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REVOLUÇÃO GNÓSTICA E A MODERNIDADE

Daniel Ferraz, em https://www.youtube.com/watch?v=1v2kzVwAqcs&t=6303s


Anotações BF

Eu só sou o que sou por causa da minha participação em Deus.


O mal é uma privação do bem, um erro. Um assaltante ele tem uma vontade desordenada,
desviada do bem. Ele acredita, mesmo fazendo uma grande maldade, que está fazendo um bem
(pra ele).

Gnose (é uma fé irracionalista)


Aparece no antigo Egito, na Mesopotâmia, na Grécia. As primeiras trocas comercias, onde se
configura uma relação de poder, quem continha conhecimento tinha poder. Nos antigos ritos,
as divindades eram intra-humanas, ou seja, já existiam no tempo e no espaço. Uma vitória de
cada povo sobre outro representava a libertação do mal. Ou seja, cada vitória representava
uma libertação (há um paralelo com os dias de hoje, onde os globalistas pensam que estão nos
libertando do mal).

Paradoxo de Epicuro: “Se tudo o que Deus faz é bom, por que o mal existe?”
Trata-se de uma hipótese gnóstica. Se Deus é bom, mas se existe o mal, então Deus não é oni-
potente e nem onisciente.

Santo Agostinho também fez esta pergunta e refutou a hipótese gnóstica nas Confissões.
E quem nunca se fez a pergunta gnóstica diante de uma injustiça, do desespero? Quem nunca
teve a sensação de que o mal é tão superior?

Isso ocorre porque cometemos um erro metafísico ao pensar que o mal existe em si.
O mal não tem substância ontológica (ser), não é substancial; muitas vezes o mal é dito como a
ausência do bem, mas não é também uma ausência do bem, pois o bem nunca está ausente, o
Ser nunca está ausente - senão não estaríamos nem vivos. O apóstolo Paulo dizia: “Nele vive-
mos, nos movemos e somos”. O mal decorre de uma privação do bem. Somente o bem tem o
aspecto ontológico (existe em si).

O grande problema da gnose:


O mal é substancial (tanto quanto o é o bem), numa constante tensão entre o bem e o mal,
entre o Ying e o Yang, que surgiu na criação, a apreensão das coisas sensíveis, muito antes da
encarnação de Jesus Cristo, nos aspectos materiais. Ao contrário da Patrística e da Escolástica,
o gnóstico busca a fuga do mundo material pelo conhecimento (mas é potencial), através do
qual obter-se-á a salvação. O que é uma contradição, pois o gnóstico já tem uma fé irracional
de que dominará este conhecimento.
O gnóstico considera a percepção do mundo material como o próprio mal. A libertação viria de
uma subjetividade, de uma partícula divina que acredita existir dentro de si. Para o gnóstico, se
a razão nos engana e o ser mente, então Deus mente. Seria válido mediante a tal dualidade.
Para os gnósticos, por um conflito, Deus se dividiu em dois durante a criação. Um deus bom
(superior), que não temos acesso, e um deus mau (inferior), o Demiturgo, que criou todas as
coisas físicas (arquiteto do universo, Gadu na maçonaria). Nega o conhecimento à luz da razão
natural. Nega a Santíssima Trindade (catarismo, maçonaria, budismo, animismo, new age, es-
piritualismo, René Descartes1... cada um com seu pretexto), nega a divindade de Cristo (pois o
verbo se fez carne; não admitem a substância humana e uma substância divina numa mesma
pessoa), por isto nega a eucaristia, o perdão, o batismo; nega todos os sacramentos cristãos e
os utiliza como meros rituais iniciáticos. Tem mais apreço ao politeísmo (cada um pode ter uma
individualidade espiritual e ajudar na tal libertação desejada). Tenta trazer o misticismo cristão
para o esoterismo (de qualquer tipo, pois o que importa é só o lado espiritual, fora da matéria).
– Só que Jesus disse (e fez) tudo. Quando o verbo fala, ele faz. São Tomas de Aquino disse que
“Deus fala por palavras e coisas”, ou seja, quando ele fala, acontece. Se eu falar “luz”, a luz não
se faz. Jesus não é uma criação, é Deus na Santíssima Trindade. O arianismo também negava a
Santíssima Trindade.

