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SUMÁRIO PÁGINA
1. Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do 2
estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de
Imigração – Parte IV
2. Lei nº 8.072/1990: Lei dos Crimes Hediondos 29
3. Lei nº 10.446/2002: infrações penais de repercussão
interestadual ou internacional que exigem repressão 35
uniforme
4. Resumo do concurseiro 40
5. Questões comentadas 54
6. Lista das questões apresentadas 64
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resultado na prova de legislação é um diferencial e tanto no “jogo” do
concurso.
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Ainda no que se refere ao acesso do estrangeiro aos direitos
fundamentais, quero destacar um julgado recente, mas ainda não
definitivo, do STF. Trata-se de uma ação movida no Mato Grosso do Sul
contra uma escola pública, cuja diretora indeferiu o requerimento de
matrícula de duas alunas estrangeiras, por não terem apresentado
documento que comprovasse a regularidade de sua estada no Brasil.
A decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul foi no
sentido de que o acesso à educação pública somente pode ocorrer se o
estrangeiro foi regular. Estrangeiros que estejam no Brasil ilegalmente,
portanto, não poderiam ser matriculados em instituições de ensino
públicas.
O Ministério Público, porém, recorreu ao STF, e em agosto de
2013 foi deferida uma liminar, autorizando a matrícula das duas jovens. A
tese adotada foi de que a educação é um direito fundamental, e por isso
não deve ser negado, ao menos enquanto o assunto estiver sendo
discutido no âmbito do Poder Judiciário. Ressalto que se trata apenas de
uma liminar do STF. Isso não significa que no julgamento definitivo esse
posicionamento será mantido, ok?
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Ainda no que se refere à educação, a matrícula em
estabelecimento de ensino é permitida ao estrangeiro, assim como o
exercício de atividade remunerada, mas apenas nos termos da lei e
do seu regulamento.
Como exemplo, posso dar uma restrição estabelecida pela
própria Constituição de 1988, que apenas permite que brasileiros natos
ou naturalizados há mais de 10 anos sejam proprietários de empresas
jornalísticas e de radiodifusão. Trata-se de uma restrição ao exercício de
atividade remunerada, não é mesmo?
visto temporário;
d)! Titular de visto temporário na condição de
correspondente internacional, no que se refere ao
exercício de atividade remunerada por fonte brasileira.
Além dessas restrições, é proibido também ao fronteiriço
(lembra dele?) estabelecer-se com firma individual, ou exercer cargo ou
função de administrador, gerente ou diretor de sociedade comercial ou
civil, bem como inscrever-se em entidade fiscalizadora do exercício de
profissão regulamentada.
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Apenas para deixar a regra mais clara para você, relembro
que o tratamento especial conferido pelo Estatuto ao fronteiriço (art. 21)
tem a finalidade de possibilitar o exercício de atividade remunerada e o
acesso aos estabelecimentos educacionais localizados no município limite.
Por essa razão, a própria lei restringe essa atividade
profissional. Se o fronteiriço quiser exercer uma atividade regulamentada,
como a de engenheiro ou médico, por exemplo, precisará obter o visto
adequado. No caso do estrangeiro que venha ao Brasil com visto
temporário na condição de cientista, professor, técnico ou
profissional de outra categoria, sob regime de contrato ou a serviço
do Governo brasileiro, é permitida a inscrição temporária nas entidades
de fiscalização profissional.
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excepcional, mediante autorização prévia do Ministério da Justiça,
ouvido o Ministério do Trabalho, quando necessário.
Mas como o Ministério da Justiça poderá acompanhar o
cumprimento dessas obrigações? Afinal de constas, quando nós mudamos
de domicílio, não somos necessariamente obrigados a informar o fato a
nenhuma autoridade pública, não é mesmo? Em regra, não. Mas o
estrangeiro é!
Qualquer estrangeiro registrado é obrigado, por força de regra
que consta no próprio Estatuto, a comunicar ao Ministério da Justiça no
prazo de 30 dias sua mudança de domicílio ou residência.
Outra obrigatoriedade no que se refere à comunicação é a que
diz respeito à aquisição de outra nacionalidade por parte do estrangeiro.
Imagine, por exemplo, que um norte-americano vem para o Brasil e aqui
estabelece sua residência.
Acontece que esse estrangeiro já há muitos anos pleiteava o
reconhecimento de sua cidadania italiana, já que é descendente de
imigrantes daquele país. Pois bem, se, enquanto ele estiver no Brasil, sua
cidadania italiana for reconhecida, ele deverá comunicar o fato em no
prazo de 90 dias, para fins de atualização de seu registro.
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quando agentes ou autoridades públicas assim o exigirem. O Estatuto traz
ainda algumas situações em que o documento deve ser apresentado em
seu original:
a)! Alteração de nome do estrangeiro;
b)! Registro de firma na junta comercial;
c)! Registro do estrangeiro na condição de hóspede, locatário,
sublocatário ou morador em estabelecimento hoteleiro,
empresa imobiliária ou junto ao proprietário de imóvel
locado;
d)! Admissão do estrangeiro a serviço prestado por entidade
pública ou privada, ou matrícula em estabelecimento de
ensino de qualquer nível.
