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A POLITÉCNICA
Nampula,
2023
Tito Emilio Carlos Manuel
Nampula,
2023
Dedicatória
Cristina Cobre;
Celina Ussene.
i
Agradecimentos
Em primeiro lugar, a Deus, que fez com que meus objectivos fossem alcançados, durante
todos os meus anos de estudos.
Aos meus pais, Carlos Manuel e Maria Emília Aiupa Manuel por me darem o dom da vida, e
nunca terem medido esforços para me proporcionar um ensino de qualidade durante todo o
meu período escolar, pelo cuidado e suporte, me incentivando nos momentos difíceis e
compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava nos estudos e na realização deste
trabalho.
Em especial, ao meu supervisor Eng.º. Abílio Bringo, pelas correções e ensinamentos que me
permitiram apresentar esta monografia. A docente PhD Ana Maria Guina, Eng.º. Arlindo
Munguambe, Eng.º. Alfredo Pérez Garcia, Eng.º. Abel Crisóstomo Carlos, Eng.º. Célio
Rapieque, Eng.º. Chungu robate, e Dr. José Augusto Guina pelos ensinamentos e conselhos
dados ao longo do período.
Agradeço a Lúdia Abdul, uma amiga incrível e minha querida namorada que sempre esteve
ao meu lado durante o meu percurso acadêmico.
Aos meus colegas que se tornaram amigos e irmãos de modo particular: Muhammad Farhan
Nasser, Melvin Sumbane, Emanuel Algamassa, Sérgio Albano, Iderson Mandede,
Hermenegildo Quaria, Anderson Victor, Henry Frank, Edmilson Nhalia, Luís Pondja,
Cumuaha Henriques, Zulficar Matias, Isolda Oficial e mais, que mais do que amigos, e
colegas foram reais parceiros de batalha.
Por fim, a todas as pessoas que de alguma forma estiveram envolvidas ne realização deste
trabalho.
ii
Parecer do Supervisor
iii
Resumo
iv
Abstract
The present work presents a comparative analysis of the concrete dosage in civil
construction, which is why this monograph has as general objective, to consummate a study
of the concrete dosage in situ (at the work site), and in the power station, developing in the
same way, the costs, and the benefits of this material, dosed in these two situations. Studies
were carried out according to the following research instruments: books, surveys, reports,
websites, website articles, dictionary. REBAP and the Technical Table for Civil Engineers
were also used. However, in this work, the concreting of a 40 m³ roof slab was hypothetically
defined, as a basis for this comparison, and after this analysis with the data presented, it was
possible to identify that, despite the dosage methods differing from each other, certain
activities are common to all, such as the correlation of compressive strength with the
water/cement ratio for a given type and class of cement, the evolution of strength growth over
time, water consumption per unit volume to obtain the required workability , certain
adjustments and corrections on site. In short, in-situ concrete dosing (at the construction site)
is more economical, but most of the time it does not meet the resistance required by
designers, due to a low precision in the accuracy of calculations, that is, traces to be used.
coherently, thus lowering its quality, in this way, despite its reduced cost, it has its
disadvantages and limitations. Lately, the fact of using concrete, made at the construction
site, is a possibility carefully analyzed, which is often called unfeasible, due to several factors
such as: the issue of cleanliness at the construction site, the space available for this to be
carried out. procedure, the greater expenditure of water, electricity, among other facts that
can cause a loss of quality, when concluding the final process of the concrete. This also does
not even compare to the concrete dosed in a plant, with high technological development in
production, thus being able to evaluate the quality control. The analyzes show that the use of
concrete dosed at the plant is the best alternative for the work, in view of the agility in the
application of the product, lower cost of the man/hour value applied during the operation and
the guarantee of the quality and the requirements demanded by the standards currently in
effect.
v
Índice
Dedicatória.............................................................................................................................................i
Agradecimentos.....................................................................................................................................ii
Parecer do Supervisor...........................................................................................................................iii
Resumo.................................................................................................................................................iv
Abstract.................................................................................................................................................v
Lista de Figuras....................................................................................................................................ix
Lista de Gráficos....................................................................................................................................x
Lista de Tabelas....................................................................................................................................xi
Lista de Abreviaturas...........................................................................................................................xii
Lista de Siglas....................................................................................................................................xiii
DISPOSIÇÕES INICIAIS.....................................................................................................................1
Introdução..........................................................................................................................................1
Objectivos..............................................................................................................................................3
Objectivo Geral:........................................................................................................................3
Objectivos Específicos:..............................................................................................................3
Justificativa............................................................................................................................................4
Hipóteses:..............................................................................................................................................4
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................6
1.1 – Conceitos Gerais.......................................................................................................................6
1.1.1 Betão.........................................................................................................................................6
1.1.2 Betão Armado...........................................................................................................................7
1.1.3 Classificação dos betões de Cimento........................................................................................7
1.1.4 Qualidades de betões................................................................................................................8
1.1.5 Caracteristicas do Betão..........................................................................................................10
1.1.6 Propriedades do Betão fresco..................................................................................................11
1.1.7 Propriedades do Betão endurecido..........................................................................................12
1.1.8 Composição do Betão.............................................................................................................12
1.1.8.1 Cimento...........................................................................................................................12
1.1.8.2 Inertes..............................................................................................................................13
1.1.8.3 Forma dos Grãos..............................................................................................................17
1.1.8.4 Água................................................................................................................................18
1.1.8.5 Adjuvantes.......................................................................................................................18
1.2 Dosagem De Betão....................................................................................................................21
1.2.1 Evolução Dos Métodos De Dosagem..................................................................................21
