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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Setembro de 2014 | ano 128 | nº 09 | Distribuição Gratuita

Expositor
Cristão
Elementos essenciais do
Luan Matias

Discipulado Metodista

Mariana Monteiro
Seminário Mundial reúne
metodistas brasileiros/as e
estrangeiros/as no desafio de
compartilhar a fé.
Páginas 4 e 5

Missão
Juventude metodista retorna
impactada de projeto
missionário na Colômbia.
Página 7

Educação
Instituições Educacionais
Metodistas emitem nota de
esclarecimento.
Página 12
Stock Photo | Val Lawless

Sua igreja é inclusiva?


Defender a inclusão de
portadores/as de necessidades
especiais é missão da igreja!
Página 13

Escola Dominical
Reflexão especial em
comemoração ao Dia da
Conheça as bases do discipulado na Igreja Metodista e saiba como esse
Escola Dominical na Igreja modo de ser igreja tem fortalecido relacionamentos e ajudado a consolidar
Metodista.
Página 14 o processo de expansão missionária. • Páginas 8 a 10
2 EDITORIAL
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Discípulas e Discípulos Ênfase 3


comentários
Edição de agosto

Plano Nacional
nos caminhos da missão Missionário
Excelente! Nosso impresso
metodista está cada dia me-
lhor. Josué Mariano

E
Promover o discipulado
ste mês de setembro será sendo desenvolvidos pelas Re- na perspectiva da salvação,
Música
marcante para a Igreja giões e treinamentos específicos santificação e serviço
É uma pena que nas Igrejas Metodista brasileira. En- Todas as são cada vez mais frequentes em
Metodistas, hoje, não se co- tre os dias 11 e 13, metodistas nossa igreja.
nheçam os cânticos de Char- de todo o país vão se encontrar
comunidades De acordo com o Plano Na- Para a Igreja Metodista, dis-
les Wesley. Para se ter uma em Curitiba/PR no primeiro metodistas no Brasil cional Missionário, o discipu- cipulado é:
ideia, os mórmons cantam Encontro Nacional de Discipu- lado na Igreja Metodista é um
mais cânticos dele que a gen- lado e Missão. Trata-se de um foram desafiadas a estilo de vida, um método de Estilo de vida em que Cris-
te. Como músico formado, evento aguardado com muita adotar a dinâmica do pastoreio e uma estratégia para to é o modelo, ou seja, “ca-
sinto falta de estímulo para expectativa, pois vai abordar o cumprimento da missão. Aci-
discipulado. minho, verdade e vida”, à
atuar na Igreja. Até hoje não diretamente as principais ên- ma de tudo, está relacionado ao
fases do metodismo no Brasil, ministério de Jesus. Exercitar luz dos valores da fé cristã e
consegui realizar um traba- na perspectiva do Reino de
lho legal nas igrejas por onde aprovadas no último Concílio essa dinâmica na vida da igreja
Geral em 2011. vai ao encontro do cumprimen- Deus;
passei. Walter Mesquita
A Igreja Metodista definiu um dos assuntos mais aborda- to da grande comissão apresen-
metas missionárias que visam dos ultimamente na igreja, pois tada em Mateus 28.18-20. Método de pastoreio no
A Igreja Metodista como crescimento, como a que prevê gera dinamismo e favorece a Meditar sobre discipulado
uma instituição séria faz bem qual o pastor e a pastora
a presença do metodismo em missão. É tão atual, que o tema e ampliar a discussão sobre o
em se posicionar contra esse escolhido para a Igreja Meto- dedicam maior atenção aos
todos os municípios do país e tema deve ser uma constante
circo que virou o Evange- a criação de Regiões Eclesiásti- dista até 2016 é “Discípulas e entre os/as metodistas. O jornal grupos pequenos e promo-
lho. Mesmo dentro de igrejas cas em cada Estado brasileiro. Discípulos nos caminhos da Expositor Cristão deseja con- vem dessa forma, relacio-
históricas, o misticismo, a O caminho para viabilizar tal missão.” tribuir nesse processo. Que as namentos mais fraternos e
idolatria e a teologia da pros- expansão já foi apontado: al- Todas as comunidades me- próximas páginas incentivem pastoreio mútuo;
peridade estão se instalando. cançar cidades estratégicas, de todistas no Brasil foram desa- você e sua comunidade local a
Muita modinha, musiqui- preferência com mais de cem fiadas a adotar a dinâmica do desenvolverem o discipulado na Estratégia para o cumpri-
nha, coreografiazinha, mas mil habitantes, por meio de par- discipulado. Algumas organi- perspectiva metodista da salva- mento da missão visando a
cerias missionárias e grupos de zam grupos que se reúnem nas ção, santificação e serviço. Boa
Evangelho de cruz, muito casas, promovem treinamen- Evangelização e o Cresci-
discipulado. leitura!
pouco. Daniel Mesquita Nesse processo de expansão to de líderes leigos/as e retiros mento. Nos termos do en-
missionária, o discipulado ga- espirituais de despertamento. Marcelo Ramiro sino de Jesus, enviando os
Seriedade na Igreja! Creio nha cada vez mais destaque. É Ma­ nuais de discipulado estão Editor
seus discípulos (Mateus 10),
que Cristo se alegra em ver o o discipulado é integrado à
Seu povo preocupado com o Missão da Igreja, mantendo-
tema (música na Igreja), uma OPINIÃO: -se sempre a perspectiva da
das formas de adoração a
salvação, santificação e ser-
DEUS que, se usada de forma
viço.
contrária ao Evangelho, pode
resultar em prática pecami- “Ressaltamos que o discipula- “O discipulado verdadeira-
nosa! Que o Senhor da Igreja do metodista é muito mais do mente dinâmico é aquele
abençoe a adoração do Seu que uma técnica ou fórmula que gera, na esfera comu-
números
5 RE
a
povo, em espírito e em verda- de crescimento. É um modo nitária e pessoal, fidelida-
de! Paulo Henrique Marra de ser e de viver. Em Jesus de à visão de Deus, vida de-
Cristo, temos a expressão exa- vocional profunda, amor às
ta do discipulado e Seu ministério vidas e comprometimento em 5 a Região Eclesiástica
Eleições
torna-se um parâmetro para todos nós.” servir a Deus e uns aos outros.”
É muito bom poder fazer
Pra. Carla Alves Rosa Pr. Ubiratan Silva
parte desse povo chamado
Igreja Metodista Central em Teresópolis/RJ Igreja Metodista Central em Campo Grande/MS Membros: 22.970
metodista! Considerações
sobre as Eleições 2014. Orien- Pastores/as: 174
tações sobre como votar de
forma cidadã, reafirmando o Miss. Designados/as: 64
compromisso da igreja com
os desafios da sociedade no “O discipulado nos propõe ser- “O discipulado da crian- Igrejas: 138
contexto atual. Vale muito a mos honestos e honestas em ça deve começar em casa,
nossa vivência do Evangelho, desde os primeiros dias de Congregações: 59
pena ler! Seja metodista ou
não! Felipe David Pereira servindo de modelo.” vida. Ele é essencialmente Campos
Pr. Emanuel Adriano Si- responsabilidade de sua
queira (Mano) família, estendendo-se a res- Missionários: 89
Envie seu comentário! Igreja Metodista em Mandaguari/PR ponsabilidade à família de fé.”
expositorcristao@metodista.org.br Dezembro de 2013
Rogeria Valente Frigo
Igreja Metodista Central em Três Rios/RJ 

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Expositor Jornal Oficial da Igreja Metodista

Cristão
Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ranson
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oficial 3
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Decisões da

Arquivo Expositor Cristão


Coordenação Geral PALAVRA
de Ação Missionária EPISCOPAL Bispo João Carlos Lopes
Presidente da 6ª Região Eclesiástica
Pr. José Geraldo Magalhães

O Discipulado e
Doutrina da Santidade
Mt 16.21-26

D eus deseja que você


e eu sejamos santos/
as. Antes da fundação
do mundo Ele estabeleceu o
propósito de que você e eu
a. É uma decisão baseada no
reconhecimento da identi-
dade de Jesus. Ele é o Mes-
sias, Ele é a única fonte de
verdadeira vida, Ele é o
de: “Se for possível, passa de
mim esse cálice, porém, não
seja a minha vontade...” (Mt
26.39). Em segundo lugar,
envolve submissão à vonta-
fôssemos santos/as e irrepre- Senhor, Ele é o único cami- de de Deus: “...mas sim a sua
ensíveis: “como também nos nho. É preciso reconhecer vontade”.
elegeu nele antes da fundação a autoridade de Jesus. Seu
do mundo, para que fôssemos direito de controlar todos Há um compromisso
santos e irrepreensíveis dian- os aspectos da nossa vida. a ser cumprido
te dele em amor” (Ef 1.4). O b. É uma decisão baseada na (v.24):
apóstolo Pedro escreve: “mas, aceitação do convite de Je- A ordem “siga-me” é um
como é santo aquele que vos sus. Ele não está dizendo: imperativo presente que su-
chamou, sede vós também “tente me seguir por al- gere uma ação contínua. Em
Reunião da Cogeam ocorreu na Sede Nacional da Igreja Metodista, no início de agosto. santos em toda a vossa manei- guns dias para ver se você primeiro lugar seguir a Jesus

