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Ditadura

civil-militar no
Brasil
Pré-vestibular – aula 32

Quarta-feira Prof. Nathan Moraes 09/11/2022


Periodização

01. 02.
Castelo Branco Costa e Silva

03. 04.
Médici Geisel

05.
Figueiredo
Presidentes militares
Orientações ideológicas

Sorbonne Linha dura


Defendia que a intervenção militar, Vontade punitiva e esperavam que o
deveria ter caráter corretivo, regime se fechasse ainda mais,
ocorrendo uma “transição” do caos mantendo-se por um bom tempo no
para ordem poder
Governo Castelo Branco
(1964 -1967)
A deposição de João Goulart, formou-se uma junta militar para obter o controle político do país. Essa junta,
com apoio da elite política e econômica formentaram o decreto do Ato Institucional nº 1
Ato Institucional nº 1
Aumento do poder executivo

Suspensão de direitos Modificação da constituição e


Cassação de mandatos decretar o estado do sítio
políticos
Em 60 dias, mais de 300 pessoas
tiveram seus mandados cassados e
suspensos seus direitos políticos, entre
elas, três ex-presidentes: Juscelino,
Jânio e João Goulart
Características do Governo de Castelo Branco
Ato institucional, nº 3 que estabeleceu eleições
Atuação do movimento estudantil foi
indiretas para governos estaduais e o Ato
limitada, culminando com o
institucional, n º 4 que definiu as bases para a
fechamento da UNE
elaboração de uma nova constituição

Criação da Lei de Segurança Nacional (LSN) : direitos Programa de Ação Econômica do Governo
civil; (PAEG): aumento de impostos, contenção de
Serviço Nacional de informações (SNI): gastos públicos e restringiu o crédito
investigar´possíveis opositores

Decreto do Ato Institucional, nº 2 que estabeleceu


eleições indiretas para presidente da República e Criação do Banco Nacional de Habitação (BNH)
reforçou ainda mais os poderes do presidente, além do
bipartidarismo
Ato institucional, nº 2
bipartidarismo

ARENA MDB

Aliança Renovadora Nacional Movimento Democrático Brasileiro


Governo Costa e Silva
(1967 – 1969)
Passeata dos cem mil
Cresceram no país manifestações
públicas contra a ditadura militar.
Estudantes e movimento sindical
saíram às ruas em passeata e greves
contra o arrocho salarial, a fome e a
tortura
Ato Institucional, nº 5
Governo Médici (1969
-1974)
O governo Médici foi o “campeão” do poder ditatorial e da violência reressiva contra a sociedade.
Os direitos fundamentais do cidadão estavam suspensos. Nas escolas, nas fábricas, na imprensa,
nos teatros, a sociedade brasileira sentia a mão de ferro da ditadura
O jornalista Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, foi encontrado
morto, supostamente enforcado, nas dependências do 2º Exército, em São Paulo, em 25 de outubro
de 1975. No dia seguinte à morte, o DOI-CODI, órgão de repressão do exército brasileiro,
divulgou nota oficial, informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que estava
preso. Três anos depois, no dia 27 de outubro de 1978, o processo movido pela família do
jornalista revelou a verdade sobre a morte de Herzog. A União foi responsabilizada pelas torturas
e pela morte do jornalista. Foi o primeiro processo vitorioso movido por familiares de uma vítima
do regime militar contra o Estado.
Choque elétrico
Pau de arara
Para encobrir sua face cruel, o governo gastava milhões de
cruzeiros em propaganda destimada a melhorar sua imagem
junto ao povo.
Surgiram grupos guerrilheiros, que se lançaram a luta armada. Esses grupos realizaram diversos
assaltos a bancos, em busca de dinheiro para financiar a sua luta política, sequestraram
diplomatas em troca de companheiros presos, que estavam sendo torturados pelos órgãos de
segurança.
“Milagre” econômico brasileiro
Milagre econômico
“Deem-me um ano e lhes darei uma década”

