Você está na página 1de 138

{ torear ode

{
Pastorear o Rebanho de Deus
sRebanho
PoaPastorear
anho de
RebDeus

ta
Igreja Metodis
Nossas ênfases
missionárias Deus
Devocionário
1. Estimular o zelo evangelizador na vidaárde Devocionário
Ênfase
sas igreja s Mission ias:
Nos
cada metodista, de cada local;
gelizad or na vida de
evanministérios
2. Revitalizar ular o zelodos
1. Esotimcarisma
od ist a, de ca da igreja local;
clérigo e leigocanos et
da mvários aspectos da missão;
ios
o ca rism a dos ministér
3. Promover 2. Revitalizar na
o discipulado perspectiva da missão;
e le ig o no s vá rios aspectos da
clérig o
salvação, santificação e serviço;
pectiva da
ipulado na pers
over o disc Conexidade
4. Fortalecer3. aProm
Identidade, serviço; e
sa lv aç ão , santificação e
Unidade da Igreja;

banho de Deus
e
e, Conexidade
4. Fo rt al ec er a Identidad
5. Implementar ações que envolvam
ja; a Igreja
Unidade da Igre
no cuidado e preservação do Meio Ambiente; envolvam a Igre
ja
e
entar ações qu
Implemcomprometimento io Ambi ente;
6. Promover 5.maior eservação do Me e
no cuidado e pr
e
mprometimento fio
resposta da Igreja ao clamor docoDesafio
maior
6. Promover do Desa

Pastorear o Re
Urbano. ao cl am or
da Igreja
resposta
Urbano.
12/2016
l Missionário 20
Plano Naciona
br
dista.org.
w w w. m e t o

Plano Nacional Missionário 2012/2016


{ “Porventura, não nos
ardia o coração,
quando Ele pelo
caminho nos falava...”
(Lucas 24.32a)
Expediente:
Pastorear o Rebanho de Deus
Devocionário 2012 | Colégio Episcopal Metodista

Colégio Episcopal – 2012/2016


Bispo Adonias Pereira do Lago – presidente
Bispo João Carlos Lopes – vice-presidente
Bispa Marisa de Freitas Ferreira – secretária
Bispo Carlos Alberto Tavares Alves
Bispo José Carlos Peres
Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa
Bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann
Bispo Roberto Alves de Souza

Faculdade de Teologia da Igreja Metodista / UMESP


Paulo Roberto Garcia (Reitor)
Helmut Renders (Coordenador da EDITEO)
Conselho Editorial / Editor
Faculdade de Teologia da Igreja Metodista – FATEO
Assistente Editorial
Fagner Pereira dos Santos

Revisão
Sibele Santerém Pereira de Souza
Capa / Diagramação:
Luciana Inhan

Sede Nacional da Igreja Metodista


Av. Piassanguaba, no 3031 – Planalto Paulista
CEP: 04060-004 — São Paulo - SP
Fone: (11) 2813-8600 | Fax: 2813-8632
www.metodista.org.br | sedenacional@metodista.org.br
Nos caminhos
da Ressurreição

E nquanto dois discípulos conversavam no cami-


nho de Emaús a respeito de todas as coisas su-
cedidas, Jesus se aproxima, chega perto, e começa
a caminhar com eles. Conversaram durante toda a
caminhada.
Entre tristezas, medo, dúvidas e aprendizados
chegaram ao final do caminho. Os discípulos con-
vidaram a Jesus para que entrasse na casa e ficasse
com eles (v.29). É nesse tempo, em que Jesus entra
para a intimidade dos discípulos e ceia com eles, que
tudo passa a ter sentido para eles, “se lhe abriram os
olhos” (v.31).
Este devocionário deseja nos ajudar a cada vez
mais caminharmos com Jesus, cearmos com Ele,
trazê-lO cada vez mais para perto de nós.
Convidamos você, pastor ou pastora, a iniciar essa
caminhada especial nesse domingo de Páscoa, Dia
do Pastor e da Pastora Metodista, que se estende até
o domingo de Pentecostes.
Serão cinquenta dias de caminhada para fortale-
cimento da nossa espiritualidade pastoral. Nestas
semanas seremos estimulados/as a seguir pelos ca-
minhos renovadores da ressurreição para: repen-
sar sobre o carisma do nosso ministério pastoral;
inspirarmo-nos na mística do Bom Pastor; reforçar
em nossa vivência o estilo de vida de Jesus Cristo;
relembrar nosso compromisso com o pastoreio do re-
banho de Deus; renovar a nossa experiência vocacio-
nal; fortalecermo-nos pela unção do Espírito Santo
em nossas vidas e ministérios.
Nosso desejo é que nós, pastores e pastoras, re-
midos/as aos pés do Senhor, nos apresentemos como
obreiros e obreiras aprovados/as, que manejam bem
a Palavra do Senhor (II Tm2.15).
Permita-se caminhar mais além, priorize esse
tempo de contemplação e oração e deixe a presen-
ça do Cristo Ressurreto falar com você, abrir-lhe os
olhos e arder-lhe o coração.

No amor de Jesus Cristo,

Colégio Episcopal da Igreja Metodista.


{ SEM A NA 1 1
F u nda men
t
m inistér os no
io p astor
al

Eric de Sassure
Fundamentos no
1
ministério pastoral

I niciamos uma caminhada para fortalecer a


nossa espiritualidade como ministério pas-
toral metodista. Somos convidados/as a per-
manecer e seguir no caminho da ressurreição. O que
isso significa?
Esther Carrenho, fisioterapeuta, em seu livro,
Ressurreição Interior – Celebrando a alegria de Vi-
ver, relata: “Vibrei ao ler o relato da visão do Profeta
Ezequiel, em que Deus dá vida a ossos ressequidos
depositados num vale. Que poder misterioso! Deus
é capaz de devolver a vida a qualquer coisa morta.
É capaz de ressuscitar ossos, revestindo-os de car-
ne e transformando-os novamente em seres vivos.
Mas Deus também é poderoso para ressuscitar nos-
so interior, representado pelos nossos sentimentos e
percepções!”
Caminhar no caminho da ressurreição requer
entender que tal caminho passa pelo ministério da
cruz. Sem cruz, não há ressurreição! O escritor de
Hebreus sublinhou: “olhando firmemente para o Au-
tor e Consumador da Fé, Jesus [...] Considerai, pois,
atentamente, aquele que suportou tamanha oposi-
ção dos pecadores contra si mesmo, para que não vos
fadigueis, desmaiando em vossa alma” (Hb 12.2b e
3). A cruz ilumina os caminhos para a verdadeira res-
surreição.
1 01 Semana 1
Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Colossensses 3.1-4


Hoje, no calendário metodista, comemora-se o dia
da Pastora e do Pastor. Damos graças a Deus pelo dom
do pastoreio e pela oportunidade concedida por Ele ao
nos chamar para servir Jesus, o Bom Pastor, no minis-
tério da Igreja Metodista.
Neste dia também, todas as nossas atenções estão
voltadas para o acontecimento máximo da fé cristã: a
Ressurreição de Jesus Cristo. O aposto Paulo é enfático
ao declarar: “e, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa
pregação, e vã a nossa fé” (1 Co 15.14).
É neste dia especial que começamos uma jornada de
fortalecimento da nossa espiritualidade. A luz do ensi-
no do apóstolo Paulo, inicie esta caminhada, e se per-
gunte...

Para refletir: Quais são as áreas da minha


vida que precisam da Ressurreição?

Oremos para que o Senhor nos dê a força de sua


Ressurreição.
AnotaçÕes
1
1 02 Semana 1
Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Colossenses 3.1-10


O Apóstolo Paulo em uma de suas cartas, afirma: “Se
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as
coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita
de Deus” (Cl. 3.1). Com isso, ele coloca em evidência o
caminho da cruz. Não há ressurreição sem a passagem
pela cruz. A proposta da cruz é o grande desafio para
um discipulado corajoso, desprendido, transformador
e santificador.
Seguir o caminho da cruz é o caminho da obediência,
da renúncia e da fidelidade ao projeto de Jesus Cristo.
Nesse caminho, podemos sentir a sua majestosa Graça
renovando o nosso coração e fortalecendo os nossos pés
na caminhada.

Para refletir: No meu ministério pastoral,


que significado tenho dado a mensagem da
cruz? A mensagem da cruz tem ressonância no exer-
cício da minha vocação?

Oremos ao Senhor para que Ele possa revelar


em nós os desígnios da mensagem da cruz na
perspectiva da ressurreição.
AnotaçÕes
1
1 03 Semana 1
Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: João 21.15-23


Viver a dimensão da ressurreição implica assumir
os riscos da cruz: Tomás de Kempis (1379-1471) nos
seus ensinos – Imitação de Cristo – destaca: “Jesus con-
ta com muitos que amam o Reino dos Céus, mas com
poucos para levar a cruz. Muitos desejam consolações,
poucos pensam nas tribulações. Muitos participam de
sua mesa, poucos do seu jejum. Todos querem se alegrar
com Cristo, mas poucos se prestam a suportar algo.
Muitos seguem a Jesus até partilhar do pão, poucos se
dispõem a beber o cálice da paixão. Muitos se encan-
tam com os milagres, poucos acompanham a ignomínia
da cruz. Muitos amam a Jesus enquanto não surgem
as contrariedades. Basta, porém, Jesus se esconder e se
afastar um momento para que se queixem e caiam em
grande desespero”.

Para refletir: qual o significado dessas afir-


mações para a minha vida e meu rebanho?