A
ra de viver”. (I Pd 1.15) gosta”. O chamado Dele é é manter o foco. Discipulado
Coordenação Geral de premissas pedagógicas de um Nenhuma pessoa que trate para compromisso total e requer que mantenhamos
Ação Missionária (Co- projeto para o fortalecimento a Bíblia com seriedade pode definitivo. os nossos olhos em Jesus:
geam) se reuniu entre os da educação básica e solicitou ignorar a importância do c. É uma decisão de se com- “olhando firmemente para o
dias 1º e 2 de agosto na Sede Na- ao Consad que avance com os conceito de santidade. Em prometer com uma pessoa. autor e consumador...”. Dis-
cional da Igreja Metodista, em estudos na parte operacional termos práticos, Jesus é o Não é compromisso com cipulado requer que culti-
São Paulo. O objetivo do encon- (estrutura e custos). nosso exemplo. Em I Pd 2.21 um credo, uma denomina- vemos uma comunhão bem
tro foi tratar assuntos adminis- O grupo que representa os/as lemos: “por que para isto sois ção, um corpo doutriná- próxima como Jesus. Mais do
trativos e missionários, dentre metodistas brasileiros/as na área chamados, pois também Cris- rio. Seguir a Jesus é seguir que nosso mestre, Ele deseja
eles, o processo de organização geral também aprovou a revisão to padeceu por nós, deixan- uma pessoa. O filho de ser nosso amigo. Amigos/as
da 7ª Região Eclesiástica. do regulamento do pecúlio de do-nos o exemplo, para que Deus, o Senhor da igreja. compartilham.
A Cogeam acolheu os rela- clérigos, atendendo orientação sigais as suas pisadas...”. Discipulado requer o es- Nessa comunhão, Jesus
tórios sobre o andamento das da Comissão Geral de Consti- O processo de santifica- tabelecimento de um re- compartilha conosco Seus
instituições de ensino e da tuição e Justiça (CGCJ). O do- ção começa em nós no mo- lacionamento pessoal com planos, Sua visão, não apenas
Rede e deu continuidade aos cumento revisado será disponi- mento em que nascemos de Jesus. para a nossa vida, mas para
estudos e ações para viabili- bilizado em breve na página de novo. Nosso passado é per- a nossa família, nossa igreja,
zar o equacionamento da dí- “Documentos Oficiais” no site doado e somos feitos novas Há uma morte a nosso país, o mundo. O cha-
vida das instituições. Aprovou www.metodista.org.br. criaturas: “Se alguém está ser experimentada mado para o discipulado é
em Cristo...”. Crescer em (v.24): aberto a todos/as. Não é um
santidade é crescer na se- “A si mesmo se negue...”. programa da igreja. É um de-
melhança com Jesus. Morte do ego é a chave para safio de Jesus.
Daí a importância da di- obter e manter uma vida de E quem quer que seja que
nâmica do discipulado para santidade. Rejeitar a cen- decida vir a Jesus precisa es-
uma vida de santidade. “Dis- tralidade do ego tem a ver tar disposto/a a cumprir es-
se Jesus a seus discípulos: Se com uma mudança radical tas três condições: 1) negar-
alguém quer vir após mim, a de atitude e motivação. Isso -se a si mesmo/a; 2) tomar a
si mesmo se negue, tome a sua envolve, em primeiro lugar, cruz (dia após dia) 3) seguir
cruz e siga-me”. (Mt 16.24) a renúncia da minha vonta- a Jesus.
Note que os requerimentos
de Jesus para o discipulado
Mariana Monteiro

não compartimentalizam
a vida cristã. O conceito de
discipulado trata a vida do/a
discípulo/a como um todo.
Ser discípulo/a implica em
rendição de todas as áreas da
vida.

Há uma decisão a ser


tomada (v.24):
“Se alguém quer vir após
mim...” Essa decisão, que tem
consequências eternas, tem
pelo menos três características:
4 CAPACITAÇÃO
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Seminário Mundial de
Evangelismo Metodista
Evento reuniu brasileiros/as e estrangeiros/as no desafio de compartilhar a fé

A alegria contagiante, a
Fotos: Paloma Faustino e Luan Matias

hospitalidade calorosa,
o fervor missionário
fortalecido a cada encontro,
plenária, conversa. Foi nesse
clima que ocorreu o Seminário
Mundial de Evangelismo Me-
todista, de 6 a 12 de agosto, em
Recife/PE.
“A comunhão em torno de
Cristo, a mesma língua que o
Espírito Santo fala a nós é algo
indescritível”, expressou a Bis-
pa Marisa de Freitas, durante a
acolhida aos/às participantes.
O Seminário reuniu 82 me-
todistas das Regiões Eclesiásti-
cas e Missionárias e de países
como Estados Unidos, Costa
Rica e Jamaica. O tema central,
“Que o mundo conheça Jesus
Cristo”, tornou-se um lema
amplamente repetido no even-
to que teve como principais
preletores o diretor mundial
de Evangelismo do Concílio
Mundial Metodista, Eddie Fox;
o diretor do Instituto Mundial
Metodista de Evangelização,
Winston Worrell e o presiden-
te do Concílio Mundial Me-
todista, bispo brasileiro Paulo
­L ockmann.
“A cada três ou quatro meses
o Instituto vai a um continen- O Seminário reuniu 82 metodistas das Regiões Eclesiásticas e Missionárias e de países como Estados Unidos, Costa Rica e Jamaica, entre os dias 6 e 12 de agosto.
te diferente. É uma alegria ver
o Instituto chegar ao Nordeste
depois de ter passado por São Região) também ministraram
Paulo, Rio de Janeiro, Porto no Seminário, destacando fru- O Seminário contou
Velho e Rio Grande do Sul. O tos e ações do metodismo em com a presença de Eddie
Fox, diretor mundial de
objetivo do Seminário é mobili- suas Regiões. Evangelismo do Concílio
zar a nação”, disse o bispo Paulo No evento, tempo para repar- “Diante da tão Mundial Metodista.
Lockmann. tir experiências. Os/as partici-
pantes eram distribuídos/as em difícil tarefa que é
Plenárias e debates pequenos grupos, denominados trabalhar em uma
Em sete dias, foram minis- de Grupos Wesleyanos, com a
tradas mais de dez plenárias finalidade de compartilhar a região missionária,
que abordaram assuntos como realidade do Evangelho em suas
liderança contagiosa, missões igrejas, cidades e nações. essa semana foi um
urbanas, desafios de uma região A programação também in- refrigério para as
missionária e compartilhando cluiu as Sessões de Descobri-
a fé. Este foi o assunto tratado mento (Workshops), discutindo nossas almas. O
assuntos como Mídia e Evange-
por Eddie Fox que, aos 80 anos,
lismo, Lar de Paz, A dinâmica Seminário Mundial
é um dos maiores evangelistas
da Igreja Metodista e continua de renovação e revitalização da de Evangelismo foi
ativo na pregação do Evange- Igreja. Os/as preletores/as eram
lho. “Eu estou consciente de que leigos/as e clérigos/as do Brasil um sorriso de Deus
esta é uma conferência missio- e da delegação americana, com- para nós”
nária, é um movimento em um posta por 20 irmãos/ãs.
lugar especial da América Lati-
na”, destacou o dr. Eddie Fox. Fé em ação Bispa Marisa de Freitas
Os bispos José Carlos Perez No domingo, 10 de agosto, os/
(3a Região), Carlos Alberto Ta- as participantes do Seminário
vares (Região Missionária da visitaram comunidades meto-
Amazônia) e Luiz Vergílio (2a distas da região metropolitana
CAPACITAÇÃO 5
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“A cada três ou quatro meses o Instituto vai


a um continente diferente. É uma alegria ver
o Instituto chegar ao Nordeste depois de ter
passado por São Paulo, Rio de Janeiro, Porto
Velho e Rio Grande do Sul. O objetivo do
Seminário é mobilizar a nação”
Paulo Lockmann

do Recife. Brasileiros/as e es- Para a bispa, superintendentes


trangeiros/as foram recebidos/ distritais, leigos/as e clérigos/as
as com muita alegria em igrejas da Remne, o Seminário Mundial
como Central do Recife e Caixa de Evangelismo sinaliza a espe- No evento, tempo para repartir experiências. Os/as participantes eram distribuídos/as em pequenos grupos, denominados
d´Água, em Olinda/PE, além da rança de um novo tempo de se- de Grupos Wesleyanos, com a finalidade de compartilhar a realidade do Evangelho em suas igrejas, cidades e nações.
Igreja Metodista Wesleyana. meadura e colheita. É consenso
Evangelizar a tempo e a fora entre os/as participantes que os
de tempo, colocando a fé em sete dias de evento aqueceram o Momentos de oração entre
os/as participantes foram
ação. Na praia de Boa Viagem, coração de cada um/a a alcan- constantes durante o
um dos cartões postais mais çar os dois terços do mundo que evento.
conhecidos do Nordeste não ainda não conhecem Jesus. “É
apenas pela beleza mas também um trabalho árduo, mas o Es-
pela incidência de prostituição, pírito Santo pode nos ajudar a
irmãos/ãs norte-americanos/as alcançar essas metas”, motivou o
semearam o amor de Deus para dr. Winston Worrel.
mulheres prostitutas. “Pela pri- Com problemas desafiado-
meira vez na minha vida senti res como desigualdade social,
estar exatamente no lugar onde concentração de renda, po-
Jesus quer que eu esteja”, con- breza, seca, exploração sexual
tou o pastor norte-americano infanto-juvenil, entre tantos
Andrew Chapell. outros, a Região Nordeste é um
solo onde a presença da Igreja
Unidade na diversidade Metodista pode fazer muita
No Seminário Mundial de diferença. “Diante da tão di-
Evangelismo, foi possível unir fícil tarefa que é trabalhar em
nações distantes e diferentes, uma região missionária, essa
mas unidas no desafio missio- semana foi um refrigério para
nário de levar Cristo a todos e as nossas almas. O Seminário
todas. “Vejo similaridades entre Mundial de Evangelismo foi
a pobreza, o desemprego, o cri- um sorriso de Deus para nós”,
me que estão aqui, na Jamaica declarou, emocionada, a bispa
e também nos Estados Unidos. Marisa em seu discurso de en-
Preciso pregar Cristo e atrair cerramento.
essas pessoas para a luz”, disse
o pastor metodista na Carolina Paloma Faustino
do Norte, USA, Michael S. Bell. Comunicação Remne

Em sete dias, foram


“Vejo similaridades
ministradas mais de dez
plenárias que abordaram entre a pobreza,
assuntos como liderança
contagiosa, missões
urbanas, desafios de
o desemprego, o
uma região missionária e
compartilhando a fé. crime que estão
aqui, na Jamaica
e também nos
Estados Unidos.
Preciso pregar
Cristo e atrair
essas pessoas
para a luz”
Michael S. Bell.

