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ÍNDICE

1. A Vida na Terra — 2
2. Evolução e Adaptação do Homem — 4
3. A Construção de Paisagens — 6
4. Escrita, Energia do Conhecimento — 8
5. A Construção das Cidades — 10
6. A Revolução Industrial — 12
7. Alterações Climáticas — 14
8. A Energia Dentro da Terra — 16
9. Água em Movimento — 18
10. Ventos que Produzem Energia — 20
11. Sol, Fonte de Vida — 22
12. Na Floresta Tudo se Aproveita — 24
13. Reciclagem - Uma Boa Ideia — 26
14. A Solução ao Alcance da Nossa Mão — 28
15. Portugal Sustentável — 30
APREN - Associação Portuguesa de Energias Renováveis — 32
REFERÊNCIAS AUTORAIS — 34
1 A Vida na Terra
É um tema que intriga e fascina os jovens. Quem somos e de onde viemos. Atividades
A evolução da Terra e os diversos momentos desta são pontos incontornáveis no As atividades nesta área podem passar por visitas ao Oceanário de Lisboa, ao Fluviário
processo de aquisição de conhecimentos. Neste capítulo, pretende-se transmitir de Mora ou a outros aquários, ou a jardins e parques zoológicos. Pode incentivar-se a
algumas noções sobre a relatividade da vida e a evolução da mesma, assim como a criação de espaços ou a construção de estruturas com materiais apropriados (como
importância das espécies e as lógicas de dependência entre estas. cartolinas, esferovite, materiais moldáveis ou gesso) que recriem a evolução da terra.
A Vida na Terra remete-nos para o principio de Gaia, a Terra Viva, desenvolvido por Podem-se também desenvolver atividades sobre as espécies ameaçadas e os riscos
James Lovelock, num ensaio onde estrutura essa ideia da Terra como um grande que as levam ao seu desaparecimento, tomando como exemplo a construção de um
organismo vivo, em que tudo está relacionado e interdependente. castelo de cartas, de onde vamos tirando uma carta aqui e outra ali, até....
Não esquecer os dinossáurios, que se podem desenhar, e de fazer um registo de
Objetivos outras espécies extintas, discutindo as razões do seu desaparecimento.
A percepção do valor da vida e da natureza e o desenvolvimento das noções de
empatia e solidariedade são traves mestras do pensamento e formação do caráter,
que se podem desenvolver a partir deste ponto. O espaço geológico, os movimentos
tectónicos, o vulcanismo ou a adaptação das espécies ao seu entorno, são noções PERGUNTAS / RESPOSTAS
relativas ao passado mas que podem ser trazidas para o presente. 1.1 — Vulcões e meteoritos. Sabes o que condenou os dinossáurios?
Atualmente, coloca-se a hipótese de que a queda de um enorme meteorito,
Materiais de apoio associada a outros fatores, terá provocado a extinção dos grandes répteis,
Para este tema aconselhamos ter por base a Evolução das Espécies de Charles Darwin, vulgarmente conhecidos como dinossáurios. Existem vestígios de grandes e
onde se pode encontrar muita informação sobre a Teoria da Evolução e exemplos prolongadas erupções vulcânicas neste período (nomeadamente no planalto
práticos que podem ser usados na sala de aula. do Decão, na Índia) que, em conjunto com a explosão do meteorito, terão
A partir deste livro também se pode falar da escravatura, dos movimentos para a lançado quantidades imensas de cinzas e poeira para a atmosfera, emissões
sua abolição e da ideia de que todas as espécies e raças têm igual importância, com de grandes quantidades de gases com efeitos de estufa e aerossóis ácidos,
exemplos dados pelo próprio Darwin, e que são a base do seu pensamento. que provocaram alterações climáticas rápidas e dramáticas. Muitas espécies
Podem ainda ser utilizados outros livros para despertar a curiosidade das crianças de animais e plantas não conseguiram adaptar-se e extinguiram-se,
sobre os processos da evolução, como Robinson Crusoé de Daniel Defoe, ou algumas entre elas os grandes répteis que dominavam os ecossistemas da Terra.
obras de Júlio Verne.
1.2 — Será que todos os dinossáurios se extinguiram?
O termo dinossáurio tem sido aplicado de forma indiscriminada aos répteis
antigos da era Mesozóica, mas só inclui duas ordens de répteis - os saurísquios
e os ornitísquios; existiam e existem mais ordens de répteis além destas duas,
como a das cobras e a dos lagartos.
Mas mesmo entre os dinossáurios, julga-se que alguns começaram a evoluir e
Frontispício da edição original
a desenvolver penas, vindo a dar origem às aves. Nesse sentido, nem todos os
da obra de Charles Darwin, a
Origem das Espécies, publicada
dinossáurios se extinguiram, já que alguns dos seus descendentes diretos - as
em 1859 (à esquerda) aves - sobreviveram e são hoje uma classe amplamente distribuída na Terra.
Um dos tentilhões de Darwin, 1.3 — Vivo na sombra das árvores dum mundo muito antigo. Sabes quem sou?
que serviram de apoio à sua
teoria (em baixo)
Tentando esconder-se dos grandes dinossáurios, abrigados em tocas e
entre a vegetação de florestas e savanas antigas, viveram muitos pequenos
mamíferos, ancestrais dos atuais. Um deles foi o Henkelotherium guimarotae,
um pequeno insetívoro arborícola que é um dos primeiros mamíferos conhe-
cidos no mundo, tendo vivido nas florestas do período Jurássico nos terrenos
que formam hoje a região de Leiria, em Portugal.

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2 Evolução e Adaptação do Homem
Entramos na história do homem, articulada com o ponto anterior, mas com dados qualquer registo arqueológico da zona (e há muitos por todo o país) é a proposta
sobre os diversos estádios do género Homo. que fazemos.
Vamos passar pelas primeiras sociedades de caçadores recoletores, pelos primeiros Podem-se reconstruir alguns destes elementos com desenhos, barro ou cerâmica.
registos e pela domesticação de espécies, vegetais e animais.
Curiosidades
Objetivos Temos a imagem do fogo, que permite diversos desenvolvimentos, as comunidades
Como nos enquadra Edgar Morin em O Método, pensar o Homem e o Humanismo sob organizadas, a queima de florestas, a agricultura e a indústria. É um elemento incon-
diversas perspetivas, como a sua identidade e ética, é central. Aqui podem abordar-se tornável e a partir do qual se podem criar muitas estórias, ou não fosse a Psicanálise
as diversas tipologias humanas, a sua relação com o espaço e as condições climáticas, do Fogo, de Gaston Bachelard, um livro que ilumina as relações que a partir dele se
na lógica da existência de uma só espécie que resultou de uma longa evolução e tecem e que também aconselhamos, até pelo seu papel na formatação das mentes
também de uma acumulação de genes de espécies de outros para o conhecimento.
hominídeos que não o sapiens.

Homem hábil PERGUNTAS / RESPOSTAS


Hominídeo
(Homo habilis)
(Australopithecus) 2.1 — Humano ou chimpanzé?
Homo Este crânio pertence à espécie Sahelanthropus tchadensis, considerado um
neanderthalensis dos mais antigos fósseis de hominídeos conhecidos, que viveu há cerca de 7
milhões de anos nas antigas florestas do território que é hoje o Chade, agora
uma zona desértica. Foi mais ou menos nessa altura que ocorreu a separação
entre os ancestrais do homem moderno e do chimpanzé, pelo que este
hominídeo pode ser um “elo perdido” entre ambas as linhagens.

2.2 — Depois de sair de África, sabes até onde cheguei?


