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de Cristo
Catedral Sagrada Família - 2006
Personagens:
Com fala:
J - Jesus: Diác. Lourenço
P - São Pedro: Sr. Dejaime
F1 - Caifás: Cavalcanti
An - Anás: Dr. Zinatto
F2 - Fariseu 02 - Sr. Toninho Ferreira
F3 - Fariseu 03 - Sr. João Sérgio
Nc - Nicodemus: Sr. Polimeni
A - Anjo: Sr. Paulo Eduardo Roque
Pi - Pilatos: Sr. Egle Pavani
Sn - Sen. Romano: Sr. Colombo
SR1 - Soldado Romano 01 - Sr. Sandro
Vr - Verônica: Da. Sandra Magossi
M - Maria: Da. Cristina Constanti
J2 - Jesus 02 - Alexandre Constanti
I - Isabel: Da. Kátia
L - Abel o Leproso: Sr. Jorge
Jq - Joaquim: Vitor
Fp - Filho Pródigo: Sr. Daniel Gomes
Dp - Dono dos porcos: Sr. Leonardo Haddad
Pa - Pai do F. Pródigo: Sr. Dário
FB - Filho mais velho: Sr. Marcolino
S - Servo: Sr. Bernardo Finotti
E - Empregada do Templo: Da. Isildinha
PP - Pessoa do povo: Da. Alice A. Prado
J1 - Judeu 01: Toninho Nunes
Retaguarda:
Sr. Sandro
Sr. José Marques
Sr. Willian Bonfim
Sr. José Elias
Sr. Enoc (maquilagem e controle de som)
Sr. Toniolo (maquilagem e controle de luz )
João Batista
Juscelino
ATO I - O HANSENIANO
CD 1 - faixa 001
N - Hoje é Sexta-feira Santa, um dia marcante na vida de todo o Cristão.
Dia em que a morte e o pecado foram vencidos pelo Sangue Precioso de Jesus
Cristo.
Cabe a nós, cristãos, tomarmos este dia com muita seriedade e
meditarmos nos passos de nosso Salvador nesta terra, em seu sacrifício
redentor, em sua ressurreição gloriosa.
Vamos imergir em outro tempo, outras circunstâncias, outro ambiente.
Esqueçamos este conturbado e aflito século em que vivemos. Esqueçamos as
dívidas, os problemas, as alegrias ou as tristezas e viajemos no tempo...
chegaremos a uma pequena casa, próxima a Cafarnaum... corre o ano 3.790 do
calendário judaico (ano atual 5.766) e terceiro do Imperador Tibérius. As
tropas romanas fazem sua ronda habitual, oprimindo o povo hebreu com sua
arrogância.
CD 2 - faixa 001
S1 - Corneteiro! Dê o toque de recolher.
I - Ah!
S1 - P’ra sua casa mulher, já demos o toque de recolher! Nenhum rato
deve ficar fora da sua toca! Vai p’ra casa!
CD 1 - faixa 002
L - Isabel, o que houve Isabel? O que houve?
I - Não foi nada... apenas o toque de recolher... até quando viveremos
escravos desses soldados?
L - Isabel, minha querida, o Deus de Abrãao conhece melhor do que
nós os seus caminhos... tem algo para jantar?
I - Apenas uns pães e um chá de ervas do campo.
L - Abençoai-nos Senhor Deus de nossso pais, a nós e a estes
alimentos, que por vossa bondade receberemos, vós que viveis e
reinais por todos os séculos dos séculos!
Jq - Pai, o Sr. não vai ler a Escritura antes de jantarmos?
L - Ah, é claro filho, é claro! Aqui temos um trecho do Levítico, capítulo
13...
Jq - Ô pai?!
L - O que houve Joaquim?
Jq - Quem é esse tal de Levítico?
L - Filho, o Levítico é o Livro Sagrado que contém as nossas leis
religiosas.
J - Ahhh...
L - Foi ditado pelo próprio Deus a Moisés e todos nós temos que
obedecer!
I - E o que diz o livro?
L - Está escrito:
“O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
‘Quando um homem tiver na pele do seu corpo uma ferida ou mancha
branca, que possa ser lepra, será apresentado a Aarão, ou a um dos
sacerdotes seus descendentes. Se essa doença for lepra, a pessoa é
impura; o sacerdote deve declará-la impura; e o leproso deverá andar
com as vestes rasgadas, o cabelo desalinhado, cobrir sua barba em
sinal de desonra e gritar: ‘Impuro!... Impuro!’