Pastor metodista na Carolina do Norte, USA, Michael S. Bell foi um dos


preletores do Seminário.
6 METODISMO
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Igreja Metodista envolvida


na luta contra o ebola
Redação EC radores/as sobre os cuidados

O
básicos contra a doença. A
bispo da Igreja Meto- agente da Organização Mun-
dista Unida John Yam- dial de Saúde, Pamela Mitula,
basu lidera uma Força forneceu um treinamento aos
Tarefa em Serra Leoa, na Áfri- membros da Força Tarefa e
ca, que fornece suporte emo- ressaltou que o envolvimento
cional e social às comunidades da comunidade em atividades
afetadas pelo ebola. As ações sociais e de educação é a cha-
envolvem outros movimentos ve para qualquer estratégia de
religiosos e têm como objetivo sucesso.
trazer maior conscientização O Centro de Saúde da Igreja
sobre a doença. Metodista Unida em Manja-
“O ebola não escolhe suas ví- ma, perto da cidade de Bo, foi
timas, atinge a todos. Não é mo- colocado em quarentena após
mento para acharmos culpados, a morte de duas crianças in-
nem de negação. É um momen- fectadas. A epidemia de ebola
to para a ação” declarou o bispo que atinge quatro países da
Yambasu. A intenção da Força África Ocidental (Serra Leoa,

Cotton Tree
Tarefa é impedir, por exemplo, Libéria, Guiné e Nigéria) já
que famílias abriguem parentes matou 1.145 pessoas, segundo
infectados/as em casa e que pes- balanço divulgado pela Or-
soas com a doença fujam por ganização Mundial de Saúde
causa da rejeição. (OMS) no dia 15 de agosto,
Os/As participantes da ação data do fechamento desta edi-
também orientam os/as mo- ção do EC. Jovens da Força Tarefa liderada pelo bispo metodista John Yambasu instalam cartaz para orientar população sobre vírus ebola.

Metodistas e o
conflito na Ucrânia
Evangelização e Discipulado
no Panamá
Luciano Arantes

Uma oferta especial para os metodistas de Lugansk foi feita em celebração na


Metodista Camp Crystal perto de Voronezh, Rússia.

O s membros de duas co-


munidades da Igreja
Metodista Unida no
leste da Ucrânia, continuam a
sentir o impacto da luta entre
o bispo. Apenas três membros
idosos ficaram. Dez membros
se mudaram para a região de
Chelyabinsk da Rússia, onde
eles/as têm encontrado abrigo e
rebeldes e as forças militares. pequenos trabalhos, com a aju-
Por carta, o bispo Eduard Khe- da da congregação metodista
Cerca de 70 metodistas panamenhos participaram do encontro do Ciemal que ocorreu entre os dias 25 e 27 de julho.
gay, contou que a congregação unida em Satka.

A
em Lugansk foi particularmen- Uma oferta especial para os
te atingida. A outra igreja está membros da igreja Lugansk foi Igreja Metodista no proveitoso o encontro em fez naquele lugar. O que mais
em Krasnoarmeisk, perto de feita na celebração do aniver- Panamá recebeu do suas vidas”, conta o Secretá- nos impactou foi a disponi-
Donetsk. sário de 125 anos da Metodista Conselho de Igrejas rio Geral do Ciemal, pastor bilidade da equipe, a vontade
“O bombardeio de Lugansk Camp Crystal perto de Voro- Evangélicas Metodistas  da Luciano Pereira. A intenção de servir e de testemunhar
foi sentido por muitos/as ir- nezh, Rússia. O evento incluiu América Latina e o Caribe do encontro foi estimular a Cristo num país tão distan-
mãos/ãs metodistas”, relatou um grupo de louvor da Ucrâ- (Ciemal), uma capacitação visão missionária e o chama- te” conta o pastor Luciano
Khegay. “Uma bomba caiu no nia. “Como metodistas, que o nas áreas de evangelismo e do ao discipulado, priorida- Arantes.
jardim da casa vizinha ao lado Espírito nos mova para ajudar discipulado. Cerca de 70 me- des do Conselho para o me- Irmãos/ãs metodistas do
de nossa igreja. O vizinho so- as pessoas que estão sofrendo, todistas participaram do en- todismo latino-americano. Peru também participaram.
freu e as janelas de nossa igreja consolar os/as que precisam contro que ocorreu entre os Um grupo de metodistas O encontro contou com a
foram quebradas”. A mídia des- de ajuda e levar alimento”, fi- dias 25 e 27 de julho em Vul- brasileiros/as da 6ª Região presença do bispo do Pana-
creve Luhansk como uma cida- naliza o bispo bispo Eduard cán, na província de Chiriquí. Eclesiástica também esteve má Pedro Arauz Valdés, bis-
de sitiada. ­K hegay. “Foi um tempo muito presente e auxiliou no en- pos eméritos, pastores, pas-
A maior parte da congrega- abençoado. Várias pessoas contro. “Mais uma vez fomos toras e lideranças leigas do
ção de 65 membros fugiu da ci- Linda Bloom
testemunharam como foi surpreendidos pelo que Deus Panamá.
dade como refugiados/as, disse www.umc.org
JUVENTUDE 7
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Jovens brasileiros/as em missão na

Colômbia
“U m lugar que não Igreja Metodista Fé e Esperança

Fotos: João Souza


está no mapa dos em Cartagena. Localizada em
homens, mas está um dos bairros mais violentos
no coração de Deus.” Lembra da periferia da cidade, a igreja
Graziele Prado, uma das inte- tem sido uma porta para a es-
grantes da equipe de 11 jovens perança de crianças e jovens
metodistas brasileiros/as envia- da região. Diariamente, cerca
dos/as em missão para o Projeto de 60 crianças da comunidade
Colômbia que aconteceu entre estudam e são alimentadas no
os dias 26 julho a 3 agosto. salão da Igreja.
A iniciativa da Agência Mal- Em Brisas del Mar, onde a
ta, braço missionário da Con- equipe permaneceu a maior
federação de Jovens Metodistas parte do tempo, Deus mostrou
do Brasil, aconteceu na maior o propósito do envio de cada
parte do tempo na pequena um/a dos/as participantes. “A
comunidade de Brisas del Mar, começar pelo milagre da chuva,
que fica próxima da famosa ci- assim que chegamos em Brisas
dade turística Cartagena. Brisas del Mar, o Senhor derramou e
del Mar é uma pequena comu- mostrou que era só o começo
nidade com pouco menos de do Seu derramar”, testemunha
600 habitantes e que nem se- Saulo, da Igreja Metodista Cen-
quer consta no mapa ou é en- tral de Itaguaí/RJ, da 1ª Região,
contrada na busca do Google. ao saber que há mais de 3 meses
Cartagena recebe milhares de não chovia na região. Equipe brasileira contou com 11 jovens metodistas que se dedicaram na Colômbia durante os dias 26 de julho e 3 de agosto.
turistas de todo mundo durante Nesta comunidade, a Igreja
o ano todo. Em Brisas del Mar Colombiana Metodista faz um e Núbia há cinco anos. Os pas- aceitaram a Jesus como seu sem dúvidas, os frutos cresce-
visitas são raras. Poucas são as serviço social de excelência. tores receberam os/as jovens Senhor e Salvador. As crianças rão para que todos/as vejam e
pessoas que vão até lá, a não Na IPS Clinton Rabb, que fica brasileiros/as com muito entu- eram as fiéis escudeiras da equi- saibam que quando o trabalho
ser os/as voluntários/as que a ao lado da Igreja, são ofere- siasmo. “Estávamos muito an- pe. Estavam sempre a postos é para a expansão do Reino de
IPS Clinton Rabb – uma espé- cidos atendimentos médico, siosos com a chegada de vocês! para brincar, cantar e dançar Deus, nada é em vão.
cie de Posto de Saúde da Igreja odontológico e até mesmo são Vocês têm toda a liberdade para com “los gringos”. Especial-
Colombiana Metodista – recebe realizados partos de emergên- trabalharem, pois sabemos que mente para elas, foram realiza- Confira os testemunhos de alguns/
para potencializar os atendi- cia. Por mês, a IPS atende cer- foi Deus quem enviou vocês”, das duas Fiestas de los Niños: as dos/as jovens que estiveram em
mentos. ca de 3 mil pessoas de toda a disse a pastora Núbia assim que uma na Igreja de Brisas del Mar missão na Colômbia.
Foram 21 dias de jejum e ora- região. Esporadicamente, vo- a equipe chegou em Brisas del e outra na comunidade vizinha,
Acesse: http://goo.gl/ZzDxWk.
ção pelo Projeto. Antes mesmo luntários/as de várias partes Mar. Alto de Julio.
de estarem lá, cada um/a dos/ do mundo, são recebidos/as Os dias de missão na comu- Os dias na Colômbia mar-
as onze jovens já estava em mis- para agilizar os atendimentos nidade foram marcados por caram os corações dos/as 11
são pela Colômbia. Sob o calor na IPS. cultos evangelísticos, onde cen- jovens brasileiros/as da Igreja Mariane Morel
de 30º graus da Costa Colom- A igreja é liderada pelo casal tenas de pessoas quebrantadas Metodista. A semente lança- Secretária de Comunicação,
biana, fomos recebidos/as pela de pastores missionários, Luiz e tocadas pelo Espírito Santo da naquela terra foi semeada e, Confederação Metodista de Jovens
8 DISCIPULADO
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Promover o discipulado na perspectiva da


salvação, santificação e serviço
N os últimos anos, a Igre-
Fotos: Mariana Monteiro

ja Metodista tem dado


atenção ao Programa
de Discipulado. “O Discipu-
lado, à luz do próprio Cristo,
fundamenta a comunhão, a
convivência, a comunicação e a
formação do caráter das pesso-
as relacionadas com o Senhor e
com sua comunidade”.
O discipulado precisa ser
compreendido como um modo
de ser igreja. Assim sendo, não
é um programa para atender
o “modismo eclesiástico”. Ao
contrário, mergulhando nos
estudos do Evangelho, vamos
perceber que o discipulado é
uma condição para que as pes-
soas possam seguir o caminho
aberto por Jesus Cristo.
Ser discípulo e discípula de
Jesus é uma exigência. No iní-
cio do Seu ministério terreno,
Ele formou um grupo de discí-
pulos e, igualmente, preparou
essas pessoas (formando uma
comunidade) para viver a ra-
dicalidade do projeto do Reino
de Deus, produzindo frutos de
fé, misericórdia, compaixão,
justiça e amor à luz do desafio
do mandamento do Senhor.

