Você está na página 1de 10

ARTIGO DE REVISÃO

Estimativa de peso, altura e índice de massa corporal em


adultos e idosos americanos: revisão
Estimated weight, height and body mass index for american adults
and elderly: review

RESUMO
1
Rayssa Santa Cruz Monteiro Introdução: Peso, altura e Índice de Massa Corpórea (IMC) destaca-se
1
Thays Regina Louzada Cunha entre os métodos objetivos de avaliação nutricional, no entanto nem sem-
1
Meiry Elisa Nunes Santos
1
Simone Sotero Mendonça pre é possível obtê-los, sendo necessário utilizar métodos preditivos.

Objetivo: investigar na literatura os principais métodos acerca de esti-


mativa de peso, altura e IMC elaborados a partir da população america-
na, bem como sua aplicabilidade em indivíduos adultos e idosos.

Métodos: levantamento bibliográfico na base de dados do PubMed,


Medline, Lilacs, Scielo e Cochrane, sem delimitação de tempo, nos idio-
mas inglês, espanhol e português.

Resultados e Discussão: Estudos pioneiros para obtenção de fórmulas


preditivas de peso e altura foram realizados por Chumlea e colaborado-
res na década de 80. As equações desenvolvidas por estes autores para
estimativa de peso são as que apresentaram melhor aplicabilidade mesmo
sendo desenvolvidas para idosos norte-americanos. Existem várias fór-
1
Programa de Residência em Nutrição mulas preditivas de altura, porém são escassos os estudos que avaliaram
Clínica, Hospital Regional da Asa Norte, sua aplicabilidade, grande parte deles foi realizada em populações com
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito características diferentes daquela que as originou. A maioria dos estudos
Federal, Brasília-DF, Brasil.
que analisaram as equações desenvolvidas por Chumlea encontrou su-
perestimação da altura, principalmente para mulheres. A necessidade de
elaboração de equações étnico-específicas fez com que diversos autores
desenvolvessem fórmulas para a sua população, contudo são escassos os
trabalhos validando estas fórmulas. Apenas um trabalho avaliou métodos
Correspondência para estimativa de IMC, porém sua metodologia não está bem descrita.
QRSW 06, bloco A2, apartamento 103,
Sudoeste, Brasília-DF. 70675-602, Brasil. Conclusão: Deve-se priorizar a utilização dos métodos preditivos mais
rayssascm@hotmail.com
consolidados considerando sua metodologia. Além disso, mais estudos
para validação das novas equações e da escala de figura são necessários.

Palavras-chave: Avaliação nutricional; Peso corporal; Altura corporal;


Recebido em 06/outubro/2009 Índice de massa corporal.
Aprovado em 22/junho/2010

Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350 341


Monteiro RSC et al.

ABSTRACT
Introduction: Among the objective methods applied on patients´ nutritio-
nal assessment, weight, height and Body Mass Index can be highlightened.
However, it’s not always possible to obtain these measures, which raises the
need of use of predictive methods.

Objective: To proceed a systematic review of scientific literature on the


main methods of prediction of weight, height and Body Mass Index.

Methods: It was conducted a research on data basis such as PubMed, Me-


dline, Lilacs, Scielo and Cochrane, without limitation on publication date,
in English, Spanish and Portuguese.

Results and Discussion: Early studies for obtaining weight and height pre-
dictive equations were proposed by Chumlea et al in the 80’s. These equa-
tions for weight estimation are the ones with the best applicability, even
though they were developed for American elders. There are many height
predictive equations, although there are few studies evaluating their appli-
cability, many of them which were conducted in populations with different
characteristics from the one who originated them. The majority of studies
analyzing the equations developed by Chumlea found a height super-esti-
mation, mainly among women. The need of elaboration of ethnic-specific
equations made some authors develop formulas for their own specific po-
pulation, though the validation studies for those formulas are very few. Only
one work evaluated the methods for Body Mass Index prediction although
the methodology applied in this work was not clearly described.

Conclusion: The use of the most consolidated predictive methods should


be a priority in clinical practice, considering their methodology.Furthermo-
re, additional studies for validation of new equations as well as of the scale
of pictures are needed.

Key words: Nutrition assessment; Body Mass Index; Body weight; Body height.

INTRODUÇÃO

O interesse na avaliação do estado nutricional do está diretamente ligado à evolução clínica dos pa-
paciente hospitalizado aumentou a partir da déca- cientes hospitalizados, determinando maior sus-
da de 80, devido à constatação de grande preva- cetibilidade a infecções e complicações, elevando
lência de desnutrição, que variou entre 30% e 50% significativamente as taxas de morbimortalidade2.
nessa população1,2. No Brasil o Inquérito Brasileiro Sabe-se que a desnutrição está relacionada com
de Avaliação Hospitalar (IBRANUTRI), realizado piores prognósticos, e que sua instalação ou a pio-
em 1996 pela Sociedade Brasileira de Nutrição ra do estado nutricional pode ser ocasionada pelo
Parenteral e Enteral (SBNPE), concretizou uma tempo prolongado de internação hospitalar, seja
pesquisa multicêntrica em 12 estados brasileiros no período pré-diagnóstico ou no tratamento3.
e mais o Distrito Federal em hospitais da rede pú-
blica do país, envolvendo 4000 pacientes inter- A avaliação do estado nutricional tem como objetivo
nados, sendo encontrada uma taxa de 48,1% de identificar os distúrbios nutricionais possibilitando
pacientes desnutridos2,3. Esse distúrbio nutricional uma intervenção adequada de forma a auxiliar na