1.2.2 Objectivo e Metodológia Geral de Dosagem..........................................................................23
vi
1.2.3 Preparo, Lançamento, Transporte, Adensamento....................................................................25
1.2.4 Normas para Avaliação da Eficiência.....................................................................................25
1.2.5 Dosagem De Betao Em Centrais Industriais...........................................................................26
1.2.5.1 Vantagens do Betão Feito em Centrais Industriais...............................................................27
1.2.5.2 Desvantagens do Betão Feito em Centrais Industriais.........................................................28
1.2.5.3 Processo de Dosagem do Betão na Central Industrial..........................................................28
1.2.6 Dosagem De Betao “In Situ” (No Local ou Canteiro de Obra)..............................................32
1.2.6.1 Vantagens do Betão “In Situ” (No Local ou Canteiro de Obra)...........................................33
1.2.6.2 Desvantagens do Betão “In Situ” (No Local ou Canteiro de Obra)......................................33
1.2.6.3 Equipamentos Usados na Dosagem do Betão “In Situ” (No local ou Canteiro de Obra):....34
1.2.7 Tempo de Mistura...................................................................................................................37
1.2.8 Ordem de colocação dos Materiais na Betoneira....................................................................38
1.2.9 Transporte...............................................................................................................................38
1.2.9.1 Transporte Horizontal......................................................................................................39
1.2.9.2 Transporte Inclinado........................................................................................................40
1.2.9.3 Transporte Vertical..........................................................................................................40
1.2.10 Bombas.............................................................................................................................41
1.2.11 Camiões-Betoneira...........................................................................................................42
1.2.12 Tempo de Transporte............................................................................................................42
1.2.13 Adensamento........................................................................................................................43
1.2.13.1 Adensamento Manual....................................................................................................43
1.2.13.2 Adensamento Mecânico................................................................................................44
1.3 Factores que Influem na Resistência à Compressão do Betão....................................................44
1.3.2 Quantificação Dos Factores Que Influem Na Resistência.......................................................46
1.3.3 Controle De Produção De Betão.............................................................................................48
CAPÍTULO II – METODOLOGIA.....................................................................................................49
2.1 Tipo de pesquisa........................................................................................................................49
2.2 Instrumentos..............................................................................................................................50
2.2.1 Procedimentos de colecta de dados.........................................................................................50
CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO: SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL – EDIFÍCIO
RESIDENCIAL – NAMPULA...........................................................................................................51
3.1 Contexto....................................................................................................................................51
3.1.1 Caracterização do Objecto de Estudo......................................................................................51
CAPÍTULO IV - ANÁLISE DOS RESULTADOS.............................................................................60
vii
CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS...........................................................................................62
5.1 – Conclusão...............................................................................................................................62
5.2 Sugestões...................................................................................................................................62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................64
viii
Lista de Figuras
ix
Lista de Gráficos
x
Lista de Tabelas
xi
Lista de Abreviaturas
Av. – Avenida
Kg – Quilogramas
MPa - Megapascal
m² – metro quadrado
m³ - metro cúbico
Sd – Desvio Padrão
xii
Lista de Siglas
In Situ – No local
xiii
“Somos Arquitectos do Nosso Próprio Destino”
Albert Einstein
xiv
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Introdução
1
Entre os métodos de dosagem de betão em estudo, qual é o mais viável para a sua adopção
em estruturas de edifícios?
Vale ressaltar que o betão deve ser lançado após o seu preparo, sendo que não é
recomendado, nem tão pouco permitido um intervalo igual ou superior a 1 hora dentre o fim e
o lançamento, é preciso respeitar o horário limite que é de 2:30h entre a saída do caminhão da
central e o lançamento, este mesmo procedimento é válido caso haja interrupções,
abrangendo o betão já lançado e adensado e betão novo. Caso tenham-se defeitos perceptivos
na superfície, o profissional responsável pela obra poderá autorizar as correções. As
correções devem por sua vez seguir as recomendações das normas em vigor.
2
Objectivos
Segundo Marconi e Lakatos (2005: 209) “Objectivo geral está ligado a uma visão
global e abrangente do tema, relacionam-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e
eventos, quer das ideias estudadas, vincula-se directamente à própria significação da tese
proposta pelo projecto”.
Objectivo Geral:
Efectuar uma análise comparativa da dosagem de betão produzido “in situ”(no local
da obra) e na Central de Betão, no sector de construção civil - Nampula.
Objectivos Específicos:
3
Justificativa
Hipóteses:
Hipótese 1: A Dosagem de betão “in situ”(no local da obra) é a melhor escolha para
betonagem de estruturas em edificios, pois apresenta menor custo, quando
comparado com o betão dosado numa central.
Hipótese 2: A Dosagem de betão na central é a melhor escolha para betonagem de
estruturas em edificios, pois apresenta maior resistência, ou seja, possui alto
desenvolvimento tecnológico na produção, podendo assim, avaliar o controle de
qualidade quando comparada com o betão dosado “in situ”(no local da obra).
4
Estrutura do Trabalho
Este trabalho encontra-se estruturado, além das disposições iniciais, contém 5 capítulos:
Nas disposições iniciais constam os elementos pré-textuais, como a introdução que traz breve
estudo de objecto e sua relevância, justificativa do tema, descrevendo sua problematização
com as possíveis hipóteses e seus respectivos objectivos para concretização da pesquisa.
Capítulo V – Este é o capítulo sobre disposições finais, dá-se a finalização sobre os aspectos
anteriormente falado, requerendo assim mencionar os pontos finais dos quais foram
abordados e suas devidas sugestões e conclusões.
5
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste trabalho os conceitos teóricos abordados são por meio da revisão da literatura
voltado para o betão, as propriedades, os inertes do betão e a dosagem do mesmo. Essenciais
para o âmbito dos sistemas em estudo na realidade das construções moçambicanas, sobretudo
ao nível dos seus integrantes. Não se tenciona descrever exclusivamente esses conceitos,
somente abordar de modo a que se compreenda melhor todo o processo que engloba este
tema.
1.1.1 Betão
Betão é um material constituido pela mistura, devidamente proporcionada de inertes
(brita e areia), um ligante hidráulico (cimento), água e eventualmente, adjuvantes. A
propriedade que os produtos da reacção do ligante com a água têm de endurecer,
confere à mistura uma coesão e resistência que permite servir como material de
construção. (Coutinho, 1973)
6
1.1.2 Betão Armado
De acordo com (Carvalho & Filho, 2014) afirmam que desta maneira os dois
materiais, betão e aço, deverão trabalhar solidariamente, o que é possivel devido às forças de
aderência entre a superfície do aço e betão, pois as barras de aço traccionadas (armadura
traccionada) só funcionam quando, pela deformação do betão que as envolve, começam a ser
alongadas, o que caracteriza as armaduras passivas.