Oremos para que Ele possa nos dar entendi-


mento do nosso chamado pastoral.
AnotaçÕes
1
1 04 Semana 1
Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Efésios 2.1-9


Tomás de Kempis em seu livro A Imitação de Cristo,
declara:
“Oh! Quanto pode o amor puro de Jesus, sem mistu-
ra de interesse ou amor próprio! Não são, porventura,
mercenários os que andam sempre em busca de conso-
lações? Não se amam mais a si do que a Cristo os que
estão sempre cuidando de seus cômodos interesses?
Onde se achará quem queira servir desinteressadamen-
te a Deus?”
Por vezes, as agruras da vida nos desviam do foco,
embaçam nossos olhos e endurecem os nossos corações.
É preciso que lembremos que Deus é rico em misericór-
dia, nos salva pela graça e nos faz feitura dele, criados
em Cristo Jesus para as boas obras que Ele preparou.

Para Refletir: qual é o impacto da mensa-


gem da graça de Deus no nosso ministério
pastoral? Como viver a mensagem da graça de Deus
numa sociedade de consumo?

Oremos ao Senhor para que nós tenhamos co-


ragem em servir desinteressadamente a Deus.
AnotaçÕes
1
1 05 Semana 1
Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Lucas 24.13-35


Na Carta Pastoral “Discípulas e Discípulos nos cami-
nhos da missão”, sublinhamos: “Os discípulos e discípu-
las precisam estar nos caminhos da vida, à semelhança
dos caminhantes de Emaús, que foram impactados pela
presença de Jesus, tendo os olhos abertos e os corações
aquecidos nos caminhos da missão.
O mesmo deve acontecer conosco hoje. Nós, pasto-
res e pastoras, continuamos a experimentar os nossos
corações arderem no pastorado? Aqueles e aquelas que
assim estão, continuem nessa direção, mas Cristo nos
inspira a olharmos o caminho e percebermos as pesso-
as que diferente de nós, caminham em direção ao desâ-
nimo, à desesperança. Caminhe junto a estes/as, como
fez Jesus.

Para refletir: O caminho do Senhor é per-


feito; a palavra do Senhor é provada; ele é
escudo para todos os que nele se refugiam. (Sl.18.30)

Oremos ao Senhor para continuarmos impac-


tados/as pela presença de Jesus em nossa ca-
minhada.
AnotaçÕes
1
1 06 Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB
Semana 1

Leia: Salmo 51
O caminho da Ressureição nos conduz no caminho
de uma vida restaurada pela graça de Deus. Henri J. M.
Nouwen faz uma importante declaração em seu livro
O Perfil do Líder Cristão para o século XXI: “Confissão e
perdão são as formas concretas pelas quais nós, peca-
dores, amamos uns aos outros. Frequentemente, tenho
a impressão de que, na comunidade cristã, os sacerdo-
tes e ministros são as pessoas que menos confessam os
seus erros”.
Essa declaração nos alerta sobre a importância de
sempre confessar nossos pecados a Deus, que em sua
misericórdia, nos perdoa e nos fortalece. Lembre-se: sa-
crifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado e
o coração contrito e compungido em sua presença. Isso
Ele não desprezará.

Para Refletir: “Se confessarmos os nossos


pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados, e nos purificar de toda a injustiça” I Jo. 1.9.

Oremos ao Cristo Ressurreto e confessemos os


nossos pecados no exercício do nosso pastorado.
AnotaçÕes
1
1 07 Semana 1
Fundamentos no Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Salmo 23
Pastos verdejantes, águas tranqüilas, refrigério. O
real significado deste cenário salta aos nossos olhos,
principalmente, quando nos sentimos em perigo, no
vale da sombra da morte.
Perigos, vales tortuosos, angústia, estiveram pre-
sentes na trajetória de Davi e, também, fazem parte de
todas as pessoas que assumem a tarefa de pastoreio.
Não sabemos se o tempo que você vive é de águas tran-
qüilas, ou turbulentas, o que podemos afirmar é que O
Senhor, o nosso pastor, está conosco desejoso e dispos-
to a nos guiar às águas tranqüilas e nos fortalecer em
tempos de vales tortuosos.
Entregue-se sempre ao pastoreio de Cristo Jesus
para que a certeza de Davi não se afaste do seu coração:
“Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos
os dias da minha vida, e habitarei na Caso do Senhor
para todo o sempre”. (Salmo 23.6)

Para refletir: Ainda que eu ande pelo vale


da sombra da morte, não temerei mal ne-
nhum, porque tu estás comigo; o teu bordão
e o teu cajado me consolam. (Sl 23. 4)

Oremos ao Senhor, à luz do Salmo 23.


AnotaçÕes
1
1
{ SEM A NA 2
Carisma p
a
ministéri ra o nosso
o pastora
l
2

art.bible.net
Carisma para o nosso
ministério pastoral
2
N esta semana, vamos concentrar a nossa aten-
ção na importância do carisma de Jesus para
a realização do nosso pastorado. Quando re-
conhecemos Jesus como o Bom Pastor, conforme o
Evangelho de João, nós já fixamos o nosso modelo
pastoral, isto é, o próprio Jesus. Jesus é o grande
pastor das ovelhas. Estas são a sua Igreja, o Seu Cor-
po. Como chamados/as por Jesus, cabe a nós, pasto-
res e pastoras, a responsabilidade de cuidar de Sua
Igreja, de Seu rebanho. É a partir desta referência
bíblica e histórica que as palavras pastor e pastora
são imbuídas de verdadeiro significado.
O exercício do pastoreio requer compreensão ine-
quívoca da dimensão histórica, mas também cons­
ciência da transcendência que representa o lidar com
o destino eterno das ovelhas a nós confiadas, pois
conforme John Wesley aponta, é nossa tarefa nos
afadigarmos na pregação, a fim de “salvar as nossas
almas e as de nossos ouvintes”. Diante disso é que
podemos nos dispor ao ministério pastoral.
Que o Carisma do Bom Pastor, Jesus Cristo, possa
iluminar os nossos caminhos, para a missão do Pai,
Filho e Espírito Santo.
08 Semana2
Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

2
Leia: João 10.1-18
O carisma que temos vem do Senhor Jesus, que é o
nosso modelo pastoral, referencial para realizar um mi-
nistério adequado. De igual forma, o carisma também é
da Igreja, enquanto Corpo de Cristo.
Nós, pastores e pastoras, recebemos do Senhor e da
Igreja, a formidável experiência de exercermos os nos-
sos dons e ministérios no rebanho do Senhor. Nessa
direção, não há espaço para promoções pessoais ou gru-
pais. Com humildade de coração devemos, realizar este
ministério experimentando o conselho do escritor de
Hebreus: “por isso, recebendo nós um reino inabalável,
retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo
agradável, com reverência e santo temor”(Hb. 12.28).

Para refletir: Ao analisar a vida de Jesus,


o que falta para o aperfeiçoamento do seu
exercício pastoral?

Ore ao Senhor pelo fortalecimento do seu mi-


nistério pastoral.
AnotaçÕes

2
09 Semana 2
Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

2
Leia: Atos 20.17-28
Diante da crise existente em nossa eclesiologia, é
preciso entender a importância do Carisma Pastoral, ou
seja, o seu papel docente na totalidade da vida da Igreja.
O Carisma não é só pessoal e, muito menos indivi-
dual, tem a ver com o todo da Igreja, e antes mesmo de
ser um carisma pessoal, é um carisma da Igreja. Este
ministério significou para a Igreja Primitiva, orienta-
ção em meio às influências danosas a Igreja, crises de
doutrinas e práticas.
Dentre os cristãos um pequeno grupo é destacado,
pela própria Igreja, como pessoas vocacionadas para
cuidar da comunidade de fé, zelar pela doutrina, por
meio de uma pregação bem feita e cuidadosa da Palavra
de Deus, bem como, ministrar corretamente os sacra-
mentos e cuidar pastoralmente de suas práticas.
Essas pessoas exercem seu ministério para que a
Igreja, mesmo em tempos de ameaças, permaneça fiel à
sua vocação e princípios.

Para refletir: hoje, quais são as ameaças


que enfrentamos dentro e fora do nosso re-
banho?

Oremos para que permaneçamos fiéis à nossa


vocação.
AnotaçÕes

2
10 Semana 2
Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

2
Leia: Mateus 28.18-20

É de extrema importância o exercício do carisma


pastoral. Um estudo do Rev. Dr. Duncan Reily prepa-
rado para o Colégio Episcopal, sublinha: “O mundo é
a minha paróquia. Esta frase foi dita por John Wesley
quando pregava sobre o túmulo de seu pai, após receber
a notícia de que não poderia pregar na igreja que seu pai
havia pastoreado por trinta e nove anos. A frase, céle-
bre, tem que ser vista como uma definição da vocação
ministerial do próprio Wesley. A história do movimen-
to metodista afirma que Wesley era ministro da Igreja
Anglicana; mesmo sem paróquia ou cargo definido, ele
serviu como pastor a diversos grupos que respondiam à
sua proclamação evangélica e ao chamado ao arrepen-
dimento pela fé”.

Para refletir: O testemunho de John Wes-


ley desafia-nos a viver o carisma pastoral de
forma abrangente, além das quatro paredes do tem-
plo e dos limites institucionais.