Voltando a Frutificar: a
Por isso, o Evangelho de Je- conhecer religião que não fosse
sus Cristo, narrado por Ma- social.
teus, Marcos, Lucas e João, é a Nessa direção, três movimen-
base do projeto de discipulado, tos estão sendo conduzidos no

dinâmica do Lar de Paz


ou seja, viver como Jesus viveu, discipulado metodista:
perdoar como Jesus perdoou,
sentir como Jesus sentiu, in- Estilo de vida em que Cristo é
tervir como Jesus interveio, ca- o modelo, ou seja, “caminho,
minhar como Jesus caminhou,
“E, se ali houver algum filho de paz,
verdade e vida” à luz dos valores
em obediência aos preceitos da fé cristã e na perspectiva do
do Pai. No caminho do disci- Reino de Deus;
pulado, Ele confere identidade
a cada discípulo ou discípula. Método de pastoreio no qual repousará sobre ele a vossa paz...”
Do mesmo modo, transmite as
instruções acerca dos desafios
e das oportunidades para se-
o pastor e a pastora dedicam
maior atenção aos grupos pe- Lucas 10.6
quenos e promovem dessa for-
gui-Lo com alegria e singeleza

O
ma, relacionamentos mais fra-
de coração. ternos e pastoreio mútuo; projeto Lar de Paz é uma evangelho, o projeto Lar de Paz mados filhos de Deus” (Mateus
Também o movimento wes- experiência que envolve não terá o impacto que o mes- 5.9). Durante um mês ou mais,
leyano impõe uma prática do Estratégia para o cumprimento a igreja para a frutifica- mo produz. todos/as os/as pacificadores/as
discipulado focada na salva- da missão visando a Evangeli- ção. Tem como objetivo prin- A partir da reflexão bíblica são ministrados/as na Palavra,
ção, na santificação e no servi- zação e o Crescimento. Nos ter- cipal o envio, característica de vemos uma estratégia muito organizados/as de dois/duas em
ço em nossa caminhada cristã. mos do ensino de Jesus, envian- uma igreja missionária e disci- simples e eficaz no sentido de dois/duas e desafiados/as a ora-
“As classes, como recriação da do os seus discípulos (Mateus puladora, a qual não se omite na ganhar vidas e consolidá-las. rem pelos alvos estabelecidos.
comunidade de fé, foram o se- 10), o discipulado é integrado à sua tarefa evangelizadora, mas No Lar de Paz é estabelecido Neste período de consagra-
gredo da implantação do mo- Missão da Igreja, mantendo-se entende o seu papel na missão um grande movimento de fru- ção, todos/as efetivarão conta-
vimento metodista”. As classes sempre a perspectiva da salva- de Deus. tificação, pois o relacionamen- tos com pessoas que queiram
produziram uma Igreja inseri- ção, santificação e serviço. A base bíblica é Lucas 10 onde to, a permanência e o cuidado estabelecer um Lar de Paz em
da em sua realidade utilizando Jesus chama setenta de seus dis- criarão vínculos importantes sua casa. É um momento muito
uma estrutura de testemunho, cípulos. É importante salientar para o início de uma caminha- especial para a vida e a missão
mútuo amparo e instrução. Ênfase 3 do Plano Nacional Mis- que se a igreja não viver o disci- da crescente no discipulado. da igreja, pois o envolvimento
Elas tornaram possível o cres- sionário da Igreja Metodista, p. 21. pulado como um estilo de vida, O processo começa com os/ é contagiante e todos/as perce-
cimento, não apenas em ter- o qual acontece por meio de re- as discípulos/as, os/as quais cha- bem a necessidade de ir e fazer
mos numéricos, mas em quali- Leia e faça o download do docu- lacionamentos comprometidos, mamos de pacificadores/as, Je- discípulos/as, ou seja, viver uma
dade e estilo de vida pessoal e mento completo em: gerando crescimento e respon- sus disse: “Bem aventurados os perspectiva do envio. E, através
comunitário. Wesley dizia não http://goo.gl/7txYTb sabilidade com o anúncio do pacificadores, porque serão cha- da palavra de Deus, gerar trans-
DISCIPULADO 9
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formação em muitas famílias benção seja compartilhada faz

Fotos: Mariana Monteiro


que abrem suas casas, onde é toda a diferença no crescimento
estabelecida a paz que vem de do/a discípulo/a e, naturalmen-
Cristo Jesus. te, da igreja.
O envio, assim como no tex- O projeto Lar de Paz dura-
to bíblico, são de dois/duas em rá cerca de três meses, ao final
dois/duas. O/a pastor/a em culto deste período, a igreja deve se
específico, envia as duplas para preparar para consolidar os
fazerem em oito semanas (uma frutos. Peniel, encontro de paz,
reunião por semana) ministra- deve ser programado para os
ções simples e objetivas em um fins de semana que se seguem.
ambiente familiar. O mais inte- Também é importante uma fes-
ressante é como famílias rece- ta de encerramento, um tempo
bem os/as pacificadores/as de de muita celebração e acolhida
braços abertos, pois existe um dos muitos frutos que o projeto
clamor muito grande de muitas possibilita.
famílias que estão sofrendo e A igreja não pode perder o vi-
que precisam de cuidados. Dian- gor evangelístico, seja por causa
te de toda a dedicação para com do tempo ou da sua estrutura.
aquela família, é natural que Os frutos são consequências do
depois das oito semanas, ali seja propósito da igreja, “vos esco-
uma célula permanente e frutí- lhi a vós outros e vos designei
fera que já nasce na visão do dis- para que vades e deis fruto, e o
cipulado, tendo como objetivo vosso fruto permaneça...” (João
principal o relacionamento. 15.16). O Lar de Paz convoca a
A primeira reunião é funda- igreja para a frutificação, uma
mental. O tema que será minis- ação própria da igreja, a qual
trado é baseado na experiência não pode ser esquecida ou aco-
de Cornélio, que antes de rece- modada. Que o Senhor nos aju-
ber Pedro e o evangelho na sua de a cumprir nossa missão: par-
casa, convidou seus amigos e ticipar da ação de Deus no Seu
familiares para serem abenço- propósito de salvar o mundo.
ados também. Este nascimento
é de extrema importância, o en-
volvimento com o outro, a dis- Pr. Emanoel Bezerra
posição de convidar para que a Igreja Metodista em Teresina/PI

Discipulado em Perspectiva Litúrgica


N a visão bíblica, cristã e
metodista, cristianismo
é essencialmente rela-
cionamento. Relacionamento
A Igreja não é o
os amaste...” (Jo 17.23). O culto
deve promover esta koinonia
deliciosa, para crescimento mú-
tuo, cura de relacionamentos,
pessoal com Deus, com pesso-
as à luz do caráter de Cristo e a
templo, assim, a criação de vínculos disponíveis
ao agir de Deus na comunidade
ação de conduzir novas pessoas liturgia deve trazer e individualmente.
ao envolvimento com Ele. O Nesta perspectiva, a liturgia
discipulado emerge desta ótica contribuições deve dar continuidade àquilo
(Jo 13.35 / Jo 15.8). A ordem de que é alvo dos grupos peque-
Jesus (Mt 28.19-20) nos move na à vivência das nos e do discipulado um a um,
direção de facilitar e promover ou seja, estimular o cresci-
vínculo entre pessoas, no qual pessoas e motivá- mento espiritual atrelado ao
o/a discipulador/a busca levar o/a numérico (salvação de muitas
discípulo/a a se tornar seme- las a ser Igreja, almas), formação de cristãos/
lhante a Jesus. No discipulado
cristão os/as discípulos/as são
cada um/a ãs consolidados/as, tratamen-
to das pessoas pelo do caráter
de Cristo. independente do de Cristo, confiança em Deus
A palavra “Liturgia” no e em Suas intenções para co-
Novo Testamento tem o senti- lugar aonde a nosco, dentre outros objeti-
do de serviço, ou de alguém en- vos do discipulado. A liturgia
volvido num serviço de caráter experiência diária precisa favorecer experiências
sagrado; pode ser entendida, que podem ser reproduzidas
então, por culto ou adoração. as levar. no cotidiano das pessoas. A
Toda a vida do/a cristão/ã tem Igreja não é o templo, assim,
que ser um culto a Deus por a liturgia deve trazer contri-
meio de Jesus, sentido que buições à vivência das pessoas
pode ser amplamente encon- e motivá-las a ser Igreja, cada
trado nos escritos paulinos. “purê de batatas”, baseada em um/a independente do lugar
Muitas vezes há o equívoco de João 17. A ilustração compa- aonde a experiência diária as
que liturgia seria sempre aque- rativa é de um purê, onde ba- levar.
le programa escrito que dirige tatas são cozidas, descascadas, São alvos referenciais e, em
os movimentos do culto que, amassadas, misturadas ao sal, se tratando de uma criativi-
por vezes, o torna mecânico, gordura e leite, resultando na dade motivada por alvos, as
frio e sem liberdade. Mas isso saborosa massa homogênea — possibilidades são inúmeras!
não é verdade! “eu neles, e tu em mim, a fim As liturgias podem dar espaço
Algo que me motiva e que é de que sejam aperfeiçoados na à participação das pessoas de
defendido pelo pr. Abe Huber unidade, para que o mundo um ou mais grupos pequenos,
em muitas obras é a visão do conheça que tu me enviaste e prelúdios em forma de ví­deos
10 DISCIPULADO
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ou canções motivacionais, Desafie as pessoas a praticar,


