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The Art of Political War

(A Arte da Guerra Política) – David Horowitz*, 2000

* David Horowitz é também autor dos seguintes livros:


 “The Anti-Chomsky Reader with Peter Collier”, Encounter Books, 2004, ISBN 1-893554-97-X
 “The Professors: The 101 Most Dangerous Academics in America, Regnery Publishing 2006, ISBN 0-
89526-003-4

Anotações de Bandeira Fernando dos comentários de Silvio Medeiros1 e outras fontes.


Vídeo: https://ceticismopolitico.com/2013/09/07/silvio-medeiros-e-a-arte-da-guerra-politica-de-
david-horowitz/
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Segundo o livro The Art of Political War, o financiamento da campanha de Barak Obama
(Partido Democrata2) foi o maior da história das eleições dos EUA, maior do que todos juntos. E
as grandes fundações foram as que mais financiaram sua campanha, estranho, não?

David Horowitz nasceu em 1939, de origem judaica, era filho de pais comunistas que
tinham o sonho de viver como espiões soviéticos nos EUA durante a Guerra Fria. Portanto, ele
mesmo era comunista. Duas decepções com os comunistas marcaram sua vida.

Em 1956, já com 17 anos de idade, Horowitz teve a sua primeira decepção com a causa
comunista quando o sucessor de Stalin (1878-1953) no Partido Comunista Soviético (PCUS),
Nikita Khrushchev3, tornou público uma série de crimes da URSS contra o próprio povo
soviético (Khrushchev Reports), causando uma grande debandada de membros do partido
comunista no mundo todo.

Desapontado, e com o objetivo de reunir os comunistas dissidentes em uma esquerda


menos agressiva do que aquela de Stalin, Horowitz adotou os pensamentos de Gramsci e a
Teoria Crítica desenvolvida pela Escola de Frankfurt, tornando-se um dos fundadores da New
Left (Nova Esquerda), uma esquerda pretensamente purificada e mais atraente, adepta do
“politicamente correto” (que todos os que estudam um pouco mais sabem que nada mais é do
que marxismo cultural). Nesta época, já formado em Literatura, Horowitz4 foi contra a Guerra do

1
Publicitário, coleciona clientes de primeira linha, além de prêmios nacionais e internacionais, entre os
quais quatro vezes o Leão de Cannes, o “Oscar da publicidade” mundial.
2
O Partido Democrata dos EUA tem viés ideológico de esquerda.
3
“...Com a morte de Josef Stalin em 1953, Khrushchev chegou ao poder como líder do PCUS (...) Em 23
de fevereiro de 1956, durante o XX Congresso do PCUS, Khrushchev chocaria a nação e o mundo ao
fazer seu famoso “discurso secreto”, no qual acusava Stalin do crime de genocídio durante os grandes
expurgos realizados nos anos 1930 na URSS e denunciava o culto da personalidade que o cercava...”
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Nikita_Khrushchov)
4
“...Depois de concluir sua pós-graduação, no final da década de 1960, Horowitz morava em Londres e
trabalhou para a Bertrand Russell Peace Foundation, período em se identificava como um intelectual
marxista engajado. Em 1966, Ralph Shoenman persuadiu Bertrand Russell a convocar um tribunal de
crime de guerra para julgar o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Horowitz citaria,
três décadas depois, ter reservas políticas em relação a esse tribunal pelo que não participou da ação,
apesar de descrever os juízes do tribunal como formidáveis. Dentre eles estavam os mundialmente
famosos Isaac Deutscher, Jean-Paul Sartre, Stokely Carmichael, Simone de Beauvoir, James Baldwin e
Vladimir Dedijer.” (https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Horowitz)