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possível, e nesse caso estarão sujeitos às mesmas limitações, apenas
podendo exercer atividade remunerada a serviço particular de titular de
visto de cortesia, oficial ou diplomático.
A legislação trabalhista brasileira também não se aplica aos
titulares de vistos oficial, diplomático ou de cortesia.
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É VEDADO AO ESTRANGEIRO...
I - ser proprietário, armador ou Qualquer atividade relacionada ao transporte de
comandante de navio nacional, inclusive cargas e passageiros é considerada estratégica, e por
nos serviços de navegação fluvial e isso estrangeiros não devem exercer certas
lacustre; atividades relacionadas ao comando de navios
* Aplicável também aos portugueses nacionais. Essas atividades incluem não só a
V - ser proprietário ou explorador de propriedade e o comando dos navios, mas também
aeronave brasileira, ressalvado o disposto a atividade do armador, que é quem efetivamente
na legislação específica; opera os navios.
A regra do item I não aplica aos navios nacionais de
pesca.
VI - ser corretor de navios, de fundos São outras funções relacionadas com o comércio
públicos, leiloeiro e despachante internacional.
aduaneiro;
VIII - ser prático de barras, portos, rios, O prático é uma espécie de “manobrista” de navios.
lagos e canais; Quando um navio se aproxima do porto, ele é o
responsável por “estacionar”.
II - ser proprietário de empresa Essa vedação se encontra expressa na Constituição
jornalística de qualquer espécie, e de de 1988. Trata-se de uma regra importante porque,
empresas de televisão e de radiodifusão, numa sociedade democrática, a mídia tem um papel
sócio ou acionista de sociedade fundamental na difusão de informação.
proprietária dessas empresas;
IX - possuir, manter ou operar, mesmo Também não é possível que uma empresa jornalística
como amador, aparelho de radiodifusão, contrate um estrangeiro como consultor de conteúdo,
de radiotelegrafia e similar, salvo por exemplo.
reciprocidade de tratamento; e
III - ser responsável, orientador 10556374274
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profissional, bem como de entidade diversos conselhos de profissões regulamentadas:
fiscalizadora do exercício de profissão engenharia, arquitetura, medicina, enfermagem,
regulamentada; fisioterapia, economia, administração, etc.
X - prestar assistência religiosa às Forças A prestação de assistência religiosa por estrangeiros
Armadas e auxiliares, e também aos poderia, em casos extremos, abrir as portas do país
estabelecimentos de internação coletiva. para organizações fundamentalistas e terroristas. As
* Aplicável também aos portugueses forças armadas são o Exército, a Marinha e a
somente no que se refere às Formas Aeronáutica. Forças auxiliares é o nome como eram
Armadas e auxiliares. chamadas as Polícias Militares e os Corpos de
Bombeiros Militares.
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O Estatuto da Igualdade não está no conteúdo programático
da sua prova, então não precisa se preocupar com ele, ok? Apenas saiba
que as restrições normalmente impostas a estrangeiros são muito mais
brandas para os portugueses... ☺
Por essa razão, apenas algumas das proibições que acabamos
de estudar são aplicáveis aos portugueses.
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Também não podem agir individualmente na defesa de ideais
políticos e nem participar de manifestações dessa natureza.
Por outro lado, é permitido que os estrangeiros se associem
para fins culturais, religiosos, recreativos, beneficentes ou de assistência,
ou que se filiem a clubes sociais e desportivos, bem como que participem
de eventos comemorativos de datas nacionais ou acontecimentos de
significativos para seus países de origem.
Aqui a única restrição é a seguinte: se nas entidades
mencionadas (clubes, associações, etc.) mais da metade dos associados
for composta por estrangeiros, será necessária autorização do Ministério
da Justiça para seu funcionamento.
O Estatuto também confere ao Ministro da Justiça a
prerrogativa de impedir a realização de conferências, congressos e
exibições artísticas ou folclóricas por estrangeiros, sempre que considerar
conveniente aos interesses nacionais.
Aqui uma regra importante: essas vedações não se
aplicam ao português equiparado a brasileiro por força do
Estatuto da Igualdade.
1.2.! Naturalização
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O ato que confere a naturalização é uma portaria do
Ministro da Justiça. Essa faculdade é exclusiva do Poder Executivo, não
podendo ser exercida por nenhum dos outros poderes. Não é possível,
portanto, a naturalização por meio de decisão judicial ou mesmo de outra
lei.
O ato por meio do qual se confere a naturalização também se
reveste da discricionariedade. Isso significa que, mesmo que o
estrangeiro preencha todos os requisitos legais, o pedido de naturalização
pode ser indeferido, a juízo de conveniência e oportunidade do Ministro
da Justiça.
Quais são então as condições para o estrangeiro possa obter a
naturalização? O art. 112 do Estatuto traz uma lista de requisitos, que
devem ser bem compreendidos e memorizados por você.
Antes de entrarmos no estudo dos requisitos, quero deixar
bem claro para você que os portugueses que gozam de direitos no Brasil
em razão do Estatuto da Igualdade não são naturalizados. Trata-se de
uma situação própria, em que, mesmo mantendo a nacionalidade
estrangeira, os portugueses podem gozar de diversos direitos próprios
dos brasileiros, inclusive políticos.