A evolução humana é uma área que continua em grande discussão e evolução,
Homem ereto Homem moderno
não se sabendo ainda, de forma exata, como tudo ocorreu. Mas sabe-se que
(Homo erectus) (Homo sapiens) um dos primeiros homens a empreender grandes viagens foi o homem ereto
(Homo erectus), que existiu entre 1,8 milhões de anos e 300.000 anos atrás e
que saiu de África, o seu berço ancestral, e se espalhou por grande parte da
Materiais de apoio Europa e da Ásia. Os seus fósseis foram descobertos desde as regiões ociden-
O Paradigma Perdido, outro livro de Edgar Morin onde nos são contadas as diversas tais europeias como Espanha e França, até aos extremos orientais asiáticos,
formas e os diversos tempos da evolução da espécie Homo e Raça e História de Claude setentrionais (como a China) e meridionais (como a Indonésia).
Lévi-Strauss, um notável opúsculo sobre a raça humana e as suas variantes culturais,
no quadro das suas relações com o espaço que ocupam e a empatia que deve ser a 2.3 — Um dos nossos antepassados descobriu como fazer fogo, o que
base da cultura, são os recursos de apoio que indicamos para suporte deste tema. transformou o mundo natural de forma irreversível. Sabes quem foi?
Materiais existentes ou a construir com os alunos, exercícios sobre os desenvolvimentos O controlo do fogo por parte do Homem é uma das descobertas
humanos no quadro da evolução, que até podem passar por exemplos de atualidade mais relevantes da nossa evolução, justificando
(o aumento dos pés, a alteração da dentição, o desenvolvimento dos sistemas arti- uma parte importante do nosso sucesso coloniza-
culares, e até as diferentes lógicas de construção do corpo para desportos) ou pela dor. Esta capacidade terá surgido algures entre
identificação das semelhanças entre as diversas espécies, antecipando as diversas 700.000 e 120.000 anos atrás, o que aponta para
ordens de classificação das mesmas. que tenha sido o homem ereto (Homo erectus)
o primeiro homem a controlar o fogo.
Atividades
A visita ao museu do Côa ou a museus de etnografia ou arqueologia, aos monólitos
dos Almendres, ou a alguma das nossas citânias ou outros locais pré-históricos, ou

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3 A Construção de Paisagens
A história articula-se com a geografia e com a domesticação das espécies. As sociedades Finalmente, o livro de Jeremy Rifkin, Civilização da Empatia, que é uma
deram um salto, houve uma mudança significativa, que marca os primeiros registos obra de síntese dos temas que até aqui abordámos, mas também de
do homem na transformação deste ponto no espaço sideral. estabelecimento de eixos onde a nossa civilização se pode ancorar para
Aqui também se pode falar das religiões organizadas em estruturas de poder, dos chegar ao futuro.
diversos tipos de organização social e dos vários impérios que se foram estabelecendo
em pontos diversos da terra, todos baseados na seleção de variedades diversas de Atividades
cereais, como as do milho na América, do arroz na Ásia e do trigo no Médio Oriente. Visitas a Conimbriga, Mértola, ou outros núcleos históricos por todo o
É de destacar também o papel dos animais (com diferentes espécies em cada região) nosso país, onde se verifica uma presença do tempo ou um acumular deste.
nos trabalhos agrícolas e no transporte de cargas, ou, quando o trabalho do campo Outras possibilidades consistem em trabalhos com materiais de diversos
requeria outras formas de uso da força e de domínio social, o trabalho escravo. tempos históricos, identificação das origens das palavras e de objetos que
continuamos a usar e dos materiais de que são feitos, assim como plantar
sementes na sala de aula ou na horta na escola.

Trigo Arroz
(Triticum sp.) (Oriza sp.)
Reconstituição de um vaso de cerâmica antigo
Idade do Cobre, Museu de Leiria

Objetivos
Explicar a importância da agricultura na construção das sociedades organizadas e o PERGUNTAS / RESPOSTAS
papel do agricultor e fazer articulações, sempre que possível, com a nossa realidade. 3.1 — Que espigas são estas?
Não é despropositado falar das viagens dos alimentos até chegarem ao nosso país e Uma espiga de arroz (Oriza sp.) à direita, e duas
das influências da miscigenação na organização do nosso território, desde a ocupação espigas de trigo (Triticum sp.) ao centro.
paleolítica passando por diversos povos aqui chegados, da Ásia Menor até aos fenícios,
semitas, romanos, germânicos, berberes e normandos. 3.2 — Tenho uma figura patusca e aspeto de
Cada povo trouxe hábitos alimentares, artesanato e organização espacial. No nosso camelo... Quem sou?
território ainda hoje se encontram referências de tudo isso. Explicar aos jovens que Um lama (Lama glama). É um animal da família
somos uma continuidade é introduzi-los a uma cultura de empatia. dos camelídeos, nativo das regiões montanhosas
dos Andes, na América do Sul, onde foi domes-
Materiais de apoio ticado como animal de carga e para a produção
de lã e carne. Nestas regiões andinas ocorrem
Este tema é contemplado com uma profusão de registos históricos e documentais,
outros mamíferos ruminantes aparentados
e há diversos livros recomendados, como as edições do Campo Arqueológico de
com o lama, como o guanaco (Lama guanicoe),
Mértola, onde vemos a evolução da ocupação do nosso território e a submersão de
a vicunha (Vicugna vicugna) e a alpaca (Vicugna
espiritualidades por outras espiritualidades ou a lógica mercantil da organização do
pacos).
território; ou as monumentais obras sobre gastronomia de Alfredo Saramago, onde
se descobre que tudo é aquisição e sobreposição, com o que a terra nos dá ou nos é
por ela trazido.

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4 A Escrita, Energia do Conhecimento
As gravuras rupestres, as primeiras formas de escrita entre os povos da América Atividades
(com estruturas que se relacionam seja no código seja nos procedimentos de leitura A ida a livrarias ou uma visita à biblioteca, são desde logo duas das atividades que
manual com o alfabeto Braille), os hieróglifos ou a escrita cuneiforme, dão conteúdo poderão ser realizadas. Visitar uma tipografia e/ou convidar alguém ligado ao processo
e significado à História. A evolução da escrita está também intimamente ligada aos de produção de livros ou jornais é outra das possibilidades para articular estes dados
suportes usados, como a argila, o papiro, o pergaminho feito com peles de animais com a realidade externa.
ou o papel, assim como à transição de uma produção manual, feita em conventos ou
por escribas reais, até à tipografia e à revolução provocada pela impressão de livros.
Curiosidades
Apesar de todas as plataformas alternativas que temos hoje em dia, os livros continuam
O livro mais editado do mundo é a Bíblia, escrita ao longo de mais de 1500 anos, por
a ocupar um lugar de destaque no que toca à transmissão de conhecimento.
mais de 50 autores diferentes. O mais vendido é Dom Quixote, escrito durante alguns
Em Portugal temos ótimas livrarias no Porto, em Óbidos, em Lisboa e em anos por Miguel de Cervantes.
inúmeros outros locais, assim como bibliotecas, que são pontos de
acumulação de conhecimento e grandeza. Também se pode falar aos
jovens de factos trágicos como as queimas de livros, fruto de diversas
intolerâncias, e iniciá-los na beleza e imponência das nossas bibliotecas,
como as de Sociedades ou Academias, ou aquelas que são parte da
nossa história e cultura, como as do Convento de Mafra ou da
Universidade de Coimbra.