342 Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350


Estimativa de peso, altura e IMC

recuperação e/ou manutenção do estado de saúde do MÉTODOS


indivíduo, além de possibilitar o acompanhamento
nutricional3,4. A antropometria destaca-se entre os Para o embasamento teórico, foi realizado um
métodos objetivos de avaliação nutricional por ser levantamento bibliográfico de artigos científicos
um método não invasivo, de baixo custo, fidedigno publicados nas bases de dados do PubMed (Na-
(desde que mensurado e avaliado por profissionais tional Library of Medicine and National Institute
capacitados), que pode ser realizado “à beira do leito” of Health), Medline, Lilacs, Scielo e Cochrane. A
e proporciona obtenção rápida de resultados com estratégia de busca foi definida pela combinação
uso de equipamentos de fácil aquisição5,6. dos seguintes termos: peso estimado, IMC estima-
do, estatura estimada, body weight estimation, sta-
O peso corporal e a altura são medidas importan- ture estimation, height estimation, BMI estimation,
tes na avaliação antropométrica. Essas variáveis são elderly, adults, regression equations, knee height,
imprescindíveis para a construção de indicadores arm span, half span, demi-span. Foram resgata-
que participam no estabelecimento do diagnóstico dos os trabalhos sobre o tema, sem considerar o
nutricional, além de serem fundamentais para a pres- ano de publicação, devido à escassez de estudos
crição dietética e farmacológica7,8. A partir do peso e acerca desse assunto e também por serem antigos
altura pode também ser calculado o índice de mas- os trabalhos que deram início a essa linha de pes-
sa corporal (IMC), um indicador simples do estado quisa. O período da busca bibliográfica foi de fe-
nutricional que apesar de não indicar a composição vereiro/2008 a junho/2009. Foram incluídos, neste
corporal possui estreita relação com taxas de mor- período, trabalhos realizados com adultos e idosos,
bimortalidade, tendo, portanto validade clínica4,9,10. por outro lado, foram excluídos aqueles feitos com
população infantil e com população do continente
Apesar da sua importância no acompanhamento e não americano.
tratamento do paciente, a aferição de peso e altura
nem sempre é possível de ser realizada, sobretudo nos
pacientes críticos, idosos, acamados ou com doenças RESULTADOS E DISCUSSÃO
ósseas, que não podem deambular. A tentativa de es-
timar esses dados unicamente a partir da observação Foram encontrados 29 estudos que desenvolve-
visual já mostrou que pode levar a erros graves na ram fórmulas preditivas para estimativa de peso,
administração de medicamentos e alimentação8,11,12. altura ou IMC, no período de 1982 a 2009, pu-
Assim, a fim de minimizar esses erros, diversos pes- blicados em inglês, espanhol e português. Des-
quisadores têm desenvolvido fórmulas matemáticas ses artigos, 14 foram excluídos por terem sido
para estimar peso, altura e IMC a partir de segmentos realizados com a população do continente não
corporais que podem ser mensurados nesses pacien- americano e 1 por contemplar apenas população
tes, como altura do joelho, circunferências do braço infantil. Foram incluídos, portanto, 12 trabalhos
e da panturrilha, dobras cutâneas, entre outros, bem sobre estimativa de altura, 1 trabalho que desen-
como métodos de estimativa de IMC através do em- volveu tanto fórmulas para estimativa de altura
prego de escala de figuras (determinação visual do quanto de peso, 1 estudo sobre estimativa de
IMC do indivíduo correspondendo a uma das nove peso e 1 sobre estimativa de IMC, no período de
figuras, ordenadas da mais magra para a mais obesa). 1982 a 2008. Dentre os artigos sobre estimativa
de altura incluídos nesse trabalho, 3 foram feitos
Contudo, na maioria dos casos, o emprego desses com população européia e 1 não apresentou a
métodos é feito erroneamente, sem considerar sexo, população usada, contudo foram citados devido
idade, etnia e nacionalidade da população usada para sua freqüente utilização para estimar altura na
gerar essas equações, extrapolando o uso para indiví- prática clínica.
duos com características diferentes, levando a erros
na obtenção das medidas estimadas de peso, altura e
IMC, e consequentemente, equívocos no estabeleci- Estimativa de peso
mento do diagnóstico e terapia nutricional7,8. As fórmulas preditivas de peso encontradas
na literatura estão apresentadas na Tabela
Diante disso, o presente estudo teve como objetivo 1, bem como as características das popu-
investigar na literatura os principais métodos acer- lações usadas para a obtenção das mesmas
ca de estimativa de peso, altura e IMC elaborados (tamanho da amostra, sexo, idade, nacio-
a partir da população americana, bem como sua nalidade, etnia).
aplicabilidade em indivíduos adultos e idosos.

Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350 343


Monteiro RSC et al.

Tabela 1 1) eram mais próximos do peso real dos indivídu-


Fórmulas para estimativa de peso corporal obtidas a partir da os, tornando-a a mais recomendada e, atualmente,
população americana. a mais usada13.

