Você está na página 1de 16

Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N.

1/2 (2018)

Dispositivo para geração de


filamento para impressoras 3D
a partir de materiais recicláveis
Éverton Rafael Breitenbach*
Lucas Stolaski†

Resumo
O descarte de polímeros tem causado sérios danos ambientais e há o crescente emprego destes
materiais na tecnologia de Manufatura Aditiva (MA), bem como insumos utilizados nesta moda-
lidade de manufatura representam alto custo em relação ao investimento na aquisição do equipa-
mento de impressão. Este trabalho objetiva uma redução no custo dos insumos bem como na do
rejeito de materiais termoplásticos através do processamento por extrusão, onde os materiais antes
rejeitados podem ser reciclados e transformados em filamento polimérico. Neste trabalho foi rea-
lizado o projeto e manufatura de uma mini extrusora para reutilização de material termoplástico.
Palavras-chave: Manufatura Aditiva, Reciclagem, Polímeros

Abstract
The disposal of polymers has caused serious environmental damage and there is the growing use
of these materials in Additive Manufacturing (MA) technology, as well as inputs used in this mo-
dality of manufacture represent a high cost in relation to the investment in the acquisition of the
printing equipment. This work aims at a reduction in the cost of inputs as well as in the reject
of thermoplastics through extrusion processing, where the previously rejected materials can be
recycled and transformed into polymer filaments. In this work the design and manufacture of a
mini extruder for the reuse of thermoplastic material.
Keywords: Additive manufacture, recycling, polymers

* Prof. Dr. na Universidade Comunitária da Região de Chapecó


† Aluno do curso de bacharelado em Engenharia Mecânica na Universidade Comunitária da Região de
Chapecó

1
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Geração de filamento para logia e a possível redução de custos com o


impressoras 3d uso de filamentos recicláveis pode contri-
buir significativamente com a populariza-
1 Introdução ção desta tecnologia inovadora.

No que tange à reciclagem no Bra-


sil, a pesquisa realizada no ano de 2015 2 Revisão bibliográfica
pela Associação Brasileira de Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais Em relação a Manufatura Aditiva (MA),
(ABRELPE), mostrou que 6,99 milhões de pode-se defini-la como sendo todo pro-
toneladas ou 9,64% do total de Resíduo Só- cesso de manufatura decorrente da adição
lido Urbano (RSU) brasileiro corresponde de material em camadas planas sucessivas.
a polímeros. Os fatores que incentivam a Este tipo de fabricação se configura pela
reciclagem de materiais derivam da ne- sobreposição de materiais, até que o objeto
cessidade de preservação dos recursos na- adquira o formato tridimensional deseja-
turais e energéticos e da minimização de do. A técnica consiste no desenvolvimento
resíduos. Atualmente são utilizados três do produto, partindo de sua modelagem
tipos de reciclagem: a energética (baseada em um sistema CAD 3D (Computer Aided
no alto poder calorífico dos polímeros); a Design – Desenho Auxiliado por Compu-
química (com hidrogenação e pirólise) e a tador). (VOLPATO, 2007; FERNANDES,
mecânica (conversão de descarte em grâ- 2001; VANDRESEN, 2003).
nulos), sendo que esta última visa reutili- No mercado do “hobby” ou bricolagem,
zação em outros produtos, como sacos de onde as pessoas se utilizam da tecnologia
lixo, piso, componentes para automóveis, de impressão 3D para criar os mais diver-
entre outros. sos objetos com os mais diversos fins, o
Em relação aos polímeros utilizados equipamento que teve maior difusão entre
no Brasil, aproximadamente 62,9% (em os usuários dessa tecnologia foi o equipa-
2016), são correspondentes a apenas dois mento baseado no sistema FDM - Fused
tipos de materiais, o polietileno (PE) Deposition Modelling (Modelagem por Fu-
e o polipropileno (PP). O polietileno são e Deposição), tendo em vista que é o
(PE) é um material termoplástico muito equipamento com menor custo entre os
utilizado na fabricação de embalagens sistemas. (PEDROSA, 2015). O sistema
de supermercado, saquinhos de leite, FDM tem como principais materiais os po-
utensílios domésticos, entre outros, e límeros ABS (Acrilonitrila Butadieno Es-
corresponde a 40,6% do total de polímeros tireno), PLA (Poliácido Láctico) e outros
utilizados no país. policarbonatos em forma de filamentos.
Tendo em vista esta realidade nacional Quanto aos polímeros, estes podem ser
do uso dos polímeros e o crescente uso da definidos como sendo a reação de monô-
Manufatura Aditiva, pode-se pensar na meros entre si, que pela combinação de
possibilidade de propor o uso de polímeros suas moléculas acabam criando outras ain-
recicláveis para a formação de filamentos da maiores (macromoléculas), tendo como
para a impressão 3D. Filamentos compõe o característica a repetição de uma unidade
maior custo agregado no uso desta tecno- básica, ou “mero”. (BLASS, 1988).

2
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Existem várias maneiras de classificar os Outro fator que deve ser levado em con-
polímeros, segundo MANO (2004), esses sideração, a temperatura de fusão (Tf) e de
materiais podem ser determinados pela sua transição vítrea (Tv), sendo a Tf a tempera-
origem, pelo número de monômeros, pelo tura mais alta na qual os cristais poliméri-
método de preparação do polímero, pela es- cos existiriam, teoricamente, pois após a Tf
trutura química da cadeia polimérica, pelo o estado físico da matéria sofre mudanças.
eriais os polímerosencadeamento da cadeia
ABS (Acrilonitrila polimérica,
Butadieno pelaPLAÉ(Poliácido
Estireno), um importante
Láctico)dado
e a se obter para os
bonatos em forma de configuração
filamentos.dos átomos da cadeia polimé- processos de transformação dos polímeros,
rica, taticidade da cadeia polimérica, fusibi- pois são parâmetros para os requisitos do
aos polímeros, estes
lidadepodem ser definidosdocomo
e/ou solubilidade sendoe tam-
polímero a reaçãoequipamento.
de monômeros entre& WIEBECK, 2004).
(PIVA
mbinação de suas bém pelo seu
moléculas comportamento
acabam mecânico.
criando outras ainda maiores A temperatura abaixo da qual o movi-
(macromoléculas),
A de
racterística a repetição viscosidade
uma unidadeinfluencia
básica,fortemente
ou “mero”.no mento
(BLASS, dos segmentos de cadeia é “conge-
1988).
comportamento de um material e pode ser lado” (bloqueado), é chamado de tempe-
m várias maneiras de classificar
definida os polímeros,
pela resistência segundo
oferecida aoMANO
fluxo (2004),
ratura deesses materiais
transição vítrea (Tv). Abaixo das
erminados pela sua ouorigem,
à deformação. Em fluidos
pelo número newtonianos
de monômeros, Tvs, as moléculas
pelo método são virtualmente “conge-
de preparação
a viscosidade permanece constante em ladas” nas suas posições, reduzindo a mo-
pela estrutura química da cadeia polimérica, pelo encadeamento da cadeia polimérica,
pressões e temperaturas também constan- bilidade das cadeias e tornando o material
ção dos átomos da tes.cadeia polimérica,
(MANRICH, 2005).taticidade da cadeia polimérica, fusibilidade
frágil, quebradiço, como o vidro.
ade do polímero e tambémJá a propriedade de viscoelasticidade
pelo seu comportamento mecânico. é Para o processo de reciclagem mecâ-
uma resposta à deformação onde ao mes- nica dos polímeros citados, Piva & Wie-
osidade influencia fortemente no comportamento de um material e pode ser definida
mo tempo é observado o comportamento beck (2004), relatam que é composto pelas
ia oferecida ao fluxo
viscosoou(quando
à deformação.
não há Em fluidos newtonianos
recuperação da seguintes a etapas:
viscosidade
nstante em pressõesdeformação apóstambém
e temperaturas não haver mais tensão
constantes. (MANRICH, Separação:
2005). Esta etapa é realizada ma-
aplicada) e elástico (quando há recupera- nualmente e visa a separação dos diferen-
opriedade de viscoelasticidade é uma resposta à deformação onde ao mesmo tempo é
ção total da deformação após o fim da apli- tes tipos de polímeros de acordo com a
omportamento viscoso
cação (quando nãodo
de tensão) há material.
recuperação da deformação
(BRETAS, após não
identificação ou haver
aspecto visual. O processo
aplicada) e elástico2005; MANRICH,
(quando 2005).
há recuperação é realizado
total da deformação após com
o fimo da
auxílio de uma esteira
A taxa de cisalhamento pode ser defini- que transporta o material para a seleção.
ensão) do material. (BRETAS, 2005; MANRICH, 2005).
da como sendo “o quanto o fluido deforma A eficiência do processo depende direta-
de cisalhamento pode
duranteserumdefinida como sendo
determinado “o quanto
período de tem-o fluido
mentedeforma durante
da prática das pessoas que executam
po”. (MANRICH,
do período de tempo”. (MANRICH, 2005). 2005). a função. Outro fator importante é a fonte
A equação (1) define as relações para do material separado, pois isso é determi-
ção (1) define as relações para taxa de cisalhamento.
taxa de cisalhamento. nante para a qualidade, já que aqueles ma-
teriais oriundos de coleta seletiva são mais
limpos que(1) aqueles oriundos de lixões ou
[s-1] (1)
aterros.
Moagem: após a separação dos diversos
Onde: tipos de polímeros, estes materiais passam
salhamento γ. = taxa de cisalhamento por moagem/trituração sendo fragmenta-
o (adimensional) γ = deformação (adimensional) dos em pequenas partes.
t = tempo Limpeza: após a tritura o material passa
v = velocidade (cm/s) por uma etapa de lavação com água para a
(cm/s) y = espessura (distância transversal) (cm) retirada dos contaminantes. A água desta
(distância transversal) (cm)
3

