.

Adventista. Revista
Março • 2011
Exemplar Avulso: R$ 3,00 – Assinatura: R$ 36,00

Jum plágio?
esus
RA/mar’11
O cristianismo está
24113
alicerçado em eventos
da história, não em mitos
Designer

Editor Texto

14 temer
16 Gramática
22 evangelistas C.Qualidade

a Deus da oração da Geração Y Depto. Arte

Três aspectos da Erros e impropriedades Movidos pelo desafio, jovens
vida cristã que não mais comuns na oração aproveitam as férias para
devemos ignorar pública aprender lições para a vida
 Editorial Rubens Lessa

Tecnologia Nº 1235
www.revis
M

da esperança
Pu-bli-ca-ção M

Órgão Ge­ral da Igre­ja

Daniel Oliveira
De­di­ca­do à Pro­cla
en­tr

“Aqui está a pa­ciên

guar­dam os man­da

Quando comecei a trabalhar na Casa contaminado pelas coisas incompatíveis R

Publicadora Brasileira (CPB), o telefone tinha com o evangelho que prego. Não é ferra-
menta para entretenimento vulgar.
E-di-t
Márcio Dias Gua
apenas quatro números, o texto dos livros e Por outro lado, há milhares de equipa- Michelson Borges, M
Lícius Lindquist, F
revistas era datilografado em laudas, antes mentos nos lares adventistas, os quais não Ivacy F. Oliveira, Di
Guilherme Silva, And
de ser composto em linotipo, e a maioria das foram adquiridos com auxílio da igreja. Wendel Lim
Como devem ser usados? Também para
ilustrações estava gravada em clichês antigos, a honra e glória de Deus. Sabe-se, porém, C
Ted Wilson, E
vindos dos Estados Unidos. que, nesses dois segmentos, há pessoas que Marlon Lopes, Edso
Geovani Sou
não fazem uso construtivo desses meios. Helder Roger Cava
Ao longo de quase quatro décadas, acompanhei Muitos estão chafurdando no lamaçal da concupis- Marlinton

todos os estágios de desenvolvimento tecnológico cência e lascívia. São horas e horas em contato com C
M
do ramo gráfico. É abissal o contraste entre o que os rios das baixadas. Por isso, boa parcela dos mem-
existia naquele tempo e aquilo de que dispomos bros da igreja não tem prazer na oração, leitura da P

hoje. Se o pastor Bernardo Schünemann, que foi
diretor da CPB até os primeiros anos da década de
70, ressuscitasse e visse os equipamentos que temos
atualmente, ficaria deslumbrado. E Guilherme Stein
Jr., nosso editor pioneiro, voltaria para a sepultura
num abrir e fechar de olhos...
O acervo de equipamentos é fantástico: com-
putadores de última geração, impressoras velozes,
Bíblia e frequência às reuniões de culto.
Ilus
Por que não usar os meios de comunicação para
fins nobres? Por que não usá-los para proclamar a
todas as pessoas a razão da nossa esperança?
Se houvesse tubos interligando mensageiros e
destinatários, o Médico dos médicos diria a muitos
usuários: “Os tubos estão contaminados por pensa- CA­SA PU­BLI­C
mentos indignos de um cristão sincero.” Edi-to-ra dos A

máquinas de costurar, grampear e capear. Além No mês de abril, o projeto Amigos da Esperança Ro­do­via Es
Cai­xa Pos­tal 34; CE
disso, temos internet, celulares e uma parafernália vai precisar da internet, de celulares, blogs, etc., Fone (15) 3205
de meios de comunicação instantânea. Tudo isso para que nossos vizinhos, colegas de escola e tra-
Serviço de A
acelera o processo de produção, com garantia de balho saibam que existe uma saída para os proble- Ligue Gr
alta qualidade. mas humanos. Segunda
Sexta, das 7h30 às 15
Vamos pulverizar o Brasil com a mensa-
Peça a Deus que santifique os meios de gem do evangelho. Coloquemos os meios Jos
D

comunicação que você possui de comunicação a serviço de Cristo. Peça- Dir

24113 RA/mar’11

mos a Deus que santifique computadores, Edson

R
Mas extrapolemos o mundo das artes gráficas e notebooks, celulares e aparelhos de TV, a fim de que R
Ge-re
reflitamos no uso dos meios de comunicação exis- os raios da esperança que aquece nosso coração ilu- R
tentes nos escritórios da Organização Adventista, em minem a vida dos que andam nas trevas do pecado. Ge-r
Joã
todos os níveis, e no âmbito dos lares. Estamos nós Quando iniciei meu ministério no Amapá, não Che
usando esses recursos para a honra e glória de Deus? tinha telefone, carro nem computador. Mas tinha Ed

Dependendo da natureza das funções que exer- pernas que me levavam de um lado para outro, em As no­tí­cias para a re­v
cem, os obreiros adventistas recebem auxílio para busca de pessoas sedentas da mensagem; eu tinha na Re­da­ção até o d
mes­m
a aquisição de equipamentos considerados impres- mãos com as quais cumprimentava os aflitos e boca
cindíveis ao bom desempenho das atividades liga- para ministrar-lhes a Palavra de Deus. Hoje, temos E-xem-p
Assi
Designer das à denominação. Isso faz parte dos regulamentos. recursos revolucionários, que nem sempre são usa-
Nú-me-ros atra-sa-dos
Portanto, a concessão dessa ajuda segue parâmetros dos para o bem, e ficamos presos ao sofá da como- só se res­pon­sa­bi­li­za
Editor Texto
definidos. No entanto, o uso adequado desses meios didade. Enquanto isso, milhares de pessoas morrem re­pre­sen­tan­tes do SELS

Rubens Lessa depende da honestidade de cada obreiro. O que se sem esperança! Todo
é editor da espera dos servidores da igreja é seriedade no ma- O apelo divino é: “Santifiquem Cristo como Se- a rep
qual
C.Qualidade
Revista Adventista. nuseio dos equipamentos, que se destinam a um nhor em seu coração. Estejam sempre preparados escri
rubens.lessa@ fim nobre e elevado. Minha posição é a seguinte: para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a ra-
Ti­ra­gem: 25.000
Depto. Arte cpb.com.br Meu computador é um santuário que não deve ser zão da esperança que há em vocês” (1Pe 3:15, NVI)
2 Revista Adventista I março • 2011
 Mensagem Pastoral
Alguém está
esperando você
Uma das histórias bíblicas que mais me
impressionam é a da conversão de Saulo de
Tarso. É emocionante ver como Deus conquista
corações duros e alcança pessoas difíceis,
usando métodos incomuns!
Saulo, homem culto, era um perseguidor con-
victo. Tinha coragem e conhecimento para defen-
der sua fé a ponto de matar os que não criam como
ele. Você teria coragem de evangelizar um homem
assim? Deus o alcançou quando ele ia cumprir seus
terríveis planos em Damasco, fazendo-o cair do ca-
valo e causando-lhe cegeira. Você usaria esses mé-
todos para levar alguém a Jesus?
Quando analiso o que aconteceu com Saulo, vejo
que Deus não segue a lógica humana para cumprir
Seus desígnios. Ele pode alcançar pessoas dóceis ou das maiores referências da igreja cristã. O que teria
difíceis, usando métodos comuns e previsíveis, ou
incomuns e completamente imprevisíveis. Não te-
nha medo de levar Jesus a pessoas que parecem ina-
tingíveis. Elas podem estar esperando você!
Em Atos 9, lemos que, após o impacto do encon-
tro com Jesus, Saulo ficou três dias sem enxergar e gíveis: ateus, agnósticos, corruptos, ricos, famosos.
No dia 16 de abril, siga precisa buscá-los. Deus precisa de seres hu-
24113 RA/mar’11
o exemplo de Ananias manos como Ananias, a fim de convencer
foi levado à casa de um homem chamado Judas. Fo-
ram momentos difíceis, durante os quais Saulo não
comeu nem bebeu. Ele foi humilhado e abalado, en-
quanto procurava conhecer melhor a vontade de
Deus para sua vida.
No verso 10 do mesmo capítulo, aparece um
novo personagem. A Bíblia diz que era “um discí-
pulo chamado Ananias”. Esse era um nome comum
Designer na época, mas ele é mencionado apenas duas vezes
em toda a Bíblia. Paulo conta a história de sua con- do Sul, vamos receber na igreja pessoas especiais
Editor Texto
versão e o chama de “homem piedoso” e respeitado
pelos judeus (At 22:12).
Erton KÖhler Em Atos 9:10-19, percebe-se que Deus já havia
C.Qualidade
é presidente conquistado Saulo. Só precisava de alguém para
da Divisão completar essa tarefa. Para essa missão, chamou
Depto. Arte Sul-Americana. Ananias. Não era obra para qualquer pessoa. Deus
4 Revista Adventista I março • 2011
Erton Köhler
Ansel Oliver
sabia exatamente quem deveria alcançá-lo.
Antes mesmo de enviar Ananias, o Senhor
já havia dado uma visão a Saulo, revelando o
nome da pessoa que iria encontrá-lo. Saulo
o estava esperando.
Ananias teve medo desse encontro. Sa-
bia muito bem quem era Saulo e o risco
que ele e a igreja corriam. Tudo poderia não passar
de uma armadilha, ou encenação. Por isso, Ana-
nias conversou com Deus tentando ajudá-Lo a sa-
ber quem era Saulo e os riscos que ele representava.
Apesar das “informações” de Ananias, Deus reve-
lou que Saulo era um “instrumento escolhido”. É in-
teressante observar que Deus escolheu alguém que
se opunha à Sua vontade.
O resultado de toda a história foi que o persegui-
dor temido pela igreja e por Ananias se tornou uma
acontecido se o medo tivesse vencido Ananias? Sem
dúvida, a história teria sido outra.
Quando olhamos para a realidade de hoje, vemos
que Deus também trabalha com instrumentos es-
colhidos, pessoas que consideramos duras e inatin-
Muitos deles estão esperando, mas alguém
as pessoas a aceitar Jesus.
Alguém está esperando você. Pode ser um vizi-
nho, colega de trabalho, chefe, professor, autoridade,
ou qualquer outra pessoa. Talvez sejam os maiores
inimigos da verdade hoje, mas, amanhã, os maio-
res defensores de nossa fé. Pessoas que ajudarão a
escrever os grandes e gloriosos capítulos finais de
nossa história.
O dia 16 de abril será uma grande oportunidade
para repetir a obra de Ananias. Em toda a América
para Deus e para nós. No dia dos “Amigos da Es-
perança”, cada adventista vai convidar pelo menos
uma pessoa para assistir a uma reunião especial. Em
apenas um sábado, vamos dobrar o número de pes-
soas em nossas igrejas, alcançando dois milhões de
amigos. Você quer repetir a obra de Ananias?
 26  No Nordeste, escolas querem se
aproximar da comunidade e, no Paraná,
colégios vão ensinar pais e alunos a comer

28  Boa memória: igrejas que contam sua

trajetória em livros e criam espaços
para a exposição de sua história
Março • 2011
noticias@cpb.com.br
32  Dois meses depois da tragédia na
região serrana do Rio, as lições de
quem ajudou e sobreviveu

Um jornal a serviço da igreja Editor: Wendel Lima

Dá-me a
montanha
“O desafio é a nossa energia” é o slogan que a Petrobrás tem usado para assinar suas
peças e filmes publicitários nos últimos anos. Esse mote pode muito bem traduzir o Manter a chama
que tem feito do projeto Missão Calebe um sucesso. Ao serem desafiados a dormir sem As lideranças das sedes administrativas
da Igreja Adventista nas Regiões Nordes-
muita comodidade, comer sem muita abundância e se locomover sem muito conforto,
te, Centro-Oeste e Sul do Brasil optaram
os jovens são levados a refletir no que realmente importa na vida. Quando eles se veem por realizar grandes congressos regionais
sem o amparo dos pais ou de líderes religiosos, percebem de maneira mais clara que com seus colportores de tempo integral. A
é preciso viver sob a orientação do Espírito Santo. Por isso, essas experiências, se bem ênfase foi reforçar o objetivo missionário
aproveitadas, resultam em crescimento pessoal e espiritual. da literatura adventista e inspirar os mis-

