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DISCIPLINA DE NUTRIÇÃO
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é dependente de vários factores (Fig. 1). A ingestão de nutrientes depende
tanto de factores associados aos alimentos quanto daqueles relacionados à
digestão e a absorção. A demanda de nutrientes cobre as necessidades
básicas do corpo, mesmo para períodos de crescimento e de
desenvolvimento, como infância, adolescência e gestação. Situações
especiais como stress fisiológico, febres, infecção e doenças, podem
alterar, significativamente, as necessidades de um indivíduo.
Antopométria
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A partir da observação de medidas antropométricas de indivíduos
considerados normais (que vivam em condições sócio-econômicas-culturais
e ambientais satisfatórias ao pleno desenvolvimento de seus potenciais de
saúde e nutrição), chega-se ao estabelecimento da distribuição das
medidas antropométricas normais de uma população. (padrões de
normalidade e referência).
Padrões de referência:
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da Saúde (OMS) e também devido ao fato de que não existe outro padrão
de referência mais adequado e completo à população brasileira.
Medidas
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Estas medidas usadas isoladamente ou combinadas, quando comparadas
com determinados parâmetros, constituem um indicador do estado
nutricional que possibilitam identificar e quantificar a natureza e a
gravidade das patologias nutricionais.
PESO:
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Peso usual é utilizado como referência na avaliação das mudanças
recentes de peso e em casos de impossibilidade de medir o peso actual.
Geralmente é o peso que se mantém por maior período de tempo.
A= Altura
Onde:
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É utilizada em adultos a partir de 18 anos de idade. Utiliza a relação (R)
entre a estatura (E) e o perímetro/circunferência de pulso (PP). A partir do
cálculo da compleição pode se avaliar a estrutura física do indivíduo e
então se classifica o seu estado nutricional.
E(cm)
R=
PP(cm)
Circunferência de pulso
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c) Fórmula de Lorentz:
PI = (A-100) – (A-150)
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Homens = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PSE) - 81,69
Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x PSE) - 62,35
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Onde: CP = circunferência da panturrilha (cm); CB = circunferência do
braço (cm)
AJ = Altura dos joelhos (cm); PSE = prega subescapular (mm)
Peso ajustado = (peso ideal - peso atual) x 0,25 +/- peso actual
Mão 0,8%
Antebraço 2,3%
Braço até o ombro 6,6%
Pé 1,7%
Perna abaixo do joelho 7,0%
Perna acima do joelho 11,0%
Perna inteira 18,6%
ALTURA:
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É uma medida que expressa o processo de crescimento linear do corpo
humano.
a) A pessoa deve estar sem calçados, com roupas leves, sem adornos na
cabeça e nos bolsos;
b) A pessoa deve ser posicionada à superfície de uma parede lisa, sem
roda pés em cinco pontos: calcanhares, panturrilha, nádegas, clavícula e
região occipital;
c) Posicionar a cabeça segundo o plano de Frankurt:
Estimativa de altura:
Medida pela distância entre as pontas dos dedos médios quando os braços
estiverem abertos no nível dos ombros. A medida corresponde à estimativa
de estatura do indivíduo.
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c) Estatura Recumbente:
Dobras cutâneas
_ Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos
polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado.
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_ A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a
3 segundos.
Circunferências
As circunferências predizem gordura corporal e analisam os padrões de
distribuição dessa gordura. As circunferências que podem ser mensuradas
são: pescoço, tórax, cintura, abdómen, quadril, coxa, panturrilha, braço,
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antebraço e punho. A relação das circunferências da cintura e do quadril
(C/Q) pode ser usada para identificação do risco de doença cardiovascular
(REZENDE, 2007).
a) Circunferência do braço:
b) Circunferência da cintura:
c) Circunferência do quadril:
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AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES:
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IMC (kg/m²) Estado Nutricional
< 16,0 Magreza grau III
16,0 – 16,9 Magreza grau II
17,0 – 18,4 Magreza grau I
18,5 – 24,9 Eutrofia
25,0 – 29,9 Pré- obeso
30,0 – 34,9 Obesidade grau I
35,0 – 39,9 Obesidade grau II
40,0 Obesidade grau III
Bio- impedância
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Apesar de ser um método com boa validação científica, não invasivo,
prático, simples e de fácil manejo, existem alguns pré-requisitos para que
seu resultado seja fidedigno, dependendo de grande cooperação do
avaliado.
