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Uma pergunta que geralmente é feita por aqueles que ainda não estão trabalhando com GCEU
é: Por que precisamos de Pequenos Grupos?
Há diversas razões para uma igreja abraçar essa visão; por isso, nesse capítulo, externaremos
aquelas que entendemos serem as mais relevantes.
Com certeza, podemos afirmar que uma igreja que se organiza apenas em cultos, no templo,
está limitando o seu crescimento, impedindo o desenvolvimento do "sacerdócio de todos os
crentes" e "não cuidando do discipulado de seus membros". As igrejas que optaram em
centralizar suas atividades em programas e eventos, precisam de uma mobilização enorme de
seus pastores e líderes, para atender todas as necessidades e expectativas dos seus membros.
Nessas organizações, 20% dos membros (os líderes) realizam todas as atividades da igreja,
enquanto que 80% das pessoas, apenas têm a responsabilidade de contribuir financeiramente,
para a manutenção da igreja, e comparecem aos cultos e programações, a fim de produzir uma
boa platéia.
As igrejas que resolveram centralizar seu projeto de crescimento nos Pequenos Grupos,
realizam a missão de evangelizar, ganhar, edificar, discipular, integrar e promover a comunhão
entre os irmãos, de uma forma muito mais dinâmica; onde todos os membros têm a
oportunidade de contribuir para o crescimento do Reino, por meio dos dons e ministérios.
Nos GCEUs, todos os membros são desafiados a assumirem um papel relevante para a
"edificação do Corpo de Cristo". Nesse contexto, não há espaço para consumidores ou
espectadores, todos são "atores principais", atuando por meio de seus dons para a edificação
do Reino.
POR QUE GCEU? PORQUE É BÍBLICO E FOI O MODELO ADOTADO PELA IGREIA PRIMITIVA
Em Éxodo 18, vemos que Moisés estava extremamente atarefado ao ter que julgar todas as
causas do povo, além de conduzi-los na caminhada no deserto. Jetro, vendo o grande esforço
de seu genro, aconselhou-o a estabelecer "chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez
pessoas", para lhe ajudarem na tarefa do pastoreio e do cuidado do povo. Com isso, o povo foi
pastoreado mais de perto e Moisés pode se dedicar as causas mais pontuais.
Jesus concentrou sua atenção, ensino e relacionamento nos doze apóstolos (Mt 10.1-4). O
Mestre nos ensina que, por meio de um Pequeno Grupo, as pessoas aprendem a viver como
cidadãos do Reino, sendo uma estratégia eficiente para o discipulado e o crescimento.
Ele começou com um Pequeno Grupo de doze pessoas, para ganhar as multidões. Além disso,
Jesus desenvolveu parte de seu ministério nos lares: Visitou e ministrou nas casas dos
discipulos, curou a sogra de Pedro, jantou com Levi, com Zaqueu e se hospedou na casa de
Lázaro; por exemplo. O mestre não só ministrou nas casas, mas também ordenou o os seus
discípulos fizessem o mesmo, dando instruções para irem aos lares. Fez isso com os doze (Mt
10.12-14), e depois com os setenta (Lc. 10.5-8)
As casas foram fundamentais no início da Igreja: Naquele tempo não haviam templos ou
espaços reservados aos cultos. Todas as atividades comunitárias aconteciam em ambientes
domésticos. Sendo assim, era nas casas que os primeiros discípulos se reuniam para realizar as
orações e transmitir os ensinamentos de Jesus: Quando Pedro entendeu o que havia
acontecido, foi para a casa de Maria, mãe de João Marcos. Muitas pessoas estavam reunidas
ali, orando. Atos 12.12. As casas eram, também, o lugar da celebração dos cultos, da Santa
Ceia, e o ambiente onde a comunhão era desenvolvida. As residências também eram utilizadas
por Paulo para o ensino da Palavra. No capítulo 16, de Romanos, Paulo faz menção à igreja que
se reunia na casa de Priscila e Áquila e na casa de Gaio, deixando evidente que era nos lares
que os cristãos se reuniam como igreja.
Assim, podemos afirmar com toda certeza que pequenos grupos não é um modismo atual, mas
o retorno da Igreja às origens.
John Wesley foi usado por Deus para promover o maior avivamento da história da Inglaterra,
seu legado se espalhou por todo o mundo, chegando até nós.
Como podemos ver, o Movimento Metodista iniciou-se através de Pequenos Grupos, e sua
metodologia muito se assemelha a proposta de nossos GCEUS.
Quando John Wesley faleceu em 1791, sua comunidade estava organizada em mais de 12 mil
Pequenos Grupos, por toda Inglaterra e Nova Inglaterra (EUA). Ele é o melhor exemplo do
homem que sonhou com as multidões e entendeu que a melhor forma para alcançá-las e
pastoreá-las, era por meio dos Pequenos Grupos. Então, o que estamos propondo é apenas
um retorno à forma de ser e viver igreja, segundo o padrão estabelecido por John Wesley, na
fundação do movimento metodista. Voltar aos Pequenos Grupos é voltar as nossas origens. O
que apresentamos aqui não é uma nova proposta, é apenas o resgatar daquilo que deu certo
no passado.