RA/mar’11
sionários da página impressa à comunhão
Na principal matéria desta edição, você vai ler o que os “calebes” modernos fizeram nas
com Deus e ao compromisso com a sal-
últimas férias de verão. Jovens como Patrícia Oliveira da Silva, 17 anos, que desistiu de vação de seus clientes. O encontro mos-
passar as férias com os avós para evangelizar uma cidade do Paraná; e Francisco Damião trou que as histórias bonitas de conversão
dos Santos, 23 anos, que não se afastou do campo missionário em Japi, RN, mesmo de- e providência divina continuam a acom-
pois de ter enterrado seus pais. Tal panhar esse ministério, que foi responsá-
vel pela evangelização pioneira de quase

desprendimento encantou pessoas
como Luciene Silva Pereira, 19 anos,
que se aproximou dos jovens mis-
sionários num momento deplorá-
vel de sua vida. Ela vivia nas ruas de
24113
todos os países sul-americanos.
Weslei Fernandes de Santana, 29 anos,
testemunhou em um dos eventos. Ele pe-
gou carona com um caminhoneiro e du-
rante o trajeto, teve a oportunidade de
Designer

Arataca, no sul da Bahia, faminta e pregar para o motorista. Emocionado e

consumida pelo vício das drogas.
Os evangelistas lhe deram abrigo e
alimento e lhe apresentaram o Sal-
vador. Essas e outras histórias você
prometendo que buscaria conhecer mais
a Deus, o caminhoneiro se despediu do Editor Texto
colportor. Poucas horas depois, enquan-
to Weslei fazia algumas visitas, soube que
o caminhoneiro havia morrido num aci- C.Qualidade

confere nas próximas três páginas – dente na estrada. Seu testemunho fora
providencial! Págs. 34 e 35
Wendel Lima. Págs. 22 a 24
Depto. Arte

RevistaAdventistaI Março • 2011 21

 Brasil

Os evangelistas da Geração Y
Eles não passaram as férias na escola,
mas fizeram o dever de casa e
aprenderam muitas lições de vida
uma vez chegou uma notícia
lamentável. Dessa vez, foi sua
mãe que viera a falecer. Era
um cenário propício para a Depois d
ruína emocional de qualquer assistir a
pessoa. O jovem evangelista, ainda tin
a despeito da dor, mostrou- “calebes
foram ba
se inabalável. Mais uma vez,
retornou à sua cidade, parti- A campa
cipou da cerimônia fúnebre, tismo de
despediu-se dos familiares e prefeito
voltou para o posto missioná- Soares, e
rio. “Era o mínimo que eu po- Santana
dia fazer, pois precisava dizer lia Boave

No interior de Sergipe, 34 jovens, divididos em três equipes, levaram 32 pessoas e vai ressuscitar os meus pais;
ao batismo nos povoados de Lagoa da Várzea, Moita Redonda e Juvena
Da redação
Mais do que dedicar as férias
para uma imersão radical em
campanhas evangelísticas inten-
sas, que chegam a testar seus limi-
tes físicos e psicológicos, os jovens
participantes da Missão Calebe
oferecem uma análise fascinante
sobre como as qualidades da cha-
mada Geração Y podem acelerar a
expansão do adventismo no Bra-
sil. A coragem para encarar de-
safios, o nomadismo, a dedicação
a ideias pelas quais se apaixona e
o desejo de realização pessoal,
atributos da geração surgida en-
RA/mar’11
cipação desses jovens evangelistas ço para
neste grande projeto missionário.
Em janeiro, no Nordeste, por
exemplo, 12,5 mil deles precisa-
ram superar limitações físicas,
passaram fome, percorreram lon-
gas distâncias, viveram traumas
intensos, estiveram longe do con-
forto de casa, tudo pelo anseio de
falar sobre Jesus para pessoas que
nunca viram. “Essa é nossa gran-
de vocação, não podemos fugir
dela”, disse o estudante Francis-
co Damião dos Santos, 23 anos,
que evangelizou Japi, RN, cidade
de 7,5 mil habitantes.
Damião foi um exemplo de luci-
Wellington Costa
para as pessoas que acredito adventis
num Deus que voltará à Terra Criada e
Por influência dos “calebes”, se afasto
Luciene Silva Pereira, 19 anos,
não pode haver muito espa- deixou as drogas e foi batizada
gou a um
lamentar a morte”, declara. em Arataca, sul da Bahia Deus. Já
O exemplo inabalável de fé re- cristiani
sume o espírito de jovens que se essa jovem foi uma emocionan- movime
dedicaram a essa aventura cristã. te experiência de transformação”, seu temp
A passagem de “calebes” com ta- descreve o pastor Carlos Campi- lebes” re
manha entrega por lugares inós- telli, líder do Ministério Jovem Percília r
pitos não foi despercebida. Vítima para o Nordeste, responsável pelo trouxe co
das drogas, Luciene Silva Pereira, batismo. panhava
19 anos, aproximou-se dos mis- Até janeiro, os organizadores
sionários num momento deplo- da Missão Calebe contabiliza- Pela pr
rável de sua vida. Ela vivia nas ram 4,2 mil batismos, frutos do gião Sul
ruas de Arataca, no sul da Bahia, compromisso da juventude em rios deb
faminta e consumida pelo vício. revolucionar cidades e vilas com be. Patr
Os evangelistas lhe deram abrigo a Palavra de Deus. Muitas dessas uma das
e alimento. Com ela, presencia- pessoas que decidiram mudar o ra viage
ram uma experiência de posses- estilo de vida religiosa são autori- se mudo
são. Alguns dias depois, Luciene dades ou formadoras de opinião. os pais,

tre 1978 e 1990, definem a parti- dez missionária em meio à desven- começou a frequentar o espaço Em Maraial, PE, a cada noite, a cípio, se
tura. Sua mãe ficou onde os jovens que a acolheram ação de 12 missionários levou 250
Em Paulo
doente algum tem- falavam do amor cristão. “Batizar convidados a ouvir a mensagem. voluntár
po antes de começar construç
a campanha evange- Ipae recebe 750 líderes de jovens distribuí
Existe Esp
lística. Em conversa
24113

No início de fevereiro, 750 líderes do ministério jovem de todo o Esta- a doação

com a família, ele de- do do Rio de Janeiro se reuniram no Instituto Petropolitano Adventista de
cidiu ir para a missão. Ensino, na região serrana. Seminários, sermões e músicas foram prepara-
Uma semana depois, dos para orientar e motivar esse
o jovem recebeu uma grupo. Os oradores foram o pas-
triste notícia: seu pai tor Carlos Campitelli e o médico
Designer havia morrido. Con- e pastor Markus Barcelos. Teste-
solado pelos com- munhos emocionantes marcaram
panheiros, Damião a programação. No evento, tam-
Editor Texto
retornou para sua ci- bém foi lançado o portal do minis-
tério para a União Este Brasileira:
dade, acompanhou
Feira de Santana, BA: afastada da Igreja www.ministeriojovem.ueb.org.br.
C.Qualidade
o funeral e decidiu O objetivo, com o site, é aproximar
Adventista havia décadas, Percília Boaventura
Alves abraçou novamente a fé adventista. Seu
voltar para o evange- a liderança das sedes administrati-
exemplo inspirou outras 20 pessoas que faziam lismo. Outra sema- vas da realidade das igrejas locais.
Depto. Arte
parte da igreja evangélica que liderava na se passou, e mais
22 Revista Adventista I Março • 2011

Y
ola,
a Patrícia ouviu falar
Depois de estudar a Bíblia sozinho por oito anos e tros 70 jovens de oito
assistir a um DVD sobre profecias, José Machado
ainda tinha dúvidas, até que foi visitado por dois
“calebes”. Em Guarapuava, ele e outras 15 pessoas em janeiro visitou os
foram batizados
A campanha encerrou com o ba-
tismo de 18 pessoas, inclusive do
prefeito do município, Marcos
Soares, e sua esposa. Em Feira de
Santana, BA, a líder cristã Percí-
lia Boaventura Alves retornou ao
adventismo depois de décadas.
Criada em lar adventista, Percília
s”, se afastou ainda jovem e se entre-
nos, gou a uma vida sem tempo para
zada
Deus. Já adulta, voltou-se para o
cristianismo e decidiu liderar um
ocionan- movimento religioso. Ela cedeu
rmação”, seu templo para que os jovens “ca-
Campi- lebes” realizassem a campanha.
o Jovem Percília retornou à fé adventista, e
ável pelo trouxe consigo 20 fiéis que a acom-
panhavam em sua jornada cristã.
zadores
tabiliza- Pela primeira vez – Na Re-
rutos do gião Sul do Brasil, 510 voluntá-
ude em rios debutaram na Missão Cale-
ilas com be. Patrícia Oliveira da Silva foi
as dessas uma das participantes de primei-
mudar o ra viagem. Ela é brasileira, mas
o autori- se mudou para o Paraguai com
opinião. os pais, ainda criança. A prin-
noite, a cípio, seu plano era atravessar a
evou 250
Em Paulo Frontin, PR, 40
nsagem. voluntários ajudaram na
construção do templo local,
distribuíram 1.500 livros Ainda
Existe Esperança e promoveram
o Esta-
a doação de sangue
tista de
repara-
fronteira, viajar cin-
co horas até a cida-
de paranaense de
Laranjeiras do Sul
e ficar na casa dos
avós, até o início das
aulas. Não foi o que
aconteceu.
Foi no Paraná que
sobre a Missão Ca-
lebe. Sentindo-se
atraída pela propos-
ta, ela se uniu a ou-
municípios da região
central do Estado, e
moradores da cida-
de de Guarapuava. “Alguma coisa
me disse que eu deveria partici-
par. Mas tive medo da adaptação.
Eu nunca falei sobre a Bíblia para
outras pessoas. Foi bom saber que
elas tinham interesse em aprender
sobre Jesus”, se surpreende Patrí-
cia, que tem 17 anos.
A experiência da estudante não
foi única. A maioria dos “calebes”
que participaram da primeira edi-
ção do projeto na região central
do Estado nunca havia se envol-
vido numa ação de cunho mis-
sionário. Hospedados na escola
adventista da cidade, eles não se
importaram com as dificuldades
e encararam tudo como um de-
safio. Alguns tiveram que cami-
nhar até seis quilômetros por dia
Andrielli Aparecida Campos,
batizada durante a campanha,
quer ser uma “calebe”. Agora, sua
cidade de 12 mil habitantes tem
55 adventistas e o sinal aberto da
TV Novo Tempo
para levar uma mensagem
de conforto à população.
Adultos, casais e universi-
tários se juntaram aos jovens
voluntários. Eles organiza-
ram uma Escola Cristã de
Férias que chamou a aten-
ção de dezenas de crianças e
de seus pais. Durante a tar-
de, os “calebes” visitaram a
comunidade para ministrar
estudos bíblicos. O motoris-
ta José Machado, 55 anos, foi
um dos que aceitaram. Por
oito anos ele tentou com-
preender a Bíblia, mas não Patrícia Oliveira da Silva (à esq.) saiu do
Paraguai para passar as férias no interior do
encontrou quem pudesse Paraná. Seu plano era ficar uns dias na casa
ajudá-lo. Ele costumava as- dos avós, porém, descobriu a Missão Calebe
sistir ao DVD sobre o livro e integrou o time, experiência que vai levar
do Apocalipse gravado pelo para o resto da vida
pastor Luís Gonçalves, ma- ficaram hospedados numa es-
terial que recebeu de presente de cola municipal. Tudo mudou no
um conhecido. Mesmo assim, ain- bairro São João após a passagem
da tinha muitas dúvidas, até que da equipe, e Andrielli Apareci-
foi visitado por dois jovens. da Campos é um exemplo disso.
Machado reconhece que ain- “Eu nunca havia visto uma Bíblia
da precisa descobrir muitas coisas antes, e com eles pude conhecer
sobre a Bíblia, no entanto, tomou os Dez Mandamentos e a respei-
sua decisão e, por influência dos to do sábado. Quero agora falar
“calebes”, ele e outras 15 pessoas de Deus para minha família e ser
decidiram ser batizadas. “Deus um ‘calebe’ como eles”, promete
é o mesmo. Ele nunca muda. E é a jovem de 17 anos. Ela e outros
isso que me chamou a atenção. 54 moradores foram batizados.
O sábado prevalece para todo o “Nunca imaginei que a 300 qui-
sempre”, acredita Machado. Em lômetros da minha casa houves-
Guarapuava, 109 pessoas conti- se gente que nunca tinha ouvido
nuam a estudar a Bíblia com dois falar de Jesus”, afirma a “calebe”
instrutores bíblicos. Além dis- Mariana Bill. Agora, há presença
so, dez pequenos grupos foram adventista no município de 12
formados. mil habitantes. A congregação
se reúne num salão cedido pela
Sul – A cidade de General Car- prefeitura e a população assiste
neiro, PR, também foi visitada gratuitamente à programação da
pelos jovens. Ali, 40 voluntários TV Novo Tempo.
No meio da selva
RA/mar’11
O Centro Universitário Adventista
de São Paulo (Unasp) e a Universidad
Adventista Del Plata (UAP) enviaram
estudantes para trabalhar como vo-
luntários nas comunidades ribeirinhas
do Rio Manacapuru, no Amazonas. Em
alguns lugares, às margens do rio, o
24113
atendimento médico não chegava ha-
via cinco anos. Eles realizaram mais de
500 atendimentos, incluindo consultas
médicas e testes de glicemia, orienta-
ção por meio de palestras, além de apli-
cação de flúor e distribuição de escovas Designer
de dente e remédios.
O grupo – formado por três enfermeiras, um estudante de fisioterapia,
três estudantes de medicina, um estudante de ciências sociais e 12 estu- Editor Texto
dantes de enfermagem – teve o acompanhamento do pastor José Nilton,
do Unasp, que realizou os momentos devocionais e cultos em cada comu-
nidade visitada. O projeto foi uma parceria das universidades com a ADRA C.Qualidade
Brasil e a Asvam, ONG formada por voluntários adventistas. Uma das lan-
chas utilizadas foi a Luzeiro 26, lançada às águas em maio do ano passado.
Depto. Arte
Revista Adventista I Março • 2011 23