fator que deve ser levado em consideração, a temperatura de fusão (Tf) e de transição
endo a Tf a temperatura mais alta na qual os cristais poliméricos existiriam,
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

lavação deve receber tratamento para sua produtos estende-se desde os mais simples,
reutilização ou emissão como efluente. como filamentos, tubos e filmes até perfis
Aglutinação: é o processo seguinte a la- das mais diversas complexidades. (MI-
vagem, nesta etapa, além de completar a CHAELI, 2000; BLASS, 1988).
secagem, o material é compactado, redu- O processo de extrusão deve atender
zindo desta maneira o volume que será en- aos requisitos de fusibilidade dos políme-
viado à extrusora. O aglutinador também ros. O PE possui temperatura de fusão (Tf)
é utilizado para incorporação de aditivos, variando entre 110°C para os de baixa den-
como cargas, pigmentos e lubrificantes. sidade (PEBD) a 135°C para os de alta den-
Extrusão: A extrusora funde o material sidade (PEAD). A mistura (blenda) entre
tornando a massa “plástica” homogênea. PEBD e PEAD é possível em qualquer pro-
Na saída do equipamento encontra-se o porção, tendo como resultado dessa mistu-
cabeçote, que proporciona a formação de ra um material de flexibilidade intermediá-
um filamento contínuo, que na sequência ria. (ABIPLAST, 2016; PIVA & WIEBECK
é resfriado. O filamento então é triturado 2004).
e transformado em pellet (grãos plásticos). A parcela do polipropileno (PP) entre
Para MICHAELI (2000), a extrusão os mais utilizados corresponde a 22,3%.
pode ser classificada como um processo de O PP é um termoplástico, muito utilizado
moldagem, tendo em vista que o polímero na fabricação de potes de iogurte, marga-
é completamente fundido durante o pro- rina, carcaça de baterias para automóveis,
cesso adquirindo assim um formato novo. entre outros. A temperatura de fusão (Tf)
É um processo de transformação plástica varia entre 165°C e 175°C. (ABIPLAST,
com a finalidade de fundir e forçar a pas- 2016; PIVA & WIEBECK 2004).
sagem de um material polimérico através Os materiais mencionados, conforme
de um orifício, sendo possível ainda uma os dados já relatados, possuem alto índice
fase seguinte de moldagem. Este processo de descarte e podem ser empregados na
é empregado também na adição de aditi- tecnologia de impressão 3D.
vos e pigmentos, remoção de umidade e de
voláteis.
O resultado é a fabricação de semi- 3 Materiais e métodos
manufaturados contínuos, podendo ser
utilizados tanto como produto final, Os principais componentes utilizados
quanto como matéria-prima para outros na construção da extrusora estão apresen-
processos de moldagem, onde a gama de tados na tabela 1.

4
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Tabela 1: Lista de componentes utilizados na construção do equipamento.

Quantidade Item Unidade


1 Controlador PID NOVUS, Modelo 1030 Pç
1 Relé de estado Sólido Novus Pç
1 Termostato Tipo J Pç
3 Resistores elétricos de 85 W (cada) Pç
2 Rolamentos Pç
300 Chapa de cobre Gramas
5 Fio elétrico 2,5 mm Metros
1 Motor elétrico 0,5 CV Pç
2 Engrenagens Pç
1 Corrente de elos (50 cm de comprimento) Pç

Os métodos utilizados na construção do dos componentes principais da extrusora.


equipamento foram processos de usinagem As relações geométricas apresentadas no
convencional, realizados para a construção quadro 1.

Quadro 1: Principais componentes da extrusora, sua função e relações geométricas.

Componente Função Relação


Canhão/Barril Proporcionar tensão suficiente no material, Razão entre diâmetro (D) e
friccionando-o contra sua parede. Gerar calor e comprimento (L), L/D Esta relação
também transmitir, por condução, o calor gerado pelas determina a potência da extrusora.
mantas elétricas
Restrição Restringir vazão, gerando pressão Diâmetro da saída
Termopar Medir temperatura Temperatura de fusão
Parafuso/Rosca Homogeneização/plastificação do polímero através de Passo do parafuso (Ls), profundidade
cisalhamento; aquecimento do material para que este do canal (H) rotação (N) constante,
possa alcançar o estado plástico e assim permitir sua ângulo de rosca (θ). Influenciam
conformação; transportar o polímero partindo do funil diretamente na taxa de cisalhamento,
da extrusora e seguindo até sua saída no calor gerado por atrito e na vazão
volumétrica do equipamento

Na Figura 1 está exemplificado uma rosca de extrusora.

Figura 1: Esboço de uma rosca única composta por um filete de passo constante.
Fonte: Adaptado pelo autor de MANRICH, 2005.