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VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou
no exterior por crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão,
abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e
VIII - boa saúde.
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seja cominada pena mínima de prisão, crimes dolosos contra a vida. Condenação é a
abstratamente considerada, superior a decisão judicial, que pode ser definitiva ou não, mas
apenas impede a naturalização se a pena for superior
1 (um) ano; e
a 1 ano. Se o crime for culposo também não há
impedimento.
O estrangeiro que residir no Brasil há mais de 2
VIII - boa saúde.
anos não precisa comprovar boa saúde.
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de igual valor; ou possuir cota ou ações
integralizadas de montante, no mínimo, idêntico, em
sociedade comercial ou civil, destinada, principal e
permanentemente, à exploração de atividade
industrial ou agrícola " residência mínima de 3 anos.
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Referência; ou ser industrial que disponha de fundos
de igual valor; ou possuir cota ou ações integralizadas
de montante, no mínimo, idêntico, em sociedade
comercial ou civil, destinada, principal e
permanentemente, à exploração de atividade
industrial ou agrícola " residência mínima de 3 anos.
Dispensa-se o requisito da residência, sedo necessária apenas
a estada no Brasil por 30 dias, quando se tratar de:
a)! cônjuge estrangeiro casado há mais de cinco anos
com diplomata brasileiro em atividade; ou
b)! estrangeiro que, empregado em Missão Diplomática
ou em Repartição Consular do Brasil, contar mais de
10 anos de serviços ininterruptos.
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b)! estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes de
atingida a maioridade e haja feito curso superior em
estabelecimento nacional de ensino, se requerida a
naturalização até 1 ano depois da formatura.
Uma informação importante que deve constar no
requerimento é a que diz respeito à tradução ou adaptação do nome do
estrangeiro à língua portuguesa. Essa opção é importante porque o
estrangeiro que tenha um nome muito diferente pode enfrentar
dificuldades ao se estabelecer no Brasil.
Eu mesmo já tive a oportunidade de atender um senhor
vietnamita de nascimento, naturalizado brasileiro, que teve uma enorme
dificuldade para obter vistos para alguns países porque se chamava Tran
Nguyen Hi. Na tradição vietnamita, assim como em outros países
orientais, o sobrenome vem antes do prenome, e, ao emitir seu
passaporte, a Polícia Federal não fez a inversão. Para resolver a confusão
foi necessário, depois de muita luta e vários pareceres jurídicos, mudar o
certificado de naturalização.
Numa caso como esse, em que é necessário modificar o nome
ou prenome do naturalizado posteriormente à naturalização, a mudança
só pode ser feita motivadamente, por ato do Ministro da Justiça.
Uma vez recebido o requerimento, o Ministério processará
uma sindicância sobre a vida pregressa do naturalizando e opinará quanto
à conveniência da naturalização. O dirigente do órgão do Ministério que
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Além disso, é importante saber também que, ao longo do
curso do processo, qualquer cidadão poderá impugnar o pedido formulado
pelo estrangeiro, desde que o faça fundamentadamente.
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Art. 116. O estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 5
(cinco) anos de vida, estabelecido definitivamente no território nacional,
poderá, enquanto menor, requerer ao Ministro da Justiça, por
intermédio de seu representante legal, a emissão de certificado
provisório de naturalização, que valerá como prova de nacionalidade
brasileira até dois anos depois de atingida a maioridade.
Aqui estamos diante da naturalização provisória. Trata-se de
um tipo especial, somente aplicável ao estrangeiro menor de idade que
tenha entrado no Brasil durante os 5 primeiros anos de vida.
Uma vez atingida a maioridade, o naturalizado provisório
poderá tornar-se definitivamente naturalizado, desde que confirme
expressamente a intenção de tornar-se brasileiro em até 2 anos, por
meio de requerimento dirigido ao Ministro da Justiça.
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Vamos então conhecer quais são essas infrações por meio de
um quadro-resumo. O problema é que o art. 125, que trata das infrações,
faz diversas remissões a outros artigos, e isso torna a leitura da lei muito
cansativa. Para ajudar você, do lado direito da tabela incluí meus
comentários e também esses outros dispositivos do Estatuto.
Muitos vão perguntar se é necessário memorizar as infrações
e as penalidades, e a resposta para essa pergunta é um sonoro NÃO. Não
quero com isso dizer que é impossível que a banca cobre o valor da
multa, pois se o examinador tiver um surto de insanidade e resolver
elaborar uma questão injusta e cruel como essa, não poderemos fazer
nada.
Entretanto, digo sem medo de errar que não vale a pena ficar
memorizando cada detalhe da lei. Você tem pouco tempo, e precisa
utilizá-lo da forma mais inteligente do ponto de vista estratégico.
Concentre-se em saber quais são as infrações, e tenha uma noção das
penalidades, mas não perca muito tempo tentando memorizar uma
enorme tabela que pode nem aparecer na sua prova...
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Pena: multa de um décimo do
Maior Valor de Referência, por dia
de excesso, até o máximo de 10
(dez) vezes o Maior Valor de
Referência.
