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Curso Técnico em Sistemas de

Energia Renovável

Fundamentos da Eletroeletrônica
Módulo II - Eletrodinâmica

Módulo Básico
Capítulo

Eletrodinâmica
Eletrodinâmica

Eletrodinâmica é a parte da física que estuda o aspecto dinâmico da eletricidade,


ou seja, os fenômenos causados pelo movimento das cargas elétricas.
1 – Corrente Elétrica

Corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de cargas


elétricas, que se deslocam em um meio condutor por ação de uma diferença
de potencial entre suas extremidades.

Os portadores de carga podem ser elétrons livres, como nos condutores metálicos, ou íons,
como nos meios líquidos e gasosos.

Estado Físico do Meio Condutor X Portadores de carga


Estado Físico do Condutor Portadores de carga Exemplo
Sólido elétrons livres (-) condutores metálicos, semicondutores

Gasoso íons (+) e íons (-) gás ionizado

Líquido íons (+) e íons (-) água do mar; soluções iônicas


Plasma íons (+) e elétrons (-) raios; arcos elétricos; tela de TV; lâmpadas
fluorescentes; etc
Exemplo de circulação de corrente nos gases

Uma lâmpada fluorescente contém em seu interior um gás que se ioniza após a aplicação de alta tensão
entre seus terminais. Após a ionização, uma corrente elétrica é estabelecida e os íons negativos (ânions)
deslocam-se com um taxa de 1,0𝑋1018 í𝑜𝑛𝑠 /𝑠 para o polo positivo e os íons positivos (cátions) se deslocam
com a mesma taxa para o polo negativo, ou seja, os íons circulam em sentidos postos.
Como a corrente elétrica é o movimento de cargas transportando energia, então a carga total transportada
será a soma das taxas de correntes formadas pelos cátions (íons positivos) e ânions (íons negativos). Logo, a
corrente elétrica que circula no gás ionizado por segundo será:

e = 1,6𝑋10−19 Carga elementar do elétron

𝑄 𝑄 𝑐á𝑡𝑖𝑜𝑛𝑠 + 𝑄 â𝑛𝑖𝑜𝑛 .𝑒
𝐼= =
∆𝑡 1𝑠

2 𝑋 1,0𝑋1018 𝑋 1,6𝑋10−19 𝐶
𝐼= = 0,32𝐴 → 320𝑚𝐴
1𝑠

➢ No caso dos líquidos ionizados, o raciocínio é o mesmo, contudo são os ânions que se deslocam para o polo
positivo e os cátions para o polo negativo. A intensidade entretanto, é determinada pela mesma equação.
1.2 - Corrente Elétrica nos Materiais Metálicos

Nos metais, os átomos que formam a rede cristalina - característica das ligações
metálicas - perdem elétrons, tornando-se íons (+). Os elétrons que se libertam passam
a se movimentar desordenadamente por toda rede, formando uma espécie de mar de
elétrons ao redor dos íons (+).

- VB + VA

Estes elétrons, que não mais pertencem a um único átomo, são denominados de
"elétrons livres" que se ficarem sujeitos a uma d.d.p se movimentam em função da força
elétrica deste campo, do potencial mais baixo para o mais altos.
1.3 - Corrente Elétrica Nos Metais e Soluções Iônica

CORRENTE NOS METAIS CORRENTE NAS SOLUÇÕES IÔNICAS


Cátions (íon positivo) 𝑁𝑎+

+
Elétrons livres Íon positivo Átomo de sódio Átomo de cloro

+
- Ânions (íon negativos) 𝐶𝑙−
- VB + - -
Na Cl - VB
Condutor Reservatório com
metálico solução iônica

+
-
Íon positivo Íon negativo de cloreto de sódio
𝑁𝑎+ 𝐶𝑙−

- + -
Formação dos íons por atração
-
- eletrostática (sal de cozinha)
Sentido real ou eletrônico

+
Sentido convencional

Observe que as cargas elétricas que se

-
+
-

movimentam no interior do condutor são os

+
-
+

elétrons e o fazem no sentido de B para A


+

- +
(sentido real da corrente). No entanto, nos
-

estudos iniciais da corrente elétrica, não se


+
+

sabia exatamente quais as cargas que se moviam

-
+
-

no condutor, se as positivas ou as negativas, logo


+

-
+

convencionou-se o movimento hipotético da

+
-

corrente elétrica do polo positivo para o

+
negativo, o que conserva-se até hoje. Assim,

-
-

sempre que se fala em sentido da corrente,

- + -
VA > VB trata-se do sentido convencional.
-

+ VA
+ VA
1.4 - Intensidade de Corrente Elétrica

Intensidade de corrente elétrica é a quantidade de carga elétrica que


atravessa um meio condutor na unidade de tempo.