5
(
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)
(
4 Resultados e discussão Quando a rosca possui passo (Pr) com
D = 12 mm
a mesma dimensão do diâmetro (D), esta
O equipamento de extrusão do presente é chamada Dde= “rosca 12 mm quadrada”. MAN-
trabalho, no que tangeQuando a sua dimensão,
a rosca deve RICH (2005)
possui passo (Pr) com a mesmaafirma que dimensão
empiricamente se
do diâmetro (D), esta é c
atender a dois dos principais requisitos, são chegou a este tipo de rosca pelo fato desta
de “rosca quadrada”.
Quando a roscaMANRICHpossui (2005) afirma que empiricamente se chegou (D),
a este tipo
é cd
eles: (1) ser de pequenas dimensões, para passo (Pr) com
apresentar a mesma
resultados dimensão do
satisfatórios diâmetro
para a esta
que possa serde pelo fato desta
utilizado
“rosca apresentar
em pequenos
quadrada”. es-
MANRICH maioria
resultados(2005) dos polímeros.
satisfatórios
afirma que a Desta maneira,
paraempiricamente
maioria Pr
dos polímeros.
se chegou aDesta
este manei
tipo d
paços, como em um
D, assim, cômodo
Pr = 12de uma resi- = D, assim, Pr = 12 mm.
mm. resultados satisfatórios para a maioria dos polímeros. Desta manei
pelo fato desta apresentar
dência, por exemplo, e principalmente, (2) Pr também pode ser definido através da
D, assim, Pr Prtambém
= 12 pode ser definido através da equação (3):
mm.
ter comprimento de rosca suficiente para o equação (3):
processamento do polímero. Pr também pode ser definido através da equação (3):
Desta maneira, foi determinado um (3)
comprimento de rosca de 300 mm, o qual
atende ao primeiro requisito e para que Outro valor obtido empiricamente e
atenda ao segundo, outras Outro variáveis
valor obtido serãoempiricamente
que influencia e que influencia
em muitas em muitas
variáveis de pro-variáveis de proce
consideradas eângulo dimensionadas (a partir doque cesso é odeângulo
da rosca
Outro valor ,obtido
sendo no caso
empiricamente que da
eroscas rosca (θ),
quadradas
influencia sendo
o valor
em deque
muitas é igual ade17,66°.
variáveis proce
comprimento determinado. no caso de roscas quadradas o valor de θ
A razão L/D deé um
ângulo nãoda tem bases
rosca
importante ( científicas.
sendo que(MANRICH,
,parâme- no caso de roscas2005).quadradas o valor de é igual a 17,66°.
é igual a 17,66°. O valor de não tem bases
tro, visto que de influencia temembases
vários
nãoSubstituindo ofatores
valor de(MANRICH,
científicas. na equação
científicas. (3), pode-se
(MANRICH,
2005). verificar que é válida no caso
2005).
na extrusão, como no tempo de residência Substituindo o valor θ na equação
de verificar
rosca quadrada:
Substituindo o valor
do polímero no processo, na taxa de cisa- de (3),napode-se
equação (3), pode-se
verificar que é válida no caso
que é válida no caso
lhamento, na mistura e no gasto energético. de uma rosca quadrada:
rosca quadrada:
MANRICH (2005), sugere que as razões
de L/D, para termoplásticos, estejam den-
ão L/D é um importante parâmetro, visto que influencia em vários fatores na extrusão, = D
ão L/D
ão L/D éé um tro de uma
um importante
importante faixa que
parâmetro,
parâmetro, varia
visto
visto quedeinfluencia
que 20 a 30, visto
influencia em vários
em vários fatores
fatores nana extrusão,
extrusão,
(3)
po de residência do
mpo de residência que,
do empiricamente,
polímero
polímero
no processo,
no são
processo, as que
na
na apresentam
taxa
taxa
de cisalhamento, na mistura e no
de cisalhamento, na mistura e no
po de residência do polímero no processo, = D
ico. MANRICH (2005), melhores resultados
sugere que as casonadetaxa
no razões roscas
de
de cisalhamento, na mistura e no
L/D,qua- para termoplásticos, estejam
tico. MANRICH
tico. MANRICH (2005),(2005),
dradas (Prsugere que as
= D).que
sugere as razões
razões de de L/D,
L/D, para para termoplásticos,
termoplásticos, estejam
estejam
ma faixa que varia de 20 a 30, visto que, empiricamente, são Éasnecessária que apresentama existência de uma folga
ma faixa
ma faixa que
que varia Deste
varia de
de 20 modo,
20 aa 30,
30, vistoserá utilizado
visto um valor são
que, empiricamente,
que, empiricamente, são asas que
que apresentam
apresentam
suficiente entre a rosca e o barril, tanto
ultados no caso de intermediário
roscas quadradas daquele
(Pr =sugerido
D). por MAN-
ultados no caso de roscas
ultados no caso de RICH, quadradas
roscas quadradaspartindo(Pr = D).
(Pr = D).de um compri- para que não haja atrito entre as ferramen-
modo, será utilizado ume assim, valor intermediário daquele sugerido tas por
(paraMANRICH,
evitar ruídosee e desgaste), quanto
modo, será
modo, será utilizado
utilizado
mentoumum valor
e devalor intermediário
uma intermediário
igualdade daquele
de razão
daquele sugerido
já defi-
sugerido por MANRICH,
por MANRICH, e
do de um comprimento e pode
de uma igualdade de razão já definidos, para
podeevitar que ocorra fuga do polímero
ser determinado
do de
do de um
um comprimento nidos,
comprimento ee de de umaser determinado
uma igualdade
igualdade de o diâmetro
de razão
razão já da
já definidos,
definidos, pode
pode ser
ser determinado
determinado
entre esse espaço. Esta fuga do polímero
rosca a partir
rosca a partir da equação (2): da equação (2):
aa rosca
rosca aa partir
partir da
da equação
equação (2):
(2): fundido acaba gerando fluxo de escape, o
que é prejudicial(2) ao processo. Este espaço
(2)
(2)
(2) entre a rosca e o barril é representado pela
letra grega δ e esta distância, considerada
razoável, é de (2a) 0,15 mm, estimada como
(2a)
sendo pequena(2a) (2a)
o bastante para evitar que o
polímero escape, (2a)visto que possui viscosi-
(2a) (2a)
(2a)
dade relativamente alta durante o processo.
D = 12 mm Quando δ > 0,2mm, já é possível que ocor-
D = 12 mm
D=
D = 12
12 mmmm

6
do a rosca possui passo (Pr) com a mesma dimensão do diâmetro (D), esta é chamada
do aa rosca
do rosca possui
possui passo
passo (Pr)
(Pr) com
com aa mesma
mesma dimensão
dimensão do
do diâmetro
diâmetro (D),
(D), esta
esta éé chamada
chamada
adrada”. MANRICH (2005) afirma que empiricamente se chegou a este tipo de rosca
adrada”. MANRICH
adrada”. MANRICH (2005)
(2005) afirma
afirma que
que empiricamente
empiricamente se se chegou
chegou aa este
este tipo
tipo de
de rosca
rosca
a apresentar resultados satisfatórios para a maioria dos polímeros. Desta maneira, Pr =
taa apresentar
apresentar resultados
resultados satisfatórios
satisfatórios para
para aa maioria
maioria dos
dos polímeros.
polímeros. Desta
Desta maneira,
maneira, Pr
Pr =
=
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