O gnosticismo é a base da mentalidade revolucionária.

A maçonaria é um efeito da gnose, os 33 ritos maçônicos é um efeito da corrupção do pensa-


mento judaico.

1 René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de fevereiro de 1650) foi um filósofo, físico e
matemático francês. Durante a Idade Moderna, também era conhecido por seu nome latino Renatus Cartesius. Notabilizou-se
sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por
sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o
seu nome. Por fim, foi também uma das figuras-chave na Revolução Científica. O pensamento de Descartes é revolucionário
para uma sociedade feudalista em que ele nasceu, onde a influência da Igreja ainda era muito forte e quando ainda não exis-
tia uma tradição de "produção de conhecimento". Aristóteles tinha deixado um legado intelectual que o clero se encarregava
de (?) Foi um dos precursores do movimento racional-científico, considerado o pai do racionalismo, e defendeu a tese de que
a dúvida era o primeiro passo para se chegar ao conhecimento. Descartes viveu em uma época marcada pelas guerras religio-
sas entre protestantes e católicos na Europa - a Guerra dos Trinta Anos. Viajou muito e viu que sociedades diferentes têm
crenças diferentes, mesmo contraditórias. Aquilo que em uma região é tido por verdadeiro também pode ser considerado
ridículo, disparatado e falso em outros lugares. Descartes viu que os "costumes", a história de um povo, sua tradição "cultu-
ral" influenciam a forma como as pessoas veem e pensam aquilo em que acreditam. Estátua de René Descartes O primeiro
pensador moderno. Descartes é considerado o primeiro filósofo moderno. A sua contribuição à epistemologia é essencial,
assim como às ciências naturais por ter estabelecido um método que ajudou no seu desenvolvimento. Descartes criou, em
suas obras Discurso sobre o método e Meditações - a primeira escrita em francês, a segunda escrita em latim, língua tradicio-
nalmente utilizada nos textos eruditos de sua época - as bases da ciência contemporânea. O método cartesiano consiste no
ceticismo metodológico - que nada tem a ver com a atitude cética: duvida-se de cada ideia que não seja clara e distinta. Ao
contrário dos gregos antigos e dos escolásticos, que acreditavam que as coisas existem simplesmente porque "precisam" exis-
tir, ou porque assim deve ser etc., Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado,
sendo o ato de duvidar indubitável. Baseado nisso, Descartes busca provar a existência do próprio eu (que duvida: portanto, é
sujeito de algo. Ego cogito ergo sum, "penso, logo existo") e de Deus. Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filoso-
fia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História
do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a
partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam
que, a partir de Descartes, inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna. Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas
um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto - o empirismo, com John Locke e David Hume.
O empirismo (David Hume2) é panteísmo (onde tudo é divindade), que nega a parte espiritual,
num racionalismo bruto (jacobinos), que diviniza a matéria. É o outro lado da dialética antro-
poteísta, oposto à divindade (prof. Fedeli e padre Joseph Marie fala dela)

O gnóstico nega o Ser o tempo todo. Para ele, o ser é equívoco a Deus. Ele nega a analogia entis
(do ser, modo de se conhecer a Deus através das coisas, das obras).

Os panteístas vão dizer que o ser é unívoco, ou seja, é uno. Tudo é divindade.

Paganismo (ex.: zoroastrismo, anemismo): não cessou com a vinda de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Continuaram com a religião dos césares, considerada mais abrangente.

A fé cristã é embasada racionalmente (São Tomás chama de os preâmbulos da fé, preambulas


fidei); para os cristãos nós somos análogos, o ser é análogo a Deus. Nós conhecemos a Deus
pelas coisas criadas. Nem tudo é matéria de pura fé, mas à luz da razão natural podemos anali-
sar muitas coisas. Por exemplo: defender o direito à vida não precisamos usar um argumento
de fé, mas à luz da razão natural de defender a vida substancialmente com argumentos racio-
nais, ontológicos, metafísicos, tudo à luz da razão. Para o gnóstico isso é terrível, pois a concep-
ção do pecado original gnóstica não nos permite apreender a razão à luz da verdade.

