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RECURSO ADMINISTRATIVO
1. DOS FATOS
Ocorre que a empresa recorrida não apresentou tais documentos, e por tal motivo,
a ora recorrente impugna a declaração de vencedora da empresa em questão,
postulando a nulidade da decisão e requerendo que a segunda colocada, a ora
recorrente, seja declarada vencedora do certame público.
2. DO DIREITO
Seguindo o disposto na Carta da República, o artigo 3.º da Lei n.º 8.666/93, que
rege os processos licitatórios e de pregão, tal como o caso dos presentes autos,
estabelece de forma clara que:
É certo que esta regra não pode ser desprezada, desconsiderada ou relativizada
de acordo com a conveniência de cada licitante ou participante e, muito menos de
acordo com a conveniência da Administração Pública, da Comissão de Licitação
ou do Pregoeiro designado para tal processo licitatório.
Assim, no caso dos presentes autos o Sr. Pregoeiro e sua Comissão de Licitação,
JAMAIS PODERIA ter declarado vencedora a Recorrida para o Item 226 -
trastuzumabe da relação de medicamentos do Apêndice I Termo de Referência
do Edital Convocatório, pois a empresa Recorrida não apresentou para o referido
item, a apresentação de estudos de fase II e III
tutelar funda-se em proteger e zelar algo. Em via de regra a busca pela tutela de
direitos se dá através do Poder Judiciário. Porém, ao outorgar o direito-dever de
autotutela ao Poder Administrativo, dispensa-se a obrigatoriedade da intervenção
judicial, havendo assim, a proteção dos interesses públicos pela própria
Administração.
Ademais, o Supremo Tribunal Federal (STF) já editou a Súmula 473 sobre o tema:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
(...) nos termos do art. 4º, inciso XVIII, da Lei 10.520/2002 e dos arts. 8, inciso IV,
e 11, inciso VII, do Decreto 5.450/2005, em sede de pregão eletrônico, havendo a
interposição de recurso por parte de licitante, cabe ao pregoeiro, recebê-lo,
examiná-lo e proferir, se for o caso, juízo de retratação, encaminhando à
autoridade competente para apreciar o mérito do recurso quando mantiver sua
decisão (...) (TCU- Acórdão 8441/2013 - 1ª Câmara - Processo TC-031.343/2013-
9 - Data da Sessão: 26/11/2013)
Isto posto, o Sr. Pregoeiro tem o dever legal de retratar-se e corrigir a ilegalidade
praticada mediante a declaração como vencedor do Item 226 - trastuzumabe,
procedendo à adjudicação do referido item ao segundo colocado, ou seja, a
ONCOVIT DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA.
A esse respeito, MARÇAL JUSTEN FILHO ensina que é essencial ter em vista
que os princípios não apresentam natureza absoluta. Justamente porque traduzem
valores, seria despropositado eleger um princípio (valor) como superior e absoluto
.
3. DOS REQUERIMENTOS
Diante de todo o exposto, é o presente para REQUERER seja recebido e provido o
recurso ora aviado, com reconsideração da decisão recorrida, para que seja
desclassificada a ONCO PROD DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS
HOSPITALARES E ONCO e consequentemente declarada a retificação da ordem
de classificação, e, por consequência, como vencedora do certame e adjudicatária
do objeto do Edital, a empresa, ora recorrente, com relação ao Item 226 -
trastuzumabe, da relação de medicamentos licitados, constante do Apêndice I
Termo de Referência.
Termos em que,
Pede deferimento.