Objetivos
Cativar os jovens para a magia das palavras seguidas em estruturas
de informação e conhecimento é também dar-lhes elementos para a
descoberta, que é o saber. PERGUNTAS / RESPOSTAS
O saber tem que passar pelo envolvimento e este passa pelas estórias 4.1 — Sabes onde e quando foi desenhado, pela primeira vez,
que cativam e pelos registos que permanecem. Dar-lhes a possibilidade este rinoceronte?
de escrever livros, permitir-lhes a descoberta dos diferentes suportes,
O artista alemão Albrecht Dürer executou este desenho em 1515.
e deixá-los enredados numa história, é o que pretendemos.
É uma das mais famosas xilogravuras renascentistas, copiada
dezenas de vezes até à atualidade. Contudo, Dürer nunca viu o
Materiais de apoio rinoceronte verdadeiro. Esse animal chegou a Lisboa no mesmo
Há inúmeros livros de apoio para este módulo, pelo que gostaríamos ano, à corte do rei de D.Manuel I, sendo o primeiro rinoceronte
de deixar algumas sugestões: indiano a ser visto na Europa desde o tempo dos romanos.
— a poesia, mas também a prosa, de Sophia de Mello Breyner que cria O desenho de Dürer foi baseado num desenho original de um
condições para relacionar os 4 elementos com a magia das palavras e artista desconhecido que viu o animal na capital portuguesa.
as lendas que podem gerar;
— a leitura de partes selecionadas do cavaleiro da fraca figura, vulgo 4.2 — Em que região de Portugal se encontra esta rocha com
Dom Quixote, que é um livro sobre livros e as suas ficções, mas também escrita milenar?
de amor e rebeldia e um marco na Iluminação e Humanismo de que A pedra escrita de Ridevides fica no concelho de Alfândega
somos tributários, e a partir do qual se podem iniciar os jovens na da Fé, na encosta oriental do Vale da Vilariça, onde ocorrem
viagem que também é o conhecimento; inúmeros locais arqueológicos. Esta região é conhecida, em
— O Principezinho, um livro mágico, onde o valor das palavras e a forma contexto mundial, por uma das mais importantes coleções de
dos desejos podem ser articulados com ligações aos nossos tempos e a estelas pré-históricas, com cerca de 5.000 anos de idade. Podes
novas tecnologias. descobrir muito mais sobre este património se visitares o Centro
de Interpretação do Cabeço da Mina, em Assares, Vila Flor.

Códice Maia

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5 A Construção das Cidades
As cidades são hoje os locais onde a maioria da população vive, mas têm uma longa Ferreiro
história. A partir do momento em que há excedentes, organiza-se o comércio e o
poder político e religioso.
Podemos referir as corporações, as profissões que se organizam nestas e até pôr as
crianças a identificar nomes de ruas relacionadas com essas.
Destacar a centralidade dos locais de culto e da ágora do poder político.
Pôr a imaginação a trabalhar e recriar a vivência nestes espaços, claustrofóbicos, sem
água, esgotos ou iluminação, é também uma forma de introduzir os temas da atuali-
dade, do bem-estar que usufruímos, e de mostrar que a civilização é um processo.
Agricultor
Objetivos
Criar momentos de identificação com o espaço onde vivemos, cidades, vilas e aldeias. Materiais de apoio
Explicar como se formou esse espaço, a sua origem e evolução, destacar ocorrências Um plano do bairro, da localidade ou do concelho. Neste, fazer exercícios de
históricas relacionadas com este e que contribuem para a identidade das populações identificação de fontes ou espaços de cultivo, de rios e montes ao redor, de locais de
e comunidades, falar de personagens famosos com origem no local escola e de como culto ou sedes de poder. Envolver as Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais na
influenciaram o que somos hoje. obtenção de materiais e solicitar que os seus técnicos de arqueologia ou de ambiente
A vida na urbe é uma teia complexa de profissões, que hoje são muitas vezes façam apresentações sobre a história, os problemas e o desenvolvimento previsto
escamoteadas pelo centro comercial, onde se concentram todos os produtos finais para os locais onde nos situamos.
dos diversos artesões que os fazem. No entanto, as cidades resultam da transfor- Como referência bibliográfica indicaríamos Jacques Le Goff, sobretudo as suas obras
mação dos produtos primários ou em valor monetário ou em valor acrescentado. sobre a Idade Média
A urbe não vive sem o agro.
Atividades
Se houver algum “artesão” na zona, convidá-lo a vir fazer uma apresentação em aula
ou visitar a oficina.
Mostrar como muitas destas atividades (transformadas ou não) continuam, e fazer
Cidade medieval de Carcassone, França exercícios e trabalhos práticos sobre algumas destas. Utilizar desenhos, modelagens,
ou até outro tipo de trabalhos manuais.
Identificar os diversos instrumentos de trabalho de cada profissão.

PERGUNTAS / RESPOSTAS
Tenta descobrir que ofício ou profissão
anuncia cada uma destas placas medievais:
5.1 — Hortelão, agricultor 5.9 — Cordoeiro
5.2 — Padeiro 5.10 — Pedreiro
5.3 — Falcoeiro 5.11 — Barbeiro
5.4 — Tecelão de linho 5.12 — Carpinteiro
5.5 — Taberneiro 5.13 — Peliqueiro
5.6 — Talhante 5.14 — Salsicheiro, Charcuteiro
5.7 — Armeiro 5.15 — Alfaiate
5.8 — Oleiro 5.16 — Ferreiro

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6 A Revolução Industrial
Hoje é um pouco difícil imaginarmo-nos sem petróleo, seja para deslocações, seja Materiais de apoio
pelos seus derivados, sobretudo o plástico, que está presente em quase tudo o que Os livros de Charles Dickens são um bom tópico para leituras, sendo que para
utilizamos. aquisição de mais informação, o livro de Alvin e Heidi Toffler A Terceira Vaga é da
Mas é o carvão o fóssil que dá o sinal de partida da nossa época, que pode ser a maior utilidade. Também a leitura do livro de Al Gore Uma Verdade Inconveniente
passagem para o antropoceno — a idade geológica em que o homem é o definidor nos deixa imersos numa enorme quantidade de informação e ligações, por vezes
dos tempos, seja pelas consequências “perpétuas” das radiações atómicas, seja inesperadas e inconvenientes.
pelas emissões de dióxido de carbono e outros gases que induzem alterações
climáticas. Atividades
Em Portugal existem inúmeras indústrias abandonadas e outras museologizadas,
Objetivos Mineiro de carvão como o Museu da EDP, em Lisboa. Também por todo o país, particularmente em
Neste plano damos conta de um momento que zonas de grande concentração operária, temos bairros que merecem uma referência.
marca a rutura com a sociedade rural e em que Antigas minas são hoje espaços visitáveis e mesmo museus. Em sala pode-se utilizar
o domínio da máquina a vapor ou da turbina carvão para mostrar as suas muitas utilidades e construir modelos de máquinas de
dá início à produção em série que conduz à pressão, que mostram a lógica da força em movimento.
sociedade de consumo. Pôr os jovens a fazer as
ligações entre o que têm e os momentos da
sua produção, é um desafio que pode alterar o
processo de relacionamento. PERGUNTAS / RESPOSTAS
Perceber que um saco de plástico deitado 6.1 — O carvão e o petróleo são combustíveis fósseis. Sabes porquê?
ao mar pode asfixiar uma tartaruga é, nestas Os combustíveis fósseis são formados através de processos naturais
idades, mais fácil do que explicar que a poluição de decomposição anaeróbia de seres vivos e matéria orgânica antiga,
atmosférica pode ser a causa da sexta grande enterrada há muito tempo (por vezes há mais de 650 milhões de anos), e
extinção. Mas temos ainda o perigo de extinção daí o termo “fóssil”. São substâncias com grande quantidade de carbono e
do urso polar... e o degelo das calotes polares... que aparecem em estados diversos, como o gás natural (gasoso, composto
essencialmente de metano), o petróleo (líquido, composto por diversos
Um urso polar no ártico canadiano, um território em acelerado processo de degelo hidrocarbonetos) e o carvão (sólido, com diferentes consistências,
desde a linhite fibrosa à antracite compacta).
O petróleo formou-se a partir da deposição de quantidades gigantescas
de organismos aquáticos (fitoplânton e zooplâncton) em bacias marinhas
ou lacustres. O carvão teve origem essencialmente em grandes depósitos
de plantas terrestres e antigas florestas, muitos deles formados durante o
período Carbonífero (entre 359 - 299 milhões de anos atrás).