Padre Joseph Marie escreveu: “Constata-se uma certa nostalgia e uma renovada curiosidade
pelos ritos de outrora, o que explica em parte o crescente interesse pelo gnosticismo e o esote-
rismo, muitos atraídos pelo que é conhecido ou desconhecido, correta ou incorretamente, como
espiritualidade céltica, como religiões dos povos da antiguidade. Entre as tradições que con-
fluem na nova era, pode-se citar, entre outras, as práticas ocultas do antigo Egito, a cabala, o

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David Hume (Edimburgo, 7 de maio (ou 26 de abril-Antigo) de 1711 – Edimburgo, 25 de Agosto de 1776) foi um
filósofo, historiador e ensaísta britânico nascido na Escócia que se tornou célebre por seu empirismo radical e
seu ceticismo filosófico. Ao lado de John Locke e George Berkeley, David Hume compõe a famosa tríade do empi-
rismo britânico, sendo considerado um dos mais importantes pensadores do chamado iluminismo escocês e da
própria filosofia ocidental. David Hume opôs-se particularmente a Descartes e às filosofias que consideravam o
espírito humano desde um ponto de vista teológico-metafísico. Assim David Hume abriu caminho à aplicação do
método experimental aos fenômenos mentais. Sua importância no desenvolvimento do pensamento contempo-
râneo é considerável. Teve profunda influência sobre Kant, sobre a filosofia analítica do início do século XX e so-
bre a fenomenologia. O estudo da sua obra tem oscilado entre aqueles que colocam ênfase no lado cepticista
(tais como Reid, Greene, e os positivistas lógicos) e aqueles que enfatizam o lado naturalista (como Kemp Smith,
Stroud e Galen Strawson). Por muito tempo apenas se destacou em seu pensamento o ceticismo destrutivo. So-
mente no fim do século XX os comentadores se empenharam em mostrar o caráter positivo e construtivo do seu
projeto filosófico. David Hume foi um leitor voraz. Entre suas fontes, incluem-se tanto a Filosofia antiga como o
pensamento científico de sua época, ilustrado pela física e pela filosofia empirista. Fortemente influenciado por
Locke e Berkeley mas também por vários filósofos franceses, como Pierre Bayle e Nicolas Malebranche, e diver-
sas figuras dos círculos intelectuais ingleses, como Samuel Clarke, Francis Hutcheson (seu professor) e Joseph
Butler (a quem ele enviou seu primeiro trabalho para apreciação), é entretanto a Newton que Hume deve seu
método de análise, conforme assinalado no subtítulo do Tratado da Natureza Humana – Uma Tentativa de Intro-
duzir o Método Experimental de Raciocínio nos Assuntos Morais. Seguindo atentamente os acontecimentos nas
colônias americanas, tomou partido pela independência americana. Em 1775, disse a Benjamin Franklin: "sou
americano em meus princípios".
gnosticismo dos primeiros séculos do cristianismo (combatidos pelo próprio Santo Irineu de
Leon), o sufismo (druídico), o cristianismo celta, a alquimia medieval, o hermetismo da renas-
cença, o budismo, a ioga etc.”

Miguel Hills falou da maçonaria: O problema da maçonaria é também a corrupção do pensa-


mento judaico.

O judeu segue a Lei Mosaica (ponto final), então não correto dizer que o judeu é um herege.
Qual o ensinamento cristão para os judeus? A conversão. A corrupção do judaísmo na Idade
Média, começou com a Cabala, se deu como um processo historicista, como um processo de
apreensão da divindade dentro da história, na consumação de uma paz terrena, dentro de uma
espiritualidade terrena dentro do tempo e no espaço, ou seja, na História.

Historificismo é uma espécie de divinização do tempo.