Q I = Intensidade de corrente elétrica, em Coulomb/segundos (C/s) ou Ampère


I= q = Módulo da carga elétrica, em Coulomb (C)
∆t ∆t = Intervalo de tempo, em segundos (s)

Ampère é a unidade de medida no


Sistema Internacional de Unidade (SI)
1C
1A =
Exemplo s

Quando um condutor é percorrido por uma corrente de intensidade I = 800 mA, o número de elétrons
que atravessa a seção transversal desse condutor por segundo será:

e = 1,6X10−19 Carga elementar do elétron

Q n .e
I= =
∆t ∆t
I . ∆t 800X10−3 . 1 18 elétrons
∴ n= = = 5X10
e 1,6X10−19
1.5 - Densidade de Corrente Elétrica nos Metais

Densidade de corrente é um vetor do fluxo de cargas através da


seção reta de um condutor metálico.

𝐽റ = Densidade de corrente, 𝐴Τ𝑚2


𝐼
𝐽റ = 𝐼 = Intensidade de corrente, A
𝐴 𝐴 = Área da seção reta do condutor, 𝑚2

I A corrente, que é da esquerda para a direita,


passa de um condutor mais largo para um
condutor mais estreito. Como a carga é
conservada, a quantidade de carga e a
quantidade de corrente não podem mudar; o
que muda é a densidade de corrente, que é
maior no condutor mais estreito.
Densidade de Corrente Elétrica nos Metais

Exemplo

O fusível é dispositivo composto por um elo-fusível, projetado para fundir quando a corrente que por ele
circula ultrapassa um certo valor.
Supondo que o material usado no elo-fusível seja uma liga metálica cilíndrica funde-se quando a densidade
de corrente que por ele circula ultrapasse a 440 A/m2 , e que o limite de corrente suportada pelo elo-
fusível seja de 0,5 A. Então pode-se afirmar que o diâmetro da liga metálica corresponde a:

𝐼 𝐼 0,5
𝐽റ = → 𝐴 = 𝐽 = 400 = 0,00125𝑚2
𝐴

𝐴 0,00125
𝐴 = π . 𝑟2 → 𝑟 = = = 0,02𝑐𝑚 → d = 2 . r = 2 . 0,02 = 0,04cm → 0,4𝑚𝑚
𝜋 𝜋
Verifique seu 1) Por um condutor de 2,5 mm² de seção transversal circula uma corrente de 15 A.
Pode-se afirmar que a densidade de corrente que por ele circula corresponde a
Aprendizado (clique na opção correta):

A 1,5𝐴/𝑚𝑚2 Tente novamente!


Releia o texto ou se necessário,
B 2,5𝐴/𝑚𝑚2 reveja o conteúdo.

C 5𝐴/𝑚𝑚2

D 6𝐴/𝑚𝑚2
Parabéns! Você acertou.

𝐼 15
𝐽റ = → 𝐽റ = 2,5 = 6𝐴/𝑚𝑚2
𝐴
Capítulo

II

Materiais Condutores, Isolantes, Semicondutores e


Supercondutores.
Resistividade, Condutividade, Resistência e Lei de
Ohm.
2 - Materiais Condutores, Isolantes, Semicondutores e Supercondutores

2.1 - Materiais Condutores

Materiais condutores são materiais onde há facilidade para a movimentação de cargas elétricas.

Um material é considerado bom condutor quando possui mais elétrons livres, ou seja, mais elétrons na camada de
valência externa do átomo, também conhecidos como elétrons livres. Um exemplo de bom condutor são os metais.
Quando um material condutor é eletrizado, as cargas se espalham pela sua superfície.

Cargas distribuídas uniformemente pela superfície.


Exemplo: fio de cobre

2.2 - Materiais Isolantes

Os isolantes são materiais onde há dificuldade para a movimentação de cargas elétricas.


Quando um material isolante é eletrizado, as cargas permanecem nos lugares onde foram geradas.

Cargas permanecem onde foram geradas.

Exemplo: plásticos, madeira, borracha.


Materiais Condutores, Isolantes, Semicondutores e Supercondutores

2.3 - Materiais Semicondutores

Materiais Semicondutores são materiais que possuem propriedades tanto dos materiais condutores como
propriedades dos isolantes, ou seja, são materiais intermediários na questão elétrica.

Exemplo: Germânio (Ge) e o Silício (Si).