Ricardo Aguiar

O bispo Carlos Alberto Ta- textos bíblicos que enfoquem também fora do templo, aquilo
vares Alves, presidente da
Região Missionária da Ama- o amor de Deus e Seu cará- que aprenderam. O final do cul-
zônia (Rema), ministrou uma ter, cânticos para compor um to não deve ficar evidenciado,
palestra sobre discipulado louvor com temática voltada mas sim o final da reunião; o
aos alunos e alunas do curso
de Teologia da Faculdade da àquilo que Deus fez, faz e fará, culto continua como expressão
Igreja Metodista. O encontro a pregação pode acontecer em diária de cada pessoa na capaci-
ocorreu no dia 13 de agosto e forma de homilia, dramatiza- dade de se dar ao agir de Deus e
faz parte de uma parceria do ção, depoimento, filme, volta- ser instrumento de transforma-
Colégio Episcopal com a Co-
ordenação da Faculdade. O dos aos alvos do discipulado, ção de vidas.
bispo falou sobre os projetos testemunhos de transformação
da Igreja para o discipulado e que motivam a perseverança
e sobre os avanços da missão Pr. Marcílio Gonçalves Pereira Filho
metodista no norte do Brasil. até que sejam vencidas as ad- Igreja Metodista em Colatina/ES
versidades.

Como fica a prática do ensino no discipulado?


F ico feliz ao ver nossa ama-
Fotos: Mariana Monteiro

da Igreja Metodista no es-


forço conjunto em torno
de um tema bíblico: o discipula- Uma coisa é fato.
do. Da esfera nacional às igrejas O discipulado não
locais, procura-se aprender o
que é ser discípulo/a. Manuais e prescinde do ensino.
outros materiais são produzidos
e divulgados, fruto da reflexão,
Os manuais de
da prática e da leitura do que se discipulado orientam
tem escrito sobre isso ao longo
dos anos. a formação de uma
Na Igreja Metodista em Ca- “Escola de Líderes”.
taguases, iniciamos o disci-
pulado, nesses termos, há três Não falta ensino no
anos e meio. Há dois anos,
usamos a estratégia de grupos discipulado na visão
pequenos (GPs) de multiplica- de grupos pequenos.
ção. Na prática, ainda somos
uma igreja em transição, ou Na verdade, o
seja, com muitos programas ensino adquire um
e cultos, ao mesmo tempo vi-
venciando os GPs. Optamos significado novo.
por uma implantação paciente,
sem grandes rupturas. Diante
disso, o trabalho do dia-a-dia
mais que dobrou. Entendemos,
na verdade, que toda a Igreja Cataguases, os membros estão às pessoas, deixaram de fre- às novas demandas na vida das recebe uma carga extra de ex-
Metodista ainda passa por isso. adquirindo novos hábitos frente quentar a Escola Dominical e pessoas nem às suas necessida- periência de vida junto à Pala-
É preciso tempo para migrar às exigências. Hábitos voltados estudos bíblicos. O que fazer? des mais interiores; nem é ade- vra ministrada.
de uma forma de ser e de traba- ao ensino, tais como: leitura de Exigir ‘jornada dupla de ser- quado para uma colheita farta, No entanto, percebo em nos-
lhar a outra. Neste ínterim, um livros específicos, cursos de trei- viço’? Impossível. Fazer disci- bíblica. sa experiência que essa ausên-
desafio é o ensino no contexto namento, de aperfeiçoamento pulado sem usar a estratégia de Uma coisa é fato. O discipu- cia do ensino formal traz um
do discipulado. relacional, de aconselhamento. GPs (células)? Não funciona, lado não prescinde do ensino. problema prático: as novas ge-
GPs têm sua dinâmica e orga- Hábitos também ligados à pie- pois estes são a base para os re- Os manuais de discipulado rações de discípulos/as correm
nização próprias. São pensados dade: mais oração, leitura bíbli- lacionamentos que fundamen- orientam a formação de uma o risco, por não participarem
para o discipulado baseado em ca, jejum, evangelismo pessoal tam o discipulado. Abortar o “Escola de Líderes”. Não falta de estudos bíblicos ou da Es-
relacionamentos. As pessoas (convite a participar do GP). discipulado e retornar à estru- ensino no discipulado na visão cola Dominical, de não sabe-
são desafiadas a investir suas Porém, isso gerou um pro- tura anterior para garantir os de GPs. Na verdade, o ensino rem lidar, biblicamente, com os
vidas em outras como líderes e blema: alguns/as líderes e espaços formais de estudo da adquire um significado novo. fundamentos doutrinários do
discípulos/as maduros/as. É um membros dos GPs, pela exi- Bíblia? Este modelo, tal como Em vez de ser formal e cogniti- cristianismo (e de sua denomi-
processo, leva tempo, cansa. Em gência de tempo e dedicação se configura hoje, não atende vo, apenas instrutivo, o ensino nação), nem mesmo conhecer
as questões presentes na histó-
ria e tradição dos textos do An-
tigo e Novo Testamentos.
A saída vem sendo discuti-
da, a meu ver, há algum tempo:
deve-se reinventar os espaços
de estudos. Neste sentido, con-
siderar desde os aspectos pe-
dagógicos, relacionados com
a docência e ambiente, até as
questões propriamente relacio-
nais deste processo. Ou seja,
trabalhar para fazer “odres
novos” para o “vinho novo”.
Quem puder me auxiliar nessa
direção, agradeço.

Pr. Otávio Júlio Torres


Igreja Metodista em Cataguases/MG
MISSÃO 11
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Metodistas capixabas, mineiros


e gaúchos em missão
Pr. José Geraldo Magalhães
Cristiane Guimarães

Moacir Prestes
O s/As voluntários/as me-
todistas não medem
esforços para a missão.
Desta vez foram os/as capixa-
bas e gaúchos/as que colocaram
em prática o “ide” de Jesus. Na
4ª Região Eclesiástica, o Projeto
Missionário Passa à Macedônia
acontece em duas etapas: a pri-
meira foi em Marataízes/ES em
meados de julho; a segunda na
cidade de Viçosa/MG entre os
dias 26 a 28 de agosto. Projeto Missionário da 2ª Região inaugura novo templo em Rincão Seco, área
De acordo com um dos or- Evangelismo durante Projeto Passa à Macedônia em Marataízes/ES. rural de Ibirubá/RS.
ganizadores do projeto em
Marataízes, o pastor Orlando das ações praticadas na ocasião. resultado”, relatou a pastora. Hack da Rosa, o projeto supe- Vergílio Batista da Rosa, o
Carrafa dos Santos, houve um Segundo os/as organizadores/as, rou as expectativas. “Foi neces- evento foi um encontro de ser-
trabalho social, evangelístico e 134 voluntários/as participaram, 2ª Região sário fechar a rua da igreja para viço a Deus. “A graça de Deus
também de reformas na igre- entre pastores/as, missionários/ Ibirubá/RS que fica distante o encontro dos/as voluntários/ se manifestou ao povo reunido
ja. “Fizemos a restauração do as, evangelistas e membros de da capital gaúcha 302 quilôme- as. Houve várias atividades para naquele lugar demonstrando
templo e das salas de reuniões diversas Igrejas do estado. tros, não será a mesma depois as crianças, bazar, corte e pen- o quanto é importante a Igreja
e estudos bíblicos. A iniciativa De acordo com a Superinten- que o Projeto Missionário se teado de cabelo, maquiagem, continuar a sair às ruas profeti-
trouxe motivação para a igre- dente Missionária, Elizabete instalou na pequena cidade com manicure e pedicure, e vários zando, discipulando e abenço-
ja local e para a sociedade por Altino, foram três dias intensos pouco mais de 19 mil habitantes atendimentos na área da saúde”, ando as pessoas”, finalizou.
meio dos serviços prestados em de atividades devido a Copa do entre os dias 25 a 27 de julho. As disse. Durante o andamento Até o fechamento desta edi-
diversas áreas”, disse o pastor. Mundo. “Ficamos muito felizes Federações de homens, mulhe- das atividades missionárias foi ção, a segunda etapa do projeto
Atendimentos na área da saú- com as pessoas que comparece- res, jovens e juvenis apoiaram o inaugurado o novo templo da Missionário Passa à Macedônia
de, higiene bucal, oficinas de ram para a missão, porque mes- projeto regional. Congregação de Rincão Seco. realizada na cidade de Viçosa/
artesanatos e trabalho realizado mo sendo poucos dias por causa Para a assessora de comu- Segundo o presidente da 2ª MG, no final de agosto, não ti-
com as crianças foram algumas do Mundial, tivemos um bom nicação da 2ª Região, Eunice Região Eclesiástica, bispo Luiz nha acontecido.

Projeto Sombra e Água Fresca Ato Complementar 03/2014


busca novas parcerias
Normativa para criação de novas Regiões

Ato Complementar com os crité- Concílio Geral e composição


rios para a criação de uma Re- da Coordenação Regional de
Redação EC
Pr. José Geraldo Magalhães

gião Eclesiástica: Ação Missionária – COREAM.