6.2 — Como era a iluminação pública antes da eletricidade?


A iluminação pública existe há seis séculos, embora de forma muito deficiente
e parcial, devido à escassez de combustíveis e de tecnologias apropriadas para
uma iluminação consistente dos espaços públicos. Antigamente evitava-se
sair à noite, recrutando-se uma escolta e pessoas com lanternas se tal fosse
imperativo. Depois surgiram os lampiões públicos, que queimavam óleo de
baleia, azeite ou outros óleos; mais tarde, esses lampiões passaram a fun-
cionar a gás, já no século XIX, ou com querosene (em 1853). A partir de 1875
surgem finalmente os primeiros sistemas de iluminação pública elétricos
(em cidades como Los Angeles, Paris e Londres).

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7 Alterações Climáticas
As alterações climáticas são talvez o maior problema que a Humanidade enfrenta. Materiais de apoio
Hoje temos muita informação sobre este assunto e é fácil associar-lhe as oscilações Já está traduzido em português o livro seminal de Naomi Klein Climate Change, que
meteorológicas cada vez mais extremas, a desregulação das temperaturas a alteração é o mais completo repositório e levantamento de todas as lutas, consequências,
do regime de pluviosidade e dos ventos e tempestades. interações e alternativas relacionadas com as lógicas das nossas atuais sociedades
Estes são os sintomas da "doença" muito grave que a vida na Terra está a enfrentar. e poderes. É possível manter espaços de vida e aumentá-los, com esclarecimento e
O aumento do dióxido de carbono que tem, ao contrário das expectativas, sido empenho.
continuado, não irá desaparecer mesmo que se assista a uma continuada redução de É também de recomendar o livro de Al Gore Uma Verdade Inconveniente.
emissões. Contatos com organizações ambientalistas ou com associações de energias reno-
Ainda que a adaptação a uma nova ordem climática se possa vir a concretizar, as váveis para conferências em escolas, de forma a relacionar este problema com as
perdas ambientais e para a sociedade humana serão incomensuráveis. realidades nacionais, é outro caminho.

Objetivos Atividades
Este tema permite relacionarmo-nos com tudo, pois tudo o que fazemos tem influên- Construir uma árvore relacionando os produtos finais que usamos ou consumimos
cia na nossa relação com o clima. Fazer com que as crianças percebam isto, não no com a sua origem e formas de os concretizar, e discutir o que fazer com os resíduos.
sentido de criar sentimentos de culpa mas de responsabilidade e de empatia, é dar Visitar estufas e mostrar a lógica de aquecimento destas.
um passo no caminho da defesa da vida.
Proteger as espécies é importante, mas deve-se explicar que estas não são bibelots
que se podem deslocar de um jardim zoológico para outro, mas que necessitam
PERGUNTAS / RESPOSTAS
de áreas e condições de suporte da sua continuidade. Fazer articulações entre, por
exemplo, as plantações extensas de palmeiras para obter o óleo de palma e a destruição 7.1 — Sabes quais são os efeitos previsíveis das alterações
das florestas tropicais asiáticas, contribuindo desta forma para o aquecimento global, climáticas em Portugal?
e para o extermínio das populações de orangotangos que vivem nessas áreas, é um Até ao final deste século espera-se em Portugal um aumento
dos muitos exemplos que se podem dar. significativo da temperatura média em todas as regiões, que
no verão se pode traduzir em máximas entre 3ºC a 7ºC mais
elevadas do que na atualidade (superiores a 35ºC). Ou seja, as
ondas de calor serão mais frequentes, o risco de incêndio maior
e os efeitos e duração de secas ainda mais drásticos, associado a
uma diminuição da precipitação média e aumento da intensidade
O efeito de estufa e as suas das grandes chuvadas.
consequências.
7.2 — Num tufão, qual é a velocidade que o vento pode atingir?
Os tufões designam os ciclones tropicais que ocorrem na zona
oeste do Pacífico Norte; os ventos mais violentos registados até
hoje atingiram os 314 km/h, momentos antes do tufão
Hayan atingir as Filipinas em 2013.

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8 A Energia Dentro da Terra
A história da humanidade é moldada por vulcões. Estes, os seus vapores, as cinzas e a Obviamente não contribui para o aumento do CO2 (dióxido de carbono) atmosférico,
lava foram importantes para a seleção biológica e tiveram influência no processo apesar das emissões gasosas (vapor de água e outros gases) tão caraterísticas das
de hominização. Erupções históricas também marcaram a evolução de diversas paisagens geotérmicas.
sociedades. A energia dos vulcões não pode ser dominada ou recolhida, mas nalguns
locais, o calor do interior da Terra, chamado energia geotérmica, pode ser aproveitado. Materiais de apoio
A utilização da energia geotérmica como fonte de aquecimento data, no mínimo, das
Há muitos materiais sobre vulcões em Portugal.
primitivas termas romanas.
Aconselhamos também livros sobre termalismo que, embora não seja normalmente
Nos Açores ou em algumas zonas do litoral brasileiro, por exemplo, esta energia da
associado a águas a uma temperatura que permita o seu uso energético, tem uma
Terra é utilizada para cozinhar saborosos petiscos. “Cozidos” ou caldeiradas saem
ampla história no nosso país. A referência que podemos dar nessa matéria é a de
das panelas que foram enterradas durante algumas horas.
Jorge Mangorrinha, com diversas obras publicadas.
Em 1904, em Larderello, Itália, o príncipe Piero Conti acendeu 5 lâmpadas ao ligar,
pela primeira vez, o gerador elétrico de uma máquina a vapor impulsionada por vapor
geotérmico, dando assim início à era da eletricidade geotérmica. A utilização direta Atividades
do calor geotérmico no aquecimento de edifícios está bem demonstrada em Reykjavik, A construção de vulcões em aula ou a identificação desses, ativos e passivos, em
na Islândia, “a capital sem chaminés”, onde uma rede urbana de distribuição de calor Portugal e no mundo. A visita a locais identificados com estruturas geológicas em
permite aquecer mais de 95% dos edifícios da cidade. corte, ou até a zonas onde há ocorrências geológicas raras, são tópicos que aqui
propomos.
Objetivos
Apresentar as diversas fontes de energia renovável é o objetivo deste e dos próximos
planos. A geotermia favorece uma economia de proximidade, bem evidente no caso
da sua utilização enquanto fonte de calor para utilização direta. Não provoca, senão
residualmente, poluição atmosférica e quando a água, se bem que mais fria, é reenviada
para o sistema, o seu impacto é diminuto.
PERGUNTAS / RESPOSTAS
8.1 — Cultivar bananeiras tropicais na Islândia dos glaciares!
Preparação do cozido das Furnas, Achas que é possível?
em São Miguel, Açores.
Embora a bananeira seja uma árvore tropical que precisa de calor para
crescer, é possível cultivá-la na fria Islândia em estufas, aproveitando
o calor e o vapor de água de origem geotérmica para as aquecer. Os
islandeses iniciaram isso durante a Segunda Guerra Mundial (em 1941),
para serem o mais autosuficientes possível. Contudo, como a Islândia
tem muito menos luz solar que os trópicos, estas bananas podem
demorar até dois anos a amadurecer, enquanto que junto ao equador
demoram apenas alguns meses.