Autores Fórmulas para estimativa de peso População Estudos semelhantes utilizando a população latino-
105 homens e -americana são escassos. Rabito et al.8 desenvolve-
Mulheres: P (kg) = [1,27 x CP (cm)] 123 mulheres ram equações para população brasileira maior que
+ [0,87 x AJ (cm)] + [0,98 x CB brancas, com 18 anos (Tabela 1), as mesmas foram validadas em
Chumlea (cm)] + [0,4 x PCSE (cm)] – 62,35
idade entre
et al.
65 e 104
um grupo de 100 pacientes de ambos os sexos (52
(1988)13 Homens: P (kg)= [0,98 x CP(cm)] + mulheres e 48 homens) com idade média de 48
[1,16 x AJ (cm)] + [1,73 x CB (cm)] anos, de
+ [ 0,37 x PCSE (mm)]-81,69 Ohio, Estados anos (± 18 anos), do Hospital Universitário da Fa-
Unidos. culdade de Medicina de Ribeirão Preto14, São Paulo.
I – [0,5030 x CB (cm)] +[ 0,5634 Observou-se alta concordância entre as equações
x CA (cm)] + [1,318 x CP (cm)] + na obtenção de peso, e a equação III, que utilizou
[0,0339 x PCSE (mm)] - 43,156 173 mulheres
e 195 homens como variáveis a circunferência do braço, circun-
Rabito II – [0,4808 x CB (cm)] + [0,5646
com idade ferência abdominal e circunferência da panturilha,
et al. x CA (cm)] + [1,316 x CP (cm)] –
entre 32 e 66 foi a que possuiu maior correlação com o peso real
(2006)8 42,2450
anos, de São
III – [0,5759 x CB (cm)] + [0,5263 Paulo, Brasil. dos pacientes. A equação III apresentou resultados
x CA (cm)] + [1,2452 x CP (cm)] – estatisticamente similares aos obtidos a partir da
[4,8689 x (sexo)*] - 32,9241
fórmula proposta por Chumlea et al.13 evidencian-
do alta concordância entre essas equações14.
P = peso, CP = circunferência da panturrilha, AJ = altura do joelho, CB
= circunferência do braço, PCSE = prega cutânea subescapular, CA =
circunferência abdominal. Outro estudo avaliou a concordância entre os pe-
* Fator de multiplicação de acordo com o sexo: 1 para o sexo masculino e sos obtidos utilizando-se as fórmulas de Chumlea
2 para o sexo feminino. et al.13 e Rabito et al.8. A amostra dessa pesquisa
foi composta de 121 pacientes adultos e idosos, de
As fórmulas para estimativa de peso desenvolvidas ambos os sexos da Clínica Médica do Hospital Re-
por Chumlea et al. em 1988, foram as primeiras gional da Asa Norte, Brasília15. Observou-se que os
a serem elaboradas a partir de medidas corporais dois métodos superestimaram os valores reais de
consideradas indicadores da composição corporal peso, apesar de boa concordância entre as equa-
como circunferências e dobras cutâneas. Até então ções, exceto para o grupo de adultos do sexo mas-
a estimativa de peso era feita considerando apenas culino. Os resultados obtidos por Chumlea et al.13
o sexo, a altura e a idade, dessa forma, limitando a se aproximaram mais do peso real, com destaque
avaliação da variação do peso, uma vez que esses para o sexo feminino enquanto que os pesos obti-
dados não contemplam as mudanças na composi- dos usando as fórmulas de Rabito et al.8 chegaram
ção corporal. Outra desvantagem das fórmulas pre- a superestimar em 10,25 kg ± 4,66 e 5,2 kg ± 9,63,
ditivas anteriores era a dependência de aferição da o peso em idosos e adultos, respectivamente15.
altura, medida que pode ser realizada através de
métodos diretos e com altura recumbente, porém Sampaio et al.7 e Dock-Nascimento et al.16 ao estu-
nem sempre pode ser feita adequadamente em in- darem uma amostra de indivíduos hospitalizados
divíduos amputados ou com deformidades ósseas13. em Fortaleza e no Mato Grosso, respectivamente,
também observaram valores médios de pesos esti-
Diante disso, Chumlea et al.13, utilizaram medi- mados por Chumlea et al.13 próximos aos valores
das de altura do joelho, circunferência do braço reais, mostrando a eficácia da predição de peso
e panturrilha, dobras cutâneas triciptal e subesca- dessas fórmulas, mesmo para indivíduos adultos,
pular, as quais são recomendadas para avaliação apesar de terem sido desenvolvidas para idosos.
antropométrica e possíveis de serem realizadas em
indivíduos que não deambulam. Foram obtidas Dock-Nascimento et al.16 encontraram que o peso
fórmulas preditivas utilizando duas, três ou qua- real e o estimado pela fórmula de Chumlea13 apre-
tro dessas variáveis a fim de proporcionar o uso sentaram boa correlação, sendo a diferença média
das fórmulas de acordo com a possibilidade de entre o peso real e estimado de + 4,5 kg. Porém
obtenção das medidas antropométricas. Contudo, em Viçosa-MG, Rezende17 observou que o peso
a validação feita pelo próprio autor em duas amos- estimado pela fórmula de Chumlea et al.13 diferiu
tras independentes mostrou que os pesos obtidos significativamente do peso real.
a partir da equação com quatro variáveis (Tabela