2.4 - Materiais Supercondutores

Materiais Supercondutores são materiais que na maioria de sua composição possuem característica dos materiais
condutores, ou seja, são condutores considerados perfeitos, pois não possuem resistência. Existem dois tipos de
supercondutores: Macios e Duros.

Exemplo: Na construção de uma máquina de ressonância magnética, só foi possível ser construída porque utiliza material
supercondutor, as bobinas metálicas.
3 - Resistividade
A resistividade é uma propriedade que define o quanto um material opõe-se à passagem
do fluxo de corrente, de forma que, quanto maior for a sua resistividade, mais difícil
será o fluxo de corrente pelo material.
Valores típicos de resistividades e coeficiente de temperatura Matematicamente, a variação da resistividade com a temperatura
é expressa por:
Material Resistividade Coef. de Temp. 𝜌 = 𝜌0 1 + 𝛼(𝑇𝑓 − 𝑇𝑖
𝝆 Ω. 𝒎𝒎𝟐 Τ𝒎 α(°C)-1
𝜌 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑇, (ΩΤ𝑐𝑚)
Condutores
𝜌𝑜 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 à 20° , (ΩΤ𝑐𝑚)
Prata 1,58X10-8 0,0061
Cobre 1,67X10-8 0,0068
𝛼 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙, (°𝐶)
Alumínio 2,65X10-8 0,0043 𝑇𝑖 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙, °𝐶 𝑇𝑓 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙, (°𝐶)
Tungstênio 5,6X10-8 0,0045
Ferro 9,71X10-8 0,0065 Características de resistividades um função da temperatura
𝜌
Semicondutores Metais
Carbono (grafite) (3 a 60)X10-5 -0,0005
Germânio (1 - 500)X10-3 -0,0500
Silício 0,1 a 60 -0,0700 Ligas metálicas
Isolantes
Carbono
Vidro 109 a 1012
0 t
Borracha 1013 a 1015
𝑴𝒆𝒕𝒂𝒊𝒔
O coeficiente de transferência de temperatura (α) é um fator que 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎
mostra de que forma a resistividade varia com a temperatura. Quanto
maior o coeficiente de temperatura mais sensível será o valor da 𝑪𝒂𝒓𝒃𝒐𝒏𝒐
resistividade do material a mudanças de temperatura. 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑳𝒊𝒈𝒂𝒔 𝒎𝒆𝒕á𝒍𝒊𝒄𝒂𝒔
Os valores de coeficiente de temperatura (α) é avaliado pelo o inverso 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎
da unidade de temperatura, ou seja α(1/°C) ou (°𝐶)−1
4 - Condutividade
A condutividade elétrica é uma propriedade que define o quanto um material facilita à
passagem de corrente elétrica, de forma que, quanto maior for a sua condutividade,
menos oposição ele oferecerá ao fluxo de corrente pelo material.

A condutividade é a recíproca da resistividade, ou seja, quanto maior a condutividade, menor a resistividade.

Ambas as propriedades dependem da temperatura e pureza dos materiais.


1
Matematicamente, a condutividade é expressa por: 𝜎=
𝜌

Um condutor é um material com alta condutividade elétrica e um isolador é um material com alta resistividade elétrica.

Em temperaturas muito altas, os condutores se comportam como isoladores, e os isoladores se comportam como
condutores. Esse comportamento de isoladores e condutores é explicado pelo modelo de elétrons livres.
Nesse modelo, os condutores mostram claramente a capacidade de liberar elétrons e, quando uma corrente ou força
elétrica é aplicada, a força pode facilmente empurrar os elétrons extras.
O solo é uma mistura de minerais, sais e materiais orgânicos Essas propriedades estão relacionadas à
influência da pureza nos dados da condutividade elétrica. Em geral, mais impurezas diminuem a
condutividade elétrica, com exceção de minerais que aumentam a condutividade elétrica.

As impurezas também podem explicar o uso de cobre puro na fiação elétrica.


Os metais são geralmente feitos de ligas, uma mistura de dois ou mais elementos. Isso não é útil para conduzir
eletricidade.
Metais puros, como fios de cobre, têm alta condutividade elétrica. Isso se aplica apenas a metais sólidos, pois
as bolsas de ar podem diminuir a condutividade elétrica dos materiais.