Equipe de oito “calebes” evangelizou a cidade de Sooretama,
no norte do Espírito Santo
Na cidade de Nova Santa Bár-
bara, norte do Paraná, os jovens
realizaram uma campanha de
combate ao mosquito da dengue,
arrecadaram alimentos e pinta-
ram a igreja adventista da cidade.
Também ofereceram cursos an-
titabagistas e reformaram a casa
de um morador. Em Paulo Fron-
tin, PR, 40 voluntários ajudaram
na construção do templo local,
distribuíram 1.500 livros Ainda
Existe Esperança e promoveram
a doação de sangue.
Na cidade de Monte Castelo,
SC, por sua vez, 36 jovens atua-
ram na cidade de oito mil habi-
tantes. Eles fizeram uma passeata
contra o fumo, distribuíram abra-
ços e cantaram para os funcio-
nários da prefeitura. Na região
central do Rio Grande do Sul, 41
jovens trabalharam em duas cida-
des sem presença adventista e de
muita resistência aos evangélicos:
Cachoeira do Sul e Feliz.
Na região ocidental do Rio
Grande do Sul, a Missão Calebe
RA/mar’11
ainda está na sua versão 1.0, mas a
experiência adquirida pela moça-
da mostrou que a campanha valeu
a pena. Divididos em cinco equi-
pes, 85 jovens trabalharam por
duas semanas. Dez pessoas fo-
24113
ram batizadas, seis em Jaboticaba
e quatro em Júlio de Castilhos. Na
cidade de Doutor Maurício Car-
doso, os voluntários enfrentaram
muita resistência ao evangelho,
Designer no entanto, se despediram do mu-
nicípio, deixando organizada uma
classe bíblica com 15 pessoas. Os
Editor Texto
interessados pela mensagem ad-
ventista vão ser acompanhados
pelo pastor local, Izaque dos San-
C.Qualidade
tos, e sua esposa Silvoneide, que
prometeram nunca mais deixar
Depto. Arte
de ser “calebe”.
24 Revista Adventista I Março • 2011
A professora e jornalista da Rá-
dio Cultura de Júlio de Castilhos,
Terezinha Sackes, confirma o êxi-
to da campanha: “A Igreja Adven-
tista está de parabéns, nunca fui
tão tocada por Deus como aqui,
junto aos ‘calebes’”. No fim de feve-
reiro, todos os voluntários foram
homenageados com uma medalha
de honra na cidade de Ijuí.
Sergipe e Espírito Santo –
No interior de Sergipe, 34 jovens,
divididos em três equipes, leva-
ram 32 pessoas ao batismo nos
povoados de Lagoa da Várzea,
Moita Redonda e Juvena. “Existe
uma força latente com os jovens
que precisa ser despertada. Quan-
do isso acontece, o resultado vem.
É preciso fazer isso em todas as
igrejas”, avalia o pastor Odair de
Almeida, líder dos jovens sergipa-
nos. Mais do que batizar, a coor-
denação do projeto no Estado tem
a preocupação em manter esses
novos conversos na igreja. Para
tanto, os jovens foram orientados
a realizar com os recém-batizados
o Ciclo do Discipulado, curso ela-
borado pela sede sul-americana
da Igreja Adventista.
Em Sooretama, região norte do
Espírito Santo, oito “calebes”, or-
ganizados em quatro duplas mis-
sionárias, visitaram cerca de 120
casas por semana. A dedicação
deles também é representada por
outros números: 170 pessoas es-
tudando a Bíblia; oito cursos an-
titabagistas foram realizados, 25
adolescentes foram inscritos no
Clube de Desbravadores e 15 ju-
venis frequentam uma classe
bíblica. A moçada também pro-
moveu um mutirão da beleza,
com corte de cabelo, manicure
e pedicure.
MT e MS – Enquanto
muitos, por todo o Brasil,
voltaram das férias rela-
tando suas experiências
missionárias, no fim de ja-
neiro, os jovens de Mato
Grosso do Sul se inspira-
ram no exemplo de um
veterano especial para fa-
zer o trabalho de “calebe”
em 2011. Duzentos líde-
res se emocionaram com
o testemunho de Bruno Em Campo Grande, MS, duzentos jovens se
inspiraram no exemplo de Bruno da Silva
da Silva, deficiente visual para participar da Missão Calebe. Bruno
desde os sete anos. é cego desde os sete anos e serviu como
Bruno contou para o voluntário no ano passado. Para facilitar sua
grupo que sempre parti- participação neste ano, ele já providenciou
um estudo bíblico em braille
cipou nos programas da
igreja tocando violão. Ele achava 19 equipes na Capital e nos rincões
que isso era suficiente até aceitar o do Estado. Alguns deles visitaram
convite para participar da Missão presídios, asilos, hospitais e orfana-
Calebe. No ano passado, Bruno e tos. Em Alta Floresta, os “calebes”
outros 20 jovens dedicaram suas realizaram atividades recreativas
férias ao trabalho missionário na com crianças carentes e fizeram
cidade de Pedro Gomes, interior serenatas para os “mais vividos”. A
do Estado, que resultou em dois equipe também socorreu um se-
batismos e no interesse de dezenas nhor idoso que sofreu acidente de
de pessoas pelo estudo da Bíblia. moto, levando-o ao pronto-socor-
O estudante de Direito já está ro. Mais de 100 pessoas foram ba-
se preparando para a Missão Ca- tizadas por causa da campanha,
lebe de 2011. Para facilitar seu tra- entre eles 15 participantes. Profis-
balho, providenciou um estudo da sionais de saúde reforçaram o time,
Bíblia em braille. Como incentivo, qualificando os serviços prestados.
foi o primeiro a receber a camiseta As histórias impressionam e pa-
que será usada este ano no Estado. recem intermináveis. Servem de
“Percebi que posso ser muito mais inspiração para os dias atuais e de-
útil para as pessoas e para Cristo, monstram que parte dos jovens da
e que apesar de minhas dificul- igreja, recém-saídos da adolescên-
dades, Ele me capacitou para Sua cia, podem se apresentar como líde-
obra, que é salvar pessoas do peca- res maduros da denominação num
do e guiá-las para Cristo”, afirma. futuro próximo – Com reportagem
No Estado vizinho, Mato Gros- de Rosemeire Félix, Ionara Wichi-
so, os “calebes” só sairão para nheski, Ericson Danese, Arnaldo
evangelizar em julho. Mas, se o de- Balog, Landerson Santana, Sos-
sempenho deles for parecido com thenes Andrade, Rafaella Oliveira,
o de 2010, muitos milagres podem Ellen Ribeiro, Jefferson Paradello,
ser esperados. No meio do ano pas- Daniel Gonçalves, Aryel Marques
sado, 370 voluntários participa- de Paula, Dina Karla Miranda,
ram da campanha, divididos em Márcio Tonetti e Heron Santana. 
Em Manaus, 450 pessoas
decidiram pregar sobre saúde
Mais de 900 pessoas participaram de um con-
gresso de capacitação na área de saúde em Ma-
naus, em janeiro deste ano. O médico Silmar
Cristo, orador do encontro, procurou relacionar
os estudos científicos sobre saúde com as orien-
tações deixadas por Ellen G. White. Segundo o pastor Flávio Campos, or-
ganizador do encontro, 450 adventistas decidiram adotar e ensinar um
novo estilo de vida. O objetivo é que os voluntários sejam multiplicado-
res desse conhecimento em pequenos grupos.
Entre os conselhos apresentados, o médico falou sobre o hábito de be-
ber água e seus benefícios para o corpo e a mente, a prevenção e cura de
enfermidades através de uma alimentação regular e balanceada e a rela-
ção da vida cristã com o estilo de vida saudável.
ens se
Silva
uno
mo
itar sua
enciou

s rincões
isitaram
e orfana-
“calebes”
creativas
fizeram
vidos”. A
u um se-
dente de
o-socor-
oram ba-
mpanha,
s. Profis-
m o time,
restados.
am e pa-
rvem de
uais e de-
ovens da
olescên-
omo líde-
ção num
portagem
a Wichi-
Arnaldo
na, Sos-
Oliveira,
aradello,

RA/mar’11
Marques
Miranda,
ntana. 