IV - deixar de cumprir o disposto Art. 96. Sempre que lhe for exigido por qualquer autoridade ou
nos artigos 96, 102 e 103: seu agente, o estrangeiro deverá exibir documento
Pena: multa de duas a dez vezes o comprobatório de sua estada legal no território nacional.
Maior Valor de Referência.
Art. 102. O estrangeiro registrado é obrigado a comunicar ao
Ministério da Justiça a mudança do seu domicílio ou
residência, devendo fazê-lo nos 30 (trinta) dias imediatamente
seguintes à sua efetivação.
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irregular ou impedido de exercer
atividade remunerada:
Pena: multa de 30 (trinta) vezes o
Maior Valor de Referência, por
estrangeiro.
VIII - infringir o disposto nos Art. 21. Ao natural de país limítrofe, domiciliado em cidade
artigos 21, § 2º, 24, 98, 104, §§ 1º contígua ao território nacional, respeitados os interesses da
ou 2º e 105: segurança nacional, poder-se-á permitir a entrada nos municípios
Pena: deportação. fronteiriços a seu respectivo país, desde que apresente prova de
identidade.
§ 1º Ao estrangeiro, referido neste artigo, que pretenda exercer
atividade remunerada ou freqüentar estabelecimento de ensino
naqueles municípios, será fornecido documento especial que o
identifique e caracterize a sua condição, e, ainda, Carteira de
Trabalho e Previdência Social, quando for o caso.
§ 2º Os documentos referidos no parágrafo anterior não conferem
o direito de residência no Brasil, nem autorizam o afastamento dos
limites territoriais daqueles municípios.
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§ 1º O serviçal com visto de cortesia só poderá exercer atividade
remunerada a serviço particular de titular de visto de cortesia,
oficial ou diplomático.
§ 2º A missão, organização ou pessoa, a cujo serviço se encontra
o serviçal, fica responsável pela sua saída do território nacional, no
prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data em que cessar o vínculo
empregatício, sob pena de deportação do mesmo.
Art. 37. O titular do visto de que trata o artigo 13, incisos V e VII,
poderá obter transformação do mesmo para permanente (art. 16),
satisfeitas às condições previstas nesta Lei e no seu Regulamento.
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§ 2º. Na transformação do visto poder-se-á aplicar o disposto no
artigo 18 desta Lei.
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Parágrafo único. Aos estrangeiros portadores do visto de que
trata o inciso V do art. 13 é permitida a inscrição temporária em
entidade fiscalizadora do exercício de profissão regulamentada.
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radiodifusão, de radiotelegrafia e similar, salvo reciprocidade de
tratamento; e
X - prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares, e
também aos estabelecimentos de internação coletiva.
§ 1º O disposto no item I deste artigo não se aplica aos navios
nacionais de pesca.
§ 2º Ao português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no
Estatuto da Igualdade, apenas lhe é defeso:
a) assumir a responsabilidade e a orientação intelectual e
administrativa das empresas mencionadas no item II deste artigo;
b) ser proprietário, armador ou comandante de navio nacional,
inclusive de navegação fluvial e lacustre, ressalvado o disposto no
parágrafo anterior; e
c) prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares.
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(três) anos e, se o infrator for
estrangeiro, expulsão.
XIII - fazer declaração falsa em
processo de transformação de visto,
de registro, de alteração de
assentamentos, de naturalização,
ou para a obtenção de passaporte
para estrangeiro, laissez-passer,
ou, quando exigido, visto de saída:
Pena: reclusão de 1 (um) a 5
(cinco) anos e, se o infrator for
estrangeiro, expulsão.
XIV - infringir o disposto nos Art. 45. A Junta Comercial, ao registrar firma de que participe
artigos 45 a 48: estrangeiro, remeterá ao Ministério da Justiça os dados de
Pena: multa de 5 (cinco) a 10 (dez) identificação do estrangeiro e os do seu documento de identidade
vezes o Maior Valor de Referência. emitido no Brasil.
Parágrafo único. Tratando-se de sociedade anônima, a
providência é obrigatória em relação ao estrangeiro que figure na
condição de administrador, gerente, diretor ou acionista
controlador.
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Ministério do Trabalho, quando for o caso, os dados de
identificação do estrangeiro admitido ou matriculado e
comunicarão, à medida que ocorrer, o término do contrato de
trabalho, sua rescisão ou prorrogação, bem como a suspensão ou
cancelamento da matrícula e a conclusão do curso.
XV - infringir o disposto no artigo Art. 26. O visto concedido pela autoridade consular configura
26, § 1º ou 64: mera expectativa de direito, podendo a entrada, a estada ou o
Pena: deportação e na reincidência, registro do estrangeiro ser obstado ocorrendo qualquer dos casos
expulsão. do artigo 7º, ou a inconveniência de sua presença no território
nacional, a critério do Ministério da Justiça.
§ 1º O estrangeiro que se tiver retirado do País sem recolher a
multa devida em virtude desta Lei, não poderá reentrar sem
efetuar o seu pagamento, acrescido de correção monetária.
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2.! LEI Nº 8.072/1990: LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
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Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança.
A graça, o indulto e a anistia são formas de extinção da
punibilidade.
Anistia é o ato do Poder Legislativo por meio do qual se
extinguem as consequências de um fato que em tese seria punível e,
como resultado, qualquer processo sobre ele. É uma medida
ordinariamente adotada para pacificação dos espíritos após motins ou
revoluções.