Materiais que não são metais geralmente produzem bons isolantes. Os melhores isoladores são materiais que
naturalmente possuem bolsas de ar, como borracha.
As bolsas de ar são como impurezas e interrompem o fluxo de elétrons. Gases, como o ar, são os melhores isoladores
naturais.
A química moderna dominou os isoladores, criando materiais que têm milhares de vezes mais resistividade que o ar.
5 - Resistência Elétrica

Resistência elétrica é uma característica dos materiais de se oporem


à passagem da corrente elétrica.
A resistência elétrica tem origem na dificuldade de os elétrons livres se movimentarem pela
estrutura atômica dos materiais e seu valor está relacionado com as dimensões bidimensionais de
comprimento e área da seção transversal do condutor e com a resistividade do material
empregado. Estas relações são expressas pela seguinte equação:

𝑅 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙, (Ω)


𝑙 𝜌 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟, (Ω. 𝑚𝑚2 Τ𝑚)
𝑅=𝜌
𝐴 𝑙 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙, (𝑚)
𝐴 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙, (𝑚2 )

Veja uma simulação em:


https://phet.colorado.edu/sims/html/resistance-in-a-wire/latest/resistance-in-a-wire_en.html

Importante observar que a resistividade é uma propriedade intrínseca (específica) dos materiais e
que varia com a temperatura, enquanto que a resistência, R, é uma característica que depende da
resistividade e das dimensões bidimensionais do material.
Verifique seu 1) Determine o comprimento de um fio de cobre duro, cuja área de secção é igual
a 10mm² e a resistência é 0,3 ohm. (Cu= 1,78X10-8). (clique na opção correta)
Aprendizado
A 0,017𝑋103 𝑚 Tente novamente!
Releia o texto ou se necessário,
B 0,17𝑋103 𝑚 reveja o conteúdo.

C 1,7𝑋103 𝑚

D 17𝑋10^3 𝑚

Parabéns! Você acertou.


10 𝑚𝑚2 = 10 . (10−3 𝑚)2 = 10 . 10−6 𝑚2 = 10−5 𝑚2

𝑙 𝑅. 𝐴 0,3 . 10−5 0,3


𝑅=𝜌 →𝑙= = −8
= . 10−5−(−8) = 0,17X10−5+8 = 0,17𝑋103 𝑚
𝐴 𝜌 1,78𝑋10 1,78
2) Determine a resistividade de um fio condutor que possui as seguintes
características (clique na opção correta):
Diâmetro = 1,0 mm
Verifique seu Comprimento = 2,0 m
Resistência = 50 mΩ.
Aprendizado
A 1,96X10−2 𝑚Ω Tente novamente!
Releia o texto ou se necessário,
B 1,96X10−4 𝑚Ω reveja o conteúdo.

C 1,96X10−6 𝑚Ω

D 1,96X10−8 𝑚Ω

Parabéns! Você acertou.

𝑙 𝑅 . 𝐴 50𝑋10−3 . 𝜋𝑟 2 50𝑋10−3 . 𝜋(0,5𝑋10−3 )2


𝑅=𝜌 →𝜌= = = = 1,96X10−8 𝑚Ω
𝐴 𝑙 2 2
3) Um fio com uma resistência de 6 Ω é esticado de tal forma que seu comprimento se
torne três vezes maior que o original. Determine o valor da resistência do fio esticado,
Verifique seu supondo que a densidade e a resistividade do material permaneçam a mesma (clique na
opção correta).
Aprendizado Tente novamente!
A 3Ω
Releia o texto ou se necessário,
B 6Ω reveja o conteúdo.

C 18 Ω

D 54 Ω

Parabéns! Você acertou.

𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠:
𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑣𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟.
𝑅1 = 6 Ω O 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑐𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒:
𝐴1
𝐿2 = 3. 𝐿1 𝑉2 = 𝑉1 → 𝐴1 . 𝐿1 → 𝐴2 . 𝐿2 = 𝐴2 . 3𝐿1 → 𝐴2 =
3
𝜌1 = 𝜌2 = 𝜌 𝐿2 3𝐿1 𝐿1
𝑅2 = 𝜌 =𝜌 = 9𝜌 = 9𝑅1 = 9 . 6 = 54 Ω
𝐴2 𝐴1 𝐴1
3
4) Um determinado fio tem uma resistência R. Qual é a resistência de um segundo fio,
feito do mesmo material, mas que tenha metade do comprimento e metade do
Verifique seu diâmetro? (clique na opção correta)

Aprendizado Tente novamente!


A 0,5R
Releia o texto ou se necessário,
B 𝑅 reveja o conteúdo.

C 2𝑅

D 4𝑅

Parabéns! Você acertou.