ra vazamento do polímero entre as ferra- Como a faixa que atende ao maior nú-
mentas. (MANRICH, 2005). Deste modo, mero de polímeros varia de 1,8:1 à 4:1, foi
será adotado o valor de δ = 0,15 mm. adotado o valor mais próximo do obtido
A razão de compressão (Rc), no caso pela razão de densidade, visto que Rc pre-
ecessária de roscas
ecessária aa existência
existência de uma
de uma com
folga
folgapasso e diâmetro
suficiente
suficiente entre constan-
entre aa rosca cisa sertanto
rosca ee oo barril,
barril, maior
tanto ou que
para
para igualnão
que que Rρ, então, Rc é
não
entre as
as ferramentas
ferramentaste, (para
pode evitar
ser determinada pela razão
ruídos ee desgaste),
desgaste), entrepara igual
quanto evitaraque1,8:1.
que ocorra fuga
fuga do
entre (para evitar ruídos
a altura do canal na zona de alimentação quanto para evitar
Para alturaocorra
do filete dono canal na zona de
ntre esse espaço.
ntre esse espaço. EstaEsta fuga
(hi) efuga do
altura polímero
do do canal na
polímero fundido
zona de
fundido acaba gerando
metering
acaba fluxo
gerando dosagem de
fluxo de seráescape, o queo éévalor sugerido por
o
adotado
escape, que
ao processo.
ao Este(hf),
processo. Este espaço
espaço sendo Rcaa=rosca
entre
entre hi/hf.eeNo
rosca caso de
oo barril
barril uma ros- Manrich
éé representado
representado letra(2005),
pela letra
pela grega queee éesta
grega de 0,15.D. Para esta
esta
considerada ca padrão,
razoável, uma dasestimada
suas características a faixaode
sendoépequena altura, para
considerada
evitar elevada, a pres-
onsiderada razoável, éé de
de 0,15
de adotar
0,15
valor
mm,
mm, estimada como
aproximado
como sendo
de Rc =
pequena
1,8:1 à são omáxima
bastante
bastante para evitar
ocorrerá no limite da rosca de
mero escape, visto
mero escape, visto 4:1 que possui
quee possui
altura doviscosidade relativamente
canal de alimentação
viscosidade relativamente alta
próxi- durante o
extrusão.
alta durante processo. Quando
o processo. Quando
m, já é possível mo ocorra
que de 0,15.D, visto quedoesses
vazamento valoresentre
polímero aten-as ferramentas. (MANRICH,
m, já é possível que ocorra vazamento do polímero entre as ferramentas. (MANRICH,
dem com qualidade aceitável a uma maior Desta maneira,
ste modo, será
te modo, será adotado
adotado oo valor
valor dede == 0,150,15 mm.mm.
gama de polímeros. A razão de compressão hi = 0,15.12, logo, hi = 1,8 mm.
azão de compressão
azão de compressão (Rc),
(Rc)(Rc), no caso
devenosercaso
maiorde roscas
do quecom
de roscas com
a razãopasso
passo e
entre diâmetro
e diâmetro constante,
Sendo pode
hi = 1,8pode
constante, mmser ser
e sendo Rc = 1,8:1,
Desta maneira,
aa pela
pela razão entreaaadensidade
razão entre altura do
altura
do polímero
do canal
canal zonana
na zona
na dezona
de
de dosa-(hi) então,
alimentação
alimentação alturahfdo
(hi) ee altura
= 1,8/1,8,
do nahfzona
canal na
canal
= 1 mm
zona
gem (ρ(i)) pela densidadehina zona de fusão
= 0,15.12, logo, hi = 1,8 mm. A espessura do filete (e) pode ser defini-
g (hf), sendo Rc =
g (hf), sendo Rc =(ρ(f)),hi/hf. No
hi/hf. esta caso
No razão
caso dede uma rosca
uma rosca padrão,padrão, uma das
uma das suas
suas características
características é aa rosca (D), onde
é da
é representada por Rρ. da a partir do diâmetro
Sendo hi = 1,8 mm e sendo Rc = 1,8:1, então, hf = 1,8/1,8, hf = 1 mm
alor aproximado
alor aproximado de de Rc
Rc
O ==fator
1,8:1Rcàà 4:1
1,8:1 4:1 ee altura
afeta altura do canal
a formação
do canaldededeilhas
alimentação
alimentação próximo
e =próximo de 0,15.D,
0,1.D. Desta
de 0,15.D,
maneira, e = 0,1*12,
de sólido e contribui A espessura
para forçar do filete (e) pode ser definida a partir do diâmetro da rosca (D), onde
sses valores
sses valores atendem
atendem com qualidade
com qualidade aceitável
aceitável umaa maior
aa uma
massa gama
maior logo,
gama de deepolímeros.
= 1,2 mm. A razão
polímeros. A razão
polimérica contra e =as paredes
0,1.D. Destadas ferra- e = 0,1*12,
maneira, A largura
logo,doe canal
= 1,2 da mm. rosca pode ser de-
ssão (Rc)
ssão (Rc) deve
deve ser
ser maior
maior do do que
que aa razão
razão entre
entre aa densidade
densidade do do polímero
polímero na na zona
zona de de
mentas, compactando o material e assim, terminada a partir da seguinte relação:
A largura do canal da rosca pode ser determinada a partir da seguinte relação:
ρ(i)) pela densidade na zona
ρ(i)) pela densidadeaumentando
na zona de
de fusão
fusão (ρ(f)), esta
a transferência
(ρ(f)), esta de
razão
razão éé representada
calor representada
eo por Rρ.
por Rρ.
ator Rc
Rc afeta cisalhamento.
afeta aa formação
formação (MANRICH,
de ilhas
ilhas sólido ee 2005;
de sólido contribuiGILES
para forçar W = polimérica
forçar aa massa
massa (π.D.tgθ.cosθ – e)
ator de de contribui para polimérica
et. al, 2005). W = (π.12.tg(17,66).cos(17,66)
W = (π.D.tgθ.cosθ – e) – 1,2)
aredes das ferramentas,
aredes das ferramentas, compactando
compactando o material e assim, aumentando a transferência de
Desta forma, parao efeito
material e assim, foi
de cálculo, aumentando a transferência
W = 10,23demm
W = (π.12.tg(17,66).cos(17,66) – 1,2)
salhamento. (MANRICH,
salhamento. (MANRICH,considerada2005;
2005; GILES
a densidadeet.
GILES et. do al, 2005).
al, polímero
2005). ABS
à 25°C, na zonafoi
deconsiderada
dosagem e sua densi- do polímero
O comprimentoW = 10,23 mm da rosca na
helicoidal
sta forma, para
ta forma, para efeito
efeito de cálculo,
de cálculo, foi considerada aa densidade
densidade do polímero ABSABS àà 25°C,
25°C,
dade à 210°C, na zona deOfusão, tendo emhelicoidal
comprimento zona deda dosagem
rosca na (Z) pode
zona ser definida
de dosagem (Z)da
pode ser definida d
ee dosagem
dosagem ee suasua densidade
densidade àà 210°C,
vista que um
210°C, nana zona
dos objetivos
zona dede fusão,
fusão, tendo
deste trabalho
tendo em
em vista
seguinte
vista que
que um dos
maneira:um dos
maneira:
este trabalho
este trabalho éé que
queé ooque
polímero ABS sofra
o polímero
polímero ABS sofra processo
ABS processo de extrusão.
sofra processo
de extrusão.
de
extrusão.
θ
ρ
Rρ == ρρ
Rρ ρ
g/cm³
g/cm³ ρ(i) = 1,25g/cm³
/cm³
/cm³ ρ(f) = 0,9g/cm³
Rρ ==
Rρ A natureza não newtoniana de políme-
A natureza não newtoniana de polímeros fundidos requer da matemática modelo
Rρcomplexos, ros fundidos requer da matemática mode-
Rρ == 1,389:1
1,389:1 onde novos métodos numéricos computacionais, baseados nos princípios da
los teóricos complexos, onde novos méto-
Rρ = 1,389:1
de modelamento matemáticodos paranuméricos
fluxo de computacionais, baseados
fluidos poliméricos em canais de extrusora
mo a faixa que atende ao maior número de
simples,
mo a faixa que atende ao maior número polímeros varia
vêm sendovaria
de polímeros de
adotados.1,8:1 à
(DONATO,
de 1,8:1 4:1, foi adotado
à 4:1, foi2017)
adotado o o
próximo do
próximo do obtido
obtido pela
pela razão
razão de
de densidade,
densidade, visto que
Devido
visto quealto
ao Rc precisa
Rc precisa sercomplexidade
grau deser maior ou
maior ou igual
igual que
matemático
que 7 fluidos não ne
envolvendo
Rc éé igual
Rc igual aa 1,8:1.
1,8:1. neste trabalho são seguidos os mesmos modelos e hipóteses adotados por DONATO
aa altura
altura do
do filete
filete no
no canal
canal na
na zona
zona de
de dosagem será
MANRICH
dosagem será adotado
(2005), os ooquais
adotado valorempregam
valor sugerido por
sugerido por Manrich
o Manrich
modelo simplificado da reologia de proc
ee éé de
de 0,15.D.
0,15.D. Para
Para esta
esta faixa
faixa de
de altura,
altura, considerada
aplicada elevada,
ao processo
considerada aa pressão
pressão
de transporte
elevada, máxima
domáxima ocorrerá
fundidoocorrerá
polimérico, através do canal da extrusora
A vazão volumétrica da extrusora pode ser descrita pela equação (4):