Para (Brazão & Dos Reis, 1993) Os betões são designados por uma sigla formada por
uma sucessão dos indicativos do tipo, da classe e da qualidade. São Classificados em dois
tipos de acordo com a tabela 1 a seguir:
Tipo B Tipo BD
Caracterizado por determinada resistência Caracterizado pela durabilidade em meios
mecânica ambientes agressivos
Fonte: Brazão & Dos Reis, 1993
Os betões a utilizar em estruturas devem ser do tipo B. (Brazão & Reis, 1993, p. 425)
Ainda (Brazão & Dos Reis, 1993) relatam quando condições especiais de
agressividade o imponham, devem os betões satisfazer também às exigências
correspondentes ao tipo BD, pelo menos na camada superficial cuja espessura seja suficiente
para isolar a massa do betão da acção agressiva.
7
1.1.4 Qualidades de betões
8
de água em função da umidade dos inertes simplesmente
estimada.
Fonte: Brazão & Dos Reis, 1993
A classe do betão é designada pelo número que exprime o valor característico da sua
tensão de rotura, em MPa devendo, no caso de a classe ser definida por tensões de rotura por
flexão, na designação da classe opor-se a letra F àquele numero. (Brazão & Reis, 1993)
B30 30 25
B35 35 30
B40 40 35
1 ≥ B30
B45 45 40
B50 50 45
B55 55 50
Fonte: Brazão & Dos Reis, 1993
9
com o betão é dada na tabela 5. No caso de serem fabricadas em central industrial devem os
betões independentemente da classe, ser sempre da qualidade 1.
Ainda Helene & Terzian (1992) Cabe ao tecnologista de betão conciliar essas
exigências satisfazendo a ambos através de um betão o mais econômico possível. Apesar de
óbvia, esta última condição é frequentemente esquecida, encontrando-se engenheiros que se
orgulham de produzirem ou empregarem em suas obras betões com características e custo
muito acima das mínimas exigidas.
10
Table 6 - Sentido da evolução de diversos parâmetros da dosagem em função da
trabalhabilidade, da resistência mecânica e do custo
Parâmetro de dosagem Betão fresco Betão endurecido Para redução do custo
do betão Para uma boa Para uma boa
trabalhabilidade resistência
Granulometria do inerte de preferência fina de preferência grossa Grossa
fino (areias)
Relação inerte A diminuir A aumentar A maior possível
grosso/fino
Consumo de água A aumentar até um certo A diminuir A aumentar
ponto
Granulometria total Preferível contínua Preferível descontínua A disponível
Quando o betão está em seu estado fresco, ele apresenta algumas propriedades
características, como o poder de retenção da água, sua textura, integridade de massa e
trabalhabilidade. A trabalhabilidade é uma das características fundamentais para definir a
capacidade de execução adequada para uma construção, caso o betão não esteja em condições
de fácil lançamento ou perfeitamente adensado, possivelmente não atingirá a durabilidade e
resistência desejada. (PETRUCCI, 1998)
a) Relação inertes/ligantes;
b) Finura do cimento;
c) Granulometria dos inertes;
11
d) Temperatura; e
e) Água na mistura.
Para Alves (2002), uma das características importantes para o betão endurecido é a
resistência mecânica, dependendo da composição e especificações dos materiais usados na
mistura, sendo que cada material tem sua característica que contribuem para a resistência
final. Outra propriedade fundamental do betão é a massa específica, que segundo Petrucci
(1998), varia entre 2,3 g/cm³ e 2,5 g/cm³ no estado endurecido.
1.1.8.1 Cimento
Segundo Dallabrida & Veigas (2014) afirmam que o cimento é um ligante que,
através das reações de contato com a água, ocorre o endurecimento. Após este, mesmo que
ocorra acção da água, o material é resistente. Habitzreiter (2015) afirma que o cimento é
produzido pela moagem de clínquer, consiste de silicatos de cálcio hidráulicos e com uma ou
mais formas de adição de sulfato de cálcio, podendo adicionar vários outros materiais
carbonáticos e pozolânicos no decorrer da moagem.
12
Segundo Brazão e Dos Reis (1993, p. 427) indicam na tabela 7 os ligantes a utilizar
no fabrico de betões:
Tipo B Tipo BD
1.1.8.2 Inertes
Condições Gerais:
Segundo Brazão e dos Reis (1993, p. 430) Definem os inertes como materiais
granulares que devem apresentar resistência mecânica, forma e composição química
adequadas para o fabrico do betão a que se destinam, não podem conter, em quantidades
13
prejudiciais, películas de argila ou de qualquer outro revestimento que os isole do ligante,
particulas moles, friáveis, ou demasiado finos, matéria orgânica e outras impurezas.
Nos casos de betões do tipo BD das classes 1 e 2 destinados a ficar em contacto com a
água do mar, ou com águas que contenham sulfatos em quantidades apreciáveis, os inertes a
utilizar devem ser submetidos a ensaios de determinação da reactividade com os sulfatos em
presença de hidróxido de cálcio, para uma duração de ensaio de seis meses. Os inertes devem
apresentar determinada resistência mínima e outras propriedades que se resumem no quadro
seguinte.
14
< 2,0 x 10−5 / ºC
(1) Estas características aferem a resistência dos inertes, bastando em geral determinar uma delas. Note-se
que a primeira característica não pode ser determinada no caso dos inertes naturais e a terceira não é
significativa para inertes calcários.
(2) Esta característica só é em geral determinada para as areias. No caso de haver suspeitas de que os
inertes grossos contêm estas impurezas em quantidade prejudicial, haverá que tomar precauções
especiais.
(3) Admite-se que este resultado seja positivo se o resultado do ensaio pelo processo da barra de argamassa
satisfizer o valor especificado. O resultado negativo do ensaio quimico dispensa a realização do ensaio
pelo segundo processo.