𝐷
𝐷′ = 𝑟 2 𝐴
2 𝐴′
=𝜋 → 𝐴′ =
𝐿 2 4
𝐿′ =
2 𝐿 ′
𝐿′ 𝐿Τ2
𝑅=𝜌 →𝑅 =𝜌 =𝜌 → 𝑅′ = 2𝑅
𝐴 𝐴′ 𝐴Τ4
𝜌′ = 𝜌′′
5) Um fio de Nicromo (uma liga de níquel, cromo e ferro comumente usada em
elementos de aquecimento) tem um comprimento de 1,0 m e área da seção transversal
Verifique seu de 1,0 mm2. Ele transporta uma corrente de 4,0 A quando uma diferença de potencial
de 2,0 V é aplicada entre os seus extremos. Calcular a condutividade 𝜎 do Nicromo
Aprendizado (clique na opção correta).
Tente novamente!
A 0,5𝑋106 𝑆
Releia o texto ou se necessário,
B 1𝑋106 𝑆 reveja o conteúdo.

C 2𝑋106 𝑆

D 2,5𝑋106 𝑆

Parabéns! Você acertou.


𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 − 𝑠𝑒 𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑜:
2
𝐿 =1𝑚 𝑉𝐴𝐵 = 𝑅. 𝐼 ≫ 𝑅 = = 0,5 Ω
4
𝑎 = 1 𝑚𝑚2 𝐿 𝑅. 𝐴 0,5.1𝑥10−6
I= 4 𝐴 𝑅=𝜌 ≫𝜌= = = 0,5𝑥10−6
𝐴 𝐿 1
𝑉𝐴𝐵 = 2 𝑉 1 1
𝜎= = −6
≫ 𝜎 = 2𝑋106 𝑆
𝜌 0,5𝑋10
6 - Lei de Ohm

A Lei de Ohm, postulada pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1789-1854) afirma que
a resistência de um condutor é uma constante de proporcionalidade na razão entre
a diferença de potencial a qual é submetido e a corrente elétrica que por ele circula.

V
𝑉 𝐶𝑎𝑡. 𝑜𝑝. 𝑉
𝑅= → 𝑡𝑔𝛼 → 𝑡𝑔𝛼
𝐼 𝐶𝑎𝑡. 𝑎𝑑𝑗 𝐼

Constante de
𝑅 proporcionalidade

𝛼
I
3 . 1 - Energia Absorvida no Transporte de Cargas Elétricas Através do Condutor

Como visto no estudo de eletrostática, o No caso do deslocamento de cargas em um meio


trabalho elétrico é a quantidade de energia condutor (fluxo de elétrons) por ação de uma ddp
potencial transferida ou transformada devido entre suas extremidades, o trabalho representa a
à aplicação de uma força elétrica 𝐅,Ԧ numa energia potencial elétrica convertida em energia
carga elétrica q que sofre um deslocamento térmica no transporte da carga q.
de um ponto a outro.

𝑇 = ∆𝐸𝑃 = 𝑞 . ∆𝑉
𝑇 = ∆𝐸𝑃 = 𝑞 . ∆𝑉
Como a tensão é
constante, então ∆𝑉 = V
∆𝐸𝑃 = 𝐸𝑃𝑖 − 𝐸𝑃𝑓
∆𝐸𝑃 = (𝑞 . 𝑉1 ) − (𝑞 . 𝑉2 ) 𝑇 = ∆𝐸𝑃 = (𝐼 . 𝑡) . 𝑉
∆𝐸𝑃 = 𝑞 . (𝑉1 − 𝑉2 ) Esse trabalho representa a energia absorvida
∆𝐸𝑃 = 𝑞 . ∆𝑉 no transporte de carga Q.

A conversão de energia elétrica em energia térmica origina-se nas sucessivas colisões entre elétrons e
átomos que constituem a estrutura cristalina do material. O resultado dessas colisões é e perda de energia
cinética dos elétrons e o aumento da agitação dos átomos (denominada de temperatura).
3.2 - Lei de Joule

Lei de Joule, também conhecida como efeito Joule, em homenagem ao Físico Britânico James
Prescott Joule (1818-1889), é uma lei física que expressa a relação entre o calor e a corrente
elétrica que percorre um condutor em determinado tempo.

A partir da lei de Joule, é possível calcular a energia potencial elétrica convertida em energia térmica
pelo material condutor atravessado por uma corrente elétrica pela seguinte expressão:

T = Energia dissipado um material percorrido por


uma determinada corrente no intervalo de tempo, T= 𝐼2 . 𝑅 . 𝑡
em Joule (J) ou Watts (W)
I = corrente elétrica que percorre o condutor com
2
𝑇 = 𝐼 .𝑅 .𝑡 determinada resistência, em Ampère (A)

R = resistência Elétrica do condutor, em Ohm (Ω)


t = intervalo de tempo percorrido pela corrente +-
Dedução

elétrica, em segundos (s)

𝑉=𝑅. 𝐼 (Deduzido da lei de Ohm)