A graça, diferentemente, é concedida a pessoa determinada,
enquanto o indulto tem caráter coletivo. Ambos, porém, somente podem
ser concedidos por ato do Presidente da República, sendo possível a
delegação dessa competência a Ministro de Estado, ao Advogado-Geral da
União ou ao Procurador-Geral da República.
A redação original do inciso II do art. 2º vedava também a
concessão de liberdade provisória nos casos de crimes hediondos e
equiparados. Você pode notar, entretanto, que a Constituição não fez
qualquer menção à restrição da liberdade do acusado por tais crimes.
Pelo contrário, o teor do art. 5º, LXVI, é no sentido de que
“ninguém deve ser levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir
a liberdade provisória, com ou sem fiança”. Foi por essa razão que o
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Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio
qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159,
caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-A – (VETADO)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, §
1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de
1998).
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de
exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art.
218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de
genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro
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CRIMES HEDIONDOS CRIMES EQUIPARADOS A
HEDIONDOS
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É interessante também saber que o juiz deve decidir
fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade, caso haja
condenação.
A redação anterior do §1º era de que a pena seria cumprida
integralmente em regime fechado.
O §1º foi recentemente declarado inconstitucional pelo STF,
em sede de controle difuso, no julgamento do HC 111840. Abaixo
transcrevo trecho da ementa do julgado.
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difícil fazer essa comprovação, e nada impede que, mesmo que todos os
componentes sejam presos, eles voltem a reunir-se no futuro para a
prática dos mesmos crimes. O Poder Judiciário deve, portanto, encarar
com parcimônia o dispositivo legal.
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DELAÇÃO PREMIADA NOS CRIMES HEDIONDOS
TRAIÇÃO BENÉFICA
-! Apenas quando houver quadrilha ou bando formado
especificamente para a prática de crimes hediondos ou equiparados
a hediondos;
-! O participante ou associado da quadrilha ou bando precisa
denunciá-la às autoridades, possibilitando seu desmantelamento;
-! A pena será reduzida de um a dois terços.
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II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº
8.137, de 27 de dezembro de 1990); e
III – relativas à violação a direitos humanos, que a República
Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de
tratados internacionais de que seja parte; e
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e
valores, transportadas em operação interestadual ou internacional,
quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um
Estado da Federação.
V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela
internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido,
adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal).
Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o
Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros
casos, desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo
Ministro de Estado da Justiça.
Primeiramente quero chamar sua atenção para o caput do art.
1º. Você já sabe que a Polícia Federal é um departamento do Ministério
da Justiça, competente para investigar certos crimes, quando estiver
configurado o interesse da União. Digo isso para deixar bem claro que a
regra geral é de que as polícias civis dos Estados investiguem a maior
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uniforme, e aí então se justificaria a ação da polícia judiciária que pode
atuar em qualquer estado da federação ou mesmo em outros países.
Nos casos previstos no dispositivo, portanto, a Polícia Federal
pode executar as atividades investigativas, sem prejuízo da
responsabilidade dos órgãos de segurança pública dos estados envolvidos.
Em seguida o dispositivo traz uma lista dos crimes que podem
ser investigados pela Polícia Federal quando tiverem repercussão
interestadual ou internacional que exija repressão uniforme. Chamo sua
atenção aqui para um detalhe: essa lista é meramente exemplificativa,
como podemos concluir pela leitura do próprio caput, que utiliza a
expressão “dentre outras” ao se referir às infrações penais listadas.
Quando aos crimes mencionados, é importante memorizar
todas as hipóteses, mas dê uma atenção especial à violação de direitos
humanos. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 109, §5º prevê a
possibilidade de deslocamento de competência da Justiça comum estadual
para a Justiça Federal nesses casos.
Federal.
Aqui estamos tratando da competência para julgar, e não
exatamente da competência para investigar. Em 2005 o STJ indeferiu um
pedido de deslocamento de competência da Justiça Estadual do Pará para
a Justiça Federal, num caso que ficou muito conhecido: o assassinato de
Dorothy Stang.
À época, o STJ reconheceu que as autoridades estaduais
estavam empenhadas na investigação do ocorrido, e, portanto, não havia
que se falar em dúvida quanto ao cumprimento dos compromissos
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internacionais assumidos pelo Brasil em matéria de direitos humanos. Por
outro lado, ao indeferir o pedido, a decisão deixou claro que não haveria
prejuízo ao inciso III do art. 1º da Lei nº 10.446/2002.
Nossa conclusão, portanto, é de que o deslocamento da
competência para julgar violações de direitos humanos previsto na
Constituição não está necessariamente relacionado à possibilidade de a
Polícia Federal investigar tais crimes.
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distribuição do produto falsificado,
corrompido, adulterado ou alterado (art.
273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal).