(4) Os valores indicados podem não ser respeitados mediante justificação baseada no estudo da
composição granulométrica do betão.
Segundo Fusco (2012, p. 22) classifica os inerte fino (areias) de acordo com a tabela 9 a
seguir:
Módulo de Finura
15
Areia grossa MF > 3,9
Areia média 2,4 < MF < 3,9
Areia fina MF < 2,4
Fonte: Fusco, 2012
Ainda de acordo com o mesmo autor, Para os inertes grossos, as exigências referentes
à composição granulométrica são muito menos exigentes do que para os inertes finos. De
modo geral, no comércio são consideradas as seguintes categorias de brita, em função da
faixa de tamanhos predominantes de seus grãos e os diâmetros característicos (máximos) de
cada categoria:
16
Brita 3 25 – 50 50
Brita 4 50 – 76 76
Brita 5 76 – 100 100
Fonte: Fusco, 2012
Segundo (Beuer, 2000, p. 105) afirma que a forma dos graõs do inerte grosso influi na
qualidade do betão, ao lhe alterar a trabalhabilidade, afectando, em consequencia, as
condicionantes de bombeamento, lancamento e adensamento.
Ainda o mesmo autor afirma que, Os grãos irregulares têm maior superfície especifica
que os cubóides e têm, ainda, o inconveniente de poderem ficar presos entre as barras da
armação do betão armado, do que resulta enchimento irregular da forma, dando causa a
ninhos de rato, fenômeno altamente nocivo ao desempenho de peças estruturais. A alta
trabalhabilidade possivel com betoes preparados com pedregulhos (cascalho) deve-se não só
às formas arredondadas dos grãos, mas também à lisura das suas superficies. Quando
aumenta a porcentagem de alongados e lamelares, o betão perde trabalhabilidade.
17
A obtenção, nas pedreiras, de brita sem excesso de grãos irregulares torna-se de alta
prioridade (particularmente nas graduações mais finas como a brita 1), sobretudo se leva em
conta que o principal mercado de brita é o de inerte para betão.
Por outro lado, os grãos irregulares, justamente devido à sua forma e textura
superficial, apresentam maior aderência de argmassa, resultando os betoes com eles
confeccionados possuirem maior resistência, mantidas inalteradas as demais condições do
traço do que os confeccionados com pedregulhos de grãos cubóides e superfície lisa.
1.1.8.4 Água
De acordo com Fusco (2012) A água destinada ao amassamento do betão deve ser
isenta de teores prejudiciais de substancias estranhas.
1.1.8.5 Adjuvantes
De a cordo com o LNEC E-374 existem vários tipos de adjuvantes baseado na função
principal:
Adjuvante que, sem afectar a trabalhabilidade, permite a redução da dosagem de água de uma
dade amassadura, ou que, sem modificar a dosagem da água, aumenta a trabalhabilidade, ou
que produz simultaneamente os dois efeitos;
18
Adjuvante que, sem afectar a trabalhabilidade, permite uma alta reducao da dosagem de água
de uma dada amassadura, ou que, sem modificar a dosagem de água, aumenta
consideravelmente a trabalhabilidade, ou que produz simultaneamente os dois efeitos;
Adjuvante que permite diminuir o tempo de transição do estado plástico plástico para o
estado rigido do betão;
Adjuvante que acelera o desenvolvimento das resistências iniciais do betão, afectando ou não
o tempo de presa;
Adjuvante que prolonga o tempo de transição do estado plástico para o estado rigido do
betão;
8. Adjuvante hidrófugo:
19
1.2 Dosagem De Betão
Breve Histórico
Ainda Helene e Terzian (1992) afirmam que desde os primeiros usos ficou claro que o
proporcionamento dos materiais não poderiam ser arbitrário e que era necessário obter um
conglomerado compacto e sólido. Inicialmente os conglomerados eram usados sem muita
responsabilidade estrutural, as solicitações atuantes eram muito baixas e, consequentemente,
as regras de proporcionamento eram inteiramente empíricas e provinham do conhecimento
tradicional do proporcionamento de argamassas. Estavam limitadas à obtenção de
conglomerados nos quais os ligantes eram cales aéreas e cales combinadas com pozolanas,
denominadas cales hidráulicas. Nestes casos, resultavam proporções praticamente fixas e
independentes da natureza dos materiais constituintes. Esses critérios – alguns eventualmente
ainda adoptados nos tempos atuais – asseguram uma certa compacidade com excesso nitido
de aglomerante, o que conduz a misturas não econômicas.
[...] Apesar de a resistência de dosagem ser apenas uma das atividades de estudo de
dosagem, ela tem importância econômica e técnica destacada. Sua importância
técnica está diretamente relacionada com os métodos de introdução da segurança no
projeto estrutural, enquanto o custo do betão é, essencialmente, função do consumo
de cimento por metro cúbico que depende da resistência média desejada. (HELENE
& TERZIAN, 1992, p. 70)
20
De acordo com Helene & Terzian (1993) Mostra a evolução dos metodos de dosagens
situando-os cronologicamente na tabela 11:
21
de dosagens” trabalhabilidade
Segundo Helene e Terzian (1992) A dosagem do betão pode então ser entendida como
sendo o proporcionamento adequado dos materiais constituintes: cimento, inerte fino, inerte
grosso, água e eventualmente adjuvantes, com vistas ao atendimento das seguintes cinco
condições principais:
22
relação água/cimento, sendo que alguns autores se referem, também, ao consumo mínimo de
cimento, por entenderem que a paste deve envolver todos os grãos de inertes.
III – Tipo de inerte disponível economicamente: à primeira vista não há por que
relacionar inertes, uma vez que estes deveriam fazer parte, em princípio, das variáveis e não
estar entre os requesitos a serem atendidos. Ocorre que nem sempre é possível dispor-se no
local da obra de inertes ideais quanto à forma e textura e que também não apresentem
reatividade com compostos hidratados da pasta de cimento. As características de forma e
textura dos inertes influirão na quantidade mínima de água para obtenção da trabalhabilidade
desejada e sua eventual reatividade deverá ser combatida com o emprego de cimentos
pozolânicos ou de baixo teor de álcalis.