Indicadores clínicos
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Para algumas carências nutricionais específicas, o exame clínico torna-se
bastante objectivo, como no caso do bócio endémico, do raquitismo, da
hipovitaminose A com xeroftalmia e em outras situações de
hipovitaminose, como a pelagra. Vale ressaltar que alguns sinais clínicos
não podem ser considerados específicos de determinadas carências
nutricionais, visto que vários factores não nutricionais podem produzir
manifestações similares. Para fins diagnósticos, deve-se considerar o
conjunto de sinais que caracterizam uma síndrome carencial. Os sinais
clínicos de deficiências nutricionais devem ser confirmados com exames
laboratoriais e dados alimentares.
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Sinais físicos indicativos ou sugestivos de desnutrição
Aumento de
Aumento da tiróide Iodo tireóide por alergia
Glândulas Face não edemaciada ou inflamação
Exposição
Xerose (secura) ambiental
Vitamina A
Hiperqueratose folicular (pele em
papel de areia) Traumas físicos
Petéquias (pequenas hemorragias na
pele) Vitamina C
Dermatose pelagra (pigmentação
Niacina
Sem erupções, edema ou edematosa
Pele
manchas
avermelhada nas áreas de exposição
ao sol); Equimoses em excesso;
Dermatose cosmética descamativa;
Ácido nicotínico
Dermatoses vulvar e escrotal;
Xantomas (depósitos de gordura sob
a pele e ao redor das articulações)
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AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DO ESTADO NUTRICIONAL
Proteínas plasmáticas
Albumina
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Isto ilustra a grande sensibilidade da síntese de albumina ao conteúdo
proteico da dieta.
Normal: >3,5
Transferrina
A RBP, por apresentar a vida média de apenas algumas horas (12 horas), e
a TBPA vida média de 2 dias, têm sido sugeridas como indicadores mais
sensíveis, principalmente no reconhecimento do estágio agudo de DPC.
Além da deficiência proteica, dentre os demais factores determinantes da
diminuição do sistema de transporte do retinol plasmático estão as
doenças hepáticas, hipotireoidismo, fibrose cística do pâncreas, etc. Em
pacientes, com insuficiência renal crónica, são descritos níveis elevados
tanto de RBP, como dos parâmetros relacionados com deficiência
energética, vitamina A e zinco.
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Índice Creatinina Altura (ICA)
Minerais
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quantidade encontrada no organismo o marco divisor. Os oligo-elementos
são encontrados em quantidade menores que 100 mg/kg de peso corpóreo
total (Fe, Zn, Cu, Mn,Cr, Mo, Se, F, I, etc). Na avaliação do estado
nutricional dos minerais, vários factores são considerados, como, por
exemplo, edema e função renal. Para alguns, o Mg e o P diminuem a sua
excreção urinária com a menor oferta. Por outro lado, em estado
hipercatabólico há aumento da excreção urinária de zinco.
Níveis séricos de alguns minerais, também, podem ser usados, Entretanto,
causas inespecíficas como traumas podem originar menor valor plasmático
e falsear os resultados.
Vitaminas
As necessidades diárias de diferentes vitaminas variam grandemente, por
exemplo, a dose de Vitamina C é 50 mil vezes maior que a de Vitamina
B12. Em geral, a avaliação do estado vitamínico é feita de 2 maneiras:
pelos seus níveis plasmáticos e/ou pela medida da actividade enzimática
que tem a vitamina como co-factor. Os níveis séricos de ß caroteno,
vitamina C, B12 e de folato reflectem ingestão diária recente, enquanto as
concentrações de Vitamina C do leucócito e de folato das hemácias indicam
o estado das reservas corpóreas. A vitamina B1 é estimada pela medida da
actividade da transcetolase das hemácias e a vitamina B6 pela actividade
da enzima aspartato transaminase, também, da hemácia. Alguns factores
de coagulação são dependentes da vitamina K. É importante ressaltar que
o diagnóstico clínico das alterações do estado nutricional deve ser
conseguido com a utilização plena das etapas que compõem o exame do
paciente, ou seja, a história da moléstia actual, os antecedentes, o
histórico alimentar, o exame físico completo, os dados antropométricos e
laboratoriais. Outro aspecto é o erro da supervalorização de um dado
isolado que pode levar a conclusões e decisões inadequadas e, portanto,
deve ser evitado.
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