Sufis: é a corrupção da tradição islâmica (René Guénon3 e Shuon4 são mestres sufis, tentaram
islamizar o Ocidente, que estão por trás de muitos governos europeus. O Príncipe Charles ade-
riu à tariqa do Shuon). Eles são os verdadeiros agentes geopolíticos, são as sociedades secretas,
a maçonaria, que existe há 1000 anos. Então, dizer que os agentes são os estados modernos é
um erro. Dizer que as sociedades secretas estão por trás das ações geopolíticas, isso sim está
correto. Esses mestres esotéricos sistematizaram uma escola perenialista destinada a juntar
todas as tradições (judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo...) em uma tradição primordial
que reside na partícula de deus que existe presa na matéria e, através dessa fuga do mundo
que o homem poderia resgatar essa partícula divina e alcançar a salvação por este processo de
autoconhecimento. Reunir todas as religiões numa só. Sanahuja5 denuncia essa tentativa de

3Nascido em 1886, em uma família católica de Blois, ele estudou nos estabelecimentos religiosos da cidade antes de se esta-
belecer em Paris em 1904 para preparar exames de admissão para as grandes universidades francesas. Contudo, já em 1905,
ele decidiu mergulhar nos círculos ocultistas da capital e fazer da busca metafísica o objetivo de sua vida. Frequentou círculos
esotéricos e contribuiu para muitas publicações dedicadas às religiões. No ano de seu casamento com uma amiga da família,
Berthe Loury, em 1912, ele foi recebido como maçom e iniciou o sufismo sob o nome de Abdel Wahed Yahia (Servo do
Único). Após a morte de sua esposa em 1928, ele deixou Paris e partiu para o Egito. Estabeleceu vida no Cairo em 1930, ca-
sou-se com a filha de um xeque em 1934 e morreu na terra árabe em 1951.[5]

4 Frithjof Schuon (Basileia, 18 de junho de 1907 — Bloomington, 5 de maio de 1998) foi um metafísico, mestre espiritual e
filósofo das religiões. É considerado o porta-voz da Escola Perenialista, baseada no Perenialismo, juntamente com René
Guénon, nos tempos modernos. Os escritos de Schuon, que enfatizam mais o cerne do que a "casca" das tradições, atraem
leitores de variados horizontes religiosos. Nascido na Suíça alemã, Frithjof Schuon se estabeleceu em Paris na juventude, onde
exerceu o ofício de desenhista têxtil. De perfil filosófico e espiritual, absorveu jovem ainda as obras de Platão e do Vedanta
indiano, interessando-se ao mesmo tempo pela sabedoria mística e esotérica das grandes religiões mundiais, especialmente
do Cristianismo, Islamismo e Budismo. Leitor do metafísico francês René Guénon, Schuon viajou ao Cairo em 1938 e em 1939
para conhecê-lo pessoalmente. No Magrebe, buscou o conhecimento espiritual dos mestres sufis, tendo conta(c)tado especi-
almente a tariqa (confraria mística) do mestre Sufi Ahmad al-Alawi. Após a Segunda Guerra Mundial, Schuon, então residente
em Lausana, empreendeu diversas viagens internacionais. Visitou a Índia, o Egito, o Marrocos, Grécia, Espanha e as planícies
da América do Norte, para travar contato direto com o patrimônio espiritual dos índios. Sua Via espiritual, centrada na "religio
perennis" (religião perene). Frithjof Schuon faleceu em 5 de maio de 1998 em Bloomington, Indiana, EUA, para onde havia
emigrado, a partir da Suíça natal, em 1980.
5 Monsenhor Juan Claudio Sanahuja (Buenos Aires, 16 de setembro de 1947 - ibídem, 23 de dezembro de 2016) era um padre

católico e jornalista, conhecido por defender o direito à vida, e escritor criticando os planos da Maçonaria e da Nova Ordem
Mundial. Era doutor em Teologia pela Universidade de Navarra, Espanha. Também é membro correspondente da Pontifícia
criar uma religião unitária, naturalista e puramente humanista, que tenta juntar todas as espi-
ritualidades ocidentais e orientais num único rito esotérico, num único núcleo de fé que guiaria
a humanidade para uma salvação (utópica e hipotética). Não deu certo no início, pois causou
mais divisão. Começou a funcionar com René Guénon.