23
Ainda Helene e Terzian (1992) afirmam que a dosagem é um processo bastante
abrangente, exigindo amplo conhecimento das propriedades dos betões tanto no estado
endurecido quanto no estado fresco. Os metodos de dosagem, sem exceção, permite obter
teórica e analiticamente um primeiro traço, mais provável. Essa primeira proporção dos
materiais deverá, contudo, sempre ser conferida e geralmente ajustada através de amassadas
experimentais em laboratório para obtenção do traço desdobrado indicado para início da
produção.
Segundo Beuer (2000) afirma que existem no entando, regras fundamentais que devem,
em todo e qualquer caso, ser observadas. Assim é que o engenheiro ao se propor a estudar
uma dosagem deve necessariamente conhecer:
1. O Projecto
2. Os materiais disponíveis
3. Os equipamentos e mão-de-obra disponíveis.
Para Beuer (2000) Os critérios para avaliação da eficiência da acção de mistura são:
24
a) Homogeneidade do betão fabricado, em especial da dosagem do cimento por unidade
do volume;
b) Resistência do betão obtido e sua dispersão;
c) Porcentagem de material que fica aderente às peças do tambor, depois da descarga;
d) Velocidade de descarga.
Fonte: . http://acasamax.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/09/04-1.jpg
Segundo o Portal do Betão, A diferença básica que existe entre as centrais de betão
está na forma de pesar os inertes e no tipo de carregamento do camião (manual ou
automático).
25
Ainda de acordo com o Portal do Betão, o carregamento manual é aquele onde o
operador de balança faz o controle da pesagem dos materiais e sua transferência para o
camião. Para isto, existe um painel de controle com botões para a abertura e fechamento de
comportas, acionamento de transportadores de correia, insufladores de ar, vibradores, bombas
de água, etc.
Segundo (Helene & Terzian, 1992, p. 70) é um betão cuja composição tenha sido
determinada de acordo com os processos modernos que baseia a resistência do betão no
factor água/cimento e na granulometria do inerte. A dosagem pode ser feita por qualquer
método baseado na relação entre a quantidade de água e o peso do cimento (relação
água/cimento) desde que devidamente justificado e submetido à fiscalização e desde que
satisfaça as seguintes condições:
[...] terá por fim estabelecer o traço do betão para que este tenha a
resistência e a trabalhabilidade previstas, expressa esta última pela
consistência. (HELENE & TERZIAN, 1992, p. 72).
26
1.2.5.1 Vantagens do Betão Feito em Centrais Industriais
27
Os laboratórios, local de operação e controle, estoque dos materiais, balneários, etc.
São os demais itens que compõem uma central de betão.
1º Passo:
Fonte: https://www.ecivilnet.com/dicionario/images/pa-carregadeira.jpg
2º Passo:
Finalizado as pesagens dos materiais, são adicionados os demais itens, ou seja, o cimento,
Adjuvante e a Água, através do painel de controle, que o mesmo ajuda no cálculo automático
28
desses materiais, e tudo fica devidamente registrado garantindo o processo e conferências
futuras.
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:And9GcSVgo
3º Passo:
Este veículo é responsável não apenas pelo transporte do betão até a obra, mas por
toda a mistura e homogeneização dos materiais.
29
Figura 6 : Processo de homogeneização dos materiais com o auxilio de um camião-
betoneira
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:And9GcTcdqva
4º Passo:
Fonte: http://acasamax.com.br/blog/wp-content/uploads/2018/09/04-1.jpg
30
5º Passo:
Em seguida a balança dos inertes irá despejar os materiais já pesados através de uma
transportadora de correia (esteira) até o misturador, e os demais itens contidos no silo são
adicionados.
Fonte: https://soveper.lda.pt/betao/ewExternalFiles/Barragem%20de%20Pretarouca%20-%20Telebelt
%20soveper.JPG
6º Passo:
E por fim, o camião betoneira é direccionado para o local onde será adicionado mais
água na mistura através do hidrômetro que controla o volume de água adicionado, e este
processo deixa o material homogênio. E deste modo o betão já pode seguir para a obra.
Segundo Góes (2013) O betão é misturado e dosado no canteiro da obra, onde será
aplicada a mistura de cimento, areia, água e brita (podendo ser adicionados adjuvantes). É
realizada com a utilização de ferramentas: pás, enxadas ou com uso de betoneira.
31
permitido amassar-se, de cada vez, volume de betão superior ao correspondente a 100 kg de
cimento. (BEUER, 2000)
O betão in situ compreende o betão preparado por mestres, e serventes na obra, este
procedimento é considerado superficial, expondo assim, uma baixa precisão na exatidão de
cálculos, ou seja, traços a serem utilizados coerentemente, baixando assim, sua qualidade.
32
1.2.6.1 Vantagens do Betão “In Situ” (No Local ou Canteiro de Obra)
1.2.6.3 Equipamentos Usados na Dosagem do Betão “In Situ” (No local ou Canteiro de
Obra):
Para a execução da dosagem e mistura do betão, precisamos do auxílio de certos
equipamentos e ferramentes, dentre elas:
1. Carrinho de mão
Carrinho de mão é o nome dado a uma espécie de transporte usado para carregar
pesos, areia ou terra em alguns tipos de construções. Ele é movido pela energia humana, ou
seja, é empurrado pelo homem para que o transporte seja realizado. Sua estrutura consiste em
dois braços (apoios), uma roda e, próximo à roda, o centro de gravidade.
33
Figura 10 - Carrinho de mão
Depositar materiais;
Descarregar materiais;
Misturar materiais.
2. Pá
34
Figura 11 - Demonstração de uma pá usada na construção civil
3. Betoneira
Uma máquina de preparar betão, mais conhecida como betoneira, é a responsável por
deixar a massa pronta e uniforme para ser utilizada durante alguma construção. Sendo assim,
seu papel é fundamental dentro de qualquer tipo de obra.