1
Vietnã, exercendo muita influência no meio acadêmico. Bem-intencionado, ele fez uma
reciclagem do conceito marxista, tentando afastar a ideia de um marxismo totalitário. Em 1970
volta de Londres para os EUA e escreve 3 livros. Foi apresentado a Huey Newton5, líder do
Partido dos Panteras Negras6. Pouco tempo depois, abriu uma conta para ajudar a arrecadar
dinheiro para financiar uma escola para crianças pobres em Oakland e indicou sua amiga Betty
Van Patter como contadora para cuidar das contas do dinheiro arrecadado. Em dezembro de
1974, Betty foi encontrada morta, boiando na Baía de São Francisco. Horowitz descobriu que o
líder dos Panteras Negras (na época considerados vanguarda revolucionária) poderia ser o autor
do crime. Na tentativa de esclarecer o crime, notou que a polícia e o FBI NÃO quiseram investigar
o caso. O New York Times deixou de publicar um artigo seu a respeito da morte de Betty sob
alegação de que houvera um problema na “impressora” do jornal. Ele então, sem saber o porquê,
estava certo já de que havia uma conspiração que impunha fortes obstáculos à solução do caso.
O fato dele mencionar que os Panteras Negras mataram sua amiga foi visto pela New Left como
um ato de traição e o isolaram, passando a vê-lo como ameaça. Assim percebeu que sua vida
estava em risco. Os Conservadores foram os únicos que se interessaram pela morte da Betty
e ajudaram-no a esclarecer o caso. Ele descobriu que todos os seus amigos da New Left, vistos
como portadores da “consciência social”, mostraram-se sem consciência e sem preocupação em
esclarecer a verdade. Mais tarde descobriu que, tanto a New Left quanto reitores, sindicalistas e
políticos sabiam a verdade sobre a morte de Betty Van Patter. Assim, ele teve nos conservadores
uma lição do que é o Conservadorismo7. Ele descobriu que os Panteras Negras eram
perseguidos, não por perseguição política como diziam, mas porque eles matavam pessoas,
centenas de pessoas. Ele passou então a se questionar sobre sua atuação em prol da retirada
das tropas americanas do Vietnã8. Quando as tropas saíram, os amigos da New Left nada
falaram sobre as mortes causadas pelos comunistas. Os comunistas no Vietnã do Sul,
Indochina e do Camboja (Pol Pot9) mataram 3 milhões de pessoas pela utopia; na Indochina
foram 2 milhões de refugiados; o Vietnã do Norte matou milhares de pessoas que não se
“adequaram” aos campos de concentração do Vietnã do Sul. E da mesma forma que os
comunistas da década de 50, os amigos da New Left se calaram. Ele percebeu que nada havia
mudado com a criação da New Left, que a omissão dos “amigos” sobre estes pontos era a
mesma omissão sobre a morte de sua amiga (pela utopia); percebeu que continuava o mesmo

5
“Horowitz recomendou que Huey Newton contratasse Betty Van Patter como contadora dos Panteras
Negras, e seus serviços foram aceitos pela organização. Porém, em dezembro de 1974, o corpo de Van Patter foi
encontrado flutuando no porto de São Francisco. Horowitz concluiu que os Panteras Negras estavam por atrás de
seu assassinato e a sequência de fatos o levou a romper com a militância esquerdista e se tornar um ícone do
conservadorismo americano.” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Huey_Newton)
6
Black Panther Party for Self-Defense
7
O Conservadorismo tem como base as tradições em qualquer atuação política e social, pois elas oferecem ao
agente algo sobre o qual a sociedade pode operar, criticar e, consequentemente, mudar. Em resumo, o mundo deve
avançar, gradualmente, com base na experiência acumulada, sem ter que reinventar a roda o tempo todo.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Conservadorismo). Obs.: Não é boa a definição de Conservadorismo da Wikipedia
devido ao seu ativismo ideológico, ainda que sutil, sendo sugestão a leitura de Edmund Burke e Roger Scruton.
8
“...grande conflito armado que aconteceu no Vietnã, Laos e Camboja de 1 de novembro de 1955 até a queda de
Saigon em 30 de abril de 1975...” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Vietn%C3%A3)
9
“...Liderando os guerrilheiros do Khmer Vermelho, tomou o poder em 1975, formando um governo comunista
radical. Ordenou uma retirada em massa da população das cidades, que foi enviada à força de volta aos campos
para eliminar os vícios burgueses criando assim uma nova sociedade sem classes. Ao mesmo tempo, intelectuais e
profissionais liberais foram executados, assim como cerca de 15 mil dos 20 mil professores do país e 90% dos
monges budistas. As estimativas são de que o genocídio promovido pelo ditador tenha provocado a morte de até 4
milhões de pessoas (cerca da metade da população do país)...” (Fonte: Último Segundo - iG @
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/dez-ditadores-que-marcaram-o-mundo/n1237642754444.html)

2
silêncio diante do extermínio de pessoas e das perdas das liberdades individuais provocadas
pelos regimes comunistas. Esta foi a segunda decepção.