René Guénon (in “A crise do mundo moderno”, pp 75-76): Se pegarmos no medievo, as primei-
ras sociedades secretas como Rosa Cruz (mais antiga que a maçonaria, que traz muito da pro-
blemática do esoterismo judaico):

“O protestantismo, ao mesmo tempo que tenta humanizar a religião,


deixa existir um elemento supra-humano, que é a revelação, não ousa
impelir a negação até o extremo...”.

Note, ele é extremamente manipulador, um dos mais perigosos que já existiu, portanto, não se
deve ler René Guénon sem auxílio de uma pessoa que tenha realmente entendido René
Guénon. Por exemplo, quando um católico ler isto, vai concordar, até por que René Guénon é
um crítico da modernidade. Ele bate forte na questão protestante, nas questões de Lutero, no
Calvinismo (na verdade, o cisma protestante acabou atrapalhando ainda mais os planos de do-
mínio das sociedades ainda mais secretas (como a Rosa Cruz) do que a problemática esotérica
protestante). Muito do que está nas 95 teses de Lutero (que estudou a doutrina cabalística,
estudou Guilherme de Ockham, o pai do nominalismo) é fruto da corrupção do pensamento
judaico, que é fruto do pensamento gnóstico. Qual o problema de Guilherme de Ockham6, Dans
Scot, Lutero, Calvino etc, que são os ancestrais da modernidade? O problema de que a nossa
razão não apreende a verdade, que é a visão protestante da corrupção completa do homem, a
queda total do homem, isto é, que nós só teríamos acesso a Deus pela fé (segundo o protestan-
tismo), e não pelo conhecimento racional, isto é, não conheceríamos a Deus pelos efeitos da
Sua criação. Não há conhecimento racional, não há analogia entis, só há conhecimento fideísta,
analogia fidei. Isto lembra o quê? O problema da gnose de negar a razão natural, o conheci-
mento sensível e ter conhecimento de Deus só pela fé. O pensamento dos primeiros gnósticos,
a corrupção do pensamento judaico >> nominalismo > protestantismo. Guénon fica muito con-
trariado com isto, e faz críticas severas a estes racionalistas fideístas. Se tornou um grande crí-
tico da Madame Blavatsky7 da Teosfia, que, para Guénon (assim como a new age, o culto à

Academia para a Vida e vice-assessor do Consórcio de Médicos Católicos de Buenos Aires. Livros: O Desenvolvimento Susten-
tável; Nova Ética Internacional; Cultura da Morte: o Grande Desafio da Igreja; Poder Global e Religião Universal.
6 Guilherme de Ockham, em inglês William of Ockham (existem várias grafias para o nome deste franciscano: Ockham, Oc-

cam, Auquam, Hotham e Olram; Ockham, 1285 — Munique, 9 de abril de 1347), foi um frade franciscano, filósofo, lógico e
teólogo escolástico inglês, considerado como o representante mais eminente da escola nominalista, principal corrente ori-
unda do pensamento de Roscelino de Compiègne (1050-1120). Guilherme de Ockham, também conhecido como o « doutor
invencível » (Doctor Invincibilis) e o « iniciador venerável » (Venerabilis Inceptor), nasceu na vila de Ockham, nos arredores de
Londres, na Inglaterra, em 1285, e dedicou seus últimos anos ao estudo e à meditação num convento de Munique, onde mor-
reu em 9 de abril de 1347, possivelmente vítima da peste negra.
7 Elena Petrovna Blavátskaya (em russo: Елена Петровна Блаватская, Ekaterinoslav, Império Russo, atualmente na Ucrânia,