35
Figura 12 - Betoneira, equipamento usado na construção civil
36
Chassi reforçado (esqueleto da máquina, sua responsabilidade é interligar todas as
suas partes).
Para adicionar os materiais, siga a seguinte ordem: primeiro as pedras, depois a água,
cimento e por fim a areia.
4. Baldes
O uso do balde em uma construção civil é mais comum do que se pode imaginar. São
utilizados para transportar betões, argamassas e outros materiais utilizados nas obras. Os mais
utilizados são: balde metálico para concreto, balde para massa de aço galvanizado, caixa para
massa em PVC e balde para massa em PVC.
37
A duração necessária aumenta com o volume da amassadura e será tanto maior quanto
mais seco o betão. O tempo mínimo de amassamento, em segundos, será 120√ d , 60√ d ou
30 √ d , conforme o eixo da misturadora seja inclinado, horizontal ou vertical, sendo d o
diametro máximo da misturadora (em metros).
Segundo Beuer (2000) Não há regras gerais para a ordem de colocao dos materiais na
betoneira, pois isso depende do tipo e das dimensoes dos mesmos. Há no entanto, algumas
regras especificadas, que devem ser verificadas, testadas e adoptadas, se aprovadas. Para as
betoneiras pequenas, de carregamento manual, convém observar as regras que segue:
a) Não colocar o cimento em primeiro lugar, pois, se a betoneira estiver seca, perder-se-á
parte dele, e, se estiver úmida, ficará muito cimento revestindo-a internamente;
b) É boa a pratica de colocação , em primeiro lugar, da água, e em seguida do inerte
grosso, pois a betoneira ficará limpa. Estes dois materiais retiram toda a argamassa
que geralmente fica retida nas palhetas internas, da betonada anterior.
c) É boa a regra de colocar em seguida o cimento, pois, havendo água e pedra, haverá
uma boa distribuição de água para cada particula de cimento, havendo ainda uma
moagem dos grãos de cimento pela acção de arraste do inerte grosso na água contra o
cimento;
d) Finalmente, coloca-se o inerte fino, que faz um tamponamento nos materiais já
colocados, não deixando sair o grosso em primeiro lugar, como é comum, se
deixamos esse material para a última carga.
1.2.9 Transporte
38
A condição principal imposta ao sitema de transporte é a de manter a homogeneidade
do material. Em geral, a segregação se dá porque o betão é uma mistura de materiais
heterogêneos em dimensões, pesos e densidade, portanto, logo após a sua fabricação. Há
forças internas e externas atuando para separar esses materiais. Essa separação deve ser
impedida, e nunca corrigida após sua ocorrência.
O sistema de transporte deverá, sempre que possivel, permitir o lançamento direto nas
formas, evitando´se depósito intermediário, se este for necessário, no manuseio do betão
deverão ser tomadas precauções para evitar desagregação. Outra condição é a de que seja
rápido, a fim de evitar que o betão perca a trabalhabilidade ou seque.
39
vantajoso, quando empregados carrinhos, utilizar rodas de pneus ou vagonetas sobre trilhos,
ja que, nesses processos, a trepidação do transporte fica diminuida.
Fonte: https://soveper.lda.pt/betao/ewExternalFiles/DSC_0008_3.JPG
Feito em geral por guinchos, de descarga automática ou não, por guindastes equipados
com caçambas de descarga pelo fundo, de manobra ou mecanicamente comandada por
sistema elétrico ou a ar comprimido.
40
Também é transporte vertical a queda livre, devendo-se limitar a altura a 2,50 até 3,00
metros, além do que a desagregação é muito grande.
1.2.10 Bombas
Fonte: https://www.northmixbombas.com.br/imagens/informacoes/bomba-lanca-alugar-03.jpg
No caso de transpote por bombas, o diâmetro interno do tubo deverá ser no mínimo
três vezes o diametro máximo do inerte. Em geral, tem a capacidade de bombeamento
horizontal até 300 metros, havendo perda de cerca de 10 a 12 metros por curva de 90º e perda
de cerca de 8 metros na horizontal por metro na vertical.
41
Até a pouco as bombas eram somente utilizadas em obras pesadas, como barragens e
túneis. Atualmente as bombas são montadas em veículos, o que as torna bastante prática, e
seu uso tende a generalizar-se nas obras de edifícios.
1.2.11 Camiões-Betoneira
Fonte: https://www.liebherr.com/external/products/products-assets/7ecec5b0-c8f0-4102-ad7f-ae260cab05df/
IMG_390x390/liebherr-truck-mixer-HTM-804.jpg
A norma americana ASTM-C impõe mínimo de 50 a 100 rotações nessa velocidade, ou seja,
4 a 9 minutos.
42
1.2.12 Tempo de Transporte
1.2.13 Adensamento
De acordo com Beuer (2000) Para obtenção de betão compacto com o mínimo de
vazios, após a colocação do betão nas formas, há necessidade de compactá-lo através de
processos manuais ou mecânicos, que provocam a saída do ar, facilitando o arranjo interno
dos inertes, melhoram o contacto do betão com as formas e as ferragens.
Fonte: https://engenhariavieira.com.br/wp-content/uploads/2020/01/IMG_20180604_234427_995.jpg
43
Resistência 100% 90% 70% 50%
Fonte: Beuer, 2000
(Beuer, 2000, p. 257) Afirma que onde há energia, a compactação mecânica, por sua
maior eficiência, é a preferível. O apiloamento é feito com soquetes apropriados, em geral
movidos a ar comprimido, utilizados principalmente nas formas, aplicando-se 100 a 150
golpes por minuto, ou sobre o próprio betão, com o equipamento popularmente denominado
“sapo”.
Para (Helene & Terzian, 1992, p. 112) Vários são os factores que intervêm na
resistência à compressão do betão da estrutura, desde a heterogeneidade dos materiais,
representada pelos inertes, o cimento, a água e eventualmente os aditivos, até o seu
transporte, lançamento, adensamento e cura. No entanto o controle da qualidade da
44
resistência do betão se restringe à resistência potencial do betão, medida na saída da betoneira
ou caminhão-betoneira.
