Trata-se de resposta ao pedido de esclarecimento da empresa BORTOLINI
INDÚSTRIA DE MÓVEIS LTDA. sobre dispositivos do edital e de seus anexos do
Pregão Eletrônico nº 11/2016 (SRP), sobre os quais o Pregoeiro passa a responder. Inicialmente, registro que a interessada apresentou o pedido tempestivamente, por meio do e-mail licitacao3@bortolini.com.br, datado de 26.09.2016. DO PEDIDO CONSTANTE NO ITEM 1. Acerca do esclarecimento encaminhado, concomitantemente, com pedido de alteração do edital, registramos o seguinte: O art. 43, inciso IV, da Lei nº 8.666/1993, traz que os procedimentos adotados durante o processamento licitatório é a verificação da conformidade da proposta com os requisitos do edital, que é o principal objetivo da avaliação de amostra, na medida em que se propõe a avaliar o produto ofertado na proposta. A lei nº 10.520/02, por sua vez, rege, em seu art. 9°, a aplicação acessória da Lei nº 8.666/1993, e, ainda, em seu art. 3º, inciso I, que a autoridade competente definirá os critérios de aceitação das propostas. Por outro lado, é discutível a adoção de amostras na modalidade pregão, na forma eletrônica, considerando ser um dos benefícios a sua celeridade do processo, devendo a solicitação de amostras ser exigido como último procedimento pelo pregoeiro, caso a proposta e documentos complementares não possam garantir que o produto ofertado corresponde à qualidade necessária exigida pela administração e atendimento às especificações. No campo da jurisprudência, o Egrégio Tribunal de Contas da União entende que a “exigência de amostras, quando requerida apenas do licitante classificado em primeiro lugar, é perfeitamente compatível com as peculiaridades da modalidade pregão, já que garante a presteza, a perfeição e a eficiência do procedimento sem comprometer a sua celeridade” ((Acórdão nº 2368/2013 – Plenário) e que “a solicitação de amostra na fase de classificação apenas ao licitante que se apresenta provisoriamente em primeiro lugar, ao contrário, não onera o licitante, porquanto confirmada a propriedade do objeto, tem ele de estar preparado para entregá-lo, nem restringe a competitividade do certame, além de prevenir a ocorrência de inúmeros problemas para a administração. Não viola a Lei 8.666/93 a exigência na fase de classificação de fornecimento de amostras pelo licitante que estiver provisoriamente em primeiro lugar, a fim de que a Administração possa, antes de adjudicar o objeto e celebrar o contrato, assegurar-se de que o objeto proposto pelo licitante conforma-se de fato às exigências estabelecidas no edital.” (Acórdão TCU nº 491/2005). E, ainda, que “quando entender necessária a apresentação de amostras no âmbito de licitações promovidas pela entidade, restrinja a exigência aos licitantes provisoriamente classificados em primeiro lugar, e desde que de forma previamente disciplinada e detalhada no respectivo instrumento convocatório, nos termos dos art. 45 da Lei 8.666/93 c/c o art. 4º, inciso XVI, da Lei 10.520/2002 e o art. 25, § 5º, do Decreto 5.450/2005” Acórdão TCU nº 2.139/2009 – Plenário. Pois bem, verifica-se, então, conforme constante no termo de referência, entre os itens 5.1 e 5.12, há procedimentos claros e objetivos acerca da apresentação das amostras exigidas, se for necessário, pelo pregoeiro, conforme solicitação da equipe técnica, apenas na fase de aceitação das propostas, do licitante provisoriamente vencedor. E este licitante convocado deverá, sim, conforme regras do edital, legislação e jurisprudência vigente, caso haja dúvida por parte do pregoeiro e da equipe técnica, responsável por avaliar sua proposta, apresentar catálogo/folders e, em último caso, amostra do produto ofertado, trazendo, dessa forma, garantia à administração pública quanto às informações prestadas na proposta e o atendimento às exigências editalícias. E mais, no item 6 constam também descritos os critérios adotados na apreciação das amostras. Diferentemente como afirmado pela licitante em seu pedido de esclarecimento, não consta no texto do termo de referência e do edital exigência que gere ônus desnecessários aos licitantes, nem que as amostras sejam produzidas antes da abertura do certame. Ademais, acerca da necessidade de exigência de catálogo/folders e, em último caso, amostras faz parte do momento da análise da proposta da licitante provisoriamente vencedora, não sendo cabível determinação no edital de que todas as licitantes provisoriamente vencedoras deverão apresentar amostras. Visto que a análise das propostas, caso sejam apresentadas de forma clara e objetiva, comprovada por catálogo/folders, poderá dispensar o envio das amostras. Trazendo celeridade ao certame. A solicitação de amostra é uma exceção, para o caso da administração se certificar da qualidade do produto, caso os documentos apresentados não o comprove que o mesmo atende às exigências editalícias. Ainda, em que pese o questionamento quanto ao prazo concedido para apresentação da amostra, registramos que o objetivo da licitação é a contratação da proposta mais vantajosa para a administração pública, e não prejudicar ou trazer ônus e exigências desnecessárias e que não possam ser cumpridas pelas licitantes, forçando as mesmas a cumprirem regras e prazos fora da razoabilidade e da proporcionalidade. Sendo referidos princípios utilizados em todas as decisões deste órgão, inclusive, quando da solicitação de catálogos/folders e das amostras. Sendo, então, o prazo para apresentação das amostras, caso sejam solicitadas, definido dentro da razoabilidade e da proporcionalidade que o objeto requer. Dessa forma, quanto ao questionamento constante no item 1, o pregoeiro entende que o edital está claro quanto ás exigências e sem nada que torne necessária sua alteração quanto a esse esclarecimento/pedido. DOS PEDIDOS CONSTANTES NOS ITENS 2 e 3. Acerca dos esclarecimentos apresentados pela licitante, após apreciação pela área técnica, responsável pela elaboração do termo de referência, decidimos pela procedência dos pedidos. Ficando, então, esclarecido o seguinte: para o item 7, onde se lê “NBR 13962”, leia-se “NBR 16031”; e, para os itens 15 e 16, fica excluída a exigência de que“o fornecedor deverá comprovar, seja por meio de selo, certificado, atestado, declaração ou outro documento legal, de que o Produto atende à NBR 13966 e seja compatível com a padronização ABNT”. Ressalte-se, ainda, que foram resguardados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, do julgamento objetivo, da finalidade, portanto, respeitadas as normas que regem a modalidade em comento. No entanto, considerando que as correções dos itens 7, 15 e 16 não estão relacionadas às especificações dos objetos licitados, sendo uma exigência complementar, entende-se que as correções não afetam a formulação das propostas. E, ainda, considerando que o prazo de disponibilização do esclarecimento/aviso acerca das correções cumpre o constante no § 4o do art. 17, do Decreto nº 5.450/05, torna-se desnecessária a alteração do edital e, consequentemente, a republicação do mesmo. Permanecendo o mesmo inalterado, bem como, a data e horário de realização da sessão. É como decido. Leonardo Mota Meira Pregoeiro