Oremos ao Senhor para que tenhamos ousadia


profética.
AnotaçÕes

2
11 Semana 2
Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

2
Leia: João 17.14-21
O Prof. Reily também destaca “é importante obser-
var que Wesley define sua responsabilidade pastoral ex-
trapolando os limites da comunidade dos fiéis. Wesley
insiste em afirmar que sua responsabilidade e o lugar
de sua tarefa ministerial é o mundo, e não o espaço
delimitado da comunidade de fé. Este enfoque “para o
mundo” da vocação ministerial de John Wesley põe em
destaque uma das características fundamentais da teo-
logia bíblica da missão de Deus. Para Wesley, é em dire-
ção ao mundo que Deus orienta sua missão redentora”.

Para refletir: Essa pauta wesleyana é muito


importante e precisa orientar sempre o exer-
cício do nosso ministério. O carisma que recebemos
é para servir o nosso povo.

Oremos para que esse foco seja mantido no nos-


so exercício ministerial.
AnotaçÕes

2
12 Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB
Semana 2

2
Leia: Atos 20.29-38
A religiosidade cristã que nos rodeia tem muitas ve-
zes assumido formas anárquicas de ministério pastoral
e sugere formas estranhas de eclesiologia, contrárias ao
que a Igreja Metodista entende como o modo próprio de
ser Igreja.
Esse contexto, associado aos meios de comunicação
e às estratégias de marketing, favorecem aventureiros/
as. A igreja fica ameaçada pela iniciativa particular e
pelo carisma inteiramente individualizado, próprio da
cultura atual.

Para refletir: “a Igreja de Cristo precisa ser


esculpida, receber a sua forma visível como
forma de Cristo, através do cinzel obediente. O/a
pastor/a têm sua autenticidade reconhecida quando
o carisma da Igreja de Cristo determina os carismas
individuais”.

Oremos para que o caráter de Cristo seja cada


vez mais visível em nosso corpo pastoral, em
nossa vida e na vida da nossa comunidade.

Para saber mais: Cinzel é um instrumento manual que possui em uma


extremidade uma lâmina de metal resistente muito aguçada. É usado
para entalhar ou cortar madeira, ferro, pedra, etc. Geralmente com auxí-
lio de um martelo. Também conhecido como formão. (fonte: Wikipédia)
AnotaçÕes

2
13 Semana 2
Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

2
Leia: Marcos: 1.14-20
Um dos marcos importantes para o fortalecimento
do carisma pastoral, a consciência do chamado – voca-
ção pastoral. “Vinde após mim, e eu vos farei pescado-
res de homens” (Mc. 1. 17). Deus chama para algo que
lhe pertence. Este chamado é parte do encontro e da
experiência com Ele. No ministério pastoral, a vocação
e a consciência do carisma são fundamentais para a re-
alização da missão na força do Espírito Santo.

Para refletir: Nós precisamos frequente-


mente rever nossos compromissos assumi-
dos no dia da nossa consagração ou ordenação. Você
tem revisto este compromisso?

Oremos para que Deus nos traga sempre à me-


mória a bela experiência do nosso chamado
pastoral.
AnotaçÕes

2
14 Semana 2
Carisma para o nosso Ministério Pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

2
Leia: Lucas 4.1-15

Outro marco importante é a consciência da necessi-


dade da unção de Deus. “Jesus, cheio do Espírito Santo,
voltou do Jordão, e foi quando pelo mesmo Espírito, no
deserto, durante 40 dias...” (Lc 4. 1,2a). “Então, Jesus,
no poder do Espírito Santo, regressou para a Galileia, e
sua fama correu por toda a circunvizinhança”(Lc 4.14).
É preciso viver sob a unção do Espírito para o exer-
cício da vocação pastoral. Não é possível que um pastor
ou uma pastora queiram exercer a vocação pastoral sem
a unção do Espírito Santo de Deus. Se Jesus necessitou
dessa unção, quanto mais nós. Todos os pastores e to-
das as pastoras pregam, mas pregar com unção, infeliz-
mente, nem todos e todas pregam. Quando pregamos
com unção as pessoas são quebrantadas, ocorrem con-
versões como resultado de uma mensagem ungida.

Para refletir: No seu dia a dia pastoral, você


consegue fazer essa distinção? Pregar sem un-
ção e pregar com a unção do Espírito Santo? Como?

Oremos para que a unção de Deus esteja sempre


presente na nossa vida.
AnotaçÕes

2
2
{ SEM A NA 3
A m ística
Bom Pasto do
r

ord
Alford Usher So
A mística do
Bom Pastor
T oda a nossa espiritualidade pastoral tem
como fundamento o seguir a Jesus Cristo. Ele
é a fonte de vida e missão. Sem o tom da pre-
sença de Jesus Cristo sob a ação do Espírito Santo, a
nossa pregação é vazia e sem vida.
3
A fonte da nossa mística está em Jesus e nos seus
ensinos. Não está na televisão, nos cantores/as, na
instituição igreja etc. O nosso ministério pastoral
precisa estar alicerçado na graça do Senhor Jesus, no
conhecimento do Filho de Deus, na esperança que
Ele traz, para que o mundo creia no poder reconci-
liador e transformador do Evangelho (João 17. 21;
Romanos 1.16-17; II Pedro 3.18).
A essência da mística do evangelho é o amor e é
nele que devemos cumprir o nosso ministério.
Que o nosso pastoreio seja realizado com fé, es-
perança e amor, em nome do nosso Senhor Jesus.
Amém!
15 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: João 19.28-30


Essa reflexão, à luz do tema: A mística do Bom Pastor,
coloca diante de nós que o ministério de Jesus Cristo
foi marcado pela mensagem da encarnação, da vivên-
cia, do compromisso, da obediência até o fim, quando

3
disse na cruz: “Tudo está consumado”. O Reino de Deus
foi a sua mensagem maior. Por isso, a mística (paixão)
do ministério de Jesus Cristo nos inspira e nos compro-
mete para realizar o nosso ministério de todo o nosso
coração, junto às pessoas e junto à comunidade.
Não tenha medo, ainda que tenhamos frio, fome e
sede no exercício do nosso ministério e na pregação da
mensagem do Reino. Ao clamarmos a Deus, Ele nunca
nos dará vinagre, mas sim, da água da vida, a mesma
água que deve jorrar de nós em nosso pastoreio.

Para refletir: “Sim, eu amo a mensagem da


cruz / Té morrer eu a vou proclamar / Levarei
eu também minha cruz / Té por uma coroa trocar”.

Oremos para que o mesmo sentimento que hou-


ve em Cristo Jesus permeie os nossos corações.
AnotaçÕes

3
16 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Mateus 25.35-46

O Evangelho, na verdade, é Jesus Cristo. O Filho de


Deus anunciou e viveu de forma integral e integradora
o Reino de Deus. O evangelista Mateus frisa: “ tal como

3
o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” ( Mt
20.28). Por isso, encontramos o movimento de Jesus
curando enfermidades, perdoando pecados, restau-
rando a alma ferida, libertando das forças contrárias à
vida, do apego a bens materiais, do legalismo, da exclu-
são, da morte etc. Esses sinais e outros apontam o com-
promisso de Jesus com a dignidade da vida humana,
que para ele é o mais importante. Assim sendo, Ele é o
Bom Pastor que traz vida e busca as suas ovelhas.

Para refletir: Que ensinamentos de Jesus


ainda se encontram como desafios para a sua
vida e ministério? Faça uma lista.

Ore para que possa vencer os desafios listados.


AnotaçÕes

3
17 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: João 21.15-17


A primeira mística que deve marcar o nosso pastoreio
é a certeza de que Deus espera que a pastora ou o pastor
o ame. Quando Jesus quis dar a Pedro a missão de pas-
toreio, e, através dele, a todos/as nós, não o interrogou
sobre a doutrina cristã. Jesus lhe fez três perguntas “Si-

3 mão, Filho de João, amas-me mais do que estes outros?


Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe
disse: apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-
-lhe pela segunda vez: Simão. Filho de João, tu me amas?
Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-
-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira
vez, Jesus lhe perguntou: Simão, Filho de João, tu me
amas? Pedro entristeceu-se por ele ter dito, pela tercei-
ra vez. Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes
todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus disse: apas-
centa as minhas ovelhas”( João 21. 15-17).
Se amarmos a Deus de todo o nosso coração e alma,
faremos a sua vontade e realizaremos a missão: “apas-
centa os meus cordeiros[...] pastoreia as minhas ove-
lhas[...], apascenta as minhas ovelhas.”

Para refletir: leia o texto bíblico e coloque o


seu nome no lugar de Pedro.

Ore para que o amor de Deus o/a motive a apas-


centar e pastorear as ovelhas do Senhor.
AnotaçÕes

3
18 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: I João 3.16-18


É de extrema importância numa sociedade sem alma
que o nosso pastoreio tenha mística (alma, ardor, pai-
xão). Dessa forma, Deus espera de pastoras e pastores
que amem as ovelhas que lhe são confiadas. A mística

3
do cuidar é fundamental no ensino de Jesus. Deus nos
escolheu para cuidarmos de seu rebanho. Jesus quer
que amemos o rebanho com o seu amor e que, se neces-
sário, demos a vida por ele.
Do mesmo modo que um comandante não abandona
o navio diante do perigo, o bom pastor não abandona o
rebanho. Temos que cuidar do rebanho como quem cui-
da de seus filhos e filhas, com todo amor, até que Cristo
venha buscar a sua Igreja.

Para refletir: Quais as marcas de um pasto-


reio que valoriza o cuidado?

Oremos em favor do nosso rebanho.