A equipe nacional do Pro-


jeto Sombra e Água
Fresca (SAF) se reuniu
em Esmeraldas/MG no final de
julho para apresentar relatórios,
Para que uma nova Região Ecle-
siástica se constitua, além das
exigências canônicas, faz-se
necessário cumprir os seguintes
4. Ter a aprovação pelo Concílio
Geral ou Coordenação Geral
de Ação Missionária – COGE-
AM, no interregno do Concílio
itens: Geral, por proposta do Colé-
discutir orçamento, parcerias gio Episcopal (Título III – Da
e planejamento para o segun- 1. Ter capacidade financeira para
Administração da Igreja, Ca-
do semestre. O grupo planeja o seu auto sustento; para fa-
Equipe nacional do Projeto Sombra e Água Fresca reunida em Esmeraldas/MG. pítulo IV – Da Administração
a realização de algumas visitas zer o seu trabalho missionário
Superior, Art. 119, Item XXVIII
internacionais no próximo ano atividades como educação cris- cerca de 500 jovens espalhados/ e cumprir as suas obrigações
– Cânones) por iniciativa pró-
em busca de novas parcerias tã, recreação, artes, entre outras as pelo mundo em vários proje- com a Sede Nacional;
pria ou solicitação do Concílio
missionárias. Um vídeo reporta- para contribuir na formação tos. Três deles/as estão atuando 2. Ter área geográfica com no Regional correspondente.
gem será feito para documentar cristã com os valores do Reino no Brasil. mínimo 2 (dois) Distritos
as atividades de vários projetos de Deus. Para a ex-agente do Hanna Song veio da Coreia Parágrafo único:
Eclesiásticos e condições de
realizados pelo Brasil afora. SAF, Teca Greathouse, o SAF do Sul e está desde fevereiro Quando a constituição de uma
estabelecer a organização da
“Já temos alguns parceiros mis- contribui de forma expressiva deste ano no projeto Liberdade nova Região Eclesiástica envol-
Região Eclesiástica de acordo
sionários, mas a iniciativa de ter nessa formação discipuladora. em Presidente Bernardes/MG, ver áreas geográficas de outra
com as suas características,
novas parcerias é fundamental “Trabalhamos os valores do grande BH, onde colabora com Região Eclesiástica, haverá prévio
não podendo, entretanto, su-
para a sustentabilidade e manu- Reino de Deus com as crianças atividades realizadas pelas pro- entendimento entre os/a Bispos/a
primir cargos, órgãos ou ins-
tenção do projeto”, disse a Agente e adolescentes. O mundo intei- fessoras do projeto. Ela fica no envolvidos/a e decisão do Concílio
tituições expressamente cria-
Nacional , Keila Guimarães. ro está discutindo a formação país até maio de 2015 e quer co- Regional ou COREAM.
dos pela legislação canônica;
O bispo emérito da Igreja Me- das crianças com idade entre 4 locar em prática o aprendizado. São Paulo, 30 de julho de 2014.
todista que faz parte da equipe e 14 anos”, disse. “Penso em voltar para a Co- 3. Ter no seu quadro de obrei-
ros/as o número suficiente de Bispo Adonias Pereira do Lago,
nacional também apoia a deci- Teca fez apontamentos ain- reia, trabalhar em outras igrejas Presidente do Colégio Episcopal.
são. “Precisamos ser proativos da sobre a Junta de Ministério e falar para os jovens coreanos presbíteros/as para atender
e, nessa proatividade, temos Globais dos Estados Unidos da experiência em participar do os Distritos Eclesiásticos e re- Bispo José Carlos Peres
que dialogar e arrumar novas (IGBGM) que está investindo programa”, finalizou. Mais dois presentação da Região Eclesi- Secretário add hoc do Colégio
parcerias”, afirmou. no trabalho com crianças. Ou- jovens do Congo, Fidele Okoko ástica como delegados/as ao Episcopal
Com a nova tônica do disci- tro projeto da IGBGM é o pro- e Victor Kahudi, contribuem
pulado vivenciada pela Igreja jeto Geração Transformação no projeto São Gabriel em Belo
que, pelo segundo ano, mantém Horizonte. Confira a redação completa do Ato Complementar em: http://goo.gl/sC1JK2
Metodista, o projeto abrange
12 EDUCAÇÃO
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Nota de Esclarecimento emitida pelas


Instituições Educacionais Metodistas
Com referência à matéria vei- o passivo tributário nos ter- tério da Educação (MEC) e dição que remonta há mais de
culada em 05 de agosto de 2014, mos noticiados pela matéria outras importantes avaliações 140 anos de presença no Brasil.
no Jornal Valor Econômico, as jornalística. Há regularidade do segmento da educação. A É uma trajetória marcada pela
instituições educacionais meto- fiscal e os parcelamentos fir- Unimep é a segunda melhor qualidade e a dedicação pela
distas vêm a público esclarecer: mados pela Instituição com o instituição não-pública do in- transformação da sociedade
Governo Federal são pagos ri- terior do Estado de São Paulo, a partir dos princípios éticos
1. As instituições educacio- gorosamente em dia. No mais, segundo Ranking Universitá- cristãos. Reafirmamos o nosso
nais metodistas que atuam com está em vigor a Certidão Ne- rio da Folha (RUF) na catego- compromisso em continuar a
a Educação Superior já recebe- gativa de Débitos Relativos a ria Ensino. E, na classificação atuar na educação, pautados
ram e recebem muitas propos- Tributos Federais e à Dívida nacional deste ranking, é a 10ª pela defesa do bem comum,
tas para aquisições. Trata-se Ativa da União, pois a insti- colocada, em um universo de justiça, paz e solidariedade.
de um movimento esperado, tuição é cumpridora de todos 92 universidades privadas. Já
levando-se em consideração a os requisitos legais, inclusive na classificação do Guia do São Paulo (SP), 05 de agosto
qualidade e a tradição meto- com a concessão de bolsas de Estudante, da Editora Abril, de 2014.
dista na Educação, bem como a estudos a pessoas carentes, das 24 graduações avaliadas,
dinâmica do segmento que está conforme critérios previstos 20 são estreladas, ou seja, 84% Instituto Educacional Piracicabano
à busca de expansão a partir de em lei. Não existe discussão 3. A Universidade Metodista estão entre as melhores do da Igreja Metodista
Instituto Metodista Centenário
escolas mais renomadas. sobre esse tema em trâmite de Piracicaba – Unimep está Brasil. Instituto Metodista de Educação
2. A mantenedora da Uni- no Supremo Tribunal Federal, entre as instituições de ensino Instituto Metodista Izabela Hendrix
versidade Metodista de Pira- conforme foi erroneamente superior mais conceituadas do 4. As instituições educacio- Instituto Porto Alegre da Igreja
cicaba (Unimep) não possui veiculado. País, de acordo com o Minis- nais metodistas têm uma tra- Metodista

Educação Básica, uma breve análise a


partir do contexto das escolas metodistas
A s instituições educa-
cionais metodistas que
atuam na Educação Bá-
sica contam com mais de 10 mil
alunos/as matriculados/as em
mais clareza e contundência a
confessionalidade cristã meto-
dista junto a alunos/as, fami-
liares e responsáveis, docentes
e técnico/-administrativos/as,
os conteúdos científicos no con-
texto social e com uma aborda-
gem crítica, com destaque para
novas competências e habili-
dades que precisam ser desen-
espaço e no tempo) e (4) Alfa-
betização digital (letramento
nas mídias digitais e demais
tecnologias de comunicação e
informação).
a Deus, o amor ao próximo e o
amor à criação.

As instituições
educacionais
2014. O crescimento expressi- para a difusão dos valores éticos volvidas e ênfase no “aprender A visão é que os colégios metodistas que atuam
vo verificado em anos recentes cristãos e promoção do Reino fazendo”. metodistas sejam reconheci- na Educação Básica
é parte de uma tendência em de Deus. Desta forma, a formação dos/ dos como instituições com- estão à procura
todo o País, à medida que mais Some-se a isso a oferta de ser- as alunos/as das escolas Meto- prometidas com a educação de de profissionais
famílias alcançam um melhor viços educacionais com quali- distas vai perseguir 4 níveis de qualidade e com a formação metodistas
patamar de renda e buscam dade superior reconhecida pela letramento: (1) Alfabetização integral do ser humano, fun- A Rede Metodista de Educa-
matricular seus/as filhos/as em sociedade, inclusive para o ple- na linguagem materna (apren- damentada nos valores éticos ção criou um cadastro aberto
escolas não públicas de melhor no cumprimento dos Parâme- dizagem da leitura e da escrita), cristãos metodistas. E os prin- a profissionais metodistas que
qualidade. tros Curriculares Nacionais - (2) Alfabetização na linguagem cipais valores que sustentam se interessem e tenham perfil
A tradição dos colégios meto- PCN e demais atos regulatórios matemática (noção de número essa atuação são: 1). A Bíblia para atuar nos diferentes níveis
distas remonta ao ano de 1870, estabelecidos pelo Ministério e conceitos fundamentais, ope- como fundamento da fé e da de ensino, tanto para cargos
quando um missionário pro- da Educação. rações fundamentais e raciocí- prática da espiritualidade para acadêmico-pedagógicos quanto
testante francês fundou o Colé- A partir de 2015, será adotado nios lógico-matemáticos), (3) uma vida plena; 2). Promo- administrativos. As vagas aber-
gio Metodista União, em Uru- um eixo transversal comum a Alfabetização na linguagem ção da solidariedade, cidada- tas, as áreas de atuação e loca-
guaiana (RS). Atualmente, são todas as escolas, designado “Ci- científica (compreensão do nia,  justiça, paz e consciência lidades para as quais é possível
26 colégios que oferecem desde ência, Tecnologia e Sociedade”. papel da ciência no mundo de crítica, na perspectiva dos va- se candidatar estão disponíveis
o Ensino Infantil até o Ensino O objetivo essencial é abordar hoje e das relações sociais no lores éticos cristãos; 3). Amor no site www.cogeime.org.br.
Médio, além de três creches
e uma instituição que oferece
Arquivo Rede Metodista de Educação

