Por meio de provas testemunhais, comprovou-se que os noivos não puderam
desfrutar da festa de casamento; saíram mais cedo da recepção em razão do nervosismo e do
constrangimento por que passaram.

Procurada pelo casal, a proprietária da Cinderela Modas e Imagens disse nada ter com
o problema, pois havia cumprido a sua parte que era o aluguel do vestido, não cabendo a ela
responsabilidade pelo estúdio de fotografia, embora ele funcione no mesmo local, tenha o
mesmo telefone de contato e as mesmas funcionárias de sua empresa.

CAVALIEIRI FETZNER, Néli Luiza; VALVERDE, Alda; TAVARES, Nelson. Lições de


argumentaçãojurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2008, capítulo 5.1.
QUESTÃO 01

A) o fato gerador do conflito sobre o qual o caso concreto discorre (o quê?);


Resposta: Trata de um conflito decorrente do não cumprimento do contrato por parte
dos profissionais contratados para filmar e fotografar um casamento. Os noivos ficaram
esperando por 20 minutos, mas os profissionais não apareceram, causando restrição e
constrangimento. A proprietária da loja onde o vestido de noiva foi alugado legalmente
que não é responsável pelo estúdio de fotografia, mesmo compartilhando o mesmo local
e contatos com os profissionais.

B) as partes, devidamente identificadas (quem?)


Resposta: As partes devidamente identificadas no texto são: 1) Maria Helena Assis e
José de Almeida: O casal que mantinha um relacionamento estável e sonhava em se
casar. 2) A noiva e o noivo (tecelão): As profissões de Maria Helena Assis e José de
Almeida, respectivamente. 3) Joana Araújo: Proprietária da empresa Cinderela. 4) Os
profissionais de filmagem e fotografia. 5) A proprietária da Cinderela Modas e Imagens:
Responsável pela loja onde o vestido de noiva foi alugado, argumentando não ter
responsabilidade sobre o estúdio de fotografia.

C) quando e onde esse fato ocorreu.


Resposta: O fato ocorreu em 21 de janeiro de 2008, na Igreja de São Francisco de Assis,
em Juiz de Fora, MG.

D) Com base nessas informações, produza o parágrafo relativo à situação de conflito.


Resposta: O episódio em que o casamento de Maria Helena Assis e José de Almeida se
transformou em um pesadelo, pois os profissionais contratados para registrar o
momento não apareceram. A noiva decidiu entrar na igreja São Francisco de Assis, em
Juiz de Fora, MG sem a equipe de fotografia e filmagem, deixando apenas escondida e
constrangimento como lembranças do que deveria ter sido o dia mais especial de suas
vidas.

QUESTÃO 02. Decida qual tese pretende defender. Tendo em vista que a tese deve estar
circunscrita pelos limites da norma, caso entenda necessário, recorra aos recortes abaixo.
Resposta:

A violação dos direitos do consumidor por parte dos profissionais contratados para
filmar e fotografar um casamento. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as
empresas são responsáveis pela prestação adequada dos serviços contratados, e o casal tem o
direito de reclamar pelos danos causados.
A conduta dos profissionais configura descumprimento contratual e falha na prestação
de serviço, acarretando prejuízos morais ao casal. Vale se destacar que a proximidade da
empresa de fotografia com a loja de aluguel do vestido reforça a relação entre os serviços
oferecidos, corroborando a responsabilidade da proprietária. De modo que o casal tem o direito
legítimo de buscar indenização pelos danos sofridos, amparados pelas normas de proteção ao
consumidor.
No presente caso, a ausência dos profissionais comprometeu o registro de memórias
valiosas, privando o casal de desfrutar plenamente da celebração e forçando-os a saírem mais
cedo da recepção. Além disso, a proximidade da empresa de fotografia com a loja de aluguel
do vestido reforça a relação entre os serviços oferecidos, corroborando a responsabilidade da
proprietária. Dessa forma, o casal tem o direito legítimo de buscar indenização pelos danos
sofridos, amparados pelas normas de proteção ao consumidor.

Você também pode gostar