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1. Introdução...........................................................................................................................2
2. As formas de Estado...........................................................................................................3
3. Os fins do Estado................................................................................................................6
4. Poderes do Estado...............................................................................................................9
4.1. Conceito.....................................................................................................................10
5. Conclusões........................................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS...............................................................................................................12
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1. Introdução
Como não poderia deixar de ser, esta tendência de atualização dos métodos de trabalho do
direito como um todo influenciou, de maneira inevitável, o âmbito do Direito Processual, cuja
Teoria Geral e respectivos conceitos têm passado por uma necessária redefinição, que se
destina a contribuir com o aprimoramento da compreensão e aplicação práticas do Direito
Processual, especialmente através da adoção de preceitos claramente influenciados pelos
valores constitucionais.
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2. As formas de Estado
Deve ser tida em consideração a distinção entre Estado unitário e o Estado complexo, com
base na existência de um ou mais poderes políticos no mesmo Estado (sendo que, qualquer
caso, só um deles é soberano).
O critério que está assim, na base da distinção é o do modo de o Estado dispor o seu poder
em face de outros poderes de igual natureza (em termos de coordenação e subordinação) e
quanto ao povo e ao território (que ficam sujeitos a um ou a mais de um poder político).
No Estado unitário deve ser feita a distinção entre Estado unitário centralizado e Estado
unitário regional. No primeiro, existe apenas um poder político estadual, enquanto no
segundo existe um fenómeno de descentralização política.
O Estado unitário regional tem na base uma situação e descentralização política que se traduz
na atribuição a entidades infraestaduais de poderes ou funções de natureza política, relativas à
definição do interesse público ou a tomada de decisões políticas (designadamente, de
decisões legislativas).
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a) Estado regional integral – aquele em que todo o território se divide em regiões
autónomas e Estado regional parcial – aquele em que o território não está todo
dividido em regiões autónomas e em que encontram-se regiões politicamente
autónomas e regiões ou circunscrições só com descentralização administrativa,
verificando-se pois, diversidade de condições jurídico-políticas da região para região;
b) Estado regional homogéneo – aquele em que a organização das regiões é, senão
uniforme, idêntica (a mesma no essencial para todos) e Estado regional heterogéneo –
aquele em que a organização das regiões “… pode ser diferenciada ou haver regiões
de estatuto comum das regiões de estatuto especial;
c) Estado com regiões de fins gerais – aqueles em que as regiões são constituídas para a
prossecução de interesses (e, em princípio, de todos os interesses) específicos das
pessoas ou das populações de certas áreas geográficas e Estado com regiões de fins
especiais – aqueles em que a descentralização política regional e moldada em razão de
algum ou alguns interesses específicos (v.g. interesses culturais) e é, porventura,
mesmo a partir da comunidade desses interesses que se recortam os territórios
regionais.
A união real
Na união real, estamos em presença de uma associação ou união de Estados, que dá lugar à
criação de um novo Estado, na qual alguns dos órgãos dos Estados associados passam a ser
comuns.
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Distinguir a união real da união pessoal, que é a situação em que o Chefe de Estado é comum
a dois Estados, embora somente a título pessoal e não orgânico; o que é comum é o titular do
órgão e não o próprio órgão. Exemplo de união pessoal: Portugal e Espanha de 1580 a 1640.
As federações
Em conformidade, para o prof. Jorge Miranda, o Estado federal ou federação é baseado numa
dualidade:
A federação tem na sua origem uma Constituição federal, resultante do exercício de um poder
constituinte autónomo, que contem o fundamento de validade e de eficácia do ordenamento
jurídico federativo; e é ele que define a competência das competências.
Nestes termos, “do pacto confederativo resulta uma entidade a se, com órgãos próprios (pelo
menos, uma assembleia ou dieta confederal). Não chega a emergir um novo poder político ou
mesmo uma autoridade supraestadual com competência genérica”.
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3. Os fins do Estado
Os fins do Estado são objectivos prosseguidos pelo poder político do Estado. São
normalmente considerados três fins do Estado: segurança, justiça e bem-estar.
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O prof. Marcelo Rebelo de Sousa, citado por Bastos (1999) propõe um esquema
hierarquizado das funções do Estado:
4. Poderes do Estado
A teoria da separação dos Poderes de Montesquieu, na qual se baseia a maioria dos Estados
modernos, afirma a distinção dos três Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e suas
limitações mútuas. Por exemplo, em uma democracia parlamentar, o legislativo (Parlamento)
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limita o poder do executivo (Governo): este não está livre para agir à vontade e deve
constantemente garantir o apoio do Parlamento, que é a expressão da vontade do povo. Da
mesma forma, o poder judiciário permite fazer contrapeso a certas decisões governamentais
(especialmente, no Canadá, com o poder que a Carta dos Direitos e Liberdades da Pessoa
confere aos magistrados).
O conceito da separação dos Poderes, também referido como princípio de trias política, é um
modelo de governar cuja criação é datada da Grécia Antiga. A essência desta teoria se firma
no princípio de que os três Poderes que formam o Estado (poder legislativo, executivo e
judiciário) devem atuar de forma separada, independente e harmônica, mantendo, no entanto,
as características do poder de ser uno, indivisível e indelegável.
4.1. Conceito
Dentre todas as teorias políticas que visaram a amenizar essa dicotomia relevância da
função/limitação de poder a doutrina da "separação dos Poderes" foi a mais significativa,
vindo a influenciar diretamente os arranjos institucionais do mundo. Adquirindo, inclusive, o
status de um arranjo que virou verdadeira substância no curso do processo de construção e de
aprimoramento do Estado de Direito, a ponto de servir de "pedra de toque" para se afirmar a
legitimidade dos regimes políticos.
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5. Conclusões.
Não obstante a resistência de parte relevante da doutrina quanto à aceitação dos pressupostos
teóricos do neoconstitucionalismo e do neoprocessualismo, pode-se concluir que na verdade,
em sua maioria, as críticas levantadas se dirigem mais ao aspecto terminológico do que
propriamente à metodologia de trabalho adotada por aquelas teorias.
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6. REFERÊNCIAS
ALEXY, Robert. Teoria da argumentação jurídica: a teoria do discurso racional como teoria
da fundamentação jurídica. Trad. Zilda Hutchinson Schild Silva. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2011.
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