Bancada através de empréstimos no exterior

•Aumento da pobreza
•Aumento da inflação
•Construção de obras importantes, como a •Redução do poder aquisitivo do trabalhador pobre
ponte Rio-Niterói e a usina de Itaipu •Investimento mínimo em saúde, educação e previdência social
•Aceleração da industrialização •Desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar
•Incentivo à indústria da construção civil com •Aumento da dívida externa
a criação do Sistema Financeiro Habitacional •Corrupção e favorecimento a empreiteiras ligadas ao governo
•Dependência de empréstimos do exterior, principalmente dos
Estados Unidos
Crise do petróleo (1973)
O governo militar foi perdendo um dos seus
principais argumentos para sustentar-se no poder.
A ditadura não garantia o desenvolvimento. As
oposições políticas foram lentamente se
organizando para exigir a volta da democracia
Governo Geisel (1974 -1979)
Abertura democrática: lenta, gradual e segura
Dimunição da censura

Eleições livres
Senadores, deputados e vereadores

Senadores Biônicos
Um terço dos senadores escolhido pelo
governo
Vitória ampla do MDB nas eleições diretas
Revogação do AI 5
Governo Figueiredo (1979 -1985)
João Figueiredo: 1979-1985 - Último presidente militar
João Figueiredo assume em meio a crise econômica já mencionada e a pressão de movimentos populares pela
redemocratização* do país e pela anistia (que significa perdão) dos inúmeros presos políticos do período.

*Destaca-se os movimentos de sindicatos nesse período, como o sindicato dos metalúrgicos sob liderança de Lula.

Diante de tanta pressão, Figueiredo deu sequência ao processo de abertura, a lei de anistia foi aprovada e muitos
cidadãos voltaram do exílio.

Ainda em outubro de 1979, novos partidos foram permitidos: surgiram, então o PSD, PMDB, PT, PDT, PTB que
disputarão as próximas eleições.
Diretas Já
No Rio de Janeiro, o
Comício da
Candelária, 10 de
abril de 1984, reuniu
cerca de um milhão
de pessoas.
A derrota no Congresso
No entanto, apesar da agitação popular nos diversos movimentos por eleições diretas, a proposta apelidada de
Emenda Dante Oliveira, nome do deputado que propôs a mudança na Constituição foi derrotada por 22 votos e as
eleições previstas para 1985 seriam indiretas.

Apesar de derrotado, o movimento revelava um novo Brasil: o Brasil das forças sindicais, das multidões e da
imprensa.

Nesse sentido, inicia-se a articulação para as eleições de 1985.


Dep. Dante de Oliveira (PMDB) autor da emenda
constitucional que introduzia eleições diretas.
Eleições de 1985
Da esquerda para direita: a chapa composta pelo candidato a vice, José Sarney e
presidente Tancredo Neves derrotaram o candidato da direita, Paulo Maluf.
15 de Janeiro de 1985 -
Tancredo Neves é
eleito presidente do
Brasil no Colégio
Eleitoral (congresso),
encerrando o período
de 21 anos de governos
militares.
A morte de Tancredo e
posse do vice, José
Sarney.
Por causa de uma infecção generalizada
devido a um possível tumor, Tancredo
Neves veio a falecer no dia 21 de abril de
1985. A morte repentina do primeiro
presidente civil eleito após a ditadura
comoveu profundamente os brasileiros.
O governo de José Sarney (1985-1990)
O governo de José Sarney foi responsável por reestruturar o Brasil após o período ditatorial, novas leis deveriam ser
adotadas para reparar as perdas de direito, inclusive uma nova Constituição. Foi durante o seu governo que a
Constituição de 1988 (atual do Brasil) foi elaborada e ficou conhecida como “Constituição cidadã” por garantir e
ampliar direitos individuais, políticos e sociais.

Outra marca do governo de Sarney foi a crise econômica, com destaque para o plano cruzado, que não foi suficiente
para conter a inflação que chegou a 1.800 % ao final do seu governo.

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