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1) Joana contratou Maria para fotografar a festa infantil de sua filha, Laura. No momento
do contrato, Maria exigiu um sinal equivalente a 20% do preço pactuado para o serviço. O
restante do preço seria pago após a festa, quando entregues as fotografias do evento.
Acontece que Maria não compareceu à festa de Laura, deixando de tirar as fotografias
contratadas. Joana contratou, às pressas, outro fotógrafo e conseguiu registrar o evento a seu
gosto. Entretanto, teve de pagar valores mais altos ao novo fotógrafo, o que lhe gerou
prejuízos de ordem material.
Diante desse cenário, considerando-se que os danos de Joana se limitaram aos prejuízos
materiais, disserte sobe a fundamentação jurídica para o caso.
Resposta:
Primeiramente, o descumprimento contratual por parte de Maria é evidente, uma vez que ela
não cumpriu sua obrigação de fornecer serviços de fotografia para a festa de Laura, mesmo
após receber um adiantamento de 20% do preço, o que vai de encontro ao Artigo 389 do
Código Civil. Esse artigo estabelece que o devedor que se recusa a cumprir a obrigação, sem
justa causa, comete um ato ilícito.
Além disso, de acordo com o Artigo 421 do Código Civil, a liberdade de contratar deve ser
exercida levando em consideração a função social do contrato. Portanto, Maria tinha a
obrigação de cumprir a função social do contrato ao fornecer os serviços contratados para a
festa de Laura.
Os prejuízos materiais sofridos por Joana devido ao não cumprimento do contrato por parte de
Maria são amparados pelo Artigo 402 do Código Civil, que estabelece que a parte lesada pelo
inadimplemento pode buscar a resolução do contrato ou exigir o cumprimento com perdas e
danos.
Por fim, o Artigo 186 do Código Civil estabelece que aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, deve indenizar
o prejuízo. Portanto, Joana tem o direito de buscar uma indenização pelos prejuízos materiais
que sofreu devido ao não cumprimento do contrato por parte de Maria.
Assim, com base no Código Civil, Joana tem uma base legal sólida para buscar a reparação de
seus prejuízos materiais decorrentes do descumprimento contratual por parte de Maria.
Resposta:
Resposta:
No caso, Henrique, mecânico da oficina Carro Bom, causou danos materiais ao veículo de
Sofia durante a manutenção. A responsabilidade pelos danos recai sobre a oficina Carro Bom
de acordo com o Artigo 932 do Código Civil, que estabelece a responsabilidade objetiva do
empregador pelos atos de seus empregados no exercício de suas funções, independentemente
de culpa. Portanto, Sofia pode buscar a indenização diretamente junto à oficina Carro Bom,
mesmo que Henrique não tenha muitos bens materiais, uma vez que a oficina é legalmente
responsável pelos danos causados por seu empregado no curso de suas obrigações.
4) João dirigia seu carro, respeitando todas as regras de trânsito, quando foi surpreendido
por uma criança que atravessava a pista. Sendo a única forma de evitar o
atropelamento da criança, João desviou seu veículo e acabou por abalroar um outro
carro, que estava regularmente estacionado. Passado o susto e com a criança em
segurança, João tomou conhecimento de que o carro com o qual ele havia colidido era
dos pais daquela mesma criança. Diante das circunstâncias, João acreditou que não
seria responsabilizado pelo dano material causado ao veículo dos pais. No entanto,
para sua surpresa, os pais ingressaram com uma ação indenizatória, requerendo o
ressarcimento pelos danos materiais. Diante da situação hipotética narrada, nos termos
da legislação civil vigente, responda: - João devera indenizar os pais da criança?
Explique.