Educação Suplementar.
Como parte da reorganiza-
ção promovida pela Igreja Me-
todista para suas instituições
educacionais, a partir de 2014
a Educação Básica passou a ser
administrada com um olhar es-
pecificamente voltado para as
demandas desse nível de ensino.
As diretrizes estratégicas para
os colégios metodistas passam a
ressaltar cada vez mais a marca
da confessionalidade metodista
como o seu principal diferen-
cial. Está previsto o resgate de
práticas que materializam com
REFLEXÃO 13
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Acessibilidade: desafio mais que


legal para todas as igrejas
A casa do Senhor deve es- a implementação das condições

Pra. Patricia Marques

Igor Milhomens
tar aberta e ser acessível de acesso. Estas leis indicam que
para todo/a aquele/a que as regras de acessibilidade valem
deseja conhecer a Cristo por para todas as dependências da
meio de nossa comunidade. igreja, de uso comum ou aber-
Como cristãos e cristãs, temos tas ao público, como espaços de
um compromisso com o acesso recreação, salão de festas e reu-
de todas as pessoas ao “cami- niões, banheiros, quadras espor-
nho, a verdade e a vida” que é tivas, portarias, estacionamentos
Jesus Cristo. e garagens.
Neste sentido, nosso compro- No caso de construção antiga,
misso com a acessibilidade não de reforma ou ampliação – co-
se dá apenas por exigência legal, muns em nosso caso, pelo me-
mas por uma questão de fé. A nos um dos acessos deve estar
graça de Cristo é para todas as livre de barreiras, garantindo a
pessoas, independente de suas comunicação com todas as de- Pra. Kary, 1a pastora metodista deficien- Pastor aposentado Albiléo usando o elevador para ter acesso ao templo da Igreja
te visual, lendo um texto em braile. Metodista da Asa Sul em Brasília/DF.
diferenças. Precisamos, portan- pendências e serviços.
to, estar sensíveis às condições Neste nosso movimento pela
de uso de nossas igrejas por to- inclusão, é preciso também si- ciência visual com segurança e igrejas, pois podemos contri- Pra. Elizabete Cristina Costa-Renders
das as pessoas que nela desejam nalizar os ambientes com piso autonomia. buir significativamente para a Atuou por nove anos como Assessora
Noutra perspectiva, nas ce- mudança social nesta área. O Pedagógica para Inclusão na
adentrar. direcional e alerta, isso garante Universidade Metodista de São Paulo
Perguntas simples podem ser o ir e vir de pessoas com defi- lebrações, estudos e práticas fazer missionário aponta para
feitas. A entrada da nossa igreja litúrgicas também devemos ga- a necessária eliminação das di-
é convidativa? Há algum impe- rantir que todas as pessoas pos- ferentes barreiras impostas às SAIBA +
dimento para chegar até o tem- sam delas participar, utilizando pessoas com deficiência ou mo-
plo? Uma pessoa em cadeira de Nossas liturgias material escrito em braile, tra- bilidade reduzida. Aprofunde seu conhecimento sobre
rodas consegue chegar, entrar e dução em libras ou computado- Dentre estas barreiras, desta- este tema tão importante! Reúna
circular no templo ou em suas consideram as res com softwares de acessibili- co as atitudinais como o medo seus/suas amigos/as e discuta o
dependências? Ela pode acessar dade. Perguntemos por nossas e o preconceito que são tão co-
o altar?
pessoas que não posturas frente às pessoas com muns no comportamento social
assunto! O livro abaixo vai ajudar:

Falo de proatividade, de pen- ouvem ou não deficiência. diante das pessoas com defici- Educação e espiritualidade:
sar a acessibilidade antes mesmo Nossas liturgias consideram ência. Importa, no entanto, nos Pessoas com deficiência, sua
das pessoas com deficiência che- enxergam? Nossa as pessoas que não ouvem ou lembrarmos que o medo de en- invisibilidade e emergência
não enxergam? Nossa igreja contrar somente desaparece no
garem à comunidade. Trata-se igreja oferece a Bíblia oferece a Bíblia ou os seus do- ato de encontrar.
de ser acessível sempre, com a Autora:
ou os seus documentos

Divulgação
presença, ou não, de uma pessoa cumentos em formato acessível Como será possível nos en- Elizabete
com deficiência na igreja. para as pessoas cegas ou com contrarmos (pessoas com e sem
Especialmente, o Decreto de em formato acessível baixa visão? deficiência) se não tivermos
Cristina Costa-
-Renders
Acessibilidade e a NBR 9050 para as pessoas cegas acesso uns/as aos/as outros/
(acessíveis em http://goo.gl/bTfLhQ) Desafio missionário as?! Acessibilidade, portanto, é Adquira:
trazem importantes indicações ou com baixa visão? A acessibilidade também é uma exigência para o encontro http://goo.gl/u7nvT6
tanto sobre as exigências atuais um tema relevante para a atu- – e sem encontro não há missão,
de acessibilidade quanto sobre ação missionária de nossas não é verdade?

Pastor trabalha por mais inclusão na igreja


Marcelo Ramiro Como foi o processo de adap- Quando há interesse, você cria ditivos. A maioria de nossas Arquivo pessoal

tação no ministério pastoral? condições para vencer as bar- igrejas não têm uma tradução
O pastor Enoque Rodrigo de Pr. Enoque Leite: Sempre digo reiras. de linguagem de sinais. Há ca-
Oliveira Leite, 30 anos, recém- que acontecem três processos na sos pontuais. Porém, em geral,
-casado com Gabriela Leite, igreja. Primeiro, muitas pessoas Como o senhor avalia o avan- ainda precisamos melhorar.
preside a Igreja Metodista em questionam: como será que vai ço da acessibilidade em nossas
Itapeva/SP e leciona no Colégio ser? Como ele se formou? Como igrejas? Por que isso acontece?
Metodista da cidade. Desenvol- vai fazer uma visita? São mui- No que diz respeito a aces- Porque desconhecemos o ta-
ve as atividades do dia a dia com tos questionamentos. Depois, sibilidade arquitetônica, ti- manho desse público. No Bra-
habilidades adquiridas durante vem um período de silêncio. O vemos avanços, mas ainda sil, de cada 10 pessoas uma tem
uma vida de superação. Porta- terceiro processo é o de aceita- precisamos avançar muito. A algum tipo de deficiência. Te-
dor de deficiência visual desde ção. Eu sempre procuro mos- acessibilidade comunicativa mos em nosso país cerca de 40
o nascimento, o pastor Enoque trar meu trabalho. Demonstrar melhorou por causa da tecno- milhões de pessoas nessas con-
só conseguiu acesso a um curso que foi Deus quem me chamou logia. Hoje conseguimos ler os dições. Por isso, precisamos
de Braille aos 12 anos de idade. e que Ele me capacita no exer- documentos da igreja que fo- mudar a mentalidade. Muitos/ Pr. Enoque Rodrigo de Oliveira Leite
Até essa idade, era analfabeto. cício do ministério. Para visitar, ram digitalizados, por exem- as acreditam que o trabalho
Já sentia, no entanto, que Deus por exemplo, eu convido pes- plo, por meio de programas com esse público exige assis- xão missionária. Precisamos
o chamara para o ministério soas para me acompanhar. Em de voz. Mas, nossos cultos e tencialismo. Isso não é verda- amar as pessoas. O Evangelho
pastoral. Hoje, formado pela alguns locais eu consigo ir sozi- programações deixam a dese- de, pois é alto o número de pes- é para todos/as. Devemos sen-
Faculdade da Igreja Metodista, nho. O mais importante é que jar. Esquecemos, por exemplo, soas com deficiência inseridas tir o amor pelas pessoas e saber
o pastor Enoque ajuda a romper os irmãos e as irmãs ajudam o das pessoas idosas que não no mercado de trabalho. Mas, que todas precisam ouvir sobre
preconceitos e trabalha por mais pastor e isso desperta na igreja conseguem ler o telão. Não o maior argumento para o des- Jesus e ser acolhidas por essa
acessibilidade na igreja. uma aproximação maravilhosa. lembramos dos deficientes au- pertar da igreja deve ser a pai- mensagem de esperança.
14 Escola Dominical
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Sobre a Escola Dominical,


