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Falando de Moçambique, esta Igreja é considerada uma das maiores Igrejas protestantes e
das mais expressivas nas suas acções. Sua missão não foge da essência do metodismo que
consiste em preocupar-se mais com os oprimidos e necessitados. O reflexo disto, é
justamente o facto de encontrarmos em vários cantos destes país infra-estruturas,
instituições educacionais, de saúde, furos de água, e outras actividades que esta Igreja
desenvolve por forma a conceder ajuda aos que precisam e então pregar o evangelho por
meio de obras. E ainda na missão, procura cumprir com o “ide” de Jesus Cristo, de fazer de
todas pessoas, discípulos de Jesus para a transformação do mundo.
Por causa desta contínua evangelização desenvolvida pela Igreja Metodista Unida, o
número dos seus membros tem aumentado notavelmente. Para uma melhor gestão dos
seus membros e melhor programação das suas actividades, a mesma se encontra dividida
em áreas de superintendências, distritos eclesiásticos, cargos pastorais, Igrejas locais,
classes e departamentos. Desta feita queremos aqui abordar assuntos relacionados apenas
com o surgimento do Cargo Pastoral Jamisse Nhambiho.
Historial
O Cargo Pastoral Jamisse Nhambiho é mais um dos cargos pastorais que a Igreja Metodista
Unida em Moçambique tem. Está localizado na Área de Superintendência de Inhambane, no
Distrito Eclesiástico de Inhambane Leste.
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Seu surgimento não se difere tanto dos outros cargos pastorais. Iniciou com a reunião de
um número reduzido de pessoas que estavam interessadas em comungar sua fé,
compartilhar a mensagem divina, alimentando a sua fé e desenvolvendo a sua
espiritualidade. No princípio, este grupo não tinha quem se intitulasse como seu líder mas
mesmo assim as actividades eram desenvolvidas num clima de harmonia e irmandade.
Passavam os cultos debaixo de uma sombra de mafurreira em casa do Senhor Chamane
que posteriormente veio a ser indicado como quem pudesse então orientar as actividades.
Por causa das influências e da dinâmica que este tinha nas suas actividades, convencia e
convertia muitas que aos Domingos deixavam os seus a fazeres para se encontrarem em
“Chamanine”, em bitonga, como era localmente designado o lugar dos encontros.
O crescimento era notável. O número das pessoas aumentava a cada Domingo. Passou-se da
fase de ser apenas uma classe religiosa e passou a ser uma Igreja local ainda sob liderança
do Chamane mas já na qualidade de evangelista. Já em 1993 viu-se a necessidade de se
colocar um pastor para que pudesse assistir estes crentes e foi então nomeado o primeiro
pastor local Jaime Carlos Guirruta. Suas actividades como pastor naquela jovem Igreja
local, não se estenderam por muito tempo. Devido à complicações da sua saúde que o
levaram à morte, este trabalhou até 1995. Após a sua morte, estes crentes viram a dinâmica
das suas actividades e do seu crescimento espiritual a retardar. Um momento de grande
desespero, mas a sua fé não foi abaixo. Sob a liderança do guia-leigos João Nhamuche, os
trabalhos retomaram o seu ritmo. Claro que não tiveram o mesmo ritmo comparando com
a era do falecido pastor.
Cada vez mais ia crescendo o número das pessoas que participavam nos cultos, e por causa
disso chegou a categoria de um Cargo Pastoral (Cargo Pastoral de Chamane), com duas
Igrejas locais Chamane e Aeroporto e foi nomeado o primeiro pastor itinerante o Rev.
Fernando Mascarenhas Ngomacha. Não temos registos dos anos que este Pastor exerceu
a sua função pastoral naquela paróquia, mas as suas obras foram marcantes e culminaram
com mais aumento das pessoas, começando já a divisão de outras Igrejas locais. Pela
natureza do ministério pastoral em Moçambique, este pastor foi transferido para assistir
outro cargo pastoral, tendo sido o seu substituto o Rev. Alberto Vicente Mawai, deu
continuidade dos trabalhos que haviam sido deixados pelo pastor Ngomacha. Não se sabe
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ao certo o que teria acontecido, mas tudo indica que este não foi bem-sucedido no seu
ministério naquele Cargo Pastoral, situação que deixou o cargo pastoral sem pastor e mais
uma vez é responsabilizado a guia-leigos. Desta vez foi a Maria Almina. Foi um momento
de muita crise espiritual caracterizado pela fraca participação e envolvimento dos crentes
nas actividades do cargo pastoral. Esta situação apaziguou-se com a nomeação do pastor
local Geraldo Nataniel Matsinhe. Não era o fim, desta crise mas sim havia sido
minimizado. Começou a se verificar um momento de restauração dos crentes que haviam
decidido ficarem nas suas casas sem querer saber nada sobre a Igreja. O pastor Matsinhe
assegurou os trabalhos nesta paróquia até à sua substituição em 2009 pela pastora
Orlanda dos Santos Guiamba. Esta, teve um período mais longo na história deste cargo
Pastoral, pois, chegou a trabalhar cerca de 7 anos. Esta demora, teria dificultado
posteriormente o desenvolvimento das actividades da sua sucessora, visto que os membros
já tinham bebido completamente as formas de trabalho desenvolvidas pela pastora
Orlanda. Mesmo assim, a sua sucessora, a Rev. Laura Wetimane, a actual pastora, encarou
esta situação como sendo apenas um desafio dentro do ministério Pastoral. Mesmo em
meio aos desafios e dificuldades que a Igreja Metodista e o cargo pastoral em particular
estão passando, nota-se um incansável trabalho a ser exercido. O Cargo Pastoral conta hoje
com perto de 800 membros, possuindo seus próprios terrenos onde contem a casa
pastoral, a capela e outras infra-estruturas onde desenvolve seus projectos de
sustentabilidade.
Um outro dado que ainda se encontra oculta a sua verdade, é sobre o nome actual que o
cargo pastoral leva. Tudo mostra que com o crescimento da Igreja local primitiva de
Chamane até a altura que veio a ser cargo pastoral, estava incluso o Cargo Pastoral de
Inhambane, mas com a divisão destes dois cargos pastorais, este ficou com o nome de
Cargo Pastoral Jamisse Nhambiho. Foi atribuído este nome em honra de um dos seus
membros, por ter mostrado uma dedicação enorme nos trabalhos do cargo pastoral.
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