As igualdades 𝑇 = 𝑉 . 𝐼 . 𝑡 = 𝑅 . 𝐼2 representam a energia
W absorvida pelo condutor de resistência R, durante o
𝑇 = 𝑉 . 𝐼 . 𝑡 = 𝑅 . 𝐼 . 𝐼 . 𝑡 = 𝑅 . 𝐼2 tempo t, quando circula por ele a corrente elétrica de
intensidade I.
∴ → 𝑇 = 𝑉 . 𝐼 . 𝑡 = 𝑅 . 𝐼2
3.3 - Potência Elétrica Dissipada

Potência elétrica dissipada é definida como a taxa de dissipação de energia em um


condutor durante um intervalo de tempo, expressa pela expressão:

P = potência elétrica, em watt (W) ou Joule/s (J/s)


𝐸
𝑃= E = energia potencial elétrica
∆𝑡
∆𝑡= intervalo de tempo, em segundos (s) 𝐸=𝑞. 𝑉
𝑞
Esta expressão, contudo, não é muito útil para o cálculo de
=𝐼
∆𝑉
potências em um circuitos elétricos, sendo portanto, substituída por:

Dedução 𝐸 𝑞. 𝑉
𝑃 = 𝐼 .𝑉 𝑃= = → ∴ 𝑃 = 𝐼 .𝑉
∆𝑡 ∆𝑡

𝑉
A partir da Lei de Ohm 𝐼 = , é possível deduzir as seguintes expressões de potência:
𝑅

𝑃 𝑉
𝑉=𝐼. 𝑅 𝐼= 𝐼= 𝑉= 𝑃. 𝑅
𝑅 𝑅
𝑃 = 𝐼 . 𝑉 = 𝐼 . (𝐼 . 𝑅) ∴ → 𝑃 = 𝐼2 . 𝑅 𝑉 𝑉2
𝑃 = 𝐼 .𝑉 = .𝑉 ∴ → 𝑃=
𝑅 𝑅
𝑃 𝑉2
𝑅= 2 𝑅=
𝐼 𝑃
3.4 - Energia Elétrica Consumida
Conhecida a potência elétrica de um aparelho, é possível determinar a energia
consumida num determinado intervalo de tempo, através da expressão:

𝐸 = 𝑃 . ∆𝑡
A expressão permite obter o valor de energia consumida em...
... Quilowatts-hora (KWh), quando a unidade de
... Joule (J), quando a unidade de potência
potência utilizada é o quilowatt (KW) e a
utilizada é o watt (W) e a unidade de tempo o
unidade de tempo a hora (h)
segundo (s).
𝐸 = 𝑃 . ∆𝑡 = 1𝐾𝑊 Τℎ = 1𝐾𝑊 . 1ℎ
𝐸 = 𝑃 . ∆𝑡 = 1𝐽 = 1𝑊/𝑠
1𝐾𝑊 Τℎ = 1000 𝑊 . 3600𝑠 = 3.600.000𝐽 = 3,6𝑋106 𝐽
Nota:
Como a cobrança das concessionárias de energia é feita em KWh faz-se necessário a divisão da potência
por 1000 para que o resultado já esteja convertido corretamente em KWh.
Da mesma forma o tempo deverá ser convertido em horas.
: 3600

𝑃(𝑊) : 60 : 60
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜(𝑅$) = . 𝑡 . 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎(𝑅$)
1000 (ℎ)
Hora Minuto segundo

X 60 X 60

X 3600
Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE

Em 1984, o Inmetro, de forma pioneira, iniciou uma discussão com a sociedade sobre a questão
Saiba da conservação de energia, com a finalidade de racionalizar o uso dos diversos tipos de energia
no País, informando os consumidores sobre a eficiência energética de cada produto,

Mais! estimulando-os a fazer uma compra mais consciente. Este projeto cresceu e ganhou status de
Programa Brasileiro de Etiquetagem.

PROGRAMA BRASILEIRO
DE ETIQUETAGEM

Antes de comprar um eletrodoméstico com esta etiqueta,


verifique a letra que indica a sua eficiência energética. Por
exemplo, um produto classificado com a letra A é mais
eficiente que um com a letra C.

Ser mais eficiente significa que consome menos energia e


tem menor impacto ambiental. E mais, gasta menos,
pesando menos no seu bolso.

Exemplo de etiquetagem de um
refrigeradores.
3.6 - Choque Elétrico

O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela passagem da corrente elétrica. Essa corrente
circulará pelo corpo onde ele tornar-se parte do circuito elétrico, onde há uma diferença de potencial suficiente para
vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo.