8.2 — Sabes como se utiliza o calor da Terra para preparar bons cozidos
nos Açores?
Nas zonas onde a geotermia de superfície é mais intensa, como nas
Furnas, onde ocorrem diversas fumarolas e a temperatura do solo é
bastante elevada, cavam-se buracos no chão nos quais os tachos com
os alimentos do cozido são colocados e enterrados, aí ficando a cozer
durante várias horas. O Cozido das Furnas, preparado totalmente com
o calor da Terra, é hoje um petisco mundialmente conhecido.

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9 Água em Movimento
A história da humanidade começou a escrever-se e a estruturar-se ao longo dos Objetivos
grandes rios. Ligar o regime de torrencialidade dos rios e explicar como o Douro ou o Guadiana
No Nilo, Tigre e Eufrates, grandes projetos de irrigação construíram as bases para os são notáveis monumentos geológicos (entre outros na Península Ibérica), que
impérios egípcio e assírio. mostram, nas suas diferenças, o poder estruturante da força da água, e como essa
O Rio Amarelo foi, tal com o Ganges, elemento fundamental para o desenvolvimento força foi aproveitada pelo homem em sistemas completamente integrados na lógica
das grandes civilizações asiáticas. de controle da potência da água dos rios. Explicar que as azenhas ou os moinhos
Por cá, os rios também construíram a história, marcando o território e estruturando instalados em declives ou em zonas de estreitamento do leito (e portanto maior
o povoamento. As gravuras de Foz Côa, por exemplo, marcaram fronteiras e esta- velocidade/força da água) dos rios, moeram muito cereal. Integrar as barragens nos
beleceram limites de territórios de caça e ocupação. sistemas ancestrais de domínio da força e aproveitamento da riqueza da água.
Os rios constituem hoje uma riqueza fundamental e estão, assim como as águas Mostrar como a bifurcação das águas para irrigação por sistema de comportas (que
subterrâneas que lhes dão origem, no centro de muitos dos atuais conflitos. na Ilha da Madeira se estruturaram numa notável rede de levadas) foi no passado, e
A água é, por exemplo, um dos elementos fundamentais das guerras do Médio Oriente, continua a ser no presente, um elemento essencial na lógica de produção agrícola.
assim como noutros locais. Porque a água é fonte de vida e recurso indispensável
aos diversos setores socioeconómicos das modernas sociedades, e hoje já não há Materiais de apoio
nenhuma varinha mágica que a faça surgir das terras que foram, outrora, berço de A carta hidrográfica nacional ou pormenores desta são importantes para começar a
grandes religiões da História. familiarizar as crianças com o território, os rios e seus afluentes. Há também muitos livros
O acesso, o controle e o uso da água são, por isso, questões centrais. sobre a água que são recomendáveis e até o famoso poema de Alberto Caeiro O Tejo é
mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, pode ser base para muitas conversas.

Atividades
Modelar rios, em sala de aula, com desníveis e circulação em sobe e desce.
Identificar barragens e se possível visitar uma, por fora ou no interior.
Localizar, nos rios, locais onde haja azenhas ou moinhos, e visitá-los.

Salmão-do-Atlântico
(Salmo salar)
Enguia
(Anguilla anguilla)

PERGUNTAS / RESPOSTAS
9.1 — Destas espécies quais podem ter problemas nas suas migrações se
as barragens não tiverem meios de transposição para peixes?
Muitas espécies de peixes efetuam migrações nos rios numa determinada
altura da sua vida. A existência de barragens sem mecanismos adequados
de transposição para peixes cria um enorme problema a estas espécies,
impedindo-as ou de subirem os rios para desovar nos troços de montante,
como é o caso do salmão-do-atlântico, ou de descerem os rios e desovarem
no mar, como é o caso da enguia. A longo prazo, essas barragens podem
mesmo levar à extinção destas espécies nos rios onde foram construídas.
Barragem e albufeira de Alqueva, Alentejo. Felizmente, as barragens mais recentes já têm esta tecnologia.

18 19
10 Ventos que Produzem Energia
A energia dos ventos foi utilizada desde os tempos mais remotos. Há mais de 5.000 Os fenómenos atmosféricos, a relação entre as altas e as baixas pressões ou os fura-
anos que os egípcios a utilizavam para navegar ao longo do Nilo, e da Mesopotâmia cões, estão relacionados com estas situações, e hoje, cada vez mais, com o ciclo global
temos registos dos primeiros moinhos de vento para moer o cereal. das alterações climáticas provocadas pelas atividades antropomórficas.
O ar em movimento, o vento, foi importante para a organização do território. Os As migrações e as formações de aves e borboletas, por exemplo, podem dar uma ajuda.
moinhos existem ainda (ou os seus topónimos) nas nossas cidades e aldeias ou certa-
mente nas suas proximidades. Materiais de apoio
O vento, a água e a força física de humanos e animais foi, até ao século XVIII, a maior O livro de Júlio Verne Cinco Semanas em Balão pode ser um recurso para auxiliar e en-
fonte de energia usada pelo Homem. tusiasmar as crianças para o valor deste recurso, assim como as viagens que as nossas
Antes do século XVII, a Holanda industrializou-se graças à inovação das pás e telas caravelas e naus empreenderam com a ajuda do vento. Ou, novamente, o Dom Quixote.
usadas nos moinhos, bem como a um sistema rotativo que lhes permitia beneficiar
continuamente da força dos ventos.
Atividades
Sabemos ainda que os moinhos foram fundamentais no processo de colonização da
Modelar, construir moinhos.
América. Até aos anos 20 do século passado, foram utilizados como geradores em
Identificar os tipos de barco à vela, na nossa
áreas rurais sem rede elétrica.
história.
Hoje, os antigos moinhos são objeto de inventariação e, sempre que possível, de
Identificar e localizar em textos literários as
recuperação. São, certamente, uma memória com futuro.
referências a moinhos.
Fazer levantamentos locais de toponímia e
Objetivos visitar as serras do país em busca de antigos Alma-de-mestre
Explicar o vento aos jovens não é tarefa fácil. O vento é ar em movimento. São as moinhos e dos novos locais de implantação (Hydrobates castro)
diferenças de absorção das radiações solares entre os diversos pontos da Terra e, dos aerogeradores, em colaboração com as
nomeadamente, o diferencial de aquecimento da massa terrestre em relação às empresas a ele ligadas.
águas, que fazem com que durante o dia o ar mais quente sobre a Terra se expanda
e suba, enquanto o mais frio e pesado (do mar) se move para o seu lugar. De noite o
movimento inverte-se.
Da mesma forma e com a mesma lógica, temos as grandes circulações de massas de PERGUNTAS / RESPOSTAS
ar entre o Equador e os Pólos Norte e Sul, sendo que o ar é mais aquecido na zona
10.1 — Sabias que ter moinhos era sinal de riqueza na Idade Média?
equatorial do que nas zonas polares.
Os moinhos enquanto estruturas para processar a moagem de cereais (entre
outras funcionalidades) e produzir farinha, essencial para o fabrico do pão
Moinhos de vento de Apúlia, que foi a base da alimentação durante muitos séculos, foram um dos pilares
Viana do Castelo. da economia de subsistência. Eram por isso controlados pela Coroa e alvo
de taxas importantes, que revertiam em parte para o poder monárquico e
em parte para o proprietário do moinho, que assim conseguia acumular
uma riqueza extra.

