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O assassinato de Chico Mendes

Aluno: José Andrey Souza Santos


Turma: 2º ano de informática

Xapuri - Acre, 15 de dezembro de 1944. Neste exato local, dia e hora, nascia Chico
Mendes, o maior ambientalista do Brasil e um dos maiores emblemas na luta pela
preservação da floresta amazônica.
Chico começou a trabalhar aos 8 anos como seringueiro, trabalho muito comum na região
onde nasceu e morava, extraindo latex das árvores, para o transformar em borracha, que se
transformaria em muitas outras coisas; Chico nunca teve muita perspectiva ou sonhos, ele
estava praticamentecerto que aquela iria ser sua vida até ele ir pra terra dos pés juntos, o
que ele não esperava que fosse acontecer seria o encontro dele com Euclides Távora, no
meio da mata.
Távora era um militante comunista que havia participado da revolução Boliviana de 52 que
estava exilado na floresta, ele quem alfabetizou Chico, ensinou a ler, escrever e despertou
nele o interesse pelas causas ambientais.
Naquela época, a pecuária havia chegado na região e estava devastando a mata,
derrubando árvores para dar espaço a pastos. Isso impactou muito a economia da região,
que era baseada na extração do látex das seringueiras, e a pecuária era algo que eles não
podiam lutar contra por se tratar de fazendeiros ricos e armados.
Após a alfabetização, Chico fundou um sindicato de moradores a fim de controlar toda
situação, a atitude foi tão impactante que acabou influenciando comunidades vizinhas, e em
pouco tempo haviam vários sindicatos espalhados pela região, unindo a população.
A origem de tudo isso vem desde anos 50, quando foi determinado que o Brasil deveria ser
asfaltado e que o país iria investir nas rodovias; no final dos anos 60 foi aberta a rodovia
Cuiabá - Porto Velho, facilitando a chegada dos agricultores, fazendeiros e etc.
Após a chegada dessa galera do mal, o desmatamento tomou proporções grotescas, e o
governo não fazia nada sobre, nem procurava saber da situação local. Os primeiros dados
coletados sobre o desmatamento vieram apenas no final dos anos 70, graças ao Chico
Mendes; Apesar disso, o governo não deu muita atenção ao caso, e talvez ele até morresse
no esquecimento caso não fosse a divulgação da mídia, essa atenção fez Chico ficar cada
vez maior e ter cada vez mais voz, a ponto de virar uma ameaça para os poderosos locais,
chegando a ser perseguido, preso e torturado.
Após o caso de Chico, o assassinato dos seringueiros começou a ser divulgado
amplamente na mídia, a situação já ocorria mas era abafada pela mídia, após toda a
repercussão o caso ganhou atenção internacional.
Uma comissão da ONU chegou a visitar Xapuri, e na ocasião Chico fez uma denúncia que
dizia que o governo estava financiando esses agricultores com dinheiro do BID (banco
internacional de desenvolvimento); após a denúncia, o senado americano alertou outros
bancos que financiavam projetos na região.
Enquanto lá fora a denúncia de Chico foi vista como um ato de heroísmo, aqui no Brasil ele
foi acusado de prejudicar o progresso.
Após o reconhecimento internacional e todo o barulho nacional, o governo se rendeu e o
movimento de Chico criou a primeira reserva florestal da Amazônia brasileira.
Em dezembro de 88 Chico deu uma entrevista ao jornal do Brasil, onde disse que estava
sendo ameaçado por dois fazendeiros, os irmãos Alves, que inclusive estavam foragidos a
mais de 10 anos, e eles continuaram em liberdade na região por serem amigos do delegado
da polícia federal no Acre. A entrevista não foi publicada pois os redatores acharam que
Chico estava mentindo.
13 dias após a entrevista Chico Mendes foi vítima de uma emboscada.
Era 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes estava morto.
Era uma noite de dezembro, no ano de 88, quando Chico Mendes foi assassinado a tiros no
quintal de sua própria casa
Faltavam poucos dias para o Natal quando a esposa e os filhos de Chico Mendes viram ele
ser assassinado por um único tiro de escopeta no peito.
Caído no chão e sangrando, foi assim que os filhos de Chico Mendes o viram pela última
vez.
Na noite de 22 de dezembro, não mataram apenas Chico Mendes, mas uma família inteira,
a causa porém continuou viva.
"O Homem que lutou pela defesa da Amazônia, foi assassinado", esse era o título da
matéria que estampava a capa do New York Times.
Após o assassinato, o jornal do Brasil resolveu publicar a matéria que poderia ter salvo a
vida dele.

em dada parte da entrevista, Chico diz:


"Se descesse um enviado dos céus e me garantisse que minha morte iria fortalecer nossa
luta até que valeria a pena. Mas a experiência nos ensina o contrário. Então eu quero viver.
Ato público e enterro numeroso não salvarão a Amazônia. Quero viver, mas caso morra,
não quero flores em meu enterro, pois sei que elas serão arrancadas da floresta"

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