30 de julho - 31 de julho de 1831 (c. juliano) (12 de agosto de 1831 (c. gregoriano)) — Londres, 8 de maio de 1891), mais co-
nhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi uma prolífica escritora russa, responsável pela sistematização da
moderna Teosofia e cofundadora da Sociedade Teosófica. Personalidade complexa, dinâmica e independente, desde pequena
natureza) é tudo uma grande porcaria, não se trata de esoterismo real. É um autor extrema-
mente perigoso, e difícil decifrá-lo, por isto ele usa o codinome “Esfinge”. Se não fosse o Olavo
de Carvalho mostrar essa face do René Guénon, a maior parte das pessoas não saberia. Por se
apresentar como tradicionalista, contrário à modernidade, ao passo que ele não reconhece os
sacramentos da mesma forma que um sacerdote cristão, na verdade ele apenas vê no protes-
tantismo uma problemática mística (gnose: conhecimento pela fé no racional x protestantismo:
conhecimento pela fé irracional). Durante o medievo, o cristianismo só crescia e os gnósticos
funcionaram secretamente em reuniões intelectuais muito fechadas; a gnose não apareceu
num primeiro momento como revolucionária, mas como uma proposta de resolução do mal.
Depois disto ela ressurge como uma tentativa de implantação de uma paz terrena mediante
estes grandes mestres sufis regendo a orquestra, sendo os únicos capazes de levar as pessoas
à salvação, seria a remodelação de toda a civilização sob a lideranças destes gurus.

Para entender o que aconteceu na Rússia, tem que entender Helena Blavatsky:

“A religião sabedoria é a religião de todas as nações do mundo. O ver-


dadeiro filósofo, estudante da sabedoria esotérica perde totalmente de

Helena Blavatsky mostrou possuir um caráter forte e dons psíquicos incomuns, e logo em torno dela se formou um folclore
doméstico. Imediatamente após um casamento frustrado, deixou o esposo e partiu em um longo período de viagens por todo
o mundo em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, e nesse intervalo alegou ter passado por inúmeras ex-
periências fantásticas, entrado em contato com vários mestres de sabedoria ou mahatmas e deles recebido na condição de
discípula um treinamento especial para desenvolver seus poderes paranormais de forma controlada, a fim de que pudesse
servi-los como instrumento para a instrução do mundo ocidental. A partir de 1873 iniciou sua carreira pública nos Estados
Unidos, e em pouco tempo se tornou uma figura tão celebrada quanto polêmica. Exibiu seus poderes psíquicos para grande
número de pessoas, deslumbrando a muitos e despertando o ceticismo em outros, que não raro a acusaram de fraude, mui-
tas vezes com boas evidências. Entretanto, em muitos outros casos seus poderes pareceram autênticos. A controvérsia a
acompanhou por todo o resto de sua vida e ainda hoje está acesa. Nos Estados Unidos estabeleceu uma duradoura aliança de
trabalho e companheirismo com Henry Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica, e em 1877, Blavatsky publicou sua
primeira obra importante, Ísis sem Véu, já tendo escrito antes inúmeros artigos. Pouco depois ela e Olcott transferiram a sede
da Sociedade para a Índia, e passaram a viver lá, até que um incidente, o Caso Coulomb, abalou gravemente sua reputação
internacional, quando foi declarada culpada de fraude num relatório publicado pela Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Lon-
dres. Voltou então para a Europa, onde continuou escrevendo e divulgando a Teosofia. Seus anos finais foram difíceis, estava
frequentemente adoentada e envolvida em discussões públicas, tinha de administrar a Sociedade que fundara e que crescia
rapidamente, e a quantidade de trabalho que se impunha era enorme. Mesmo assim pôde concluir seu livro mais importante,
A Doutrina Secreta, uma síntese de História, Ciência, Religião e Filosofia, e deixar outras obras de relevo, além de profusa
correspondência e grande coleção de artigos e ensaios. Blavatsky surgiu em um momento histórico em que a religião estava
sendo rapidamente desacreditada pelo avanço da Ciência e da Tecnologia, e que testemunhou o nascimento de uma série de
escolas de ocultismo ou de pensamento alternativo, muitas delas com base conceitual pouco firme ou desenvolvendo práti-
cas apenas intuitivas, que ganhavam grande número de adeptos em virtude do fracasso do Cristianismo em fornecer explica-
ções satisfatórias para várias questões fundamentais da vida e sobre os processos do mundo natural. A importância da contri-
buição de Blavatsky foi, então, reafirmar o divino, mas oferecendo caminhos de diálogo com a Ciência e tentando purgar a
Religião institucionalizada de seus erros seculares, combatendo o dogmatismo e a superstição de todos os credos e incenti-
vando a pesquisa científica, o pensamento independente e a crítica da fé cega através da razão. Lutou contra todas as formas
de intolerância e preconceito, atacou o materialismo e o ceticismo arrogante da ciência, e pregou a fraternidade universal.
Sem pretender fundar uma nova religião, sem reivindicar infalibilidade nem se intitulando proprietária ou autora das ideias
que trouxe à luz, apresentou ao mundo ocidental uma síntese de conceitos, técnicas e interpretações de uma grande varie-
dade de fontes filosóficas, científicas e religiosas do mundo, antigas e modernas, organizando-as em um corpo de conheci-
mento estruturado, lógico e coerente que compunha uma visão grandiosa e positiva do universo e do homem. Com isso a
Teosofia se tornou, ainda que contestada por vários críticos, um dos mais bem-sucedidos sistemas de pensamento eclético da
história recente do mundo, unindo formas antigas e novas e provendo pontes entre vários mundos diferentes — sabedoria
antiga e pragmatismo moderno, oriente e ocidente, sociedade tradicional e reformas sociais. Influenciou milhares de pessoas
em todo o mundo desde que apareceu, desde a população comum a estadistas, líderes religiosos, literatos e artistas, e deu
origem a um sem-número de seitas e escolas de pensamento derivativas.
vista as personalidades, as crenças dogmáticas e as religiões particula-
res, ademais, a filosofia esotérica concilia todas as religiões, despe-se
cada uma de seus trajes ulteriores humanos e mostra que ela tem a raiz
de todas as demais religiões...” (in “A Doutrina Secreta”)