AnotaçÕes

3
19 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Mateus 10.1-25


A nossa mística pastoral inclui a prática de Jesus:
buscar os/as perdidos/as, as pessoas sem rumo, sem
foco, sem perspectiva. Por isso, um pastor ou pastora é,
acima de tudo, uma pessoa apaixonada pelas vidas (al-
mas) sem Deus. Seu zelo pelas vidas que estão longe de

3 Cristo o faz gemer por elas, se comover ao ver as crian-


ças na rua, os jovens drogados e o mundo sem Deus.
Esse sentimento o faz apaixonado/a pela evangeli-
zação, pelo serviço ao mundo, pela missão nacional e
internacional. A história da Igreja se fez com a presença
de muitos/as pastores/as que, sem preconceitos, acolhe-
ram pessoas, lideraram revoluções sociais, plantaram
avivamento espiritual, foram marcados pela paixão
por almas, por vidas sem Deus. E, por essas pessoas, se
afadigaram em seus ministérios, contagiaram igrejas,
afetaram sua geração com paixão e zelo.

Para refletir: Wesley disse: “Vocês não tem


nada a fazer, senão salvar almas. Portanto,
gastem tempo e sejam gastos nessa obra. Devem ir
sempre não apenas ao encontro dos que precisam de
vocês, mas principalmente daqueles que mais neces-
sitam de vocês”.

Oremos para o fortalecimento da paixão evan-


gelizadora nos nossos corações.
AnotaçÕes

3
20 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Isaias 61.1-11


Já ressaltamos a importância da mística do chama-
do e da capacitação. No entanto, devemos recordar que
não é a formação teológica que nos torna pastores e
pastoras, tampouco a ordenação, ou mesmo a nomeação

3
episcopal. Reconhecemos a importância desses elemen-
tos na vida pastoral, mas Deus é quem nos faz pastores/
as. Ele chama e capacita; o carisma faz a diferença.
George Whitefield disse aos pastores metodistas:
“estou persuadido de que muitos pregadores falam de
um Cristo que não conhecem e não sentem. Muitas con-
gregações estão mortas, porque homens mortos estão
pregando a elas”. Confiamos que esta sentença não se
aplique a nós, pastores e pastoras metodistas. Mas cada
um de nós precisa responder a esta questão com since-
ridade de coração.

Para refletir: A presença de Cristo na vida


do/a pastor/a é o primeiro fundamento para
a ação. Como você avalia a conclusão de George Whi-
tefield?

Oremos pela presença de Jesus Cristo na vida


dos pastores e pastoras da Igreja Metodista.
AnotaçÕes

3
21 Semana 3
A mística do Bom Pastor
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: João 10.1-18


Jesus é o bom pastor que “dá a vida” pelas ovelhas,
“conhece todas pelo nome”, alimenta-as com o “pão da
vida”, sacia a sua sede, com a “água da vida”. Guia-as
a pastos verdejantes, cuidando delas conforme a sua

3
realidade e necessidade. Para alcançar tal magnitude
pastoral e ministerial, o custo foi o “esvaziamento de
si mesmo”, a ponto de dar a sua vida por nós, de forma
injusta, na cruz. Não fugiu da cruz, enfrentou-a com co-
ragem e ousadia, pois era sabedor do “custo do seu mi-
nistério”. Sua fidelidade lhe proporcionou vencer a dor,
o sofrimento, a morte, os poderes malignos, triunfando
sobre eles, através da Ressurreição.
Ao enviar o Espírito Santo, Jesus nos capacita a ser-
mos testemunhas e a ministrar em Seu nome.

Para refletir: Numa Sociedade onde o ga-


nho, o lucro, o ter, o poder, o nome e o prazer
são considerados essenciais, como podemos conci-
liar a fidelidade ministerial com os valores a nós su-
gestionados ou impostos?

Oremos para que a misericórdia de Deus nos for-


taleça e nos mantenha como fieis pastores/as.
AnotaçÕes

3
3
{
Estilo de
vida
SEM A NA 4

eline Diener
art-sacre.net_Mad
4
Estilo de Vida
O nosso tema esta semana é estilo de vida. O
Prof. Gildasio Mendes define: “Estilo de Vida
é o nosso modo de viver e fazer escolhas que
vem ao encontro de nossa individualidade, gostos e
preferências [...] Estilo de vida está diretamente rela-
cionado com os valores”.
O Discipulado cristão é definido por nós, meto-
distas, como um estilo de vida, uma maneira de ser,
no expressar evangélico da nossa fé. É algo relacio-
nal que busca, à luz do próprio Cristo, fundamentar
a comunhão, convivência, comunicação e a formação

4
do caráter das pessoas relacionadas com o Senhor e
sua comunidade – a Igreja Corpo de Cristo. Essa foi a
maneira de ser do Senhor com a comunidade primi-
tiva, bem como a convivência inspiradora fraterna
e comunal do povo chamado metodista, a partir de
sua grande expressão, John Wesley.
Buscar este estilo de vida é morar no Evangelho.
Alguém disse que “para conhecer uma casa é preci-
so entrar e usar os cômodos que a compõem. Para
conhecer o Evangelho é necessário entrar nele, ver
os detalhes e pôr em prática o que ali se encontra:
é preciso entrar para estudar os pormenores e per-
ceber imediatamente como esta casa é bela, grande,
perfeita. É verdadeiramente a casa da Sabedoria.”
Moremos no ninho do Evangelho, numa atitude de
intimidade e de afetividade. Desejemos o estilo de vida
marcado pelos valores do Evangelho de Jesus Cristo!
22 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: I Pedro 5
Estilo é uma palavra muito usada na pós-modernida-
de. Há hoje, quem seja personal stylist, um/a profissional
responsável por fazer com que pessoas encontrem seu
estilo, sua imagem ideal para que sejam vistas no mundo.
Pensar sobre estilo de vida, não é pensar sobre ques-
tões furtivas da moda. Tem a ver com que imagem re-
fletimos? Que imagem Jesus Cristo deseja ver em nós?
Sobre essa última pergunta nós sabemos a resposta:
fomos criados/as à imagem e semelhança de Deus, cha-

4
mados/as a termos o caráter de Cristo.
Não é fácil viver um estilo de vida, à luz dos valo-
res do Evangelho de Jesus Cristo tanto na vida pesso-
al como comunitária. Viver um estilo de vida à luz do
Evangelho implica num processo de conversão perma-
nente, onde quebrantamento e arrependimento são
posturas determinantes.

Para refletir: Em tempos onde imagem que


se preze é aquela montada com roupas de
grifes, que nunca se repetem, Deus nos chama a nos
cingirmos de humildade diante de sua presença.

Oremos para que humildade, quebrantamento


e arrependimento sejam constantes em nosso
estilo de vida ministerial.
AnotaçÕes

4
23 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Mateus 22.37


João Wesley insistia na importância de um estilo de
vida para o povo chamado metodista. Em seu sermão “os
quase cristãos”, aponta: alguém disse que o inferno está
pavimentado de boas intenções. A questão principal,
portanto, permanece: o amor está derramado em seu co-
ração? Pode bradar: meu Deus é tudo! Você a nada deseja,
senão a Ele? Está feliz com Deus? Ele é a sua glória, seu
prazer,seu regozijo? Está escrito em seu coração o man-
damento “aquele que ama a Deus, também ama a seu

4
irmão”? Então você, ama o próximo como a si mesmo?
Ama a todo ser humano? Mesmo os inimigos? Mesmo os
inimigos de Deus, com a sua própria alma? Como Cris-
to amou você? Sim, crê que o Cordeiro de Deus tirou os
pecados e os lançou como uma pedra no fundo do mar?
E que cancelou o escrito contra você, removendo-o, a re-
missão de seus pecados? E o Espírito Santo testifica o seu
espírito que você é filho de Deus?”

Para refletir: “Amarás o teu próximo como


a ti mesmo”. Mt. 22.39b

Oremos para que o nosso exercício ministerial


seja canal irrestrito do amor de Deus para to-
das as pessoas.
AnotaçÕes

4
24 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Mateus 5.1-16


O estilo de vida da pessoa cristã está centrado nos
ensinos de Jesus Cristo. À luz das bem-aventuranças
podemos afirmar que humildade de espírito, mansidão,
fome e sede de justiça, compromisso com a vida, entre
outros valores do evangelho, precisam constituir a nos-
sa forma de ser, estar e atuar.
Estes valores se apresentam a nós como metas a se-
rem atingidas em prol de um estilo de vida cristão. A
abnegação de Paulo (Fp.3-12-16) pode e deve ser um

4
exemplo para nós, a contrição de Davi (Sl.51) também,
haja vista que em nossa longa jornada cristã, corremos
o risco de nos acomodarmos, nos rebelarmos, como
aconteceu com Saul (I Sm 15).
Ser sal da terra, ser luz no mundo, são imperativos
para um estilo de vida cristã, para um estilo de vida
pastoral. Sente-se insípido? Ore a Deus. Sente-se sem
brilho? Clame a Deus.