Com relação à explicitação dos dos fatores que intervêm na resistência potencial do betão,
Mercer listou 60 causas de variação dos resultados de resistência à compressão do betão.
Sparkers, mais simplista, reuniu essas 60 causas em apenas oito, por ele consideradas mais
importantes. Fica claro que os factores que influem na resistência à compressão do betão são:
Ainda Helene e Terzian (1992) afirmam que para alterar a resistência à compressão deve-
se atuar sobre o grau de hidratação ou sobre a relação água/cimento.
45
De acordo com Helene e Terzian (1992) Ao utilizar outros inertes/agregados ou
empregar aditivos redutores de água ou superplastificantes, obtêm-se alterações imediatas no
comportamento e características do betão fresco, mantido o mesmo traço. Essa alteração
poderá permitir ou obrigar no caso de determinada obra uma modificação da relação
água/cimento para adequar a trabalhabilidade do betão fresco às condições de transporte,
lançamento e adensamento desse betão nas formas e/ou cofragens. Num estudo laboratorial,
no entanto, se mantida a relação água/cimento, a resistência à compressão passa a ser
dependente exclusivamente do tipo de cimento considerado e da idade escolhida para o
ensaio de compressão axial. Passa a ser conveniente conhecer também a correlação entre a
resistência à compressão dos diversos tipos de cimentos nacionais e a relação água/cimento, a
diferentes idades.
46
procedência. A troca de tipos de classe de cimento ou erros grosseiros na proporção dos
materiais, ou na mistura, ou nas operações de ensaio não estão computados.
B – Mão-de-obra
Variabilidade do tempo e procedimento de mistura - 30%
C – Equipamento
Ausência de aferição de balanças - 15%
D – Procedimentos de Ensaio
Coleta imprecisa - 10%
Apesar de ser bastante improvável que esses efeitos coincidam e possam ser somados,
resulta que a variação da resistência do betão, com o tempo, é dependente da variação de cada
um destes factores com o tempo.
47
Está claro, no entanto, que essa mudança no tempo é resultado da mudança da partida
de cimento, da evaporação maior ou menor da água de amassamento, da variação das
características dos inertes (impurezas, granulometria, umidade) e outras mais. Sempre que
essas variáveis efetivamente se modifiquem, há necessidade de separar-se os resultados para
efeito de controle.
Outro recurso que a equipa encarregada do controle de produção pode e deve utilizar é a
verificação da uniformidade das caracteristicas do betão fresco. Normalmente a
trabalhabilidade expressa pela consistência, a massa específica do betão fresco, o teor de ar
aprisionado e a relação água/materiais secos dão boa informação sobre a manutenção das
características finais do betão endurecido.
Além destas verificações, efetuadas no betão ainda fresco, é sempre interessante proceder
ao controle da resistência à compressão. Em última instância, todo betão acabará sendo
48
julgado através de sua qualidade final, que em geral é a sua resistência à compressão em uma
idade prescrita.
CAPÍTULO II – METODOLOGIA
a) Quanto a finalidade
A pesquisa é classificada como uma pesquisa com finalidade básica estratégica, pois,
segundo Gil (2008), esse tipo de pesquisa objectiva a proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Ainda, pode-se dizer
que estas pesquisas têm como objectivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta
de intuições.
O tipo de pesquisa quanto à objectivo pode ser entendida como descritivo e exploratório,
descritivo por se tratar de um estudo feito tomando como base referêncial teórico, e
exploratório por além do referencial teórico, foi feito uma sondagem sobre alguns fenomenos
desenvolvidos no trabalho, dentre elas, a colecta de dados necessários, do mercado productor
de certos materiais, usados para o desenvolvimento desta análise.
c) Quanto a abordagem
O tipo de pesquisa quanto à abordagem pode ser entendida como qualitativa um dos
motivos por se tratar de um estudo de caso, e neste estudo em primeira etapa foi utilizado
também o procedimento bibliográfico.
Foi realizado um estudo da dosagem in situ e na central, de uma laje de uma residência
localizada no bairro de muahivire-expansão (Jardim), conforme é apresentado na figura x
desenvolvida pelo autor, considerando uma tipologia com área real construída de 200 m².
49
d) Quanto ao método
e) Quanto ao procedimento
2.2 Instrumentos
50
CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO: SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL –
EDIFÍCIO RESIDENCIAL – NAMPULA
3.1 Contexto
51
O edifício em estudo, localiza-se no bairro de Muahivire-Expansão (Jardim), Cidade
de Nampula, com uma carasterística de arquitectura moderna, Projecto tipo 4, com um
volume de laje a ser betonado de 40 m³ (20,00 x 10,00 x 0,20 metros)
Nesta fase o principal objetivo é analisar o custo benefício do betão produzito numa
central e o betão produzido no local da obra. Para realização desta análise utilizou-se como
base a betonagem de uma laje de 40 m³ de volume, de uma obra localizada na Cidade de
Nampula, no Bairro de Muahivire-Expansão – Jardim.
52
O betão utilizado nesta betonagem foi especificado como: Betão Tipo Convencional Fck
25 Mpa. Para análise das alternativas de betonagem, fez-se um comparativo entre as duas
situações abaixo:
O custo do betão produzido na obra, tomando como base o mesmo traço que será
utilizado pela central de betão, capacidade da betoneira da obra, tempo necessário para
produção e descarga dos 40m³ de betão e a mão de obra utilizada pelo cliente para realização
do serviço.
O custo do betão feito na cental, tomando como base o preço do betão especificado,
tempo necessário para a descarga dos 40m³ na obra e a mão de obra utilizada pelo cliente
para realização do serviço;
A laje a ser betonada pode ser visualizada na Figura 21, contendo as seguintes
dimensões (20,00 x 10,00 x 0,2 metros).