10.2 — Aves oceânicas como o painho aproveitam o vento como poucas. Porquê?
Assim é, porque as aves oceânicas como o painho ou alma-de-mestre
(Hydrobates castro) passam a maior parte da sua vida no mar, voando e
aproveitando até a mais leve das brisas marinhas para planar sobre a água,
poupando energia, enquanto procuram e caçam caranguejos, peixes e lulas
que nadam à superfície. Estas aves só vêm a terra durante algumas semanas
por ano para nidificarem e criarem as suas crias, em locais como os Açores
ou na ilha da Berlenga, ao largo da costa de Portugal continental.

20 21
11 Sol, Fonte de Vida
Como o Sol produz energia há biliões de anos, sendo a energia solar a radiação que chega Materiais de apoio
à Terra, temos alguma dificuldade em determinar um ponto na História para começar. Vivemos rodeados de mitos que continuam a ser tributários do pensamento religioso,
Indiretamente sempre a utilizámos para o aquecimento dos espaços onde vivemos, se bem que aconfessionais. É, portanto, de destacar neste ponto o livro de David
orientando a exposição ao Sol para secagem de produtos agrícolas (ou do bacalhau e Attenborough O Primeiro Éden, onde a evolução da vida, num quadro naturalista e
outros peixes e moluscos), ou da nossa própria roupa após lavagem. de divulgação científica, laica e transparente, pode ser útil.
Portugal teve um lugar importante na história da energia solar, com a descoberta do
Pireliófero, em 1904, pelo padre Himalaya. Este engenho com 80m2 de superfície era Atividades
uma enorme estrutura de aço com milhares de espelhos em forma parabólica, que Construir um forno solar ou um simulacro de coletor solar.
concentravam a radiação num forno solar que atingiria temperaturas na ordem dos Visita de estudo a salinas.
3800ºC. Salgar alimento numa placa de Petri e noutra colocar o mesmo alimento mas sem sal,
O efeito fotovoltaico foi pela primeira vez observado, em 1839, por Edmond Becquerel, de forma a compararar a evolução entre ambas.
que descobriu que certos materiais produzem pequenas quantidades de corrente Identificar o papel do "Deus-Sol" na História.
elétrica quando expostos à luz. Em 1876 foi concebido o primeiro dispositivo foto-
voltaico, porém somente em 1956, com a corrida espacial, foi iniciada a produção
industrial.
PERGUNTAS / RESPOSTAS
Extração de sal em salinas de Aveiro 11.1 — Sabes onde está a primeira grande central solar portuguesa?
Na Amareleja (concelho de Moura), no Baixo Alentejo.

11.2 — A Terra está à distância ideal do Sol. O que aconteceria se a sua


órbita se aproximasse ou afastasse do Sol?
Existem vários fatores que, em conjunto, tornaram possível a vida na
Terra, como a existência duma atmosfera protetora em torno do planeta, a
influência poderosa do seu escudo magnético, ou a ocorrência de planetas
gigantes no sistema solar que atraiem a maior parte dos asteróides à deriva,
evitando que choquem com a Terra. Outros fatores são a abundância
de água e a própria existência do Sol, uma fonte de energia radiante
vital para a vida.
É igualmente vital que a Terra esteja à distância
ideal desta sua estrela, caso contrário, a água
Objetivos estaria vaporizada (se a órbita da Terra fosse
A luz e o calor do Sol podem ser usados de diversas formas, como o aproveitamento mais próxima do Sol) ou gelada (se a órbita
passivo, a sua retenção na superfície dos edifícios ou através de coletores solares tér- estivesse mais afastada), inviabilizando a
micos para aquecimento da água e climatização, numa lógica do tipo efeito de estufa. vida como a conhecemos.
Outras formas de maximização do calor solar são os fornos. Do mais simples — uma
caixa forrada com papel de prata e com uma cobertura de vidro — a outros mais
sofisticados com sistemas de transferência de calor que permitem, inclusive, cozinhar
dentro de portas.
A eletricidade pode também ser obtida da conversão da radiação solar, através de
células fotovoltaicas, conforme referimos acima.
O Sol também é um elemento central na formatação de quase todas as religiões.
O cristianismo adotou muita da mitologia e quase todas as datas dos cultos solares
e mitraicos que estão na sua origem.

22 23
12 Na Floresta Tudo se Aproveita
Fábrica de transformação de produtos florestais.
A biomassa pode ser definida como a fração biodegradável de produtos e resíduos
da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), da floresta e das indústrias
conexas, bem como a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.
A biomassa pode dar origem a biocombustíveis sólidos (resíduos florestais, culturas
energéticas, resíduos sólidos urbanos a que vulgarmente chamamos de "lixo", etc.),
a biocombustíveis líquidos (biodiesel, bioetanol, biometanol) e a biocombustíveis
gasosos (biogás).
A queima direta da biomassa sólida (combustão) continua a ser o processo de
aproveitamento mais utilizado — desde a simples queima da lenha em lareiras à
combustão de resíduos industriais em grandes caldeiras — para produção de calor
e/ou eletricidade. A partir de óleos vegetais ou gorduras animais pode ser obtido o
biodiesel, um substituto do gasóleo.

Objetivos
Nem sempre é evidente a classificação da biomassa como energia renovável.
Hoje, o nosso grande desafio é desenvolver formas de queimar mais biomassa e No caso de plantações dedicadas a esse fim, é importante o seu adequado
menos carvão e outros combustíveis fósseis. A queima da biomassa liberta emissões manuseamento e a luta contra os incêndios florestais descontrolados.
de dióxido de carbono, um gás que contribui para o efeito de estufa. No entanto,
a utilização da biomassa como fonte combustível apresenta um balanço nulo das Materiais de apoio
emissões de CO2 para a atmosfera, já que o gás produzido durante o processo de Têm proliferado nos últimos tempos livros sobre a vida das plantas e a sua comunicação
combustão foi previamente fixado pelas plantas durante a fotossíntese. Assim, ao (embora ainda não editados em Português), mas é sempre da maior utilidade, até
contrário dos combustíveis fósseis, a biomassa não irá desequilibrar o ciclo do CO2 na porque tem imensas curiosidades, o livro A Aventura das Plantas e os Descobrimentos
atmosfera. A ausência de outros elementos poluentes como o enxofre (responsável Portugueses de José Eduardo Mendes Ferrão. Sobre a evolução das florestas e da
pelas chuvas ácidas) constitui outra vantagem da utilização deste tipo de recurso vegetação portuguesa, recomendamos A Árvore em Portugal de Francisco Caldeira
para fins energéticos. Cabral e Gonçalo Ribeiro Telles.
A queima de biomassa está além disso articulada com o aproveitamento de sobre-
produtos e resíduos da produção agrícola, vinha, azeitona, amêndoa, entre outros com Atividades
um alto poder calorífero, e assim pode-se aproveitar todo o ciclo da sua produção. Identificar espécies florestais, avaliar as suas caraterísticas e construir herbários.
Visitar jardins botânicos e fazer uma “viagem” pela vida e utilidades das plantas.
Cascas de árvores Restolhos agrícolas

PERGUNTAS / RESPOSTAS
Estes exemplos de biomassa podem ser usados como fonte de
combustível. Consegues identificá-los?
12.1 — Restolhos agrícolas de cana-de-açúcar, que resultam da atividade
açucareira, de onde se extrai e purifica a sacarose que é matéria-prima para
muitas indústrias alimentares, e também para a produção de biocombustíveis
como o etanol.
12.2 — Milho para produção de etanol, um biocombustível.
12.3 — Cascas de árvores, resíduos florestais que resultam da atividade
madeireira, e que podem ser utilizados na produção de pellets e briquetes
para lareiras.