a primavera e as pessoas
E m setembro vem chegan- Por falar em pessoas, é preci-

Comunicação I M Taquara
do a primavera, muito so dizer que a Escola Domini-
próximo a sua chegada cal é feita com elas. Olhar a sua
celebramos o Dia Nacional da história é enxergar mais do que
Escola Dominical. Com a flores fatos históricos e espaços geo-
que se abrem nessa bela estação, gráficos. Ela se fez e se faz com
chega o anúncio de que a vida as pessoas: Hanna Ball, John
se renova. É tempo de renasci- Wesley, Justin Spalding, Junius
mento! O dia bem de mansinho Newmann são alguns e algu-
vai ganhado mais horas do que mas que colaboraram com essa
a noite, é o sol que vem raian- história.
do por mais tempo. Muito em Hanna Ball se converteu a Je-
breve essas flores se transfor- sus Cristo durante um sermão
marão em frutos, muitas flores de John Wesley, quatro anos
e muitos sabores que dão gosto depois, em 1769, ela criou a pri-
à vida. meira escola dominical, 14 anos
A beleza da primavera nos antes da criada pelo jornalista
inspira neste tempo de celebra- Robert Raikes, a quem a histó-
ção da Escola Dominical. No ria credita esse feito.
cultivo deste espaço, há solos de O pastor Justin Spalding,
Igreja Metodista da Taquara, Rio de Janeiro/RJ
todo tipo, há sementes, semea- primeiro missionário meto-
dores, semeadoras, há flores e dista no Brasil, chega em 1836
frutos. Nela o sol vai raiando e e funda a primeira escola do- e dão continuidade a ela. Al- líbrio entre os atos de piedade comunhão, de fortalecimento
aquilo que não se via, sai à luz! minical do nosso país. Infe- gumas estão registradas na his- e as obras de misericórdia. A dos relacionamentos que se
Nossos corações são como lizmente essa primeira inicia- tória oficial, outras, nas nossas graça santificadora gera pai- iniciam nas salas de aula, mas
solos onde a boa semente, que tiva missionária, por conta de memórias afetivas. Indivíduos xão por Deus, compaixão pelas não param por ali, vão mais
é a Palavra de Deus, poderá ser problemas políticos e finan- com suas experiências e neces- pessoas e compromisso com a além e chegam às nossas casas.
plantada. Há todo tipo de ter- ceiros da Igreja Metodista dos sidades que se encontram nes- justiça, a paz e a dignidade hu- Como as flores da primave-
reno e Deus, o agricultor (João EUA, chega ao fim em 1842. se espaço para compartilhar e mana. ra festejam o renascimento e
15.1), em Sua graça está dispos- Spalding e sua família voltam aprender a Palavra de Deus. Muitas pessoas definem a a chegada de mais tempo de
to a deles cuidar e os preparar para os Estados Unidos, mas Nesse encontro as pessoas Escola Dominical como um sol, celebre a Escola Domini-
para que recebam a preciosa em 1867 chega o pastor Junius constroem seu sentido de vida espaço de estudo sistemáti- cal, participe e colabore nesse
Palavra. Com a unção do Santo Newman, o novo missionário em Jesus Cristo, conhecem sua co da Palavra de Deus e, de espaço de comunhão e discipu-
Espírito, semeadores e semea- que reiniciaria definitivamente mensagem e são desafiadas fato, ela o é. Por vezes, junto lado, deixe que o Sol da justiça
doras, professores e professo- a missão metodista por aqui. a anunciá-la; nesse espaço, a a essa afirmativa há a falsa traga à luz o que está oculto
ras chegam com a boa semente. Esse pastor estabeleceu a Esco- partir dos valores do reino de percepção de que seja apenas e que esse conhecimento lhe
Plantada com muito cuidado, la Dominical como a principal Deus, se aprende a questio- um espaço teológico e de re- provoque a não se conformar
regada com a água da vida ela agência de educação cristã e nar os sistemas de dominação lacionamentos superficiais, com o perverso século, mas
começa a brotar. Assim, flores- formação metodista no Brasil. e morte que imperam nesse mas convenhamos que onde lhe incentive a se transformar
cemos para frutificar e oferecer Essas pessoas iniciaram essa mundo, descobre-se que a espi- opera a graciosa palavra de pela renovação de seu enten-
bom alimento para as pessoas. história e tantas outras deram ritualidade metodista é o equi- Deus, se revela, a quem dese- dimento. Assim conhecereis a
ja aprendê-la, o compromisso boa, perfeita e agradável von-
em trabalhar pela unidade do
Comunicação I M Petrópolis

Comunicação I M Piracicaba

tade de Deus (Romanos 12.2)


corpo de Cristo. Assim, a Es- e a semeará neste mundo que
cola Dominical para além do tanto necessita. Nós fazemos a
estudo bíblico é um espaço de Escola Dominical, suas flores
frutos dizem respeito ao nosso
compromisso, são de nossa res-
+ informação ponsabilidade.
Para saber mais sobre a história da
Escola Dominical, leia Mais de um Que Deus nos abençoe!
século de Educação Metodista, do
bispo Paulo Ayres Mattos. Acesso Pra. Andreia Fernandes
o conteúdo aqui: Coordenadora do Departamento
Catedral Metodista de Petrópolis/RJ Igreja Metodista Betânia, Piracicaba/SP http://goo.gl/Yfhf9b Nacional de Escola Dominical
PÁGINA DA CRIANÇA 15
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

Crianças na missão Discipulando nossos meninos e meninas


Uma conversa para pais e filhos/as
Uma conversa com pais e educadores/as
Objetivo: Perceber o valor do conhe- e amava a Deus, graças a sua mãe e
cimento de Deus que tem recebido. a sua avó que lhe ensinavam sobre
Provérbios 22.6 “Ensina a criança no caminho Texto bíblico: 2 Timóteo 1.5; 3.14-17   Deus desde que era pequeno. Conver-
em que deve andar, e, ainda quando for velho, Desenvolvimento: Faça com sua
criança uma lista de todas as fontes
se com sua criança sobre a importân-
cia de falarem sobre Deus, de estarem
não se desviará dele.” de conhecimento nas quais ela tem
aprendido. Destaque na lista em quais
presentes na Igreja para aprenderem
mais sobre Sua vontade, a fim de se
fontes ela tem aprendido sobre Deus tornarem pessoas que O amam, que
(Escola Dominical, leitura da Bíblia, O agradam com suas atitudes e estão
leitura de livros bíblicos, desenhos bí- prontas para serem usadas por Deus,
blicos, discipulado, cultos etc). como aconteceu com Timóteo, que se
Leia com sua criança o texto sugeri- tornou um evangelista junto com o
do e comente que, quando o apóstolo apóstolo Paulo.
Paulo conheceu Timóteo, ele já era Ore com sua criança.
um rapaz honrado e muito querido
por todos/as. Ele já conhecia a Bíblia Rogeria de Souza Valente Frigo

Shutterstock
A educação da fé da criança se dá
no convívio dela com sua família
e, estende-se a sua participação
na vida ministerial da Igreja. O processo
de amadurecimento da fé das crianças é
disso naturalmente. Quando provocada
por alguma situação familiar ou escolar,
ela vai buscar referências naquilo que
tem aprendido e crido e responderá aos
desafios conforme a sua fé.
responsabilidade sacerdotal de seus pais Nossas crianças são nossas discípu-
que apoiados pela família de fé, conse- las e estão discipulando. Temos (mães,
guem realizar esse empreendimento pais e ministros/as das crianças) um
com sucesso. trabalho excelente junto aos/às nossos/
A criança que desde cedo vivencia as as pequenos/as, de caminhar junto com
verdades do Evangelho e se apropria des- eles/as, sendo exemplo e lhes indicando
ses conhecimentos, tendo sua fé em um os passos de sua caminhada de fé. Que
processo constante de amadurecimento possamos buscar em Deus capacitação
(pelo que ouve, vê e vivencia), vai falar para essa jornada.
16 ELEIÇÕES
setembro de 2014 | www.metodista.org.br

As igrejas e a participação política


E m períodos de eleições, há domínio, em grupos de serviço fissional na cooperação para o

Shutterstock | gguy
que se rejeitar com ênfa- comunitário, Organizações bom testemunho cristão na so-
se qualquer proposta de Não Governamentais (ONGs), ciedade. É a ética cristã aplicada
compra de votos ou - no con- associações de moradores, grê- às questões do trabalho. Conta-
texto evangélico - o chamado mios estudantis e outros. Um -se que, certa vez, um sapateiro
‘Voto de Cajado’1, qualificando destaque para a participação perguntou a Martinho Lutero:
essas práticas como criminosas nos Conselhos Municipais, que “Como servir a Deus e ser um
e cuidando para que o nosso podem ser da Saúde, da Edu- cristão melhor?” Ao que ele teria
povo seja orientado a uma par- cação, Antidrogas, do Direito respondido: “Faça um bom sapa-
ticipação política eleitoral com das Crianças e Adolescentes, da to e venda por um preço justo.”
base em seus direitos e em sua Mulher, do Idoso, da Habitação, Enfim, a igreja, ao agir como a
liberdade de consciência. da Alimentação Escolar, de As- nova humanidade redimida, re-
A partir da década de 90, as sistência Social, entre outros. A cria a nova sociedade portadora
cidades começaram a ganhar importância dos Conselhos está da novidade do Reino de Deus.
destaque como um espaço de no seu papel de fortalecimento A cidadania é um caminho a
mobilização civil para a trans- da participação democrática na ser trilhado que produz os sinais
formação social. São nos con- formulação e implementação de desse Reino já manifesto pelo
textos de organização urbana políticas públicas urbanas, esta- poder do Evangelho nas vidas
que as grandes mudanças na- duais e federais. dos seus membros. Estes sinais
cionais se originam. A presença Uma outra forma bastante no meio da sociedade mais am-
da igreja na cidade deve passar efetiva de participação cidadã pla são testemunhos do Deus
pelo engajamento dos/as discí- que é a favor da vida humana e
são as ferramentas de controle
pulos/as de Jesus nos processos públicas também pode ser via- de Iniciativa Popular para a Re- da natureza, em sua totalidade e
social: citamos os Observató-
de construção social e não ape- bilizada através de Projetos de forma Política ‘Eleições Limpas’ em sua integralidade.
rios Populares do Legislativo
nas pelo endereço postal de um e do Executivo, bem como os Lei de Iniciativa Popular, que é foi lançado pelo mesmo movi-
Trecho da Cartilha lançada pela Aliança
templo religioso. Observatórios de Acompa- quando uma parcela da popula- mento (Ficha-Limpa) e ainda Cristã Evangélica Brasileira. Leia e faça
São muitos os espaços de nhamento de Políticas Sociais. ção, através de abaixo-assinado, está em andamento; hoje cami- o download do documento completo
atuação urbana que podem ser A lei de Acesso à Informação propõe leis tanto no nível mu- nhando com parceiros numa aqui: http://goo.gl/eA1GFj!
ocupados pelos/as cristãos/ãs: a (n˚12527) é um recurso bastante nicipal como federal. O Ficha- Coalizão Democrática pela Re-
Leia também o Pronunciamento do
participação na vida do seu con- útil nesses casos. -Limpa é um excelente exem- forma Política. Colégio Episcopal da Igreja Metodista
1 Expressão utilizada quando pastores/ A participação da sociedade plo do uso dessa ferramenta. A Ademais, é importante subli- sobre as Eleições 2014. Acesse e divul-
as induzem ou reduzem o rebanho. civil na elaboração de políticas proposta de um Projeto de Lei nhar o lugar da vocação pro- gue: http://goo.gl/ifl2mm!

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