24113

Designer

pos, or-
nar um
licado- Editor Texto

de be-
C.Qualidade
cura de
a rela-
Depto. Arte
 Nordeste e Paraná
Mais do que bê-á-bá
Campanha no Nordeste vai levar a rede educacional a servir à comunidade e levantar recursos para
a construção de escolas e um internato. No Paraná, colégios vão ensinar alunos e pais a comer
participaram da
comitiva.
“A ideia dos con-
gressos distritais é
levar a lugares inu-
sitados a bandeira
da educação cris-
tã, mostrando sua
importância para
o mundo moder-
no”, disse o pastor
Enildo Nascimen-
to, líder da Rede
de Educação Ad-
ventista para o
O Livro de Ouro da Educação Cristã deve receber Nordeste. Ele é o
300 mil assinaturas de doadores. O plano é coordenador da
entregar a primeira fase do Iape, internato
em Pernambuco, já em 2012 mobilização e está
empenhado em mostrar os proje-
Heron Santana e Francis Matos tos das novas escolas e as cidades
Colaboradores
em que serão construídas, além
Defensor dos direitos civis dos de apresentar as obras do Insti-
negros, o cantor norte-americano tuto Adventista Pernambucano
de jazz Nat King Cole disse que de Ensino (Iape), com a conclusão
somente o tempo, a educação e da primeira etapa prevista para o
um conjunto de boas escolas fa- próximo ano.
riam o racismo acabar. Tempo,
educação e boas escolas formam Papel social da educação –
a mesma receita para outra re- Durante os congressos da carava-
volução em curso, desta vez no na da educação, o pastor Geovani
Nordeste do Brasil, que pretende Queiroz, presidente da Igreja Ad-
despertar fiéis para a importância ventista para o Nordeste, prota-
do ensino cristão e para a cons- gonizou momentos de emoção ao
trução de dez escolas adventistas relatar a luta de sua família para
e um internato na região até 2015. estudar e ser incluída socialmente.
A iniciativa vem embalada na Ele falou sobre como a obstinação
RA/mar’11
campanha “Embaixadores da Edu- de sua mãe em motivar os filhos a
cação”. Tem um desafio: aproximar estudar num internato da rede foi
as igrejas e as escolas adventistas, essencial para que os 12 filhos sa-
para que juntas desempenhem a íssem do obscurantismo e da po-
tarefa de falar ao mundo sobre os breza para se destacar em variadas
valores morais e espirituais. A ar- frentes profissionais. “Deus ilumi-
24113
rancada foi dada no fim de janei- nou essa mulher e lhe deu forças
ro, com o início da Caravana da para cumprir esta missão”, disse
Educação. Trata-se de uma mo- o líder, em discurso emocionado
bilização que percorrerá o Nor- e bastante aplaudido.
deste, em mais de 350 exibições Em cada oportunidade, os
Designer de um programa que contempla participantes foram estimula-
testemunhos sobre a importância dos a contribuir com o projeto de
da formação acadêmica, os planos expansão da rede. Durante a so-
Editor Texto
para a construção das escolas e pa- lenidade, líderes percorreram um
lestras sobre o propósito da peda- trajeto do auditório, empunhando
gogia adventista. Cupira, Gravatá bandeiras e uma tocha, e apresen-
C.Qualidade
e Bezerros, no agreste de Pernam- taram as várias formas de se cola-
buco, foram as primeiras cidades borar com a campanha. Um dos
Depto. Arte
visitadas. Mais de 1.200 pessoas meios é através do Livro de Ouro
26 Revista Adventista I Março • 2011
da Educação Cristã, que foi
levado até o palco impro-
visado. O exemplar, em ta-
manho gigante, tem espaço
para cerca de 300 mil assi- Visitas ao
naturas. Depois de percorrer a cultura
todo o Nordeste, ficará em Educaç
exposição na biblioteca do Quando
futuro internato. O progra- de hábit
ma foi encerrado com uma a primei
fila de pessoas ansiosas em é a ques
assinar o livro e colaborar dos pub
com o surgimento de novas tuto Bra
unidades de ensino. tatística)
O prefeito da cidade, Quase m
Sandoval Lira, mostrou-se Pastor Enildo Nascimento, coordenador da sileira es
impactado com a progra- caravana, vai acompanhar 350 congressos e o alert
mação da caravana. “Que- de educação em dois anos três cria
ro dizer que esta cidade abre as coleta de alimentos para creches e so. Preoc
portas para a Educação Adven- asilos, feira de produtos orgânicos 90% dela
tista, além dos projetos sociais da e doação de sangue. nar um a
Igreja, e que dentro de nossas li- A maioria das campanhas terá Entre
mitações faremos o possível para como base experiências que já de- Educaçã
ajudar neste objetivo”, afirmou. ram certo no Nordeste, como a raná, há
Além da caravana, os coordena- articulação ambiental realizada que esse
dores irão realizar, a partir de mar- pelo Colégio Adventista de For- do. E o t
ço, um plano de metas sociais para taleza, que firmou parceria com meiros d
atender várias cidades. A primei- a empresa estatal de energia para os estud
ra meta será a realização de uma exposição de um carro elétrico, e de Massa
campanha articulada em favor da um desfile de modas com roupas pais que
cultura de paz, com base no pro- feitas a partir de produtos reciclá- com o m
jeto Quebrando o Silêncio – que veis. “Queremos criar no entorno nas reun
combate a violência e o abuso nas da comunidade a ideia de que um pontapé
famílias. Haverá ainda campanha internato ou uma escola adventis- inclui to
em favor da saúde, da preservação ta traz benefícios sociais”, disse o de reedu
do meio ambiente, desfiles cívicos, pastor Enildo Nascimento. A açã
porque,
que estã
apelidos
autoesti
colar e s
ciências
educaçã
ligioso e
seridas n
passado
cioname
físicas se
tando um
sonaliza
Vale r
têm ação
Desfile de roupas feitas com material reciclado e a exposição de um carro soas, com
elétrico fizeram parte de um projeto ambiental desenvolvido pelo Colégio
Adventista de Fortaleza, CE, em parceria com a companhia energética como ex
estatal. O objetivo é que as escolas do Nordeste tenham iniciativas cação e S
semelhantes, mostrando a contribuição social da educação cristã Mental e

