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Jonestown – O maior suicídio coletivo

da história.
Em 18 de novembro de 1978, 918 pessoas morreram em um misto de suicídio coletivo
e assassinatos em Jonestown, uma comuna fundada por Jim Jones, pastor e fundador
do Templo Popular, uma seita pentecostal cristã de orientação socialista.

Jim Jones
Nasceu em Creta, 13 de maio de 1931(pós crise de 29, condado de Indiana, EUA, seus
pais acreditavam ter dado luz ao messias.

Desde a infância, Jim Jones mostrou inclinações místicas e na juventude foi


um leitor dedicado de obras políticas e sociais. Também demonstrou simpatia pelo
marxismo e pelas reivindicações dos afro-americanos contra a segregação e a
discriminação racial.
Nessa época, Jones desenvolveu suas ideias sobre a ação política e também
começou a buscar uma expressão destas dentro da religião. Em 1952, tornou-se
estudante em um seminário metodista, do qual foi expulso por defender a integração
racial, e trabalhou algum tempo junto aos batistas do Sétimo Dia.

Templo do povo
Em 1954, Jones criou a sua própria igreja em uma área da cidade racialmente
integrada, e recebeu o nome Templo dos Povos: Igreja Cristã do Evangelho Pleno em
1959
Através do Templo, Jim Jones adquiriu notoriedade e apoio político e da mídia
em Indianápolis, contribuindo para pôr fim à segregação racial em departamentos
públicos, restaurantes e hospitais
Jim e Marceline (sua esposa) incentivaram a adoção de crianças de raças
diferentes pelos membros de sua igreja. Em 1954, começaram eles próprios a
sua Rainbow Family (família “arco-íris”)

Viagens
Depois de um discurso em 1961 sobre o apocalipse nuclear e depois de
listar Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, em um artigo de janeiro de 1962 na
revista Esquire, como um lugar seguro em uma guerra nuclear, Jones viajou com a
sua família para a cidade com a ideia da criação de um novo local para o Templo.
[12]
 Em seu caminho ao Brasil, Jones fez sua primeira viagem para a Guiana.
Após chegar em Belo Horizonte, Jones alugou uma modesta casa de três
quartos, Ele estudou a economia local e a receptividade das minorias raciais com a
sua mensagem, embora o idioma tenha permanecido como uma barreira.
quando os pregadores associados a Jones em Indiana lhe disseram que o Templo
estava prestes a entrar em colapso sem ele, Jones voltou aos Estados Unidos

Templo
Em seu auge, em meados dos anos 70, o Templo dos Povos reuniu cerca de 3
mil membros, dos quais 70 a 80% eram afro-americanos pobres, Estatísticas
exageradas do próprio movimento subiam seu número para 20 mil pessoas.
Em 1974, o Templo arrendou uma gleba de terra na Guiana, junto à localidade
de Port Kaituma, próximo à fronteira com a Venezuela. Ali Jones, com sua família,
pretendia erguer o “Projeto Agrícola” do Templo dos Povos, formando a comunidade
informalmente denominada de Jonestown. Os primeiros 50 residentes, transferidos da
igreja em San Francisco, chegaram em 1977. No ano seguinte, já eram mais de 900
(dos quais 68% eram afro-americanos).[
Tratava-se de uma tentativa de construir uma comunidade rural
autossustentável em um local com solo pobre e com pouca água doce. Além disso, a
comunidade estava superpovoada quando se leva em conta os recursos disponíveis
nas proximidades. Essas circunstâncias que contribuíram para a deterioração das
condições de vida no local.
Pesaram contra Jones acusações de sequestro de crianças de ex-integrantes
que tinham abandonado o Templo. Outras denúncias incluíam: 1) ameaças físicas,
morais e mentais diretamente aos membros da seita, separados de qualquer contato
com suas famílias; 2) tortura psicológica, com privação de sono e de alimentos; 3)
exigência de entrega de propriedades e 25% da renda de cada membro da seita; 4)
interferências de Jones na escolha do casamento e na vida sexual dos casais; 5)
isolamento das crianças em relação aos seus pais; 6) campanha constante junto à
mídia para dar uma impressão favorável e boa a Jones e ao Templo.Houve relatos de
que Jones promovia um regime ditatorial, marcado por punições severas e pela
presença de guardas armados para tentar evitar fugas.

Discurso e Suicidio
 Jones se referia de forma hostil ao governo dos Estados Unidos como o
Anticristo, em rápida marcha em direção ao fascismo, e ao capitalismo como o regime
econômico do Anticristo. O pastor também avisava aos seguidores que os serviços de
segurança americanos estavam "conspirando contra Jonestown", e que uma das
soluções seria um "suicídio revolucionário". Algo que, por sinal, teria sido ensaiado
algumas vezes em assembleias. Em 18 de Novembro de 1978, 918 pessoas
morreram, num mistiço de suicídio coletivo e assassinato.
Quando autoridades da Guiana chegaram a Jonestown, o pastor foi encontrado
morto com um tiro na cabeça, em uma posição que sugeriu suicídio. Dos habitantes
que estavam em Jonestown naquele dia, apenas 35 sobreviveram
“Nós éramos visionários que deixaram para trás os confortos da vida urbana e
se mudaram para o meio da floresta para criar um modelo de comunidade para o resto
do mundo. Jim Jones era articulado para mascarar as partes dele que eram corruptas
ou doentes", explica Kohl, autora de um livro em que relatou suas experiências no
culto.
Dukhaim e Suicidio

De acordo com dukhaim há 3 tipos de suicídio

 Egoísmo – reclusão social


 Altruísmo – Por um “bem maior”
 Anômico – Aumento na taxa de suicídio por Crise ou Mordenização

Acreditamos que o caso de JonesTown se encaixa no caso de altruísmo, já que a


suposta causa nobre, o que chamam de suicídio revolucionário, já que se estuda o
Indivíduo-Sociedade e toda pressão exercida na vítima.
Jones, como um bom manipulador, era articulado, ajudou minorias, cativou aqueles
que não tinham nada, eles estavam dispostos a seguir qualquer quer que ele pedisse,
até tirar a própria vida.
Por medo da desaprovação da parte de Jones, a maioria dos seus seguidores se
mantiveram calados e não se revoltaram, só caindo em si os poucos sobreviventes.

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