344 Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350


Estimativa de peso, altura e IMC

Estimativa de altura Homens brancos: A (cm) = 78,31+[1,94


Com relação às equações para estimativa de altu- x AJ (cm)]-[0,14 x I (anos)]. EPI = 3,74
ra, foram encontrados nove trabalhos realizados a cm. 4.750 homens e
partir da população americana e um trabalho da Homens negros: A (cm) = 79,69+[(1,85 mulheres, idosos,
x AJ (cm)]-[0,14 x I (anos)]. EPI = 3,81 com idade
Organização Mundial da Saúde (OMS)18, que ape- cm. superiro a 60 anos,
sar de não citar a população estudada foi incluído Homens mexicanos: A (cm) = não hispânicos
por ser muito empregado na prática clínica. Na Chumlea
82,77+[1,83 x AJ (cm)]-[0,16 x I (anos)]. e mexicanos,
Tabela 2 estão apresentadas as equações e as carac- EPI = 3,89cm. negros e brancos,
et al.
Mulheres brancas: A (cm) = selecionados do
terísticas das respectivas populações (tamanho da (1998)24 third National
82,21+[1,85 x AJ (cm)]-[0,21 x I (anos)].
amostra, sexo, idade, nacionalidade e etnia). EPI = 3,98 cm. Health and
Mulheres negras: A (cm) = 89,58+[1,61 Nutrition
Tabela 2 x AJ (cm)]-[0,17 x I (anos)]. EPI = 3,83 Examination
cm. Survey (NHANES
Fórmulas para estimativa de altura corporal obtidas a partir da
Mulheres mexicanas: A (cm) = III)
população americana.
84,25+[1,82 x AJ (cm)]-[0,26 x I (anos)].
EPI = 3,78 cm.
Autores Fórmulas para estimativa de altura População Organização
Mundial de
236 homens e A (m) = 0,73 x [2 x E/2 (m)] + 0,43 Não citada
Mulheres: A (cm) = 84,88+[1,83 x AJ Saúde-OMS
Chumlea mulheres brancos,
(cm)]-[0,24 x I (anos)] (1999)18
et al. com idade entre
Homens: A (cm) = 60,65+[2,04 x AJ 65 e 104 anos de Povos hispânicos:
(1985)19
(cm)] Ohio, EUA. Homens: A (cm) = 70,28 + [1,81 x AJ 569 homens e
(cm)] mulheres, idosos,
1001 homens Homens: A (cm) = 76,02 + [1,79 x AJ com idade entre
Mulheres brancas: A (cm) = 75+[1,91 x e mulheres (cm)]-[0,07 x I (anos)] 60 e 92 anos,
AJ (cm)]-[0,17 x I (anos)].EPI = 8,82 cm. brancos e negros hispânicos (58%
Mulheres: A (cm) = 59,29 + [1,92 x
Homens brancos: A (cm) = 59,01+[2,08 selecionadas AJ (cm)] de Porto Rico e
Chumlea
x AJ (cm)]. EPI= 7,84 cm. no NHES 48% de outros
et al. Mulheres: A (cm) = 68,68 + [1,90 x AJ
Mulheres negras: A (cm) = 58,72 + (National Health Bermúdez (cm)]-[0,123 x I (anos)] hispânicos,
(1992)20 Examination et al. incluindo
[1,96 x AJ (cm)]. EPI = 8,26 cm.
Survey) com idade (1999)25 Povos de Porto Rico: dominicanos,
Homens negros: A (cm) = 95,79 + [1,37
entre 60 e 80 anos, Homens: A (cm) = 53,42 + [2,13 x AJ cubanos e outros
x AJ (cm)]. EPI = 8,44 cm.
EUA. (cm)] povos latino-
5.415 homens e Homens: A (cm) = 52,95 + [2,13 x AJ americanos),
Mulheres brancas: A (cm)= 70,25 + (cm)]-[0,006 x I (anos)] selecionados do
[1,87 x AJ (cm)]-[0,06 x I (anos)]. EPI= mulheres, negros
e brancos,adultos Mulheres: A (cm) = 55,98 + [1,99 x Massachusetts
3,60 cm.
AJ (cm)] Hispanic Elders
Mulheres negras: A (cm)= 68,1+ [1,86 x com idade entre Study (MAHES).
Chumlea et Mulheres: A (cm) = 66,80 + [1,94 x AJ
AJ (cm)]-[0,06 x I (anos)]. EPI = 3,80 cm. 18 e 60 anos
al. (1994)21 selecionados (cm)]-[0,123 x I (anos)]
Homens brancos: A (cm)= 71,85 + no NHES
[1,88 x AJ (cm)]. EPI = 3,97 cm. 8. 037 homens
(National Health e mulheres,
Homens negros: A (cm)= 73,42+ [1,79 x Examination Mulheres: A (cm) = 106,0251 + [1,1914 idosos, com idade
AJ (cm)]. EPI = 3,60 cm. Survey), EUA. x AJ (cm)] – [0,1539 x I (anos)] superior a 60
72 homens e Mulheres: A (cm) = 94,0667 + [1,2110 anos, de ambos os
Palloni e
mulheres, com x AJ (cm)] sexos, hispânicos
Guend
idade entre Homens: A (cm) = 105,9638 + [1,2867 latino-americanos
Homens: A (cm) = [72,803 +1,830 AJ (2005)26 das capitais
25 e 65 anos, x AJ (cm)] – [0,1030 x I (anos)]
Silveira (cm)] da Argentina,
internados no Homens: A (cm) = 98,1691 + [1,2948
e Silva Barbados, Brasil,
Mulheres: A (cm) = 51,875 + 2,184 Hospital da x AJ (cm)]
(1994)22 Chile, Cuba,
AJ (cm)] Clínicas da
Universidade México e Uruguai.
Católica de Pelotas, 368 homens e
Brasil. I – 58,045 - 2,965 x (sexo) - 0,07309 x
*
mulheres, com
Rabito et al. I (anos) + 0,5999 x CuB + 1,094 x E/2
Homens: A (cm)= 59,678 + [2,279 x idade media de 49
(2006)8 II – 63,525 - 3,237 x (sexo)* - 0,06904 x anos ± 17 anos,
AJ (cm)]
I + 1,293 x E/2
Homens: A (cm)= 64,048 + [2,257 x AJ 180 homens e Brasil.
Hernández (cm)]-[0,07455 x I (anos)] mulheres adultos,
et al. com idade entre A = altura, AJ = altura do joelho, I = idade
(1995)23 Mulheres: A (cm)= 65,591 + [2,059 x 30 e 59 anos, EPI = erro padrão individual.
AJ (cm)] venezuelanos. A = altura, AJ = altura do joelho, I = idade, CuB = cumprimento do braço,
Mulheres: A (cm)= 70,005 +[2,071 x AJ E/2 = meia envergadura do braço.
(cm)]-[0,112 x I (anos)] EPI= erro padrão individual.
* Fator de multiplicação de acordo com o sexo: 1 para o sexo masculino e
2 para o sexo feminino.

Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350 345


Monteiro RSC et al.

Assim como na estimativa de peso, Chumlea et Sampaio et al.7 compararam a altura estimada a
al.19 foram pioneiros na realização de estudos para partir da equação proposta por Chumlea et al.19
obtenção de fórmulas preditivas de altura através com as medidas de forma direta em pacientes
da altura do joelho (Tabela 2). O primeiro traba- adultos e idosos, de ambos os sexos. Os resulta-
lho foi realizado na década de 80 com uma pe- dos demonstraram que as fórmulas exibem boa
quena amostra de idosos brancos, provenientes correlação com as medidas diretas, em ambas as
de instituições de abrigo dos EUA. Observou-se faixas etárias, embora haja grandes discrepâncias
nesse estudo que a altura do joelho era a medida nas medidas obtidas. Observou-se que altura foi
que melhor se correlacionava com a altura, evi- superestimada em 5,23 cm e 4,74 cm nos indiví-
denciando superioridade em relação ao cumpri- duos adultos e idosos respectivamente. O mesmo
mento do braço anteriormente recomendada por foi encontrado em estudo semelhante em que os
Mitchell e Lipschitz27 como método preditivo17. valores obtidos por Chumlea et al.19 superestima-
ram as medidas reais de altura tanto em adultos
No mesmo estudo, os autores encontraram que a quanto em idosos, sendo que no sexo feminino os
altura do joelho não se correlacionava com a ida- valores foram consideravelmente discrepantes, +
de na população masculina, enquanto que para 4,06 cm e 7,87 cm para adultas e idosas brasilei-
o sexo feminino houve uma correlação negativa ras, respectivamente15. Dock-Nascimento et al.16
e significativa. Concluiu-se também que essa me- utilizando a mesma fórmula em indivíduos adul-
dida feita em pacientes em decúbito dorsal é mais tos brasileiros encontraram boa correlação entre
fidedigna do que a realizada com o paciente sen- a altura aferida e estimada, com diferença média
tado19. de + 0,5 cm.

Outras fórmulas preditivas foram desenvolvidas Já Silveira et al.22 em seu trabalho com adultos
pelos mesmos autores20,21,24, as quais se diferen- em Pelotas- RS, com idade variando de 25 e 59
ciam pela população utilizada para a obtenção anos, constataram que a altura foi superestimada
das mesmas, como apresentado na Tabela 2. Se- na população feminina, enquanto que para o sexo
gundo Chumlea et al.24 as equações desenvolvi- masculino não houve diferença significativa. O
das a partir de uma amostra nacionalmente re- mesmo foi encontrado ao se estudar outra popula-
presentativa aumenta a precisão da estimativa de ção de indivíduos adultos saudáveis em São Paulo,
altura na população em geral, além de reduzir os com idade variando entre 20 e 59 anos em que a
erros inerentes a especificidade da amostra. Res- altura das mulheres foi superestimada em 5,6%29.
saltam ainda que para maior acurácia na predi- Vale ressaltar que essa diferença encontrada no
ção de altura é importante que a altura do joelho sexo feminino pode ser explicada pela diferença
aferida esteja entre os valores médios daqueles de idade entre a população usada para predizer a
obtidos a partir da população usada para desen- fórmula (idosos > 65 anos) e a população usada
volver a fórmula20. Deve-se considerar também nos estudos citados, uma vez que Chumlea et al.19
a margem de erro das equações, principalmen- concluíram que a idade tinha correlação significa-
te porque as medidas usadas para predizê-las tiva e negativa com a altura em mulheres.
são feitas em indivíduos que deambulam, assim
quando essas são realizadas em pacientes com Observou-se que quando as equações foram utili-
dificuldade de locomoção podem proporcionar zadas em população com características próximas
maior discrepância entre a estatura real e a esti- daquela que a originou a diferença entre a altura
mada21. No entanto, os estudos publicados nem estimada e real foi minimizada. Um estudo avaliou
sempre informam estes valores. Alguns estudos a aplicabilidade das equações de Chumlea et al.19
realizados por Chumlea et al. descreveram essas e Chumlea et al.24 feitas para idosos dos EUA de
margens de erros (erro padrão individual- EPI) origem hispânica e não hispânica em uma popu-
para estimativa de altura como descrito na Tabela lação com características semelhantes e observou
220,21,24. que a diferença entre a altura estimada e real foi
de + 0,1 cm e + 1,7 cm para homens e mulheres,
A aplicabilidade das fórmulas de Chumlea et al. respectivamente, para primeira fórmula e de + 2,8
em outras populações é controversa. Estudos que cm para homens e + 2,1 cm para mulheres para
compararam a altura estimada com a altura real segunda fórmula. Quando as mesmas equações
têm mostrado que há uma superestimação dessa foram usadas em uma população de etnia dife-
medida tanto em adultos quanto em idosos, inde- rente, houve uma superestimativa média de 5 cm,
pendente do sexo7,15,16,22,25,28. para ambos os sexos25.

