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Os militares eram liberais e por isso acreditavam que era preciso dar espaço também para a
esquerda. Os militares tinham medo da insurreição armada, dando aos marxistas uma válvula
de escape: as universidades. Os espiões nas salas de aula só verificavam se os professores
ensinavam algo no que diz respeito à revolta armada. Quando isso era comprovado, o
indivíduo era levado para interrogatório e, esporadicamente, torturado. Os militares brasileiros
não souberam identificar e combater o marxismo cultural, mas somente o marxismo
armado.
Atualmente, no Brasil, ganha grande exposição nas novelas um dos grandes bastiões da
revolução cultural: a promoção da cultura homossexual. Para que se explique a importância do
homossexualismo no contexto revolucionário é necessário fazer um pequeno resgate histórico
e teórico. Marcuse, percebendo que a revolução marxista não eclodiu através da luta de classes,
se aproveitou de uma realidade característica do ser humano (a inveja), para alimentar um
combustível de revolta. Pierre Bourdieu[3], por sua vez, sistematizou a revolta no conceito de
excluído[4], que foi criado para promover a questão da inveja. Aí entram os homossexuais[5],
pois o seu desejo de igualdade com os heterossexuais os leva constantemente à revolta.
Seguindo fielmente esta cartilha, as novelas brasileiras tem buscado apresentar a cultura
homossexual principalmente pela exploração do lesbianismo, uma vez que os grandes
opositores do homossexualismo, os homens heterossexuais, aceitam mais facilmente o
relacionamento entre duas mulheres do que o relacionamento entre dois homens. O machismo
do brasileiro é o maior empecilho para a aceitação do homossexualismo neste país[6].
Os que pensam a revolução cultural sabem que seu trabalho deve ser feito de forma lenta,
gradual, dando a impressão de naturalidade, ou seja, dando a impressão de que a sociedade
caminha assim naturalmente. O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia
cultural e da mídia. Pela política da dominação de espaços, já dominaram a classe falante
(jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, juízes, políticos, escritores) que é formada no
pensamento do marxismo cultural. Não existe nenhuma universidade brasileira que seja
exceção... principalmente as católicas.
Tudo isso é fruto de um descaso histórico dos conservadores[7], que permitiu que o marxismo
cultural tomasse conta das universidades. Em qualquer curso universitário é possível
constatar tal realidade através de um ódio frontal e fundamental ao cristianismo, aos
valores cristãos e mais especificamente ao catolicismo tradicional. E o que se vê é que a
classe falante revolucionária, apesar de ser minoria, domina hegemonicamente os meios de
produção da cultura, enquanto a maioria de brasileiros mudos, conservadores em muitos
aspectos, não tem representação, imaginando que seu posicionamento é compartilhado por
poucos[8].
Referências
realidade eclesial será abordada com maior clareza em outro momento. Esta aula se
dedicará à análise dos acontecimentos civis.
2. Dias Gomes, por exemplo, transpôs para as novelas a mentalidade marxista. Através de
p p p p
suas obras, aproveitando-se do liberalismo militar e do liberalismo capitalista de
Roberto Marinho, fomentou a aceitação do divórcio na sociedade brasileira. Na sua
mais famosa novela, Roque Santeiro, apresentou uma caricatura da Igreja, apresentada
como uma farsa, mostrando que estaria interessada somente no dinheiro e na
opressão dos pobres.
3. Sociólogo francês.
5. Existe algo de muito inquietante no homossexualismo por sua própria natureza, pois
ele está numa situação em que sua própria opção de vida sexual o coloca contra a
realidade biológica da ordem das coisas. Querem igualdade, organizam passeatas, mas
não existe ideologia nesse mundo que consiga tal intento, pois a estrutura da realidade
não é de acordo com o que estão querendo ou exigindo. Não existe ideologia no
mundo que consiga mudar o fato de que de uma união homossexual não irá produzir
fruto. Exatamente por isso o movimento homossexual é um dos mais utilizados para
quebrar a ordem das coisas.
7. Tanto no que diz respeito aos militares, quanto à elite capitalista brasileira e à própria
Igreja.