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distribuição das atividades econômicas pelo mundo, com destaque para o Brasil.
Olá, educando (a). Esta videoaula de Geografia foi veiculada na TV no dia 11 de Agosto de
2021 (Quarta-Feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a
proposta de atividade.
CHINA x EUA
Se você acredita que por estar aqui no Brasil, tranquilo, longe dos EUA e da China, você está
fora da disputa tecnológica entre essas duas grandes potências é um equívoco. Somos
considerados grande mercado consumidor e também fornecedores de matéria- prima para os
dois países.
Já respondeu alguma enquete no Instagram perguntando qual aparelho celular é melhor Apple
(Iphone) x Xiaomi (Mi), o primeiro smartphone pertence a uma indústria estadunidense e o
segundo aos chineses. Mas, caso você esteja de saco cheio do Insta e foi procurar diversão nas
dancinhas do Tik Tok, mais uma vez chegamos a disputa entre as duas grandes potências,
considerando que o Tik Tok é uma rede social chinesa e o Instagram dos Estados Unidos.
Na segunda metade do século XX os EUA já era considerado uma grande potência mundial,
produtor de altíssima tecnologia e grande influenciador da cultura e dos padrões de consumo
do mundo inteiro, por suas produções musicais, cinematográficas, pelas revistas, dentre
outros. O mesmo não podemos falar dos chineses, muito provavelmente seria uma piada dizer
que em 2021 redes sociais, automóveis e empresas produtoras de tecnologias pertenceriam a
China, se liga no próximo capítulo que vou te explicar essa história melhor.
Até meados de 1949 os chineses estavam submetidos aos interesses do capitalismo mundial,
sendo fornecedores de matéria- prima e consumidor de produtos industrializados, a revolução
socialista nesse período nasce com objetivo de pôr fim a essa lógica.
No entanto, apenas por volta de 1976 com abertura econômica para os investimentos
estrangeiros e algumas reformas importantes como: investimentos em educação, pesquisas
científicas, produção tecnológica, força militar, infraestrutura, desenvolvimento industrial,
modernização da agricultura, dentre outros, fizeram com que a China, nos anos 90,
apresentasse crescimento expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) com médias que
chegaram, de acordo com o Banco Mundial, a 10% por ano sustentados até meados dos anos
2000.
Outros fatores como grande quantitativo populacional, expressiva extensão territorial, baixos
salários, pouco rigor ambiental, facilidades fiscais e tributárias para exportação auxiliaram no
crescimento chinês. O socialismo de mercado, nome dado ao modelo econômico e político da
China, consiste em forte presença das empresas estatais, associadas ao capital estrangeiro ou
não, além do forte controle social marcado pela ausência de democracia imposto pelo Partido
Comunista Chinês (PCC). Veja:
Figura I: China Dinamismo Econômico. Fonte: ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 8°
ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. p. 92. Acesso em: 10 de Junho de 2021.
Em 2018 a tensão comercial e geopolítica entre China e EUA vai ser intensificada devido ao
desequilíbrio da balança econômica entre os dois países. Neste ano, os estadunidenses
venderam aproximadamente 120 bilhões de dólares em mercadorias aos chineses e
compraram próximo de 539 bilhões de dólares.
Os Estados Unidos detém a maior economia do mundo, além de exercer forte influência
política e cultural no globo. Algumas marcas estadunidenses estão inseridas de forma tão
intensa em nosso cotidiano, que até acreditamos ser empresas nacionais como a Coca Cola,
Ford, Chevrolet, Google, Colgate Palmolive, Mastercard, MC Donalds, Avon, Burguer King,
dentre outras.
Desde 2009 a China passou a ser o maior parceiro econômico do Brasil, sendo o principal
cliente (exportação) e vendedor (importação) da balança comercial brasileira como podemos
observar na figura II. Atualmente vendemos mais produtos do que compramos dos chineses,
tendo saldo positivo na balança comercial, o problema é que vendemos commodities, matéria-
prima com pouca ou nenhum processo de industrialização, e compramos produtos com alto
valor agregado.
É por esse caminho que podemos entender a expansão do capital chinês pelo mundo, na
América Latina e no Brasil os investimentos chineses estão relacionados a geração de
infraestrutura para extração e circulação das commodities direcionadas ao mercado chinês.
De acordo com Felippe Hermes, ao site InfoMoney, entre 2003 e 2019 a China investiu 72
bilhões de dólares no Brasil, representando 37,3% do total investido por estrangeiros,
alcançando números maiores do que os investimentos estadunidenses. Foram investidos
US$21 bilhões apenas entre 2015 e 2017 quando a China propôs um fundo para o
investimento em infraestrutura pelo Banco Industrial e Comercial da China (ICBC). Dentre os
investimentos chineses em solo brasileiro tem destaque campos para exploração de petróleo,
indústrias processadoras de soja, fazendas produtoras de soja, participação em companhias
exploradoras de minérios e companhias de distribuição de energia elétrica.
Figura III: África investimentos chineses nos anos 2000. Fonte: ADAS, M; ADAS, S. Expedições
Geográficas: 8° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. p. 114. Acesso em: 10 de Junho de
2021.
A Figura III apresenta a forte influência chinesa na África com linhas aéreas que operam voos
regulares para China e a presença militar, em Djibuti foi construída a primeira base naval fora
do território chinês. Os quadradinhos assinalam o Instituto Confúcio que difunde a cultura
chinesa e ensina o mandarim (idioma chinês) aos africanos, os investimentos públicos,
representados por sacos com o símbolo do EURO, chamam a atenção e demonstram capital
chinês em diversos países africanos.
Atividade
Questão 2 – Observe atentamente a Figura II, no texto, e descreva porquê o Brasil exporta
mais produtos do que importa dos chineses?
Questão 3 – Pesquise a qual país pertence, as fabricantes de alguns produtos que você tem na
sua casa como smartphones, eletrônicos, vestuários e eletrodomésticos.
TRENTIN. D. Política externa da China: entenda os planos dessa potência. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/politica-externa-da-china-entenda/>. Acesso em: 24 de maio de
2021.