53
Apresentar-se-á, abaixo, na tabela 1, o traço do betão B25 – (1:2:3) dosado na central
ou in situ conforme o quadro 10.2.14 da tabela técnica para engenheiros civis. (Brazão &
Reis, 1993, p. 437)
Custo do betão produzido na obra, tomando como base o traço do betão B25 – (1:2:3).
54
Dados:
Laje = 40 m³
De acordo com a tabela x, efectua-se desta forma o custo dos materiais para, executar, a
betonagem de uma laje de cobertura com 40 m³, usando o traço 1:2:3.
1. Cimento:
3
40 m de bet ã o X
→
3
40 m x 310 Kg
X= 3
=12 400 Kg de Cimento ≈ 248 sacos de 50 kg ≈ 10,2 m ³
1m
2. Brita:
40 m3 de bet ã o X
→
55
3
40 m x 0,770 m³
X= 3
=31m ³ de brita
1m
3. Areia:
3
40 m de bet ã o X
→
3
40 m x 0,515 m³
X= =21m ³ de areia
1 m3
4. Água:
3
40 m de bet ã o X
→
3
40 m x 145 Litros de Á gua
X= 3
=5 800 Litros
1m
56
35.00
Brita: 31
30.00
Consumo dos materiais em m³
25.00
Areia: 21
20.00
15.00
Cimento: 10,20
10.00
Água: 5,8
5.00
Brita 1700MZn/m³
Areia 800MZn/m³
Cimento 620MZn/Saco
Água 1000MZn/m³
Fonte: Informações do Mercado Produtor.
57
Fonte: O Autor, 2023
180,000
160,000 153,760
140,000
120,000
100,000
80,000
60,000 52,700
40,000
20,000 16,800
5,800
0
58
(Trabalha 8hrs por dia)
Operador/Betoneiro 125 MZn/h 1
(Trabalha 8hrs por dia)
Betoneira 625 MZn/h 1
(Trabalha 8hrs por dia)
Ajudantes 100 MZn/h 40
(Trabalha 8hrs por dia)
Fonte: Informações do Mercado Produtor
TGBP = 297 730,00MZn
Dados:
59
Assim, com base nos nossos dados é possivel obter o preço para a betonagem dos 40 m³ da
laje numa central de betao de modo simples e discreto
40 m3 de bet ã o X
→
40 m3 x 11 000,00 MZn
X= =440 000,00 MZn
1 m3
60
como base as informações contidas no item 3.1.1 deste trabalho. Fazendo uso dos
conhecimentos de engenharia obteve-se os resultados apresentados na Tabela 20 a seguir:
440000
297730
14 4
Total Gasto em Meticais Tempo de Aplicação (hrs)
61
Vale destacar ainda, que o custo do valor homem/hora na utilização do betão
produzido na obra ficou aproximadamente 12 vezes maior que o custo do valor homem/ hora
quando da utilização do betão feito em uma central.
5.1 – CONCLUSÃO
62
industria de betão, influencia com intensidades diferentes os fatores relevantes de produção
civil. A partir da análise de diversos parâmetros comparativos entre o betão produzido
manualmente e o betão produzido numa central, pôde-se observar, por meio dos resultados da
programação desenvolvida, que se apresenta como melhor alternativa de custo-benefício para
o sector da construção civil a utilização do betão produzido numa central, tendo em vista, a
agilidade na aplicação do produto, menor custo do valor homem/hora aplicado durante a
operação e principalmente, a garantia da qualidade e dos requisitos exigidos pelas normas
atualmente em vigor.
5.2 SUGESTÕES
63
Em qualquer betão dosado “in situ” (no local da obra) é obrigatório um teor mínimo
de 300 kg de cimento por metro cúbico de betão. Em geral, os betões à dosagem
arbitrária compor-se-ão de: 500 litros de inerte fino; 800 litros de inerte grosso, e 300,
350 ou 400 kg de cimento por metro cúbico de betão.
A quantidade de água não poderá ultrapassar:
220 litros para o betão de 300 kg de cimento por metro cúbico;
280 litros para o betão de 350 kg de cimento por metro cúbico;
280 litros para o betão de 400 kg de cimento por metro cúbico.
A dosagem feita in situ, por processos rudimentar, somente será permitida pra obras,
em que:
Se necessita de pouca quantidade de betão;
Não há centrais de betão dentro da sua região;
Difícil acesso, dificultando a passagem dos meios de transportes até o local da obra;
A dosagem feita in situ, por processos rudimentar, somente será permitida pra obras
de pequeno vulto, respeitadas as seguintes condições e dispensado o controle da
resistência:
A proporção de inerte fino no volume total do inerte será fixada de maneira a obter-se
um betão de trabalhavilidade adequada ao seu emprego, devendo estar entre 30% e
50%;
A quantidade de água será a minima compatível com a trabalhabidade necessária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
64
ALMEIDA, L.C. (2002). Concreto. Campinas: Universidade Estadual de Campinas,
p.04.Disponível em : < http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Concreto.pdf >.
Acesso em: 23 Fev. 2023.
BOTELHO, M. H., & MARCHETTI, O. (2008). Concreto armado eu te amo. São Paulo:
Blucher.
FARINHA , J. B., & DOS REIS, A. C. (1993). Tabelas técnicas. Setúbal: P.O.B.
GIL, A. C. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Atlas.
GÓES, B. P. (2013). Paredes de concreto moldadas “in loco”, estudo dosistema adotado em
habitações populares. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil: Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
HELENE, P., & TERZIAN, P. (1993). Manual de dosagem e controle do concreto. Brasília:
Editora Pini.
NEVILLE, A.M. (1997). Propriedades do Concreto. 2ª Edição. São Paulo: Editora PINI.
65
NEVILLE, A.M; BROOKS, J.J. (2013). Tecnologia do Concreto. 2ª ed. São Paulo:
Bookman.
PETRUCCI, E. R. (1978). Concreto de Cimento Portland. 5. Ed. Porto Alegre: Ed. Globo.
SILVA, V. A. (2019). Paredes de concreto moldadas in loco: concreto celular x concreto auto
adensável. 2019. TCC (Graduação) – Curso deEngenharia Civil: Faculdade Doctum,
Juiz de Fora.
66