24 25
13 Reciclagem - Uma Boa Ideia
Fala-se hoje muito de economia circular, no entanto, estamos ainda longe dessa Atividades
realidade. Os coeficientes nacionais de reciclagem são fracos, a recolha de óleos usados Visitas a unidades de tratamento de resíduos ou de recuperação de produtos e
deixou praticamente de ser feita, a matéria orgânica raramente é separada e quando desenvolver o conhecimento dos diferentes recetores de resíduos.
chega a unidades de processamento os problemas são inúmeros. As campanhas dos Fazer compostagem e instalar na escola um oleão.
municípios (que deveriam ser permanentes) eclipsaram-se, salvo um ou outro caso. Construir objetos (como por exemplo instrumentos musicais) a partir de resíduos.
No seguimento da publicação pela Agência Portuguesa do Ambiente dos dados sobre Desenvolver o conhecimento dos diferentes recetores de resíduos.
resíduos urbanos 2017, a Comissão Europeia advertiu Portugal contra a perspetiva
de não cumprir as metas para 2020. Os dados na maioria dos concelhos (em https:// Restos Eletrodomésticos e eletrónica
www.pordata.pt/Home) ainda são mais assustadores. orgânicos Metais

Papel e cartão

Plásticos e embalagens Vidro


Objetivos
Vamos ajudar os jovens a darem o exemplo e vamos envolver os pais, encarregados de PERGUNTAS / RESPOSTAS
educação e as autarquias na melhoria desta situação. 13.1 — Porque que é que a reciclagem dos plásticos é fundamental no mundo
A explicação do princípio que estrutura a economia circular — que nada se perde, moderno?
que todos os resíduos têm valor e podem ser transformados em outros valores desde No essencial porque o plástico é um dos principais poluentes dos ecossistemas
que adequadamente separados e enviados para a sua linha de recuperação respetiva terrestres e aquáticos em todo o planeta, dado o enorme consumo que
— é um elemento básico. Explicar que os diferentes eco-pontos devem ser usados com fazemos das suas diversas tipologias. A sua reciclagem evitará que milhões de
consciência, não misturando os produtos, informar as crianças do que se faz com os toneladas acabem todos os anos no meio natural, onde podem permanecer
materiais recolhidos (esperando que não continuem a haver autarquias que separam durante centenas de anos sem serem degradadas, acumulando-se e poluindo
os resíduos e depois juntam tudo em aterro!) e se possível convidar especialistas dos todos os níveis das cadeias alimentares.
diferentes setores para uma explicação do processo.
Desenvolver na escola uma pilha de composto (quando houver espaço para hortas), ou 13.2 — Sabes o que é a compostagem?
explicar como fazer no quintal de casa ou em hortas sociais e nos campos nas redondezas. A compostagem é um processo de decomposição e transformação natural
de resíduos orgânicos como restos alimentares e resíduos de jardins, por
Materiais de apoio microrganismos, fungos e animais decompositores (como minhocas), para
A existência de diferentes recetores de produtos para reciclagem na escola é central, formar um composto fertilizante semelhante ao húmus, rico em nutrientes.
para todas elas. E no caso de terem cozinha, fazer a separação dos restos também.
Há alguns anos o Centro Norte-Sul do Conselho da Europa (em Lisboa) coordenou 13.3 — Como é que os pombais antigos contribuem para a reciclagem?
a produção de um interessante manual de educação ambiental sobre reciclagem. A Contribuem para a reciclagem porque permitem aproveitar o guano produzido
a leitura do livro de E.F. Schumacher Small is Beautifull (traduzido em português) é pelos pombos, um composto fertilizante muito apreciado pelas populações rurais.
também um bom contributo para perceber que a economia circular é só um slogan se
não tiver escala.

26 27
14 A Solução ao Alcance da Nossa Mão
A mudança que precisamos para que a nossa espécie continue passa também por Atividades
nós: há que alterar os hábitos, as formas de consumo, os produtos que utilizamos, Fazer listas de produtos que utilizamos e descobrir alternativas.
o modo como nos deslocamos. A poupança e a conservação de energia, associadas Listar ações que podemos fazer e em relação às quais nos podemos comprometer
às energias de pequena escala, à micro-geração e às energias renováveis, assim como para melhorar o ambiente.
edifícios mais eficientes e uma rede de transportes inteligentes, podem começar a
Adotar (a turma ou
tecer a rede que inverta a atual situação.
a escola) um animal
ameaçado ou envolver-se
Objetivos num projeto concreto de
A Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland) que conservação de natureza.
produziu o relatório O Nosso Futuro Comum (editado em português) afirma que “a
eficiência energética deve ser o cerne das políticas energéticas nacionais”.
A utilização racional de energia passa não só pela utilização de tecnologias mais
eficientes (utilizam menos energia e apresentam melhor desempenho) como também
pelo nosso comportamento em pequenos gestos do dia a dia. Vamos dar aqui algumas
ideias de como ganhar energia, poupando. Que cada um faça um pouco e o benefício
será muito.
Começamos pela cozinha. Verifique regularmente o estado do fogão, mantenha o
frigorífico à temperatura certa (e cheio!) e abra-o o menor número de vezes possível.
Utilize os sistemas de regulação da máquina de lavar a roupa e, sempre que possível,
lave com água fria. Use a máquina de lavar louça só com carga completa.
Quando comprar eletrodomésticos verifique sempre qual a sua classe energética e o PERGUNTAS / RESPOSTAS
seu consumo. Pode estar a poupar 50% de energia! Em casa apague as luzes que não 14.1 — Sabes que já podes controlar os gastos de eletricidade da tua casa a
necessita e use lâmpadas de menor consumo. Utilize cortinados para beneficiar da partir do telemóvel?
luz solar ou diminuir o calor e tenha a sua casa bem calafetada. Atualmente é possível controlar quase tudo a partir de aplicações desenvolvidas
Utilize os transportes públicos ou partilhe o carro com colegas ou vizinhos. para telemóveis. Assim, em tempo real e de qualquer parte do planeta onde se
Estas são algumas ideias muito simples, que cada um pode executar. encontre, o proprietário pode programar e controlar os gastos de operações
A nível dos locais de trabalho muitas outras se podem aplicar, como o melhor e rotinas diversas, como a iluminação interior e exterior, o funcionamento de
aproveitamento térmico, a instalação de sistemas que permitam a redução do sistemas de rega e alarmes, o consumo dos diferentes eletrodomésticos, dos
consumo elétrico (por exemplo coletores solares nas escolas e equipamentos aparelhos de ar condicionado interior, entre outros.
desportivos), a utilização do máximo de luz solar para iluminação, a manutenção dos Pode também receber os registos e gráficos de consumo de energia detalhados
sistemas de ar condicionado ou ventilação forçada. e comparados, para melhor poder gerir a sua fatura elétrica, identificando
Aqui apresentamos a articulação de tecnologias, com ideias para uma melhor gestão. os gastos e corrigindo as rotinas, ou adaptando-as aos diferentes tarifários
O simples gesto de apagar a luz é importante, ou um sensor que regule a luz e calor disponíveis, para tornar o seu consumo mais eficiente e barato.
doméstico. O gesto é tudo e está ao nosso alcance.
14.2 — Qual é mais eficiente: o motor a gasolina ou o elétrico?
Materiais de apoio Os motores de combustão interna clássicos, como os de gasolina ou gasóleo,
A APREN, que edita e promove este manual e o livro que lhe serve de base, assim desperdiçam enormes quantidades de energia sob a forma de calor, que se
como outros materiais, procurará responder a todas as solicitações que lhe sejam dissipa pelo radiador, gases de escape e superfícies do motor; em média,
feitas. Aconselha-se ainda o contacto com os vários grupos ecologistas existentes apenas 10 a 15% da energia fornecida é rentabilizada no movimento.
no nosso país (com áreas de atuação específicas e enquadramentos próprios) e com Já o motor elétrico produz pouco calor, podendo rentabilizar 60 a 65% da
associações de defesa do património ou de promoção da mobilidade sustentável. energia fornecida pois, adicionalmente ao seu maior rendimento, utiliza
parte da energia usada nas travagens ou a energia em excesso nas descidas
para carregar as baterias.