A vazão volumétrica
A vazão dadaextrusora
volumétrica extrusorapode
pode ser descrita
descritapela
pelaequação
equação(4):(4):
Roscas que no seu final apresentam valor máximo de pressão, possuem gradiente de
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)
negativo,Roscas como que é o nocaso seudafinal
rosca apresentam
apresentada valor máximo
neste trabalho.de pressão, possuem ogradiente
Desta maneira, sinal utild
(4)
nos princípiosequação
das equações
negativo, deé modela- apresentada neste trabalho. Desta maneira,
Roscas que no seu final apresentam valor máximo de pressão, possuem gradienteuti
é como
negativo. o caso
Assim, da
a rosca
equação apresentada
da vazão é neste trabalho.
descrita: Desta maneira, o sinal d
mento matemático para fluxo de fluidos o sinal utilizado na equação é negativo. As-
equação écomo negativo. o Assim, daarosca
equação da vazão énestedescrita:
poliméricos emnegativo,canais deRoscas
Roscas queé no
extrusoras caso
que no de
seuseu final
finalsim, aapresentada
apresentamequação
apresentam valor
valor vazãotrabalho.
da máximo
máximo é descrita: Destapossuem
dedepressão,
pressão, maneira,gradiente
possuem gradiente
o sinal uti de
de pres
rosca simples, vêm sendo
equação écomo adotados.
negativo. (DO-
Assim, arosca
equação da vazão é descrita:
negativo,negativo, como é oécaso
o caso dada roscaapresentada
apresentada neste trabalho.Desta
neste trabalho. Destamaneira,
maneira, o sinal
o sinal utili
utilizado
NATO, 2017) (4A)
Devido ao equação graué negativo.
alto equação
Onde: Assim,
deé complexidade
negativo. Assim, a equação
a equaçãoda davazão
vazão é descrita:
descrita:
matemático envolvendo
Qd = Fluxofluidos
Onde: não new-
volumétrico de arraste (drag)
Onde:
tonianos, neste trabalho são seguidos os
Qp Qd==Fluxo
Onde: Fluxovolumétrico
volumétricodedecontra-pressão Qd =(drag)
arraste Fluxo volumétrico de arraste (drag) (4A)(
mesmos modelos e hipóteses adotados por
Qp= =MANRICH
Fluxovolumétrico
volumétrico deescape Qp = Fluxo
contra-pressão volumétrico de contra-pressão
DONATO (2017) QeQd
Onde: e=Onde:
Fluxo
Fluxo (2005),de
volumétrico os
de arraste (drag)
Qe = Fluxo volumétrico de escape
quais empregam Qeo== Fluxo
Qp modelo simplificado
Fluxo volumétrico
volumétrico de contra-pressão
de escape
Qd = Fluxo
Qd
da reologia de processamento = volumétrico
Fluxo volumétrico
aplicadade arraste
de arraste(drag)
(drag)
Conforme
Qe=transporte
=Fluxo
Fluxo assumida
volumétrico hipótese de nãoassumida
aescape Conforme
decontra-pressão haver fluxoa hipótese de não
volumétrico de escape, o termo
ao processo de Qp Qp = Fluxo do
volumétrico fundido
volumétrico de de contra-pressão
haver fluxo volumétrico de escape, o termo
polimérico, através do Conforme
ser =anulado
Qe Fluxocanal
volumétrico
assumida
( da extrusora
), restando:
de de
a hipótese de não haver fluxo volumétrico de escape, o termo
escape
Qe = Fluxo volumétrico Qe pode ser anulado (Qe = 0), restando:
escape
na zona de dosagem ser anulado e, (respeitando
Conforme a a hipótese de não haver fluxo volumétrico de escape, o termo
), restando:
assumida
geometria da rosca dimensionada neste
trabalho, restam ser anulado (
exemplificadas
Conforme ), restando:
assumida as a hipótese (4B)
Conforme assumida a hipótesede denão
não haver fluxovolumétrico
haver fluxo volumétrico de de escape,
escape, o termo
o termo Qe pQ
hipóteses assumidas:
ser anulado o fundido
( ( no ), poliméri-
restando:
ser Aanulado
vazão ), restando:
processo de extrusão é algo que depende diretamente da geometria d
co é Newtoniano, com fluxo isotérmico e A vazão no processo de extrusão é algo
incompressível;logo, A davazão
a equação donode processo
fluxo volumétricode extrusão é algo
de arraste ( que depende
) pode diretamente da geometria
e o canal zona dosa- que depende diretamente daser expressa
geometria pela equação
da (5):
gem está repletologo,de fluido
aA polimérico.
equação
vazão do
no fluxo
processo rosca,
volumétrico
de logo,
extrusão aéequação
de arraste
algo( quedo fluxoser
) pode
depende volumétrico
expressa
diretamentepela da
equação
geometria(5):
(4B) (
Referente à geometria da rosca dimen- de arraste () pode ser expressa pela equa-
logo, aAequação
vazão do processo
no fluxo volumétrico de arraste ( que) depende
pode ser expressa peladaequação (5): d
sionada: A vazão no processodeção deextrusão
(5): éé algo
extrusão diretamente
algo que depende diretamente geometria
da geometria da ros
• A profundidade
logo,
Ondelogo, a do acanal
equação
equaçãoe o fluxo
do passo
do fluxo davolumétricodedearraste
volumétrico arraste ( )) podepodeser serexpressa
expressa pela
pela equação
equação (5): (5):
rosca são constantes; (5A)
h:Onde
• A profundidade Altura dodocanal
fileteem narelação
zona de dosagem, ou hf. (m)
éh:=pequena,
a largura NOnde Altura
Rotação doodafilete
que na zona de dosagem, ou hf. (m)
significa
rosca (RPM) (5A)(
Onde
que o fluxoNde=arraste
Rotação nasdaparedes
rosca dos
(RPM)
h: Altura
Onde do filete na zona de dosagem,
h: Altura ou dohf. (m)na zona de dosagem, ou
filete
Onde
filetes da rosca é desprezível;
hf. (m)
• Devido ah:N = Rotação
pequena
Altura dofolga
h: Altura
da determina-
filete rosca
na zona
do filete
(RPM)
na zona dede dosagem,
dosagem, ou
ouhf.
hf.da(m)
(m)
N = Rotação rosca (RPM)
da entre o topo do filete e o barril
N = Rotação
N
Desta forma:= da
Rotação rosca
da (RPM)
rosca (RPM)
(δ = 0,15 mm), pode ser considerado
que não haveráDestafluxoforma: de retorno. (5B) (5B) (
Desta forma:
A vazão volumétrica da extrusora pode Desta forma:
ão volumétrica da extrusora pode ser
ser descrita pela descrita
equação
Desta pela equação (4):
(4): as considerações pertinentes ao fluxo volumétrico de contrapressão, ta
forma:
Desta forma:
Fazendo
pressão eFazendo as considerações
viscosidade, temos a equação pertinentes ao fluxo volumétrico
(6), que representa ( ): (5C)de contrapressão,(5C)t(
pressãoFazendo
e viscosidade, (4)
temos
as consideraçõesa equação
pertinentes (4)
(6), que aorepresenta ( ):
fluxo volumétrico de contrapressão, ta
pressão e viscosidade, temos Fazendo (6),as
queconsiderações ( pertinentes
Roscas que no seu Fazendo
final apresentam
Fazendoas as va- a ao
considerações equação
considerações pertinentes
pertinentes
fluxo volumétricoaorepresenta
fluxo
fluxo
):
volumétrico
volumétrico decontrapressão,
detais
de contrapressão, contrapressão,
tais ta
co
s que no seu final lor
apresentam valor máximo de pressão, possuem gradiente de pressão
máximo de pressão, possuem gradiente como pressão e viscosidade, temos a equa-
pressão e viscosidade,
pressão temos
e viscosidade, a equação
temos a equação(6),
(6),que
que representa
representa ( ( ):):
mo é o caso da roscade pressão negativo,
apresentada como
neste é o caso
trabalho. da rosca
Desta maneira, o sinal utilizado
ção (6), que representa na (Qp):
gativo. Assim, a equação da vazão é descrita:

8
(4A)
Onde
L = Comprimento da rosca (m)
= Pressão máxima (Pa)
= Viscosidade do polímero fundido (Pa.s)
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)
L = Comprimento da rosca (m)
Desta maneira, será definido pela equa-
Desta maneira, (6)
será definido pela equação (6B):
(6)
(6) ção (6B): (6A)

Onde
Desta maneira, será definido pela equação (6B): (6B)
máxima (Pa)
máxima (Pa) P = Pressão máxima (Pa)
ade dopolímero η = Viscosidade
polímerofundido
fundido (Pa.s) do polímero fundido (Pa.s)
de do (Pa.s) Após a descrição de cada elemento(6B)
que
L = Comprimento da rosca (m)
mento da rosca (m)
ento da rosca (m) Após a descrição de cada
compõe a equação da vazão total, a mesma total, a mesma
elemento que compõe a equação da vazão
assumida da seguinte forma: pode ser assumida da seguinte forma:
(6A) (6A)
(6A)
Após a descrição de cada elemento que compõe a equação da vazão total, a mesma pode ser

ra,
a, seráassumida
será definido
da seguinte
definidopela
pela forma:
equação
equação (6B):
(6B):
Para uma extrusora com barril comum ou convencional, sendo(7)a altura de filete (h
(7)
zona de dosagem ou zona de controle de vazão, ocorre um aumento gradativo de pressão at
(6B)
(6B)
da rosca, onde o valor é máximo, neste caso, o gradiente de pressão é negativo,
ParaPara
umauma
extrusora
extrusoracomcom
barril comum
barril comum ou convencional,
é máximo, sendo
neste a altura
caso, de filete
o gradiente de (h) alta na
pressão
mencionado. (MANRICH, 2005). Na Figura 2 está representada a variação de perfil de pres
zona de ou convencional,
dosagem ou zonasendo a alturade
de controle devazão, ocorreé um
filete (h) negativo,
aumentocomo já mencionado.
gradativo de pressão(MAN-
até o final
altaonde
na zona de dosagem oua zona de contro- RICH, 2005).
deNa Figura
ser2é está representada
aadescrição
descrição de
dade cada
rosca,
cada elemento que
o valor
elemento que compõe
é máximo,
compõe equação
neste
a equação dacaso,
da vazão
vazão total,
ototal, aamesma
mesma
gradiente pode
pressão
pode ser negativo, como já
le de vazão, ocorre um aumento gradativo a variação de perfil de pressão. ao longo comprimento da ros
Figura 2 - Representação da variação de perfil de pressão
seguinteforma:
forma:
mencionado. (MANRICH,
seguinte de pressão até o final2005). Na Figura
da rosca, onde o2valor
está representada a variação de perfil de pressão.
(7)
(7)
Figura 2 - Representação da variação de perfil de pressão ao longo comprimento da rosca.

umaextrusora
uma extrusoracom
combarril
barrilcomum
comumou ouconvencional,
convencional,sendo
sendoaaaltura
alturadedefilete
filete(h)
(h)alta
altanana
agem ouzona
gem ou zonadedecontrole
controlede
devazão,
vazão,ocorre
ocorreum
umaumento
aumentogradativo
gradativodedepressão
pressãoaté
atéoofinal
final
nde
de oo valor
valor éé máximo,
máximo, neste
neste caso,
caso, oo gradiente
gradiente de
de pressão
pressão éé negativo,
negativo, como
como jájá
.(MANRICH,
(MANRICH,2005).
2005).Na
NaFigura
Figura22está
estárepresentada
representadaaavariação
variaçãode
deperfil
perfilde
depressão.
pressão.

2- -Representação
Representaçãoda
davariação
variaçãode
deperfil
perfilde
depressão
pressãoaoaolongo
longocomprimento
comprimentoda
darosca.
rosca.
Fonte: adaptado pelo autor de Manrich, 2005.

Figura 2: Representação da variação de perfil de pressão ao longo comprimento da rosca.


Fonte: adaptado
Fonte: adaptado pelopelo autorde
autor de Manrich,
Manrich, 2005.
2005.

Neste caso, ocorrendo a pressão máxima no limite da rosca extrusora, a equação (8)
permite determinar a pressão :

tadopelo
ado peloautor
autorde
deManrich,
Manrich,2005.
2005.
determinar aNeste
pressão :
caso, ocorrendo a pressão máxima no limite da rosca extrusora, a equação (8) permite
determinar a pressão : (8)
te caso, ocorrendo a pressão
Nestemáxima no limite adapressão
caso, ocorrendo rosca extrusora,
máxima anoequação (8)rosca
limite da permite
extrusora, a equação (8) permite
(8)
a pressão : Acta Ambiental
determinar a pressão
Catarinense : Vol. 15, N. 1/2 (2018)
(8)