Percebendo que vivia uma farsa, entrou em crise existencial, sendo esse o ponto de
inflexão na vida do Horowitz. Decepcionado, saiu de cena por 9 anos e voltou a aparecer somente
na década de 80. De volta, Horowitz criou várias frentes importantes de estudos políticos (David
Horowitz Freedom Center, FrontPage Magazine e Students for Academic Freedom). Ver o David
Horowitz em um confronto político é indescritível porque ele sabe como a esquerda pensa, suas
manipulações e táticas ideológicas que impregnam a mídia, o sistema de ensino e todas as
instituições, chegando a comprometer as bases sobre as quais os Estados Unidos foi fundado.
Só para se ter uma ideia, ao eliminar das universidades os estudos sobre Conservadorismo,
deixando somente cursos marxistas, isso passa a ser propaganda. Na Califórnia estão as
Universidades mais marxistas dos EUA. Eric Hobsbawm10, numa entrevista, pressionado,
respondeu que, pela causa se justificam as 20 ou 30 milhões mortes na URSS (veja-se aqui a
completa falta de moral).

Para se ter uma ideia do quanto se trata de um movimento mundial, não há no Brasil,
desde Getúlio Vargas, uma plataforma política de direita consistente e militante. Tirando-se o
discurso da contrarrevolução dos militares para afastar a revolução socialista e a questão da
perseguição política, o regime militar visto como de direita criou 200 estatais; o ministro da
Fazenda neste período, Delfim Neto, esquerdista, é um dos maiores especialistas de “O Capital”
de Marx; a economia era fechada, protecionista, 70%-80% centrada na mão do estado, sendo o
Brasil um dos países mais protecionistas do mundo; foram criadas a lei da desapropriação de
terra e a lei do divórcio. Enfim, os militares acabaram preparando o terreno para a esquerda.

Segundo David Horowitz, a guerra política segue 6 princípios:

1- A guerra política é conduzida por outros meios: vale para qualquer confronto ou batalha
de ideias quando se tem um 3° observador que dará ou não o seu apoio; vence aquele que
consegue expor suas ideias de maneira simples, rápida, lógica e clara. Já o discurso acadêmico
serve para a militância, para pessoas que já concordam com você.

2- Política é guerra de posição: ou é amigo ou é inimigo, exceto muçulmanos, que são mais
complicados. O debatedor tem que se posicionar rapidamente como amiga do seu público, do
contrário, será visto como inimigo. Calar-se não ajuda. Ronald Reagan disse: “Se você está se
explicando, você está perdendo”. Então, tem que devolver o golpe na mesma medida. Nada de
se explicar. Portanto, posicionar-se primeiro é importante para poder escolher. A vantagem de
se posicionar primeiro: A campanha de Obama à reeleição à presidência dos EUA: “Yes, we can”
(Sim, nós podemos), “Hope” (Esperança), “I hopeful because of you” (Eu estou esperançoso por
causa de você), “Progress” (Progresso); o que sobrou para o outro?

3- Na guerra política, o agressor (combativo) geralmente vence: ninguém quer ficar do lado
de quem não batalha.

10
Eric John Ernest Hobsbawm (Alexandria, 1917 - Londres, 2012) foi um historiador marxista britânico reconhecido
como um importante nome da intelectualidade do Século XX. Ao longo de toda a sua vida, Hobsbawm foi membro
do Partido Comunista Britânico (https://pt.wikipedia.org/wiki/Eric_Hobsbawm).