Enquanto conservar a ferida, será impuro, viverá isolado, e ficará fora
do acampamento!”
I - Nossa! Meu Deus!
Jq - Pai... por que tudo isso?
L - Filho, se o homem tem lepra ele vai morrer e pode contaminar todo
o nosso povo, por isso que ele é excluído. A lepra é sinal do pecado e
da maldição que cai sobre a cabeça do homem! Comamos! omamos!
Jq - Ehhh... Eu não consigo...
I - Come meu filho, come! Não se preocupe, não problema nenhum, a
lepra está longe, os leprosos estão fora da cidade. Não se preocupe
coma, vamos, coma!
[Todos comem e ao final se despedem]
I - Filho, durma bem e reze para que chegue logo o nosso Libertador!
Jq - Até amanhã mamãe!
I - Até amanhã, meu filho, durma com Deus!
I - Abel, que bom vivermos mais um dia... Abel, que mancha é esta
aqui?
L - Isabel! Não precisa olhar...
I - Meu Deus, que mancha é esta?
L - Eu não sei, apareceu aí, mas não deve ser nada... ela não dói!
I - Não dói?
L - Não, não dói!
I - (pega um objeto pontudo e toca na mancha) Você sente alguma
coisa?
L - Sentir o que? Eu não estou sentindo nada!
I - Ah! Esta ferida... você não sente nada! Você está com lepra! Abel!
Você está com lepra Abel!
Jq - Ô pai! (chorando).
I - Meu filho, venha!
L - Afaste-se de mim! Afaste-se de mim meu filho, não me toque... eu
sou um impuro.. eu sou um impuro... eu estou leproso!
N - Pobre Abel! Caiu sobre ele a pior maldição que podia atingir uma
pessoa naquele tempo: A LEPRA!
Naquela noite ninguém na família dormiu.
CD 2 faixa 002
No dia seguinte Abel compareceu diante do sacerdote e foi confirmado:
era a Lepra! Abel é um impuro, foi excluído de seu povo, deverá viver errante
pelos montes e desertos, alimentando-se dos restos abandonados pelos abutres,
ou do que a caridade humana lance para fora da cidade.
[Sai a esposa com o(s) filho(s), vestida toda de negro e chorando e atrás sai o
marido, tocando uma matraca, com as vestes rasgadas, o cabelo em desalinho e
gritando:]
CD 1 faixa 003
A - Deus te salve Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo. Bendita
és tu entre as mulheres!
Não temas, Maria, encontraste graça diante de Deus. Eis que
conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
M - Mas... mas como isso será possível, se eu não conheço homem?
A- O Espírito Santo descerá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá
com a sua sombra. Por isso o Santo que nascerá de ti será chamado
Filho de Deus.
M - Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua
palavra.
(Lc 01, 29 - 38)
CD 2 faixa 004
Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma
grande fome e ele começou a passar necessidade.
Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que
o mandou para os seus campos guardar os porcos.
DP - Vagabundo nojento! Fique aqui. Mas nem pense em tocar na
comida de meus porcos. Eles valem mais do que você!
J - O jovem passava tanta fome que queria comer a lavagem dos
porcos, mas nem isso lhe era permitido.
[Quando está quase pondo na boca a tigela de lavagem, chega o dono dos porcos
e o apanha em flagrante. Furioso, vira a tigela no rosto do rapaz]
CD 2 faixa 005
L - Leproso! Impuro! Saiam todos, sou um leproso...
CD 1 faixa 006
Jq - Pai este é Jesus!
F1 - O que? o que faz este leproso entre nós? A lei manda que você
esteja fora da cidade! Impuro! Pecador!
J - Se o pecador volta a seu pai, este o recebe com amor! Mas quem é
egoísta e não ama a Deus, não perdoa o seu irmão. Com a mesma
moeda com que julgardes, sereis julgados!
Filho, por que estás distante dos outros? Aproxima-te, vem para
o meio!
ATO V - A CURA DO HANSENIANO
CD 2 faixa 006
N - Jesus passou pela terra fazendo o bem, porém, houve uma
divisão no meio do povo por causa dEle. Alguns fariseus quiseram
prendê-Lo, mas ninguém pôs as mãos em Jesus. Entre si discutiam a
melhor forma de condenar o Filho de Deus.