Resposta:
De acordo com o Código Civil brasileiro, especificamente nos artigos 186, 927 e 951, João
pode não ser responsabilizado pelos danos causados ao veículo dos pais da criança. Isso
ocorre devido à aplicação do princípio da culpa, que considera a responsabilidade com base
em negligência, imprudência ou imperícia, mas também leva em conta circunstâncias
excepcionais. No caso, João agiu de maneira razoável e prudente ao desviar seu veículo para
evitar atropelar a criança em uma situação imprevisível e inevitável. Além disso, o parágrafo
único do Artigo 927 estabelece a responsabilidade objetiva quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implica risco aos direitos de terceiros, como é comum em
situações de trânsito. Portanto, a análise final da responsabilidade dependerá do entendimento
do tribunal com base nos artigos mencionados e nas circunstâncias específicas do caso.
Resposta:
Sim, Matheus, o médico clínico-geral, pode ser responsabilizado civilmente pelo erro de
administração do medicamento a Victor, que resultou em danos permanentes à saúde do
paciente. Isso se baseia na legislação brasileira de responsabilidade civil.
De acordo com o Código Civil, mais especificamente no Artigo 927, "aquele que, por ato
ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo". No caso, o ato ilícito foi a
administração do medicamento ao qual Victor era alérgico, causando danos significativos à
sua saúde.
Além disso, o Artigo 951 do Código Civil estabelece que aquele que, no exercício de sua
atividade profissional, causar danos a terceiros, agindo com culpa, deve reparar o dano.
Matheus, como profissional de saúde, estava no exercício de sua atividade profissional
quando atendeu Victor e cometeu o erro de administração do medicamento, caracterizando
culpa profissional.
Portanto, Matheus pode ser responsabilizado civilmente pelos danos causados a Victor, o que
inclui despesas médicas adicionais e a perda de renda de Victor devido à sua incapacidade de
trabalhar nos dois anos seguintes. A extensão da indenização será determinada com base na
análise das circunstâncias específicas do caso e dos danos sofridos por Victor.
Resposta:
7) Márcia transitava pela via pública, tarde da noite, utilizando uma bicicleta que lhe fora
emprestada por sua amiga Lúcia. Em certo momento, Márcia ouviu gritos oriundos de
uma rua transversal e, ao se aproximar, verificou que um casal discutia violentamente.
Ricardo, em estado de fúria e munido de uma faca, desferia uma série de ofensas à sua
esposa Janaína e a ameaçava de agressão física. De modo a impedir a violência
iminente, Márcia colidiu com a bicicleta contra Ricardo, o que foi suficiente para
derrubá-lo e impedir a agressão, sem que ninguém saísse gravemente ferido. A
bicicleta, porém, sofreu uma avaria significativa, de tal modo que o reparo seria mais
caro do que adquirir uma nova, de modelo semelhante. De acordo com o caso narrado
explique juridicamente quem será responsável pela reparação civil em relação ao dano
causado na bicicleta e Lúcia?
Resposta:
No caso em questão, Márcia utilizou a bicicleta emprestada por sua amiga Lúcia para intervir
em uma situação de violência iminente, impedindo uma agressão a Janaína por parte de
Ricardo. Embora Márcia tenha causado avarias significativas na bicicleta ao utilizá-la nesse
ato, sua ação se enquadra no princípio de legítima defesa de terceiros, uma vez que estava
tentando impedir um dano mais grave.
Conforme o Código Civil brasileiro, em situações de legítima defesa, o agente que age para
evitar um dano maior não é responsabilizado civilmente pelos danos causados, desde que sua
ação seja necessária e proporcional para evitar o dano. Portanto, Márcia pode alegar que agiu
em legítima defesa de terceiros para evitar a agressão iminente a Janaína, o que a isentaria de
responsabilidade pela avaria na bicicleta.
Lúcia, como proprietária da bicicleta emprestada, poderia ser considerada responsável pela
reparação dos danos na bicicleta. No entanto, dadas as circunstâncias e a ação de legítima
defesa de terceiros de Márcia, Lúcia pode não ser legalmente responsável pelos custos de
reparação da bicicleta.
Portanto, com base na legítima defesa de terceiros, Márcia pode não ser responsabilizada
pelos danos à bicicleta, enquanto Lúcia, como proprietária, pode não ser responsável pela
reparação dos danos, considerando as circunstâncias e a ação de Márcia.