3
4- A posição é definida por emoções gêmeas (esperança e medo): quem for portador da
esperança, vencerá. Partidos exploram isso. Lula: “Lula lá...” (não quer dizer nada)/ Collor: “O
caçador de marajás”, “Defensor dos pobres”, “Collor é progresso”. FHC1: “Gente em 1° lugar” (o
eleitor pensa: eu sou uma pessoa, ele vai me colocar em 1º lugar)/ FHC2: “O Brasil não pode
voltar atrás” (atrás do plano Real = inflação)/ Lula1: trouxe um empresário como vice-presidente,
muda a imagem e aproxima-se do centro/ Lula2: “Não vamos trocar o certo pelo duvidoso”.

5- As armas políticas são os símbolos que evocam medo ou esperança: Campanha da


Dilma: “Se o José Serra ganhar, ele vai acabar com o Bolsa Família”. Os símbolos não podem
ser refutados, eles são imagens. Os Democratas sabem utilizar muito bem a esperança, todo o
Democrata que abre a boca vai sempre culpar os Republicanos de favorecer os ricos e cortar de
benefícios aos pobres (e é parcialmente verdade, mas porque são a favor do Estado mais enxuto
e com menos impostos para gerar mais empregos e mais liberdade econômica para que as
pessoas tenham mais empregos), fazendo com que os Republicanos são portadores do medo e
do risco. Os Republicanos neutralizaram dizendo que os Democratas querem mais dinheiro
(impostos) para os Democratas às custas do trabalhador (não adianta falar em Mises11 nesta
fase). A própria escolha do candidato negro como Obama, romantiza o símbolo da perseguição
política dos negros nos EUA, fazendo com que ele se tornasse um símbolo, blindando ele do
ataque de racismo, tomando a esperança para si e atribuindo aos Republicanos como os
portadores dos interesses da elite branca, racistas e fundamentalistas. Para se ter uma ideia,
durante as campanhas que reelegeram Obama, seu oponente Mitt Romney12 dizia: “o Barak
Obama é uma cara legal, bom pai de família, tem ideias interessantes, mas não será bom
presidente para os EUA”; já o Obama dizia: “o Mitt Romney é o pior cara da face da Terra depois
de Mussolini, ele odeia as mulheres”, e de fato, “ele é mórmon, tem meia dúzia de mulheres e
escraviza as mulheres, quer que os pobres sejam mais pobres e a elite branca mais rica”.

6- A vitória fica do lado do povo: Conservadores e direitistas defendem a responsabilidade


individual, cada pessoa é responsável pelo próprio destino, sem estado. A esquerda
revolucionária defende uma culpa social, favorecimento coletivista. Uma arapuca para os
conservadores: reduzir tributos geralmente é visto como ser contra à educação, por exemplo. O
“Yes, we can!” é uma plataforma que se posiciona ao lado do povo. Os Conservadores, a direita,
são a favor da responsabilidade individual, onde cada pessoa é responsável pelo próprio destino
e sucesso, eles dizem: “nós não dependemos do estado, de benesses coletivistas para fazer a
nossa vida”. Já os esquerdistas defendem uma culpa social e um favorecimento coletivista para
as pessoas mais desfavorecidas, e isso é fácil assimilar, todo mundo quer (só que gerando
aumento de tributos), criando uma arapuca. A jogada é assim: “Nós precisamos aumentar
tributos para melhorar a educação”, quando a direita vai contra ao aumento de tributos, a

11
Ludwig Heinrich Edler von Mises (Áustria, 1881 - EUA, 1973) foi um economista teórico, membro da Escola
Austríaca de pensamento econômico. É conhecido principalmente por seu estudo dedutivo das ações e escolhas
humanas (praxeologia). Defensor da liberdade econômica como suporte básico da liberdade individual, dedicou-se à
crítica do Socialismo enquanto sistema econômico, por considera-lo inviável em razão de não apresentar
mecanismos de fixação de preço pelo mercado (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_von_Mises). Na visão de Mises,
uma sociedade livre deve ser alcançada pelo respeito à propriedade privada, às trocas voluntárias entre indivíduos,
e à ordem natural dos mercados, sem interferência governamental eis que as ações e instituições governamentais
tendem a proteger os poderosos seus grupos de interesse; criam hostilidade, corrupção e desesperança; limitam a
prosperidade, reprimem a livre expressão e as oportunidades dos indivíduos. (https://www.mises.org.br/About.aspx)
12
Willard Mitt Romney (Detroit, 1947) é um empresário e político dos Estados Unidos. Ele foi o candidato do Partido
Republicano à presidência dos Estados Unidos na eleição de 2012.