Para este trabalho, considerando as pequenas dimensões assim o calor necessário


de rosca à sua
e barril, fusão, vis-uma
foi estimado
(8) (8)
Para este trabalho, considerando as pequenas
(8) to que, no caso
dimensões de de altas
rosca e rotações,
barril, foi ocorreriauma
estimado
rotação de rosca relativamente baixa, para que ocorra tempo de residência suficiente do polímero no
uma maior vazão mássica, mas também (6) no uma
rotação degerando
processo, rosca
Pararelativamente
este trabalho,
assim o calorbaixa, para queasàocorra
considerando
necessário tempo
pequenas
sua fusão, de residência
dimensões
visto deno
que,de suficiente
rosca
caso de do
e barril, polímero
foi
altas estimado
rotações,
baixa eficiência plastificação.
processo,
ocorreria gerando
rotação esteassim
demaior
Para
uma rosca omássica,
calor
relativamente
trabalho,
vazão necessário
baixa,
considerando as àpe-
para
mas também sua
que fusão,
ocorra
baixa Sendo visto
tempo
eficiência deque,
assim,
de a no
residênciacasosuficiente
rotação
plastificação. Ndeadotada
altasdorotações,
épolímero
de no
a este trabalho, considerando
Para esteas pequenas
trabalho,dimensões de rosca
considerando e barril,
as pequenas foi estimado
dimensões uma
de rosca e barril, foi estimado uma
ocorreria
Onde quenas
processo,
Sendo dimensões
uma assim,
maior
gerando vazão de
assim
a rotação rosca
mássica,
N emas
barril,
o adotada
calor foi 30
também
necessário
é de à 30
es-baixa
RPM. sua RPM. A visto
eficiência
Afusão,
partir
de
partir deste
destenodado,
plastificação.
que,
dado, podem
podem
casoser serrotações,
dedefinidas
altas a
rosca relativamente baixa,
rotação de para
timado umaque
rosca ocorradetempo
relativamente
rotação de residência
roscabaixa, definidas
para quesuficiente
relativamente ocorra adevazão
do polímero
tempo no
residência Qtotal e do
mássicasuficiente a pres-
polímero no
Sendo
= Pressão
vazão mássica assim,
máxima
ocorreria uma maior a rotação
(Pa) a vazão Nmássica,
adotada é detambém
mas 30. RPM. A partir
baixa deste de
eficiência dado, podem ser definidas a
plastificação.
o calor gerandoqueeocorra
baixa,necessário
gerando assim processo, para pressão
àassim
sua fusão,
máxima
tempo
o calor denecessário
residência
visto que, no àcaso são
sua demáxima Pmáx.
altas visto
fusão, rotações,
que, no caso de altas rotações,
vazão
30 =RPM mássica
Viscosidade
Sendo
suficiente
= 0,5 Rev/s. e a pressão
dodoassim,
polímero
polímero fundido
a rotação máxima
N(Pa.s)
no processo,adotada é .de 30 RPM.
gerando 30 RPM = 0,5 deste
A partir Rev/s.dado, podem ser definidas a
ma maior vazãoocorreria
mássica, uma
mas também
maior vazãobaixa mássica,
eficiênciamas
de plastificação.
também baixa eficiência de plastificação.
30=RPM
L = 0,5
vazão
Comprimento Rev/s.
mássica da rosca (m) e a pressão máxima .
do assim, a rotação N adotada é de 30a RPM.
Sendo assim, rotação A partir deste édado,
N adotada de 30podemRPM.serAdefinidas
partir destea dado, podem ser definidas a
30 RPM = 0,5 Rev/s. (9)
ica e a pressão máxima
vazão mássica . e a pressão máxima . (9)
(6A)
(9)
0,5 Rev/s. 30 RPM = 0,5 Rev/s.
(9)
Desta maneira, será definido pela equação (6B): (9)
(9) (9)
(9)
(9) (9)
(6B)

(9) (9)
O valor encontrado
O valor encontradoparapara podepodeserser inserido
inserido na na equação
equação (7),(7), determinando
determinando a vazão
a vazão
Após a descrição de cada elemento que compõe a equação da vazão total, a mesma pode ser
mássicaOmássica
davalor encontrado
da extrusora:para
extrusora: pode ser inserido na equação (7), determinando a vazão
assumida
mássica dadaextrusora:
seguinte
O forma:
valor encontrado para pode ser inserido na equação (7), determinando a vazão
(7)
mássica da extrusora: (7) (7)
(7)
alor encontrado para O valor pode ser inserido
encontrado parana equação (7),ser
pode determinando
inserido naa equação
vazão (7), determinando a vazão
(7)
extrusora: mássica da extrusora: (7)
Para uma extrusora com barril comum ou convencional,(7)sendo a altura de filete (7) (h) alta
(7) na
zona de dosagem ou zona de controle de vazão, ocorre um aumento gradativo de pressão até o(7) final
da rosca, onde o valor é máximo, neste caso, o gradiente de pressão é negativo, como (7) já
(7)
mencionado. (MANRICH, 2005). Na Figura 2 está representada(7) (7)
a variação de perfil de pressão.
(7)
(7)
Figura 2 - Representação da variação de perfil de pressão ao longo comprimento da rosca.
(7) (7)
A extrusora é alimentada por polímero no estado sólido e em temperatura ambiente, 25°C.
(7)
A extrusora é alimentada por polímero no estado sólido e em temperatura ambiente, 25°C.
A extrusora é alimentada por polímero no estado sólido e em temperatura ambiente, 25°C.

xtrusora é alimentada por polímero énoalimentada


A extrusora estado sólido
pore polímero
em temperatura ambiente,
no estado sólido25°C.
e em temperatura ambiente, 25°C.

10

Fonte: adaptado pelo autor de Manrich, 2005.


fundido e transportado pela rosca até a matriz da extrusora. A maior parte da energia empregada na
mudança de temperatura é proveniente da fricção entre a rosca, material e barril (aproximadamente
80%), o restante é fornecido por aquecedores externos (mantas elétricas), fixados no barril. No
entanto,
Acta quando seCatarinense
Ambiental inicia a operação de extrusão, até que o sistema entre em regime, a maior
Vol. 15, N. parte
1/2 (2018)
do calor é fornecido pelas mantas.
A extrusora é alimentada por polímero (aproximadamente 80%), o restante é for-
A quantidade de energia envolvida na extrusãonecido
pode ser
pormensurada pela externos
aquecedores equação (10):
(mantas
Esteno estado
material,sólido
durantee em temperatura
o processo, ambien-
sofre variação de temperatura de aproximadamente 200°C, sendo
te, 25°C. Este material, durante o processo, elétricas), fixados no barril. No(10) entanto,
fundido e transportado pela rosca até a matriz da extrusora. A maior parte da energia empregada na
sofre variação de temperatura de aproxi- quando se inicia a operação de extrusão,
Onde
mudança de temperatura
madamente 200°C, sendoé proveniente
fundido e da fricçãoaté
trans- entre
queaorosca, material
sistema e barril
entre em (aproximadamente
regime, a maior
Ts = portado
80%), peladerosca
Temperatura
o restante ésaída até a matriz
(°C)
fornecido por aquecedores parte do (mantas
da extru- externos calor é fornecido
elétricas),pelas mantas.
fixados no barril. No
sora. A maior parte da energia empregada A quantidade de energia envolvida na
Te = Temperatura
entanto, quando dese entrada
inicia a(°C)
operação de extrusão, até que o sistema entre em regime, a maior parte
na mudança de temperatura é proveniente extrusão pode ser mensurada pela equa-
do= calor
Densidade
da fricção do material
é fornecido
entre pelasfundido (Kg/m³)
mantas.
a rosca, material e barril ção (10):
A quantidade
= Calor dematerial
específico do energia (J/Kg°C)
envolvida na extrusão pode ser mensurada pela equação (10):
Hf = Entalpia de fusão (J/Kg) (10)
(10)

Onde
Onde de Desta
Desta maneira, exemplificando a operação maneira,
extrusão exemplificando
em ABS, a opera-os
o mesmo apresenta
Ts =TsTemperatura
= Temperaturade saída (°C)(°C)
de saída ção de extrusão em ABS, o mesmo apre-
seguintes valores:
Te =TeTemperatura
= Temperatura de entrada
de entrada (°C)(°C) senta os seguintes valores:
Ts = ρ210
= (°C)
Densidade do material fundido (Kg/ Ts = 210 (°C)
= Densidade do material fundido (Kg/m³)
Te = m³)
25 (°C) Te = 25 (°C)
=
CpCalor específico
= Calor do do
específico material (J/Kg°C)
material ρ = 900 (Kg/m³)
(J/Kg°C)
= 900 (Kg/m³)
Hf =HfEntalpia
= Entalpia de fusão
de fusão (J/Kg)
(J/Kg) Cp = 1300 (J/Kg°C)
= 1300 (J/Kg°C) Hf = 30000(J/Kg)
Inserindo os valores na equação (X)
Hf = 30000(J/Kg)
Desta maneira, exemplificando a operação de extrusão em ABS, o mesmo apresenta os
Inserindo os valores na equação (X)
seguintes valores:
(10)
Ts = 210 (°C)
Te = 25 (°C)
= 900 (Kg/m³)
(10)
= 1300 (J/Kg°C)
Hf = 30000(J/Kg) + 2,495J + 2,56

Inserindo os valores na equação (X) 25,055 W


(10)
FazendoFazendo
a conversão para CV;para CV;
a conversão
0,034 CV
Pot = 0,034 CV
Estimando uma eficiência do motor de 70%, a potência será corrigida para:
Estimando uma eficiência do motor de 0,05
70%,CVa potência será corrigida para:
+ 2,495J + 2,56
Pot =0,05 CV
25,055 W

Fazendo a conversão para CV;


0,034 CV
11
Estimando uma eficiência do motor de 70%, a potência será corrigida para:
0,05 CV
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Após todo o dimensionamento do liado por Computador) SolidWorks, como


equipamento, o mesmo pode ser detalha- demonstra a Figura 3, sendo apresentado o
do através do auxílio do software de CAD interior da extrusora Nesta figura é possí-
(Computer Aided Design – Desenho auxi- vel verificar a geometria da rosca.