F1 - Este homem está dominando o povo e vai tirar o nosso poder!
Nós não podemos aceitar isso!
F2 - Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.
F1 - Senhores! Convém que morra um só homem pelo povo, para que
não pereça toda a nação!
F2 - Caifás não disse isso por si mesmo, ele é o sumo sacerdote neste
ano, e está profetizando que Jesus vai morrer pela nação!
An - Então, votemos a morte de Jesus!
Nc - Mas, que crime Ele cometeu? Alguns do povo já estão dizendo:
“Este é verdadeiramente o Profeta, o Cristo!”
F1 - Cale-se Nicodemus! Você também se deixou enganar? Por acaso
algum dos chefes ou dos fariseus acreditou neste Homem? Pense
bem Nicodemus: se você não concordar cososco vai ser expulso da
Sinagoga! Nós somos o Supremo Conselho do Sinédrio e vamos votar
agora a sentença sobre Jesus!
Qual é a opinião dos juízes?
An - Condenado!
F2 - Condenado!
F1 - Condenado!
F1 - Em nome do Supremo Conselho do Sinédrio está decretado:
Jesus, o Nazareno, deverá morrer! Precisamos de alguém que o
denuncie, para que possamos prendê-Lo!
ATO VII - ÚLTIMA CEIA (Mt 26, 19-35; Mc 14, 18-25; Lc 22, 14-23; Jo 16, 1-24)
CD 1 faixa 008
[Cena da traição]
J - Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros,
assim como Eu vos tenho amado.
ATO VIII - A PRISÃO DE JESUS (Mt 26, 47-56; Mc 14, 43-52; Lc 22, 47-53; Jo 18, 1-
12)
N - Depois de ter dito isto, Jesus foi com seus discípulos para o outro
lado da torrente de Cedron. Havia ali um jardim onde Jesus entrou com eles.
Judas, o traidor, conhecia bem o lugar, porque Jesus e seus apóstolos se
reuniam lá muitas vezes. Judas, conseguindo um destacamento de soldados e
guardas dos sacerdotes e fariseus, lá chegou à luz de lanternas e tochas.
CD 2 faixa 008
N - Jesus, sabendo de tudo que lhe ia acontecer, disse:
ATO IX - AS NEGAÇÕES DE SÃO PEDRO (Mt 26, 69-75; Mc 14, 66-72; Lc 22, 45-
62)
CD 1 faixa 009
N - Enquanto Jesus era levado, do lado de fora do palácio, Simão Pedro
e o discípulo João, acompanhavam Jesus. Na entrada, a empregada do templo
perguntou a Pedro:
CD 2 faixa 009
N - Condenado pelos fariseus, Jesus foi levado ao Governador Romano
da Judéia, Pôncio Pilatos.
Pilatos era o homem forte da Judéia. Ele representava o poder do Império
Romano sobre o povo dominado.
Nenhuma sentença de morte poderia ser aplicada sem que ele a
sancionasse.
Pilatos era, porém, um homem indeciso. Diante do bem e do mal, nunca
queria tomar uma posição, queria estar sempre no “meio-termo” e os fariseus
aproveitaram esta sua fraqueza para pressioná-lo.
F1 - Pilatos! Aqui temos um malfeitor para que o condenes à morte!
Pi - Que acusação trazeis contra este homem?
F2 - Se ele não fosse um malfeitor, não o traríamos aqui!
Pi - Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.
F3 - Vocês Romanos não nos permitem matar ninguém!
Pi - És tu o rei dos judeus?
J - Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?
Pi - Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes
entregaram-te a mim. Que fizeste?
J - O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste
mundo, os meus soldados me defenderiam. Mas o meu Reino não é
deste mundo.
Pi - Eu... eu não encontro nEle nenhuma culpa!
F1 - Condene-O à Cruz Pilatos!
An - Nós já o condenamos! Ele deve ser sentenciado!
Sn - Com licença! Senhor Governador, vossa esposa Prócula envia
esta carta.
“Pilatos eu te peço! Não te metas nesse problema e não te tornes
responsável pela morte desse Justo. Por causa dele, nesta noite, eu
fui horrivelmente atormentada em sonhos!”