4
esquerda diz: “Então vocês são contra a educação, que crianças carentes tenham oportunidades
na vida?” A partir daí a direita passa a se explicar dizendo o aumento de tributos gera mais
pobreza (as pessoas não assimilam isso), e, como visto, se você se explicar, você está perdendo.
O que a direita deveria fazer é dizer “Não, nós queremos que sejam reduzidos os gastos públicos,
das benesses fiscais para que sobre mais dinheiro para a educação”, colocando-se ao lado do
povo (pois o povo não quer político rico), a esquerda vai dizer “Não, nós não somos a favor do
corte de gastos públicos”, daí é hora da direita dizer: “Então vocês são contra a educação”. A
direita precisa amarrar suas propostas políticas que beneficiem as pessoas mais simples, mais
desfavorecidas, do contrário, não vai chegar ao poder. Hoje a esquerda tem o monopólio da
benfeitoria. Estudo que consta do livro “Who Really Cares” escrito por Athur Brooks mostra que
os cristãos conservadores doam até 100 vezes mais do que os esquerdistas e defensores da
expansão do governo, até porque as motivações cristãs precisam fazer caridade, de obras.

7- A rotina da rotulagem: muito frequente, não é um princípio, mas um símbolo muito bem
usado pela esquerda no mundo todo, gruda e não sai mais. Ex.: O estatuto do nascituro (Bolsa
Estupro) proposto pelo movimento pró-vida visa dar dinheiro para a mulher que se tornou
gestante a partir de violência sexual, para que ela tenha direito a uma ajuda de custo para que
possa escolher ter a criança. O movimento pró-aborto disse ser o bolsa estupro (uma cilada,
pois não se pode refutar, sem se explicar). Bastaria então responder que a ideia do aborto é um
programa que que só se interessa por algumas mulheres que querem fazer um aborto, ou o que
lobby abortista só quer o aborto, não quer a mulher.

Enfim, o senso comum sempre tende ao centro, por isto a esquerda sempre tenta jogar
sua oposição para a extrema direita (para que ela aparente ser o centro). Se em toda a esquerda
tem sua extrema esquerda e leninistas que defendem a luta armada, é preciso coloca-los todos
em seu devido lugar, ou seja, na extremidade.

Na visão de Medeiros, José Serra, Geraldo Alkmim e Marina Silva não fazem oposição à
esquerda porque eles estão do mesmo lado. O PSDB foi o único partido de esquerda que não
assinou o Foro de São Paulo. O PSDB é um pouco mais moderado, mas ainda assim é esquerda,
na verdade, é a direita da esquerda (mas se é esquerda, sabemos, né?).

Você digita no Facebook “prolife” (ou https://prolife.com/) e olha o que vem: “pró-vida
seculares”, “ateístas contra o aborto”, “nova onda feminista contra o aborto”, “pagãos contra o
aborto”, “feministas pela vida”... essas pessoas existem e a própria presença delas caba com o
arsenal do lado pró-aborto. Por isto a genialidade de usar o Barak Obama como o primeiro
presidente negro; se você não votar no primeiro presidente negro, você é racista (entendem
isso?). Exemplo: Fazer o jogo deles é, por exemplo, enviar uma pessoa comum ou um religioso
para confrontar o Dr. Dráuzio Varela no programa “Na Moral” do Pedro Bial sobre a questão de
distribuição de embriões quando você tem centenas de cientistas, e todos os tratados de biologia
no mundo, falando que a vida humana começa na concepção, enquanto o Dr. Dráuzio diz que o
embrião é uma simples conexão de compostos químicos, bastaria um deste cientistas ir neste
programa e contestar, com base na literatura.

David Horowitz descobriu que os princípios da New Left que ele havia criado se
transformaram em instrumento de demagogia. Nós não precisamos ter medo de que esses
princípios caiam em mãos erradas. Eles já estão em mãos erradas. Precisamos usar isso nas
mãos certas.

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