Para refletir: “Fiel é Deus, pelo qual fostes


chamados à comunhão de seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor” I Co 1.9

Oremos e confessemos os nossos pecados ao Se-


nhor, apresentemos a Ele as nossas dificuldades
em termos do verdadeiro estilo de vida cristã.
AnotaçÕes

4
25 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Salmo 63
O nosso ministério pastoral deve ser bem cuidado.
Não podemos perdê-lo. Paulo diz: “quando, porém, ao
que me separou antes de eu nascer e me chamou pela
sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que
eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consul-
tei carne e sangue” (Gálatas 1. 15-16). Esta mensagem
ilustra o estilo de vida vocacional que nós, ministros e
ministras do Evangelho, devemos ter.
Lembremo-nos de um conselho: “não somos, sobre-

4
tudo os defensores da moral e das leis, os propagandis-
tas da religião, somos testemunhas do Ressuscitado,
que conquistou o seu título de Príncipe da Paz, tornan-
do-se o Cordeiro imolado por amor aos homens e às
mulheres, por fidelidade ao Pai, fonte de amor”. O estilo
de vida pastoral tem o seu fundamento na graça divina,
que chega de forma transformadora e santificadora na
vida de cada um de nós, tendo ressonâncias relevantes
no nosso testemunho cristão.

Para refletir: Nossas pregações têm aju-


dado as pessoas a construirem um estilo de
vida na Palavra de Deus?

Oremos para tenhamos uma palavra pastoral


que apregoe o ano aceitável do Senhor!
AnotaçÕes

4
26 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Isaias 45.22


A respeito da construção de um estilo de vida inte-
rior, Tomás de Kempis (1379-1471) em seu livro: Imi-
tação de Cristo, ajuda-nos: “quanto mais puro for o teu
olhar, com mais segurança atravessarás todas as tem-
pestades. São muitos que perdem a pureza do olhar.
Muita gente, voltada para o que dá prazer, tem o olhar
voltado pela busca de si mesmo, como os judeus que
vieram a Betânia não por causa de Jesus, mas para ver
Lázaro (João 12,9), Marta e Maria. É preciso, pois, pu-

4
rificar o olhar do coração para que, com simplicidade e
retidão, se fixe todo em Deus”.

Para refletir: Mais pureza dá-me/mais hor-


ror ao mal/mais calma em pesares/mais alto
ideal/mais consagração/mais gozo em servir-te/mais
inspiração.
Mais prudência, dá-me/mais paz, ó Senhor/mais fir-
meza, em Cristo/mais força na dor/mais leal, me tor-
na/mais humilde filho/mais grato e exemplar.
Mais confiança dá-me/mais vida em Jesus/mais da
sua luz/mais rica esperança/mais obra aqui/ mais ân-
sias da glória/mais ânsia de ti.
[A. F. C.] H.E. 271

Oremos para que Deus nos dê tudo isso.


AnotaçÕes

4
27 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Atos 2.42-46


Dentre os Elementos Fundamentais da Unidade Wes-
leyana, ressaltamos para a nossa reflexão, a respeito
do estilo de vida cristã de cada metodista, o seguinte
trecho: “O metodismo afirma que a Igreja, antes de ser
uma organização ou um grupo social, é uma comuni-
dade, um organismo vivo, uma comunidade de Cristo
(Ef 1.22-23; 1 Co 12.27). Sua vivência deve ser expressa
como uma comunidade de fé e serviço (At 2. 42-47; Rm
12.9-21).

4
Nessa comunidade, metodistas são despertados/as,
alimentados/as, crescem, compartilham, vivem juntos,
expressam sua vivência e fé, edificam o Corpo de Cris-
to, são equipados/as para o serviço e o expressam junto
das pessoas e das comunidades”.

Para refletir: O estilo de vida na perspec-


tiva metodista não é só pessoal, mas carac-
teriza-se por um carisma comunitário. Por isso,
assim como Wesley, é preciso enfatizar que tornar
o cristianismo uma religião solitária é, na verdade,
destruí-lo. Sendo assim, uma pergunta: como aper-
feiçoaremos o estilo de vida comunitário?

Oremos para que Deus nos mostre o caminho a


seguir.
AnotaçÕes

4
28 Semana 4
Estilo de vida
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: 1 Pedro 2.1-10


Dentro das ênfases estabelecidas pelo 19o Concílio
Geral da Igreja Metodista, sublinhamos: “promover o
discipulado na perspectiva da salvação, santificação e
serviço”. Nessa direção, a Igreja aponta a importância
do discipulado como modo de vida, ou ainda – estilo
de vida. “O Discipulado, à luz do próprio Cristo, fun-
damenta a comunhão, a convivência, a comunicação e
a formação do caráter das pessoas relacionadas com o
Senhor e com a sua comunidade.” Essa tríade definida

4
pelo Concílio Geral – salvação, santificação e servi-
ço – fundamenta um discipulado marcado pelo pasto-
reio santificador.

Para refletir: O pastoreio de pastores e pas-


toras tem sido um método importante para o
aprofundamento da espiritualidade pastoral (estilo
de vida). O pastor e a pastora não podem viver a vida
do pastoreio no isolamento. Temos buscado apoio,
comunhão e um discipulado encorajador no pasto-
reio de pastores e pastoras?

Oremos para que o pastoreio de pastores e pas-


toras seja cada vez mais fortalecido nas regiões
eclesiásticas e promova salvação, santificação
e serviço.
AnotaçÕes

4
4
{ SEM A NA 5
Pastorea n
reba n ho
do o
de Deus

5
Cristão or
Arquivo Exposit
Pastoreando o
rebanho de Deus
J esus, prestes a retornar ao Pai, tem a firme
convicção da necessidade de pastoreio do re-
banho formado por Ele. Ciente das necessida-
des físicas, mentais, emocionais, relacionais, sociais
e espirituais do rebanho (cf. Mt. 9. 35-38), Ele se
compadece do povo e vocaciona a sua comunidade ao
“pastoreio”.
Há vários motivos que nos levam a pastorear, con-
tudo o fundamental é o “amor a Cristo e a compaixão
pelas ovelhas – pessoas e comunidade”.
Sem conhecer e estar com as “ovelhas”, o pastoreio
é superficial e até impossível. É na convivência, no
contato contínuo, na visitação, no acompanhar nas
horas de crise que visualizamos as maiores carências
das ovelhas e somos motivados/as e enviados/as ao
“cuidado pastoral”. Deus nos tem confiado um “reba-
5
nho”, do qual Ele é o Pastor e nós, pastoreados/as por
Ele, somos enviados/as a pastorear.
Nessa semana, vamos avaliar quais os motivos
que têm nos guiado em nosso pastoreio, os desafios
que temos encontrado e os frutos que temos colhi-
do nessa nobre tarefa. Disponha-se a pensar e agir a
esse respeito.
29 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Mateus 11.28-30


Para pastorearmos, precisamos ser “pastoreados/
as”. Diante das contingências do tempo presente, das
nossas carências, preocupações e crises, torna-se ne-
cessário o “ser pastoreado/a”. Intimamente, temos essa
necessidade: sermos pastoreados/as pelo “Senhor”; vi-
ver a nossa intimidade com Ele; deixá-lO nos nutrir e
sustentar. Deus nos convida a permanecermos junto a
Ele, seu jugo é suave, seu fardo é leve.
Carecemos, também, do pastoreio que acontece na
convivência e na comunhão com nossos/as colegas,
amigos e amigas, pessoas que cuidam umas das outras.
Não podemos nos fechar em torno de nós mesmos,
pois precisamos nos abrir e compartilhar nossas an-
siedades, angústias, carências e felicidades. Por vezes,
desconfianças, decepções, nos impedem de nos aproxi-

5 marmos de outras pessoas. O Senhor quer transformar


isso em nossas vidas. Encoraje-se, permita-se viver essa
especial experiência de comunhão e pastoreio.

Para refletir: Como posso investir tempo


para aprofundar comunhão, partilhar e ca-
minhar junto com colegas de pastoreio?.

Oremos para o fortalecimento da nossa intimi-


dade com Deus e da nossa comunhão com os/as
colegas pastores e pastoras.
AnotaçÕes

5
30 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Marcos 10.13-16


As crianças tiveram um tratamento especial por
parte de Jesus Cristo. O Bom Pastor contrariou uma
cultura de negação dos pequeninos e pequeninas. Ele
as abraça, as acolhe e as abençoa e, assim, ensina as pes-
soas, principalmente aos discípulos que com Ele anda-
vam, a importância do cuidado e do amor que deveriam
demonstrar às crianças a todo o tempo..
Abençoe as crianças, brinque com elas, pense em
ações solidárias para as mesmas, preocupe-se com a sua
educação cristã, fale com elas, de forma que possam en-
tender a importância de Deus Pai, Filho e Espírito San-
to em suas vidas e famílias.

5 Para refletir: Wesley escreveu as Regras


para um Ajudante. Nelas achamos: “onde há
10 crianças numa sociedade, reúna-se com elas pelo
menos uma hora por semana; converse com elas
cada vez que encontrar a qualquer uma delas em
casa; ore sinceramente por ela.” (Wesley e as crianças,
prof. Duncan Reily)

Oremos pelas nossas crianças, lembrando que


todas as crianças são nossas crianças.
AnotaçÕes

5
31 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: João 10.1-18


Jesus é o bom pastor que “dá a vida” pelas ovelhas,
“conhece todas pelo nome”, alimenta-as com o “pão da
vida”, sacia-as com a “água da vida”. Para que isso fos-
se possível, foi preciso o “esvaziamento de si mesmo”,
a ponto de dar a sua vida por nós na cruz. Não fugiu
da cruz, enfrentou-a com coragem e ousadia, sabia do
“custo do seu ministério”. Foi sua fidelidade que lhe
proporcionou vencer a dor, a morte, o mal, triunfando
sobre eles, através da Ressurreição.
Nossa caminhada pastoral está recheada de experi-
ências positivas, frutos da nossa fidelidade e dependên-
cia de Deus. Relembrar tais experiências se faz impor-
tante para iluminarmos nossos passos e alimentarmos
nossos corações. Estejamos certos/as de que o Senhor

5
está conosco e nos capacita no ministério de pastoreio.