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4.! RESUMO DO CONCURSEIRO
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II - ser proprietário de empresa Essa vedação se encontra expressa na Constituição
jornalística de qualquer espécie, e de de 1988. Trata-se de uma regra importante porque,
empresas de televisão e de radiodifusão, numa sociedade democrática, a mídia tem um papel
sócio ou acionista de sociedade fundamental na difusão de informação.
proprietária dessas empresas;
IX - possuir, manter ou operar, mesmo Também não é possível que uma empresa jornalística
como amador, aparelho de radiodifusão, contrate um estrangeiro como consultor de conteúdo,
de radiotelegrafia e similar, salvo por exemplo.
reciprocidade de tratamento; e
III - ser responsável, orientador
intelectual ou administrativo das
empresas mencionadas no item anterior;
* Aplicável também aos portugueses
IV - obter concessão ou autorização para
a pesquisa, prospecção, exploração e
aproveitamento das jazidas, minas e
demais recursos minerais e dos potenciais
de energia hidráulica;
VII - participar da administração ou As entidades fiscalizadoras são, além da OAB, os
representação de sindicato ou associação famosos conselhos profissionais. Hoje existem
profissional, bem como de entidade diversos conselhos de profissões regulamentadas:
fiscalizadora do exercício de profissão engenharia, arquitetura, medicina, enfermagem,
regulamentada; fisioterapia, economia, administração, etc.
X - prestar assistência religiosa às Forças A prestação de assistência religiosa por estrangeiros
Armadas e auxiliares, e também aos poderia, em casos extremos, abrir as portas do país
estabelecimentos de internação coletiva. para organizações fundamentalistas e terroristas. As
* Aplicável também aos portugueses forças armadas são o Exército, a Marinha e a
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somente no que se refere às Formas Aeronáutica. Forças auxiliares é o nome como eram
Armadas e auxiliares. chamadas as Polícias Militares e os Corpos de
Bombeiros Militares.
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REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA NATURALIZAÇÃO
REQUISITOS COMENTÁRIOS
O Código Civil estabelece como idade para aquisição
I - capacidade civil, segundo a lei de capacidade civil os 18 anos completos. Além
brasileira; disso, a pessoa não pode ter sua capacidade mental
reduzida por qualquer razão.
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Antes de adquirir a nacionalidade, o estrangeiro
II - ser registrado como
precisa ter residência no Brasil. É necessário,
permanente no Brasil;
portanto, o visto de permanência e o registro.
IV - ler e escrever a língua Já apareceu uma questão de prova que trocou “ler e
escrever” por “falar e escrever”... apesar de eu achar
portuguesa, consideradas as
que foi um erro da banca (até porque a questão foi
condições do naturalizando; anulada), é bom ficar esperto ☺
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TEMPO DE RESIDÊNCIA NO BRASIL PARA NATURALIZAÇÃO
1 ano ininterrupto de residência originários de países de língua portuguesa.
REGRAS DA Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de 15
CONSTITUIÇÃO anos ininterruptos e sem condenação penal, podem requerer a nacionalidade
brasileira.
Residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo
REGRA GERAL de 4 anos, imediatamente anteriores ao pedido de
naturalização
O prazo de residência poderá ser reduzido se o naturalizando
preencher quaisquer das seguintes condições:
f)! ter filho ou cônjuge brasileiro " residência mínima de 1
ano;
g)! ser filho de brasileiro " residência mínima de 1 ano;
h)! haver prestado ou poder prestar serviços relevantes
ao Brasil, a juízo do Ministro da Justiça " residência
mínima de 1 ano;
i)! recomendar-se por sua capacidade profissional,
científica ou artística " residência mínima de 2 anos;
REGRAS DO
j)! ser proprietário, no Brasil, de bem imóvel, cujo valor
ESTATUTO DO
seja igual, pelo menos, a mil vezes o Maior Valor de
ESTRANGEIRO REGRAS
Referência; ou ser industrial que disponha de fundos
ESPECÍFICAS
de igual valor; ou possuir cota ou ações integralizadas
de montante, no mínimo, idêntico, em sociedade
comercial ou civil, destinada, principal e
permanentemente, à exploração de atividade
industrial ou agrícola " residência mínima de 3 anos.
Dispensa-se o requisito da residência, sedo necessária apenas
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A naturalização passa a produzir efeitos a partir da entrega
do certificado.
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INFRAÇÕES PREVISTAS NO ESTATUTO DO ESTRANGEIRO
I - entrar no território nacional
sem estar autorizado (clandestino):
Pena: deportação.
II - demorar-se no território
nacional após esgotado o prazo Na realidade a deportação não é uma pena. Trata-se de uma
legal de estada: medida administrativa para retirar do território nacional o
Pena: multa de um décimo do estrangeiro que tenha entrado ou permanecido irregularmente.
Maior Valor de Referência, por dia Isso você já está cansado de saber, não é mesmo?
de excesso, até o máximo de 10
(dez) vezes o Maior Valor de
Referência, e deportação, caso não
saia no prazo fixado.
III - deixar de registrar-se no
órgão competente, dentro do prazo
estabelecido nesta Lei (artigo 30):
Pena: multa de um décimo do
Maior Valor de Referência, por dia
de excesso, até o máximo de 10
(dez) vezes o Maior Valor de
Referência.
IV - deixar de cumprir o disposto Art. 96. Sempre que lhe for exigido por qualquer autoridade ou
nos artigos 96, 102 e 103: seu agente, o estrangeiro deverá exibir documento
Pena: multa de duas a dez vezes o comprobatório de sua estada legal no território nacional.