346 Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350


Estimativa de peso, altura e IMC

A influência étnica e geográfica na altura dos in- segundo a metodologia descrita por Chumlea et
divíduos é bem documentada na literatura20,24,30,31, al.19. Observou-se que quando a altura do joelho
bem como as diferenças no comprimento dos seg- obtida com fita métrica era usada em equações
mentos corporais de acordo com a etnia, eviden- como as de Chumlea, prática comum na área clí-
ciando que há especificidade étnica nas equações nica, produzia erros na estimativa da altura, com
baseadas na altura do joelho24. Isso tem levado menores coeficientes de correlação com a altura
pesquisadores a desenvolverem equações especí- real. Por isso, foram propostas equações a partir
ficas para suas populações com finalidade de re- da altura do joelho aferida com fita métrica, as
duzir o erro na estimativa de altura. mesmas tiveram boa validade preditiva com erro
menor do que 2,44 cm23.
Silveira e Silva 22 propuseram uma adaptação
da fórmula de Chumlea et al.19 a partir de uma Além da altura do joelho, outras medidas são
população de adultos de Pelotas-RS (Tabela 2) e usadas para estimar a altura. No Brasil, foram
observaram alturas bem mais próximas das reais, realizados estudos por Rabito et al.8,14 para ob-
contudo outros estudos avaliando a aplicabilidade tenção e validação de equações de estimativa
dessas fórmulas não foram encontrados. de altura específicas para a população brasileira
maior que 18 anos utilizando como segmentos
As fórmulas elaboradas a partir de indivíduos his- corporais a meia envergadura e cumprimento do
pânicos norte-americanos foram validadas e mos- braço. Foram obtidas duas equações (Tabela 2),
traram-se eficazes para predição de altura nessa sendo a equação I, que utilizou o comprimento
população, não havendo diferença estatística entre do braço, a que apresentou melhor concordância
os dados reais e estimados25. Quando utilizadas com a altura real. Quando utilizada para predi-
em outra população de idosos, também de origem zer a altura de adultos e idosos, as fórmulas de
hispânica, do nordeste dos Estados Unidos, as fór- Rabito et al.8 subestimaram as medidas no sexo
mulas obtiveram valores superestimados de altura masculino tanto para idosos quanto para adul-
em 2,4 cm para homens e 1,6 cm para mulheres, tos, contudo foram mais precisas para população
contudo, a diferença entre as medidas reais e es- adulta de ambos os sexo quando comparada com
timadas não foi estatisticamente significativa. No as obtidas de Chumlea et al. em 198519. Houve
mesmo estudo, observou-se que a tendência de concordância moderada entre as equações desses
superestimar a altura ao se utilizar essas fórmulas autores15. Quando o paciente apresenta algum
pode ser explicada pelo fato de haver alterações grau de comprometimento da mobilidade, o uso
de postura nos idosos influenciando na sua altura das equações dos dois autores é limitado. As de
real o que os diferem da população usada para Chumlea et al.19 possuem emprego limitado na-
predizer a fórmula que normalmente não apresen- queles que possuem deficiência de mobilidade
ta alteração aparente de postura32. nos membros inferiores, e as de Rabito et al.8
possuem utilização comprometida quando a de-
Um estudo feito com metodologia semelhante a ficiência é nos membros superiores, contudo as
de Chumlea et al. a partir da população latino- equações dos últimos autores possuem medidas
-americana, obteve equações específicas para mais fáceis de serem feitas por necessitarem ape-
negros, mestiços, mexicanos, mulatos e brancos, nas de fita métrica.
considerando também o sexo dos indivíduos. As
fórmulas gerais resultantes desse trabalho, de- Outra equação encontrada que utiliza a meia
monstradas na Tabela 2, foram elaboradas a partir envergadura do braço para estimar a altura foi
de toda a população do estudo, ou seja, engloba as a proposta pela OMS18. A população usada para
diferentes etnias da amostra. Contudo os autores predizer essa fórmula, bem como a metodologia
recomendam que seja considerada a etnia ao se usada para obtenção da mesma não foi elucidada,
utilizar as fórmulas, sobretudo a diferença entre todavia é interessante citá-la devido a sua utiliza-
negros e brancos. As equações tiveram boa vali- ção frequente na prática clínica. Embora poucos
dade preditiva26. trabalhos que avaliam sua aplicabilidade tenham
sido encontrados na literatura, um estudo realiza-
As equações propostas por Hernández et al.23 (Ta- do com pacientes adultos e idosos do Hospital de
bela 2) se diferem das demais equações de estima- Clínicas de Porto Alegre/RS encontrou boa corre-
tiva de altura pela técnica usada para aferição da lação entre a altura estimada por esse método e
altura do joelho. Na maioria dos trabalhos, a altu- altura real (r = 0,832), a diferença média foi de
ra do joelho é aferida utilizando um antropômetro, 3,3 cm33.

Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350 347


Monteiro RSC et al.

Dentre os estudos realizados com população eu- preditiva por meio destes dados analisados, con-
ropéia incluídos neste trabalho34,35,36 destacamos o forme apresentado a seguir:
de Hickson et al.34, no qual compararam a utiliza-
ção da altura do joelho proposta por Chumlea18, IMC = -7,527 + [0,628 x diâmetro da cintura
envergadura do braço35,36 e meia envergadura do (cm)] + [0,387 x diâmetro do quadril (cm)]
braço37 para estimativa de altura em pacientes
idosos ingleses; e observaram que o coeficiente de Houve correlação positiva entre a escala de figu-
correlação foi de r = 0,89, r = 0,87 e r = 0,86,res- ras e o IMC objetivo (obtido a partir das medidas
pectivamente, e que a altura obtida a partir da antropométricas aferidas), bem como das medi-
altura do joelho foi a que apresentou menor dife- das dos diâmetros, sendo o diâmetro da cintura
rença média (-0,6 cm). em relação ao diâmetro do quadril, a variável que
melhor se correlacionou com o IMC. Dentre os
Em suma, é possível observar, a partir dos estu- parâmetros avaliados a escala de figuras foi a que
dos apresentados, que os trabalhos que avaliaram apresentou melhor correlação positiva, sendo in-
a aplicabilidade das fórmulas de Chumlea et al. dicada como um bom instrumento para predição
tanto em idosos quanto em adultos geralmente de IMC.
utilizaram a equação elaborada em 1985 a par-
tir de idosos brancos dos EUA. Isso pode explicar Não foram feitos outros estudos para validar a
parcialmente a dificuldade de se concluir acerca escala de figuras e a fórmula apresentada em ou-
da eficácia dessas fórmulas para estimar a altura tras populações, além de não ter sido elucidado
em outras populações. Como há outras equações no trabalho supracitado a metodologia usada para
elaboradas por esses autores, usando amostras obtenção dos diâmetros do quadril e cintura, bem
com diferentes etnias e idades, é importante iden- como a origem da escala de figuras utilizada, a
tificar qual delas é mais indicada para o grupo po- qual não foi encontrada na referência original ci-
pulacional que se deseja estudar. tada, tornando o mencionado artigo de difícil re-
produtibilidade.
Mesmo com essas limitações, as fórmulas elabora-
das por Chumlea et al. são as que possuem maior São necessários novos estudos para complemen-
número de trabalhos avaliando sua aplicação, por- tar esse método preditivo com intuito de torná-lo
tanto, sabe-se que há possibilidade de superesti- um parâmetro eficaz na avaliação nutricional na
mar a altura ao utilizá-las. prática clínica.