para
mer
Visitas ao Ceasa da cidade e o cuidado com a horta ensinam aos alunos
a cultura da economia e as vantagens da comida natural
Educação vai à mesa –
Quando se fala na manutenção
de hábitos alimentares saudáveis
a primeira coisa que vem à cabeça
é a questão da obesidade. Os da-
dos publicados pelo IBGE (Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística) em 2010 são alarmantes.
Quase metade da população bra-
ador da sileira está com excesso de peso
gressos e o alerta foi dado: uma em cada
três crianças está com sobrepe-
creches e so. Preocupação acentuada já que
rgânicos 90% delas têm chances de se tor-
nar um adulto obeso.
nhas terá Entre os professores da Rede de
ue já de- Educação Adventista no Sul do Pa-
como a raná, há um consenso: é na escola
ealizada que esse quadro pode ser reverti-
de For- do. E o trabalho se inicia nos pri-
eria com meiros dias de aula quando todos
rgia para os estudantes têm o IMC (Índice
étrico, e de Massa Corpórea) calculado. Os
m roupas pais que desejarem, podem contar
s reciclá- com o mesmo acompanhamento
entorno nas reuniões de pais e mestres. É o
que um pontapé inicial de um projeto que
dventis- inclui toda a família no processo
”, disse o de reeducação alimentar.
to. A ação é importante também
porque, muitas vezes, os alunos
que estão acima do peso recebem
apelidos pejorativos, afetando sua
autoestima, seu desempenho es-
colar e sociabilidade. As aulas de
ciências, biologia, matemática,
educação para a vida, ensino re-
ligioso e educação física estão in-
seridas no programa de deixar no
passado a gordura e o mau condi-
cionamento físico. As avaliações
físicas serão constantes, possibili-
tando um acompanhamento per-
sonalizado de cada estudante.
Vale ressaltar que os alimentos
têm ação direta no cérebro das pes-
m carro soas, com benefícios ou malefícios,
Colégio
tica como explica a doutora em Edu-
s cação e Saúde e mestre em Saúde
Mental e Psiquiatria, a professora
da Universidade Federal do Para-
ná, Dulce Diclair Huf. “Por isso, as
aulas após o recreio são marcadas
por dois picos: a energia excessi-
va e a letargia repentina, que na
criança é expressa pela irritação.
Os açúcares, as gorduras satura-
das e o hidrato de carbono, pre-
sente na farinha de trigo, causam
esse efeito”, ensina. A alimentação bre o reaproveitamento de alimen-
saudável age na capacidade de con-
centração e, por consequência, no
desenvolvimento escolar.
Os proprietários de cantinas
das nove unidades escolares da
região sul do Paraná participa-
ram de capacitações com espe-
cialistas em nutrição, psiquiatria
e profissionais da Vigilância Sa-
nitária visando à padronização
do cardápio disponibilizado aos
alunos. Para as crianças que tra-
zem o lanche de casa, os pais rece- E quando podemos alcançar as fa-
bem orientações e uma sugestão
de cardápio saudável; o aluno que
leva fruta para a merenda é pre-
miado na sala de aula. Porções de
frutas da época também são ser-
vidas nas cantinas.
“Nada é imposto, mas ensina-
do com embasamento científico e
com apresentação de estatísticas”,
explica a professora Neide Mace-
do, diretora-geral da rede educa-
cional do sul do Estado. O projeto
prevê também orientações sobre
saúde mental, com ên-
fase para o desperdício
de tempo com a inter-
net e a televisão.
O cuidado vai além
de disponibilizar ali-
mentos vegetarianos,
livres de gordura trans,
com valor calórico den-
tro de padrões ou ain-
da preferir os alimentos
naturais aos industria-
lizados. É preciso levar
as informações para a Oficinas mostram para as crianças que a alimentação saudável tem beleza e sabor
família, de modo que o proces-
so de reeducação alimentar seja
completo.
Assim, mensalmente os pais
participarão de palestras e ofi-
cinas com enfoque na boa ali-
mentação. Uma das aulas mais
concorridas é a de lanches natu-
rais atrativos para as crianças, já
que muitas delas não suportam
nem ouvir falar em rúcula, alface,
tomate, etc. Na escola, a simpatia
para alimentos sem popularida-
de no universo infantil é desper-
tada através do cultivo de hortas, e
toda a produção é consumida du-
rante os projetos especiais.
Reeducação – Nas visitas ao
Ceasa (Central de Abastecimen-
to), os alunos podem ver a incoe-
rência de se desperdiçar tantos ali- a saúde para as séries iniciais se-
mentos, enquanto ainda há muitos
desnutridos no país. É a oportu-
nidade também de se ensinar so-
tos, produzindo pratos apetitosos,
e perceber que mesmo as famílias
de baixa renda podem ter uma ali-
mentação saudável, se acertarem
na escolha dos alimentos.
“É característica dos adventistas ticipam de uma aula de ginástica
o conhecimento sobre bons hábi-
tos alimentares e de saúde. Como
rede escolar, que visa o crescimen-
to integral dos estudantes, deve-
mos nos preocupar com o que
eles aprendem sobre alimentação.
mílias com essa mensagem tão im-
portante, vemos que a missão está
sendo cumprida”, salienta Neide.
Ações como essa, muitas ve-
zes, resultam em batismos. É o
que aconteceu com a família dos
estudantes Caio César e Lorena
Bozza, do Colégio Adventista de
São José dos Pinhais. “A cada reu-
nião de pais ou outros encontros
que aconteciam na escola eu me
surpreendia. Eu saía revigorada,
especialmente com as orações”,
conta Marlene A. M. Bozza. Ela,
o esposo, José Aluísio, e os dois
filhos foram batizados.
Neste ano, durante os encon-
tros para as famílias, os pais se-
rão incentivados a ler livros como
A Ciência do Bom Viver, de Ellen
G. White. “A partir de maio, quan-
do será realizada a Feira da Saúde,
os pais participarão do Seminá-
rio de Enriquecimento Espiri-
tual, fazendo as 40 madrugadas e
conhecendo os oito remédios da
natureza. Entendemos que preci-
samos ir além com a mensagem de
saúde”, conclui a professora Neide.
Ir além também é o que pre-
vê o projeto para os alunos do oi-
tavo ano, que aprendem sobre o
corpo humano nesta etapa esco-
lar. As aulas sobre cuidados com
rão feitas por eles, uma espécie de
estágio para as palestras que farão
em escolas da rede pública. “Dire-
to ao ponto” é o nome do proje-
to, em que o adolescente fala para
outro adolescente, multiplicando
o conhecimento.
Semanalmente, os funcioná-
rios da escola e estudantes par-
laboral. No início de cada aula, os
estudantes são convidados a fazer
alongamentos e exercícios de res-
piração, para que tenham o nível
de concentração aumentado.
O resultado do projeto são os
mais animadores. Os estudantes fi-
cam mais tranquilos e concentra-
dos, retendo conhecimento para a
vida e aumentando sua sensibilida-
de para ouvir a voz de Deus. Entre
os professores, há uma redução das
licenças médicas, especialmente as
provocadas por estresse. Os pais,
RA/mar’11
por sua vez, desenvolvem a confian-
ça de que os profissionais da Educa-
ção Adventista se preocupam com
o crescimento integral do estudan-
te. Tudo isso abre inúmeras portas
para o testemunho cristão.
24113
Designer
Editor Texto
C.Qualidade
Depto. Arte
Revista Adventista I Março • 2011 27
 Brasil
Boa memória
Conheça igrejas que registram sua história em livros
e que reservam espaços para expor seu passado
Da redação
Este ano promete ser de mui-
tas celebrações para os adventis-
tas de Viamão, cidade da região
metropolitana de Porto Alegre.
São seis décadas de história mar-
cadas por vidas transformadas e
por relatos de pessoas dedicadas
em ajudar a comunidade. Para dar
início às comemorações, a Igre-
ja Central do município lançou
o livro Vi a Mão de Deus em Mi-
nha Vida. A publicação conta a
história do movimento adventis-
ta na cidade, desde a pioneira Eu-
tália Santos da Rocha, que abriu
as portas de sua casa para o iní-
cio das atividades da igreja, até as
conversões e milagres que acon-
teceram no ano passado.
RA/mar’11
Em 1947, o casal Ari e Eutália
Rocha recebeu a visita de amigos
que lhes ofereceram um estudo
bíblico. Naquela época, os cur-
sos bíblicos eram ministrados
por instrutores que visitavam os
24113
alunos apenas duas ou três vezes
por ano, devido às dificuldades de
transporte. Por isso, a família Ro-
cha estudou a Bíblia praticamente
sozinha e, após um ano, foi bati-
Designer zada em Porto Alegre. O primei-
ro casal adventista de Viamão
visitava esporadicamente a igreja
Editor Texto
na Capital, de carroça ou a cava-
lo. No entanto, a casa deles pas-
C.Qualidade
sou a servir de ponto de parada
para os colportores que evange-
lizavam a cidade de Viamão. Por
Depto. Arte
causa do trabalho dos vendedores
28 Revista Adventista I Março • 2011
Neste ano, a igreja Central de Viamão,
RS, vai ter muito que comemorar:
plantio de uma igreja, ampliação de sua foi aplicada uma pesqui-
estrutura, lançamento do livro e uma
semana de oração com a participação
de todos seus ex-pastores
de livros religiosos e da migração
de adventistas para o município,
a comunidade de fiéis cresceu. Foi
então que Ari, em conversa com
a esposa, decidiu oferecer parte
da sua casa para as reuniões. Era
uma casinha verde, de madeira,
com aproximadamente dez me-
tros quadrados. No início, pouco
mais de dez pessoas se reuniam
ali, sem água ou energia elétrica.
O livro comemorativo conta
ainda outras histórias, como de
Alceni Rodrigues que, em 1993
conheceu a Igreja Adventista por
causa de uma conversa com um
rapaz desconhecido no ônibus.
Providencialmente, o desconhe-
cido se sentou ao lado dela, apesar
de o coletivo estar vazio. Durante
a viagem, eles conversaram sobre
religião, e o rapaz se identificou
como adventista, o que não fez
muito sentido para Alceni na-
quela época, mas que despertou
sua curiosidade a ponto de visi-
tar a igreja num
sábado de manhã.
“Aquela programa-
ção foi marcante e
me fez sentir gran-
de paz”, conta no
livro. Naquele dia,
ela encontrou Levi
Rodrigues, o rapaz
com quem conver-
sara no ônibus, e
ali começou uma
grande amizade. O vereador André Gustavo Bandeira homenageou os
adventistas da cidade. O lançamento do livro também
Anos mais tarde, marcou a comemoração dos 60 anos da Igreja
eles se casaram Adventista em Piracicaba, SP
colégio
atendem
Piracic
celebrou
com o la
ram os a
cidade d
foi batiza
e Alceni foi batizada em brasileir
2004. “Sinto-me muito fe- cerimôn
liz e em paz servindo a Frank H
um grande e maravilhoso Cinqu
Deus”, ela completa. tarde, fo
A ideia de publicar o li- de adven
vro nasceu numa das uni- pessoas
dades da Escola Sabatina, Livro comemorativo conta fluência
por iniciativa de Hulda 60 histórias de testemunhos bíblicos
Raquel e Alexandre Rosa. dos 60 anos do adventismo em As reun
Com a ajuda do coral da Viamão, região metropolitana numa c
de Porto Alegre
igreja, Vozes em Louvor, porém, a
Ele está fazendo e fará no futuro status d
sa com os membros a fim próximo, pois novas histórias se- tencer a
de reunir as mais marcan- rão contadas a partir deste mo- Campin
tes histórias de conversão, mento”, explica o atual pastor, A sem
orações respondidas, testemu- Paulo Lopes. daquelas
nhos e milagres da história da E por falar em futuro, os pro- tificou. H
congregação. O plano era reunir jetos de crescimento da comu- 541 mem
60 histórias, uma para cada ano nidade adventista em Viamão 17 igreja
que a igreja existe na cidade. Na não param. No ano passado, fo- pastorai
data do lançamento, os organiza- ram formadas duas congregações, ventistas
dores apresentaram 59 histórias, Promorar e Castelinho, a partir recia imp
porque a última não estava con- da Igreja Central. E neste ano, um humilde
cluída. Na mesma noite, todos pu- novo grupo será organizado no E mai
deram acompanhar o desfecho do bairro Fiúza. O prédio da igreja, comunid
último relato: seis pessoas foram que fica no centro da cidade, será percebid
batizadas, incluindo um juvenil ampliado, incluindo a construção é que em
de 12 anos e um idoso de 89 anos. de um salão de jovens, a conclu- sado, o
Durante o programa, os auto- são do estacionamento e das de- vo Band
res dos testemunhos publicados pendências da ASA. Está prevista anos de
se sentaram em lugares de des- também a realização de uma se- numa ce
taque, nos primeiros bancos da mana de oração em comemora- ditório d
igreja, com outros convidados ção aos 60 anos da igreja, em que logia de
especiais, como o pastor Pau- todos os ex-pastores participarão. destaco
lo Albeche, que representou os Hoje, a Igreja Central de Viamão da igreja
ex-pastores da igreja. “Esse não tem 600 membros, e a cidade se- prosperi
é apenas o momento em que re- dia três distritos pastorais forma- ta saúde
lembramos as maravilhas que o do por mais de 3 mil adventistas. pregaçã
Senhor fez no passado, mas é tam- A cidade tem duas escolas e um à frente.