Embora um circuito elétrico deva


apresentar uma diferença de potencial
capaz de vencer a resistência elétrica
oferecida pelo corpo humano, o que
determina a gravidade do choque elétrico
é a intensidade da corrente circulante pelo
corpo.
3.6 - Choque Elétrico

Ao receber o choque, a pessoa funciona como um condutor que transporta corrente elétrica já que o corpo humano,
formado em grande parte por água e sal, é um bom condutor de eletricidade. “O organismo é capaz de sentir uma
corrente a partir de 1 miliampère”. A partir de daí até 9 miliampères ocorrerá um processo ligeiramente doloroso. De
9 a 20 miliampères, além da dor, a pessoa perde parte do controle muscular e não consegue largar o condutor. Acima
disso, os problemas passam a ser mais graves, podendo causar a morte. Uma corrente de 75 miliampères produz a
contração dos músculos do pulmão, provocando deficiência do sistema respiratório. Acima de 75 miliampères a
descarga elétrica começa a interferir no coração, que também trabalha com mecanismo elétrico, provocando uma
arritmia cardíaca. Mas esses números podem variar.

“Se a corrente entrar por uma das mãos e sair pela


outra, o caminho que percorrerá é grande e também
grandes os danos causados”. Mas, se percorrer apenas os
dedos, por exemplo, provocará queimaduras, mas
raramente morte. As queimaduras acontecem porque o
corpo funciona como a resistência do chuveiro, que
transforma energia elétrica em calor. Pessoas com as
mãos calejadas e secas são muito menos afetadas por
um choque que uma com mãos finas e úmidas.
Representação esquemáticas das resistências normalmente utilizadas nos cálculos e alguns
dos possíveis caminhos de circulação da corrente elétrica pelo corpo humano.

Fonte: Aterramento Elétrico. 3ª Edição, Kindermann e Campagnolo.

A partir de experimentos, chegou-se a uma importante equação para calcular a máxima corrente elétrica suportada
por uma pessoa de 50 kg ou mais e para que não ocorra a fibrilação ventricular do coração durante o tempo em que a
pessoa está submetida ao choque que é a seguinte:

116 𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 : 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑛ã𝑜 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑎
𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 = 𝑓𝑖𝑏𝑟𝑖𝑙𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑎çã𝑜: , 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑎𝑚𝑝è𝑟𝑒𝑠 (𝑚𝐴)
𝑡
t: 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑎𝑜 𝑐ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒, 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 (𝑠)
Reações fisiológicas da circulação de corrente pelo corpo humano
Corrente elétrica (mA)
Corrente Corrente Reação fisiológica Consequências Savamento Resultado mais provável
Alternada Contínua
1 mA: Sensação de formigamento
5 a 15 mA: Contrações musculares Caso a corrente tenha valor
15 a 20 mA: Contração violenta e próximo a 25 mA, pode
< 25 mA < 80 mA Respiração artificial Restabelecimento
impossibilidade de soltar haver asfixia e morte
Problemas respiratórios aparente

Sensação insurpotável
25 a 80 mA 80 a 300 mA Contração muscular violenta Morte aparente Respiração artificial Restabelecimento
Asfixia

Asfixia imediata
Fibrilação ventricular Se levado ao hospital e feita
Respiração artificial
> 80 > 300 mA Alterações musculares Morte aparente desfibrilação e possível o
Massagem cardíaca
Queimaduras restabelecimento

Queimaduras Hospital
Necrose dos tecidoos Morte aparente Respiração artificial
Desfibrilação
Corrente da ordem de Fribilação ventricular Dependendo da extensão Massagem cardíaca
recuperação difícil
Ampère Axfixia imediata das queimaduras, sequelas Tratamento
Atrofia muscular
Danos futuros e morte Hospital
Morte
O quadro resumo das reações fisiológicas, mostra que uma corrente de choque de 15mA já é um limiar
perigoso, pois a partir desse valor as contrações musculares podem provocar a impossibilidade de soltar
a fonte do choque prolongando o tempo do choque e os seus efeitos.

Considerando hipoteticamente um choque elétrico entre as mãos oriundo de uma tensão comercial de
127 VAC, teríamos uma corrente de choque aproximadamente igual:

𝑉 127
𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = = = 127 𝑚𝐴
𝑅 1000

O tempo limite de exposição ao choque para que não ocorra fibrilação ventricular do coração, será:

2 2
116 0,116 0,116
𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = ≫≫ 𝑡 = = = 0,8 𝑠 (8 𝑑é𝑐𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜)
𝑡 𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 127𝑋 10−3
Portanto um choque em 127 Vca de apenas 8 décimos de segundos já nos colocaria acima do limite
da máxima corrente de choque elétrico que provocaria uma fibrilação ventricular.