Embora tenha sido mostrada a superioridade da


altura do joelho na estimativa de altura, na po- CONCLUSÕES
pulação brasileira as equações que utilizam cum-
primento e envergadura do braço mostraram boa Dentre as equações existentes para estimar peso,
correlação entre os valores reais e estimados8. Vale as elaboradas por Chumlea et al., desenvolvidas
ressaltar a importância de se observar a técnica para população idosa norte-americana também
de aferição das medidas preconizada pelos autores apresentam melhor aplicabilidade em adultos, de
das equações. ambos os sexos.

Existem diversas fórmulas para estimar altura,


Estimativa de IMC desenvolvidas a partir da população americana.
Estudos sobre estimativa de IMC são escassos na Isso faz com que seja necessário maior critério
literatura. Foi encontrado apenas um trabalho re- para definir qual equação utilizar. Os estudos
alizado por Fogaça e Oliveira3 com 124 pacientes apresentados reforçam a importância de se co-
de ambos os sexos, com idades entre 18 e 82 anos, nhecer as características da população usada para
internados na clinica médica de um hospital de predizer as fórmulas, bem como a necessidade de
Piracicaba- SP. Os autores avaliaram o uso de uma se observar as técnicas de aferição de medidas
escala de 9 figuras como ferramentas para a esti- empregadas pelo autor. Não foi estabelecida uma
mativa do IMC dos pacientes. Avaliaram também fórmula ideal para estimativa de altura em indi-
correlações das medidas de largura do ombro e víduos brasileiros.
diâmetros da cintura e do quadril com o IMC, por
serem medidas que poderiam ser viabilizadas em Em relação a estimativa de IMC foi encontrado
pacientes acamados e propuseram uma fórmula um único estudo, o qual encontrou melhor cor-

348 Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350


Estimativa de peso, altura e IMC

relação entre o IMC objetivo e o estimado a partir 10. Maicá AO, Schweigert ID. Avaliação nutricional em
da escala de figuras. pacientes graves. Revista Brasileira de Terapia In-
tensiva. 2008; 20(3): 286-295.
Ademais, são necessários mais estudos para vali-
dar métodos de estimativa de peso, altura e IMC 11. Bloomfield R, Steel E, Maclennan G, Noble DW.
para a população brasileira. Accuracy of weight and height estimation in an in-
tensive care unit: implication for clinical practice
and research. Critical Care Medicine. 2006; 34(8):
REFERÊNCIAS 2153-2157.

1. Rezende IFB, Araújo AS, Santos MF, Sampaio LR, 12. Leary TS, Milner QJW, Niblett DJ. The accuracy of
Mazza RPJ. Avaliação muscular subjetiva como parâ- estimation of body weight and height in the inten-
metro complementar de diagnóstico nutricional em sive care unit. European Journal of Anaesthesiology.
pacientes no pré-operatório. Revista de Nutrição da 2000; 17(11): 698-703.
PUCCAMP. 2007; 20(6): 603-613.
13. Chumlea WC, Guo S, Roche AF, Steinbaugh ML.
2. Waitzberg DL, Caiaffa WT, Correia MITD. Hospital Prediction of body weight for the nonambulatory
Malnutrition: The Brazilian National Survey (IBRA- elderly from anthropometry. Journal of American
NUTRI): a study of 4000 patients. Nutrition. 2001; Dietetic Association. 1988; 88(5):564-8.
17 (7/8): 573-580, 2001.
14. Rabito EI, Mialich MS, Martinez EZ, Garcia RWD,
3. Fogaça KC, Oliveira MRM. Escala de figuras Aplica- Jordão AA, Marchini JS. Validation of predicitive
das à Avaliação Subjetiva do IMC de Pacientes Aca- equations for weight and using a metric tape. Nu-
mados. Saúde em Revista. 2003; 5(10): 35-41. tricion Hospitalaria. 2008; 23(6):614-618.

4. Kamimura MA, Baxmann A, Sampaio LR, Cuppari 15. Silva-Neto AV, Almeida DA, Mendonça DM, Al-
L. Avaliação Nutricional. In: Cuppari L. Guia de Me- buquergue CRS. Estimativa de peso e altura em
dicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/Escola pacientes hospitalizados: concordância e correla-
Paulista de Medicina. Nutrição clínica no adulto. São ção entre dois métodos preditivos [monografia].
Paulo: Manole, 2 edição. 2005; 89-115. Especialização em Nutrição Clínica. Programa de
Residência em Nutrição Clínica/Hospital Regional
5. Passoni CRMS. Antropometria na prática clínica. da Asa Norte Fundação de Ensino e Pesquisa em
RUBS (Curitiba). 2005; 1(2): 24-31. Ciências da Saúde; 2007.