bém o momento em que reafir-
mamos nossa confiança no que
O advent
em 1950
a cidade
pastorai
 colégio adventista, que juntos
atendem 1.200 alunos.
Piracicaba – Quem também
celebrou os 60 anos de sua igreja
com o lançamento de um livro, fo-
ram os adventistas de Piracicaba,
cidade do interior paulista onde
foi batizado o primeiro adventista
brasileiro, Guilherme Stein Jr., em
cerimônia oficializada pelo pastor
Frank H. Westphal.
Cinquenta e cinco anos mais
tarde, foi organizado um grupo
de adventistas na cidade com 23
pessoas recém-conversas por in-
fluência de uma série de estudos
os bíblicos realizada por pastores.
o em As reuniões foram realizadas
tana numa casa alugada. Em 1962,
porém, a congregação ganhou o
o futuro status de igreja, passando a per-
órias se- tencer a um distrito pastoral de
este mo- Campinas.
pastor, A semente plantada no coração
daquelas 23 pessoas em 1950 fru-
os pro- tificou. Hoje, a Igreja Central tem
a comu- 541 membros e na cidade existem
Viamão 17 igrejas e grupos, três distritos
sado, fo- pastorais, num total de 1.839 ad-
egações, ventistas. Um crescimento que pa-
a partir recia improvável para um começo
ano, um humilde.
zado no E mais do que estar presente, a
da igreja, comunidade adventista tem sido
ade, será percebida na cidade. Prova disso,
nstrução é que em novembro do ano pas-
conclu- sado, o vereador André Gusta-
e das de- vo Bandeira homenageou os 60
prevista anos de história da Igreja Central
uma se- numa cerimônia realizada no au-
memora- ditório da Faculdade de Odonto-
, em que logia de Piracicaba. O vereador
iciparão. destacou a contribuição social
Viamão da igreja na cidade e fez votos de
dade se- prosperidade: “Que Deus dê mui-
s forma- ta saúde para que mais anos de
entistas. pregação do evangelho venham
as e um à frente.”
O adventismo se estabeleceu em Piracicaba, SP,
em 1950, com o batismo de 23 pessoas. Hoje,
a cidade tem 17 congregações, três distritos
pastorais e 1.839 adventistas
Na ocasião, foi lançado o livro
Memórias Vivas de uma Igreja,
uma pesquisa que resgatou o tra-
balho dos pioneiros e que trouxe
grande satisfação para quem vi-
venciou essa história. Dona Noê-
mia Lacerda, uma das pioneiras,
há décadas, carrega a satisfação
de ter abraçado a mensagem bíbli-
ca. Ela frequenta até hoje a mesma
igreja e atualmente é acompanha-
da pelos filhos e netos. A obra, de
autoria do professor universitá-
rio e administrador Décio Fran-
co, tem 438 páginas e conta com
fotografias históricas e com as
biografias dos pastores que lide-
raram a congregação.
Curitiba – Na Igreja Central de
Curitiba, a história da congrega-
ção não tomou as páginas de um
livro, mas as paredes de um hall
de 25 metros de comprimento.
“Quando você conhece o pas-
sado, consegue fundamentar me-
lhor suas crenças” – foi este o
argumento da arquiteta Jane San-
tana Marconcin, quando apre-
sentou aos construtores da nova
Igreja Central de Curitiba, inau-
gurada em dezembro, o projeto do
espaço destinado às exposições,
chamado Linha do Tempo.
Quem e como eram os primei-
ros adventistas do sétimo dia de
Curitiba? O corredor que dá aces-
so às galerias e salas do templo
responde a essa pergunta e des-
perta o interesse dos que se reco-
nhecem nas fotos e dos curiosos
pelo passado da congregação. Ali,
é retratado o desenvolvimento da
igreja, desde a chegada dos pri-
meiros adventistas à cidade, em
1896. A catalogação das imagens
e o estudo das datas levaram bas-
tante tempo, mas o esforço valeu
a pena: agora, é possível enten-
der melhor como o
adventismo se esta-
beleceu e cresceu no
Paraná.
No hall existem
três painéis com
mostra fixa da his-
tória da igreja, e um
quarto painel com
exposições rotati-
vas, no qual são fixa-
das, por exemplo, as
fotos dos casamen-
tos e apresentações
de crianças realiza-
das no templo a cada
trimestre. Além das
A Igreja Central de Curitiba mantém
em suas instalações, uma das mais
modernas do Brasil, um espaço
dedicado à exposição de fotos e
objetos ligados à história
da congregação
Os quatro filhos e nove netos
de Herberto Dori, 83 anos,
se casaram na Igreja Central
e os 11 bisnetos devem
manter a tradição
Os quatro filhos e nove ne-
imagens, o painel conta com Bí- tos de Herberto, 83 anos, se casaram
blias dos pioneiros e parte do ban- na Igreja Central e os 11 bisnetos
co da antiga igreja. devem manter a tradição. Em feve-
Relembrar essa trajetória se reiro, ele e sua esposa Adelma come-
torna ainda mais significativo moraram 63 anos de casados num
para algumas famílias, cuja his- culto de ação de graças no templo.
tória se mistura com a da con- Hoje, a preocupação de con-
gregação. A família Dori, que tinuar preservando os grandes
tem representantes de quatro ge- acontecimentos da igreja se man-
rações atuando na direção atual tém através de arquivos em fotos
da igreja, é um exemplo. Há 50 e em vídeo. A igreja guarda um
anos, Herberto Arnoldo Dori acervo de todos os sermões pre-
conheceu a mensagem adventis- gados a partir de fevereiro do ano
ta. Hoje, a imagem dele e de sua passado. “O que é novidade hoje é
família está estampada em vá- passado amanhã, e fará parte da
rias fotos expostas. “Quando me história dessa igreja. E quem quiser
converti havia apenas duas igre- levar para casa o sermão em vídeo
jas em Curitiba, e a central tinha e ainda mostrar para alguém, pode
em torno de 300 membros. Hoje, ter esse material”, explica o pastor
existem 200 igrejas e só na central Ebert Kuhn – Com reportagem de
tem mais de dois mil membros”, Cristiane Luscher, Paulo Lopes, Pa-
RA/mar’11
relembra emocionado. trícia Pieper e Francis Matos. 
Escreva a história da sua igreja
O Centro Nacional da Memória Adventista, com sede no Unasp, campus
Engenheiro Coelho, SP, mantém a Enciclopédia Adventista online no site
www.memoriaadventista.com.br. Mais do que se beneficiar dessa impor-
24113
tante ferramenta, o usuário pode ajudar a escrever a enciclopédia suge-
rindo verbetes de pioneiros, escolas, igrejas e instituições adventistas. É a
chance de estimular a pesquisa nas igrejas e a participação dos membros
no registro da história da denomi-
nação. Só para se ter uma ideia, o
acervo do centro nacional conta
Designer
com 200 monografias sobre a his-
tória de congregações, das maiores
às menores, do interior aos gran- Editor Texto
des centros. Se sua igreja tem uma
história significativa, que merece
ser contada, basta entrar em con- C.Qualidade
tato pelo e-mail cristiane.sartor-
ti@unasp.edu.br ou pelo telefone
(19) 3858-9033. Depto. Arte
Revista Adventista I Março • 2011 29
 oestedoPARá
A fé não mede distâncias
João Galvão cavalga
oito quilômetros
para chegar à igreja
Marcos Daniel Peres
Colaborador
Cícero Pereira tem 72 anos e há
uma década mora sozinho na co-
munidade do Tuna, no município
de Senador José Porfírio, PA. Ele
é um amigo da Igreja Adventista,
e mesmo não sendo batizado não
deixa de frequentar os cultos, pois
para ele somente em Deus se con-
segue a paz almejada. “Na igreja
eu consigo ter paz e sossego, em
Deus posso ter uma vida melhor,
sei que a Igreja Adventista é a igre-
ja de Deus”, afirma.
Ter uma igreja perto de casa é
privilégio para a maioria dos ad-
ventistas brasileiros, mas não para
os fiéis do oeste do Pará. Cícero
e outras 45 pessoas, por exem-
plo, enfrentam vários desafios
para juntos cultuar a Deus se-
manalmente. Mas eles não se
intimidam com as adversida-
des. Cícero enfrenta 11 quilô-
RA/mar’11
metros de estrada precária para
chegar ao templo mais próximo
24113
Designer
Editor Texto
Cícero Pereira tem 72 anos e há
uma década mora sozinho na
comunidade do Tuna, no município
C.Qualidade
de Senador José Porfírio, PA.
Durante um culto dirigido pela
equipe de comunicação da Mopa,
Depto. Arte
ele decidiu ser batizado
30 RevistaAdventistaI Março • 2011
Às margens da rodovia Transamazônica, é preciso andar muito
a pé, a cavalo ou de barco para chegar a uma igreja adventista.
Mas o plantio de igrejas e o acesso ao sinal aberto da
TV Novo Tempo prometem mudar essa realidade
de sua casa. “Se fosse
para percorrer mais 10,
20 ou 30 quilômetros
eu iria, pois para lou-
var a Deus não pode-
mos medir distância”,
completa.
No verão, os mem-
bros da Igreja Adventis-
ta do Tuna enfrentam a
poeira e, no inverno, muita lama.
João Galvão, por sua vez, faz a ca-
valo o trajeto de oito quilômetros
até a igreja. “Quando a gente tem
um Deus verdadeiro, não medi-
mos distância. Todos nesta igreja
trabalham para o crescimento da
obra divina. Chegar à igreja e nos
congregar entre amigos e irmãos
é a parte mais especial da semana”,
explica Galvão.
Na pequena igreja, cada um
faz sua parte. Alguém leva a TV
e o DVD usando um carrinho
de mão, enquanto outro carre-
ga, de bicicleta, a caixa de som.
O pequeno João Antônio Sousa,
12 anos, percorre 11 quilômetros
a pé com o irmão, todos os sába-
dos. Eles são os únicos adventis-
tas da família.
Enquanto nossa equipe de re-
portagem esteve na região, fomos
convidados a pregar. Para nossa
alegria e de toda a comunidade
adventista, Cícero Pereira deci-
diu ser batizado.
Região desafiadora – Na
maior parte do Pará, a rodovia
Transamazônica (BR-230) não
é asfaltada e, no inverno, época
das chuvas, fica quase que intra-
fegável. Mesmo não oferecendo as
melhores condições para o trans-
porte, é o único acesso terrestre a
muitas cidades do oeste paraense.
É por ela que passam missionários
e materiais para as igrejas.
Às margens da Transamazôni-
ca, existem várias comunidades
e vilarejos, em que moram ad-
ventistas que precisam se deslo-
car grandes distâncias para poder
frequentar uma igreja. É o caso de
João Rocha, que mora na co-
munidade Bênção de Deus
com a esposa e duas filhas.
Eles viajam 82 quilômetros
até Uruará, cidade mais pró-
xima em que há uma congre-
gação adventista.
“Somos os únicos adven-
tistas da comunidade, e nos
congregamos em casa, indo
à igreja uma vez por mês,
quando aproveitamos as idas
à cidade. Somos felizes e não
deixamos de estudar a Pala-
vra de Deus por causa disso,
sinto muita falta dos irmãos da
igreja. Às vezes, me sinto só, mas
quando isso acontece me lembro
das promessas bíblicas”, diz Rosi-
leide Lima, esposa do Rocha, com
lágrimas nos olhos.
João Rocha se considera feliz
e acredita que a administração
da igreja está trabalhando para
plantar igrejas nas regiões de di-
fícil acesso.
Mas os desafios não se limitam
a distâncias por terra. Para chegar
a algumas cidades, é preciso viajar
horas de barco. A cidade de Por-
to de Moz, banhada pelo Rio Xin-
gu, é um exemplo. O município é
administrado por um prefeito ad-
ventista, Berg Campos, que se sen-
te privilegiado por Deus em ter essa
função. “Deus me deu a honra e a
responsabilidade de administrar
esse município. É uma tarefa difí-
cil, mas sempre me apego a Ele para
tomar as melhores decisões”, diz.
Para chegar a Porto de Moz, é
preciso enfrentar 11 horas de bar-
co, saindo de Vitória do Xingu, na
região de Altamira, onde está pre-
vista a construção da hidrelétrica
de Belo Monte.
TV Novo Tempo e plantio
de igrejas – Se não é fácil para
os missionários chegarem a Por-
to de Moz, o mesmo não pode se
dizer da pregação por meio do si-
nal da TV Novo Tempo. A par-
tir deste mês, a programação da
emissora adventista poderá ser
Na Igreja do Tuna, todos ajudam
um pouco. Um carrega a TV e o
DVD no carrinho de mão e o outro
leva a caixa de som na bicicleta.
O templo simples de madeira
recebe 45 fiéis. Lá, a energia é
mantida por gerador e existe
uma antena da TV Novo Tempo
acompanhada pelos moradores
da cidade em sinal aberto. Ani-
mados com a conquista e cientes
dos grandes desafios territoriais
da região, os administradores da
Mopa, sonham em implantar o
sinal gratuito da TV Novo Tem-
po nas 30 cidades pelas quais são
responsáveis. A emissora deve ser
inaugurada também em Alvorada
da Amazônia e em outras cinco
cidades nos próximos anos.
Outra prioridade para a região
é o plantio de igrejas. Compro-
metimento que pôde ser obser-
vado na disposição dos jovens que
construíram em 13 dias a Igreja
do Km 100, na cidade de Medici-
lândia. O templo, levantado pe-
los jovens que participaram de
um acampamento, em novem-
bro do ano passado, encurtou o
trajeto de dez quilômetros que era
feito pelos membros da comuni-
dade para ir à igreja.
Esperança é a mola propulsora
do adventismo no oeste do Pará,
que possui crentes fiéis, amantes
da Palavra de Deus. Um povo que
sonha com os pés no chão e olhos
no Céu. Gente que tem sempre
um sorriso e fé no coração, um
povo amigo da esperança.
as
muito
ntista.