Maior Valor de Referência.
Art. 102. O estrangeiro registrado é obrigado a comunicar ao
Ministério da Justiça a mudança do seu domicílio ou
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do território nacional do clandestino
ou do impedido (artigo 27):
Pena: multa de 30 (trinta) vezes o
Maior Valor de Referência, por
estrangeiro.
VI - transportar para o Brasil Art. 27. A empresa transportadora responde, a qualquer tempo,
estrangeiro que esteja sem a pela saída do clandestino e do impedido.
documentação em ordem:
Pena: multa de dez vezes o Maior
Valor de Referência, por
estrangeiro, além da
responsabilidade pelas despesas
com a retirada deste do território
nacional.
VII - empregar ou manter a seu
serviço estrangeiro em situação
irregular ou impedido de exercer
atividade remunerada:
Pena: multa de 30 (trinta) vezes o
Maior Valor de Referência, por
estrangeiro.
VIII - infringir o disposto nos Art. 21. Ao natural de país limítrofe, domiciliado em cidade
artigos 21, § 2º, 24, 98, 104, §§ 1º contígua ao território nacional, respeitados os interesses da
ou 2º e 105: segurança nacional, poder-se-á permitir a entrada nos municípios
Pena: deportação. fronteiriços a seu respectivo país, desde que apresente prova de
identidade.
§ 1º Ao estrangeiro, referido neste artigo, que pretenda exercer
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visados pelo órgão competente do Ministério da Justiça.
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deportação. nacional.
Art. 37. O titular do visto de que trata o artigo 13, incisos V e VII,
poderá obter transformação do mesmo para permanente (art. 16),
satisfeitas às condições previstas nesta Lei e no seu Regulamento.
[...]
§ 2º. Na transformação do visto poder-se-á aplicar o disposto no
artigo 18 desta Lei.
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de empresas de televisão e de radiodifusão, sócio ou acionista de
sociedade proprietária dessas empresas;
III - ser responsável, orientador intelectual ou administrativo das
empresas mencionadas no item anterior;
IV - obter concessão ou autorização para a pesquisa, prospecção,
exploração e aproveitamento das jazidas, minas e demais recursos
minerais e dos potenciais de energia hidráulica;
V - ser proprietário ou explorador de aeronave brasileira,
ressalvado o disposto na legislação específica;
VI - ser corretor de navios, de fundos públicos, leiloeiro e
despachante aduaneiro;
VII - participar da administração ou representação de sindicato ou
associação profissional, bem como de entidade fiscalizadora do
exercício de profissão regulamentada;
VIII - ser prático de barras, portos, rios, lagos e canais;
IX - possuir, manter ou operar, mesmo como amador, aparelho de
radiodifusão, de radiotelegrafia e similar, salvo reciprocidade de
tratamento; e
X - prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares, e
também aos estabelecimentos de internação coletiva.
§ 1º O disposto no item I deste artigo não se aplica aos navios
nacionais de pesca.
§ 2º Ao português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no
Estatuto da Igualdade, apenas lhe é defeso:
a) assumir a responsabilidade e a orientação intelectual e
administrativa das empresas mencionadas no item II deste artigo;
b) ser proprietário, armador ou comandante de navio nacional,
inclusive de navegação fluvial e lacustre, ressalvado o disposto no
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parágrafo anterior; e
c) prestar assistência religiosa às Forças Armadas e auxiliares.
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programas ou normas de ação de partidos políticos do país de
origem;
II - exercer ação individual, junto a compatriotas ou não, no
sentido de obter, mediante coação ou constrangimento de
qualquer natureza, adesão a idéias, programas ou normas de ação
de partidos ou facções políticas de qualquer país;
III - organizar desfiles, passeatas, comícios e reuniões de
qualquer natureza, ou deles participar, com os fins a que se
referem os itens I e II deste artigo.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica
ao português beneficiário do Estatuto da Igualdade ao qual tiver
sido reconhecido o gozo de direitos políticos.
XII - introduzir estrangeiro
clandestinamente ou ocultar
clandestino ou irregular:
Pena: detenção de 1 (um) a 3
(três) anos e, se o infrator for
estrangeiro, expulsão.
XIII - fazer declaração falsa em
processo de transformação de visto,
de registro, de alteração de
assentamentos, de naturalização,
ou para a obtenção de passaporte
para estrangeiro, laissez-passer,
ou, quando exigido, visto de saída:
Pena: reclusão de 1 (um) a 5
(cinco) anos e, se o infrator for
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estrangeiro, expulsão.
XIV - infringir o disposto nos Art. 45. A Junta Comercial, ao registrar firma de que participe
artigos 45 a 48: estrangeiro, remeterá ao Ministério da Justiça os dados de
Pena: multa de 5 (cinco) a 10 (dez) identificação do estrangeiro e os do seu documento de identidade
vezes o Maior Valor de Referência. emitido no Brasil.
Parágrafo único. Tratando-se de sociedade anônima, a
providência é obrigatória em relação ao estrangeiro que figure na
condição de administrador, gerente, diretor ou acionista
controlador.
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Art. 46. Os Cartórios de Registro Civil remeterão, mensalmente,
ao Ministério da Justiça cópia dos registros de casamento e de
óbito de estrangeiro.