6. Fontanive R, De Paula TP, Peres WAF. Avaliação da 16. Dock-Nascimento DB, Aguilar-Nascimento JE, Costa
Composição Corporal de Adultos. In: Duarte ACG. HCBAL, Vale HV, Gava MM. Precisão de métodos de
Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e laborato- estimativa do peso e altura na avaliação do estado
rias. São Paulo: Atheneu. 2007, p. 41-63. nutricional de pacientes com câncer. Revista Brasilei-
ra de Nutrição Clínica. 2006; 21(2): 111-116.
7. Sampaio HAC, Melo MLP, Almeida PC, Benevides
ABP. Aplicabilidade das fórmulas de estimativa de 17. Rezende FAC. Comparação de métodos para esti-
peso e altura para idosos e adultos. Revista Brasileira mativa de peso, altura e composição corporal de
de Nutrição Clínica. 2002; 17: 117-121. homens adultos [dissertação]. Universidade Fede-
ral de Viçosa, Minas Gerais; 2006.
8. Rabito EL, Vannucchi GB, Suen VMM, Castilho Neto
LL, Marchini JS. Weight and height prediction of 18. Organização Mundial da Saúde. Manejo da desnu-
immobilized patients. Revista de Nutrição da PUC- trição grave: um manual para profissionais de saúde
CAMP. 2006; 19(6): 655-661. de nível superior (médicos, enfermeiros, nutricio-
nistas, e outros) e suas equipes de auxiliares. Ge-
9. Fontoura CSM, Cruz DO, Londero LG, Vieira RM. nebra, Md: Organização Mundial de Saúde; 1999.
Avaliação nutricional de paciente crítico. Revista Bra-
sileira de Terapia Intensiva. 2006; 18(3): 298-306. 19. Chumlea WC, Roche AF, Steinbaugh ML. Estima-
ting stature from knee height for persons 60 to 90
years of age. Journal of the American Geriatrics So-
ciety. 1985; 33(2):116-20.

Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350 349


Monteiro RSC et al.

20. Chumlea WC, Guo S. Equations for predicting sta- 28. Plaza VP. Talla en ancianos venezolanos estimada
ture in white and black elderly individuals. Journal por media brazada y altura de rodilla: height esti-
of Gerontology: Biological Sciences. 1992; 47(6): mation from demi-span and knee height in the Ve-
M197-M203. nezuelan elderly. Anales Venezolanos de Nutrición.
1996; 9 (1): 27-31.
21. Chumlea WC, Guo SS, Steinbaugh ML. Prediction
of stature from knee height for black and white 29. Righi CGB, Ruotdo F. Estimativa da estatura por
adults and children with application to mobility- Chumlea na prática clínica [monografia]. Hospital
-impaired or handicapped persons. Journal of Ame- Sírio Libanês; 2001.
rican Dietetic Association. 1994; 94(12):1385-8.
30. Kuczmarski RJ. Need for body composition infor-
22. Silveira DH, Assunção MCF, Barbosa e Silva MCG. mation in elderly subjects. American Journal of Cli-
Determinação da estatura de pacientes hospitaliza- nical Nutrition. 1989; 50(suppl): 1150S-1157S.
dos através da altura do joelho. Jornal Brasileiro de
Medicina. 1994; 67 (2): 176-180. 31. Launer LJ, Harris T. Weight, height and body mass
index distributions in geographically and ethnically
23. Hernández CG, Calderón GR, Hernández RA. Es- diverse sample of older persons. Age Ageing. 1996;
timación de la estatura a partir de la longitude de 25(4): 300-306.
pierna medida con cinta métrica. Nutrición Hospi-
talaria. 2005; 20(5): 358-363. 32. Bennúdez OL, Tucker KL. Uso de la altura de ro-
dilla para corregir la talla de ancianos de origem
24. Chumlea WC, Guo S, Wolihan K, Cockran D, Ku- hispano. Archivos Latinoamericanos de Nutrición.
czmarsk RJ, Johnson CL. Stature prediction equa- 2000; 50(1): 42-47.
tions for elderly non-hispanic white, non-hispanic
black, and mexican-american person developed 33. Beghetto MG, Fink J, Luft VC, Mello ED. Estimates
from NHANES III data. Journal of American Diete- of body height in adults inpatients. Clinical Nutri-
tic Association. 1998; 98(2):137-142. tion. 2006; 25(3): 438-443.

25. Bermúdez OI, Becker EK, Tucker KL. Development 34. Hickson M, Frost GA comparision of three methods
of sex-especific equations for estimating stature of for estimating height in the acutely ill elderly po-
frail elderly Hispanic living in the northeasterm pulation. Journal of Human Nutrition Dietetics.
United State. The American Journal of Clinical Nu- 2003; 16(1):13-20.
trition. 1999; 69(5): 992-998.
35. Haboubi NY, Hudson PR, Pathy MS. Measurement
26. Palloni A, Guend A. Stature prediction equation for of height in the elderly. Journal of the American Ge-
elderly hispanic in latin american countries by sex riatrics Society. 1990; 38(9): 1008-1010.
and ethnic background. Journal of Gerontology:
Medical Sciences. 2005; 60A(6): 804-810. 36. Kwok T, Whitelaw MN. The use of armspan in nu-
tritional assessment of the elderly. Journal of the
27. Mitchell CO, Lipschitz DA. Arm lengh measure- American Geriatrics Society. 1991; 39(5): 492-496.
ment as an alternative to height in nutritional as-
sessment of the elderly. Journal of Parenteral and 37. Bassey, EJ. Demi-span as a measure of skeletal size.
Enteral Nutrition. 1982 6(3): 226-229. Annals of Human Biology. 1986; 13(5): 499-502.

350 Com. Ciências Saúde. 2009;20(4):341-350

Você também pode gostar