judam
Veo
o outro
cleta.
eira
ia é
ste
mpo

oradores
to. Ani-
e cientes
ritoriais
dores da
lantar o
vo Tem-
quais são
deve ser
Alvorada
as cinco
os.
a região

RA/mar’11
Compro-
r obser-
vens que
a Igreja
Medici-
tado pe-

24113
aram de
novem-
curtou o
s que era
comuni-
Designer

opulsora
do Pará,
Editor Texto
amantes
povo que
o e olhos C.Qualidade
sempre
ção, um
a. Depto. Arte
 RegiÃoseRRANAdoRiodeJANeiRo
Começar do zero
A tragédia na região serrana do Rio já saiu de cena, mas fica
a lição de superação dos que perderam tudo, menos a esperança
Pastor Edimilson Possmoser visita o que sobrou da casa
de Charles Peyroton
Da redação
Há algumas semanas, as chu-
vas e deslizamentos na região ser-
rana do Rio já não são mais pauta
nos principais veículos de comu-
nicação, porém, a reconstrução
das cidades atingidas e da vida de
milhares de famílias ainda vai le-
var um tempo. Em todo esse pro-
cesso de reestruturação, lições de
vida são dadas por quem tem aju-
dado as vítimas e pelos que preci-
sam começar do zero.
Após as doações de alimentos,
roupas e remédios e também do
apoio profissional de psicólogos,
RA/mar’11
a Igreja Adventista em Teresópo-
lis manteve o apoio espiritual aos
flagelados através da doação do
livro missionário deste ano. Du-
rante o sábado, 12 de fevereiro, fo-
ram entregues na cidade, uma da
24113
mais atingidas, 11 mil exemplares
da obra Ainda Existe Esperança.
Adventistas dos municípios vizi-
nhos se uniram aos membros de
Teresópolis para a mobilização.
Designer Divididos em dez grupos, os vo-
luntários distribuíram os milhares
de exemplares em poucas horas.
Editor Texto
De acordo com Rosângela Tei-
xeira, que ajudou na entrega do
material no bairro Caleme, algu-
C.Qualidade
mas pessoas estavam aguardando
receber o livro. Eles disseram que
Depto. Arte
viram os cartazes que divulgaram
32 RevistaAdventistaI Março • 2011
Américo de Brito
a ação. Uma mensagem
bem-vinda para quem
precisa ter o coração res-
taurado, depois de perder
bens, amigos e familiares.
A mão de Deus – Entre os
participantes da mobilização,
um exemplo vigoroso foi dado
por Charles Pimentel Peyroton
e sua esposa, Márcia. Eles fize-
ram questão de ajudar na distri-
buição dos livros, pois sofreram
com a tragédia causada pelas chu-
vas, mas sobreviveram e estavam
determinados a servir quem teve
menos sorte.
Segundo Charles, foi Deus
quem os protegeu e quem deu
condições a ele e à esposa de sal-
var a filha Sofia, de apenas três
anos. Durante as chuvas, eles ti-
veram que sair de casa com a me-
nina no colo, a roupa do corpo e
apenas uma caixa de ferramentas
que serviu para quebrar uma pe-
quena janela e garantir que toda a
família escapasse com vida, pois a
lama que desceu do morro trans-
formou a rua num rio caudaloso
que cobriu a casa em poucos mi-
nutos e os arrastou por aproxima-
damente 40 metros.
Mesmo depois de estarem sal-
vos e num lugar protegido, a dor
do casal não cessou. Afinal, per-
deram seis familiares, entre eles
Agradecidos pela
proteção divina, Charles e
Márcia (acima) ajudaram
na distribuição dos 11 mil
livros missionários em
Teresópolis
a irmã e a sobrinha de Charles.
Com lágrimas nos olhos, Charles
afirma que foi Deus quem conser-
vou a vida deles em meio à tragé-
dia, que destruiu o bairro Campo
Grande em Teresópolis. Charles
calcula que perdeu cerca de 100
vizinhos.
Ajuda adventista – Na noite
de 11 de janeiro, os habitantes de
Petrópolis, Teresópolis, Nova Fri-
burgo e outras cidades da região
serrana do Rio de Janeiro acorda-
ram com um pesadelo sem prece-
dentes. A chuva forte e persistente,
que seria para dois meses destruiu
casas, ruas e matou cerca de 900
pessoas, além de deixar quase 30
mil desabrigados e desalojados,
conforme registrado até o fecha-
mento desta edição.
Em Nova Friburgo, nos primei-
ros dias após a tragédia, as pessoas
pareciam caminhar sem destino,
carregando bolsas com o que so-
brou de uma vida inteira. Durante
uma semana os moradores con-
viveram com o barulho dos heli-
cópteros, das ambulâncias e dos
carros de socorro que circulavam
em alta velocidade, tentando sal-
var pessoas que ficaram soterra-
das. O comércio ficou fechado por
quase sete dias.
A tragédia despertou no cora-
ção dos brasileiros os mais boni-
tos gestos de solidariedade. Cerca
de 230 jovens voluntários da Re-
gião Sudeste, liderados pelo pastor
Ivay Araújo, subiram a serra e se
revezaram para ajudar os necessi-
tados. Alguns permaneceram por
quase duas semanas na região ser-
rana. Os voluntários trabalharam
em parceria com os demais mem-
bros da igreja e com a ADRA Bra-
sil. Juntos, eles entregaram só em
Nova Friburgo, mais de 4 mil ces-
tas básicas, 40 mil litros de água,
300 colchões e mais de 10 mil pe-
ças de roupas. Na cidade, foram
montados dois pontos de rece-
bimento e entrega de doações: a
Igreja Central e a Igreja do Prado.
Adventistas de Juiz de Fora, recursos
MG, em parceria com o super- tribuind
mercado Bahamas, mandaram 30 e de limp
toneladas de alimentos. Os mem- teriais. E
bros de Campos dos Goytacazes, de març
norte fluminense, enviaram 25 to- atuação,
neladas de donativos. Instituições, dado cer
como a Casa Publicadora Brasi-
leira, enviaram cestas básicas, e Recupe
grandes congregações, como a pois, a
do Unasp, campus Engenheiro normal.
Coelho, e a Igreja do Botafogo, ainda é s
também deram contribuições sig- pessoas
nificativas. Mas a solidariedade da dramáti
igreja foi além das doações de ali- que perd
mentos, roupas e itens de higiene que se re
pessoal. Cerca de 5 mil livros Ain- morrera
da Existe Esperança foram distri- seguiram
buídos em Nova Friburgo e 11 mil vida pres
em Teresópolis. que todo
O pastor Günter Wallauer, di- uma pes
retor da ADRA para a América Em m
do Sul, e Paulo Lopes e o pastor possível
Fábio Salles, representantes da gendo a
ADRA Brasil em nível nacional
e estadual, sabendo da situação,
deixaram suas férias e literalmen-
te calçaram suas botas para visi-
tar os lugares mais atingidos. A
ADRA Brasil continua trabalhan-
do na região serrana, implemen-
tando vários projetos de apoio aos
desabrigados. Os recursos para
esses projetos são provenientes
de agências internacionais de co-
operação através da ADRA Ja-
pão, Estados Unidos e Espanha.
Outros escritórios da ADRA Ellen Jake
no mundo também enviaram de Nova F
cadastram
sua ajuda, como ADRA Alema- as necess
nha, Austrália, Canadá, Norue- Deus pou
ga e Portugal. Com todos esses um pouco
 ndo sal- Elizângela, o marido e os
soterra- quatro filhos sobreviveram.
hado por Durante as primeiras
semanas, ficaram abrigados
na casa da sogra, Fátima
no cora- Regina, que estuda a Bíblia
ais boni- com os adventistas
de. Cerca
s da Re- e pregar o evangelho, pois
lo pastor queremos ver Jesus voltar
erra e se logo!”, conta.
necessi-
eram por Superação – No sábado,
gião ser- 22 de janeiro, na Igreja Cen-
alharam tral de Nova Friburgo, por
is mem- volta das 8h30, já havia um
RA Bra- batalhão de voluntários se-
m só em ADRA Brasil e voluntários parando roupas, preparan-
mil ces- adventistas ajudaram 4 mil vítimas do cestas básicas para co-
de água, das chuvas no Rio. Somente a locar no caminhão. Ellen
0 mil pe- agência conseguiu captar doações Jakeline, 26 anos, diretora
dos Estados Unidos, Europa e Japão
e, foram da Ação Solidária Adven-
de rece- Aos poucos, as notícias chegavam tista (ASA) da igreja local,
oações: a de que todos estavam bem. Ne- coordenava esses voluntá-
o Prado. nhuma igreja foi destruída pelo rios vindos de várias partes,
de Fora, recursos, a ADRA Brasil está dis- temporal e nenhum membro da como o jovem casal Felipe
o super- tribuindo kits de higiene pessoal igreja perdeu a vida. A cantora Freitas e Josane Moura, que
aram 30 e de limpeza, além de outros ma- Melissa Barcelos, moradora de veio de São Paulo dar apoio
Os mem- teriais. Estima-se que até o fim Nova Friburgo, descreveu o clima psicológico às vítimas. Membro da Igreja Adventista, Rosa
ytacazes, de março, nesta primeira fase de na comunidade adventista um sá- No bairro São Lourenço, Luzia Lopes e seu esposo Antônio Carlos
m 25 to- atuação, a ADRA Brasil terá aju- bado após a tragédia: “Foi um sá- isolado por uma semana de- Rodrigues foram acolhidos no templo e
ituições, dado cerca de 4 mil pessoas. bado de muita reflexão para todos vido à interdição das estra- atendidos com alimentos e roupas
ra Brasi- nós. Oramos uns pelos outros, das, a ajuda chegou por meio da madrugada da tragédia do dia 11,
ásicas, e Recuperação – Semanas de- para que Deus nos desse ânimo equipe da Associação Rio-Flu- por volta das 2h20, a família per-
como a pois, a vida pareceu voltar ao e coragem para passar por estes minense e da União Este Brasile- deu tudo que tinha: casa, móveis,
enheiro normal. Mas a conversa nas ruas momentos de aflição.” Ela e o ma- ria. Eles andaram 1h40, passando roupas e mantimentos. Houve
otafogo, ainda é sobre a tragédia e sobre as rido Sandro não foram atingidos por vilas e comunidades. O gru- tempo apenas de salvar os filhos.
ções sig- pessoas que morreram. Histórias diretamente pelas chuvas. po foi guiado por Daiana Macário, Acordados pelos gritos dos vizi-
edade da dramáticas de famílias inteiras Nas primeiras semanas após os mãe de Erick, 2 anos, voluntária nhos, Elizângela e o marido Jorge
es de ali- que perderam a vida, de pessoas desmoronamentos, Melissa re- que ficou sete dias sem ver o filho, deixaram sua casa. Os filhos, que
e higiene que se recusaram a sair de casa e cebeu a irmã Liliane e o cunha- envolvida no socorro aos desabri- dormiam um sono pesado, não
vros Ain- morreram e de outras que con- do Sérgio, que cederam sua casa gados. Agora, ela voltava para sua acordaram em meio ao alvoroço,
m distri- seguiram, milagrosamente, ter a para abrigar outros familiares comunidade a fim de rever os fa- mas foram salvos. “Como eles não
e 11 mil vida preservada. A impressão é de que estavam em áreas de risco. miliares e amigos. viram nada, não há lembrança nem
que todos conheciam pelo menos “Aproveitamos para nos reunir Antes de chegar ao destino, trauma do que aconteceu aqui”, co-
auer, di- uma pessoa que morreu. em família pelo menos duas vezes na beira do caminho, numa casa menta a sogra da Elizângela, Fáti-
América Em meio ao caos e à dor, foi por dia para estudar a Bíblia e ler pobre, encontraram Cláudia da ma Regina, 55 anos, que atribuiu o

RA/mar’11
o pastor possível ver a mão de Deus prote- livros como Eventos Finais. As- Conceição, 28 anos, mãe de cinco livramento a Deus.
antes da gendo as igrejas e os filhos dEle. sim, nos fortalecemos para sair filhos. Ali, os voluntários deixa- Quando a casa em que mora-
nacional ram várias caixas de leite, fraldas, vam havia oito anos despencou,
O casal Felipe Freitas e Josane
ituação, Moura de Souza saiu de São roupas e brinquedos. “Socor- a família de Elizângela estava no
ralmen- Paulo para oferecer apoio rer essas pessoas depois de tan- meio da rua correndo. Tempo-
ara visi- psicológico às vítimas ta tristeza e receber um enorme rariamente, eles estão morando

24113
gidos. A sorriso, maior do que a tragédia, com Fátima, que estuda a Bíblia
abalhan- é algo singular”, confessa o pastor com os adventistas e frequenta
plemen- Leonidas Guedes, um dos volun- a Igreja Central de Nova Fribur-
poio aos tários e diretor do departamen- go. A congregação tem apoiado
sos para to de comunicação da União Este em todos os sentidos essa famí-
enientes Brasileira. lia. Tendo que recomeçar, Eli- Designer

is de co- No retorno para a Igreja Cen- zângela se mostra muito grata

DRA Ja- tral de Nova Friburgo, o pastor a Deus por sua família ter sido
Editor Texto
spanha. Leonidas conheceu mais uma poupada e confiante em que
ADRA Ellen Jakeline, 26 anos, moradora história bonita de sobrevivência conseguirá reconstruir sua vida
nviaram de Nova Friburgo, trabalhou no e superação. Elizângela de Souza, – Com reportagem de Eduardo C.Qualidade
cadastramento das vítimas e mapeou
Alema- as necessidades de cada família. “Se 27 anos, é casada e mãe de qua- Teixeira, Leonidas Guedes, Sid-
Norue- Deus poupou minha vida, preciso dar tro filhos. Ela mora ou pelo menos nei Rosa Filho, Felipe Lemos e
os esses um pouco dela para os outros”, justifica morava em Nova Friburgo. Na Wendel Lima.  Depto. Arte

Revista Adventista I Março • 2011 33

 Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul havia perdido o controle do ca-

Manter a chama
Congressos regionais reforçam o objetivo missionário da literatura
adventista e inspiram colportores à comunhão com Deus e ao
compromisso com a salvação de seus clientes
Da redação
O Brasil esteve perto do sonha-
do salto chinês na economia, uma
referência ao desenvolvimento
aparentemente sem freios da po-
tência asiática. O bom momen-
to aqueceu a indústria, o setor
de serviços e o comércio, inclu-
sive o mercado de venda direta,
realizado de porta em porta. São
2,5 milhões de revendedores de
produtos variados, gerando a ven-
da de quase 2 bilhões de itens –
desde cosméticos, passando por
utensílios domésticos e livros. Os
colportores, como são conheci-
dos os representantes de vendas
de livros e revistas produzidos
RA/mar’11
Congresso unificado de colportores
da Região Nordeste reuniu 600
pessoas na Faculdade Adventista
da Bahia. Pastor Rubens Lessa,
os lares da região. “A página im- redator-chefe da Casa Publicadora
pressa é o meio pelo qual nos tor- Brasileira, foi o capelão do encontro
namos porta-vozes da esperança”, Os testemunhos também mo-
observou Faigao. tivaram os congressistas. Um de-
Líderes sul-americanos tam- les foi apresentado pelo paulista
bém movimentaram o encontro. Weslei Fernandes de Santana,
O pastor Almir Marroni, líder do 29 anos, aluno de Teologia da fa-
Ministério de Publicações para a culdade que sediou o evento. Em
América do Sul, falou sobre a im- 2007, Weslei vendia livros numa
portância de estar convicto do cidadezinha do interior de Minas
chamado para esse tipo de mis- Gerais quando foi surpreendido
são e sobre as campanhas com li- por um caminhoneiro que bus-
vros missionários. O pastor João cava informações. Depois de indi-
Vicente Pereyra, gerente de ven- car o caminho ao viajante, Weslei
das da Casa Publicadora Brasileira, ganhou uma carona para a cidade
apresentou novidades e avaliou os seguinte, onde iria trabalhar du-
relatórios de vendas de livros e re- rante aquele dia. O caminhoneiro
vistas das várias regiões brasileiras. Anísio, 53 anos, estava viajando do
Um dos principais palestrantes do Espírito Santo para Goiás. Weslei
minhão em uma curva perigosa.
Depois de conhecer a mensagem
bíblica, o caminhoneiro faleceu
na certeza da comunhão espiri-
tual com Jesus.
Centro-Oeste – Acostumados
a sair de porta em porta para le-
var literatura à comunidade,
190 colportores se reuniram
no fim de janeiro no Institu-
to Adventista Brasil Central
(IABC), no interior de Goiás,
para participar do 1º Concí-
lio de Colportores Evangelis-
tas da Região Centro-Oeste.
Motivados pelo tema “En-
viados Para Salvar”, homens
e mulheres vieram do Distri-
to Federal, Goiás, Mato Gros-
so, Mato Grosso do Sul e To-
cantins para ajustar o foco na
missão de salvar pessoas. congres
Durante o encontro, a primei- pálida id
ra hora do dia foi separada para a No sá
comunhão e para se falar sobre a tores dis
necessidade de buscar a Deus logo livros Ai
cedo. O louvor e os testemunhos cidade d
também se tornaram um ponto que teve
forte de inspiração para os colpor- ventista
tores. Os workshops foram minis- tarde. N
trados por: Eunice Vidal, autora rias, líde
do livro Saúde com Sabor; pastor funcioná
David Deana; pastor João Vicente rio de pu
Pereyra; pastor Helder Roger, pre- geados.
sidente da sede administrativa da a homen
Igreja Adventista para o Centro- quior rep
Oeste; e pastor Almir Marroni, Ele, que
líder dos colportores sul-ameri- vida par
canos. Por sua vez, a capelania do voltar à
evento ficou por conta do pastor tando, m
Miguel Pinheiro, líder de Mor- a chama
domia para a América do Sul. vou com
Seu recado foi claro: É impossí- para apo
vel manter comunhão com Deus gás”, diss