Para refletir: Liste as experiências positi-


vas e negativas do seu ministério pastoral.
Com certeza, você verá a fidelidade de Deus presente
em todas elas.

Oremos para que a misericórdia de Deus nos


fortaleça e mantenha como pastores/as.
AnotaçÕes

5
32 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Mateus 9.35-38


Jesus exercia o seu ministério caminhando por toda
a parte. Certa ocasião, encontrou o povo “exausto”,
“aflito”, “cansado” como ovelhas que não tinham pas-
tor. Esse quadro encheu-o de “compaixão”, levando-o
a ansiar por “pastores/as”, “trabalhadores/as”, que se
adequassem às necessidades das ovelhas e que as cui-
dassem compassivamente.
As pessoas vivem momentos de aflição, violência,
descaso, abandono. As carências são de toda nature-
za. Uma das maiores necessidades de nossa época é o
pastoreio. O povo, as comunidades, as famílias vivem
como “ovelhas que não têm pastor”. O Senhor clama
por “pastores/as, obreiros/as” que compassivamente
pastoreiem o ser humano e a comunidade desse tempo

5
pós-moderno.

Para refletir: Jesus nos escolheu e cha-


mou-nos pelo nosso nome, nos instruiu,
nos enviou ordenando-nos que fôssemos às ovelhas
perdidas.

Oremos para que Ele nos ajude a atender a cada


dia e situação, o chamado de Jesus.
AnotaçÕes

5
33 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: II Coríntios 4.7-15


Paulo considera o seu ministério como um “vaso de
barro”, que carrega dentro de si a excelência do poder de
Deus. Ele testifica a respeito de momentos difíceis enfren-
tados: tribulação, perseguição, incompreensão, abandono.
Contudo, o Senhor o supriu, consolou e animou.
Somos “um vaso de barro” que tem dentro de si a exce-
lência do Evangelho de Cristo. Temos um ministério: não
pregamos a nós mesmos, mas, a Cristo Jesus como Senhor.
Por vezes, vivemos situações difíceis com o rebanho
que o Senhor nos tem confiado. Há dificuldades de am-
bas as partes: insubmissão e rebeldia do povo e falta
de convivência e pastoreio adequado. Ao enfrentarmos
crises, nem sempre devemos perguntar-nos: “Por quê?”,
mas, sim: “Para quê?”. Assim, permitimos o agir de

5
Cristo em nossas vidas, famílias e ministérios.

Para refletir: Como tenho reagido diante


das dificuldades vivenciadas? Em que me-
dida tenho conseguido buscar o aperfeiçoamento, a
dependência de Deus ao enfrentar as dificuldades?

Oremos para perceber a vontade de Deus nas


experiências que vivenciamos no exercício do
pastoreio.
AnotaçÕes

5
34 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Atos 4.32-35


O maior fruto a se colher no pastoreio do rebanho
é a vivência da fé em Jesus Cristo, que fundou a Igreja
e, cuja presença é o centro de união entre os discípulos
e discípulas no zelo e ardor de anunciar a mensagem
reconciliadora do Evangelho.
A presença de Cristo na comunidade enche-a de vitali-
dade, supera distâncias e torna-a capaz de viver como ir-
mãs e irmãos, reunidos/as na oração, nos ensinamentos
dos apóstolos e na Santa Ceia. É na força da solidarieda-
de, “com alegria e singeleza de coração”, testemunhando
o serviço abnegado e as grandezas do amor de Deus, que
a Igreja pastoreia a comunidade onde está inserida.
Como pastores e pastoras, somos desafiados/as a
educar a Igreja e transformá-la em comunidade tera-

5
pêutica e discipuladora.

Para refletir: “o lugar para agir, missiona-


riamente, a partir da igreja local, é o bairro, a
cidade, a nação e o mundo, privilegiando a todos que
sofrem as múltiplas formas de opressão e injustiças”.
(Plano Nacional Missionário 2012-2016)

Oremos para que a nossa comunidade se cons-


titua a cada dia como comunidade terapêutica
e discipuladora.
AnotaçÕes

5
35 Semana 5
Pastoreando o rebanho de Deus
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: I Timóteo 4.14-16 e II Timóteo 1.6-8


Timóteo é orientado no seu ministério: “não menos-
preze o dom de Deus que há em ti...”. O dom ministerial
deve ser cuidado com zelo e valor. Em 2 Tm. 1.6-8 se
tem a impressão que algo aconteceu com Timóteo para
que Paulo o admoestasse. Uma situação como essa pode
ocorrer conosco. É hora de avaliar, revisar e em Cristo,
revitalizar nossa vocação.
Paulo disse: “Cuida de Ti mesmo”!. É preciso cuidar
de nós mesmos, nossa família, em todos os aspectos:
físico, mental, emocional, relacional, ético, moral, espi-
ritual, social, econômico. Essa é a responsabilidade que
temos para que o “dom” não venha a ser menosprezado
e desvirtuado.

5 Para Refletir: Em primeiro lugar, sou uma


pessoa. Preciso dar prioridade ao meu rela-
cionamento com Deus; Em segundo lugar, sou um/a
colaborador/a. Preciso dar prioridade ao meu rela-
cionamento com minha família. Em terceiro lugar,
sou pastor/a. Preciso dar prioridade ao meu ministé-
rio (Bíblia da liderança cristã).

Oremos para que essas prioridades sejam ver-


dades em nossas vidas.
AnotaçÕes

5
5
{ SEM A NA 6
Renovando
experiênc a
ia vocaci
onal

6
Divulgação
Renovando a
experiência vocacional

P or agora, vivemos as experiências do tempo


pascal. Essas experiências podem inspirar a
renovação do nosso ministério pastoral. Para
isso, devemos ter em mente que a nossa vivência pas-
toral tem a garantia da ressurreição de Jesus Cristo.
Nós, pastores e pastoras, somos convocados/as
pelo Senhor a um tempo de experiência de revitali-
zação vocacional para irmos ao encontro das pessoas
que o Senhor nos tem confiado.
Deixemo-nos modelar pelos influxos do Espírito
Santo para ficarmos mais perto daquele que é o nos-
so maior referencial: Jesus Cristo, o Bom Pastor.

“Enche-me Espírito, mais que cheio quero estar


Eu menor dos Teus vasos, posso muito transbordar”

[Vencedores por Cristo]

6
36 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: 2 Timóteo 1.6-8


É extraordinária essa recomendação do Apóstolo
Paulo: “por essa razão, pois, te admoesto que reavives
o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas
mãos”. É certo que o dom recebido precisa ser reaviva-
do, revitalizado permanentemente. Nessa senda, não
há espaço para o comodismo no exercício do dom e do
ministério.
A experiência da graça de Deus precisa revitalizar o
nosso testemunho pastoral, a fim de que ele produza os
frutos do Espírito.

Para refletir: você se recorda do dia de sua


ordenação presbiteral ou consagração pasto-
ral? O que você sentiu naquele dia?

Oremos: “Oh! Senhor Deus, Pai dos céus, sou


realmente indigno/a do ofício e do ministério,
no qual devo fazer conhecida a tua glória, edu-

6
car e servir esta congregação. Mas desde que tu
me indicaste para ser um/a pastor/a e mestre/a,
e, desde que o povo precisa do ensino e da ins-
trução, sê tu o meu ajudador [...]” (Esta é parte
da Oração de Martinho Lutero, confira-a na íntegra no
Ritual da Igreja Metodista).
AnotaçÕes

6
37 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: 2 Timóteo 1.6-12


Paulo continua “porque Deus não nos tem dado es-
pírito de covardia, mas de poder, de amor e de mode-
ração” (v.7). São esses os elementos decisivos para uma
prática pastoral docente: poder, amor e moderação.
Em outra ocasião, o mesmo apóstolo declara: “Por-
que as armas da nossa milícia não são carnais, e sim,
poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulan-
do nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensa-
mento à obediência de Cristo” (2 Co 10. 4-5).
Não estamos imunes às lutas, sofrimentos e desafios
advindos do pastoreio. Por isso, carecemos de uma per-
manente experiência da revitalização do nosso minis-
tério pastoral.

Para refletir: Paulo pede a Timóteo solida-


riedade no sofrimento: “pelo contrário, par-
ticipa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho,
segundo o poder de Deus” (v.8b). Será que precisa-

6
mos pedir a Deus que Ele reavive em nós, este “dom
do sofrimento”, diante de tanta insensibilidade?

Oremos para que sejamos mais solidários/as


com nossa comunidade de fé e com nossas/os
irmãs e irmãos do ministério pastoral.
AnotaçÕes

6
38 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Josué 3.5-7


Uma das ênfases do Plano Nacional Missionário
(PNM) aprovado no último Concílio Geral consiste em:
“revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo
nos vários aspectos da missão” (p.20).
O PNM prevê uma reafirmação, no altar do Senhor,
dos votos pastorais. Nós somos chamados/as a zelar
pela pura pregação da Palavra; ministrar corretamente
os sacramentos; zelar pelas marcas essenciais da igreja
e cuidar da comunidade missionária como um todo.
A sociedade pós-moderna enfatiza o mercado, o con-
sumo, o individualismo. Isso tem retirado do coração do
povo de Deus, a paixão pela missão. Nós, metodistas,
somos convocados e convocadas ao quebrantamento, à
confissão de pecados para, consequentemente, experi-
mentarmos do renovo do Senhor e andarmos de modo
digno da vocação a que fomos chamados/as (Efésios 4.1)

Para refletir: O PNM prevê uma reafirma-


ção, no altar do Senhor, dos votos pastorais.