Note, é através da ciência naturalista que eles tentam resgatar esse núcleo comum do esote-
rismo, sob um verniz do consenso científico, da razão iluminada do homem. Se olhar as teses,
muito bem elaboradas e elegantes, elas estão recheadas de gnosticismo esotérico. Essa tenta-
tiva de explicar o Cosmos a partir apenas da natureza sem as 4 causas, sem saber os que as
coisas são, tomar como verdade apenas o que é matematizado já estava escrito nos livros das
antigas sociedades secretas do antigo esoterismo. Se for verificar na deep web verá que muitos
cientistas fazem ou fizeram parte de sociedades secretas (Isaac Newton, John Dee). As ciências
modernas, empíricas não são puras, elas estão carregadas de espiritualismo moderno. São mo-
dos diferentes de defender o politeísmo dos antigos deuses pagãos, os deuses da natureza. E é
isto que fala a própria Helena Blavatsky, que através da reunião de cultos esotéricos, nós revi-
veríamos o que está escrito no Gênese: “E sereis como deuses”. Na Renascença começa a der-
rocada da escolástica, com muitos erros do clero, algumas teses de São Tomas de Aquino foram
condenadas pelo Clero, os escolásticos passam a não ser mais tão escolásticos, começaram a
agregar alguma dose de racionalismo, carreirismo dentro das universidades, tornando-se um
antro de sociedades esotéricas de todo o tipo, com matematização do pensamento, de que a
verdade não é mais a adequação do intelecto a coisa, a verdade só estaria naquilo que pudesse
ser mensurado, matematizado através de instrumentos e cálculos (cognoscível). O resto seriam
conhecimentos que não estão acessíveis. Essa foi realmente uma cartada das sociedades eso-
téricas.

Padre Joseph Marie

Racionalismo: é a matematização do pensamento, a divinização do espaço (Séc XIV, XV, XVI e


XVII).
O pessoal sulfis ou da cabala tentam dizer que a maçonaria é a corrupção do pensamento cris-
tão, que traz a problemática do esoterismo cristão. O que é um erro, pois se o próprio Jesus
Cristo disse que não deixou nada escondido, não há esoterismo cristão. O que há são tentati-
vas de corromper a doutrina cristã, e ir contra o que disse Nosso Senhor Jesus Cristo.

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