pela Casa Publicadora Brasileira,
editora da Igreja Adventista, fazem
parte desse exército, mas com um
diferencial: por meio da venda, ofe-
recem também esperança. Essa foi
a tônica do 1º Concílio Unificado
24113
encontro foi o pastor e jornalista
Rubens Lessa, redator-chefe da
editora, que atuou como capelão.
Para o pastor Paulo Pinheiro, lí-
der do Ministério de Publicações
para o Nordeste, o congresso ge-
viu naquela circunstância uma boa
oportunidade de pregar o evange-
lho. Quando os dois chegaram ao
destino de trabalho do jovem col-
portor, o caminhoneiro, já emo-
cionado, decidiu que iria entregar
e não prosperar no trabalho.
Mas o convidado especial do Result
encontro foi o pastor Howard Em ago
Faigao, líder mundial dos col- nior Ga
portores. Ele motivou os missio- diram e
nários, falando sobre o chamado

de Colportores Efetivos da Região
Nordeste, realizado nos dias 23 a
27 de janeiro, na Faculdade Adven-
tista da Bahia, em Cachoeira.
Cerca de 600 representan-
Designer tes de seis Estados do Nordeste
participaram do encontro. Des-
taque para a presença do pastor
Editor Texto
Howard Faigao, líder mundial
do Ministério de Publicações da
Igreja Adventista. Ele cuidou dos
C.Qualidade
momentos de reflexão espiritual,
motivando os colportores a levar
Depto. Arte
a mensagem de esperança todos
34 Revista Adventista I Março • 2011
rou até mesmo comoção entre os
participantes. “Eles saem daqui
ainda mais animados para cum-
prir a missão”, declarou. Prova
disso, foi a distribuição de 15 mil
livros Ainda Existe Esperança,
realizada pelos participantes, na
cidade de Santo Antônio de Jesus.
“Foi um momento impressionan-
te, que demonstrou a força des-
ta igreja”, disse o pastor Geovani
Queiroz, presidente da sede ad-
ministrativa da Igreja Adventista
para o Nordeste.
sua vida a Deus. “Vi nos olhos dele
que estava sendo sincero e que pre-
cisava de uma chance com Deus.
O senhor Anísio me disse naque-
le momento que iria procurar uma
igreja adventista assim que chegas-
se em casa, e que levaria também a
esposa”, contou Weslei.
Uma hora depois de ter co-
meçado o trabalho de visitas às
residências, Weslei foi informa-
do sobre um grave acidente com
um caminhão a poucos quilôme-
tros da saída da cidade. Seu Anísio
irrevogável para o ministério.
Para ele, esse ministério no Bra-
sil é um modelo para o mundo.
Faigao elogiou a criatividade e
o compromisso dos colportores
brasileiros.
Um dos pontos altos da pro-
gramação foi a cerimônia de
Santa Ceia realizada na sexta-fei-
ra à noite. Inspirados na doutrina
da Nova Terra, todos participa- Trezento
integral
ram vestidos com roupas bran- em Santa
cas e coroas de ouro. Ao redor em doar
da mesa, em formato de cruz, os campanh
 e do ca-
perigosa.
ensagem
faleceu
o espiri-

umados
para le-
unidade, Concílio unificado da Ucob foi
realizado no IABC, interior de Goiás
euniram
Institu- Pastores Howard Faigao
Central (esq.) e Almir Marroni (dir.). Sul – Era só para se encontrar,
de Goiás, Líder mundial elogiou a descansar e ouvir instruções de
º Concí- criatividade e o compromisso trabalho, mas o concílio do Mi-
dos colportores brasileiros
vangelis- nistério de Publicações da União
o-Oeste. Silvanópolis, TO. O muni- Sul-Brasileira, realizado nos dias Luzineide da Silva, fruto
do trabalho de um casal de
ma “En- cípio não tem presença ad- 6 a 9 de fevereiro, foi muito além colportores em Silvanópolis, TO.
homens ventista. Eles passaram por disso. Com 318 colportores de A recém-conversa quer agora
o Distri- dificuldades e foram acon- tempo integral representando Pa- evangelizar sua cidade
to Gros- selhados a deixar a cidade. raná, Santa Catarina e Rio Gran- vendendo livros
Sul e To- O foco deles, porém, era ou- de do Sul, os líderes presencia- inspirou nos colegas. “Ouvir estas
o foco na tro. Decidiram permanecer ram mais que bons vendedores. histórias e vivenciar o testemu-
soas. congressistas puderam ter uma na cidade. Pouco tempo depois, “Vi muitas novidades interessan- nho vivo nos faz sair daqui reno-
primei- pálida ideia do que será o Céu. começaram a estudar a Bíblia tes que cada região trouxe, mas vados”, afirmou.
da para a No sábado à tarde, os colpor- com 40 pessoas. Como resultado me impressionou o notável envol- Todas as sedes administrativas
r sobre a tores distribuíram mais de 3 mil desse trabalho, Luzineide da Sil- vimento do Ministério de Publi- tiveram um momento com seu
Deus logo livros Ainda Existe Esperança na va foi batizada na tarde de sábado, cações com o programa missioná- grupo. Uma das metas estabele-
munhos cidade de Cocalzinho de Goiás, para surpresa dos participantes rio da Igreja”, comentou o pastor cidas pelos congressistas é doar o
m ponto que teve sua primeira igreja ad- do congresso. Além disso, ela de- João Vicente Pereyra. lucro das vendas num dia do ano
s colpor- ventista inaugurada na mesma cidiu ser uma colportora para aju- Entender que esse ministé- – incluindo colportores efetivos e
m minis- tarde. No encerramento, secretá- dar na evangelização da cidade. rio é integrado à igreja faz parte estudantes – para o projeto Tem-
l, autora rias, líderes associados e demais Anderson Azevedo, colportor do programa inculcado em cada plos de Esperança, campanha de
r; pastor funcionários ligados ao ministé- da Associação Planalto Central, colportor da Região Sul. A padro- plantio de igrejas da Região Sul.
Vicente rio de publicações foram homena- sede administrativa da Igreja Ad- nização nos procedimentos téc- “Com esta decisão somada ao
ger, pre- geados. Mais do que emocionar, ventista em Brasília, pode dividir nicos também é outra vantagem trabalho dos estudantes, preten-
rativa da a homenagem fez Natalino Del- a história da sua vida em duas fa- que coloca o território em desta- demos construir 40 igrejas nos
Centro- quior repensar sua aposentadoria. ses, uma antes do concílio e outra que mundial no volume de vendas próximos cinco anos, fruto dire-
Marroni, Ele, que dedicou 42 anos de sua depois. “Já sonho com o fi m do e no número de publicações dis- to do envolvimento dos colporto-
l-ameri- vida para a colportagem, decidiu ano para ver que história cons- tribuídas a cada ano. Talvez por res da região”, explicou o pastor
elania do voltar à ativa. “Eu estava aposen- truiremos a partir daqui”, des- isso seja constante o reconheci- Geraldo Magela Tostes, líder do
o pastor tando, mas esse evento reacendeu creve ele. mento aos pioneiros dessa mis- Ministério de Publicações da
de Mor- a chama no meu coração. Agora, O líder sul-americano, pastor são e a valorização dos veteranos Região Sul.
do Sul. vou começar a trabalhar de novo Almir Marroni, falou sobre a im- que convivem e ensinam os mais Maria Berger, colportora em
mpossí- para aposentar. Estou com todo o portância de um evento como jovens dando prosseguimento a Santa Catarina, aprovou o empe-
om Deus gás”, disse, empolgado. esse: “Cada colportor tem um uma verdadeira escola. Aliás, as nho. “Trabalhar para Deus é uma

RA/mar’11
lho. desgaste emocional muito forte premiações e homenagens foram bênção indescritível e eu preten-
ecial do Resultados do trabalho – na linha de frente. Ele tem que li- um dos pontos altos do encon- do morrer trabalhando para Ele
Howard Em agosto do ano passado, Jú- dar diariamente com a rejeição. tro realizado no Catre, em San- na colportagem”, emocionou-se. E
dos col- nior Gama e sua esposa deci- Cada ‘não’ que ele ouve pode ser ta Catarina. emoção mesmo foi o momento de
missio- diram evangelizar a cidade de interiorizado como uma rejeição Campeões em vendas, os col- leitura do documento sobre reavi-
hamado pessoal. Então, para portores premiados deixaram vamento e reforma. ““Aqui encon-

24113
nistério. muitos deles, esse claro que nada além de trabalho tramos o ambiente perfeito para
no Bra- encontro fortalece o dedicado e comunhão com Deus o descanso do trabalho e, ao mes-
mundo. senso de missão que faz o sucesso na área. Os líderes mo tempo, para buscar motivação
vidade e é justamente o que o associados do ministério também para ele. Uma motivação espiri-
portores impulsiona a supor- foram homenageados e definiram tual por saber que você faz algo
tar as provas ao longo o perfil do colportor de sucesso muito nobre”, resumiu Clenilton Designer

da pro- do ministério.” O co- na tríade: equilíbrio financeiro, Quirino, colportor gaúcho que
ônia de ordenador do even- espiritual e profissional. A noite aproveitou cada uma das mensa-
Editor Texto
exta-fei- to, pastor Adilson de gala também aplaudiu os mis- gens do pastor Elmar Borges, líder
doutrina Morais, avaliou que sionários que mais levaram pes- dos jovens adventistas sulistas e
articipa- Trezentos e dezoito colportores de tempo o encontro foi bem- soas ao batismo através do seu capelão do concílio – Com repor- C.Qualidade
integral da Região Sul se reuniram no Catre,
as bran- em Santa Catarina. Todos se comprometeram sucedido, pois tratou trabalho e exemplo. Alberto Sel- tagem de Caroline Carnieto, He-
Ao redor em doar o lucro de um dia de trabalho para a mais da espiritualida- mer, colportor no Paraná, se emo- ron Santana, Daniel Cruz, Rebeca
cruz, os campanha de plantio de igrejas de do que de vendas. cionou com os testemunhos e se Conte e Fabiana Bertotti. Depto. Arte

RevistaAdventistaI Março • 2011 35