6
Você considera importante para a sua vida renovar
os votos pastorais?

Oremos a partir deste chamado: “Santificai-


-vos porque amanhã o Senhor fará maravilhas
no meio de vós” Josué 3.5.
AnotaçÕes

6
39 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Daniel 9.4-19


Nós, pastoras e pastores no exercício do episcopado,
no pastoreio da Igreja, convidamos vocês, companhei-
ros e companheiras na missão, a um tempo de medita-
ção para revitalização da nossa experiência vocacional.
Reflitamos sobre:
• Nossa estreiteza missionária, na evangelização do
nosso povo excluído da vida abundante prometida por
Jesus Cristo (Jo 10.10).
• Nossa desunião, impiedade com as pessoas que
pensam diferente de nós.
• Nossa indisciplina pessoal.
• Nossa visão consumista e materializada da vida e,
consequentemente, rendida à sedução do mercado.
• Nossa dureza de coração, frente às demonstrações
da graça de Deus na vida da Igreja e do mundo.

Para refletir: Analise cada item tendo em


mente as palavras de Daniel: “Ó Senhor, a

6
nós pertence o corar de vergonha” (Dn 9.8).

Oremos para que tenhamos a postura de Da-


niel: Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Se-
nhor, atende-nos e age (Dn 9.19).
AnotaçÕes

6
40 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Daniel 9.11-19


Ainda em tempo de meditação, pensemos sobre:
• Nossos desníveis e desencontros visíveis e invisí-
veis, no que diz respeito às relações interpessoais.
• Nossas mágoas, rancores, ódios, rixas, ofensas, re-
tidas nos porões do nosso inconsciente, que precisam
de libertação imediata pelo perdão e reconciliação.
• Nossas dívidas em relação a Deus e ao próximo.
Muitas vezes, nossos relacionamentos encontram-se
gastos, corroídos, poluídos pelo orgulho, inveja, ciú-
mes, rancores e a mania de grandeza.
• Nossos condicionamentos querendo “aprisionar o
Espírito e Sua Palavra” numa sessão conciliar, bem como
nossos conceitos e preconceitos que comprometem a dig-
nidade de pessoas e a governabilidade da Igreja.

Para refletir: Abrir-se à ação do Espírito


Santo requer de nós humildade, esvaziamen-
to, quebra de orgulho, de superioridade, de vangló-
ria e de qualquer sentimento que fira o “sentimento

6
que houve em Cristo Jesus” (Fp 2.5).

Oremos: “ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-


-nos e age; não te retardes, por amor de ti mes-
mo, ó Deus; porque a tua cidade e o teu povo são
chamados pelo teu nome” (Dn 9. 19).
AnotaçÕes

6
41 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Salmo 51
Renovar a experiência vocacional implica em “dispor-
-se para”. Nesse sentido, possivelmente, um dos grandes
desafios são as relações interpessoais. Isso não é tão fá-
cil. Exige-se disposição para ir ao encontro da outra pes-
soa. É difícil discordar sem aborrecer-se e sem aborrecer
o/a outro/a, não é fácil viver sem reagir, mas sim agir,
esvaziar-nos de nosso egoísmo e seus mais variados dis-
farces: orgulho, vaidade, ciúme, inveja, arrogância, ma-
nia de grandeza, sentimento de inferioridade, mania de
“desmancha prazer” e ser do contra.
A tarefa de melhorar as nossas relações interpesso-
ais é gigantesca. Contudo, é uma necessidade que se
impõe agora, especialmente em nosso ministério pas-
toral, ministério que exige, fundamentalmente, uni-
dade e comunhão. Por isso, essas virtudes precisam
ser cultivadas em todos/as nós, a fim de que o nosso
ministério pastoral testemunhe a graça reconciliadora
de Jesus Cristo. No divã divino, torna-se real o dito
socrático: “Conhece-te a ti mesmo”, mas, conheça tam-

6
bém a Deus.

Para refletir: Sua vida devocional é madura


a ponto de aperfeiçoar suas relações inter-
pessoais?
Oremos para que o Senhor avive a nossa expe-
riência vocacional e aperfeiçoe as nossas rela-
ções interpessoais.

AnotaçÕes

6
42 Semana 6
Renovando a experiência vocacional
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Ageu 1.5-8 e Mateus 6.33-34


Era tempo de escassez, fome, sede e frio. Era tempo
para que a palavra profética anunciasse reconstrução,
renovação. A essa gente sofrida, o profeta Ageu orienta:
subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa (v.8).
Escassez, fome, sede, frio, por vezes estão presentes
em nossa caminhada ministerial, é nesse tempo que
precisamos atentar a esse dito profético de Ageu. Subi
ao monte, aproxime-se de Deus, trazei madeira, busque
nessa relação de intimidade, a força, a coragem e a san-
tificação necessárias para reconstruir a casa, ou seja, o
lugar da habitação dEle em sua vida. Não abra mão do
seu chamado pastoral.
Restaure-se na presença do Senhor, exponha-se à
sua Graça renovadora e santificadora para que, como
profeta e profetisa de Deus, possas conduzir o povo em
uma vida de santificação que priorize o Reino de Deus.

Para refletir: Buscai, pois, em primeiro lu-

6
gar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. Mt 6.33

Oremos para que nos sintamos, a cada dia, re-


novados para o cumprimento da missão que a
nós foi destinada.
AnotaçÕes

6
6
{ SEM A NA 7
A u nç ã o
Sa nto na
do Espíri
vida p as
to
toral

art.bible.net

7
A unção do Espírito Santo
na vida pastoral
“Subi ao monte e trazei madeira”

É tempo de preparação para a celebração do


Pentecostes, da chegada do Espírito Santo
como aquele que atualiza a presença de Jesus
Cristo entre nós.
Convidamos o ministério pastoral para medi-
tar sobre o poder do Espírito Santo no exercício do
pastorado. Lembrar dessa data é rememorar as ma-
nifestações da graça de Deus na vida do povo. Seu
objetivo é revelar às pessoas, o propósito salvador e
reconciliador de Jesus Cristo.
Do livro Elementos Fundamentais da Unidade Me-
todista – Herança Metodista – destacamos: “O meto-
dismo proclama que o poder do Espírito Santo é fun-
damental para a vida da comunidade de fé, tanto na
piedade pessoal como no testemunho social (Jo 14.
16-17). Somente sob a orientação do Espírito Santo,
a Igreja pode responder aos imperativos e exigências
do Evangelho, transformando-se em meio de graça
significativo e relevante às necessidades do mundo
(Jo 7-11; At 1.8, 4,18-20)”.
Deixemos que o Espírito Santo aja em nós, para
que sejamos pastores e pastoras, discípulos e discí-
pulas. Amém!
7
43 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: João 21.18-23


Com certeza, os estudiosos na história do metodis-
mo poderão afirmar que Stanley Jones foi um das pes-
soas mais importantes do cenário da Igreja Metodista
no século 20. Testemunhou com bravura os caminhos
do Evangelho de Jesus Cristo, como missionário na
Índia e testemunhou, com frutos, o poder do Espírito
Santo em sua vida missionária.
Esse missionário norte americano enfatizou: “até o
dia de Pentecostes, os apóstolos foram obreiros inefi-
cientes. Lemos que mesmo depois que Jesus Cristo res-
suscitara, seus discípulos e discípulas estavam atrás de
portas fechadas, com medo. O maior evento que já se
deu na história do mundo, a ressurreição de Cristo, tinha
ocorrido e eles o tinham visto, mas por medo tinham se
escondido. As suas mentes estavam convencidas de que
Ele estava vivo, mas o subconsciente estava com medo”.

Para refletir: Quais são os nossos medos no


exercício do nosso ministério? De que ma-
neira o Espírito Santo poderá mudar esse cenário em
nossa vida pessoal e comunitária?

Oremos para que o Espirito Santo aja em nós,


transformando nossa vida pessoal e comuni-

7 tária.
AnotaçÕes

7
44 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Atos 17.1-9


Ainda sobre os discípulos e discípulas, Stanley Jones
afirma: “Então, no cenáculo, por dez dias, eles espera-
ram. Foram os dez dias que transformaram o mundo.
Saíram daquele Cenáculo, diferentes. Entraram no ce-
náculo como crentes tímidos, mas saíram como apósto-
los irresistíveis. E nos próximos trinta anos, eles iriam
transformar toda a estrutura da sociedade. Eles rever-
teram todos os valores da antiguidade. Eles colocaram
o rio da história humana em novos leitos. Viraram o
mundo de cabeça para baixo”.

Para refletir: Hoje vivemos um pastorado


tarefeiro. São muitas tarefas na igreja lo-
cal, bem com na própria instituição. Neste tempo
de Pentecostes, somos desafiados/as a avaliarmos
o que temos priorizado em nossa agenda pastoral e
aliviarmo-nos desse ministério tarefeiro.

Oremos para que o Espírito Santo nos dê ousa-


dia e nos ajude a realizar a obra confiada aos

7
primeiros discípulos e discípulas.
AnotaçÕes

7
45 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Atos 1.6-8


“Nós temos que redescobrir este poder, porque Pe-
dro nos diz que o dom do Espírito Santo é para todos
que o seguem, para os filhos, para todos que creem no
futuro. E nós cremos e nós estamos na linhagem desta
sucessão para receber esse poder.” Por isso, a presença
revitalizadora do Espírito Santo na vida de cada um de
nós, bem como na comunidade de fé, gera santidade,
mais sanidade”. Stanley Jones

Para refletir: Na perspectiva do Espírito


Santo, como entender santidade e sanidade
no exercício do ministério pastoral?