N - Pilatos não tinha fé; mas, como todos os pagãos, era supersticioso:
por isso ele viu naquele sonho um supremo aviso do Céu, e resolveu fazer
uma tentativa desesperada para salvar Jesus.
Pi - Povo! Eu não encontro nele culpa nenhuma. Estamos na Páscoa,
e é costume vosso libertar um preso por ocasião da Páscoa. Quereis
que eu solte... vosso Rei?
F1 - Nós não temos outro rei a não ser César!
F2 - Se quiserdes soltar alguém, que solte a Barrabás!
Pi - Sim... está bem! Soldados! Soltem Barrabás!
Pi - E... que quereis vós então que eu faça de Jesus, o rei dos
Judeus?
F2 - Crucifiquem-No!
Pi - (Volta-se espantado para o povo, como quem não esperava tanta
radicalidade).
Pi - Mas... mas que mal Ele fez?
F1 - Nós temos uma lei, e segundo esta lei Ele deve morrer, porque
Ele se declarou Filho de Deus.
N - Pilatos ficou novamente em dúvida. Em lugar de dar uma sentença
em nome da justiça, teve medo de enfrentar o povo.
Pi - Eu vejo que quereis sangue e penso que não lhes posso negar...
Pi - Soldados! Tomem o flagellum e castiguem este homem para que o
seu sangue sacie a sede desse povo.
N - Jesus foi levado à praça pública, ao lado do palácio de Pilatos.
Amarraram suas mãos e empunhando o terrível açoite armado de bolas de
ferro, atiraram-se contra Ele com uma fúria verdadeiramente infernal.
Gr1 - [Puxa Nosso Senhor amarrado com uma corda e lhe entrega a cruz, a qual Ele
oscula e toma aos ombros. Todo o populacho lança impropérios e pedras e o caminho da
cruz é seguido por todos.]
XI - JESUS CARREGA A CRUZ (Mt 27, 32-34; Mc 15, 21-22; Lc 23, 26-32; Jo 19, 17)
CD 2 faixa 010
N - Condenado por Pôncio Pilatos, Jesus carrega dolorosamente a Cruz
às costas...
Em sua Cruz, Ele carregava os pecados de toda a humanidade. Ele
carregava os pecados de cada um de nós. Olhemos para o seu sofrimento e
meditemos agora: “não será este o momento de mudar a minha vida? De viver
conforme a vontade de Deus? Ele quer a nossa salvação, Ele carrega nossos
pecados para nos perdoar, mas cabe a cada um de nós colocar em prática seus
Mandamentos e humildemente perdir perdão pelos nossos pecados.
Muitas vezes é difícil para nós o sacrifício para fazer a vontade de Deus,
assim como foi difícil para Jesus carregar a Cruz de nossos pecados. Quantas
vezes percebemos que é necessário fazer algum sacrifício para adequar nossa
vida aos ensinamentos de Jesus, mas, ao invés de aceitarmos este sacrifício,
largamos nossa cruz à beira do caminho?
Quando para nós for difícil carregar nossa Cruz peçamos o auxílio de
Nossa Senhora, pois Ela é a Mãe que nos conduz a Jesus. (entra Nossa
Senhora)
J - Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós e por
vossos filhos. Por que virão dias em que se dirá: Felizes as mulheres
estéreis; e também aquelas cujos ventres não deram a luz e cujos
seios não amamentaram.
XX
XII - A CRUCIFIXÃO (Mt 27, 35-54; Mc 15, 24-39; Lc 23, 33-49; Jo 19, 17-30)
XIII - CONCLUSÃO:
CD 1 faixa 013
Em nossas vidas, teremos muitas alegrias, muitos sucessos, mas também
decepções e sofrimentos. Haverá momentos em que a dureza das dificuldades
nos fará bradar aos céus como Jesus: “Meu Pai, meu Pai, por que me
abandonastes?!”
Porém, mesmo nas horas mais difíceis da vida, quando a dor e aflição
nos visitarem, recorramos sempre a Jesus, através de sua bondosa e Santa
Mãe. Não percamos nunca a confiança em Maria, pois Ela é a Consoladora
dos Aflitos, o Refúgio dos Pecadores. A Ela devemos pedir Fé e coragem,
para sermos sempre fiéis a Jesus e à sua Santa Igreja!
Olhando para cada um de nós Jesus diz: “Vem para o meio! Nada temei,
Eu venci o mundo!”
(A.M.D.G.)