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15 Portugal Sustentável
As nações são invenções recentes (do século XIX), mas as culturas onde são moldadas,
as línguas, homogeneizadas pelo Estado/Nação, as tradições e hábitos vestidos em
folclore, os bens e os produtos alterados pela lógica de massificação e higienismo, ou
as paisagens (hoje tantas vezes adulteradas por mono-culturas) são ainda baluartes
a partir dos quais se podem criar condições de sustentabilidade. Há que defender e
valorizar o espaço e neste integrar o que o tempo nele fez, recuperá-lo dos desmandos
e preservar os nichos a partir dos quais se inicie e se processe a sua revitalização.

Objetivos
Aconselhamos a leitura da obra Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico de Orlando
Ribeiro, que tem continuidade no opus Portugal, O Sabor da Terra de José Mattoso,
Suzanne Daveau e Duarte Belo, onde a base que ele deixou é completada pela mão de
um dos nossos maiores historiadores e pelos colaboradores do mestre.
Perceber Portugal, a sua formação, a lógica do povoamento e sua ligação ao agros
e à civitas e sua constituição. Quando D. Luís perguntou a pescadores - "Oé, Oé, sois
portugueses ou espanhóis?", a resposta foi "nem um, nem outro, somos da Póvoa de
Varzim". A pátria surge contra os bretões, como lembrava o nosso Hino original (mais
tarde substituídos pelos canhões).
Explicar aos jovens é sobretudo levá-los a perceber em cada local o valor e dimensão
das suas terras, os costumes e as comidas. Não podemos deixar de recomendar o
livro Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre, obra magistral sobre a formação da
cultura e a sua ligação ao espaço e à ruralidade; é a sua descrição das comidas, da
gastronomia, onde Portugal é passado à lupa e integrado, miscigenado com outras
culturas, neste caso para fazer o brasileiro, que também somos nós.

Materiais de apoio
Sugerimos o antigo mapa de Portugal, com a divisão por províncias e unidades
territoriais, infelizmente preteridos por outros completamente artificiais, e também o
nosso livro Paisagens de Portugal (António Eloy/ Nuno Farinha).
A partir destes materiais podem ser contadas estórias locais ou regionais e até
nacionais, com transversalidade ibérica, qual jangada infelizmente bloqueada pelas
grandes montanhas de uma maior integração.
Analisando também o mapa hidrográfico e hipsométrico, consegue-se mostrar como
se desenvolve o povoamento e o país, tornando a aprendizagem algo mais do que
repetição e memorização.

Atividades
Ouvir a canção de Jorge Palma "Portugal, Portugal" ou “O Inventor” dos Heróis do Mar,
ler o poema de Fernando Pessoa Mar Salgado, e comentar.
Fazer desenhos, construções do local onde estamos ou do país, e nele colocar bonecos
que localizem cada área.
Descobrir produtos regionais em cada local. Identificá-los.

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REFERÊNCIAS AUTORAIS

TEXTOS — António Eloy e Nuno Farinha


DESIGN e MAQUETIZAÇÃO — Nuno Farinha
ILUSTRAÇÃO — ©Anton Brand / Dreamstime (p.25 - lenhador); ©APREN (p.31 - cartografia
de Portugal); ©Christos Georghiou / Dreamstime (cartoons de Einstein das páginas 2 a
29); ©Dedmazay / Dreamstime (p.11 - agricultor e ferreiro; p.12 - mineiro); ©Dennis Crow /
Dreamstime (p.1 - cartoon do Sol; p.15 - cartoon do furacão; cartoons da Terra das páginas
1, 23, 32 e 34); ©Dennis Crow, Seamartini, Showvector, Topgeek / Dreamstime & Nuno
Farinha (cartoon da capa); ©Dmytro Nedvyga / Dreamstime (p.13 - candeeiro); Förstemann
/ editor (p.8/9 - códice maia); John Gerrard Keulemans (p.21 - ave); John Gould (p.2 - cabeça
do tentilhão); John Murray / editor (p.2 - frontespício); ©Korkwellum / Dreamstime (p.4
- evolução do homem); ©Memoangeles / Dreamstime (cartoons da p.5); ©Nuno Farinha
(p.6 - vasos; p.23 - órbitas da Terra); ©Rita Baptista (p.11 - vaca); Walther Muller (p.6/7 -
espigas de arroz e trigo); ©Sabelskaya / Dreamstime (p.16/17 - banana, tacho e carnes; p.19
- peixes); ©Seamartini / Dreamstime (p.16 - vegetais); ©Ylivdesign / Dreamstime (p.14/15 -
estufa); ©Yudesign / Dreamstime (p.12 - vagoneta)
FOTOGRAFIA — ©APREN (p.32/33 - composição fotográfica); ©George Tsartsianidis /
Dreamstime (p.29 - eletrodomésticos); ©Haiyin / Dreamstime (p.29 - telemóvel); ©Jaysi
/ Dreamstime (p.10 - Carcassone); ©José Miguel Almeida / Dreamstime (p.18 - Alqueva);
Karl Pearson / fotógrafo (p.2 - Charles Darwin); ©Luca Quadrio / Dreamstime (p.16 - Cozido
das Furnas); ©Luis Costa / Dreamstime (p.22 - salinas); ©Outdoorsman / Dreamstime (p.12 -
urso-polar); ©Peter Wilson / Dreamstime (p.14 - incêndio); ©Photka / Dreamstime (p.26/27
- caixas de reciclagem); ©Plagesse / Dreamstime (p.24 - resíduos agrícolas); ©Riccardo
Lennart Niels Mayer / Dreamstime (p.14 - mãos); ©Solarseven / Dreamstime (p.15 - furacão);
©Taina Sohlman / Dreamstime (p.25 - serração); ©Thais29 / Dreamstime (p.24 - cascas de
árvores); ©Vítor Ribeiro / Dreamstime (p.20 - moinhos da Apúlia)

Título — A Energia Viva da Terra - Manual do Professor


Autores — Nuno Farinha & António Eloy
Direção de Arte — Nuno Farinha (www.nunofarinha.com)
Direitos Reservados (obra) — © Nuno Farinha, António Eloy & APREN
Nenhuma parte desta obra ou a sua totalidade pode ser reproduzida, copiada, arquivada ou utilizada
por qualquer meio eletrónico, mecânico, óptico ou outro, sem autorização prévia e escrita dos seus
autores. Este livro está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Impressão e Acabamento — ACD PRINT


ISBN — 978-989-98650-8-2
1ª Edição | Novembro de 2018

APREN — Associação Portuguesa de Energias Renováveis


Av. Sidónio Pais, nº18 R/c Esq — 1050-215 Lisboa
apren@apren.pt | www.apren.pt

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