Oremos para que o Espírito Santo conceda-nos


santidade e saúde em nossa prática pastoral.

7
AnotaçÕes

7
46 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Lucas 4.16-21


O poder do Espírito Santo na vida pastoral e da co-
munidade tem por objetivo à missão evangelizadora.
Haroldo Segura destaca em seu livro Para que serve a
espiritualidade :“faz-se necessária uma nova doutrina
do Espírito Santo, para que a Igreja abandone a comodi-
dade de suas estruturas clericais, deixe de olhar para si
mesma e se dirija ao mundo, para servi-lo em nome de
Cristo. Essa pneumatologia deverá lembrar-nos da pre-
sença de Deus nas dimensões corporais, sociais e mate-
riais da vida. Deverá ressaltar a ação criadora do Ruah
de Deus, que “pairava por sobre as águas” (Gn 1.2), e
que conduz às ações extraordinárias”.

Para refletir: O Espírito Santo é aquele que


atualiza a presença de Jesus Cristo entre nós.
Nossa pregação e testemunho tem revelado Jesus
Cristo entre nós?

Oremos ao Senhor por uma ação transforma-


dora do Espírito Santo no exercício dos nossos

7
dons espirituais.
AnotaçÕes

7
47 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Romanos 8.1-11


Não podemos esquecer da importância mística do
dia 24 de maio. Nessa data, o fundador do metodismo,
Rev. John Wesley – experimentou profundamente a
graça salvadora, justificadora e santificadora em sua
vida pessoal. É a experiência conhecida como “Coração
Aquecido”.
Essa data traz à nossa memória muitos desafios: o
avivamento, santidade, evangelização, despertamento
espiritual, etc. Fica um legado: o caminho de acesso a
Deus não passa somente pela capacidade intelectiva,
mas também por uma experiência transformadora da
graça de Deus no íntimo da nossa existência. Por isso,
é vital uma atitude de despojamento à ação renovadora
do Espírito Santo.

Para refletir: Neste dia especial para o me-


todismo mundial, agradeçamos pela oportu-
nidade e privilégio de pastorearmos uma Igreja que é
marcada por uma tradição de fé comprometida com
oração e ação (piedade e misericórdia).

Oremos a oração que Jesus nos ensinou.

7
AnotaçÕes

7
48 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Efésios 5.14-21


Precisamos do Dom do Espírito Santo. Como desta-
caram o bispo Walter Klaiber e o Rev. Manfred Mar-
quard no livro ‘Viver a Graça de Deus – Um Compêndio
de Teologia Wesleyana’ “O dom do Espírito de Deus não
é estático, dado só uma vez, mas se coloca dentro de um
processo dinâmico, que se abre sempre para novos co-
nhecimentos e certezas, que nos arma com poder para
novos serviços e desafios e nos mostra novos caminhos.
Esta concepção dinâmica da ação do Espírito é total-
mente neo-testamentária: também para os cristãos que
foram ‘selados com o Espírito Santo, que foi prometido’
(Ef 1.13) vale a oração que Deus lhe dê o Espírito de
sabedoria e de conhecimento”, a fim de conhecer mais
e mais (1.17), e são admoestados: “Enchei-vos do Espí-
rito”(5. 18).

Para refletir: Pastores e Pastoras, – vocês


estão abertos/as para a novidade da ação do
Espírito na vida pessoal, familiar e pastoral? Dese-
jam buscar novos caminhos pelo revestimento do
Espírito Santo?

Oremos para que o Espírito Santo nos santi-


fique e nos abra para o processo dinâmico dos

7
novos conhecimentos e certezas.
AnotaçÕes

7
49 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Efésios 4.1-6


Hoje, vivemos uma profunda crise de unidade no
Corpo de Cristo. Há muita “Babel” e pouco “Pentecos-
tes”, ou seja, muita divisão religiosa, muito discurso,
mas pouca prática de vida cristã. O tempo de Pentecos-
tes sinaliza uma contundente mensagem de unidade
cristã. O Espírito Santo gera na vida da Igreja, unidade
na diversidade dos dons e ministérios. Nós, pastores e
pastoras, temos um grande compromisso e desafio: “es-
forçando-vos diligentemente por preservar a unidade
do Espírito no vínculo da paz” (Ef. 4.3).

Para refletir: Podemos dizer que em nos-


sa história as divisões ocorridas nas nossas
igrejas tiveram, muitas vezes, uma ação pastoral in-
dividualista?

Oremos para que o Espírito Santo gere em nós,


espírito de concordância naquilo que é essen-
cial para o avanço da missão de Deus.

7
AnotaçÕes

7
50 Semana 7
A unção do Espírito Santo na vida pastoral
oDOM oSEG oTER oQUA oQUI oSEX oSAB

Leia: Atos 2.1-4


É chegado o dia de celebração do Pentecostes!
É em Pentecostes que acontece “o derramamento do
Espírito Santo sobre o pequeno grupo de discípulos em
Jerusalém. Cumpre-se assim, a promessa dos profetas
e de Jesus. Encerra-se o período da espera e da prepara-
ção dos discípulos. Abre-se uma nova época da história
salvífica, na qual o Espírito será a fonte de dinamismo
da Igreja e do seu testemunho.
O Espírito manifesta-se, inicialmente, como um fe-
nômeno audível: um som como de um vento impetuoso
preenche toda a casa. Espírito e vento têm muita coisa
em comum, a começar pelo nome (pneuma): criam mo-
vimento, renovam ambientes mofados, são vistos pelos
efeitos que provocam. Em seguida, o fenômeno torna-
-se visível: línguas ou linguagens como de fogo vão se
repartindo sobre os discípulos, a partir de um núcleo
originário comum. O fogo aquece e purifica. A lingua-
gem cria comunicação.
Nesse tempo que encerramos esse devocionário,
nosso desejo é que vocês, pastores e pastoras sintam-se
renovados, arejados, aquecidos pelo poder acolhedor e
curador do Espírito Santo para comunicarem a mensa-
gem do Senhor da Vida! Coragem! Confiança! O Senhor
lhe chama a esse ministério!

7
Para refletir: Ao chegar no termino destes
50 dias de oração, meditação, reflexão, em que
medida ele ajudou na revitalização do carisma pasto-
ral tendo como modelo de pastoreio o Bom Pastor -
Jesus Cristo? Os frutos estão mais visíveis? Há mais
santidade e sanidade? Reflita à luz de Isaias 52. 7-12

Oremos para que o Espírito Santo confirme a


cada dia em nós, o carisma pastoral, como nos
foi apresentado pelo Bom Pastor – Jesus Cris-
to, e mantenha aceso em nós este fogo missio-
nário. Oremos agradecendo a Deus pelo corpo
pastoral da Igreja Metodista.

AnotaçÕes

7
7
7
7
A sua ajuda é
muito importante!
Nós bispos e bispa da Igreja, queremos conhecer a sua opi-
nião a respeito das seguintes perguntas:

A) Você considera importante que o ministério pastoral te-


nha um projeto de fortalecimento de sua espiritualidade?
B) Você considera que as reflexões aqui levantadas são per-
tinentes para o ministério pastoral?
C) Que experiências vivenciadas nesse período você tem
para compartilhar?
D) Quais as suas sugestões para o aperfeiçoamento desse
projeto?

Envie suas contribuições para o Colégio Episcopal por


e-mail: episcopal@metodista.org.br ou para o endereço:
Avenida Piassanguaba, 3031, Planalto Paulista.
São Paulo - SP. CEP 04060-004

Muito obrigado!
Colégio Episcopal da Igreja Metodista
{ torear ode
{
Pastorear o Rebanho de Deus
sRebanho
PoaPastorear
anho de
RebDeus

ta
Igreja Metodis
Nossas ênfases
missionárias Deus
Devocionário
1. Estimular o zelo evangelizador na vidaárde Devocionário
Ênfase
sas igreja s Mission ias:
Nos
cada metodista, de cada local;
gelizad or na vida de
evanministérios
2. Revitalizar ular o zelodos
1. Esotimcarisma
od ist a, de ca da igreja local;
clérigo e leigocanos et
da mvários aspectos da missão;
ios
o ca rism a dos ministér
3. Promover 2. Revitalizar na
o discipulado perspectiva da missão;
e le ig o no s vá rios aspectos da
clérig o
salvação, santificação e serviço;
pectiva da
ipulado na pers
over o disc Conexidade
4. Fortalecer3. aProm
Identidade, serviço; e
sa lv aç ão , santificação e
Unidade da Igreja;

banho de Deus
e
e, Conexidade
4. Fo rt al ec er a Identidad
5. Implementar ações que envolvam
ja; a Igreja
Unidade da Igre
no cuidado e preservação do Meio Ambiente; envolvam a Igre
ja
e
entar ações qu
Implemcomprometimento io Ambi ente;
6. Promover 5.maior eservação do Me e
no cuidado e pr
e
mprometimento fio
resposta da Igreja ao clamor docoDesafio
maior
6. Promover do Desa

Pastorear o Re
Urbano. ao cl am or
da Igreja
resposta
Urbano.
12/2016
l Missionário 20
Plano Naciona
br
dista.org.
w w w. m e t o

Plano Nacional Missionário 2012/2016

Você também pode gostar