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especial:
Pena: multa de 2 (duas) a 5 (cinco)
vezes o Maior Valor de Referência.
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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
de criança ou adolescente ou de
vulnerável.
!
É possível a progressão de regime do condenado por crime
hediondo, sendo possível quando se der o cumprimento de 2/5 da pena
(apenado primário), ou de 3/5 (reincidente).
A Lei dos Crimes Hediondos determina que a pena deve ser
cumprida inicialmente em regime fechado. Todavia, o STF já declarou
este dispositivo inconstitucional em sede de controle difuso.
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DELAÇÃO PREMIADA NOS CRIMES HEDIONDOS
TRAIÇÃO BENÉFICA
-! Apenas quando houver quadrilha ou bando formado
especificamente para a prática de crimes hediondos ou equiparados
a hediondos;
-! O participante ou associado da quadrilha ou bando precisa
denunciá-la às autoridades, possibilitando seu desmantelamento;
-! A pena será reduzida de um a dois terços.
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inclusive pela internet, depósito ou
distribuição do produto falsificado,
corrompido, adulterado ou alterado (art.
273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal).
!
Agora respire um pouco, tome um copo d`água e resolva
nossas questões. Se ficar alguma dúvida ou se você precisar de alguma
ajuda, estou à sua disposição, ok? ☺
Grande abraço!
Paulo Guimarães
professorpauloguimaraes@gmail.com
www.facebook.com/pauloguimaraesf
@pauloguimaraesf
@pauloguimaraesf
(61) 9607-4477
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5.! QUESTÕES COMENTADAS
O art. 106, por sua vez, traz várias vedações ao estrangeiro, entre elas a
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GABARITO: D
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automaticamente considerados brasileiros naturalizados,
independentemente de qualquer outra condição ou exigência.
GABARITO: E
GABARITO: E
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naturalização, que valerá como prova de nacionalidade brasileira até dois
anos depois de atingida a maioridade, nos termos do art. 116 do Estatuto.
GABARITO: C
GABARITO: E
de saber falar. Acredito que tenha sido um erro da banca, mas para evitar
confusão, a questão terminou sendo anulada.
GABARITO: ANULADA
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de língua portuguesa que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigindo, nesse caso, apenas
GABARITO: A
GABARITO: E
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9. (inédita). O estrangeiro não pode prestar assistência religiosa às
Forças Armadas e auxiliares, mas ao português que goza dos direitos e
obrigações previstos no Estatuto da Igualdade é permitido prestar
assistência religiosa aos estabelecimentos de internação coletiva.
GABARITO: C
10. (inédita). O estrangeiro que têm cônjuge ou filho brasileiro não tem
garantia de direito à naturalização. Entretanto, é possível que o prazo de
residência no Brasil seja relativizado, desde que o estrangeiro viva no
Brasil por pelo menos um ano.
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GABARITO: C
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11. PC-BA – Delegado de Polícia – 2013 – Cespe. O indivíduo
penalmente imputável condenado à pena privativa de liberdade de vinte e
três anos de reclusão pela prática do crime de extorsão seguido de morte
poderá ser beneficiado, no decorrer da execução da pena, pela
progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da pena, se for
réu primário, ou de três quintos, se reincidente.
GABARITO: C
GABARITO: E
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COMENTÁRIOS: É importante que você memorize bem a lista dos crimes
hediondos, ok? A falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais consta na lista.
GABARITO: C
GABARITO: E
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GABARITO: E
GABARITO: E
GABARITO: E
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18. TJDFT – Analista Judiciário – 2008 – Cespe. O crime de homicídio
é considerado hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e quando for
qualificado.
COMENTÁRIOS: Para não haver perigo de você não lembrar da lista dos
crimes hediondos, vou repeti-la aqui, ok?
Favorecimento da prostituição ou de
outra forma de exploração sexual
de criança ou adolescente ou de
vulnerável.
GABARITO: C
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19. DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. No que diz respeito às infrações
penais de repercussão interestadual ou internacional (Lei n.º
10.446/2002), julgue o item seguinte.
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GABARITO: ANULADA
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6.! QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
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5. OAB – Exame de Ordem – 2009 – Cespe (adaptada). A aquisição
de nacionalidade brasileira por naturalização é conferida por lei de
iniciativa do presidente da República.
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10. (inédita). O estrangeiro que têm cônjuge ou filho brasileiro não tem
garantia de direito à naturalização. Entretanto, é possível que o prazo de
residência no Brasil seja relativizado, desde que o estrangeiro viva no
Brasil por pelo menos um ano.
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Maura praticou crime de extorsão, mediante sequestro, em 27/3/2008, e,
denunciada, regularmente processada e condenada, iniciou o
cumprimento de sua pena em regime fechado. Nessa situação hipotética,
após o cumprimento de um sexto da pena em regime fechado, Maura terá
direito à progressão de regime, de fechado para semiaberto.
sua investigação.
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GABARITO
1. D 11. C
2. E 12. E
3. E 13. C
4. C 14. E
5. E 15. E
6. ANULADA 16. E
7. A 17. E
8. E 18. C
9. C 19. ANULADA
10. C
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