Figura 3: Corte de perfil utilizando software SolidWorks.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

O controle de temperatura foi realizado objetivando um aumento do torque na ros-


através de um controlador PID (Proporcio- ca de extrusão assim como o alcance da ro-
nal Integral Derivativo), que recebia os dados tação desejada.
de temperatura de um termostato do tipo J, o O passo seguinte, após dimensiona-
qual estava fixado entre o último e penúltimo mento e detalhamento, foi o da manufatu-
resistor elétrico, na parede do barril. ra do equipamento, o qual foi realizado nas
O ventilador e o motor possuem o mes- dependências do laboratório de manufatu-
mo acionamento, sendo ligados ao mesmo ra da universidade. Na Figura 4 é possível
tempo, já os resistores possuem aciona- verificar o estado final da extrusora, onde
mento independente e são também acio- também é possível verificar a utilização de
nados pelo controlador. uma espécie de bancada de madeira com
A força motriz foi obtida através de um painel, onde estão inseridos os equipamen-
motor elétrico de corrente contínua de 0,5 tos eletrônicos de acionamento e controle,
CV e a transmissão se deu por meio de cor- termostato, assim como motor e ventoinha
rente de elos com redução por engrenagem para resfriamento do filamento.

12
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Figura 4 : Extrusora após manufatura, já em funcionamento.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

O equipamento se comportou de for- barril, algo que já se esperava, pois en-


ma esperada já nos primeiros testes. O quanto o sistema não entra em regime, o
primeiro filamento polimérico processado polímero permanece no interior do barril.
pela máquina sofreu degradação térmica, O filamento degradado pode ser visualiza-
devido ao tempo de residência dentro do do na Figura 5.

Figura 5: Filamento degradado por tempo de residência no barril.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

13
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Após o sistema entrar em regime, a ex- com menor força), o filamento com diâme-
trusora conseguiu produzir um filamento tro maior possuía melhor transparência e
com boa qualidade, o qual era resfriado na também melhor resistência à tração, além
saída da matriz por convecção forçada. A de possuir melhor qualidade superficial.
variação do diâmetro do filamento se alte- Esta breve análise da força de tração apli-
rava dependendo da força de tração na saí- cada ao filamento na saída da extrusora faz
da, variando de 1,1 mm a 1,9 mm. O fila- refletir quanto à sua importância na qua-
mento com diâmetro de 1,1 mm, o qual foi lidade final do produto. Na Figura 6 pode
tracionado com maior força, possuía qua- ser observado o diâmetro do filamento.
lidade inferior ao de 1,9 mm (tracionado

Figura 6: Diâmetro do filamento produzido.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

Inicialmente o calor foi fornecido por O equipamento alcançou um valor de


fonte externa, através das mantas térmicas, vazão muito próximo do esperado, com
visto que o barril ainda não estava preen- um diâmetro de 1,9mm a uma velocida-
chido com polímero. Assim que o equipa- de linear de 1mm/s, obtendo uma vazão
mento atingiu a temperatura especificada, média de 2,83.m³/s, muito próximo dos
o mesmo passou a ser alimentado de polí- 9,24.m³/s estimados inicialmente. Na Fi-
mero através do funil, dando início ao pro- gura 7 pode-se verificar o filamento sendo
cessamento do material. formado na saída do equipamento.

14
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

Figura 7: Filamento na saída da extrusora em regime de trabalho alcançado.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

5 Conclusões BRETAS, Rosário E. S., D’ÁVILA, M. A. Reo-


logia de Polímeros Fundidos, 2ª. Ed.
Durante os testes não foram encontrados Editora Edufscar, São Carlos, SP, 2005.
no filamento sinais de zonas com misturas
sólido/fundido, o que significa que o tem- MANRICH, Silvio; Processamento de ter-
po de residência do polímero dentro do moplásticos: rosca única, extrusão e
barril foi o adequado, assim também como matrizes, injeção e moldes. Editora
a homogeneização realizada pela rosca. Es- Artibler, São Paulo, 2005.
tes resultados se devem, entre outros fato-
PEDROSA, Tiago F. S. Conceção e desen-
res, a rotação adotada na rosca de extrusão,
volvimento de equipamento de extru-
que se mostrou eficiente.
são de filamento para impressora 3D.
O equipamento obteve um comporta-
Dissertação. Mestrado integrado em
mento satisfatório, tanto em relação à va-
Engenharia Mecânica ramo automação.
zão quanto em relação à fusibilidade do
Universidade do Porto. Portugal, 2015.
polímero, produzindo um filamento com
boa qualidade. Deve-se considerar que, PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
como a rosca é uma rosca universal, po- NO BRASIL 2015. <http://www.abrel-
dem ser utilizados outros materiais poli- pe.org.br/Panorama/panorama2015.
méricos, tais como PP, PE e PLA. pdf> acessado em 10 de junho de 2017.

PIVA, A. M.; WIEBECK, H. (2004). Reci-


Referências clagem do plástico – Como fazer da
reciclagem um negócio lucrativo. São
BLASS, Arno. Processamento de Políme- Paulo: Editora Artliber.
ros. 1ª. Ed. Editora da UFSC, 1988, 313p.

15
Acta Ambiental Catarinense Vol. 15, N. 1/2 (2018)

RAUWENDAAL, C. Conceitos Sobre Federal de Santa Catarina, Florianópo-


Projetos de Roscas Para Extrusão. Ar- lis/SC, 2004.
tigo. Revista Polímeros: Ciência e Tec-
nologia, Jan/Mar 1993. VIGNOL, Leonardo de A. Desenvolvi-
mento de modelos simplificados para
SILVA, M. C., et. al. Propriedades mecâ- estudo da extrusão de polímeros. Dis-
nicas e térmicas de sistemas de PLA e sertação (Mestrado em Engenharia
PBAT/PLA. Artigo. Revista eletrônica Química), Universidade Federal do Rio
de materiais e processos, v. 9, n. 2 (2014)
112-117. Universidade Federal de Cam- VOLPATO, N.; et al. Prototipagem Rápi-
pina Grande, Campina Grande, Paraíba. da: Tecnologias e Aplicações. São Pau-
lo: Edgard Blucher, 2007.
VANDRESSEN, M. Aplicação do núcleo
perdido de peças complexas, em mol- WILLENMSE, R. C.; RAMAKER E. J. J.;
des de ferramental rápido, a partir da VAN DAM, J.; DE BOER, A. P., Polymer
estereolitografia. Tese. (Doutorado em 40 (1999). 6651 – 6659.
Engenharia Mecânica), Universidade

16

Você também pode gostar