𝟎, 𝟖 𝒔

𝟏𝟐𝟕 𝒎𝑨
1) Uma pessoa pode morrer se uma corrente elétrica da ordem de 50 mA passar perto
do coração. Um eletricista trabalhando com as mãos suadas, o que reduz
Verifique seu consideravelmente a resistência da pele, segura dois fios desencapados, um em cada
mão. Se a resistência do corpo do eletricista é de 2000 Ω, qual é a menor diferença de
Aprendizado potencial entre os fios capaz de produzir um choque mortal? (clique na opção correta)

A 24 𝑉 Tente novamente!
Releia o texto ou se necessário,
B 48 𝑉 reveja o conteúdo.

C 100 𝑉

D 127 𝑉

Parabéns! Você acertou.


𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = 50X10−3 𝐴 𝑉
𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = ≫≫ 𝑉 = 𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 . R = 50X10−3 . 2𝑋103 = 100𝑉
𝑅
R = 2𝑋103 Ω
2) Chama-se “gato” uma ligação elétrica clandestina entre a rede de energia e a
residência. Como sabemos esse procedimento é ilegal e pode causar choque elétrico de
Verifique seu consequências fatais.
Considerando que no ato do “gato” a pessoa estabeleça contato entre as fases da rede
Aprendizado de 220 Volts, a corrente elétrica que circulará entre suas mãos será da ordem de
(clique na opção correta):

A 2 𝑚𝐴 Tente novamente!
Releia o texto ou se necessário,
B 22 𝑚𝐴 reveja o conteúdo.

C 220 𝑚𝐴

D 2200 𝑚𝐴

𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠 Parabéns! Você acertou.


𝑉 = 220 𝑉 𝑉 220
𝐼𝐶ℎ𝑜𝑞𝑢𝑒 = = = 0,22 𝐴 → 220 𝑚𝐴
𝑅 1𝑋103
Resistência entre as mãos = 1000 Ω
2) Indique no gráfico a seguir o tempo mínimo de exposição ao choque que pode
provocar o estado de fibrilação ventricular na pessoa que praticou o “gato” referente a
questão anterior.
Verifique seu

Aprendizado
A 0,05 𝑠

B 0,10 𝑠

C 0,20 𝑠
Parabéns! Você acertou.
D 0,40 𝑠

Tente novamente!
Releia o texto ou se
necessário, reveja o conteúdo.
0,20 s

220 mA
Saiba
Você sabe o que é um Dispositivo Diferencial Residual?
Mais!
O Dispositivo Diferencial Residual, ou DR, é um dispositivo de segurança utilizado em
instalações elétricas. Sua função é detectar pequenas fugas de corrente em circuitos
elétricos, acionando o desligamento imediato da alimentação e evitando que ocorram
acidentes.

Essas fugas acontecem quando a corrente elétrica encontra outro caminho para seguir para
o terra que não o condutor neutro da instalação elétrica. Essas fugas acontecem por
diferentes razões: toque acidental em condutores desencapados ou em contato com
Dispositivo Diferencial Residual carcaças; uso de equipamentos elétricos em áreas molhadas; ligação de equipamentos em
Fonte: WEG tomadas.

Desse modo, o DR torna-se o meio mais eficaz na proteção de pessoas e animais domésticos, evitando que
ocorram acidentes.
O dispositivo também possui uma segunda função bastante importante: a proteção contra incêndios. Ele
permanece como um vigia da qualidade da instalação elétrica, evitando que aconteçam as chamadas “fugas de
corrente”, que podem gerar faíscas e causar incêndios.
Saiba

Mais! Você sabe o que é um Dispositivo Diferencial Residual?

O uso do dispositivo DR de alta sensibilidade (30 mA) tornou-se obrigatório de


acordo com a norma NBR 5410 (uso obrigatório em todo território nacional
conforme lei 8078/90, art. 39 - VIII, art. 12, art. 14) nos seguintes casos:
• em circuitos que sirvam de ponto de utilização situados em locais que contenham
chuveiro ou banheira;
• para circuitos que alimentem tomadas situadas em áreas externas à edificação;
• em circuitos que alimentem tomadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos nas áreas externas;
• em circuitos que sirvam de pontos de utilização situados em cozinhas, copas,
Dispositivo Diferencial Residual lavanderias, áreas de serviço, garagem e demais dependências internas molhadas
Fonte: WEG
ou sujeitas à lavagem.

A norma também recomenda ter um dispositivo DR em cada ponto ou circuito da instalação elétrica, não
somente no disjuntor geral, para poder identificar onde esta ocorrendo a fuga de corrente.

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